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-o art. 142 do CTN deve ser interpretado de acordo com a Constituição.

Desde a EC 45, não é


mais correto afirmar que apenas a autoridade administrativa constitui créditos tributários. O
juiz do trabalho também o faz.

- ao órgão de origem cabe apurar o valor devido, a data de vencimento do crédito e do início
da fluência de juros e correção monetária.

- Decreto-Lei n.

147;1967: o prazo de cobrança de crédito fiscal na seara administrativa é, em princípio, 90


dias.

Efeitos da inscrição em dívida ativa

1) Incluir o crédito inscrito em um cadasro de créditos a serem recebidos pela FP.


2) Possibilitar à FP o controle de legalidade de todos os procedimentos administrativos
realizados previamente até o momento da inscrição;
3) Garantir ao Crédito inscrito a presunção de certeza e liquidez, que somente poderá ser
afastada por prova inequívoca em sentido contrário
4) Possibilitar a utilização de medidas coercitivas extrajudiciais (inscrição no CADIn, em
cadastros de inaimplência estaduais e municipais, protesto extrajudicial e não emissão
de CND);
5) Constituir um título executivo extrajudicial, que será utilizado para cobrança judicial
por meio de execução fiscal.
6) Inclusão no rol de devedores da fp;
7) Tornar litigioso o patrimônio do devedor e de eventuais corresponsáveis, suscetível,
portanto, de ser objeto de fraude à execução em caso de oneração, alienação ou
mesmo tentativa de fazÊ-lo;
8) Fazer incidir a primeira parcela do encargo legal para créditos inscritos em DAU;
9) Na esfera federal, torna o crédito tributário insuscetível de compensação pelo
contribuinte.
10) Suspensão do prazo prescricional de créditos não tributários pelo prazo de 180 dias;
11) Possibilitar a averbação pré-executória em registros de bens: lei 10.520, art. 20-B, §3

, II, ADI 5881, ADI 5886, ADI 5890 ADI 5925, ADI 5931, ADI 5932.

STJ. Resp 1.693.635. A correção de cálculos aritméticos não afasta a presunção de liquidez e
certeza. É erro formal e pode ser corrigido até a prolação da sentença de embargos.

“A inscrição em dívida ativa, por sua vez, constitui-se em ato de controle de legalidade
praticado por órgão da administração fazendária, através do qual se objetiva apurar a liquidez
e certeza do crédito público antes do início da cobrança judicial. Por ser assim, no ato de
inscrição, cabe ao órgão competente verificar se os créditos foram regularmente constituídos e
se foi respeitado o procedimento administrativo fiscal cabível, de modo a impedir que os que
contêm irregularidades formais ou materiais venham a ser cobrados e, posteriormente,
cancelados por decisão judcial. O propósito da inscrição em dívida ativa é precisamente evitar
que execuções fiscais fadadas ao insucesso sejam ajuizadas e, consequentemente, o casionem
prejuíozos não só aos contribuintes, mas também à própria Fazenda Pública, comumente
condenada ao pagamento de honorários advocatícios ao exeucutado nesses casos”.
Caso o credor constate vício que macule o crédito da fazenda pública, deve devolvê-lo ao
órgão de origem (em que foi constituído e apurado), apontando as irregularidades e
requerendo a devida retificação.

Mesmo nos casos em que o crédito da fazenda é constituído por sentença judicial, como
ocorre em relação às multas criminais e eleitorais, nem por isso fica a FP dispesada de exigir do
Poder Judiciário que remeta o débito para inscrição acompanhado de elementos mínimos que
deem suporte à inscrição. A Portaria MF 75;2012 descreve os elementos mínimos.

O controle de legalidade do crédito tributário ,porém, não se exaure no momento anterior à


inscriçã em dívida. É realizado antes, durante e após a inscrição. A administração pública tem
poder de autotutela, podendo reparar ilegalidades de ofício.

Débitos de pequeno valor: as Fazendas públicas podem criar um limite mínimo para a
realização da inscrição em dívida e, outro, para a proposituração da execução fiscal. No Âmbito
federal, a disciplina dessa matéria é feita pela lei 10.522. Até 10 mil reais, não deve ser
proposta a execução fiscal. O §2

dispôs que “serão” extintas as execuções fiscais que versem apenas sobre honorários devidos
à FP de valor igual ou inferior a R$ 1.000,00.

A portaria MF 75;2012, por sua vez, dispôs que não serão inscritos em dívida ativa os débitos
de até mil reais. A mesma portaria ampliou o valor mínimo legal para a propositura de ação de
execução fiscal para R$ 20.000,00. As multas criminais serão ajuizadas independentemente
do valor.

No entanto, nos termos da portaria, art. 1, §6, é possível a propositura de execução fiscal após
despacho motivado nos autos do processo administrativo se existir elemento objetivo que, no
caso específico, ateste elevado potencial de recuperabilidade do crédito tributário. Daí ser
justificado o entendimento de que o juiz não pode, de ofício, determinar ao rquivamento da
execução fiscal em razão de baixo valor, por se tratar de ato privativo da fazenda nacional e
que deve observar critérios de eficiÊncia (se houver solvabilidade manifesta é possível, por ato
fundamentado, executar qualquer valor).

O procurador geral da fazenda nacional poderá, de forma regionalizada, autorizar a


propositura em valores inferiores aos estipulados na portaria.

No advento da portaria, as execuções fiscais em que não houve a citação pessoal do


executado, inexistir garantia e, ainda, quando de valor inferior ao limite para ajuizamento, o
procurador da fazenda nacional deveria ter requerido o arquivamento, sem baixa na
distribuição, aplicando-se, também, Às execuções em curso em que ainda não tivessem sido
esgotadas as diligÊncias para que se considere frustrada a citação do executado.

Exceção: a Portaria PGFN 681;2014 determinar que o limite previsto para ajuizamento de
contribuições instituídas pela LC 110 é de R$ 1.000,00, desde que acompanhadas de demais
contribuições do FGTS instituídas pela lei 8036, e que a soma do montante das duas espécies
de débito supere R$ 20.000,00.

Conselhos profissionais: as contribuições a conselhos profissionais se submetem a outro


regramento, que é previsto na lei 12.514;2011: até 4 anuidades não haverá execução fiscal,
sem impedimento à prática de medidas extrajudiciais. Súmula 583 do STJ: o arquivamento
provisório previsto no art 20 da lei n. 10.522, dirigido aos débitos inscritos como dívida ativa da
União pela PGFN ou por ela cobrados, não se aplica às execuções fiscais movidas pelos
conselhos de fiscalização profissional ou pelas autarquias federais. STJ Resp 1.659.989: não dá
para executar valores inferiores a 4 anuidades, mas o conselho profissional pode cancelar a
inscrição. Lel. STJ: Resp 1.524.930;RS: o prazo prescricional só tem início quando alcançado o
patamar mínimo para a propositura da execução fiscal (aliás, o valor de 4 anuidades deve ser
aferido levando-se em consideração os encargos legais).

INDISPONIBILIDADE DO CRÉDITO PÚBLICO: a atividade do procurador da fazenda nacional


deve observar estritamente as disposições legais.

Débitos oriundos do simples nacional: de início, importa destacar que IR, ISS e ICMS podem ou
não ser apurados pela sistemática do Simples. NO caso de IR, Lei complementar ressalva a
tributação conforme a origem das receitas, etc. A cobrança de débitos oriundos do Simples
(mesmo a parcela relativa a tributos estaduais e municipais) cabe, em princípio, à procuradoria
da Fazenda Nacional. Não obstante, a própria LC 123 ressalva a possibilidade de ser delegada
essa atividade, por convênio.

Das multas penais. Atribuição da procuradoria da fazenda nacional. O critério para delimitar o
Âmbito de atuação de cada procuradoria é o destinatário da arrecadação da multa. A execução
de multas impostas pelas Justiças Estaduais, em princípio, deve se dar pelas procuradorias
estaduais, enquanto as multas impostas pela JF, JT, JE devem ser pela procuradoria da fazenda
nacional. As “exceções” dizem respeito aos casos em que, embora a multa tenha sido imposta
por decisão da justiça estadual, a sua arrecadação é destinada a um fundo público federal, a
exemplo do que ocorre com o Fundo nacional antidrogas.

Legitimidade e competência para as multas penais : nos autos da AP


470, o STF decidiu que cabe ao Ministério Público prioritariamente promover a execução da
multa penal perante a vara de execuções criminais. Transitada em julgado, o MP, com
fundamento no art 164 da LEP, deve promover a execução penal. Se não o fizer no prazo de 90
dias, o juiz da vara de execução penal notificará a fazenda pública para promover a execução
fiscal após a inscrição do crédito não tributário em dívida ativa. ADI 3150.

O entendimento firmado pelo STF na ação penal 470 supera, em


princípio, a Súmula 521 do STJ: a legitimidade para a execução fiscal de multa pendente de
pagamento imposta em sentença condenatória é exclusiva da Procuradoria da Fazenda
Pública.

MULTAS ELEITORAIS: esgotado o prazo de 30 dias para pagamento da multa, o TRE ou o


TSE ,conforme o caso, dará ciencia à procuradoria da fazenda nacional para a proposição de
execução fiscal, que tramitará perante a própria justiça eleitoral.

 Ver teoria da aparência em citações ; intimações.


 Penhora sobre conta-corrente em que o executado recebe o salário:::

Multas trabalhistas: mesmo quando os valores forem administrados pela CEF (que tem
convÊnio com a PFN), cabe à PFN a execução dos valores, perante a Justiça do Trabalho). Nesse
caso, a LEF será suplementada pela CLT (inclusive em matéria recursal) e não pelo CPC.

Créditos da SPU:

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