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Autor:
Fábio Dutra, Coordenação
18 de Dezembro de 2022
Índice
1) Crédito Tributário - Aspectos Gerais
..............................................................................................................................................................................................3
3) Alteração do Lançamento
..............................................................................................................................................................................................
15
4) Modalidades de Lançamento
..............................................................................................................................................................................................
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CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Você já ouviu falar repetidas vezes sobre o “crédito tributário” durante o nosso curso. Até o presente
momento, você foi capaz de definir o que vem a ser crédito tributário?
O termo “crédito tributário” deve ser lembrado como crédito do Fisco e dívida do contribuinte. Logo, o
Estado tem o direito ao recebimento do valor, e o contribuinte tem o dever de pagar o valor exigido pelo
Fisco.
Ademais, deve-se destacar que o crédito tributário não se refere unicamente a tributo, mas também às
dívidas decorrentes de multas tributárias. Isso se dá porque o crédito tributário decorre da obrigação
tributária principal e, como você já aprendeu em outra aula, esta tem por objeto o pagamento de tributo
==275324==
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza
desta.
É válido ressaltar que, embora o crédito tributário decorra da obrigação tributária, as circunstâncias que
modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos,
ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem (CTN, art. 140).
Observação: Por mais que você não entenda tudo o que foi dito, no momento, é
importante que você guarde que as modificações no crédito tributário não afetam a
obrigação tributária.
Assim, relembrando a linha do tempo que já estudamos, quando o fato gerador ocorre, surge a obrigação
principal, consistente no dever de pagar tributo ou penalidade pecuniária (multa). Contudo, para que a
dívida se torne exigível (guarde essa palavra), é necessário que a autoridade administrativa realize o
lançamento.
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LANÇAMENTO
Para explicarmos melhor o que vem a ser o lançamento, nada melhor do que transcrevermos o art. 142 do
CTN:
Com o surgimento da obrigação tributária, é necessário que alguém (a autoridade administrativa), com
conhecimento da legislação aplicável, defina o valor exato a ser pago de tributo ou multa, apurando a base
de cálculo e aplicando sobre ela a alíquota vigente. Além disso, deve-se verificar quem é o sujeito passivo
(contribuinte ou responsável) que possui o dever legal de pagar o montante devido. A esse procedimento,
denominamos lançamento.
A função do lançamento não é fazer nascer a dívida, mas sim torná-la exigível.
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Embora o próprio art. 142 do CTN mencione que o lançamento é considerado um procedimento
administrativo, o entendimento da doutrina é o de que se trata de um ato administrativo.
Ao estudar Direito Administrativo, você verá que os atos administrativos possuem certos requisitos para que
se tornem válidos. Além disso, há também determinadas características ou atributos típicos dos atos
administrativos. Com base nos conceitos oriundos do Direito Administrativo, é possível concluir que de fato
o lançamento é um ato administrativo.
Para enfrentar as provas de concurso público, o que você deve ter em mente é o seguinte:
Outro ponto de discussão seria a natureza do lançamento. Novamente, em vez de nos prolongarmos nos
comentários, vou ensinar como o tema deve ser levado para a prova: o lançamento declara a obrigação
tributária (verifica a ocorrência do fato gerador) já existente e constitui o crédito tributário (previsto no
início do caput do art. 142). Portanto, pode-se dizer que o lançamento possui natureza jurídica mista.
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O caput do art. 142, do CTN, apenas estabelece que compete, privativamente, à autoridade administrativa
constituir o crédito tributário pelo lançamento. Quem seria essa autoridade administrativa? Cabe ao
legislador de cada ente federativo determinar.
Observação:
Delegação: Ocorre quando uma pessoa delega a outra o exercício de uma atribuição.
A título de exemplo, em relação aos tributos de competência da União, cabe privativamente ao Auditor-
Fiscal da Receita Federal do Brasil o lançamento. Nos Estados ou Municípios, cabe ao Auditor-Fiscal Estadual
ou Municipal, ou denominação equivalente.
Como decorrência disso, nem mesmo o juiz tem competência para realizar o procedimento previsto no art.
142 do CTN, culminando no lançamento.
Por fim, cabe ressaltar que, de acordo com o par. único do art. 142, do CTN, a atividade administrativa do
lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. Isso significa que não há
discricionariedade por parte da autoridade competente quanto ao lançamento, em decorrência do princípio
da indisponibilidade do interesse público, visto em nossa aula inicial.
Aliás, nós vimos, quando do estudo do conceito de tributo (CTN, art. 3º), que a atividade de cobrança é
plenamente vinculada. Como o lançamento é o procedimento para tornar a obrigação exigível, a atividade
de lançamento também é vinculada.
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Ao realizar o lançamento, a autoridade fiscal deve considerar a legislação material e a legislação formal. O
que seria isso?
A legislação material (ou legislação substantiva) diz respeito, obviamente, aos aspectos materiais do
lançamento, ou seja, refere-se à estrutura da obrigação tributária. Como exemplo, podemos citar a lei que
define os fatos geradores, as bases de cálculo e alíquotas, o sujeito passivo da obrigação (contribuintes e
responsáveis) etc. De acordo com Aliomar Baleeiro1, a lei que discipline tais aspectos sobrevive para as
situações jurídicas definitivamente constituídas ao tempo de sua vigência.
A legislação formal (ou legislação adjetiva), por seu turno, trata dos procedimentos, dos aspectos formais,
a serem levados a cabo pela autoridade administrativa no momento do lançamento. Trata-se de disposições
relativas ao Direito Processual Tributário. Assim como em outros ramos do direito, as normas processuais
têm eficácia imediata. A título de exemplo, temos os poderes que possuem as autoridades lançadoras, os
prazos para início e conclusão das atividades relativas ao lançamento, o modo de notificação ao contribuinte
etc.
Essa distinção deve ser feita, pois o CTN estabeleceu critérios diferenciados para aplicação de cada uma.
Vamos, então, ver quais foram os critérios definidos pelo legislador.
Vimos que, além de constituir o crédito tributário, o lançamento tem natureza declaratória, ou seja, declara
a existência da obrigação tributária. Logo, quando a autoridade administrativa vai realizar o lançamento de
determinado tributo, deve levar em consideração a legislação substantiva que se deve aplicar é a que estava
em vigor na data da ocorrência do fato gerador (quando surgiu a obrigação tributária):
1
BALEEIRO, Aliomar. Direito tributário brasileiro. Atualizada por Misabel Abreu Machado Derzi. 13ª
Edição. 2015. Pág. 1.197.
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Com isso, podemos dizer que o lançamento possui efeitos ex tunc, ou seja, efeitos retroativos.
Observação: Lembre-se de que quando a lei já tenha sido revogada (não esteja mais
vigente), ainda assim, neste caso específico, pode produzir efeitos futuros, fato que se
denomina ultratividade da lei tributária.
Por exemplo, imagine que tenha ocorrido no mês de janeiro de 2014 o fato gerador de um imposto, cuja
alíquota era de 20%. No mês de março, uma nova lei alterou a alíquota do imposto para 30%. Digamos que
em janeiro de 2015, a autoridade administrativa realizou o lançamento. Qual será a alíquota aplicada?
Certamente, será 20% (alíquota vigente na data de ocorrência do fato gerador).
Perceba que a alíquota de 30% somente será aplicada aos fatos geradores que surgirem a partir do
momento em que a lei que a alterou começar a produzir efeitos. Logo, pode-se concluir que a legislação
substantiva somente se aplica a fatos geradores futuros.
Agora, caro(a) aluno(a), imagine que, no lançamento, a autoridade tenha que aplicar uma multa pelo não
recolhimento do tributo por parte do contribuinte e que o percentual dessa multa em janeiro de 2014 era
de 50%. Se outra lei alterar essa multa para 20% em março de 2014, qual seria a multa aplicável pela
autoridade quando do lançamento?
Neste caso, precisamos nos ater à regra contida no art. 106, do CTN, que estabelece a aplicação retroativa
da lei que aplique penalidade menos severa que a lei anterior. A resposta, portanto, seria 20%, e não 50%.
Por outro lado, se a lei estivesse majorando o percentual da multa (75%, por exemplo), a autoridade teria
que utilizar o percentual de 50%, isto é, referente à norma vigente na data da infração.
Diante do exposto, podemos dizer que o art. 144 do CTN encontra fundamento no princípio constitucional
da irretroatividade da lei tributária, já que a nova lei (alíquota de 30%) não poderá se aplicar a fatos
geradores ocorridos antes do início da sua vigência.
Não confunda:
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A legislação material somente se aplica aos fatos geradores futuros, pois ela deve estar
vigente e produzindo efeitos no momento da ocorrência do fato gerador. Cumpre-se,
assim, o princípio da irretroatividade tributária.
Sob outra ótica, quando for realizado o lançamento, deve-se levar em consideração a legislação
material vigente na data do fato gerador, ainda que já tenha sido revogada.
Cabe destacar que, de acordo com o § 2º do próprio art. 144, não se aplica o que acabamos de ver aos
impostos lançados por períodos certos de tempo (IPVA e IPTU, por exemplo), desde que a lei fixe
expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.
Vamos entender o que o legislador quis dizer com isso. O que vimos até agora foi que o lançamento deve
utilizar como base a legislação vigente na data da ocorrência do fato gerador, correto?
Em relação aos impostos lançados por períodos certos de tempo, isso não se aplica se a lei fixar a data em
==275324==
que o fato gerador se considera ocorrido. Na prática, a situação não muda muito, já que, quando a lei fixar
um momento em que o imposto se considera ocorrido, aplica-se a legislação que estiver em vigor nesse
momento.
A título de exemplo, se o fato gerador do IPVA ocorre no dia 1º de Janeiro de cada ano, aplica-se ao
lançamento a legislação que estiver em vigor nessa data.
Assim, na essência, a regra do § 2º do art. 144 não é uma exceção, mas deve ser memorizada para fins de
prova!
Além dos aspectos materiais, no momento do lançamento, a autoridade deve respeitar regras formais. Para
entender qual será a legislação aplicável em cada caso, vamos ver o que o legislador estabeleceu no § 1º do
art. 144:
Como já foi explicado, os aspectos formais dizem respeito aos procedimentos, não se relacionando com a
estrutura da obrigação tributária. Por esse motivo, o legislador optou pela aplicação das regras formais
vigentes na data do lançamento, ainda que tenham sido alteradas após a ocorrência do fato gerador.
Observação:
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Garantias do crédito tributário: tornam mais efetiva a atividade de cobrança dos tributos.
Novamente, vamos analisar a situação sobre outra ótica: se a autoridade administrativa deve aplicar a
legislação formal em vigor no momento do lançamento, como este ocorre em data posterior ao fato gerador,
pode-se dizer que a legislação alcança fatos geradores passados (anteriores a ela), mas que estão sendo
objeto de apuração pela autoridade fiscal no momento do lançamento.
Imagine, como ocorrido exemplo anterior, que no mês de Janeiro de 2014 ocorra o fato gerador de um
imposto. A legislação que regulava os procedimentos formais a serem adotados pela autoridade
administrativa era a Lei “A”. Em Julho de 2014, a Lei “B” revogou a Lei “A”, alterando os procedimentos
aplicáveis ao lançamento do referido imposto. Aí eu te pergunto: qual lei deve ser aplicada ao lançamento,
realizado em Janeiro de 2015? Certamente, é a Lei “B”.
Veja que, no momento do lançamento, a autoridade fiscal aplicou a legislação em vigor nessa data (em
obediência ao § 1º do art. 144). Analisando a situação sob outro ângulo, você será capaz de perceber também
que a Lei “B” atingiu fatos geradores passados, em cujo momento estava em vigor outra legislação formal (A
Lei “A”). Entendido?
Não confunda!
A legislação formal se aplica aos fatos geradores passados, pois o que importa é a legislação
vigente na data do lançamento (pode ter havido alteração após o fato gerador).
Contudo, há uma exceção: não pode ser aplicada a legislação que, posteriormente à data da ocorrência do
fato gerador da obrigação, tenha atribuído responsabilidade tributária a terceiros.
Vamos entender a lógica dessa exceção. Nós aprendemos que o sujeito passivo da obrigação tributária é um
aspecto material a ser levado em consideração no momento do lançamento. Sendo assim, não faz sentido
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inserir no pólo passivo da obrigação uma pessoa que, na data da ocorrência do fato gerador, não era
obrigada a cumpri-la. Entendido?
Deve ser ressaltado também que, em alguns casos, o valor da base de cálculo do tributo é expresso em
moeda estrangeira. Isso é comum nos tributos aduaneiros, sobretudo no imposto de importação.
Como a taxa de câmbio se altera diariamente, é necessário saber, no momento de realizar o lançamento,
qual a taxa de câmbio a ser utilizada.
Como a taxa de câmbio influencia no valor do tributo devido (um aspecto material), o legislador do CTN
optou por manter a mesma lógica da legislação relativa aos aspectos materiais: a data de ocorrência do fato
gerador, lembrando que isso foi determinado “salvo disposição de lei em contrário”, conforme preceitua o
art. 143 do CTN:
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso
em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao
câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.
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1. CESPE/SEFAZ-RS-Auditor Fiscal/2019
A secretaria de fazenda de determinado estado da Federação realizará o lançamento de tributo de sua
competência na importação de mercadoria; o valor tributário está expresso em moeda estrangeira e
discriminado em documento idôneo.
Nesse caso, de acordo com o CTN, o lançamento será feito por
a) arbitramento do valor mediante aferição de similar exclusivamente nacional.
b) arbitramento do valor mediante aferição de similares nacional e internacional, prevalecendo o que for
maior.
c) conversão em moeda nacional ao câmbio do dia fixado na nota fiscal de remessa da mercadoria no
exterior.
d) conversão em moeda nacional ao câmbio do dia do lançamento definitivo do tributo.
e) conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.
Comentário: De acordo com o art. 143, do CTN, salvo disposição de lei em contrário, quando o valor
tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional
ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.
Gabarito: Letra E
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(STJ-Analista Judiciário/2018) Em regra, a constituição do crédito tributário é regida pela legislação vigente
na data do vencimento do tributo.
Comentário: Como regra, de acordo com o caput do art. 144, do CTN, o lançamento reporta-se à data da
ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente
modificada ou revogada.
Gabarito: Errada
(PGM-Procurador-João Pessoa/2018) Considere que lei tributária tenha instituído novos critérios de
apuração de tributo municipal e que tenha ampliado os poderes de investigação do auditor. Com relação a
esse caso, é correto afirmar, com base nos dispositivos normativos do Código Tributário Nacional (CTN), que
será aplicada ao lançamento
a) lei nova apenas se tiver vigência retroativa ao tempo do fato gerador.
b) lei nova vigente após a ocorrência do fato gerador, desde que não amplie os poderes de investigação.
c) lei antiga vigente ao tempo do fato gerador, mesmo que tenha sido modificada.
d) lei vigente ao tempo do fato gerador, mesmo que tenha sido revogada.
e) lei nova vigente após a ocorrência do fato gerador e vigente também ao tempo do lançamento.
Comentário: Com relação aos critérios formais, que não impactam no valor do tributo ou na definição do
sujeito passivo, deve ser aplicada a lei vigente na data do lançamento, ainda que modificada após a
ocorrência do fato gerador.
Gabarito: Letra E
(AL-MS-Consultor de Processo Legislativo/2016) Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor
tributário estiver expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional
ao câmbio da data em que o contribuinte tomou ciência do lançamento.
Comentário: De acordo com o art. 143, do CTN, salvo disposição de lei em contrário, quando o valor
tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional
ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação. Como a data mencionada na assertiva é a
ciência do lançamento, a questão está errada.
Gabarito: Errada
(PGE-MT-Procurador do Estado/2011) Dispõe o art. 144, do CTN que “o lançamento reporta-se à data da
ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente
modificada ou revogada”. Esta regra legal encontra fundamento de validade no princípio constitucional da
a) irretroatividade da lei tributária.
b) anterioridade anual.
c) anterioridade nonagesimal.
d) legalidade.
e) vedação ao confisco.
Comentário: A regra prevista no art. 144, do CTN, encontra fundamento de validade no princípio
constitucional da irretroatividade da lei tributária, já que impede que nova lei que altere os aspectos
materiais da obrigação tributária produza efeitos sobre fatos passados, isto é, fatos geradores ocorridos
antes do início da sua vigência.
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Gabarito: Letra A
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ALTERAÇÃO DO LANÇAMENTO
Após a conclusão do lançamento, para que este possa produzir efeitos em relação ao sujeito passivo, é
necessário que haja a notificação do lançamento. Trata-se de comunicação oficial feita ao devedor por meio
de notificação de lançamento ou mesmo por carnê de cobrança, conforme se depreende da jurisprudência
do STJ:
Súmula STJ 397 - O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu
endereço.
Quanto a este ponto, é válido informar que, em 2016, ao julgar caso semelhante relativo ao IPVA (imposto
lançado periodicamente, da mesma forma que o IPTU), o STJ considerou que a ciência do contribuinte a
respeito do lançamento realizado pelo Fisco pode ser realizada por qualquer meio idôneo, como o envio de
carnê ou a publicação de calendário de pagamento, com instruções para a sua efetivação.
-Envio do carnê;
Ao ser notificado, o contribuinte terá duas opções: quitar a obrigação ou impugnar o lançamento contra ele
realizado. Obviamente, ele terá um prazo para agir diante da notificação. Portanto, antes de o contribuinte
ser notificado da existência do crédito tributário, o lançamento não produz qualquer efeito (contagem do
prazo para impugnação, por exemplo).
É por esse motivo que, antes da comunicação oficial, a autoridade administrativa pode alterar o
lançamento para corrigir informações ou valores, já que o contribuinte ainda não foi informado da dívida
tributária. Podemos dizer, então, que nesse período o lançamento é revisível.
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Com a notificação, a situação muda totalmente. A partir deste momento, a regra é a vedação da alteração
do lançamento efetuado. Dizemos, neste caso, que o lançamento é presumidamente definitivo.
Contudo, tal presunção é relativa, já que o art. 145 do CTN, seguindo a lógica do que acabamos de ver, previu
situações excepcionais que permitem a alteração do lançamento regularmente notificado. Senão, vejamos:
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado
em virtude de:
II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
Vamos estudar cada uma dessas hipóteses de alteração do lançamento. Antes disso, seria interessante que
você entendesse a seguinte dica de prova:
DICA DE PROVA: Fique atento quando a questão mencionar o lançamento, afirmando que
é definitivo. Ele é apenas presumidamente definitivo, pois pode ser alterado nas hipóteses
do art. 145 do CTN. Como consequência, o crédito tributário também não está
definitivamente constituído com o lançamento.
Acabamos de estudar que, após ser notificado do lançamento efetuado, existem três situações possíveis de
ocorrer: pagamento, impugnação ou revelia.
Dessa forma, caso o sujeito passivo concorde com o valor lançado, poderá efetuar o seu pagamento,
hipótese em que ocorrerá a extinção do crédito tributário, nos termos do art. 156, I, do CTN.
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Observação: Existem outras formas de se extinguir o crédito tributário, como, por exemplo,
compensando, na forma da lei, os créditos que o sujeito passivo tenha contra a Fazenda
Pública. Para estudar este assunto, contudo, só nos interessa o pagamento.
Por outro lado, quando o sujeito passivo discorda do lançamento realizado, tem o direito de contestar,
dentro de determinado prazo fixado na legislação tributária de cada ente, o lançamento por meio da
impugnação. Instaura-se, então, a fase litigiosa (ou contenciosa) do lançamento.
Se a decisão administrativa de primeira instância proferida for desfavorável ao sujeito passivo, tem ele a
oportunidade de pagar e desistir do processo ou recorrer de forma voluntária ao órgão de segunda instância,
o que se denomina “recurso voluntário”.
Veja que o art. 145 do CTN apenas citou a impugnação. Contudo, como acaba de se analisar, o sujeito passivo
pode obter a alteração do lançamento tanto na impugnação, como no recurso voluntário.
Para tornar a explicação mais clara, entenda que a impugnação se refere à contestação do lançamento
efetuado e o recurso ocorre quando a decisão da autoridade julgadora é atacada.
Imagino que, neste momento, você já deve estar pensando: e se o contribuinte não pagar e também não
impugnar? Será declarada a sua revelia, em razão de ter permanecido inerte. Neste caso, o processo é
encaminhado para cobrança. Evidentemente, se o crédito tributário não foi contestado, torna-se
definitivamente constituído.
Em se tratando de decisão administrativa, proferida na primeira instância, desfavorável ao Fisco, fica sujeita
ao recurso de ofício. Isso significa que o processo é encaminhado ao órgão de segunda instância para novo
julgamento.
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Nessa instância, o julgamento pode ser a favor do sujeito passivo novamente (em desfavor da Fazenda
Pública) ou a favor do Fisco. No primeiro caso, ocorre alteração do lançamento.
Observação: O recurso de ofício também pode vir em prova com a denominação reexame
necessário, remessa necessária ou duplo grau obrigatório.
Já estudamos que o lançamento, regularmente notificado ao sujeito passivo, só pode ser alterado em três
situações: impugnação do sujeito passivo, recurso de ofício e iniciativa de ofício da autoridade
administrativa. É sobre esta que vamos falar neste tópico da aula. Trata-se de alteração de lançamento que
decorre da atuação da própria autoridade administrativa que efetuou o lançamento ou seu superior
hierárquico.
Essa modalidade de alteração do lançamento está fundada no princípio da legalidade, segundo o qual a
Administração Pública deve tomar as medidas necessárias para o fiel cumprimento da lei. Assim, se for
constatada alguma ilegalidade no lançamento, a autoridade administrativa deve promover a alteração a fim
de corrigi-lo, independentemente de provocação do sujeito passivo.
Nesse caso, deve ser ressaltado que a alteração ocorre de ofício. Isso significa que, caso se faça necessário,
em cumprimento ao art. 145, III, a autoridade deve promover o lançamento de ofício.
Observação: Nós já vimos, em outra aula, que existem três modalidades de lançamento:
de ofício, por declaração e por homologação. Nesta aula, estudaremos todas elas
detalhadamente.
Portanto, sempre que ocorrer alguma das situações previstas no art. 149 do CTN, a autoridade deve fazer a
alteração do lançamento de ofício, mesmo que o tributo tenha sido originariamente lançado por meio de
outra modalidade de lançamento. Vamos ver quais são essas situações previstas no art. 149:
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos
seguintes casos:
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II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da
legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos
do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido
de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não
o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com
dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do
lançamento anterior;
Todo tributo pode ser lançado de ofício, caso ocorra alguma das hipóteses do art. 149 do
CTN.
Destaque-se que tais alterações somente podem ser efetuadas, enquanto não estiver extinto o direito da
Fazenda Pública pela decadência.
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Por fim, uma dica para guardar as hipóteses previstas no art. 149 é, além de fazer reiteradas leituras como
recomendado na aula inicial do curso, entender que quase todas as hipóteses representam algum vício no
lançamento. A exceção é o inciso I, que estabelece a alteração quando a lei determinar.
Para facilitar a memorização, lembre-se das palavras-chave descritas a seguir (só irá funcionar se você ler a
lei):
Agora é com você! Leia o art. 149 e veja como tudo ficou mais fácil de ser compreendido e armazenado na
memória.
Alteração de lançamento
Impugnação do
sujeito passivo
notificado
Recurso de ofício
Iniciativa de ofício
(CTN, art. 149)
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Quando o legislador fala em “critérios jurídicos” adotados pela autoridade no lançamento, está se referindo
à interpretação da legislação tributária aos casos concretos.
A interpretação de determinada norma pode ser alterada com o decorrer do tempo, já que a tecnologia, a
sociedade e a economia, por exemplo, são fatores que se alteram, podendo resultar em outro modo de
entender a lei tributária. Essa modificação nos critérios jurídicos é denominada erro de direito.
O dispositivo em análise tem por objetivo proteger a alteração do lançamento efetuado, com base em erro
de direito, prestigiando a boa-fé do contribuinte que, ao fazer acontecer o fato gerador, tinha por base a
interpretação anterior da lei tributária.
Portanto, as alterações nos critérios jurídicos, ou melhor, na interpretação da lei só pode ser feita, em relação
ao mesmo sujeito passivo, quanto aos fatos geradores que vierem a ocorrer após a mudança na
interpretação.
A mudança nos critérios jurídicos possui efeitos ex nunc, aplicando-se apenas aos fatos
geradores futuros.
Com efeito, o art. 146, do CTN, tem como objetivo reforçar a imodificabilidade do lançamento que já foi
regularmente notificado ao sujeito passivo. Trata-se de decorrência do princípio da segurança jurídica,
assegurando ao sujeito passivo a estabilidade das relações jurídicas já constituídas.
Da mesma forma, o referido dispositivo impede que determinado sujeito passivo, que tenha se submetido
a lançamento realizado com base no critério jurídico “X”, seja sujeito passivo de outro lançamento
posterior, realizado com base no critério jurídico “Y”, quando este lançamento tenha como objeto fato
gerador anterior à introdução do critério “Y”.
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O marco temporal para aplicabilidade do novo critério jurídico é a data da sua introdução.
Dito isso, o candidato deve memorizar que não cabe alteração de lançamento com base em erro de direito.
Ora, se a alteração dos critérios jurídicos só pode alcançar fato gerador praticado pelo mesmo sujeito passivo
posterior a essa alteração, é evidente que não alcançará fatos anteriores que já foram, inclusive, objeto de
lançamento.
==275324==
(STJ, AgRg no REsp n° 1.347.324, Segunda Turma, Rel. Eliana Calmon, Julgamento em
06/08/2013)
Por outro lado, o “erro de fato”, quando ocorrido, deve ser indubitavelmente alterado, com base no art.
149 do CTN, respeitando, é claro, o prazo decadencial, conforme a regra prevista no par. único do mesmo
artigo.
O erro de fato ocorre quando algum fato relevante deixa de ser levado em consideração no momento do
lançamento ou mesmo quando as informações, tomadas como base para o lançamento, não correspondem
à realidade. Como exemplo, imagine que o IPVA referente a um carro foi calculado sobre uma base de cálculo
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relativa a outro carro. Nesse caso, o lançamento deve ser alterado de ofício com base no art. 149, VIII, do
CTN.
(PGE-TO-Procurador/2018) O Código Tributário Nacional, em seu art. 145, estabelece, de modo indireto, a
definitividade do lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo. O referido dispositivo estabelece,
expressamente, que o lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em
virtude de: I − impugnação do sujeito passivo;
II − recurso de ofício;
III − iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
De acordo com o artigo 149 do CTN, a revisão do lançamento só pode ser iniciada
a) quando o processo administrativo tributário tiver corrido à revelia das autoridades fazendárias.
b) enquanto não transcorrido o prazo decadencial.
c) enquanto não transcorrido o prazo prescricional.
d) quando se comprove que a autoridade fiscal, ou terceiro em benefício daquela, agiu com dolo, fraude ou
simulação.
e) quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da
atividade de auto aplicação de penalidade pecuniária − lançamento de penalidade por homologação.
Comentário:
Alternativa A: As hipóteses que ensejam revisão do lançamento tributário são bastante restritas e foram
previstas no art. 149, do CTN, não estando ali inclusa a situação descrita nesta assertiva. Alternativa errada.
Alternativa B: De acordo com o art. 149, par. único, a revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto
não estiver extinto o direito da Fazenda Pública pela decadência. Alternativa correta.
Alternativa C: No Direito Tributário, a prescrição está relacionada à perda do direito à cobrança do crédito
tributário. Logo, não faz sentido relacionar este prazo à revisão do lançamento. Alternativa errada.
Alternativa D: De acordo com o art. 149, VII, do CTN, a revisão pode ocorrer quando o sujeito passivo ou
terceiro em benefício daquele (e não a autoridade fiscal), tenha agido com dolo, fraude ou simulação.
Alternativa errada.
Alternativa E: Na realidade, o art. 149, V, do CTN, prevê que o lançamento pode ser revisto de ofício quando
se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade de
antecipação do pagamento do tributo lançado por homologação. Alternativa errada.
Gabarito: Letra B
1. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017
Considera-se válida e regular a notificação do lançamento de ofício do imposto predial e territorial urbano
por meio de envio de carnê ou da publicação de calendário de pagamento juntamente com as instruções
para o cumprimento da obrigação tributária.
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Comentário: Vimos durante a aula que a notificação do lançamento de ofício do IPTU ou IPVA pode ser
realizada por meio idôneo, como o envio de carnê ou a publicação de calendário de pagamento, com
instruções para a sua efetivação.
Gabarito: Correta
Comentário: De acordo com o art. 149, IV, do CTN, o lançamento é efetuado e revisto de ofício pela
autoridade administrativa quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento
definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória.
Gabarito: Correta
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MODALIDADES DE LANÇAMENTO
Já sabemos que existem três, e apenas três, modalidades de lançamento. São elas: de ofício, por declaração
e por homologação.
É a lei que determina a modalidade de lançamento pela qual o tributo será lançado.
Lançamento de ofício
No lançamento de ofício, o fisco possui dados suficientes para realizar o lançamento sem a participação do
contribuinte. Assim, todo aquele procedimento (VDCIP) que compõe o lançamento é realizado pela
autoridade administrativa.
O art. 149 do CTN estabelece as situações que justificam a realização do lançamento ou sua revisão. Vimos
isso quando estudamos as formas de alteração do lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo.
Pela leitura do art. 149 do CTN, nota-se que, mesmo quando o lançamento inicial tenha sido efetuado por
outra modalidade (por declaração ou por homologação), pode haver revisão de ofício. Portanto, vale frisar
que todo tributo, havendo alguma das irregularidades previstas no art. 149, pode vir a ser lançado de
ofício.
O que pode suscitar dúvida é que você estudou que alguns impostos estão sujeitos ao lançamento de ofício,
mesmo não havendo irregularidade. Isso é feito com base no art. 149, I, segundo o qual o lançamento é
efetuado de ofício quando a lei determinar.
Como naquele momento nós vimos apenas os impostos que são lançados de ofício, vamos ampliar o nosso
rol de exemplos. São lançados de ofício, entre outros, os seguintes tributos:
• IPTU;
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• IPVA;
• Taxas;
• Contribuição de Melhoria;
• Contribuições Corporativas (de interesse das categorias profissionais ou econômicas);
• Contribuição de Iluminação Pública.
Não há nenhuma norma geral que determine quais os tributos que devem ser lançados de
ofício. O art. 149, I, permite que a lei de cada ente federativo venha definir se será ou não
de ofício.
Na sistemática do lançamento por declaração (ou misto), o sujeito passivo atua mais intensamente,
auxiliando a autoridade administrativa com as informações necessárias para efetuar o lançamento.
Nessa modalidade lançamento, o contribuinte fica obrigado a prestar declaração com informações sobre a
matéria de fato (valor, data de ocorrência do fato gerador, informações pessoais etc.). Com base nas
informações fornecidas pelo contribuinte, a autoridade providencia o lançamento, notificando-o para
pagamento.
Art. 147:
(...)
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§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício
pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.
Portanto, prestada a declaração pelo sujeito passivo, só pode ser feita alteração com o intuito de reduzir ou
excluir tributo, antes da notificação. Além disso, o contribuinte deve provar que a declaração realmente
continha erros.
Observação: Veja que para aumentar tributo (embora isso seja difícil de ocorrer na prática)
não há tal restrição.
Caso a declaração contenha erros, e o contribuinte não consiga retificá-la por já ter sido notificado, poderá
apresentar impugnação, conforme estudamos no art. 145, I, do CTN.
Pode acontecer também de a autoridade administrativa, ao analisar a declaração prestada pelo contribuinte,
detectar erros. Nesse caso, a retificação ocorrerá de ofício, com base no § 2º do art. 147, do CTN.
A técnica do arbitramento
O art. 148 do CTN prevê a possibilidade de se realizar o lançamento por arbitramento nas seguintes
hipóteses:
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor
ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante
processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não
mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos
pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de
contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial.
Portanto, sempre que o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos fornecidos pelo
contribuinte por meio das declarações não merecerem ou forem omissos, a autoridade administrativa
deverá realizar o arbitramento.
Um exemplo prático seria o de um contribuinte que adquire imóvel de luxo, por um preço de R$
2.000.000,00, declarando ao fisco que a operação foi de R$ 100.000,00, para escapar da tributação do ITBI.
O fisco, ao detectar que a declaração do sujeito passivo não merece fé, arbitrará o valor mais próximo da
realidade.
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O arbitramento não é considerado como uma modalidade de lançamento, mas, sim, como
técnica para definição da base de cálculo.
Uma das maneiras de efetuar o arbitramento é por meio das pautas fiscais, sendo esta semelhante a uma
tabela dos valores aproximados dos produtos, utilizada para definir a base de cálculo do tributo.
Contudo, o uso da pauta fiscal é restrito às hipóteses previstas no art. 148 do CTN, não podendo ser utilizada
como presunção absoluta de valor, ou seja, quando for possível apurar o valor real da base de cálculo, isso
deve ser feito.
Nesse sentido, como já foi citado em outra aula, o STJ já decidiu o seguinte:
Súmula STJ 431 - É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da mercadoria submetido ao
regime de pauta fiscal.
Na verdade, o que o STJ considerou ilegal foi o uso indiscriminado dessa técnica para apuração da base de
cálculo do ICMS.
DICA DE PROVA: Se uma questão transcrever a Súmula 431 do STJ, você pode considerar
correta, sem pestanejar.
Deve ser destacado, em tempo, que o lançamento por arbitramento não possui natureza punitiva, embora
seja utilizado em situações em que o contribuinte seja inidôneo ou omisso.
Por fim, não cometa o equívoco de imaginar que o imposto de renda das pessoas físicas (IRPF) é lançado por
declaração, pelo fato de haver aquela famosa declaração a ser entregue à Receita Federal.
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Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação
atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da
autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando
conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
Como já foi visto, no lançamento por homologação o sujeito passivo antecipa o pagamento sem prévio
exame da autoridade administrativa, sendo que esta, ao conferir a exatidão dos valores recolhidos, realiza a
homologação do pagamento.
No § 1º do art. 150, o legislador afirmou que o pagamento antecipado extingue o crédito tributário, sob
condição resolutória da ulterior homologação. Na realidade, a redação foi imprecisa, pois nós aprendemos
que a condição resolutória, caso seja implementada, desfaz os efeitos de algo.
Em vez de afirmar que a homologação do pagamento desfaz os efeitos da extinção do pagamento (na prática,
ela não desfaz, mas torna os efeitos definitivos), deveria ter dito que “sob condição resolutória da não
homologação”.
Observação: É importante que você entenda a essência, mas nunca se esqueça de que em
prova, se vier a cobrança literal, a questão estará correta!
Nesse contexto, fortalecendo a tese por nós estudada, o § 2º do mesmo artigo 150 estabeleceu que
quaisquer atos praticados pelo sujeito passivo ou terceiro, anteriores à homologação, com o objetivo de
extinguir total ou parcialmente o crédito, não influem sobre a obrigação tributária. O que isso significa? A
obrigação continua existindo!
Nessa esteira, se a autoridade administrativa detectar que os valores declarados e pagos não condizem com
o montante devido, cabe a ela lançar a diferença de ofício, com base no art. 149, V, do CTN. Dissemos que
deve ser lançada apenas a diferença, pois o § 3º assegura que o que foi pago deve ser pago na apuração do
saldo devido, inclusive para fins de aplicação de penalidades.
Ainda sobre a homologação do pagamento, deve-se destacar que pode ser expressa ou tácita. Para ficar mais
claro, vamos ver o que estabelece o § 4º do art. 150, do CTN:
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência
do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado,
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A que se refere esse prazo de 5 anos? Você se lembra da decadência? Esse é o prazo decadencial para o fisco
verificar o que foi pago e, sendo o caso, lançar de ofício eventuais diferenças.
Sendo assim, se decorrer o prazo quinqüenal, o lançamento é considerado homologado tacitamente, não
havendo possibilidade de se constituir as diferenças porventura cabíveis.
Como o assunto se refere ao instituto da decadência, vamos deixar para aprofundar o tema no momento
certo, a fim de evitar confusões.
Por ora, é apenas necessário que você saiba que a homologação é expressa, se for feita dentro do prazo de
cinco anos, contado da ocorrência do fato gerador, ou tácita, caso não ocorra dentro do referido prazo.
Deve ser guardado, ainda, que tal prazo não se aplica se for comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou
==275324==
simulação.
É importante dizer também que o CTN permite que outra lei venha fixar o prazo para homologação. Como
vimos, trata-se de prazo decadencial. Sendo assim, a referida lei deve ser complementar, seguindo o
comando previsto no art. 146, III, b, da CF/88.
Antes de encerrar o estudo do lançamento por homologação, cabe destacar que o entendimento do STJ é
que a entrega de declaração (obrigação acessória criada para tributos sujeitos a esta modalidade de
lançamento) pelo contribuinte constitui o crédito tributário. Vejamos o que diz a Súmula 436:
Súmula STJ 436 - A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui
o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
Portanto, ao entregar a declaração, o contribuinte reconhece a dívida que tem com o fisco. A consequência
disso, para o STJ, é de que cessa a contagem do prazo decadencial.
Para encerrar, é essencial que você tenha em mente que o lançamento de ofício dispensa a participação do
sujeito passivo, que fica evidente no lançamento por declaração e, com maior intensidade, no lançamento
por homologação. Podemos ilustrar a explicação do seguinte modo:
Modalidades de Lançamento
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(PC-AM/2022) 321 Vestuário Ltda., atuante no comércio varejista de roupas, sonegou o Imposto Estadual
sobre a Circulação de Mercadorias (ICMS), omitindo dolosamente do Fisco Estadual suas operações
comerciais com o fim de evitar o pagamento do tributo devido.
Diante desse cenário, o Fisco Estadual, a fim de poder cobrar administrativamente tais valores, terá
necessariamente de realizar
A) um lançamento por declaração.
B) um lançamento de ofício.
C) um lançamento por homologação.
D) uma notificação prévia ao lançamento para comparecimento do sujeito passivo perante autoridade fiscal
estadual.
E) uma notificação prévia ao lançamento à autoridade policial acerca dos indícios de crime de sonegação
fiscal.
Comentário:
Alternativa A: O lançamento por declaração está previsto legalmente no art. 147 do CTN. Alternativa errada.
Alternativa B: Essa modalidade de lançamento está prevista no art. 149 do CTN. Ademais, pela inteligência
do artigo, nota-se que, mesmo quando o lançamento inicial tenha sido efetuado por outra modalidade (por
declaração ou por homologação), pode haver revisão de ofício. Consequentemente, vale ressaltar que todo
tributo, havendo alguma das irregularidades previstas no artigo, pode vir a ser lançado de ofício. Alternativa
correta.
Alternativa C: O lançamento por homologação está previsto no art. 150 do CTN, e tem como principal
característica a intensa atuação do sujeito passivo no procedimento.Alternativa errada.
Alternativa D: Os tipos de lançamentos previstos são apenas três, a saber: de ofício, por declaração e por
homologação. Alternativa errada.
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Alternativa D: Não há que se falar em outras modalidades de lançamento, além daquelas previstas no CTN,
isso porque o lançamento deve ser tratado em norma geral (lei complementar). Alternativa errada.
Alternativa E: Existem várias hipóteses que ensejam a realização do lançamento de ofício, descritas no art.
149, do CTN. Alternativa errada.
Gabarito: Letra B
(TRF4-Técnico Judiciário/2019) Compete ao contribuinte, responsável ou coobrigado pelo valor devido,
constituir o crédito tributário pelo pagamento do imposto devido, após o prévio exame da autoridade
administrativa, no chamado alto lançamento, na hipótese de tributo relativo a operações no mercado
financeiro, grandes heranças ou grandes fortunas, por exemplo.
Comentário: De uma forma um tanto confusa, a banca tentou confundir o candidato com o conceito de
lançamento por homologação.
Gabarito: Errada
(Pref. Recife-PE-Analista de Gestão Contábil/2019) De acordo com o art. 142 do Código Tributário Nacional,
compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento. De
acordo com este Código, os créditos tributários podem ser constituídos por meio dos seguintes lançamentos:
a) amplo, limitado e restritivo.
b) contábil, escritural e originário.
c) de ofício, por homologação e por declaração.
d) preambular, complementar e suplementar.
e) originário, derivado e reparador.
Comentário: As modalidades de lançamento são as seguintes: de ofício, por declaração e por homologação.
Logo, vamos diretamente para o gabarito da questão, que é a Letra C.
Gabarito: Letra C
(SEFAZ-GO-Auditor Fiscal/2018) É fundamental, para o exercício do cargo de Auditor-Fiscal da Receita
Estadual, conhecer as regras do Código Tributário Nacional a respeito do lançamento tributário, pois uma de
suas atividades funcionais poderá ser a de promover a constituição do crédito por meio daquele
procedimento administrativo. De acordo com o referido código
A) a legislação tributária de cada tributo poderá fixar prazo para homologação da atividade desenvolvida
pelo sujeito passivo, que será de cinco anos, a contar do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado, e de 8 anos, no caso de se comprovar que o sujeito passivo agiu com
dolo, fraude ou simulação.
B) quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou
simulação, a autoridade administrativa deverá desenvolver a atividade de lançamento por homologação do
tributo e da penalidade pecuniária.
C) quando o sujeito passivo ou terceiro presta à autoridade administrativa, na forma da legislação tributária,
informações sobre matéria de fato indispensáveis à constituição do crédito tributário, está-se distante do
denominado “lançamento de ofício”.
D) O lançamento que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo, ou a terceiro a
obrigação de prestar à autoridade administrativa, na forma da legislação tributária, informações sobre
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matéria de fato, as quais deverão ser homologadas no prazo decadencial de cinco anos, denomina-se
“lançamento por homologação”.
E) quando se comprova ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar
a aplicação da penalidade pecuniária, o lançamento será efetuado de ofício aplicando-se ao infrator a
penalidade pecuniária correspondente.
Comentário:
Alternativa A: Nos casos de dolo, fraude ou simulação, o prazo para homologação da atividade desenvolvida
pelo sujeito passivo será também de cinco anos, sendo iniciada sua contagem a partir do primeiro dia do ano
seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Alternativa errada.
Alternativa B: Nos termos do art. 149, VII, em tal caso cabe o lançamento de ofício. Alternativa errada.
Alternativa C: Trata-se do disposto no art. 147, do CTN, que prevê o lançamento “por declaração”.
Alternativa errada.
Alternativa D: Não se trata de homologação, mas sim de lançamento “por declaração”, nos termos do art.
147, do CTN. Alternativa errada.
Alternativa E: O art. 149, VI, determina o lançamento de ofício quando se comprovar ação ou omissão do
sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar a aplicação da penalidade pecuniária,
aplicando-se ao infrator a penalidade pecuniária correspondente. Alternativa correta.
Gabarito: Letra E
(MPE-RR-Promotor de Justiça/2017) A legislação que instituiu determinada taxa atribuiu ao sujeito passivo
o dever de antecipar o pagamento do tributo, sem qualquer exame prévio por parte do órgão da fazenda
pública competente pela respectiva arrecadação. A mesma lei prevê que o lançamento do tributo ocorrerá
em momento posterior ao pagamento, por meio de ato administrativo com o qual a autoridade tributária,
tomando conhecimento da declaração prestada pelo contribuinte quanto à atividade exercida, confirmará
ou não o montante do tributo devido. Nesse caso, estando o pagamento correto, a autoridade tributária
reconhecerá de ofício a extinção do respectivo crédito tributário.
Nessa situação hipotética, de acordo com o CTN, a modalidade de lançamento tributário prevista pela
referida lei consiste em lançamento
a) direto.
b) por homologação.
c) de ofício.
d) por declaração.
Comentário: Ao mencionar que foi atribuído ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento do tributo,
sem qualquer exame prévio por parte do órgão da fazenda pública competente pela respectiva arrecadação,
fica muito claro que se trata do lançamento por homologação, previsto no art. 150, do CTN.
Gabarito: Letra B
(PGM-Fortaleza-Procurador/2017) A declaração prestada pelo contribuinte nos tributos sujeitos a
lançamento por homologação não constitui o crédito tributário, pois está sujeita a condição suspensiva de
ulterior homologação pela administração tributária.
Comentário: De acordo com a Súmula 436, do STJ, a entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo
débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
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Há que se atentar também para o art. 150, § 1º, do CTN, segundo o qual o pagamento antecipado pelo
obrigado extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
Gabarito: Errada
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1.FGV/PC-AM/2022
321 Vestuário Ltda., atuante no comércio varejista de roupas, sonegou o Imposto Estadual sobre a Circulação
de Mercadorias (ICMS), omitindo dolosamente do Fisco Estadual suas operações comerciais com o fim de
evitar o pagamento do tributo devido.
Diante desse cenário, o Fisco Estadual, a fim de poder cobrar administrativamente tais valores, terá
necessariamente de realizar
B) um lançamento de ofício.
D) uma notificação prévia ao lançamento para comparecimento do sujeito passivo perante autoridade fiscal
estadual.
E) uma notificação prévia ao lançamento à autoridade policial acerca dos indícios de crime de sonegação
fiscal.
Comentário:
Alternativa A: O lançamento por declaração está previsto legalmente no art. 147 do CTN.
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou
outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de
fato, indispensáveis à sua efetivação.
Alternativa errada.
Alternativa B: De acordo com o art. 149, do CTN, mesmo quando o lançamento inicial tenha sido efetuado
por outra modalidade (por declaração ou por homologação), pode haver revisão de ofício.
Consequentemente, vale ressaltar que todo tributo, havendo alguma das irregularidades previstas no artigo,
pode vir a ser lançado de ofício. Alternativa correta.
Alternativa C: O lançamento por homologação está previsto no art. 150 do CTN, e tem como principal
característica a intensa atuação do sujeito passivo no procedimento.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito
passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo
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ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado,
expressamente a homologa.
Alternativa errada.
Alternativa D: Os tipos de lançamentos previstos são apenas três, a saber: de ofício, por declaração e por
homologação. Alternativa errada.
Gabarito: Letra B
2.(FGV/SEPOG-RO/2017)
O estágio de lançamento da receita é o ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito
fiscal, a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
Alternativa A: O IR é lançado por homologação, modalidade prevista no art. 150 do CTN. Alternativa errada.
Alternativa D: São lançados de ofício, por força legal do art. 149, I, do CTN, os seguintes tributos:
▪IPTU;
▪IPVA;
▪Taxas;
▪Contribuição de Melhoria;
▪Contribuições Corporativas (de interesse das categorias profissionais ou econômicas); e
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Alternativa correta.
Gabarito: Letra D
Pedro é sujeito passivo de um imposto cuja lei estabeleceu que cabe aos contribuintes efetuarem o
pagamento antecipado sem o prévio exame da autoridade fiscal. Adicionalmente, a legislação também prevê
a apresentação de uma declaração pelos contribuintes desse imposto. Pedro descumpriu tais obrigações, o
que levou a autoridade fiscal a realizar um procedimento de fiscalização, e ao final, constituir o crédito
tributário. Aponte a alternativa que indica a modalidade de lançamento realizado pela autoridade fiscal neste
==275324==
caso:
e) Lançamento de ofício.
Comentário:
Letra A: Errada. Na sistemática do lançamento por declaração (ou misto), o sujeito passivo atua mais
intensamente, auxiliando a autoridade administrativa com as informações necessárias para efetuar o
lançamento. Nessa modalidade lançamento, o contribuinte fica obrigado a prestar declaração com
informações sobre a matéria de fato (valor, data de ocorrência do fato gerador, informações pessoais etc.).
Com base nas informações fornecidas pelo contribuinte, a autoridade providencia o lançamento,
notificando-o para pagamento.
Letra B: Errada. O lançamento por homologação, também denominado “autolançamento”, tem como
característica intrínseca a intensa atuação do sujeito passivo no procedimento. Vejamos o que diz o caput
do art. 150: O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito
passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo
ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado,
expressamente a homologa.
Letra C: Errada. Não se trata de arbitramento. O lançamento por arbitramento na verdade é considerado por
vários doutrinadores como apenas uma forma de apuração da base de cálculo.
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Letra E: Correta. No lançamento de ofício, o fisco possui dados suficientes para realizar o lançamento sem a
participação do contribuinte. Esta modalidade de lançamento também é utilizada pela autoridade fiscal para
revisar um lançamento já realizado por declaração ou por homologação, que é o que ocorreu nesta questão.
Veja que não se pergunta sobre a modalidade de lançamento do tributo, mas sim sobre o lançamento de
revisão da própria autoridade, que sempre será de ofício.
Gabarito: Letra E
Em 19/11/2021, ocorreu o fato gerador de determinada taxa, devida em razão do exercício regular do poder
de polícia, incidindo sobre a prestação de serviço público específico e divisível. O lançamento deste tributo,
realizado de ofício, ocorreu em 20/05/2022. Considere as seguintes informações:
A referida taxa foi instituída pela Lei 01, em 05/05/20, estabelecendo que a alíquota aplicável seria de 5%.
Em 20/10/21, foi publicada a Lei 02, alterando a alíquota aplicável para 15%.
A Lei 04, publicada em 20/05/2022, alterou a alíquota da referida taxa para 20%.
Com base em tais informações, responda qual é a alíquota a ser aplicada pela autoridade fiscal competente,
ao efetuar o lançamento da taxa:
b) 15%
c) 10%
d) 5%
e) 20%
Comentário: De acordo com o art. 144, do CTN, o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato
gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
O lançamento tem natureza declaratória, ou seja, declara a existência da obrigação tributária. Logo, quando
a autoridade administrativa vai realizar o lançamento de determinado tributo, deve levar em consideração
a legislação substantiva que se deve aplicar é a que estava em vigor na data da ocorrência do fato gerador.
Deve-se atentar ainda em mais um detalhe: princípios da anterioridade anual e nonagesimal. Como se trata
de uma taxa, a lei que a tenha majorado (lei 02) só pode produzir efeitos no ano seguinte ao da sua
publicação e ainda após 90 dias da referida publicação.
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Gabarito: D
O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado nas seguintes situações, exceto:
c) Quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou
simulação.
e) Recurso de ofício.
Comentário: Após a conclusão do lançamento, para que este possa produzir efeitos em relação ao sujeito
passivo, é necessário que haja a notificação do lançamento. Trata-se de comunicação oficial feita ao devedor
por meio de notificação de lançamento ou mesmo por carnê de cobrança.
A partir da notificação, a regra é a vedação da alteração do lançamento efetuado. Dizemos, neste caso, que
o lançamento é presumidamente definitivo. Contudo, tal presunção é relativa, já que o art. 145 do CTN,
seguindo a lógica do que acabamos de ver, previu situações excepcionais que permitem a alteração do
lançamento regularmente notificado.
Letra A: Correta. O art. 145 I, do CTN, prevê que a impugnação do sujeito passivo pode refletir na alteração
do lançamento, no âmbito do processo administrativo tributário (PAT). Isto é, tendo razão o contribuinte em
seu pleito, haverá alteração do lançamento.
Letra B: Correta. O art. 149, I, do CTN, estabelece que, nos casos previstos em lei, o lançamento já é realizado
de ofício.
Letra C: Correta. O art. 149, VII, do CTN, estabelece que haverá lançamento de ofício quando se comprovar
que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação.
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Letra D: Errada. O art. 146 do CTN veda a alteração de lançamento já efetuado, motivada por alteração na
interpretação da norma por parte da administração fazendária. Ou seja, trata-se do denominado “erro de
direito”.
Letra E: Correta. O recurso de ofício, realizado pela própria administração, também pode refletir na
alteração do lançamento já efetuado, no âmbito do processo administrativo tributário (PAT). Trata-se do
disposto no art. 145, II, do CTN.
Gabarito: D
A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. Acerca da obrigação
tributária principal e do crédito tributário, assinale a opção errada:
c) A depender da garantia atribuída ao crédito tributário, a obrigação tributária pode ser afetada.
e) O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro,
na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato,
indispensáveis à sua efetivação.
Comentário:
Letra A: Correta. De acordo com o art. 139 do CTN, o crédito tributário decorre da obrigação principal e tem
a mesma natureza desta.
Letra B: Correta. O lançamento de ofício é realizado nos casos previstos no art. 149, do CTN, e independe
da participação do sujeito passivo.
Letra C: Errada. De acordo com o art. 140 do CTN, as circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua
extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade
não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.
Letra D: Correta. De acordo com o art. 142, par. único, do CTN, a atividade administrativa de lançamento é
vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
Letra E: Correta. Esta questão se baseia no art. 147, do CTN: o lançamento é efetuado com base na
declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta
à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
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Gabarito: C
7.FGV/SEFIN-RO-Auditor Fiscal/2018
Segundo o Código Tributário Nacional, o lançamento é o procedimento pelo qual a autoridade administrativa
verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, determina a matéria tributável, calcula o
montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade
cabível. Sobre o lançamento, analise as afirmativas a seguir.
II. O lançamento pode ser revisto de ofício pela Fazenda Pública, se constatado erro em sua feitura, enquanto
não extinto o direito de lançar.
III. Ocorrendo o pagamento antecipado do ICMS por parte do contribuinte, o prazo decadencial para o
lançamento de eventuais diferenças é de cinco anos a contar do fato gerador.
(A) I, apenas.
(E) I, II e III.
Comentário:
Item I: De acordo com a Súmula 397, do STJ, basta o envio do carnê de IPTU ao endereço do contribuinte
para restar configurada a notificação do lançamento do imposto. Item correto.
Item II: Em se tratando de erro, é admitida a revisão de ofício do lançamento, desde antes de extinto o direito
da Fazenda Pública. Item correto.
Item III: Como o ICMS é um imposto lançado por homologação, e havendo o pagamento antecipado por
parte do sujeito passivo, o prazo para o lançamento de eventuais diferenças por parte do Fisco é de cinco
anos a contar da data do fato gerador. Item correto.
Gabarito: Letra E
8.FGV/SEFIN-RO-Técnico Tributário/2018
Com relação ao lançamento tributário, assinale (V) para a afirmativa verdadeira e (F) para a falsa.
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( ) Uma nova lei, que tenha estabelecido novos procedimentos fiscalizatórios para a apuração do tributo, é
plenamente aplicável ao fato gerador já ocorrido, porém com crédito ainda não lançado.
( ) Quando o valor tributário estiver expresso em moeda estrangeira, salvo disposição legal distinta, no
lançamento será feita a conversão para moeda nacional, ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador do
tributo.
a) V – F – V.
b) F – V – V.
c) F – F – V.
d) F – V – F.
e) V – V – F.
Comentário:
Item II: De fato, por se tratar de legislação formal, estabelecendo novos procedimentos fiscalizatórios para
a apuração do tributo, tal lei, é plenamente aplicável ao fato gerador já ocorrido, porém com crédito ainda
não lançado. Item correto.
Item III: Realmente, o art. 143, do CTN, prevê que, salvo disposição de lei em contrário, quando o valor
tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional
ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação. Item correto.
Gabarito: Letra B
9.FGV/COMPESA-Analista de Gestão-Advogado/2016
I. A entrega da declaração de rendimentos, seja mediante DCTF, GFIP e GIA pelo próprio contribuinte
reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte
do fisco.
II. O envio do carnê de cobrança do IPTU ao endereço do contribuinte constitui o crédito tributário.
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III. A revisão do lançamento só pode ser iniciada se não extinto pela decadência o direito de a Fazenda Pública
lançar.
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
Comentário:
Item I: Esta é a jurisprudência pacífica do STJ, nos termos da Súmula 436: a entrega de declaração pelo
contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra
providência por parte do fisco. Item correto.
Item II: É o que dispõe a Súmula 397 do STJ: o contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio
do carnê ao seu endereço. Item correto.
Item III: O art. 149, par. único, do CTN, prevê que a revisão de ofício do lançamento realmente só pode ser
iniciada se não extinto pela decadência o direito de a Fazenda Pública lançar. Item correto.
Gabarito: Letra E
10.FGV/Pref. Paulínia-Procurador/2016
O Município X enviou para os proprietários de imóveis localizados na zona urbana o carnê do Imposto sobre
Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).
a) O lançamento do crédito ocorreu por declaração, e o envio do carnê ao endereço do contribuinte configura
a notificação presumida do lançamento do tributo, passível de ser ilidida pelo contribuinte, a quem cabe
comprovar seu não recebimento.
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d) O lançamento do crédito ocorreu por declaração, e o envio do carnê ao endereço do contribuinte somente
configura a notificação do lançamento do tributo se o Fisco comprovar a remessa e o recebimento do carnê
de cobrança no endereço do contribuinte, sob pena de nulidade da CDA.
Comentário:
Alternativa A: O lançamento ocorreu de ofício, uma vez que não foi requisitada prestação de informações
do sujeito passivo para a constituição do crédito tributário. Alternativa errada.
Alternativa B: O lançamento ocorreu de ofício, uma vez que não foi requisitada prestação de informações
do sujeito passivo para a constituição do crédito tributário. Ademais, o STJ já decidiu que o contribuinte do
IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço. É evidente, porém, que tal presunção
pode ser ilidida pelo contribuinte que comprove o não recebimento do carnê. Alternativa correta.
Alternativa C: O lançamento ocorreu de ofício, uma vez que não foi requisitada prestação de informações
do sujeito passivo para a constituição do crédito tributário. Ademais, o STJ já decidiu que o contribuinte do
IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço. Alternativa errada.
Alternativa D: O lançamento ocorreu de ofício, uma vez que não foi requisitada prestação de informações
do sujeito passivo para a constituição do crédito tributário. Alternativa errada.
Alternativa E: O lançamento ocorreu de ofício, uma vez que não foi requisitada prestação de informações
do sujeito passivo para a constituição do crédito tributário. Alternativa errada.
Gabarito: Letra B
11.FGV/CODEMIG-Advogado Societário/2015
No mês de janeiro de 2013, a alíquota do IOF de uma liquidação de operação de câmbio para remessa de
juros sobre o capital próprio e dividendos recebidos por investidor estrangeiro era de 4%. No dia 15 de julho
do mesmo ano, o Poder Executivo editou um decreto, elevando-a para 6%. No ano seguinte, houve novo
aumento da alíquota, que passou para 8%, e a partir de janeiro de 2015, a alíquota foi reduzida para zero.
Em maio de 2015, um auditor fiscal da Receita Federal autuou uma instituição financeira pelo não
recolhimento do IOF incidente sobre uma liquidação de operação de câmbio, ocorrida em novembro de
2013. Além da multa e juros de mora, o fiscal deverá lançar o imposto aplicando a alíquota de:
a) 0%;
b) 4%;
c) 6%;
d) 8%;
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e) 9%.
Comentário: De acordo com o art. 144, do CTN, o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato
gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
Logo, o auditor fiscal deverá utilizar a alíquota vigente na data da ocorrência do fato gerador. Vamos
esclarecer os fatos:
Diante do exposto, a alíquota do IOF em novembro de 2013 (mês da ocorrência do fato gerador) era de 6%,
e é a que será utilizada no lançamento de ofício pela autoridade fiscal.
Gabarito: Letra C
O proprietário de um imóvel realizou, no fim de 2013, uma obra em seu imóvel. Por conta dessa obra, a área
do imóvel foi ampliada de 120m2 para 280m2 . O proprietário nada informou ao Município, descumprindo
normas administrativas e tributárias que impõem a comunicação. Assim, a administração tributária
municipal realizou os lançamentos do IPTU dos fatos geradores ocorridos em 2014 e 2015 com valores que
consideravam uma área construída de 120m2 e não de 280m2 . A prefeitura tomou conhecimento do
aumento da área construída em agosto de 2015. Considerando a situação exposta e as normas do CTN, a
fiscalização do Município:
a) poderá revisar de ofício apenas o lançamento do IPTU referente ao exercício de 2015, pois o exercício
ainda está em curso;
b) não poderá revisar de ofício apenas os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, pois os
lançamentos já foram regularmente notificados e não podem ser alterados;
c) não poderá revisar de ofício apenas os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, pois a
constatação do aumento da área construída é introdução de modificação nos critérios jurídicos adotados
pela autoridade administrativa no exercício do lançamento e somente pode ser efetivada, em relação a um
mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução;
d) poderá revisar de ofício os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, pois o aumento da área
construída representa apreciar fatos desconhecidos anteriormente, mas essa revisão do lançamento só
poderá ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública;
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e) poderá revisar de ofício, a qualquer tempo, os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, por
conta do descumprimento por parte do contribuinte das normas que determinam a comunicação da obra.
Comentário: O art. 145, III, do CTN, permite que haja alteração do lançamento regularmente notificado ao
sujeito passivo, por iniciativa de ofício da autoridade administrativa nos termos do art. 149, do CTN. Desta
forma, a referida omissão do sujeito passivo quanto ao aumento da área construída do imóvel enseja revisão
de ofício do IPTU correspondente aos exercícios de 2014 e 2015, já que em agosto de 2015 ainda não houve
decadência do crédito tributário.
Gabarito: Letra D
13.FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015
Uma vez regularmente notificado ao sujeito passivo, o lançamento só pode ser alterado em virtude de:
Gabarito: Letra D
14.FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015
O proprietário de um imóvel realizou, no fim de 2013, uma obra em seu imóvel. Por conta dessa obra, a área
do imóvel foi ampliada de 120m2 para 280m2. O proprietário nada informou ao Município, descumprindo
normas administrativas e tributárias que impõem a comunicação. Assim, a administração tributária
municipal realizou os lançamentos do IPTU dos fatos geradores ocorridos em 2014 e 2015 com valores que
consideravam uma área construída de 120m2 e não de 280m2. A prefeitura tomou conhecimento do
aumento da área construída em agosto de 2015. Considerando a situação exposta e as normas do CTN, a
fiscalização do Município:
a) poderá revisar de ofício apenas o lançamento do IPTU referente ao exercício de 2015, pois o exercício
ainda está em curso;
b) não poderá revisar de ofício apenas os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, pois os
lançamentos já foram regularmente notificados e não podem ser alterados;
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c) não poderá revisar de ofício apenas os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, pois a
constatação do aumento da área construída é introdução de modificação nos critérios jurídicos adotados
pela autoridade administrativa no exercício do lançamento e somente pode ser efetivada, em relação a um
mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução;
d) poderá revisar de ofício os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, pois o aumento da área
construída representa apreciar fatos desconhecidos anteriormente, mas essa revisão do lançamento só
poderá ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública;
e) poderá revisar de ofício, a qualquer tempo, os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, por
conta do descumprimento por parte do contribuinte das normas que determinam a comunicação da obra.
Comentário: O art. 145, III, do CTN, permite que haja alteração do lançamento regularmente notificado ao
sujeito passivo, por iniciativa de ofício da autoridade administrativa nos termos do art. 149, do CTN. Desta
forma, a referida omissão do sujeito passivo quanto ao aumento da área construída do imóvel enseja revisão
de ofício do IPTU correspondente aos exercícios de 2014 e 2015, já que em agosto de 2015 ainda não houve
decadência do crédito tributário.
A decadência extingue o crédito tributário, pelo decurso do prazo previsto no CTN, sem que a Fazenda
Pública tenha promovido o lançamento. Ainda que não tenhamos estudado a decadência, guarde, por ora,
que é um prazo de 05 anos. No momento certo, você entenderá com clareza.
Gabarito: Letra D
a) ao defensor público;
b) à autoridade judiciária;
c) ao promotor de justiça;
d) ao juiz de direito;
e) à autoridade administrativa.
Comentário: De acordo com o art. 142, do CTN, compete privativamente à autoridade administrativa
constituir o crédito tributário pelo lançamento.
Gabarito: Letra E
16.FGV/SEAD-AP-Auditor/2010
Em relação à revisão do lançamento regularmente notificado ao contribuinte, não é correto afirmar que:
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a) é possível quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na
legislação tributária como sendo de declaração obrigatória
b) é possível nas hipóteses de erro de fato e desde que iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda
Pública promover o lançamento.
d) pode ser feita a qualquer tempo, sempre que caracterizado erro de direito.
e) é cabível quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo,
fraude ou simulação.
Comentário: Preste atenção, pois o que se pede é a alternativa errada, ok? Vamos comentar cada uma delas:
Alternativa A: Conforme prevê o art. 149, IV, do CTN, trata-se de hipótese de que permite a realização de
lançamento ou revisão de ofício. Item correto.
Alternativa B: O erro de fato, quando ocorrido, deve ser alterado, com base no art. 149 do CTN, respeitando,
é claro, o prazo decadencial, conforme a regra prevista no par. único do mesmo artigo. Item correto.
Alternativa C: A impugnação do sujeito passivo, nos termos do art. 145, I, do CTN, é uma das hipóteses que
justificam a alteração de lançamento regularmente notificado ao contribuinte. Item correto.
Alternativa D: De acordo com o art. 146, do CTN, não é possível alterar o lançamento efetuado, com base
em erro de direito. Item errado.
Alternativa E: De fato, cabe lançamento de ofício na hipótese aventada, nos termos do art. 149, VII, do CTN.
Item correto.
Gabarito: Letra D
17.FGV/CGE-MA-Auditor/2014
II. Pode ser revisto pela autoridade tributária, desde que haja erro de direito.
Assinale:
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Comentário:
Item I: O lançamento declara a obrigação tributária e realmente constitui o crédito tributário. Item correto.
Item II: O art. 146, do CTN, veda a revisão de lançamento motivada por erro de direito. Item errado.
Item III: Como comentamos, o lançamento declara a obrigação tributária e realmente constitui o crédito
tributário. Item errado.
Item IV: O art. 149, I, do CTN, estipula que o lançamento seja revisto de ofício pela autoridade administrativa
quando determinado em lei. Item correto.
Gabarito: Letra B
18.FGV/SEFAZ-RJ-Fiscal de Rendas/2010
I. De acordo com a redação do CTN o lançamento por homologação é aquele efetuado com base na
declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta
à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
II. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado a qualquer tempo em virtude
da caracterização de erro de direito.
III. Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação,
tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de
investigação das autoridades administrativas ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios,
exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
Assinale:
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Comentário:
Item I: De acordo com a redação do CTN, esta modalidade de lançamento é por declaração. O lançamento
por homologação apresenta como característica básica o pagamento antecipado pelo sujeito passivo sem
prévio exame por parte da autoridade administrativa. Item errado.
Item II: O art. 146, do CTN, veda a revisão de lançamento motivada por erro de direito. Item errado.
Item III: É o que prescreve o art. 144, § 1º, do CTN: aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente
à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de
fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito
maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade
tributária a terceiros. Item correto.
Gabarito: Letra C
19.FGV/SEFAZ-RJ-Fiscal de Rendas/2009
I. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos,
serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou
preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou
os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de
contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial. No entanto, havendo escrituração regular,
ainda que parcialmente, o Fisco deverá sempre adotá-la como base de prova.
II. A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou excluir tributo,
pode ser feita a qualquer tempo, independentemente da constituição do crédito tributário pelo lançamento,
desde que haja comprovação do erro em que se funde.
III. Segundo jurisprudência do STJ, tratando-se de tributo sujeito a lançamento por homologação, e tendo o
contribuinte declarado o débito e não pagado no vencimento, considera-se desde logo constituído o crédito
tributário, tornando-se dispensável a instauração de procedimento administrativo com a finalidade de
promoção do lançamento para viabilizar a posterior cobrança judicial.
Assinale:
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Comentário:
Item I: A utilização do arbitramento da base de cálculo do tributo é excepcional, conforme prevê o art. 148,
do CTN, de modo que, havendo escrituração regular, ainda que parcialmente, o Fisco deverá sempre adotá-
la como base de prova. Item correto.
Item II: Há duas condições para que a retificação da declaração seja feita por iniciativa do próprio declarante
com o intuito de reduzir ou excluir tributo: quando comprovado erro em que se funde e antes de o
lançamento ter sido notificado. Item errado.
Item III: Trata-se de jurisprudência do STJ sobre os tributos lançados por homologação. De acordo com a
Súmula 436, do STJ, a entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito
tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. Item correto.
Gabarito: Letra C
20.FGV/TJ-AP-Juiz/2008
a) Em conformidade com o CTN, quando regularmente notificado o sujeito passivo, o lançamento somente
pode ser alterado por impugnação do próprio sujeito passivo, recurso de ofício ou por iniciativa de ofício da
autoridade administrativa.
c) A "teoria dualista" do Direito Tributário determina a aplicação da legislação vigente à época do lançamento
do tributo para a apuração do crédito tributário, em qualquer hipótese.
e) A isenção não pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, sob pena de
violação do princípio constitucional da isonomia tributária.
Comentário:
Alternativa A: Essas são exatamente as situações previstas no art. 145, do CTN, como ensejadoras de
alteração de lançamento já regularmente notificado o sujeito passivo. Alternativa correta.
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Alternativa C: O art. 144, do CTN, determina que o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato
gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
Alternativa errada.
Alternativa E: O próprio CTN, em seu art. 176, par. único, admite que a isenção pode ser restrita a
determinada região do território da entidade tributante. Alternativa errada.
Gabarito: Letra A
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1.FGV/PC-AM/2022
321 Vestuário Ltda., atuante no comércio varejista de roupas, sonegou o Imposto Estadual sobre a Circulação
de Mercadorias (ICMS), omitindo dolosamente do Fisco Estadual suas operações comerciais com o fim de
evitar o pagamento do tributo devido.
Diante desse cenário, o Fisco Estadual, a fim de poder cobrar administrativamente tais valores, terá
necessariamente de realizar
B) um lançamento de ofício.
D) uma notificação prévia ao lançamento para comparecimento do sujeito passivo perante autoridade fiscal
estadual.
E) uma notificação prévia ao lançamento à autoridade policial acerca dos indícios de crime de sonegação
fiscal.
2.(FGV/SEPOG-RO/2017)
O estágio de lançamento da receita é o ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito
fiscal, a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
Pedro é sujeito passivo de um imposto cuja lei estabeleceu que cabe aos contribuintes efetuarem o
pagamento antecipado sem o prévio exame da autoridade fiscal. Adicionalmente, a legislação também prevê
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a apresentação de uma declaração pelos contribuintes desse imposto. Pedro descumpriu tais obrigações, o
que levou a autoridade fiscal a realizar um procedimento de fiscalização, e ao final, constituir o crédito
tributário. Aponte a alternativa que indica a modalidade de lançamento realizado pela autoridade fiscal neste
caso:
e) Lançamento de ofício.
Em 19/11/2021, ocorreu o fato gerador de determinada taxa, devida em razão do exercício regular do poder
de polícia, incidindo sobre a prestação de serviço público específico e divisível. O lançamento deste tributo,
realizado de ofício, ocorreu em 20/05/2022. Considere as seguintes informações:
A referida taxa foi instituída pela Lei 01, em 05/05/20, estabelecendo que a alíquota aplicável seria de 5%.
Em 20/10/21, foi publicada a Lei 02, alterando a alíquota aplicável para 15%.
A Lei 04, publicada em 20/05/2022, alterou a alíquota da referida taxa para 20%.
Com base em tais informações, responda qual é a alíquota a ser aplicada pela autoridade fiscal competente,
ao efetuar o lançamento da taxa:
b) 15%
c) 10%
d) 5%
e) 20%
O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado nas seguintes situações, exceto:
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c) Quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou
simulação.
e) Recurso de ofício.
A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. Acerca da obrigação
tributária principal e do crédito tributário, assinale a opção errada:
c) A depender da garantia atribuída ao crédito tributário, a obrigação tributária pode ser afetada.
e) O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro,
na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato,
indispensáveis à sua efetivação.
7.FGV/SEFIN-RO-Auditor Fiscal/2018
Segundo o Código Tributário Nacional, o lançamento é o procedimento pelo qual a autoridade administrativa
verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, determina a matéria tributável, calcula o
montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade
cabível. Sobre o lançamento, analise as afirmativas a seguir.
II. O lançamento pode ser revisto de ofício pela Fazenda Pública, se constatado erro em sua feitura, enquanto
não extinto o direito de lançar.
III. Ocorrendo o pagamento antecipado do ICMS por parte do contribuinte, o prazo decadencial para o
lançamento de eventuais diferenças é de cinco anos a contar do fato gerador.
(A) I, apenas.
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(E) I, II e III.
8.FGV/SEFIN-RO-Técnico Tributário/2018
Com relação ao lançamento tributário, assinale (V) para a afirmativa verdadeira e (F) para a falsa.
( ) Uma nova lei, que tenha estabelecido novos procedimentos fiscalizatórios para a apuração do tributo, é
plenamente aplicável ao fato gerador já ocorrido, porém com crédito ainda não lançado.
( ) Quando o valor tributário estiver expresso em moeda estrangeira, salvo disposição legal distinta, no
lançamento será feita a conversão para moeda nacional, ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador do
tributo.
a) V – F – V.
b) F – V – V.
c) F – F – V.
d) F – V – F.
e) V – V – F.
9.FGV/COMPESA-Analista de Gestão-Advogado/2016
I. A entrega da declaração de rendimentos, seja mediante DCTF, GFIP e GIA pelo próprio contribuinte
reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte
do fisco.
II. O envio do carnê de cobrança do IPTU ao endereço do contribuinte constitui o crédito tributário.
III. A revisão do lançamento só pode ser iniciada se não extinto pela decadência o direito de a Fazenda Pública
lançar.
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a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
10.FGV/Pref. Paulínia-Procurador/2016
O Município X enviou para os proprietários de imóveis localizados na zona urbana o carnê do Imposto sobre
Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).
==275324==
a) O lançamento do crédito ocorreu por declaração, e o envio do carnê ao endereço do contribuinte configura
a notificação presumida do lançamento do tributo, passível de ser ilidida pelo contribuinte, a quem cabe
comprovar seu não recebimento.
d) O lançamento do crédito ocorreu por declaração, e o envio do carnê ao endereço do contribuinte somente
configura a notificação do lançamento do tributo se o Fisco comprovar a remessa e o recebimento do carnê
de cobrança no endereço do contribuinte, sob pena de nulidade da CDA.
11.FGV/CODEMIG-Advogado Societário/2015
No mês de janeiro de 2013, a alíquota do IOF de uma liquidação de operação de câmbio para remessa de
juros sobre o capital próprio e dividendos recebidos por investidor estrangeiro era de 4%. No dia 15 de julho
do mesmo ano, o Poder Executivo editou um decreto, elevando-a para 6%. No ano seguinte, houve novo
aumento da alíquota, que passou para 8%, e a partir de janeiro de 2015, a alíquota foi reduzida para zero.
Em maio de 2015, um auditor fiscal da Receita Federal autuou uma instituição financeira pelo não
recolhimento do IOF incidente sobre uma liquidação de operação de câmbio, ocorrida em novembro de
2013. Além da multa e juros de mora, o fiscal deverá lançar o imposto aplicando a alíquota de:
a) 0%;
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b) 4%;
c) 6%;
d) 8%;
e) 9%.
O proprietário de um imóvel realizou, no fim de 2013, uma obra em seu imóvel. Por conta dessa obra, a área
do imóvel foi ampliada de 120m2 para 280m2 . O proprietário nada informou ao Município, descumprindo
normas administrativas e tributárias que impõem a comunicação. Assim, a administração tributária
municipal realizou os lançamentos do IPTU dos fatos geradores ocorridos em 2014 e 2015 com valores que
consideravam uma área construída de 120m2 e não de 280m2 . A prefeitura tomou conhecimento do
aumento da área construída em agosto de 2015. Considerando a situação exposta e as normas do CTN, a
fiscalização do Município:
a) poderá revisar de ofício apenas o lançamento do IPTU referente ao exercício de 2015, pois o exercício
ainda está em curso;
b) não poderá revisar de ofício apenas os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, pois os
lançamentos já foram regularmente notificados e não podem ser alterados;
c) não poderá revisar de ofício apenas os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, pois a
constatação do aumento da área construída é introdução de modificação nos critérios jurídicos adotados
pela autoridade administrativa no exercício do lançamento e somente pode ser efetivada, em relação a um
mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução;
d) poderá revisar de ofício os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, pois o aumento da área
construída representa apreciar fatos desconhecidos anteriormente, mas essa revisão do lançamento só
poderá ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública;
e) poderá revisar de ofício, a qualquer tempo, os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, por
conta do descumprimento por parte do contribuinte das normas que determinam a comunicação da obra.
13.FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015
Uma vez regularmente notificado ao sujeito passivo, o lançamento só pode ser alterado em virtude de:
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14.FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015
O proprietário de um imóvel realizou, no fim de 2013, uma obra em seu imóvel. Por conta dessa obra, a área
do imóvel foi ampliada de 120m2 para 280m2. O proprietário nada informou ao Município, descumprindo
normas administrativas e tributárias que impõem a comunicação. Assim, a administração tributária
municipal realizou os lançamentos do IPTU dos fatos geradores ocorridos em 2014 e 2015 com valores que
consideravam uma área construída de 120m2 e não de 280m2. A prefeitura tomou conhecimento do
aumento da área construída em agosto de 2015. Considerando a situação exposta e as normas do CTN, a
fiscalização do Município:
a) poderá revisar de ofício apenas o lançamento do IPTU referente ao exercício de 2015, pois o exercício
ainda está em curso;
b) não poderá revisar de ofício apenas os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, pois os
lançamentos já foram regularmente notificados e não podem ser alterados;
c) não poderá revisar de ofício apenas os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, pois a
constatação do aumento da área construída é introdução de modificação nos critérios jurídicos adotados
pela autoridade administrativa no exercício do lançamento e somente pode ser efetivada, em relação a um
mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução;
d) poderá revisar de ofício os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, pois o aumento da área
construída representa apreciar fatos desconhecidos anteriormente, mas essa revisão do lançamento só
poderá ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública;
e) poderá revisar de ofício, a qualquer tempo, os lançamentos do IPTU dos exercícios de 2014 e 2015, por
conta do descumprimento por parte do contribuinte das normas que determinam a comunicação da obra.
a) ao defensor público;
b) à autoridade judiciária;
c) ao promotor de justiça;
d) ao juiz de direito;
e) à autoridade administrativa.
16.FGV/SEAD-AP-Auditor/2010
Em relação à revisão do lançamento regularmente notificado ao contribuinte, não é correto afirmar que:
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a) é possível quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na
legislação tributária como sendo de declaração obrigatória
b) é possível nas hipóteses de erro de fato e desde que iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda
Pública promover o lançamento.
d) pode ser feita a qualquer tempo, sempre que caracterizado erro de direito.
e) é cabível quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo,
fraude ou simulação.
17.FGV/CGE-MA-Auditor/2014
II. Pode ser revisto pela autoridade tributária, desde que haja erro de direito.
Assinale:
18.FGV/SEFAZ-RJ-Fiscal de Rendas/2010
I. De acordo com a redação do CTN o lançamento por homologação é aquele efetuado com base na
declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta
à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
II. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado a qualquer tempo em virtude
da caracterização de erro de direito.
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III. Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação,
tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de
investigação das autoridades administrativas ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios,
exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
Assinale:
19.FGV/SEFAZ-RJ-Fiscal de Rendas/2009
I. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos,
serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou
preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou
os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de
contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial. No entanto, havendo escrituração regular,
ainda que parcialmente, o Fisco deverá sempre adotá-la como base de prova.
II. A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou excluir tributo,
pode ser feita a qualquer tempo, independentemente da constituição do crédito tributário pelo lançamento,
desde que haja comprovação do erro em que se funde.
III. Segundo jurisprudência do STJ, tratando-se de tributo sujeito a lançamento por homologação, e tendo o
contribuinte declarado o débito e não pagado no vencimento, considera-se desde logo constituído o crédito
tributário, tornando-se dispensável a instauração de procedimento administrativo com a finalidade de
promoção do lançamento para viabilizar a posterior cobrança judicial.
Assinale:
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20.FGV/TJ-AP-Juiz/2008
a) Em conformidade com o CTN, quando regularmente notificado o sujeito passivo, o lançamento somente
pode ser alterado por impugnação do próprio sujeito passivo, recurso de ofício ou por iniciativa de ofício da
autoridade administrativa.
c) A "teoria dualista" do Direito Tributário determina a aplicação da legislação vigente à época do lançamento
do tributo para a apuração do crédito tributário, em qualquer hipótese.
e) A isenção não pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, sob pena de
violação do princípio constitucional da isonomia tributária.
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7. E 14. D
1. B
8. B 15. E
2. D
9. E 16. D
3. E
10. B 17. B
4. D
11. C 18. C
5. D
12. D 19. C
6. C
13. D 20. A
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