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APRESENTADOS À FISCALIZAÇÃO
Por Gustavo Vettorato1
Março/2017
I - INTRODUÇÃO
Nesses casos acima, a declaração de inidoneidade dos documentos fiscais não atinge
a terceiros de boa-fé.
A Lei n. 6.374/2003 do Estado de São Paulo considera como documento fiscal hábil
aquele que atenda a todas as exigências da legislação pertinente, seja emitido por
contribuinte em situação regular perante o Fisco e esteja acompanhado, quando exigido, de
comprovante de recolhimento do imposto.
2
CARVALHO, Paulo Barros de. Curso de Direito tributário. 13 ed., São Paulo: Saraiva, 2000, p. 415
Dessa forma, ao Fisco é permitido manter o lançamento tributário mesmo com
pequenas irregularidades, pois equívocos que não afetam propriamente o crédito tributário
e os elementos da obrigação. Esse mesmo tratamento deve ser concedido ao sujeito
passivo. Se o preciosismo não é cobrado da própria Administração Pública, não pode ser
cobrado de mais rígida da parte mais fraca da relação Estado-Contribuinte. Fato esse
agravado pelas determinações de autoconstituição (autolançamento) do crédito tributário,
transferindo aos contribuintes atribuições anteriormente privativas dos agentes fiscais3.
Assim, é clara a necessidade de concessão ao contribuinte da oportunidade de correção de
seus documentos e atos fiscais, ou sua relevação, pois dos mesmos é possível obter-se
claramente todos os elementos da obrigação tributária em concreto.
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PIMENTEL, Mariana. Por que contribuintes cumprem normas tributárias. Blog do NEF. São Paulo, Núcleo
de Estudos Fiscais da FGV Direito, p.1-2, 11 ago. 2010. Disponível em
<http://estudosfiscais.blogspot.com.br/2010/08/por-que-contribuintes-cumprem-normas.html>. Acesso em:
20 outubro 2016
(AMS 200570000148453, Rel. ÁLVARO EDUARDO
JUNQUEIRA, Tribunal Regional Federal da 4ª. Região – Primeira
Turma, D.E. 07/03/2007)
IV - APONTAMENTOS FINAIS
Ao final, pode-se afirmar que a declaração de inidoneidade de documentos
apresentados pelo contribuinte ao Fisco deve observar a razoabilidade, não podendo ser
fundada em meras irregularidades, mas com base na demonstração clara da possibilidade
ou impossibilidade de obtenção dos elementos da obrigação tributária para fins de
constituir o crédito tributário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 14 ed., São Paulo: Saraiva, 2008.
CAIS, Cleide Previtalli. O processo tributário. 22 ed. São Paulo : Revista dos
Tribunais, 2008.
CARVALHO, Paulo Barros de. Curso de Direito tributário. 13 ed., São Paulo:
Saraiva, 2000.
MELO. José Eduardo Soares de. Curso de direito tributário. 6 ed. São Paulo :
Dialética. 2005.
PIMENTEL, Mariana. Por que contribuintes cumprem normas tributárias. Blog do
NEF. São Paulo, Núcleo de Estudos Fiscais da FGV Direito, p.1-2, 11 ago. 2010.
Disponível em <http://estudosfiscais.blogspot.com.br/2010/08/por-que-contribuintes-
cumprem-normas.html>. Acesso em: 20 outubro 2016.
SANTI, Eurico Marcos Diniz de. Kafka, alienação e deformidade da legalidade.. 3
ed. São Paulo : Saraiva, 2013