Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
CONCEITO
É a atividade do Poder Público voltada
para a fiscalização e arrecadação
tributária.
São as regras formais acerca dos órgãos e
agentes públicos responsáveis pela
transformação em atos concretos das
regras abstratamente previstas nos
demais títulos do CTN.
É dividida em Fiscalização, Dívida Ativa e
Certidões Negativas.
1
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
FISCALIZAÇÃO
Atividade estatal que tem por objetivo
estimular o cumprimento espontâneo das
obrigações tributária por intermédio da
identificação e punição daqueles que não
as cumprem.
É um poder-dever orientado pela
isonomia, que, em matéria tributária, se
prende à ideia de tributar cada pessoa na
medida de sua capacidade contributiva.
1
10/06/2015
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
O QUE PODE E DEVE SER FISCALIZADO
Para os efeitos da legislação tributária, não
têm aplicação quaisquer disposições legais
excludentes ou limitativas do direito de
examinar mercadorias, livros, arquivos,
documentos, papéis e efeitos comerciais ou
fiscais, dos comerciantes industriais ou
produtores, ou da obrigação destes de exibi-
los.
Parágrafo único. Os livros obrigatórios de
escrituração comercial e fiscal e os
comprovantes dos lançamentos neles
efetuados serão conservados até que ocorra a
prescrição dos créditos tributários decorrentes
das operações a que se refiram. (Art. 195,
CTN)
4
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
NOTA IMPORTANTE
STF – SÚMULA 439 – Estão sujeitos à
fiscalização tributária ou previdenciária
quaisquer livros comerciais, limitado o
exame aos pontos objeto da investigação.
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
PESSOAS OBRIGADAS A FORNECER INFORMAÇÕES
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários
de ofício;
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas
e demais instituições financeiras;
III - as empresas de administração de bens;
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes
oficiais;
V - os inventariantes;
VI - os síndicos, comissários e liquidatários;
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a
lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função,
ministério, atividade ou profissão. (art. 197, CTN)
2
10/06/2015
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
LIMITAÇÃO ÀS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
As autoridades e os agentes fiscais tributários
da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios somente poderão examinar
documentos, livros e registros de instituições
financeiras, quando houver processo
administrativo instaurado ou procedimento
fiscal em curso e tais exames sejam
considerados indispensáveis pela autoridade
administrativa competente. (Art. 6.º, LC n.º
105/2001, dispõe sobre o sigilo das
operações de instituições financeiras)
7
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
REQUISITAR A FORÇA PÚBLICA
As autoridades administrativas federais
poderão requisitar o auxílio da força
pública, federal, estadual ou municipal, e
reciprocamente, quando vítimas de
embaraço ou desacato no exercício de
suas funções, ou quando necessário à
efetivação de medida prevista na
legislação tributária, ainda que não se
configure fato definido em lei como crime
ou contravenção. (Art. 200, CTN)
8
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
DEVERES DAS AUTORIDADES FISCAIS
Dever de documentar o início do
procedimento (art. 196 c/c 173, 138);
Dever de manter sigilo e suas exceções
(art. 198, caput e § § 1.º e 3.º);
Transferência do sigilo (art. 198, § 2.º);
A divulgação das informações (art. 198, §
3.º);
Permuta de informações sigilosas entre
entes tributantes (art. 199, CTN).
3
10/06/2015
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
DIVIDA ATIVA
Constitui dívida ativa tributária a
proveniente de crédito dessa natureza,
regularmente inscrita na repartição
administrativa competente, depois de
esgotado o prazo fixado, para pagamento,
pela lei ou por decisão final proferida em
processo regular. (art. 201, CTN)
10
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
REQUISITOS DE INSCRIÇÃO DA DIVÍDA ATIVA
O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela
autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
I – o nome do devedor e, sendo caso, o dos
responsáveis, bem como, sempre que possível, o
domicílio ou a residência de um e de outros;
II – a quantia devida e a maneira de calcular os juros
de mora acrescidos;
III – a origem e natureza do crédito, mencionada
especificamente a disposição da lei em que seja
fundado;
IV – a data em que foi inscrita;
V – sendo o caso, o número do processo administrativo
de que se originar o crédito. (art. 202, CTN)
11
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
NULIDADE DA INSCRIÇÃO
A omissão de quaisquer dos requisitos
previstos no artigo anterior, ou o erro a
eles relativo, são causas de nulidade da
inscrição e do processo de cobrança dela
decorrente, mas a nulidade poderá ser
sanada até a decisão de primeira
instância, mediante substituição da
certidão nula, devolvido ao sujeito
passivo, acusado ou interessado o prazo
para defesa, que somente poderá versar
sobre a parte modificada.(art. 203, CTN)
12
4
10/06/2015
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
CERTIDÕES NEGATIVAS
A lei poderá exigir que a prova da quitação de
determinado tributo, quando exigível, seja
feita por certidão negativa, expedida à vista
de requerimento do interessado, que
contenha todas as informações necessárias à
identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e
ramo de negócio ou atividade e indique o
período a que se refere o pedido.
A certidão negativa será sempre expedida
nos termos em que tenha sido requerida e
será fornecida dentro de 10 (dez) dias da
data da entrada do requerimento na
repartição. (Art. 205, parágrafo único, CTN)
13
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
SITUAÇÕES DE EXPEDIÇÃO DA CERTIDÃO
POSITIVA COM EFEITOS DE NEGATIVA
a) Os créditos não estão vencidos;
b) Os créditos estão em curso de cobrança
executiva em que tenha sido efetivada a
penhora;
c) Os créditos estão com exigibilidade
suspensa
15
5
10/06/2015
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
DISPENSA DA APRESENTAÇÃO DE CERTIDÃO
NEGATIVA
Independentemente de disposição legal
permissiva, será dispensada a prova de
quitação de tributos, ou o seu suprimento,
quando se tratar de prática de ato
indispensável para evitar a caducidade de
direito, respondendo, porém, todos os
participantes no ato pelo tributo porventura
devido, juros de mora e penalidades cabíveis,
exceto as relativas a infrações cuja
responsabilidade seja pessoal ao infrator. (ar.
207, CTN)
16
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
17
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
Não vencido
Certidão
Certidão em Em curso de ação de negativa
que conste a cobrança executiva em com
existência de que tenha sido efetivada efeitos de
crédito. a penhora. positiva
Cuja exigibilidade esteja
suspensa.
18
6
10/06/2015
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
DÍVIDA CERTIDÕES
FISCALIZA ATIVA NEGATIVAS
ÇÃO Providências Comprovação
Estímulo do executórias de
cumprimento contra os regularidade
espontâneo/ que possibilitando
Punição dos cumpriram acesso aos
infratores suas benefícios
obrigações. legais.
19
ÂMBITO FEDERAL
O procedimento administrativo fiscal na
esfera federal é regido pelo Decreto n.º
70.235/72.
Abrange os impostos federais e as
contribuições sociais, como o PIS, Cofins e
a CCSL, que são administradas pela
Secretaria da Receita Federal.
21
7
10/06/2015
22
NOTIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO
a) A qualificação do notificado;
b) O valor do crédito tributário e o prazo
para recolhimento ou impugnação;
c) A disposição legal infringida, se for o
caso;
d) A assinatura do chefe do órgão
expedidor ou de outro servidor
autorizado e a indicação de seu cargo ou
função e o número de matrícula.
24
8
10/06/2015
IMPUGNAÇÃO
a) A autoridade julgadora a quem é dirigida;
b) A qualificação do impugnante;
c) Os motivos de fato e de direito em que se
fundamenta, os pontos de discordância e as
razões e provas que possuir;
d) As diligências ou perícias que o impugnante
pretenda sejam efetuadas, expostos os
motivos que as justifiquem, com a
formulação dos quesitos referentes aos
exames desejados, assim como, no caso de
perícia, o nome, o endereço e a qualificação
do perito.
25
26
9
10/06/2015
28
RECURSO ESPECIAL
Se a decisão não for unânime, cabe recurso
especial dirigido à Câmara Superior de Recursos
Fiscais.
Em instância especial compete ao Ministro da
Fazenda:
a) julgar, recursos de decisões do Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais, interpostos
pelos procuradores representantes da Fazenda
junto aos mesmos Conselhos;
b) Decidir sobre as propostas de aplicação de
equidade apresentadas pelo Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais.
Não cabe pedido de reconsideração de ato do
Ministro da Fazenda que julgar ou decidir as
matérias de sua competência.
29
ÂMBITO ESTADUAL
Seguem os mesmos procedimentos.
A impugnação ao lançamento ou ao auto
de infração é feita ao chefe do posto
fiscal.
Dessa decisão caberá recurso, de acordo
com a legislação estadual para o órgão
superior.
30
10
10/06/2015
ÂMBITO MUNICIPAL
Seguem os mesmos procedimentos.
Na primeira instância, geralmente, o
recurso é analisado pelo Chefe da
Inspetoria Fiscal, Diretor do Departamento
de Rendas Mobiliárias ou Secretário das
Finanças.
Na segunda instância, pode haver um outro
órgãos julgador do recurso da decisão do
primeiro grau.
31
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
EVASÃO, ELISÃO E ELUSÃO TRIBUTÁRIA
Existem meios diversos de se fugir da
tributação. Tradicionalmente, o critério
mais adotado pela doutrina para classificar
tais meios toma por base a licitude da
conduta.
Assim, quando o contribuinte usa de
meios lícitos, para fugir da tributação,
tem-se a elisão fiscal.
Já nos casos em que o contribuinte se
utiliza de meios ilícitos para escapar da
tributação, tem-se a evasão fiscal.
32
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
EVASÃO, ELISÃO E ELUSÃO TRIBUTÁRIA
Por fim, existem casos em que o
comportamento do contribuinte não é a
rigor, ilícito, mas adota um formato
artificioso, atípico para o ato que está
sendo praticado, tendo como
consequência a isenção, não incidência ou
incidência menos onerosa do tributo.
Alguns denominam esta última hipótese
de elusão fiscal; outros, de elisão ineficaz
(pois possibilitaria que o Fisco,
descobrindo a simulação, lançasse o
tributo devido). 33
11
10/06/2015
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
ELISÃO FISCAL
É a conduta consistente na prática de ato ou
celebração de negócio legalmente
enquadrado em hipótese visada pelo sujeito
passivo, importando isenção, não incidência
ou incidência menos onerosa do tributo. É
verificada, quase sempre, em momento
anterior àquele em que normalmente se
verificaria o fato gerador. Trata-se de
planejamento tributário, que encontra
guarida no ordenamento jurídico, visto que
ninguém pode ser obrigado a praticar negócio
de maneira mais onerosa.
34
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
EVASÃO FISCAL
É a conduta ilícita em que o contribuinte,
normalmente após a ocorrência do fato
gerador, pratica atos que visam a evitar o
conhecimento do nascimento da obrigação
tributária pela autoridade fiscal. Aqui o
fato gerador ocorre, mas o contribuinte o
esconde do Fisco, na ânsia de fugir à
tributação.
35
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
ELUSÃO FISCAL OU ELISÃO INEFICAZ
É a conduta em que o contribuinte simula
determinado negócio jurídico com a
finalidade de dissimular a ocorrência do
fato gerador. Trata-se de um ardil
caracterizado primordialmente pelo que a
doutrina denomina de abuso de formas,
pois o sujeito passivo adota uma forma
jurídica atípica, a rigor ilícita, com o
escopo de escapar artificialmente da
tributação.
36
12
10/06/2015
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
LICITUDE DO MOMENTO DA
COMPORTAMENTO OCORRÊNCIA
ELISÃO Lícita (planejamento Em regra, antes do fato
tributário) gerador.
EVASÃO Ilícita (evita o conhecimento Em regra, após o fato
da ocorrência do fato gerador.
gerador pela autoridade)
ELUSÃO Formalmente ilícita, mas Antes ou após o fato
com abuso de forma jurídica gerador.
37
13