1) A execução contra a Fazenda Pública deve seguir procedimentos específicos, como o pagamento mediante precatório ou requisição de pequeno valor, respeitando a ordem cronológica.
2) Precatórios são requisições judiciais de pagamento expedidas contra entes públicos em decorrência de condenações, enquanto as requisições de pequeno valor permitem receber créditos de valor inferior independentemente de precatório.
3) Existe uma ordem de preferência no pagamento dos precatórios, sendo os alimentares super
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Título original
14 aula - Cumprimento de sentença - contra Fazenda Pública
1) A execução contra a Fazenda Pública deve seguir procedimentos específicos, como o pagamento mediante precatório ou requisição de pequeno valor, respeitando a ordem cronológica.
2) Precatórios são requisições judiciais de pagamento expedidas contra entes públicos em decorrência de condenações, enquanto as requisições de pequeno valor permitem receber créditos de valor inferior independentemente de precatório.
3) Existe uma ordem de preferência no pagamento dos precatórios, sendo os alimentares super
1) A execução contra a Fazenda Pública deve seguir procedimentos específicos, como o pagamento mediante precatório ou requisição de pequeno valor, respeitando a ordem cronológica.
2) Precatórios são requisições judiciais de pagamento expedidas contra entes públicos em decorrência de condenações, enquanto as requisições de pequeno valor permitem receber créditos de valor inferior independentemente de precatório.
3) Existe uma ordem de preferência no pagamento dos precatórios, sendo os alimentares super
Estados, Municípios, Distrito Federal, autarquias e
fundações públicas (Gonçalves, 2017).
Dessa forma a execução contra a fazenda pública, é
aquela manejada perante ente público com natureza de direito público.
Não há, expropriação na execução intentada contra a
Fazenda Pública, devendo o pagamento submeter-se ao regime jurídico do precatório (ou da Requisição de Pequeno Valor, se o valor for inferior aos limites legais)
Os bens de uso da Fazenda são bens públicos,
portanto, impenhoráveis e inalienáveis, conforme o princípio da indisponibilidade dos bens públicos. O art. 100 da Constituição Federal, dispõe: “Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim”.
Obrigação de pagar:
O CPC/15 autoriza que o exequente inicie o procedimento
executivo nos mesmos autos em que proferida a decisão ou sentença, sem a necessidade de dar início a novo processo judicial.
O exequente deverá apresentar demonstrativo discriminado e
atualizado do crédito, contendo o requisitos previstos no art. 534, do CPC.
Nos casos em que haja litisconsórcio ativo, ou seja, mais de um
exequente, os demonstrativos deverão ser apresentados individualmente. Uma vez que não ocorra o pagamento voluntário no prazo estabelecido, a multa de 10% não se aplica aos casos em que a Fazenda Pública figure como executada.
Considerando o procedimento distinto quanto ao
cumprimento de sentença em face da Fazenda Pública, em especial sua prerrogativa de pagar mediante expedição de Requisição de Pequeno Valor ou Precatório, que devem seguir uma ordem cronológica e procedimentos específicos estabelecidos no art. 100 da CF, resta incompatível a aplicação de referida multa.
A questão afeta aos honorários advocatícios,
encontra formas e valores distintos e peculiares, nos termos do art. 85, § 3º e §7º, do CPC/15. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir:
I – falta ou nulidade da citação se, na fase de
conhecimento, o processo correu à revelia; II – ilegitimidade de parte; III – inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; IV – excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; V – incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; VI – qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes ao trânsito em julgado da sentença.” Por se tratar de prazo próprio da Fazenda Pública, não há a dobra prevista no art. 183, do CPC, porque o §2º, desse artigo, excepciona a regra quando se tratar de prazo próprio para o ente público.
Findo o prazo de impugnação, e não apresentada a
peça, ocorre o trânsito em julgado também da fase de cumprimento, autorizando-se, assim, a expedição de precatório ou o pedido de RPV, conforme o caso.
Caso haja impugnação, a expedição de precatório ou
o pedido de RPV depende do trânsito em julgado dessa impugnação, de modo a fazer cumprir o que determina o art. 100, da CF. Sistema dos precatórios
As obrigações contraídas pelo Estado,
decorrentes de decisões judiciais, se submetem a uma sistemática especial de pagamento, diferentemente dos particulares devedores, denominada de precatório.
Precatório é uma requisição formal de
pagamento em que o Poder Público é condenado judicialmente a realizar.
É uma ordem judicial para pagamento de
débitos dos órgãos públicos federais, estaduais, municipais ou distritais, decorrentes de sentença judicial transitada em julgado. Sua natureza jurídica é de ato administrativo, pois não contém carga decisória nem mesmo é oriundo de uma atividade jurisdicional típica. Súmula 733, do STF Súmula 311 do STJ
A Constituição Federal, em seu artigo 100,
possui as principais regras para o pagamento via sistema de precatórios.
Após solicitação do juiz responsável pela
condenação, o precatório é expedido pelo presidente do tribunal onde o processo tramitou, passando a integrar uma lista para pagamento de acordo com a ordem de apresentação. Os precatórios podem ser de natureza alimentar (decisões sobre salários, pensões, aposentadorias, indenizações por morte ou invalidez, benefícios previdenciários, créditos trabalhistas, etc) ou natureza comum (os demais tipos de decisões).
O pagamento deve seguir uma ordem de
preferência, sendo que os precatórios alimentares têm preferência sobre os comuns, com organização de uma fila por ordem cronológica de apresentação do precatório a cada ano. 1ºOrdem superpreferencial (art. 100, §2º, da CF) – composta pelos precatórios alimentares no montante de até 3x o limite das requisições de pequeno valor de cada ente;
2ºOrdem preferencial – créditos alimentares
que não se enquadram na ordem superpreferencial;
3ºOrdem dos demais créditos – aqueles não
alimentares. Noregime dos precatórios, as requisições são pagas da seguinte forma: As propostas orçamentárias, para o ano seguinte, devem ser fechadas pelo Congresso até 22 de dezembro, razão pela qual o envio, pelos Tribunais, das despesas a serem pagas pelo Executivo, deve se dar em data anterior, para que haja tempo de ser consolidada pelo Poder executivo, debatida no âmbito do Congresso, e devidamente aprovada, com a liberação do dinheiro.
Assim, como o Executiva envia o Projeto de LOA até
31 de agosto, tem como, em tese, se organizar para receber os precatórios em até 1º de julho e ordenar a sua inclusão para efetuar o pagamento até o final do ano seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
O prazo constitucional para que os entes públicos
paguem as quantias dispostas em precatório está disciplinado no art. 100, §5º, da CF. Requisição de pequeno valor
RPV é uma requisição de pagamento que se faz a um ente
público em razão de uma dívida reconhecida por sentença judicial transitada em julgado, que possibilita à parte vitoriosa receber o crédito da condenação independentemente da expedição de precatório, em razão de seu menor valor.
Qual o valor da RPV?
Cada Ente Público devedor tem autonomia para fixar por meio de Lei o valor da RPV, sendo que o valor mínimo é o do maior benefício do regime geral de previdência social, conforme o art. 100, §§ 3º e 4º da Constituição da República e o art. 97, § 12, I E II, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Caso a entidade pública não tenha definido em Lei o valor da
sua RPV, será considerado crédito de pequeno valor o montante de 40 (quarenta) salários mínimos nos Estados e Distrito Federal, e de 30 (trinta) salários mínimos nos Municípios, nos termos do ART. 97, § 12, I E II do ADCT. Quem expede a RPV?
A RPV é expedida pelo Juiz de Direito que proferiu a
sentença condenatória e encaminhada ao Ente Público devedor para que seja realizado o pagamento do crédito. No formulário da RPV devem constar o nome, os documentos de identificação e o número da conta bancária do credor para o depósito do valor devido.
Qual o prazo para pagamento da RPV?
Após o recebimento da ordem do Juiz, o Ente Público
(Estado, municípios, autarquias e fundações) tem o prazo de 60 (sessenta) dias para realizar o pagamento do crédito especificado na RPV. O que acontece se a RPV não for paga no prazo?
Se a RPV não for paga no prazo de 60 (sessenta) dias
do seu recebimento, o Juiz que a expediu deve realizar o sequestro do valor requisitado diretamente nas contas do Ente Devedor e repassá-lo ao credor por meio de alvará judicial.
O credor pode abrir mão de parcela do crédito de um
precatório para que ele seja pago como RPV?
Sim. Caso o valor da causa ganha ultrapasse o limite da
RPV e se enquadre como precatório, o credor tem a opção de abrir mão da parcela excedente do crédito para que seja expedida uma RPV em vez de um precatório. Nesse caso, o requerimento deve ser dirigido ao Juiz que julgou a causa. Execução contra Fazenda Pública – título extrajudicial
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