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#profhelcinkia
3. DEFINIÇÃO
• É instrumento/remédio jurídico que se destina
a garantir o direito de locomoção (liberdade
de ir e vir), protegendo o direito de ir, vir, ficar
ou voltar.
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CF/88
Art. 5º
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
OBS:
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6. CABIMENTO
• ILEGALIDADE: falta de amparo para a
manutenção da custódia
• ABUSO DE PODER: quando a autoridade,
embora competente para a prática do ato,
age com excesso no uso das faculdades
administrativas, ultrapassa os limites de
atribuição previstos por lei ou se desvia de
sua função
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CPP:
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
I - quando não houver justa causa;
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que
determina a lei;
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência
para fazê-lo;
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos
casos em que a lei a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.
OBS 1:
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STJ:
• SÚMULA 52:
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STJ
• SÚMULA 64:
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CF
• Art. 5º:
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CF
• Art. 5º:
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OBS 2:
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CF
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela
Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes e regulares,
organizadas com base na hierarquia e na disciplina,
sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à
garantia dos poderes constitucionais e, por
iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a
punições disciplinares militares.
CPP:
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OBS 3:
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STF:
• SÚMULA 693
• SÚMULA 695
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6.1 Trancamento de inquérito
O trancamento do IP por HC é medida de exceção, possível somente em
situações especiais, para obstar o andamento da investigação:
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Pergunta:
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OBS 1:
• DETENTOR OU EXECUTOR: é quem executa o
ato de responsabilidade de outrem. Ex: diretor
de estabelecimento penal que encarcera
pessoa por ordem de juiz
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OBS 1:
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10. PROCESSAMENTO
• As principais características em qualquer
instância são:
• Simplicidade
• Celeridade
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CPP
Art. 654. § 1o A petição de habeas corpus conterá:
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer
violência ou coação e o de quem exercer a violência,
coação ou ameaça;
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em
caso de simples ameaça de coação, as razões em que funda
o seu temor;
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo,
quando não souber ou não puder escrever, e a designação
das respectivas residências.
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OBS:
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10.1 Procedimento em 1ª instância
• Se houve pedido de liminar, ele deve ser
analisado primeiro
• Após, se entender necessário, o juiz determinará
a apresentação do paciente preso
• Requisitará informações da autoridade coatora,
assinando prazo para a apresentação
• Poderá determinar a realização de diligências
• Decidirá em 24 horas
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10.2 Processamento nos tribunais
• Petição apresentada ao secretário, que envia ao
presidente
• Se houver liminar, será logo julgada
• Se necessário, haverá requisição de informações à
autoridade coatora
• Recebidas as informações ou dispensadas, será
concedido o prazo de 2 dias para o MP se manifestar
• Após a manifestação, o HC será julgado na primeira
sessão (podendo adiar-se para a sessão seguinte),
por maioria de votos
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11. GRATUIDADE
CF, Art. 5º
XXXIV - são a todos assegurados,
independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder;
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-
corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os
atos necessários ao exercício da cidadania
Curiosidade 1:
Preso do Ceará usa lençol para
escrever habeas corpus ao STJ
No tecido, detento alega direito ao regime semi-aberto.
A petição chegou em um envelope à Ordem
dos Advogados do Brasil – Seção Ceará
(OAB-CE) e foi entregue formalmente ao
ouvidor do STJ, ministro Humberto Martins,
20/5/2014, em Brasília. O documento
estava escrito de caneta da cor azul em dois
pedaços de tecido, com cerca de 1,5 m de
comprimento.
O HC foi recebido pelo STJ e distribuído
no dia 22/05/14. A relatora, Ministra
Maria Thereza de Assis Moura, indeferiu
liminarmente o Habeas Corpus, não
pelo fato de ser retratado em um lençol,
mas pela deficiência de dados
relacionados ao apenado nesse HC.
CURIOSIDADE 2:
Habeas Corpus escrito em papel
higiênico é aceito no STJ
Documento feito por um preso do Centro de Detenção
Provisória de Pinheiros alega que a pena já foi
concluída
Seguindo o protocolo, o papel
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou, pela higiênico foi fotocopiado e
primeira vez, um Habeas Corpus escrito em um papel digitalizado, para então ser
higiênico por um preso. O material chegou ao prédio autuado. Logo após, foi
distribuído para a presidência do
do tribunal, no dia 20/4/2015, em uma carta simples STJ, que, no mesmo dia, decidiu
enviada pelos Correios e endereçada ao presidente a questão, não admitindo o
do STJ, ministro Francisco Falcão. O conteúdo da habeas corpus e determinando a
remessa dos autos ao Tribunal de
carta surpreendeu a equipe da Coordenadoria de Justiça de São Paulo (TJSP).
Atendimento Judicial do tribunal, pois continha um Na decisão, o ministro Francisco
Falcão destacou que o STJ não pode
pedido de habeas corpus, escrito de próprio punho analisar habeas corpus cuja matéria
por um preso, em aproximadamente um metro de ainda não foi objeto de decisão da
papel higiênico, caprichosamente dobrado. corte de justiça estadual, sob pena
de indevida supressão de instância.
Curiosidade 3:
TJ/MA - FEVEREIRO 2018
STF julgou o HC 126.292
• STF, 17/2/2016: por maioria de votos, o Plenário do
Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que a
possibilidade de início da execução da pena condenatória
após a confirmação da sentença em segundo grau não
ofende o princípio constitucional da presunção da
inocência. (HC 126.292, Rel. Min. Teori Zavascki)
• A decisão implicou mudança no entendimento da Corte,
que desde 2009, no julgamento do HC 84078,
condicionava a execução da pena ao trânsito em julgado
da condenação, mas ressalvava a possibilidade de prisão
preventiva.
• Em 7/11/2019, o STF julgou procedentes as Ações Declaratórias de
Constitucionalidade (ADC) 43, 44 e 54, decidindo que é constitucional a
regra do Código de Processo Penal (CPP) que prevê o esgotamento de
todas as possibilidades de recurso (trânsito em julgado da condenação)
para o início do cumprimento da pena.
• Votaram a favor desse entendimento os ministros Marco Aurélio (relator),
Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Dias
Toffoli, presidente do STF. Para a corrente vencedora, o artigo 283 do
Código de Processo Penal (CPP), segundo o qual “ninguém poderá ser
preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da
autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença
condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do
processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva”, está de
acordo com o princípio da presunção de inocência, garantia prevista no
artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal. Ficaram vencidos os
ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz
Fux e Cármen Lúcia, que entendiam que a execução da pena após a
condenação em segunda instância não viola o princípio da presunção de
inocência.
CASO LULA:
• O ex-presidente foi condenado, pelo TRF da 4ᵃ Região,
a pena de 12 anos e 1 mês de prisão, por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do
Guarujá (SP), e recorreu perante o próprio Tribunal.
• Em 6/3/2018, a 5ᵃ Turma do STJ negou a concessão
de um habeas corpus preventivo impetrado pela
defesa para evitar a prisão do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva após o julgamento do último
recurso pendente pelo TRF da 4ᵃ Região. Entre outros
fundamentos, o STJ citou o julgamento do HC 126.292
como paradigma.
Em 5/4/2018, o STF negou habeas
corpus contra prisão de Lula
Pela rejeição do pedido de Lula,
o Relator, Min. Edson Fachin, foi
o primeiro a votar,
argumentando que as decisões
do STJ e do TRF4 foram
baseadas em uma decisão do
próprio STF. Outros 4 ministros,
Alexandre de Moraes, Luís
Roberto Barroso, Luiz Fux e
Cármen Lúcia o acompanharam
por também serem favoráveis à
prisão em segunda instância.
Ministros do STF (www.veja.com.br)
STF negou Habeas Corpus 152.752
• A divergência, a favor de Lula,
foi aberta pelo Min. Gilmar
Mendes. Outros 4 ministros
também votaram favorável:
Dias Toffoli, Ricardo
Lewandowski, Marco Aurelio
• O voto de minerva foi da Min.
Mello e Celso de Mello. Para
Rosa Weber. Apesar de dizer
Gilmar e Toffoli, o ideal seria
que votava de forma
garantir a liberdade de Lula até
diferente de sua convicção
um eventual recurso ao STJ.
pessoal, acompanhou Fachin
Para os demais, o Supremo
e foi decisiva para que o
deveria garantir o direito até o
Supremo recusasse o pedido
final de todo o processo.
do ex-presidente.
CASO LULA:
• Em 7/4/2018, Lula foi preso, após se entregar
à Polícia Federal.
• Em 8/11/2019, um dia depois que o STF fixou
entendimento sobre a execução provisória, o
ex-presidente Lula foi solto beneficiado pela
decisão da corte, após ter ficado preso por
580 dias na Superintendência da Polícia
Federal de Curitiba.
STF julga habeas corpus coletivo
• Em 20/2/2018, por quatro votos a um, a 2ª Turma
do STF concedeu habeas corpus coletivo (HC
143641) para determinar a substituição da prisão
preventiva por domiciliar de mulheres presas, em
todo o território nacional, que sejam gestantes ou
mães de crianças de até 12 anos ou de pessoas
com deficiência, sem prejuízo da aplicação das
medidas alternativas previstas no artigo 319 do
Código de Processo Penal (CPP).
• A determinação deverá ser cumprida no prazo de
60 dias em todo o país.
OBS:
• Em 19/12/2018, foi promulgada a Lei 13.769,
alterando o Código de Processo Penal, a Lei de
Execução Penal, a Lei dos Crimes Hediondos, para
estabelecer a substituição da prisão preventiva
por prisão domiciliar da mulher gestante ou que
for mãe ou responsável por crianças ou pessoas
com deficiência e para disciplinar o regime de
cumprimento de pena privativa de liberdade de
condenadas na mesma situação.