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Índice

1) Procedimentos Contábeis Patrimoniais (III) - Análise Estatística FGV v2


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2) Procedimentos Contábeis Patrimoniais (III) - Roteiro de Revisão 5

3) Procedimentos Contábeis Patrimoniais (III) - Aposta Estratégica 21


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4) Procedimentos Contábeis Patrimoniais (III) - Questões Estratégicas FGV 24


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..............................................................................................................................................................................................
5) Procedimentos Contábeis Patrimoniais (III) - Questionário de Revisão 45

6) Procedimentos Contábeis Patrimoniais (III) - Lista de Questões FGV 50


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7) Procedimentos Contábeis Patrimoniais (III) - Gabarito FGV 60

8) Procedimentos Contábeis Patrimoniais - Referências Bibliográficas 61


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PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS (III)
ANÁLISE ESTATÍSTICA

Tópico % de cobrança

Despesa Pública 25,16

MCASP: Procedimentos Contábeis Patrimoniais 24,62

Receita Pública. 16,01


Contabilidade Pública: - Noções Gerais: conceito, objeto, campo de
8,31
aplicação e abrangência
Introdução DCASP e Balanço Orçamentário 5,53

Balanço Patrimonial 4,30

Plano de Contas Aplicado ao Setor Público 4,00

DFC e DMPL 3,39

Sistemas de Custos 3,07

Balanço Financeiro 2,46

Demonstração das Variações Patrimoniais 1,84

SIAFI e Conta Única 0,61

Sistema de Contabilidade Federal 0,61


O que é mais cobrado dentro do assunto?

Considerando as três aulas em conjunto:

Tópico % de cobrança
Imobilizado 21,72
Depreciação, exaustão e amortização 15,48
Ativo Circulante 15,06
Ativo, Passivo e PL 11,09
Provisões, passivos e ativos contingentes 7,04
Transações no setor público 5,86
Redução ao valor recuperável / Reavaliação 5,12
VPA e VPD 4,52
Intangível 4,28
Investimentos permanentes 4,06
Receitas de transação sem contraprestação 2,82
Conceitos gerais 1,65
Propriedades para investimento 1,30
ROTEIRO DE REVISÃO E PONTOS DO ASSUNTO QUE
MERECEM DESTAQUE
Receita de transação sem contraprestação
• A entidade recebe ativos ou serviços ou tem passivos extintos e em contrapartida
entrega valor irrisório ou nenhum valor em troca.
• A maior parte das VPA do setor público decorre deste tipo de transação.
o Ex.: Tributos e multas.
• Via de regra, o reconhecimento é:

D – Conta do Ativo
C - VPA

• Em alguns casos, a transação pode gerar custos, devendo a entidade reconhecer a


receita pelo valor bruto e os custos como VPD.
Ex.: Recebimento de R$100,00 de tributo com taxa de R$ 0,50 paga ao banco pelo serviço

D – Conta movimento (Ativo) R$ 99,50


D – Tarifa (VPD) R$ 0,50
C – Tributo (VPA) R$ 100,00

• O ativo reconhecido por meio de uma transação sem contraprestação deve inicialmente
ser mensurado pelo seu valor justo na data de aquisição.
• Se o ente receber um item que possua as características essenciais de ativo, mas não
satisfaça os critérios para reconhecimento:
o A entidade pode evidenciar em notas explicativas como ativo contingente.
• Há casos ainda em que a entidade recebe ativos transferidos, e isso gera obrigações ao
ente. Nesse caso, há duas situações:
o 1ª Quando se tratar de restrições com possibilidade de responsabilização
administrativa ou judicial do ente → não há necessidade de contabilização inicial.
o 2ª Quando se tratar de ativos que incluem obrigações de devolução em caso de
não utilização no modo especificado → deve ser constituído um passivo
equivalente pelo ente recebedor.
• Os tributos devem ser reconhecidos quando ocorrer o seu fato gerador e os critérios
de reconhecimento forem satisfeitos.
o Enquanto não forem efetivamente arrecadados, devem ser mensurados pela
melhor estimativa de entrada de recursos para a entidade.

Lançamento de créditos a receber de imposto no momento do fato gerador:

D 1.1.2.1.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber


C 4.1.1.x.x.xx.xx Impostos (VPA)

Lançamento no momento da arrecadação da receita (natureza da informação patrimonial):

D 1.1.1.x.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa


C 1.1.2.1.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber

Lançamento do ajuste para perdas de créditos relativos a atributos (a metodologia deve ser
aquela que melhor reflita a real situação do ativo e deve ser evidenciada em notas explicativas):

D 3.6.1.7.x.xx.xx VPD com ajuste de perdas de créditos


C 1.1.2.9.x.xx.xx (-) Ajuste de perdas de créditos a curto prazo

• Recebimento antecipado:
o Origina-se um ativo e uma obrigação presente.
o A VPA só pode ser reconhecida na ocorrência do evento (por exemplo, o fato
gerador do tributo), momento em que o passivo também é baixado.

Exemplo: Imposto reconhecido antecipadamente no Curto Prazo.


Momento do recebimento antecipado:

D 1.1.1.x.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa


C 2.1.8.8.1.xx.xx Demais Obrigações a Curto Prazo – Valores Restituíveis
ou
C 2.1.8.9.1.xx.xx Outras Obrigações a Curto prazo
Momento da ocorrência do fato gerador:

D 2.1.8.8.1.xx.xx Demais Obrigações a Curto Prazo – Valores Restituíveis


ou
D 2.1.8.9.1.xx.xx Outras Obrigações a Curto prazo
C 4.1.1.x.x.xx.xx Impostos (VPA)

Exemplo: Imposto reconhecido antecipadamente no Longo Prazo.


Momento do recebimento antecipado:

D 1.1.1.x.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa


C 2.1.8.8.1.xx.xx Demais Obrigações a Longo Prazo – Valores Restituíveis
ou
C 2.2.9.1.1.xx.xx VPA Diferida

Momento da ocorrência do fato gerador:

D 2.1.8.8.1.xx.xx Demais Obrigações a Longo Prazo – Valores Restituíveis


ou
D 2.2.9.1.1.xx.xx VPA Diferida
C 4.1.1.x.x.xx.xx Impostos (VPA)

• Repartição tributária:
o O ente arrecadador deve realizar o registro da receita pelos valores brutos e o
respectivo valor a transferir no passivo por meio de provisão.

Para facilitar sua revisão, vamos usar como exemplo o recebimento de um Imposto.
Ocorrência do lançamento do tributo pelo ente arrecadador/transferidor

D 1.1.2.1.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber R$ 1.000,00


C 4.1.1.x.x.xx.xx Impostos (VPA) R$ 1.000,00

O cálculo da provisão para a repartição será efetuado com base nos créditos de tributos ainda
não arrecadados sujeitos à repartição, deduzidos do respectivo ajuste para perdas. O registro
da provisão somente pode ocorrer quando for possível a realização de uma estimativa
confiável do valor da obrigação.
Em nosso exemplo, vamos considerar que não há provisão para perdas, e que o recurso a ser
repartido com outro ente é de R$ 250,00.

D 3.5.2.1.x.xx.xx Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas R$ 250,00


C 2.1.7.5.x.xx.xx Provisão para Repartição de Créditos R$ 250,00

No momento da arrecadação, no ente arrecadador:

D 1.1.1.x.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa R$ 1.000,00


C 1.1.2.1.x.xx.xx Créditos Tributários a Receber R$ 1.000,00

D 2.1.7.5.x.xx.xx Provisão para Repartição de Créditos R$ 250,00


C 2.1.5.x.x.xx.xx Obrigação de Repartição a Outros Entes R$ 250,00

Somente após a arrecadação, o ente recebedor deverá reconhecer o crédito. Se o ente não
tiver a informação sobre a arrecadação, deverá reconhecer o crédito apenas no momento da
transferência.

Registro no ente recebedor quando da arrecadação pelo ente transferidor:

D 1.1.2.3.x.xx.xx Créditos de Transferências a Receber R$ 250,00


C 4.5.2.x.x.xx.xx Transferências Intragovernamentais R$ 250,00

No momento da transferência do ente arrecadador para o recebedor:


Ente arrecadador

D 2.1.5.x.x.xx.xx Obrigação de Repartição a Outros Entes R$ 250,00


C 1.1.1.x.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa R$ 250,00

Ente recebedor

D 1.1.1.x.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa R$ 250,00


C 1.1.2.3.x.xx.xx Créditos de Transferências a Receber R$ 250,00
• Transferências voluntárias
o O ente deve registrar a receita orçamentária apenas no momento da efetiva
transferência financeira.
▪ Apenas nos casos em que houver cláusula contratual garantindo a
transferência de recursos após o cumprimento de determinadas etapas do
contrato o ente beneficiário deverá registrar o direito a receber o ativo.

Receita de transação com contraprestação


• A entidade recebe ativos ou serviços ou tem passivos extintos e entrega valor
aproximadamente igual em troca.
• As VPA decorrentes compreendem apenas os valores brutos de benefícios econômicos
ou potencial de serviços recebidos ou a receber.
• Empréstimos e financiamentos não se caracterizam como transações com
contraprestação.
• Devem ser mensuradas pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber,
considerando os eventuais descontos comerciais e/ou bonificações concedidos pela
entidade.
• Permuta de bens e serviços:
o Natureza e valor similares → não é considerada uma transação geradora de VPA.
o Natureza e valor não similares → é reconhecida como uma transação que gera
VPA.
Prestação de serviços:
• Deve tomar como base a proporção dos serviços prestados até a data da apresentação
das demonstrações contábeis (método da percentagem de execução).
o A VPA é reconhecida nos períodos nos quais os serviços forem prestados.
• Quando surgir alguma incerteza acerca do valor considerado como VPA, a parcela não
recebida ou cujo recebimento tenha deixado de ser provável é reconhecida como VPD,
e não como ajuste no valor da VPA originalmente reconhecida.
• Se o resultado da transação não puder ser mensurado confiavelmente e for improvável
que os custos incorridos sejam recuperados, a VPA não é reconhecida e os custos
incorridos são reconhecidos como VPD.
Venda de bens:
• Deve ser reconhecida quando as seguintes condições forem satisfeitas:
o a entidade tiver transferido ao comprador todos os riscos e benefícios
significativos inerentes à propriedade dos bens;
o a entidade não mantiver envolvimento continuado na gestão dos bens
vendidos;
o valor da VPA puder ser mensurado confiavelmente;
o for provável que os benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços
provenientes da transação fluirão para a entidade; e
o os custos incorridos na transação e os custos para concluí-la puderem ser
mensurados confiavelmente.

Se a entidade mantiver riscos significativos de propriedade → a transação não é uma


venda e a VPA não é reconhecida.
Se a entidade mantiver apenas risco insignificante de propriedade → a transação é
uma venda e a VPA é reconhecida.

Juros, Royalties e Dividendos ou Distribuições Similares


• Juros – devem ser reconhecidos pro rata tempore, referente à taxa efetiva.
• Royalties – devem ser reconhecidos na medida em que são gerados.
• Dividendos ou distribuições similares – devem ser reconhecidos quando for estabelecido
o direito de recebimento por parte do acionista ou da entidade.
Quando surgir uma incerteza a respeito de um valor já reconhecido como VPA, tal valor
incobrável deverá ser reconhecido como uma VPD.
Provisões, passivos e ativos contingentes
Provisões
• Provisões são obrigações presentes, derivadas de eventos passados, cujos
pagamentos se esperam que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de
gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços, e que possuem prazo ou valor
incerto.

• Exemplos de provisões destacadas no MCASP:


o Provisões para riscos trabalhistas
o Provisões para riscos fiscais
o Provisões para riscos cíveis
o Provisões para repartição de créditos tributários
o Provisões para riscos decorrentes de contratos de PPPs

São reconhecidas como provisões apenas as obrigações decorrentes de eventos passados que
existam independentemente das ações futuras da entidade. Assim, uma decisão da
entidade não origina uma obrigação, exceto se a decisão tenha sido comunicada a terceiros e
gere uma expectativa válida de que a entidade cumprirá com suas responsabilidades.
Registro do reconhecimento de provisões:

D 3.9.7.x.x.xx.xx VDP de Constituição de Provisões


C 2.x.7.x.x.xx.xx Provisões

• O valor reconhecido deve ser a melhor estimativa do desembolso exigido para se


extinguir a obrigação presente na data das demonstrações contábeis.
o Método do valor esperado:
▪ Método estatístico para provisões que envolvem uma grande quantidade
de itens, sendo a obrigação estimada ponderando todos os possíveis
resultados.
o Ajuste a valor presente:
▪ Quando o efeito do tempo no dinheiro for material, a provisão deve
corresponder ao valor presente dos desembolsos.
▪ O valor contábil da provisão aumenta a cada período para refletir o
transcurso do tempo, sendo o aumento reconhecido como uma despesa
financeira.

D 3.4.x.x.x.xx.xx VPD Financeiras


C 2.x.7.x.x.xx.xx Provisões

o Mudanças nas provisões


▪ As provisões devem ser reavaliadas na data da apresentação das
demonstrações contábeis e ajustadas para refletir a melhor estimativa
corrente.
▪ No momento em que não houver mais incertezas quanto ao valor e ao
prazo de determinado passivo, este deixará de ser uma provisão, devendo
ser reconhecida a obrigação a pagar.
• Se valor a pagar > provisão → reconhece VPD complementando o
passivo.
• Se valor a pagar < provisão → reconhece VPA revertendo a provisão.
Lançamentos:
a. Quando o valor da obrigação for igual ao valor provisionado:
Baixa da provisão e registro do passivo correspondente
Natureza da informação: patrimonial
D 2.x.7.x.x.xx.xx Provisões (P)
C 2.x.x.x.x.xx.xx Obrigações a Pagar (P)

b. Quando o valor da obrigação for maior que o valor provisionado:


Baixa da provisão e registro do passivo correspondente
Natureza da informação: patrimonial
D 2.x.7.x.x.xx.xx Provisões (P)
D 3.x.x.x.x.xx.xx VPD
C 2.x.x.x.x.xx.xx Obrigações a Pagar (P)

c. Quando o valor da obrigação for menor que o valor provisionado:


Registro do passivo e reversão da provisão
Natureza da informação: patrimonial
D 2.x.7.x.x.xx.xx Provisões (P)
C 2.x.x.x.x.xx.xx Obrigações a Pagar (P)
C 4.9.7.1.x.xx.xx Reversão de Provisões
Passivo Contingente

Obrigação possível, resultante de


eventos passados, cuja existência
será confirmada por eventos
futuros incertos não controlados
totalmente pela entidade.

É improvável que uma


Passivo ou saída de recursos que
Contingente incorporam benefícios
econômicos ou potencial
de serviços seja exigida
Obrigação presente, resultante
de eventos passados, mas que
não é conhecida porque:

Não é possível fazer


uma estimativa
confiável do valor da
obrigação.

• Não devem ser reconhecidos em contas patrimoniais, mas devem ser registrados em
contas de controle do PCASP e divulgados em notas explicativas.
o A divulgação só é dispensada nos casos em que a saída de recursos for
considerada remota.
• Quando uma saída se tornar provável, uma provisão deverá ser reconhecida nas
demonstrações contábeis do período em que ocorreu a mudança na probabilidade.
Para ajudar a diferenciar o passivo contingente da provisão, é de grande validade o fluxograma
a seguir:

Fonte: NBC TSP 03


Ativo Contingente
• Ativo possível, resultante de eventos passados e cuja existência será confirmada
apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos que não estão
totalmente sob o controle da entidade.
• Não devem ser reconhecidos em contas patrimoniais.
o Quando uma entrada de recursos for considerada provável, eles deverão ser
registrados em contas de controle do PCASP e divulgados em notas explicativas.

Propriedades para investimento


• Propriedade mantida para auferir receitas de aluguel ou para valorização do capital,
ou para ambas.
o Terrenos e edificações (ou partes de edificações).

o Não são classificadas como propriedades para investimento quando têm por
objetivo:
▪ Uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para finalidades
administrativas; ou
▪ Venda no curso normal das operações.
• Devem ser classificadas no subgrupo Investimentos, dentro do Ativo Não Circulante.
• Imóveis para aluguel:
o Quando estiver relacionado às atividades fins → Imobilizado
o Quando não estiver relacionado às atividades fins → Investimentos
• O direito sobre propriedade mantida por arrendatário sob arrendamento mercantil
operacional pode ser classificado e contabilizado como propriedade para investimento
apenas se:
• A propriedade iria de outra forma satisfazer à definição de
propriedade para investimento;
• O arrendatário utilizar o modelo do valor justo.
• A propriedade arrendada a outra entidade sob arrendamento mercantil financeiro não é
um exemplo de propriedade para investimento.
• A propriedade para investimento só pode ser reconhecida quando:
o For provável que os benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços
associados à propriedade para investimento fluirão para a entidade; e
o O custo ou valor justo da propriedade puder ser mensurado confiavelmente.
• Não são reconhecidos no valor contábil os gastos com manutenção usual da
propriedade.
• Deve ser mensurada inicialmente pelo custo, incluindo-se os custos de transação.
• O custo da propriedade para investimento não é aumentado por:
o gastos de início das operações (salvo se forem necessários para trazer à condição
necessária de uso);
o perdas operacionais incorridas antes de a propriedade ter atingido o nível de
ocupação previsto;
o quantidades anormais de material, mão-de-obra e outros recursos consumidos na
construção ou desenvolvimento da propriedade.
• Se a propriedade for adquirida a prazo, o valor do custo é o equivalente ao seu valor à
vista, devendo a diferença ser reconhecida como VPD financeira ao longo do tempo.
• Quando a propriedade é adquirida por meio de transação sem contraprestação (ex.:
confisco, transferência por outro ente), seu custo deve ser mensurado pelo valor justo na
data da aquisição.
• O custo inicial do direito sobre propriedade mantida em arrendamento mercantil –
menor valor entre:
o Valor justo da propriedade
o Valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento
• Aquisição por meio de permuta:
o Em regra, a mensuração é pelo valor justo.
▪ Exceção:
• quando a transação não tiver essência comercial; ou
• não haja mensuração confiável nem do valor justo do ativo cedido
nem do valor justo do ativo recebido.
▪ Nesses casos, o custo deve ser mensurado pelo valor contábil do ativo
cedido.
• As reclassificações para ou de uma propriedade para investimento devem ser feitas
quando houver alteração de seu uso. O MCASP evidencia as seguintes situações que
ensejam reclassificação:

Fonte: MCASP 9ª edição

• Os ganhos ou perdas provenientes da baixa ou alienação devem ser determinados com


a diferença entre as receitas líquidas de venda e o valor contábil do ativo, e devem ser
reconhecidos no resultado do período.

A NBC TSP 06 traz alguns exemplos do que deve e o que não deve ser classificado como
propriedades para investimento.
12. São exemplos de propriedades para investimento:
(a) terrenos mantidos para valorização do capital a longo prazo e, não, para venda no
curso normal das operações. Por exemplo, terreno mantido por hospital para valorização
do capital, o qual pode ser vendido em momento oportuno;
(b) terrenos mantidos para uso futuro ainda não definido. Se a entidade não tiver
determinado que utilizará o terreno como propriedade ocupada pelo proprietário,
incluindo ocupação para fornecer serviços, tais como aqueles proporcionados por parques
nacionais para gerações atuais e futuras, ou para venda no curso normal das operações, o
terreno deve ser considerado como mantido para valorização do capital;
(c) edifício de propriedade da entidade (ou mantido pela entidade em arrendamento
mercantil financeiro) e que seja arrendado sob um ou mais arrendamentos mercantis
operacionais com fins comerciais. Por exemplo, uma universidade pública pode possuir
um edifício que seja arrendado com fins comerciais a terceiros;
(d) edifício que esteja desocupado, mas mantido para ser arrendado sob um ou mais
arrendamentos mercantis operacionais com fins comerciais a terceiros; e
(e) propriedade em construção ou desenvolvimento para uso futuro como
propriedade para investimento.
13. São exemplos de itens que não são propriedades para investimento, estando, por
isso, fora do alcance desta norma:
(a) propriedade mantida para venda no curso normal das operações ou em processo
de construção ou desenvolvimento para tal venda (ver NBC TSP 04 – Estoques). Por
exemplo, um governo municipal pode rotineiramente incrementar suas receitas pela
compra e venda de propriedades. Nesses casos, as propriedades mantidas exclusivamente
para alienação em futuro próximo ou para desenvolvimento com finalidade de revenda
devem ser classificadas como estoque. A secretaria de habitação pode vender
rotineiramente parte de suas habitações em estoque no curso normal das suas operações.
Nesses casos, qualquer habitação em estoque mantida para venda deve ser classificada
como estoque;
(b) propriedade em construção ou desenvolvimento por conta de terceiros . Por
exemplo, uma secretaria pode celebrar contratos de construção com entidades externas ao
Governo;
(c) propriedade ocupada pelo proprietário (ver NBC TSP 07), incluindo, entre outras
coisas, propriedade mantida para uso futuro como propriedade ocupada pelo proprietário;
propriedade mantida para desenvolvimento futuro e uso subsequente como propriedade
ocupada pelo proprietário; propriedade ocupada por empregados (que paguem, ou não,
aluguéis a taxas de mercado); e propriedade ocupada pelo proprietário ao aguardo de
alienação;
(d) (eliminada);
(e) propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento mercantil
financeiro;
(f) propriedade mantida para fornecer serviço social e que também gera entradas de
caixa. Por exemplo, uma secretaria de habitação pode manter amplos estoques de
habitações utilizados para fornecer moradia para famílias de baixa renda por aluguéis com
preço abaixo do mercado. Nessa situação, a propriedade é mantida para fornecer serviços
de habitação em vez de auferir receitas de aluguel ou valorização do capital, e a renda de
aluguel gerada é atinente aos propósitos pelos quais a propriedade é mantida. Tais
propriedades não são consideradas propriedades para investimento e devem ser
contabilizadas de acordo com a NBC TSP 07; e
(g) propriedade mantida para propósitos estratégicos, que deve ser contabilizada de
acordo com a NBC TSP 07.
APOSTA ESTRATÉGICA
Dentre os assuntos abordados, certamente as diferenças entre as provisões e os passivos
contingentes são os mais importantes e com maior probabilidade de serem cobrados em sua
prova.
Primeiramente, lembre-se dos conceitos das duas:
• Provisões são obrigações presentes, derivadas de eventos passados, cujos
pagamentos se esperam que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de
gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços, e que possuem prazo ou valor
incerto.
Além disso, é bom rever algumas vezes o fluxograma:

Fonte: MCASP 9ª edição


QUESTÕES ESTRATÉGICAS

Receitas de transações

1. (FGV/2022/Sefaz ES/Consultor – Ciências Contábeis)


Um terreno foi adquirido por uma entidade do setor público por meio de uma transação
sem contraprestação, para possibilitar ao governo local construir novas estradas.
Assinale a opção que indica a mensuração do terreno, na data da aquisição.
a) Custo histórico.
b) Custo corrente.
c) Valor justo.
d) Valor presente.
e) Custo de reposição.
Comentários
Os ativos adquiridos por meio de transação sem contraprestação devem ser reconhecidos
inicialmente pelo seu valor justo na data de aquisição, conforme orienta a NBC TSP 01.
Portanto, a alternativa correta é a letra C.
Gabarito: C

2. (FGV/2021/IMBEL/Analista Contábil)
As entidades do setor público podem auferir receitas de transações com ou sem
contraprestação. Assinale a opção que indica somente transações sem contraprestação.
a) Subsídios e multas aplicadas.
b) Venda de bens e perdão de dívidas.
c) Prestação de serviços e recebimento de tributos.
d) Perdão de dívidas e arrendamento de itens do ativo imobilizado, a valor de mercado.
e) Recebimento de doações e aluguel de itens do ativo imobilizado, a valor de mercado.
Comentários
A alternativa correta é a letra A, pois tanto os subsídios como as multas aplicadas são exemplos
de transações sem contraprestação.
As demais todas possuem receitas com contraprestações:
b) Venda de bens e perdão de dívidas.
c) Prestação de serviços e recebimento de tributos.
d) Perdão de dívidas e arrendamento de itens do ativo imobilizado, a valor de
mercado.
e) Recebimento de doações e aluguel de itens do ativo imobilizado, a valor de
mercado.
Gabarito: A

3. (FGV/2017/IBGE/Analista Censitário – Ciências Contábeis)


Ao contrário do que ocorre no setor privado, no setor público o reconhecimento de receitas
e despesas usualmente pode decorrer de transações sem contraprestação.
Considerando as disposições do MCASP para identificação e reconhecimento de transações
sem contraprestação, é correto afirmar que:
a) ativos obtidos por meio de uma transação sem contraprestação deverão ser inicialmente
mensurados pelo custo;
b) ativos obtidos por meio de uma transação sem contraprestação não estão sujeitos a
ajustes de perdas de créditos;
c) a obtenção de controle de recursos é um requisito necessário para registrar ativos obtidos
por meio de uma transação sem contraprestação;
d) impostos não satisfazem a definição de transação sem contraprestação, uma vez que o
ente público presta uma série de serviços públicos;
e) variações no valor justo de ativos obtidos por meio de uma transação sem contraprestação
são reconhecidas diretamente no patrimônio líquido.
Comentários
Letra A – Errada. Os ativos obtidos por meio de uma transação sem contraprestação deverão
ser inicialmente mensurados pelo seu valor justo na data de aquisição.
Letra B – Errada. O MCASP é bastante elucidativo neste ponto:
A entidade deve constituir ajuste para perdas de créditos relativos a tributos. A
metodologia utilizada para cálculo do ajuste para perdas deve ser aquela que melhor
reflita a real situação do ativo e deve ser evidenciada em notas explicativas.
Lançamento Exemplificativo
Ajuste para Perdas de Crédito Tributário
Natureza da informação: patrimonial
D 3.6.1.7.x.xx.xx VPD com Ajuste para Perdas de Créditos
C 1.1.2.9.x.xx.xx (-) Ajuste para Perdas de Créditos a Curto Prazo (P)
Letra C – Certa. Realmente, é uma das condições, conforme previsto no MCASP:
A entidade deve reconhecer o ativo oriundo de uma transação sem contraprestação
quando obtiver o controle de recursos que se enquadrem na definição de um ativo e
satisfaçam os critérios de reconhecimento a seguir:
a. Seja provável que benefícios econômicos futuros e potencial de serviços associados com
o ativo fluam para a entidade; e
b. O valor justo do ativo possa ser mensurado em conformidade com as características
qualitativas e com observância das restrições da informação contábil.
Letra D – Errada. Os impostos são um exemplo de transação sem contraprestação, tendo em
vista que o serviço público prestado não é vinculado ao pagamento de impostos.
Letra E – Errada. O reconhecimento como VPA será ajustado diretamente no resultado. Após o
reconhecimento, as variações seguem a regra geral que vimos na aula anterior:
• Quando o valor contábil aumentar em razão da reavaliação, o valor do aumento deve ser
creditado diretamente no Patrimônio Líquido, na conta reserva de reavaliação.
o Quando se tratar de reversão de decréscimo por reavaliação da classe do ativo
anteriormente reconhecido no resultado, o lançamento também deve ocorrer no
resultado.
• Quando o valor contábil diminuir em virtude da reavaliação, a diminuição deve ser
reconhecida no resultado.
o Se houver saldo de reserva de reavaliação, a diminuição deve ser debitada
diretamente à reserva de reavaliação até o limite do saldo referente à classe do
ativo.
Gabarito: C

4. (FGV/2017/ALERJ/Especialista Legislativo – Ciências Contábeis)


Uma transação sem contraprestação é aquela em que a entidade recebe ativos ou serviços
ou tem passivos extintos e entrega valor irrisório ou nenhum valor em troca (Portaria STN nº
700/2014).
Considerando a estrutura da Administração Pública brasileira e a perspectiva das transações
sem contraprestação, é correto afirmar que:
a) ativos oriundos de transação sem contraprestação devem ser reconhecidos quando a
entidade tiver controle dos recursos;
b) essas transações representam uma parte pouco significativa das VPA das entidades
públicas;
c) nas transações sem contraprestação, os impostos deverão ser conhecidos como VPA
quando arrecadados;
d) o ativo obtido em transação sem contraprestação deverá ser inicialmente mensurado pelo
custo;
e) recursos recebidos antecipadamente não serão reconhecidos como ativos em transações
sem contraprestação.
Comentários
Letra A – Certo, em conformidade com o previsto no MCASP:
A entidade deve reconhecer o ativo oriundo de uma transação sem contraprestação
quando obtiver o controle de recursos que se enquadrem na definição de um ativo e
satisfaçam os critérios de reconhecimento a seguir:
a. Seja provável que benefícios econômicos futuros e potencial de serviços associados com
o ativo fluam para a entidade; e
b. O valor justo do ativo possa ser mensurado em conformidade com as características
qualitativas e com observância das restrições da informação contábil.
Letra B – Errado. A maior parte das receitas do setor público decorre desse tipo de transação.
São transações sem contraprestação, por exemplo, os tributos e as multas.
Letra C – Errado. Os tributos deverão ser reconhecidos quando ocorrer o fato gerador.
Letra D – Errado. Deve ser inicialmente mensurado pelo valor justo na data de aquisição.
Letra E – Errado. No caso de recebimento antecipado, origina-se um ativo e um passivo. No
momento da ocorrência do evento a VPA é reconhecida e o passivo é baixado.
Gabarito: A

5. (FGV/2019/DPE RJ/Técnico Superior – Ciências Contábeis)


Uma entidade pública recebeu um montante de recursos decorrente de uma transação sem
contraprestação.
Quando satisfeitos os critérios para reconhecimento e na ausência de exceções, tais recursos
devem ser registrados como ativo em contrapartida a:
a) outro ativo;
b) uma despesa;
c) uma receita;
d) uma reserva;
e) um passivo.
Comentários
A alternativa correta é a letra C, pois os recursos decorrentes de uma transação são uma receita
da entidade, conforme previsto na NBC TSP 01:
44. A entrada de recursos de transação sem contraprestação reconhecida como ativo deve
ser reconhecida como receita, exceto na medida em que o passivo também seja reconhecido
em decorrência da mesma entrada de recursos.
Gabarito: C

Provisões, passivos e ativos contingentes

6. (FGV/2022/Sefaz ES/Consultor – Ciências Contábeis)


No ano de X0 uma entidade do setor público recebeu multas por danos ambientais, com
vencimento em X1, e assumiu os custos de reparação provenientes destes danos,
conforme imposto pela legislação a ela. As multas eram estimadas em R$ 50.000 e os
custos de reparação estimados em R$ 80.000.
Na tentativa de demonstrar liderança em sua comunidade, a entidade decidiu que a partir
de X1 iria instalar maquinário para reciclar todo o papel utilizado. O custo estimado para a
instalação era de R$ 40.000.
No ano de X0, a entidade reconheceu provisões no valor de
a) R$ 40.000.
b) R$ 50.000.
c) R$ 80.000.
d) R$ 120.000.
e) R$ 130.000.
Comentários
Em X0 entidade tem uma estimativa do valor da multa e dos custos de reparação, portanto,
seus valores são incertos, mas a estimativa é confiável e a saída também é provável, motivo
pelo qual devemos reconhecer a provisão de ambos os valores. A instalação do maquinário,
por sua vez, é uma decisão administrativa da entidade, e mesmo que tivesse ocorrido em X0,
não entraria na provisão. Portanto, no ano de X0 a provisão a ser reconhecida é:
50.000 + 80.000 = 130.000
Apenas para complementar, o MCASP (9ª edição) traz um exemplo bastante parecido com o
enunciado:
Por exemplo, uma entidade do setor público deve reconhecer uma provisão para
pagamento de multas ou custos de reparação provenientes de danos ambientais,
conforme imposto pela legislação, na medida em que estiver obrigada a restaurar os
danos já causados. Já a decisão da entidade de instalar filtros para evitar a emissão
de gases poluentes não enseja o registro de uma provisão, pelo fato de as entidades
poderem evitar o gasto futuro decorrente de suas ações futuras.

Gabarito: E

7. (FGV/2022/Sefaz ES/Consultor – Ciências Contábeis)


Uma entidade do setor público fornece eletricidade para a população de um município.
De acordo com o contrato, a entidade é responsável por substituir e efetuar reparos nos
equipamentos da população quando estes forem danificados pela queda de energia.
Em um ano, se a entidade precisar efetuar reparos em equipamentos de toda a
população, o custo estimado é de R$ 600.000. Se a entidade precisar substituir os
equipamentos de toda a população, os custos estimados são de R$ 2.000.000.
A experiência passada e as expectativas futuras indicam que em X1, os equipamentos de
10% da população precisarão ser substituídos, os equipamentos de 30% da população
precisarão de reparos e os equipamentos de 60% da população não precisarão de
assistência.
Assinale a opção que indica o valor esperado para a provisão para o custo de reparos e
substituições da entidade, em X1.
a) Zero.
b) R$ 260.000.
c) R$ 380.000.
d) R$ 780.000.
e) R$ 2.600.000.
Comentários
Como tanto os reparos como a substituição do equipamento são obrigações da entidade e é
possível fazer uma estimativa confiável sobre seus valores, ambos devem ser reconhecidos
como provisões. A partir disso, basta fazer os cálculos com os valores trazidos pelo enunciado:
10% de R$ 2.000.000 = R$ 200.000
30% de R$ 600.000 = R$ 180.000
R$ 200.000 + R$ 180.000 = R$ 380.000
Gabarito: C
8. (FGV/2022/CGU/Auditor Federal de Finanças e Controle)
Um ente público estadual foi acionado judicialmente por uma empresa do setor de
transportes por danos causados a sua frota de veículos de carga, que fazia rota em uma
rodovia desse Estado. Essa rodovia se encontrava em condições precárias de
conservação, além de apresentar sinalização deficiente. De acordo com a empresa, no
último ano ocorreu significativa elevação dos gastos de manutenção da frota em
decorrência das más condições da rodovia, e houve perdas associadas a atrasos em suas
entregas. Na ação, os advogados da empresa pleitearam uma indenização no valor de R$
1,5 milhão pelas perdas em consequência dessas más condições. Após análise dos
documentos do processo, o departamento jurídico do ente avaliou que é possível uma
responsabilização do ente, com uma possível saída de recursos, mas ainda com
elementos insuficientes para uma estimativa confiável do valor.
A partir dessas informações, na emissão das demonstrações contábeis relativas ao
exercício em que este cenário foi analisado, o ente público deverá:
a) eximir-se de divulgação sobre o fato, até que o processo tenha uma decisão jurídica
final;
b) divulgar o fato em notas explicativas quando for possível fazer uma estimativa confiável
do valor provável do desembolso;
c) registrar em conta específica do patrimônio líquido uma reserva de contingência de R$
1,5 milhão, uma vez que o fato gerador da obrigação é contingente;
d) registrar em contas de controle previstas no Plano de Contas Aplicado ao Setor Público,
por se tratar de um passivo contingente;
e) registrar uma provisão de R$ 1,5 milhão diante da possibilidade de responsabilização
do ente.
Comentários
O enunciado nos informa que os advogados pleitearam uma indenização de R$ 1,5 milhão.
Contudo, o departamento jurídico do ente avaliou que a responsabilização é possível e que
ainda não há elementos suficientes para fazer uma estimativa confiável do valor.
Nesse caso, não devemos reconhecer uma provisão, mas sim evidenciar um passivo
contingente nas notas explicativas. Ficamos portanto, entre as alternativas B e D.
A alternativa B está errada porque mesmo que não seja possível fazer uma estimativa confiável
do valor, deve-se evidenciá-lo no passivo contingente. A estimativa confiável é exigida somente
para o reconhecido da provisão.
A letra D, por fim, é o gabarito, pois os passivos contingentes, além de serem divulgados em
notas explicativas, devem ser registrados em contas de controle do PCASP.
Gabarito: D
9. (FGV/2021/TJ-RO/Analista Judiciário - Contador)
No tratamento e registro contábil das provisões, é importante considerar as incertezas
quanto ao prazo e ao valor da obrigação correspondente.
No caso de se verificar que o valor de uma obrigação é maior do que o valor
provisionado, deve-se:
a) complementar a diferença com saldos de provisão disponíveis associados a outros
propósitos;
b) complementar a diferença com um lançamento a débito em conta de despesa (VPD);
c) efetuar um lançamento de reversão de provisões em contrapartida ao valor correto da
obrigação;
d) registrar a diferença como item de outros resultados abrangentes;
e) registrar a diferença na conta Ajustes de Avaliação Patrimonial.
Comentários
Quando o valor da obrigação for maior que o valor provisionado, deve ser realizado o seguinte
lançamento para a baixa da provisão e o registro do passivo correspondente:

D 2.x.7.x.x.xx.xx Provisões (P)


D 3.x.x.x.x.xx.xx VPD
C 2.x.x.x.x.xx.xx Obrigações a Pagar (P)

Portanto, a diferença é complementada com o lançamento de uma variação patrimonial


diminutiva, conforme afirma a alternativa B, que é o gabarito da questão.
Gabarito: B

10. (FGV/2021/Câmara Municipal de Aracaju/Contador)


Uma entidade pública municipal foi acionada judicialmente por danos causados a um
grupo de contribuintes no processo de arrecadação de um tributo. Considerando o
histórico de processos semelhantes, a procuradoria jurídica da entidade avalia como
provável que a entidade perca a ação e tenha que indenizar o grupo de contribuintes. As
probabilidades de ocorrência dos desembolsos foram apresentadas pela procuradoria
jurídica conforme o quadro a seguir.
Cenário Custo estimado Probabilidade
I R$ 520.00,00 15%
II R$ 210.000,00 25%
III R$ 380.000,00 60%
Considerando essas informações e as disposições da NBC TSP 03 - Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes, a entidade deve registrar uma provisão no valor de:
a) R$ 119.500,00;
b) R$ 228.000,00;
c) R$ 358.500,00;
d) R$ 370.000,00;
e) R$ 520.000,00.
Comentários
O enunciado nos informa que a procuradoria jurídica considerou como prováveis as saídas de
recursos, além de ter sido possível realizar uma estimativa confiável dos valores. Nesta questão,
foi também feita a ponderação dos valores, o que está previsto na NBC TSP 03:

47. Incertezas acerca dos montantes a serem reconhecidos como provisões são
tratadas de várias formas conforme as circunstâncias. Quando a provisão
mensurada envolve grande população de itens, a obrigação deve ser estimada
ponderando-se todos os possíveis resultados. Esse método estatístico
corresponde ao "valor esperado". A provisão, portanto, será diferente se a
probabilidade de perda em certa quantidade for, por exemplo, de 60% ou 90%.
Quando houver um intervalo contínuo de resultados possíveis, e cada ponto naquele
intervalo for tão provável quanto qualquer outro, deve ser usado o ponto médio da
escala.

Agora, basta fazer a conta:

Custo Estimado Probabilidade Valor Esperado


R$ 520.000,00 15% R$ 78.000,00
R$ 210.000,00 25% R$ 52.500,00
R$ 380.000,00 60% R$ 228.000,00
Total R$ 358.500,00
Gabarito: C

11. (FGV/2017/IBGE/Analista Censitário – Ciências Contábeis)


Uma entidade do setor público foi acionada judicialmente em decorrência de divergências
na cobrança de créditos tributários. Após análise das informações processuais e de casos
semelhantes, a assessoria jurídica da entidade avaliou como provável o pagamento de
restituição no valor de R$ 180.000,00, mas sem prazo para julgamento final do processo.
Considerando a situação apresentada e as disposições do MCASP para o tratamento de
passivos e provisões, a entidade:
a) deve divulgar a possibilidade da perda em notas explicativas;
b) deve realizar um depósito judicial de pelo menos 50% do valor estimado da perda;
c) deve reconhecer uma provisão no valor estimado pela assessoria jurídica;
d) não deve reconhecer provisão, em decorrência da incerteza quanto ao prazo de
julgamento do processo;
e) não deve fazer evidenciação da situação antes do julgamento final do caso.
Comentários
Para resolver esta questão, vamos nos aproveitar do fluxograma presente na NBC TSP 03:

1º Temos uma obrigação presente com provável saída de recursos? Sim, pois a entidade foi
acionada judicialmente em decorrência de divergências na cobrança de créditos tributários e a
assessoria jurídica avaliou como provável o pagamento da restituição.
2º A estimativa é confiável? Sim, a assessoria jurídica fez análise de informações processuais e
de casos semelhantes e estimou como provável o pagamento de R$ 180.000,00, o que nos leva
a uma estimativa confiável.
Portanto, a entidade deverá reconhecer uma provisão de R$ 180.000,00, sendo a alternativa
correta a letra C.
Gabarito: C

12. (FGV/2015/TJ RO/Contador)


A Parte II – Procedimentos Contábeis Patrimoniais do Manual de Contabilidade Aplicada
ao Setor Público – MCASP trata da definição e requisitos de mensuração e
reconhecimento de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes.
Um dos elementos que caracteriza uma provisão é:
a) obrigação decorrente de apropriações por competência;
b) obrigação possível resultante de eventos passados;
c) obrigação presente, com provável saída de recursos;
d) obrigação que será confirmada pela ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos;
e) inexistência de incerteza sobre o prazo da obrigação.
Comentários
A alternativa correta é a letra C:

A alternativa B fala em obrigação possível, neste caso, atendendo às demais condições, o


correto é evidenciar em notas explicativas a existência de um passivo contingente.
Gabarito: C
13. (FGV/2019/DPE RJ/Técnico Superior – Ciências Contábeis)
Uma entidade pública foi acionada judicialmente por uma empresa em decorrência da
interrupção de um contrato de prestação de serviços. A assessoria jurídica da entidade
considera que a perda é muito provável e apresentou os seguintes cenários quanto à
probabilidade do valor do desembolso:

Cenário Desembolso estimado Probabilidade

I R$ 145.000,00 20%

II R$ 85.000,00 30%

III R$ 100.000,00 50%

Nesse caso, a entidade deve reconhecer uma provisão no valor de:


a) R$ 85.000,00;
b) R$ 104.500,00;
c) R$ 110.000,00;
d) R$ 145.000,00;
e) R$ 330.000,00.
Comentários
As regras para a mensuração das provisões estão especificadas na NBC TSP 03. Vejamos:
44. O valor reconhecido como provisão deve corresponder à melhor estimativa de
desembolso necessário para liquidar a obrigação presente na data das demonstrações
contábeis.
47. Incertezas acerca dos montantes a serem reconhecidos como provisões são tratadas de
várias formas conforme as circunstâncias. Quando a provisão mensurada envolve
grande população de itens, a obrigação deve ser estimada ponderando-se todos os
possíveis resultados. Esse método estatístico corresponde ao "valor esperado". A
provisão, portanto, será diferente se a probabilidade de perda em certa quantidade for,
por exemplo, de 60% ou 90%. Quando houver um intervalo contínuo de resultados
possíveis, e cada ponto naquele intervalo for tão provável quanto qualquer outro, deve ser
usado o ponto médio da escala.
Devemos, portanto, realizar os seguintes cálculos:
A B C=AxB
Cenário Desembolso estimado Probabilidade Provisão
I R$ 145.000,00 20% R$ 29.000,00
II R$ 85.000,00 30% R$ 25.500,00
III R$ 100.000,00 50% R$ 50.000,00
Total R$ 104.500,00
Portanto, a alternativa correta é a letra B.
Gabarito: B

14. (FGV/2017/ALERJ/Especialista – Ciências Contábeis)


Uma entidade pública foi acionada judicialmente em decorrência de constrangimento
que um usuário alega ter sofrido por parte de um servidor da entidade. Em decorrência
dos autos processuais e do julgamento de casos semelhantes, o setor jurídico considera
provável que a entidade seja condenada na ação, mas ainda não tem elementos
suficientes para fazer estimativas confiáveis do valor a ser desembolsado.
De acordo com as disposições do International Public Sector Accounting Standards
(IPSAS) 19 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes e do MCASP, o
tratamento a ser dado a esse fato é:
a) reconhecer como provisão, por ser provável a saída de recursos;
b) reconhecer como passivo contingente, por ser obrigação presente;
c) registrar um passivo contingente em contas de controle;
d) reconhecer como obrigações contingentes, em decorrência da incerteza;
e) não registrar o fato, por não haver informações precisas sobre o desdobramento do
processo.
Comentários
Temos o seguinte cenário: O setor jurídico considera provável que a entidade seja condenada
na ação, mas ainda não tem elementos suficientes para fazer estimativas confiáveis do valor a
ser desembolsado.
Vamos recorrer ao fluxograma:
Nesse caso, deve-se evidenciar o passivo contingente, o qual não é reconhecido em contas
patrimoniais, mas sim registrado em contas de controle do PCASP e registrado em notas
explicativas. Portanto, a alternativa correta é a letra C.
Gabarito: C

15. (FGV/2016/IBGE/Analista – Ciências Contábeis)


O contador de uma entidade está analisando um processo em que a entidade foi
acionada judicialmente como ré e a assessoria jurídica avalia como provável a
probabilidade de perda da ação, mas ainda não é possível fazer uma estimativa confiável
do valor da obrigação. Essa situação caracteriza a existência de um(a):
a) provisão;
b) ativo contingente;
c) passivo contingente;
d) obrigação legal diferida;
e) passivo derivado de apropriação por competência.
Comentários
Mesmo caso da questão anterior:
Nesse caso, deve-se evidenciar o passivo contingente, o qual não é reconhecido em contas
patrimoniais, mas sim registrado em contas de controle do PCASP e registrado em notas
explicativas. Portanto, a alternativa correta é a letra C.
Gabarito: C

16. (FGV/2016/IBGE/Analista - Auditoria)


Com relação a Passivos Contingentes, é correto afirmar que:
a) não devem ser reconhecidos em contas orçamentárias, mas tão somente registrados
em contas de controle no PCASP;
b) devem ser periodicamente avaliados para determinar se uma saída de recursos que
incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços se tornou provável;
c) surgem de eventos não planejados ou não esperados que não estejam totalmente sob
o controle da entidade e que acarretam a possibilidade de um ingresso de recursos sob a
forma de benefícios econômicos ou potencial prestação de serviços à entidade;
d) devem ser reavaliadas na data de apresentação das demonstrações contábeis e
ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente;
e) envolvem incerteza sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro necessário para a
sua extinção.
Comentários
Questão literal do MCASP. Vamos analisar o trecho abordado:
“Os passivos contingentes não devem ser reconhecidos em contas patrimoniais. No entanto,
deverão ser registrados em contas de controle do PCASP e divulgados em notas explicativas
(letra A errada). A divulgação só é dispensada nos casos em que a saída de recursos for
considerada remota.
Os passivos contingentes devem ser periodicamente avaliados para determinar se uma
saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços se
tornou provável (letra b correta). Caso a saída se torne provável, uma provisão deverá ser
reconhecida nas demonstrações contábeis do período em que ocorreu a mudança na
probabilidade. Por exemplo, uma entidade do governo pode ter desobedecido a uma lei
ambiental, mas não está claro se algum dano foi causado ao meio ambiente. Quando,
subsequentemente, tornar-se claro que o dano foi causado e que a reparação será exigida, a
entidade deverá constituir uma provisão.”
Letra A – Errada. Os passivos contingentes devem ser registrados em contas de controle no
PCASP e evidenciados em notas explicativas, a menos que seja remota a possibilidade de saída
de recursos.
Letra B – Correta, conforme trecho destacado acima.
Letra C – Errada. Trata-se do conceito de ativos contingentes:
“Ativos contingentes usualmente decorrem de eventos não planejados ou não esperados que
não estejam totalmente sob o controle da entidade e que acarretam a possibilidade de um
ingresso de recursos sob a forma de benefícios econômicos ou potencial de serviços.”
Letra D – Errada. Trata-se de característica das provisões.
“As provisões devem ser reavaliadas na data de apresentação das demonstrações contábeis
e ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente.
Quando não houver mais incertezas quanto ao valor e ao prazo de determinado passivo este
deixará de ser uma provisão, devendo ser reconhecida a obrigação a pagar correspondente.”
Letra E – Errada, pois trata de outra característica das provisões:
“As provisões se distinguem dos demais passivos porque envolvem incerteza sobre o prazo ou o
valor do desembolso futuro necessário para a sua extinção”
Gabarito: B
17. (FGV/2015/TCM SP/Agente de Fiscalização – Ciências Contábeis)
De acordo com a International Public Sector Accounting Standards (IPSAS) 19, que trata
de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes, publicada pelo International
Public Sector Accounting Standards Board, uma provisão é um passivo de prazo ou valor
incerto. A partir dessa definição, o único item a seguir que NÃO atende a esse conceito
está relacionado ao pagamento de:
a) autuações fiscais;
b) férias e décimo terceiro salário;
c) indenizações a fornecedores e clientes;
d) reclamações trabalhistas;
e) valores incertos relacionados aos créditos tributários reconhecidos no lançamento pelo
agente arrecadador.
Comentários
A única alternativa que não atende ao conceito de provisões é o pagamento de férias e décimo
terceiro salário, tendo em vista que são passivos lançados mensalmente pela empresa,
conforme surja a obrigação de pagamento por conta dos meses trabalhados pelos
funcionários.
As demais alternativas estão relacionadas a processos judiciais ou autuações administrativas,
sobre as quais ainda há incerteza sobre o prazo ou o valor do pagamento, características
elementares das provisões.
Gabarito: B

Propriedades para investimento

18. (FGV/2022/CGU/Auditor Federal de Finanças e Controle)


Uma agência governamental possuía os seguintes imóveis, com seus respectivos valores
contábeis:
• Propriedade ocupada em suas atividades operacionais: R$ 400.000;
• Propriedade mantida para valorização do capital a longo prazo: R$ 300.000;
• Propriedade mantida para uso futuro ainda não definido: R$ 150.000;
• Propriedade em processo de construção com a finalidade de venda: R$ 200.000.
Com base nos dados acima, o saldo do grupo Propriedade para Investimento da agência
governamental era de:
a) R$ 300.000;
b) R$ 450.000;
c) R$ 500.000;
d) R$ 650.000;
e) R$ 900.000.
Comentários
São reconhecidas como propriedades para investimento as propriedades mantidas para auferir
receitas de aluguel ou para valorização do capital. Antes somarmos os valores, vamos ver a
literalidade da NBC TSP 06 destacando os trechos que nos ajudam a chegar à resposta.

12. São exemplos de propriedades para investimento:


(a) terrenos mantidos para valorização do capital a longo prazo e, não, para
venda no curso normal das operações. Por exemplo, terreno mantido por hospital
para valorização do capital, o qual pode ser vendido em momento oportuno;
(b) terrenos mantidos para uso futuro ainda não definido. Se a entidade não
tiver determinado que utilizará o terreno como propriedade ocupada pelo
proprietário, incluindo ocupação para fornecer serviços, tais como aqueles
proporcionados por parques nacionais para gerações atuais e futuras, ou para venda
no curso normal das operações, o terreno deve ser considerado como mantido para
valorização do capital;
(c) edifício de propriedade da entidade (ou mantido pela entidade em
arrendamento mercantil financeiro) e que seja arrendado sob um ou mais
arrendamentos mercantis operacionais com fins comerciais. Por exemplo, uma
universidade pública pode possuir um edifício que seja arrendado com fins
comerciais a terceiros;
(d) edifício que esteja desocupado, mas mantido para ser arrendado sob um ou
mais arrendamentos mercantis operacionais com fins comerciais a terceiros; e
(e) propriedade em construção ou desenvolvimento para uso futuro como
propriedade para investimento.
13. São exemplos de itens que não são propriedades para investimento,
estando, por isso, fora do alcance desta norma:
(a) propriedade mantida para venda no curso normal das operações ou em
processo de construção ou desenvolvimento para tal venda (ver NBC TSP 04 –
Estoques). Por exemplo, um governo municipal pode rotineiramente incrementar
suas receitas pela compra e venda de propriedades. Nesses casos, as propriedades
mantidas exclusivamente para alienação em futuro próximo ou para
desenvolvimento com finalidade de revenda devem ser classificadas como estoque.
A secretaria de habitação pode vender rotineiramente parte de suas habitações em
estoque no curso normal das suas operações. Nesses casos, qualquer habitação em
estoque mantida para venda deve ser classificada como estoque;
(b) propriedade em construção ou desenvolvimento por conta de terceiros. Por
exemplo, uma secretaria pode celebrar contratos de construção com entidades
externas ao Governo;
(c) propriedade ocupada pelo proprietário (ver NBC TSP 07), incluindo, entre
outras coisas, propriedade mantida para uso futuro como propriedade ocupada
pelo proprietário; propriedade mantida para desenvolvimento futuro e uso
subsequente como propriedade ocupada pelo proprietário; propriedade ocupada
por empregados (que paguem, ou não, aluguéis a taxas de mercado); e propriedade
ocupada pelo proprietário ao aguardo de alienação;
(d) (eliminada);
(e) propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento mercantil
financeiro;
(f) propriedade mantida para fornecer serviço social e que também gera
entradas de caixa. Por exemplo, uma secretaria de habitação pode manter amplos
estoques de habitações utilizados para fornecer moradia para famílias de baixa
renda por aluguéis com preço abaixo do mercado. Nessa situação, a propriedade é
mantida para fornecer serviços de habitação em vez de auferir receitas de aluguel ou
valorização do capital, e a renda de aluguel gerada é atinente aos propósitos pelos
quais a propriedade é mantida. Tais propriedades não são consideradas
propriedades para investimento e devem ser contabilizadas de acordo com a NBC
TSP 07; e
(g) propriedade mantida para propósitos estratégicos, que deve ser
contabilizada de acordo com a NBC TSP 07.

Portanto:
• Propriedade ocupada em suas atividades operacionais: R$ 400.000; Não é propriedade
para investimento
• Propriedade mantida para valorização do capital a longo prazo: R$ 300.000; É
propriedade para investimento
• Propriedade mantida para uso futuro ainda não definido: R$ 150.000; É propriedade
para investimento
• Propriedade em processo de construção com a finalidade de venda: R$ 200.000. Não é
propriedade para investimento
Portanto, o saldo do grupo Propriedade para Investimento é:
300.000 + 15.000 = 450.000
Gabarito: B
19. (FGV/2021/TCE-AM/Auditor de Controle Externo)
No final do exercício financeiro de 2019, o governo de um Estado da Federação, após
aprovação legislativa, extinguiu um órgão da sua estrutura administrativa. O pessoal
lotado no órgão foi remanejado para outras entidades, e o imóvel onde funcionava o
órgão extinto será alugado a uma entidade privada. A prática contábil adotada pelo
governo do ente para avaliação de propriedades para investimento é o modelo do custo.
O valor contábil líquido do imóvel ao final daquele exercício era R$ 480.000,00.
Para fins de evidenciação nas demonstrações contábeis do ente, o imóvel em questão
deverá ser:
a) mantido no Ativo Imobilizado, no grupo Bens Imóveis, após teste de redução ao valor
recuperável;
b) mantido no Ativo Imobilizado, no grupo Bens Imóveis, sem alteração em seu valor;
c) reclassificado para estoque, a valor justo na data da alteração de uso;
d) reclassificado para propriedade para investimento pelo seu valor justo;
e) reclassificado para propriedade para investimento, sem alteração em seu valor.
Comentários
Como o imóvel era utilizado para as atividades normais da entidade e então passou a ser
utilizado para auferir receitas de aluguel, ele deve ser reclassificado do imobilizado para
propriedades para investimento.
Em relação ao valor, as propriedades de investimento, em regra, também são classificadas pelo
custo, portanto, não haverá alteração, de forma que a alternativa correta é a letra E.
Gabarito: E

20. (FGV/2019/DPE RJ/Técnico Superior – Ciências Contábeis)


Há circunstâncias nas quais entidades do setor público podem manter ativos como
propriedades para investimento e tais ativos são tratados pela NBC TSP 06.
Considerando as características de tais ativos, analise os exemplos a seguir.
I. edifício de propriedade da entidade com contrato de arrendamento mercantil operacional
com fins comerciais;
II. imóvel arrendado a outra entidade sob arrendamento mercantil financeiro;
III. terrenos mantidos para valorização do capital a longo prazo, e não para venda no curso
normal das operações;
IV. terrenos mantidos para uso futuro ainda não definido.
São exemplos de propriedades para investimento somente:
a) I e II;
b) II e III;
c) III e IV;
d) I, II e III;
e) I, III e IV.
Comentários
I. edifício de propriedade da entidade com contrato de arrendamento mercantil operacional
com fins comerciais - é um exemplo de propriedade para investimento, definida
expressamente pela NBC TSP 06:
“edifício de propriedade da entidade (ou mantido pela entidade em arrendamento mercantil
financeiro) e que seja arrendado sob um ou mais arrendamentos mercantis operacionais com
fins comerciais. Por exemplo, uma universidade pública pode possuir um edifício que seja
arrendado com fins comerciais a terceiros;”
II. imóvel arrendado a outra entidade sob arrendamento mercantil financeiro – Não é um
exemplo de propriedade para investimento.
“13. São exemplos de itens que não são propriedades para investimento, estando, por isso, fora
do alcance desta norma:
(e) propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento mercantil financeiro;”
III. terrenos mantidos para valorização do capital a longo prazo, e não para venda no curso
normal das operações - é um exemplo de propriedade para investimento, definida
expressamente pela NBC TSP 06:
“terrenos mantidos para valorização do capital a longo prazo e, não, para venda no curso
normal das operações. Por exemplo, terreno mantido por hospital para valorização do capital,
o qual pode ser vendido em momento oportuno;”
IV. terrenos mantidos para uso futuro ainda não definido – é um exemplo de propriedade para
investimento, definida expressamente pela NBC TSP 06:
“terrenos mantidos para uso futuro ainda não definido. Se a entidade não tiver determinado
que utilizará o terreno como propriedade ocupada pelo proprietário, incluindo ocupação para
fornecer serviços, tais como aqueles proporcionados por parques nacionais para gerações
atuais e futuras, ou para venda no curso normal das operações, o terreno deve ser considerado
como mantido para valorização do capital;”
Gabarito: E
QUESTIONÁRIO DE REVISÃO E APERFEIÇOAMENTO
Perguntas
1) Os tributos são exemplos de receitas de transações com ou sem contraprestação?

2) Um ativo reconhecido por meio de uma transação sem contraprestação deve


inicialmente ser mensurado por qual valor?

3) Em qual momento os tributos devem ser reconhecidos como VPA?

4) O recebimento antecipado de um tributo gera uma VPA?

5) Os Estados são responsáveis pela arrecadação do ICMS, mas uma parte desse
Imposto é repartida com os Municípios. Nesse caso, os Estados devem reconhecer a
receita do ICMS pelo seu valor bruto ou pelo valor líquido das transferências?

6) Empréstimos e financiamentos caracterizam-se como transações com


contraprestação?

7) O que são provisões?

8) As provisões são reconhecidas no passivo?

9) Quais os três requisitos para que a provisão seja reconhecida?

10) Para que as provisões sejam reconhecidas elas devem ou não depender de ações
futuras da entidade?

11) Quando uma provisão reconhecida deixar de ter incertezas quanto ao prazo e o
valor, como a administração deverá proceder?
12) Caso se constate que o valor da obrigação é superior ao que estava provisionado,
como a administração deverá proceder?

13) Caso seja constatado que o valor da obrigação é inferior ao que estava
provisionado, com a administração deverá proceder?

14) Os passivos contingentes devem ser reconhecidos em contas patrimoniais?


Devem ser registrados e divulgados em algum lugar?

15) O que é um ativo contingente?

16) Suponha que a administração seja demandada em um processo tributário em que


seja provável a saída de recursos, mas que ainda não é possível realizar uma
estimativa confiável do valor. Nesse caso, deve-se reconhecer uma provisão,
evidenciar um passivo contingente ou não efetuar nenhum registro?

17) Suponha que seja aberto em um processo de natureza civil para reparação de
danos contra a administração, contudo, o setor jurídico considera muito frágeis os
fundamentos jurídicos da demanda, considerando remota a saída de recursos. Nesse
caso, deve-se reconhecer uma provisão, evidenciar um passivo contingente ou não
efetuar nenhum registro?

18) Os ativos contingentes devem ser reconhecidos em contas patrimoniais? Devem


ser registrados e divulgados em algum lugar?

19) O que é uma propriedade para investimento?

20) A propriedade arrendada a outra entidade sob arrendamento mercantil financeiro


é um exemplo de propriedade para investimento?
Perguntas com respostas
1) Os tributos são exemplos de receitas de transações com ou sem contraprestação?
Transação sem contraprestação.
2) Um ativo reconhecido por meio de uma transação sem contraprestação deve
inicialmente ser mensurado por qual valor?
Pelo valor justo na data de aquisição.
3) Em qual momento os tributos devem ser reconhecidos como VPA?
Na ocorrência do fato gerador.
4) O recebimento antecipado de um tributo gera uma VPA?
Não. No momento do recebimento antecipado origina-se um ativo e uma obrigação
presente. A VPA só é reconhecida no momento do fato gerador.
5) Os Estados são responsáveis pela arrecadação do ICMS, mas uma parte desse
Imposto é repartida com os Municípios. Nesse caso, os Estados devem reconhecer a
receita do ICMS pelo seu valor bruto ou pelo valor líquido das transferências?
Devem reconhecer pelo valor bruto. Os valores a serem transferidos aos municípios devem
ser reconhecidos no passivo, ocorrendo uma VPD quando da transferência.
6) Empréstimos e financiamentos caracterizam-se como transações com
contraprestação?
Não.
7) O que são provisões?
São obrigações presentes, derivadas de eventos passados, cujos pagamentos se esperam
que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos
ou potencial de serviços, e que possuem prazo ou valor incerto.
8) As provisões são reconhecidas no passivo?
Sim.
9) Quais os três requisitos para que a provisão seja reconhecida?
Seja uma obrigação presente derivada de eventos passados, seja provável uma saída de
recursos e haja uma estimativa confiável do valor da obrigação.
10) Para que as provisões sejam reconhecidas elas devem ou não depender de ações
futuras da entidade?
Para que sejam reconhecidas as provisões, elas devem existir independentemente das
ações futuras da entidade.
11) Quando uma provisão reconhecida deixar de ter incertezas quanto ao prazo e o
valor, como a administração deverá proceder?
A provisão deverá deixar de existir, sendo eliminada em contrapartida ao reconhecimento
de uma obrigação a pagar.
12) Caso se constate que o valor da obrigação é superior ao que estava provisionado,
como a administração deverá proceder?
Deverá reconhecer uma variação patrimonial diminutiva, complementando o valor do
passivo.
13) Caso seja constatado que o valor da obrigação é inferior ao que estava
provisionado, com a administração deverá proceder?
Deverá reconhecer uma variação patrimonial aumentativa, revertendo a parte da provisão
correspondente à redução.
14) Os passivos contingentes devem ser reconhecidos em contas patrimoniais?
Devem ser registrados e divulgados em algum lugar?
Não devem ser reconhecidos em contas patrimoniais, mas devem ser registrados em
contas de controle do PCASP e divulgados em notas explicativas. A divulgação é
dispensada nos casos em que a saída de recursos for considerada remota.
15) O que é um ativo contingente?
É um ativo possível, resultante de eventos passados e cuja existência será confirmada
apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos que não estão
totalmente sob o controle da entidade.
16) Suponha que a administração seja demandada em um processo tributário em que
seja provável a saída de recursos, mas que ainda não é possível realizar uma
estimativa confiável do valor. Nesse caso, deve-se reconhecer uma provisão,
evidenciar um passivo contingente ou não efetuar nenhum registro?
Como a saída é provável, mas não é possível realizar uma estimativa confiável, deve ser
evidenciado um passivo contingente em notas explicativas.
17) Suponha que seja aberto em um processo de natureza civil para reparação de
danos contra a administração, contudo, o setor jurídico considera muito frágeis os
fundamentos jurídicos da demanda, considerando remota a saída de recursos. Nesse
caso, deve-se reconhecer uma provisão, evidenciar um passivo contingente ou não
efetuar nenhum registro?
Como a saída de recursos é considerada remota, não há necessidade de efetuar nenhum
registro, nem reconhecendo a provisão, nem evidenciando as notas explicativas.
18) Os ativos contingentes devem ser reconhecidos em contas patrimoniais? Devem
ser registrados e divulgados em algum lugar?
Não. Quando uma entrada de recursos for considerada provável, eles deverão ser
registrados em contas de controle do PCASP e divulgados em notas explicativas.
19) O que é uma propriedade para investimento?
É uma propriedade mantida para auferir receitas de aluguel ou para valorização do capital,
ou para ambas.
20) A propriedade arrendada a outra entidade sob arrendamento mercantil financeiro
é um exemplo de propriedade para investimento?
Não.
LISTA DE QUESTÕES ESTRATÉGICAS

Receitas de transações

1. (FGV/2022/Sefaz ES/Consultor – Ciências Contábeis)


Um terreno foi adquirido por uma entidade do setor público por meio de uma transação
sem contraprestação, para possibilitar ao governo local construir novas estradas.
Assinale a opção que indica a mensuração do terreno, na data da aquisição.
a) Custo histórico.
b) Custo corrente.
c) Valor justo.
d) Valor presente.
e) Custo de reposição.

2. (FGV/2021/IMBEL/Analista Contábil)
As entidades do setor público podem auferir receitas de transações com ou sem
contraprestação. Assinale a opção que indica somente transações sem contraprestação.
a) Subsídios e multas aplicadas.
b) Venda de bens e perdão de dívidas.
c) Prestação de serviços e recebimento de tributos.
d) Perdão de dívidas e arrendamento de itens do ativo imobilizado, a valor de mercado.
e) Recebimento de doações e aluguel de itens do ativo imobilizado, a valor de mercado.

3. (FGV/2017/IBGE/Analista Censitário – Ciências Contábeis)


Ao contrário do que ocorre no setor privado, no setor público o reconhecimento de receitas
e despesas usualmente pode decorrer de transações sem contraprestação.
Considerando as disposições do MCASP para identificação e reconhecimento de transações
sem contraprestação, é correto afirmar que:
a) ativos obtidos por meio de uma transação sem contraprestação deverão ser inicialmente
mensurados pelo custo;
b) ativos obtidos por meio de uma transação sem contraprestação não estão sujeitos a
ajustes de perdas de créditos;
c) a obtenção de controle de recursos é um requisito necessário para registrar ativos obtidos
por meio de uma transação sem contraprestação;
d) impostos não satisfazem a definição de transação sem contraprestação, uma vez que o
ente público presta uma série de serviços públicos;
e) variações no valor justo de ativos obtidos por meio de uma transação sem contraprestação
são reconhecidas diretamente no patrimônio líquido.

4. (FGV/2017/ALERJ/Especialista Legislativo – Ciências Contábeis)


Uma transação sem contraprestação é aquela em que a entidade recebe ativos ou serviços
ou tem passivos extintos e entrega valor irrisório ou nenhum valor em troca (Portaria STN nº
700/2014).
Considerando a estrutura da Administração Pública brasileira e a perspectiva das transações
sem contraprestação, é correto afirmar que:
a) ativos oriundos de transação sem contraprestação devem ser reconhecidos quando a
entidade tiver controle dos recursos;
b) essas transações representam uma parte pouco significativa das VPA das entidades
públicas;
c) nas transações sem contraprestação, os impostos deverão ser conhecidos como VPA
quando arrecadados;
d) o ativo obtido em transação sem contraprestação deverá ser inicialmente mensurado pelo
custo;
e) recursos recebidos antecipadamente não serão reconhecidos como ativos em transações
sem contraprestação.

5. (FGV/2019/DPE RJ/Técnico Superior – Ciências Contábeis)


Uma entidade pública recebeu um montante de recursos decorrente de uma transação sem
contraprestação.
Quando satisfeitos os critérios para reconhecimento e na ausência de exceções, tais recursos
devem ser registrados como ativo em contrapartida a:
a) outro ativo;
b) uma despesa;
c) uma receita;
d) uma reserva;
e) um passivo.

Provisões, passivos e ativos contingentes

6. (FGV/2022/Sefaz ES/Consultor – Ciências Contábeis)


No ano de X0 uma entidade do setor público recebeu multas por danos ambientais, com
vencimento em X1, e assumiu os custos de reparação provenientes destes danos,
conforme imposto pela legislação a ela. As multas eram estimadas em R$ 50.000 e os
custos de reparação estimados em R$ 80.000.
Na tentativa de demonstrar liderança em sua comunidade, a entidade decidiu que a partir
de X1 iria instalar maquinário para reciclar todo o papel utilizado. O custo estimado para a
instalação era de R$ 40.000.
No ano de X0, a entidade reconheceu provisões no valor de
a) R$ 40.000.
b) R$ 50.000.
c) R$ 80.000.
d) R$ 120.000.
e) R$ 130.000.

7. (FGV/2022/Sefaz ES/Consultor – Ciências Contábeis)


Uma entidade do setor público fornece eletricidade para a população de um município.
De acordo com o contrato, a entidade é responsável por substituir e efetuar reparos nos
equipamentos da população quando estes forem danificados pela queda de energia.
Em um ano, se a entidade precisar efetuar reparos em equipamentos de toda a
população, o custo estimado é de R$ 600.000. Se a entidade precisar substituir os
equipamentos de toda a população, os custos estimados são de R$ 2.000.000.
A experiência passada e as expectativas futuras indicam que em X1, os equipamentos de
10% da população precisarão ser substituídos, os equipamentos de 30% da população
precisarão de reparos e os equipamentos de 60% da população não precisarão de
assistência.
Assinale a opção que indica o valor esperado para a provisão para o custo de reparos e
substituições da entidade, em X1.
a) Zero.
b) R$ 260.000.
c) R$ 380.000.
d) R$ 780.000.
e) R$ 2.600.000.

8. (FGV/2022/CGU/Auditor Federal de Finanças e Controle)


Um ente público estadual foi acionado judicialmente por uma empresa do setor de
transportes por danos causados a sua frota de veículos de carga, que fazia rota em uma
rodovia desse Estado. Essa rodovia se encontrava em condições precárias de
conservação, além de apresentar sinalização deficiente. De acordo com a empresa, no
último ano ocorreu significativa elevação dos gastos de manutenção da frota em
decorrência das más condições da rodovia, e houve perdas associadas a atrasos em suas
entregas. Na ação, os advogados da empresa pleitearam uma indenização no valor de R$
1,5 milhão pelas perdas em consequência dessas más condições. Após análise dos
documentos do processo, o departamento jurídico do ente avaliou que é possível uma
responsabilização do ente, com uma possível saída de recursos, mas ainda com
elementos insuficientes para uma estimativa confiável do valor.
A partir dessas informações, na emissão das demonstrações contábeis relativas ao
exercício em que este cenário foi analisado, o ente público deverá:
a) eximir-se de divulgação sobre o fato, até que o processo tenha uma decisão jurídica
final;
b) divulgar o fato em notas explicativas quando for possível fazer uma estimativa confiável
do valor provável do desembolso;
c) registrar em conta específica do patrimônio líquido uma reserva de contingência de R$
1,5 milhão, uma vez que o fato gerador da obrigação é contingente;
d) registrar em contas de controle previstas no Plano de Contas Aplicado ao Setor Público,
por se tratar de um passivo contingente;
e) registrar uma provisão de R$ 1,5 milhão diante da possibilidade de responsabilização
do ente.

9. (FGV/2021/TJ-RO/Analista Judiciário - Contador)


No tratamento e registro contábil das provisões, é importante considerar as incertezas
quanto ao prazo e ao valor da obrigação correspondente.
No caso de se verificar que o valor de uma obrigação é maior do que o valor
provisionado, deve-se:
a) complementar a diferença com saldos de provisão disponíveis associados a outros
propósitos;
b) complementar a diferença com um lançamento a débito em conta de despesa (VPD);
c) efetuar um lançamento de reversão de provisões em contrapartida ao valor correto da
obrigação;
d) registrar a diferença como item de outros resultados abrangentes;
e) registrar a diferença na conta Ajustes de Avaliação Patrimonial.

10. (FGV/2021/Câmara Municipal de Aracaju/Contador)


Uma entidade pública municipal foi acionada judicialmente por danos causados a um
grupo de contribuintes no processo de arrecadação de um tributo. Considerando o
histórico de processos semelhantes, a procuradoria jurídica da entidade avalia como
provável que a entidade perca a ação e tenha que indenizar o grupo de contribuintes. As
probabilidades de ocorrência dos desembolsos foram apresentadas pela procuradoria
jurídica conforme o quadro a seguir.
Cenário Custo estimado Probabilidade
I R$ 520.00,00 15%
II R$ 210.000,00 25%
III R$ 380.000,00 60%
Considerando essas informações e as disposições da NBC TSP 03 - Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes, a entidade deve registrar uma provisão no valor de:
a) R$ 119.500,00;
b) R$ 228.000,00;
c) R$ 358.500,00;
d) R$ 370.000,00;
e) R$ 520.000,00.

11. (FGV/2017/IBGE/Analista Censitário – Ciências Contábeis)


Uma entidade do setor público foi acionada judicialmente em decorrência de divergências
na cobrança de créditos tributários. Após análise das informações processuais e de casos
semelhantes, a assessoria jurídica da entidade avaliou como provável o pagamento de
restituição no valor de R$ 180.000,00, mas sem prazo para julgamento final do processo.
Considerando a situação apresentada e as disposições do MCASP para o tratamento de
passivos e provisões, a entidade:
a) deve divulgar a possibilidade da perda em notas explicativas;
b) deve realizar um depósito judicial de pelo menos 50% do valor estimado da perda;
c) deve reconhecer uma provisão no valor estimado pela assessoria jurídica;
d) não deve reconhecer provisão, em decorrência da incerteza quanto ao prazo de
julgamento do processo;
e) não deve fazer evidenciação da situação antes do julgamento final do caso.

12. (FGV/2015/TJ RO/Contador)


A Parte II – Procedimentos Contábeis Patrimoniais do Manual de Contabilidade Aplicada
ao Setor Público – MCASP trata da definição e requisitos de mensuração e
reconhecimento de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes.
Um dos elementos que caracteriza uma provisão é:
a) obrigação decorrente de apropriações por competência;
b) obrigação possível resultante de eventos passados;
c) obrigação presente, com provável saída de recursos;
d) obrigação que será confirmada pela ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos;
e) inexistência de incerteza sobre o prazo da obrigação.

13. (FGV/2019/DPE RJ/Técnico Superior – Ciências Contábeis)


Uma entidade pública foi acionada judicialmente por uma empresa em decorrência da
interrupção de um contrato de prestação de serviços. A assessoria jurídica da entidade
considera que a perda é muito provável e apresentou os seguintes cenários quanto à
probabilidade do valor do desembolso:

Cenário Desembolso estimado Probabilidade

I R$ 145.000,00 20%

II R$ 85.000,00 30%

III R$ 100.000,00 50%

Nesse caso, a entidade deve reconhecer uma provisão no valor de:


a) R$ 85.000,00;
b) R$ 104.500,00;
c) R$ 110.000,00;
d) R$ 145.000,00;
e) R$ 330.000,00.

14. (FGV/2017/ALERJ/Especialista – Ciências Contábeis)


Uma entidade pública foi acionada judicialmente em decorrência de constrangimento
que um usuário alega ter sofrido por parte de um servidor da entidade. Em decorrência
dos autos processuais e do julgamento de casos semelhantes, o setor jurídico considera
provável que a entidade seja condenada na ação, mas ainda não tem elementos
suficientes para fazer estimativas confiáveis do valor a ser desembolsado.
De acordo com as disposições do International Public Sector Accounting Standards
(IPSAS) 19 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes e do MCASP, o
tratamento a ser dado a esse fato é:
a) reconhecer como provisão, por ser provável a saída de recursos;
b) reconhecer como passivo contingente, por ser obrigação presente;
c) registrar um passivo contingente em contas de controle;
d) reconhecer como obrigações contingentes, em decorrência da incerteza;
e) não registrar o fato, por não haver informações precisas sobre o desdobramento do
processo.

15. (FGV/2016/IBGE/Analista – Ciências Contábeis)


O contador de uma entidade está analisando um processo em que a entidade foi
acionada judicialmente como ré e a assessoria jurídica avalia como provável a
probabilidade de perda da ação, mas ainda não é possível fazer uma estimativa confiável
do valor da obrigação. Essa situação caracteriza a existência de um(a):
a) provisão;
b) ativo contingente;
c) passivo contingente;
d) obrigação legal diferida;
e) passivo derivado de apropriação por competência.
16. (FGV/2016/IBGE/Analista - Auditoria)
Com relação a Passivos Contingentes, é correto afirmar que:
a) não devem ser reconhecidos em contas orçamentárias, mas tão somente registrados
em contas de controle no PCASP;
b) devem ser periodicamente avaliados para determinar se uma saída de recursos que
incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços se tornou provável;
c) surgem de eventos não planejados ou não esperados que não estejam totalmente sob
o controle da entidade e que acarretam a possibilidade de um ingresso de recursos sob a
forma de benefícios econômicos ou potencial prestação de serviços à entidade;
d) devem ser reavaliadas na data de apresentação das demonstrações contábeis e
ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente;
e) envolvem incerteza sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro necessário para a
sua extinção.

17. (FGV/2015/TCM SP/Agente de Fiscalização – Ciências Contábeis)


De acordo com a International Public Sector Accounting Standards (IPSAS) 19, que trata
de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes, publicada pelo International
Public Sector Accounting Standards Board, uma provisão é um passivo de prazo ou valor
incerto. A partir dessa definição, o único item a seguir que NÃO atende a esse conceito
está relacionado ao pagamento de:
a) autuações fiscais;
b) férias e décimo terceiro salário;
c) indenizações a fornecedores e clientes;
d) reclamações trabalhistas;
e) valores incertos relacionados aos créditos tributários reconhecidos no lançamento pelo
agente arrecadador.

Propriedades para investimento

18. (FGV/2022/CGU/Auditor Federal de Finanças e Controle)


Uma agência governamental possuía os seguintes imóveis, com seus respectivos valores
contábeis:
• Propriedade ocupada em suas atividades operacionais: R$ 400.000;
• Propriedade mantida para valorização do capital a longo prazo: R$ 300.000;
• Propriedade mantida para uso futuro ainda não definido: R$ 150.000;
• Propriedade em processo de construção com a finalidade de venda: R$ 200.000.
Com base nos dados acima, o saldo do grupo Propriedade para Investimento da agência
governamental era de:
a) R$ 300.000;
b) R$ 450.000;
c) R$ 500.000;
d) R$ 650.000;
e) R$ 900.000.

19. (FGV/2021/TCE-AM/Auditor de Controle Externo)


No final do exercício financeiro de 2019, o governo de um Estado da Federação, após
aprovação legislativa, extinguiu um órgão da sua estrutura administrativa. O pessoal
lotado no órgão foi remanejado para outras entidades, e o imóvel onde funcionava o
órgão extinto será alugado a uma entidade privada. A prática contábil adotada pelo
governo do ente para avaliação de propriedades para investimento é o modelo do custo.
O valor contábil líquido do imóvel ao final daquele exercício era R$ 480.000,00.
Para fins de evidenciação nas demonstrações contábeis do ente, o imóvel em questão
deverá ser:
a) mantido no Ativo Imobilizado, no grupo Bens Imóveis, após teste de redução ao valor
recuperável;
b) mantido no Ativo Imobilizado, no grupo Bens Imóveis, sem alteração em seu valor;
c) reclassificado para estoque, a valor justo na data da alteração de uso;
d) reclassificado para propriedade para investimento pelo seu valor justo;
e) reclassificado para propriedade para investimento, sem alteração em seu valor.
20. (FGV/2019/DPE RJ/Técnico Superior – Ciências Contábeis)
Há circunstâncias nas quais entidades do setor público podem manter ativos como
propriedades para investimento e tais ativos são tratados pela NBC TSP 06.
Considerando as características de tais ativos, analise os exemplos a seguir.
I. edifício de propriedade da entidade com contrato de arrendamento mercantil operacional
com fins comerciais;
II. imóvel arrendado a outra entidade sob arrendamento mercantil financeiro;
III. terrenos mantidos para valorização do capital a longo prazo, e não para venda no curso
normal das operações;
IV. terrenos mantidos para uso futuro ainda não definido.
São exemplos de propriedades para investimento somente:
a) I e II;
b) II e III;
c) III e IV;
d) I, II e III;
e) I, III e IV.
GABARITO

11. C
1. C
12. C
2. A
13. B
3. C
14. C
4. A
15. C
5. C
16. B
6. E
17. B
7. C
18. B
8. D
19. E
9. B
20. E
10. C
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lei 4.320/64.
NBC TSP Estrutura Conceitual.
Possati, G. Contabilidade Pública. Estratégia Concursos.
STN. (2021). Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 9ª edição.

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