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Aula 1 - Administração Tributária e Processo Tributário - Prof. Renato de Pretto
Aula 1 - Administração Tributária e Processo Tributário - Prof. Renato de Pretto
Renato De Pretto
Sumário de
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Q U E S T Õ E S : A D M I N I S T R A Ç Ã O T R I B U TÁ R I A - I
(2019/CESPE/CEBRASPE/Prefeitura de Campo Grande – MS/Procurador
Municipal) A respeito de impostos de competência municipal, julgue o seguinte
item, conforme a Constituição Federal de 1988, o Código Tributário Nacional e a
legislação de regência.
Compete privativamente ao Senado Federal avaliar periodicamente o
desempenho das administrações tributárias dos municípios.
( ) Certo ( ) Errado
GABARITO: Certo.
Art. 52, CF. Compete privativamente ao Senado Federal:
(...) XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional,
em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações
tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
(2019/VUNESP/Prefeitura de Ribeirão Preto – SP/Procurador do Município)
Suponha que o fiscal de rendas do Município responsável pelo procedimento de
fiscalização instaurado contra a empresa Serviços de Sucesso Ltda., tenha
encaminhado ao Procurador do Município solicitação de ajuizamento de ação
para ter autorizado o acesso a informações bancárias sigilosas da empresa e dos
seus sócios. O Procurador do Município, em conformidade com a jurisprudência
do STF, deverá
A) ajuizar a ação de obrigação de fazer imediatamente, com pedido de liminar, já
que o sigilo bancário de contribuintes somente pode ser quebrado, pelo Fisco,
mediante ordem judicial.
B) orientar o fiscal de rendas a provocar atuação do Ministério Público Estadual,
órgão competente para requisitar, ao juízo da Fazenda Pública, a quebra do sigilo
fiscal de contribuintes nos autos de processos administrativos de fiscalização.
C) orientar o fiscal de rendas a requerer diretamente o acesso aos dados bancários
dos contribuintes, considerando tratar-se de informação essencial para constituição
do crédito tributário.
D) orientar o fiscal de rendas a constituir definitivamente o crédito tributário para
inscrição em dívida ativa e consequente ajuizamento da execução fiscal, já que
somente nesse tipo de ação é possível requisitar informações bancárias de
contribuintes.
E) orientar o fiscal de rendas a oficiar a Receita Federal, órgão centralizador e
detentor de todos os dados bancários e financeiros de pessoas físicas e jurídicas.
GABARITO: C.
Art. 6º, LC 105/01. As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente poderão examinar
documentos, livros e registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a
contas de depósitos e aplicações financeiras, quando houver processo
administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam
considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente.
STF, Teses no Tema 225:
a) “O art. 6º da Lei Complementar 105/01 não ofende o direito ao sigilo bancário,
pois realiza a igualdade em relação aos cidadãos, por meio do princípio da
capacidade contributiva, bem como estabelece requisitos objetivos e o translado
do dever de sigilo da esfera bancária para a fiscal”.
b) “A Lei 10.174/01 não atrai a aplicação do princípio da irretroatividade das leis
tributárias, tendo em vista o caráter instrumental da norma, nos termos do artigo
144, § 1º, do CTN”.
(2018/FAUEL/Prefeitura de Paranavaí – PR/Procurador do Município) Assinale a
alternativa INCORRETA, a respeito da administração tributária.
A) Sujeitam-se à fiscalização tributária as pessoas naturais ou jurídicas,
contribuintes ou não, inclusive as que gozem de imunidade tributária ou de isenção
de caráter pessoal.
B) É inadmissível a interdição de estabelecimento e a apreensão de mercadorias
como meio coercitivo para cobrança de tributo.
C) A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de
fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do
procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a
conclusão daquelas.
D) A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a
Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo
crédito tributário e juros de mora acrescidos.
E) Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros
comerciais, podendo ser examinados em sua integralidade, ainda que não diga
respeito aos pontos objeto da investigação.
GABARITO: E.
A) Art. 194, CTN. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará,
em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se
tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de
fiscalização da sua aplicação.
Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas
naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade
tributária ou de isenção de caráter pessoal.
B) Súmula nº 323, STF. É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio
coercitivo para pagamento de tributos.
C) Art. 196, CTN. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer
diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o
início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo
para a conclusão daquelas.
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que
possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se
entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que
se refere este artigo.
D) Art. 208, CTN. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha
erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a
expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade criminal e
funcional que no caso couber.
E) Súmula nº 439, STF. Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária
quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação.
(2017/CESPE/CEBRASPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador do Município)
Julgue o item subsequente, a respeito de regime constitucional dos precatórios,
crédito público e dívida ativa.
Entende o STF que, em decorrência da autonomia tributária municipal, uma lei
estadual que dispense a cobrança de débitos de pequeno valor inscritos em dívida
ativa não deve vincular os municípios.
( ) Certo ( ) Errado
GABARITO: CERTO.
Tema nº 109 (Relator: MIN. ELLEN GRACIE, Leading Case: RE 591033) – Tese:
“Lei estadual autorizadora da não inscrição em dívida ativa e do não ajuizamento de
débitos de pequeno valor é insuscetível de aplicação a Município e,
consequentemente, não serve de fundamento para a extinção das execuções fiscais
que promova, sob pena de violação à sua competência tributária.”
TRIBUTÁRIO. PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. MUNICÍPIO. VALOR DIMINUTO.
INTERESSE DE AGIR. SENTENÇA DE EXTINÇÃO ANULADA. APLICAÇÃO DA
ORIENTAÇÃO AOS DEMAIS RECURSOS FUNDADOS EM IDÊNTICA CONTROVÉRSIA. 1.
O Município é ente federado detentor de autonomia tributária, com competência
legislativa plena tanto para a instituição do tributo, observado o art. 150, I, da
Constituição, como para eventuais desonerações, nos termos do art. 150, § 6º, da
Constituição. 2. As normas comuns a todas as esferas restringem-se aos princípios
constitucionais tributários, às limitações ao poder de tributar e às normas gerais de
direito tributário estabelecidas por lei complementar. 3. A Lei nº 4.468/84 do
Estado de São Paulo - que autoriza a não-inscrição em dívida ativa e o não-
ajuizamento de débitos de pequeno valor - não pode ser aplicada a Município, não
servindo de fundamento para a extinção das execuções fiscais que promova, sob
pena de violação à sua competência tributária. 4. Não é dado aos entes políticos
valerem-se de sanções políticas contra os contribuintes inadimplentes, cabendo-
lhes, isto sim, proceder ao lançamento, inscrição e cobrança judicial de seus
créditos, de modo que o interesse processual para o ajuizamento de execução está
presente. 5. Negar ao Município a possibilidade de executar seus créditos de
pequeno valor sob o fundamento da falta de interesse econômico viola o direito de
acesso à justiça. 6. Sentença de extinção anulada. 7. Orientação a ser aplicada aos
recursos idênticos, conforme o disposto no art. 543-B, § 3º, do CPC.
(STF, RE 591033, Relator(a): ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 17/11/2010,
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-038 DIVULG 24-02-2011 PUBLIC 25-02-2011
EMENT VOL-02471-01 PP-00175 RTJ VOL-00228-01 PP-00652)manual, mecânico ou
eletrônico).
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(2021/CESPE-CEBRASPE/PGE-MS/Procurador do Estado) Cleber, comerciante,
após a venda de mercadorias acompanhadas da declaração dos tributos, por meio
de guia de informação e apuração do ICMS, não recolheu os respectivos impostos
no prazo devido.
Com relação à cobrança dos créditos inadimplidos nessa situação hipotética, é
correto afirmar que a inscrição dos débitos em dívida ativa
A) não será possível sem que o fisco reveja a declaração eventualmente
apresentada pelo contribuinte, ainda que por meio de procedimento simplificado.
B) não será possível sem o procedimento administrativo e sem a notificação prévia
do contribuinte.
C) não será possível sem o procedimento administrativo, dispensada apenas a
notificação prévia do contribuinte.
D) será possível mesmo sem o procedimento administrativo, exigida apenas a
notificação prévia do contribuinte.
E) será possível independentemente de processo administrativo e de notificação
prévia do contribuinte.
GABARITO: E.
Súmula nº 436 do STJ. A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo
débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência
por parte do fisco.
(2021/CESPE-CEBRASPE/PGE-AL/Procurador do Estado) Um procurador de estado
verificou erro na certidão de dívida ativa (CDA) que havia instruído o executivo
fiscal e, visando corrigir o equívoco observado, propôs a substituição da CDA.
Nessa situação hipotética, conforme a Lei n.º 6.830/1980 e a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça, é possível a substituição da CDA com a finalidade de
A) alterar o sujeito passivo da obrigação tributária até a decisão de primeira
instância.
B) realizar nova apuração do tributo até a decisão de primeira instância.
C) realizar a imputação de pagamento, ocorrida anteriormente à inscrição do
débito, até a decisão de primeira instância.
D) alterar fundamento legal do lançamento até a decisão em primeira instância.
E) corrigir o número do processo administrativo ou do auto de infração até a
decisão em primeira instância.
GABARITO: E.
Art. 2º, § 5º, Lei nº 6.830/80. O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter:
I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio
ou residência de um e de outros;
II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os
juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato;
III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida;
IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem
como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo;
V - a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida Ativa; e
VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver
apurado o valor da dívida.
Art. 2º, § 8º, Lei nº 6.830/80. Até a decisão de primeira instância, a Certidão de
Dívida Ativa poderá ser emendada ou substituída, assegurada ao executado a
devolução do prazo para embargos.
Súmula nº 392, STJ. A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa
(CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de
erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.
(2018/CESPE/CEBRASPE/Manaus-AM/Procurador do Município) Julgue o item
que se segue à luz do que dispõe o Código Tributário Nacional.
As informações relativas às representações fiscais para fim penal são sigilosas,
sendo vedada a sua divulgação ou publicização.
( ) Certo ( ) Errado
GABARITO: Errado.
Art. 198, § 3º, CTN. Não é vedada a divulgação de informações relativas a:
I – representações fiscais para fins penais;
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;
III – parcelamento ou moratória;
IV - incentivo, renúncia, benefício ou imunidade de natureza tributária cujo
beneficiário seja pessoa jurídica. (Incluído pela Lei Complementar nº 187, de
2021)
(2018/FCC/Prefeitura de Caruaru – PE/Procurador do Município) Sobre a dívida
ativa, é correto afirmar:
A) seu termo indica, obrigatória e exclusivamente, o devedor e os corresponsáveis,
com suas qualificações e endereços, o valor principal do débito e da multa, bem
como a taxa de juros fixa, igual ou inferior à SELIC.
B) só pode ser objeto de protesto em bloco, quando todos os títulos de um mesmo
contribuinte são cobrados em conjunto.
C) a inscrição depende de prévia notificação ao contribuinte sobre o ato a se
realizar.
D) créditos com exigibilidade suspensa não podem ser objeto de inscrição.
E) pode ser objeto de inscrição eletrônica, desde que registrada em folha física de
livro próprio.
GABARITO: D (“créditos com exigibilidade suspensa não podem ser objeto de
inscrição”).
A) Art. 2º, § 5º, Lei nº 6.830/80. O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter:
I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio
ou residência de um e de outros;
II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os
juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato;
III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida;
IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem
como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo;
V - a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida Ativa; e
VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver
apurado o valor da dívida.
B) Art. 1º, parágrafo único, Lei nº 9.492/97. Protesto é o ato formal e solene pelo
qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em
títulos e outros documentos de dívida.
Parágrafo único. Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de
dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das
respectivas autarquias e fundações públicas.
C) Art. 201, CTN. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa
natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de
esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em
processo regular.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo,
a liquidez do crédito.
D) TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CAUSAS
SUSPENSIVAS DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. LIMINAR EM MANDADO
DE SEGURANÇA. LANÇAMENTO. AUSÊNCIA DE ÓBICE. DECADÊNCIA. 1. A suspensão
da exigibilidade do crédito tributário na via judicial impede o Fisco de praticar
qualquer ato contra o contribuinte visando à cobrança de seu crédito, tais como
inscrição em dívida, execução e penhora, mas não impossibilita a Fazenda de
proceder à regular constituição do crédito tributário para prevenir a decadência do
direito. Precedente: EREsp 572.603/PR, Rel. Min. Castro Meira, Primeira Seção, DJ
05/09/2005. 2. O lançamento do ISS referente aos meses de Janeiro a Setembro de
1991 somente ocorreu em 27 de junho de 2001. Nesse sentido, a liminar conferida
em Mandado de Segurança, anteriormente impetrado pelo contribuinte, com a
finalidade de ver reconhecida isenção quanto ao tributo não impede a fluência do
prazo decadencial, apenas obstando a realização de atos de cobrança posteriores à
constituição: REsp 1.140.956/SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Seção, DJe
03/12/2010, julgado nos termos do artigo 543-C do Código de Processo Civil. 3.
Recurso especial provido. (STJ, REsp 1129450/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA,
SEGUNDA TURMA, julgado em 17/02/2011, DJe 28/02/2011).
E) Art. 2º, § 7º, Lei nº 6.830/80. O Termo de Inscrição e a Certidão de Dívida Ativa
poderão ser preparados e numerados por processo manual, mecânico ou
eletrônico.
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(2021/FUNDATEC/PGE-RS/Procurador do Estado) Constituído o crédito tributário
mediante lançamento de ofício pela autoridade fiscal, abre-se a oportunidade de
o sujeito passivo oferecer defesa, ainda na esfera administrativa, inaugurando a
fase litigiosa do processo administrativo fiscal. Na esfera administrativa, há,
ainda, a oportunidade de recurso para um tribunal administrativo fiscal. É correto
afirmar que:
I - do depósito;
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(2022/Unesc/Prefeitura de Laguna – SC/Procurador Municipal) De acordo com a
Lei nº 8.397/92 e alterações posteriores, que institui medida cautelar fiscal e dá
outras providências, assinale a alternativa CORRETA.
C) A medida cautelar fiscal decretada não poderá ser substituída pela prestação de
garantia correspondente ao valor da prestação da Fazenda Pública.
D) O Juiz concederá liminarmente a medida cautelar fiscal, dispensada a Fazenda
Pública de justificação prévia e de prestação de caução.
Art. 12. A medida cautelar fiscal conserva a sua eficácia no prazo do artigo
antecedente e na pendência do processo de execução judicial da Dívida Ativa, mas
pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão em contrário, a medida cautelar fiscal conservará
sua eficácia durante o período de suspensão do crédito tributário ou não tributário.
C) Art. 10, Lei nº 8.397/92. A medida cautelar fiscal decretada poderá ser
substituída, a qualquer tempo, pela prestação de garantia correspondente ao valor
da prestação da Fazenda Pública, na forma do art. 9° da Lei n° 6.830, de 22 de
setembro de 1980.
Parágrafo único. A Fazenda Pública será ouvida necessariamente sobre o pedido de
substituição, no prazo de cinco dias, presumindo-se da omissão a sua aquiescência.
D) Art. 7º, Lei nº 8.397/92. O Juiz concederá liminarmente a medida cautelar fiscal,
dispensada a Fazenda Pública de justificação prévia e de prestação de caução.
Parágrafo único. Do despacho que conceder liminarmente a medida cautelar caberá
agravo de instrumento.
E) Art. 10, Lei nº 8.397/92. Art. 10. A medida cautelar fiscal decretada poderá ser
substituída, a qualquer tempo, pela prestação de garantia correspondente ao valor
da prestação da Fazenda Pública, na forma do art. 9° da Lei n° 6.830, de 22 de
setembro de 1980.
Parágrafo único. A Fazenda Pública será ouvida necessariamente sobre o pedido de
substituição, no prazo de cinco dias, presumindo-se da omissão a sua aquiescência.
(2022/FCC/PGE-AM/Procurador do Estado da 3ª Classe) O Supremo Tribunal
Federal reconheceu ser inconstitucional a majoração de determinado tributo com
decisão transitada em julgado em 25/10/2019. Ao perceber que tinha recolhido
tributo a maior em pagamento de 26/10/2015, Heitor Fortificações Ltda. efetua
compensação tributária correspondente em 23/12/2020, deixando de recolher o
tributo na mesma data. Ao ser contestado por autoridades fazendárias, Heitor
Fortificações Ltda. imediatamente ingressa com mandado de segurança em
25/10/2021. De acordo com o Código Tributário Nacional e a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça,
D) poderá ser redirecionada contra Joaquim, Caíque e Juliana, pois eram sócios
proprietários de JCJ na época do fato gerador.
E) poderá ser redirecionada somente contra Joaquim e Caíque, que eram sócios
administradores de JCJ, no momento da ocorrência do fato gerador.
GABARITO: B.
Art. 135, CTN. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a
obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou
infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito
privado.
- Critério do momento da dissolução irregular da empresa (e não do fato gerador) à
aferição do sócio-gerente responsável pelo débito tributário:
Súmula 435, STJ. Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de
funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes,
legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.
O redirecionamento da execução fiscal, quando fundado na dissolução irregular da
pessoa jurídica executada ou na presunção de sua ocorrência, pode ser autorizado
contra o sócio ou o terceiro não sócio, com poderes de administração na data em
que configurada ou presumida a dissolução irregular, ainda que não tenha
exercido poderes de gerência quando ocorrido o fato gerador do tributo não
adimplido, conforme art. 135, III, do CTN.
(STJ. 1ª Seção. REsp 1.645.333-SP, Rel. Min. Assusete Magalhães, julgado em
25/05/2022; Recurso Repetitivo – Tema 981).
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