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2) Despesa Pública III - Roteiro de Revisão 5
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5) Despesa Pública III - Questionário de Revisão 25
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7) Despesa Pública III - Gabarito FGV 36
Tópico % de cobrança
Tópico % de cobrança
Classificação 51,28
Estágios 30,77
Restos a Pagar
Restos a Pagar são todas as despesas regularmente empenhadas, do exercício atual ou
anterior, mas não pagas até 31 de dezembro do exercício financeiro vigente.
Distingue-se em dois tipos:
• Restos a pagar processados - Despesas já liquidadas.
• Restos a não processados - despesas a liquidar ou em liquidação.
Portanto:
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos
dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não
possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem
pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa
para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão
considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do
exercício.
Quando o empenho da despesa inscrita em restos a pagar tiver sido por estimativa, temos as
seguintes hipóteses:
• Valor da despesa > Valor inscrito em RP: empenha-se a diferença na conta de despesas
de exercícios anteriores.
• Valor da despesa < Valor inscrito em RP: cancela a sobra de saldo inscrita como RP.
Como vimos em aula anterior, a Lei nº 4.320/1964 admite a possibilidade de que seja realizado
o empenho global de despesas sujeitas a parcelamento. Nesse caso, devemos ter atenção ao
seguinte:
• Os empenhos globais devem contemplar as parcelas previstas dentro do exercício
financeiro ao qual pertence a referida dotação orçamentária.
• Em atenção ao Princípio da Anualidade Orçamentária, recomenda-se que não seja
utilizada dotação orçamentária de um exercício financeiro para cumprir obrigações em
exercícios financeiros futuros.
• Ou seja, quando é uma despesa que perdura vários exercícios, deve-se realizar o
empenho do valor global para cada exercício, e não empenhar o valor global para todos
os anos e ir pagando restos a pagar nos exercícios seguintes.
Importante destacar que o pagamento dos restos a pagar é uma despesa extraorçamentária,
tendo em vista que já foi uma despesa orçamentária no ano em que foi empenhada. Os restos
a pagar inscritos no exercício, por sua vez, são considerados ingressos extraorçamentários, a
fim de compensar a sua inclusão como despesa orçamentária.
Para ficar mais claro, vamos supor uma despesa de R$ 100 em 2020 na qual R$ 30 foram
inscritos como restos a pagar e pagos em 2021.
Em 2020:
Em 2021:
Cabe reforçar que, como os Restos a Pagar Não Processados não foram liquidados, eles
deverão passar pelo estágio de liquidação para que sejam pagos.
Os Restos a Pagar Não Processados que permanecerem sem liquidação serão bloqueados em
30 de junho do segundo ano subsequente ao de sua inscrição, salvo algumas exceções, como
as relativas a despesas do Ministério da Saúde.
• Caso tenha havido o bloqueio, mas a execução tenha iniciado antes de 30/06, é possível
realizar o desbloqueio.
• Os saldos que permanecerem bloqueados serão cancelados até o final do exercício.
• Se o saldo desbloqueado continuar sem liquidação até 31/12 do exercício seguinte ao
do bloqueio, ele será cancelado.
O primeiro ponto a destacar é que o orçamento deve conter uma dotação específica para as
despesas de exercícios anteriores.
Além disso, é essencial conhecer os casos que acarretam as despesas de exercícios anteriores,
os quais reforçamos a seguir:
• Despesas que não se tenham processado na época própria, como aquelas cujo
empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício
correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua
obrigação.
• Restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a
pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor.
• Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de
pagamento criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante
após o encerramento do exercício correspondente.
Observe que, de forma diversa dos Restos a Pagar, as Despesas de Exercícios Anteriores são
empenhadas no exercício corrente.
O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores deve
ocorrer em procedimento administrativo específico, sendo necessário, no mínimo, os seguintes
elementos:
a. Identificação do credor/favorecido;
b. Descrição do bem, material ou serviço adquirido/contratado;
c. Data de vencimento do compromisso;
d. Importância exata a pagar;
e. Documentos fiscais comprobatórios;
f. Certificação do cumprimento da obrigação pelo credor/favorecido;
g. Motivação pelo qual a despesa não foi empenhada ou paga na época própria.
As restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida dos valores
adiantados a título de suprimento de fundos:
• Quando ocorrerem no mesmo exercício, constituem anulação de despesa.
• Quando ocorrerem após o encerramento do exercício, constituem receita
orçamentária.
No âmbito federal, a concessão de suprimento de fundos deverá ocorrer por meio de Cartão
de Pagamento do Governo Federal (CPGF), podendo se utilizar contas de suprimento de
fundos apenas em caráter excepcional.
Em regra, é vedada a utilização do CPGF na modalidade saque, salvo algumas exceções
específicas estabelecidas pelos Ministros de Estado e dirigentes máximos das autarquias.
Em regra, é vedada também a abertura de conta bancária destinada à movimentação de
suprimento de fundos, salvo para os órgãos dos Poderes Judiciário e Legislativo, do Ministério
Público da União e dos Comandos Militares.
APOSTA ESTRATÉGICA
Dentre os temas trabalhados nesta aula, entendo que os restos a pagar são os que têm a maior
possibilidade de cobrança.
É essencial saber a diferença entre os restos a pagar processados e os não processados.
Distingue-se em dois tipos:
• Restos a pagar processados - Despesas já liquidadas.
• Restos a não processados - Despesas ainda não liquidadas.
Se a banca quiser complicar um pouco, ela pode cobrar a diferença entre os restos a pagar não
processados em liquidação a liquidar, o que também não é muito difícil de entender:
Sabe-se que 10% da dotação atualizada para despesa de capital foi contingenciada no
início do segundo semestre. Ao final do exercício financeiro, apurou-se que 90% das
despesas correntes e a dotação disponível de despesas de capital foram empenhadas;
além disso, 90% dos empenhos foram liquidados e 15% desses ficou pendente de
pagamento.
Considerando as informações fornecidas, o valor total, em milhares de reais, das despesas
a serem inscritas em restos a pagar não processados corresponde a:
a) 1.390,00;
b) 1.467,00;
c) 1.512,00;
d) 1.980,45;
e) 3.447,45.
Comentários
Vamos trabalhar com os valores em milhares de reais. A dotação inicial era de R$ 15.000 e os
créditos adicionais de R$ 1.300, portanto, a dotação atualizada era de R$ 16.300.
O enunciado nos informa que:
- 10% da dotação atualizada de capital foi contingenciada, portanto, a dotação disponível passa
de R$ 4.500 para R$ 4.050 (0,9 x 4.500 = 4.050).
- 90% das despesas correntes foram empenhadas -> 0,9 x 11.800 = 10.620
- Dotação disponível de capital foi empenhada -> 4.050
Total empenhado = 10.620 + 4.050 = 14.670.
- 90% dos empenhos foram liquidados -> 0,9 x 14.670 = 13.203
Total Empenhado = 14.670
Total Liquidado = 13.203
Restos a Pagar Não Processados = Despesas Empenhadas – Despesas Liquidadas
RPNP = 14.670 – 13.203
RPNP = 1.467
Gabarito: B
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois
quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser
cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no
exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois
quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser
cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no
exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados
os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.
9. (FGV/2018/Sefin RO/Contador)
Em dezembro de 2016, uma entidade pública incorreu em despesas gerais no valor de R$
20.000. No entanto, por um erro de digitação, as despesas não foram empenhadas.
Assinale a opção que indica a conta em que a despesa deve ser evidenciada em 2017.
a) Restos a pagar.
b) Despesas de exercícios anteriores.
c) Despesas gerais.
d) Ajustes patrimoniais.
e) Provisão para despesa incorrida.
Comentários
Vejamos a definição das despesas de exercícios anteriores trazida pela Lei nº 4.320/64:
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento
respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las,
que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar
com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o
encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de
dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos,
obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
O enunciado traz um típico caso em que havia crédito orçamentário, saldo suficiente, mas a
despesa não foi processada na época própria. Dessa forma, a despesa deve ser reconhecida
como despesas de exercícios anteriores, conforme afirmativa B.
Gabarito: B
Suprimento de Fundos
4) Como é possível calcular o valor dos restos a pagar não processados inscritos no
exercício?
5) Caso o empenho de uma despesa que tenha sido inscrita em restos a pagar tenha
sido feito por estimativa, como deverá se proceder caso o valor real da despesa seja
superior ao inscrito?
8) Suponha que o material referente a uma compra tenha sido entregue no exercício
em que ocorreu o empenho, contudo, em 31/12 a despesa encontrava-se em fase de
verificação do direito adquirido pelo credor. Nesse caso, como serão classificados
esses restos a pagar não processados?
9) Suponha que no final do exercício houve o empenho relacionado à compra de um
bem, contudo, este foi entregue em fevereiro do ano seguinte. Nesse caso, como serão
classificados os restos a pagar não processados?
11) Quais os três casos que a legislação prevê que acarretam o reconhecimento de
despesas de exercícios anteriores?
12) O orçamento deve conter uma dotação específica para despesas de exercícios
anteriores?
18) Em que caso se permite a concessão de suprimento para um servidor que tenha a
seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir?
4. (FGV/2021/IMBEL/Analista de Orçamento)
Assinale a opção que indica a existência de restos a pagar processados nas
demonstrações de uma entidade pública.
a) A despesa foi empenhada e cancelada.
b) A despesa foi liquidada, mas não paga.
c) A despesa foi paga, mas não realizada.
d) A despesa foi orçada, mas não empenhada.
e) A despesa foi empenhada, mas não liquidada.
Sabe-se que 10% da dotação atualizada para despesa de capital foi contingenciada no
início do segundo semestre. Ao final do exercício financeiro, apurou-se que 90% das
despesas correntes e a dotação disponível de despesas de capital foram empenhadas;
além disso, 90% dos empenhos foram liquidados e 15% desses ficou pendente de
pagamento.
Considerando as informações fornecidas, o valor total, em milhares de reais, das despesas
a serem inscritas em restos a pagar não processados corresponde a:
a) 1.390,00;
b) 1.467,00;
c) 1.512,00;
d) 1.980,45;
e) 3.447,45.
9. (FGV/2018/Sefin RO/Contador)
Em dezembro de 2016, uma entidade pública incorreu em despesas gerais no valor de R$
20.000. No entanto, por um erro de digitação, as despesas não foram empenhadas.
Assinale a opção que indica a conta em que a despesa deve ser evidenciada em 2017.
a) Restos a pagar.
b) Despesas de exercícios anteriores.
c) Despesas gerais.
d) Ajustes patrimoniais.
e) Provisão para despesa incorrida.
Suprimento de Fundos
7. C
1. E
8. C
2. B
9. B
3. E
10. A
4. B
11. C
5. B
12. D
6. C
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Possati, G. Contabilidade Pública. Estratégia Concursos.
Mendes, S. Administração Financeira e Orçamentária. Estratégia concursos.
STN (2021). Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 9ª edição.
STN (2021). Manual Técnico do Orçamento 2022
Giacomoni, J. (2017). Orçamento Público