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Curso de Direito

DIREITO CONSTITUCIONAL I
Teoria do Direito
Constitucional

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Poder Constituinte
Originário

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 Constituinte porque vai constituir.

Originário porque vai originar um Estado.

É aquele que instaura uma nova ordem


jurídica, rompendo por completo com a
ordem jurídica precedente.

Advém da soberania do Estado.

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O Poder Constituinte Originário foi
convocado uma vez quando da
monarquia brasileira e sete vezes
durante a república.

Quando o Poder Constituinte


Originário é criado ele o é para
recriar o Estado Jurídico de um
país.
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CARACTERÍSTICAS DO PODER
CONSTITUINTE ORIGINÁRIO

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Inicial ou originário

Pois não se vincula à


ordem jurídica anterior,
recria o Estado.
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Ilimitado
Não pode sofrer limitações na sua
criação sob o ponto de vista jurídico,
não se sujeita a nenhum limite ou
condição. Não há nenhuma norma
jurídica que se equipare ao Poder
originário ou que se sobreponha a ele.
Não se sujeita a regra alguma.
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Incondicionado
Não pode sofrer condicionamentos na sua
criação. Não se sujeita a regra alguma. Esse
poder sofre limitações e condições de
ordem econômica, política, mas não de
ordem jurídica.
Em uma prova objetiva é errada a questão
que diz que o Poder Constituinte não se
limita por qualquer condição ou limite.
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Permanente e efêmero
Parecem características contraditórias,
mas devem ser vistas de focos
diferentes.
Com relação à titularidade, ele é
permanente, pois a titularidade do
poder pertence ao povo (cada um de
nós considerado de modo individual),
não à nação ou aos governantes.
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Permanente, pois é latente ao povo,
que, se quiser se reunir para criar uma
nova Constituição, poderá impor uma
nova carta.
Hoje ele está adormecido, mas pode
acordar a qualquer a momento.

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Ele é efêmero no que tange ao seu
exercício ou a sua materialização.
A EC 21, de 85 convocou a
Assembléia Nacional Constituinte,
que se reuniu pela primeira vez em
1º/02/87, elegendo seu
presidente no dia seguinte, Ulisses
Guimarães. No dia 05/10/88 foi
entregue a nova Constituição.
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Depois que essa Constituição
foi entregue à população, já
não fazia sentido que a ANC
continuasse materializada, o
poder constituinte, portanto, se
dissolveu.

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Como o povo é titular do poder
constituinte, como há constituições que
são democráticas, populares,
promulgadas, o povo é titular de direito
e de fato;
Mas se a constituição foi outorgada,
imposta, o povo só era titular de direito
e não de fato.
Assim, sempre é possível
dizer que o povo é titular do poder
constituinte. 13
EFEITOS DA NOVA ORDEM
CONSTITUCIONAL

O impacto da entrada em vigor de


uma nova constituição no
ordenamento jurídico será
analisado sob dois aspectos:
constituição anterior e normas
infraconstitucionais.
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Constituição anterior

A Constituição anterior é
inteiramente revogada quando da
promulgação da nova Constituição.
Não existe um ordenamento com
duas Constituições, porque um
Estado só obedece a um centro de
comando.
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Observação:
Não é adotada no Brasil a tese da
desconstitucionalização, ou seja,
aproveitar as normas compatíveis da
constituição anterior e transformá-las em
normas infraconstitucionais perante a nova
ordem constitucional.
Alguns ordenamentos da constituição
anterior poderão até viger por
determinado tempo, mas somente se a
nova ordem constitucional os autorizar. 16
Normas infraconstitucionais
As normas infraconstitucionais
editadas anteriormente à nova ordem
constitucional serão ou recepcionadas
ou revogadas. Se todas as normas
infraconstitucionais fossem revogadas
como a Constituição anterior, haveria
um vácuo normativo.
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Tese da recepção
Se a legislação anterior for
compatível com a nova
constituição, ela será
recepcionada, mas se não for
compatível será revogada por
ausência de recepção.

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PODER DECORRENTE;
PODER
CONSTITUÍDO DERIVADO.

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PODER DECORRENTE

A Constituição estadual é feita


tendo por base a Constituição
Federal.
O nosso ordenamento é
hierarquizado ou escalonado.

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Se a CF cair, ela derruba todas
as Constituições Estaduais e
todas as leis orgânicas
municipais.
Criada uma nova CF, novas
Constituições Estaduais e novas
leis orgânicas deverão ser
criadas.
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O poder decorrente é aquele
responsável pela elaboração das
Constituições Estaduais, mas não
é responsável pela elaboração da
Lei orgânica municipal, uma vez
que esta tem dupla
subordinação, à Constituição
Federal e à Estadual.
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O DF não é estado, nem município,
não é nem um misto, nem junção
daqueles. É uma entidade
autônoma, que tem uma lei orgânica
distrital, subordinada apenas à
Constituição Federal; assim a
sua feitura é fruto do Poder
Decorrente.
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PODER DERIVADO/REFORMARDOR

O Poder derivado foi criado para cumprir,


basicamente, duas tarefas: REFORMA E
REGULAMENTAÇÃO do texto constitucional.
Onde houver necessidade de complemento das
normas constitucionais, haverá necessidade de
regulamentação. Já quanto à reforma, ela é
necessária, pois a sociedade não é estática, e a
reforma permite que a Constituição se adéque
melhor a situação atual.
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Referência Bibliográfica
1- Curso de Direito Constitucional – Gilmar Ferreira
Mendes, Inocêncio Mártires Coelho e Paulo Gustavo
Gonet Branco; Editora Saraiva.
2- Curso de Direito Constitucional – Uadi Lammêgo Bulos
– Editora Saraiva.
3- Direito Constitucional Esquematizado – Pedro Lenza –
Editora Saraiva.
OBS.: Material Didático Pedagógico com o propósito de
orientar o aluno, se faz necessário acompanhamento
doutrinário, jurisprudencial e da legislação em vigor.
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