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Índice

1) Despesa Pública II - Análise Estatística FGV CASP v2


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2) Despesa Pública II - Roteiro de Revisão 5

3) Despesa Pública II - Aposta Estratégica 22


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4) Despesa Pública II - Questões Estratégicas FGV 23


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5) Despesa Pública II - Questionário de Revisão 36

6) Despesa Pública II - Lista de Questões FGV 41


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7) Despesa Pública II - Gabarito FGV 48

8) Despesa Pública II - Referências Bibliográficas 49


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DESPESA PÚBLICA (CLASSIFICAÇÕES E
ESTÁGIOS)
ANÁLISE ESTATÍSTICA

Tópico % de cobrança

Despesa Pública 25,16

MCASP: Procedimentos Contábeis Patrimoniais 24,62

Receita Pública. 16,01


Contabilidade Pública: - Noções Gerais: conceito, objeto, campo de
aplicação e abrangência 8,31

Introdução DCASP e Balanço Orçamentário 5,53

Balanço Patrimonial 4,30

Plano de Contas Aplicado ao Setor Público 4,00

DFC e DMPL 3,39

Sistemas de Custos 3,07

Balanço Financeiro 2,46

Demonstração das Variações Patrimoniais 1,84

SIAFI e Conta Única 0,61

Sistema de Contabilidade Federal 0,61


O que é mais cobrado dentro do assunto?

Tópico % de cobrança

Classificação 51,28

Estágios 30,77

Restos a Pagar 12,82

Suprimento de Fundos 3,85

Despesas de Exercícios Anteriores 1,28


ROTEIRO DE REVISÃO E PONTOS DO ASSUNTO QUE
MERECEM DESTAQUE

Classificações da Despesa
Na aula anterior estudamos a Classificação por Natureza da Despesa que. Nesta aula,
trabalharemos as demais classificações

Classificação por Esfera Orçamentária


Na Lei Orçamentária Anual (LOA), a esfera tem a finalidade de identificar se a despesa pertence
ao Orçamento Fiscal, da Seguridade Social ou de Investimento das Empresas Estatais, sendo o
classificador de esfera é identificado com as letras “F”, “S” ou “I”. Além disso, o campo
destinado à esfera orçamentária é composto de dois dígitos e será associado à ação
orçamentária:
• Orçamento Fiscal - F (código 10): Referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos
e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público.
• Orçamento da Seguridade Social - S (código 20): Abrange todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Fazem parte dele as dotações para
saúde, previdência social e assistência social.
• Orçamento de Investimento das Empresas Estatais - I (código 30): orçamento das
empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto.

Classificação Institucional
Reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis
hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária.
• Unidade orçamentária - agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou
repartição a que serão consignadas dotações próprias.
• Órgão orçamentário - agrupamento de unidades orçamentárias.
As dotações são consignadas às unidades orçamentárias, responsáveis pela realização das
ações.
No Governo Federal, o código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos:

1º 2º 3º 4º 5º

Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária

Por exemplo:

Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária

Universidade Federal de
26242
Pernambuco
26000 Ministério da Educação
Instituto Federal de Educação,
26403 Ciência e Tecnologia do
Amazonas

Departamento de Polícia
30107
Ministério da Justiça e Segurança Rodoviária Federal
30000
Pública
30109 Defensoria Pública da União

Agência Nacional de Transportes


39250
Terrestres (ANTT)
39000 Ministério da Infraestrutura
Departamento Nacional de
39252 Infraestrutura de Transportes
(DNIT)

Um órgão orçamentário ou uma unidade orçamentária não correspondem necessariamente a


uma estrutura administrativa, tendo em vista que existem unidades orçamentárias como
“Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios”, “Encargos Financeiros da União”,
“Operações Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e
“Reserva de Contingência”, além de alguns fundos especiais.
Classificação Funcional
Segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções, buscando indicar “em que área”
de ação governamental a despesa será realizada.
A atual classificação funcional é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que
servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas
de Governo.
É uma classificação independente dos programas, tendo aplicação comum e obrigatória no
âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o que permite a
consolidação nacional dos gastos do setor público.
É representada por cinco dígitos:

1º 2º 3º 4º 5º

Função Subfunção

Função
• Maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público.
• Quase sempre se relaciona com a missão institucional do órgão.
o Por exemplo: Cultura, educação, saúde, defesa, entre outros.
o Na União, de modo geral, guarda relação com os respectivos Ministérios.
• A função “Encargos Especiais” engloba as despesas orçamentárias em relação às quais
não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente,
tais como dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins.
o Representa uma agregação neutra.
o A utilização dessa função requer o uso das suas subfunções típicas.
o Na União, as ações são associadas aos programas do tipo "Operações Especiais"
que constam apenas do orçamento, não integrando o PPA.
• A dotação global para “Reserva de Contingência”, a ser utilizada como fonte de recursos
para abertura de créditos adicionais, bem como a Reserva do Regime Próprio de
Previdência do Servidor (RPPS), quando houver, serão identificadas nos orçamentos de
todas as esferas de Governo pelos códigos “99.999.9999.xxxx.xxxx” e
“99.997.9999.xxxx.xxxx”, respectivamente, no que se refere às classificações por função e
subfunção e estrutura programática, onde o “x” representa a codificação da ação e o
respectivo detalhamento.
o Quanto à natureza da despesa, essas reservas são identificadas pelo código
“9.9.99.99.99”.

Subfunção
• Representa um nível de agregação imediatamente inferior à função.
• Deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de
determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que
se aglutinam em torno das funções.
• As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais
estão relacionadas.
o Essa combinação é denominada matricialidade.
• Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão.
• Em regra, a programação de um órgão é classificada em uma única função, ao passo que
a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada ação governamental.
o Exceto a função 28 – Encargos Especiais e suas subfunções típicas, as quais só
podem ser utilizadas conjugadas. Ou seja, a função Encargos Especiais é a única
que não permite a matricialidade.

A classificação das funções e subfunções está na Portaria 42/1999 do Ministério do Orçamento


e Gestão. Seguem a seguir alguns exemplos (não precisa decorar, basta entender a lógica da
estrutura):

Funções Subfunções

031 – Ação Legislativa


01 – Legislativa
032 – Controle Externo

121 – Planejamento e Orçamento

122 – Administração Geral

04 - Administração 123 – Administração Financeira

124 – Controle Interno

125 – Normatização e Fiscalização


126 – Tecnologia da Informação

127 – Ordenamento Territorial

128 – Formação de Recursos Humanos

129 – Administração de Receitas

130 – Administração de Concessões

131 – Comunicação Social

181 – Policiamento

06 – Segurança Pública 182 – Defesa Civil

183 – Informação e Inteligência

301 – Atenção Básica

302 – Assistência Hospitalar e Ambulatorial

303 – Suporte Profilático e Terapêutico


10 - Saúde
304 – Vigilância Sanitária

305 – Vigilância Epidemiológica

306 – Alimentação e Nutrição

361 – Ensino Fundamental

362 – Ensino Médio

363 – Ensino Profissional

364 – Ensino superior


12 - Educação
365 – Educação Infantil

366 – Educação de Jovens e Adultos

367 – Educação Especial

368 – Educação Básica


841 – Refinanciamento da Dívida Interna

842 – Refinanciamento da Dívida Externa

843 – Serviço da Dívida Interna

28 – Encargos Especiais 844 – Serviço da Dívida Externa

845 – Outras Transferências

846 – Outros Encargos Especiais

847 – Transferências para a Educação Básica

Estrutura Programática
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual (PPA) para o período de quatro anos.
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem estabelecer suas próprias
estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações
nela contidos.

Programa
• Instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de
ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido,
visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou
demanda da sociedade.
• O orçamento Federal está organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas
as ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os
respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da
ação.
• A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado
por sua unidade de medida, dará origem à meta.
• As informações mais detalhadas sobre os programas da União constam no Plano
Plurianual.
Atividades

Ação Projetos

Operações
Especiais
Programa
Atividades

Ação Projetos

Operações
Especiais

Ação
• São operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para
atender ao objetivo de um programa.
• Também fazem parte do conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a
outros entes da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios,
subvenções, auxílios, contribuições e financiamentos, dentre outros.
• As ações podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais:
o Atividade - Conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e
permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção
da ação de Governo.
▪ É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um
programa.
o Projeto - Conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um
produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de
Governo.
▪ É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um
programa.
o Operação Especial – Despesas das quais não resulta um produto, e não gera
contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.
▪ Não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das
ações de governo.
Subtítulo / Localizador de Gasto
As Leis de Diretrizes Orçamentárias têm determinado a identificação da localização do gasto, o
que se faz por intermédio do Subtítulo, o qual permite maior controle governamental e social
sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os
custos e os impactos da ação governamental.
No caso da União, os subtítulos detalham as atividades, projetos e operações especiais, sendo
utilizados especialmente para especificar a localização física da ação.
O critério para priorização da localização física da ação em território é o da localização dos
beneficiados pela ação.
• A localização do gasto pode ser de abrangência nacional, no exterior, por Região, por
estado ou município ou, excepcionalmente, por um critério específico, quando
necessário.
• A LDO da União veda que na especificação do subtítulo haja referência a mais de uma
localidade, área geográfica ou beneficiário, se determinados.
Na União, representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por esfera
orçamentária (fiscal, seguridade e investimento), grupo de natureza de despesa, modalidade
de aplicação, identificador de resultado primário, identificador de uso e fonte de recursos,
sendo o produto e a unidade de medida os mesmos da ação orçamentária.

Componentes da Programação Física


Meta física é a quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o
caso, num determinado período e instituída para cada ano.
• São indicadas em nível de subtítulo e agregadas segundo os respectivos projetos,
atividades ou operações especiais.
• A territorialização das metas físicas é expressa nos localizadores de gasto previamente
definidos para a ação.
Na União, a codificação segue a seguinte estrutura:

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º

Ação Subtítulo

1º Dígito Tipo de Ação

1, 3, 5 ou 7 Projeto

2, 4, 6 ou 8 Atividade

0 Operação Especial

Plano Orçamentário (PO)


Trata-se da identificação orçamentária parcial ou total de uma ação, de caráter gerencial (não
consta na LOA), vinculada à ação orçamentária, que tem por finalidade permitir que tanto a
elaboração do orçamento quanto o acompanhamento físico e financeiro da execução ocorram
num nível mais detalhado do que o do subtítulo (localizador de gasto) da ação.
Nem sempre há necessidade de utilização dos POs.
As ações padronizadas da União, de pagamento de pessoal e benefícios ao servidor, contêm
um conjunto de POs padronizados.

Classificação por Fonte ou Destinação de Recursos


Trata-se de uma classificação tanto da receita como da despesa e tem como objetivo agrupar
receitas que possuam as mesmas normas de aplicação na despesa. Como mecanismo
integrador entre a receita e a despesa, o seu código exerce um duplo papel no processo
orçamentário:
• Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade de indicar a destinação de
recursos para a realização de determinadas despesas orçamentárias.
• Para a despesa orçamentária, identifica a origem dos recursos que estão sendo
utilizados.
Denomina-se FR a cada agrupamento de receitas que possui as mesmas normas de aplicação.
• A fonte, nesse contexto, é instrumento de gestão da receita e da despesa ao mesmo
tempo, pois tem como objetivo assegurar que determinadas receitas sejam direcionadas
para financiar despesas governamentais em conformidade com as leis que regem o
tema.

Este mecanismo contribui para o atendimento do parágrafo único do art. 8º e o art. 50, inciso I,
da Lei de Responsabilidade Fiscal:

Art. 8º […] Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade


específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua
vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a
escrituração das contas públicas observará as seguintes:
I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os
recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados
e escriturados de forma individualizada.

A destinação pode ser classificada em:


• Destinação Vinculada: há vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em
atendimento às finalidades específicas estabelecidas em lei, ou, se for o caso, por normas
infralegais.
• Destinação Livre: alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender
a quaisquer finalidades, desde que dentro do âmbito das competências de atuação do
órgão ou entidade.

A estrutura de codificação da fonte de recursos é de utilização obrigatória para os entes da


Federação, sendo definida com 3 dígitos. O 1º dígito indica o grupo de fontes de recursos,
como, por exemplo, 1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente, e o 2º e 3º a especificação
das fontes de recursos.

Os entes, de forma geral, podem estabelecer detalhamentos adicionais aos códigos


padronizados.
Estágios da Despesa
A despesa pública é dividida nos seguintes estágios:

F E L P

Fixação Empenho Liquidação Pagamento

Planejamento Execução

Planejamento
Abrange toda a análise para a formulação do plano e ações governamentais que servirão de
base para a fixação da despesa orçamentária, a descentralização/movimentação de créditos, a
programação orçamentária e financeira, e o processo de licitação e contratação.

Fixação da Despesa
• Refere-se aos limites de gastos, incluídos nas leis orçamentárias com base nas receitas
previstas, a serem efetuados pelas entidades públicas.
• Insere-se no processo de planejamento e compreende a adoção de medidas em direção
a uma situação idealizada, tendo em vista os recursos disponíveis e observando as
diretrizes e prioridades traçadas pelo governo.
• O processo da fixação da despesa orçamentária é concluído com a autorização dada
pelo Poder Legislativo por meio da lei orçamentária anual, ressalvadas as eventuais
aberturas de créditos adicionais no decorrer da vigência do orçamento.
Descentralizações de Créditos Orçamentários
Ocorrem quando for efetuada movimentação de parte do orçamento, mantidas as
classificações institucional, funcional, programática e econômica, para que outras unidades
administrativas possam executar a despesa orçamentária.
As descentralizações de créditos orçamentários não se confundem com transferências e
transposição, pois:
• Não modificam a programação ou o valor de suas dotações orçamentárias (créditos
adicionais); e
• Não alteram a unidade orçamentária (classificação institucional) detentora do crédito
orçamentário aprovado na lei orçamentária ou em créditos adicionais.

Formas de descentralização de créditos:


• Provisão - quando envolver unidades gestoras de um mesmo órgão, sendo uma
descentralização interna.
• Destaque - quando ocorrer entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de estrutura
diferente, sendo uma descentralização externa.

Na descentralização, as dotações serão empregadas obrigatória e integralmente na


consecução do objetivo previsto pelo programa de trabalho pertinente, mantidas a
classificação funcional e a estrutura programática. A única diferença é que a execução da
despesa orçamentária será realizada por outro órgão ou entidade.

A execução de despesas mediante descentralização a outro ente da Federação é processada


conforme os mesmos procedimentos adotados para as transferências voluntárias.
• Realiza-se empenho, liquidação e pagamento na unidade descentralizadora do crédito
orçamentário e inclusão na receita e na despesa do ente recebedor dos recursos
descentralizados.

Quanto à classificação programática, contudo, há uma diferença entre as transferências


voluntárias e as descentralizações externas:
• Transferências voluntárias devem ser classificadas como operações especiais.
• Descentralizações de créditos orçamentários devem ocorrer em projetos ou atividades.
Programação Orçamentária e Financeira
Consiste na compatibilização do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando
ao ajuste da despesa fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação.
Se houver frustração da receita estimada no orçamento, deverá ser estabelecida limitação de
empenho e movimentação financeira, com objetivo de atingir os resultados previstos na LDO e
impedir a assunção de compromissos sem respaldo financeiro.
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal:

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que
dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do
inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira
e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita
poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou
nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério
Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta
dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira,
segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

Execução
Compreende três estágios: empenho, liquidação e pagamento.

Empenho
O conceito de empenho está na Lei nº 4.320/64:

Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente


que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição.

Como já vimos ao longo do curso, é no momento do empenho que se reconhece a Despesa


Orçamentária.
O empenho basicamente consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico.
É vedada a realização de despesas sem prévio empenho.
• Em casos especiais, é dispensada a emissão da Nota de Empenho, como é o caso de
sentenças judiciais, pessoal e encargos sociais, juros e encargos da dívida, dentre outros.
• Em caso de urgência, o Decreto nº 93.872/86 admite que o ato de empenho seja
contemporâneo à realização da despesa.
O empenho não pode exceder o saldo disponível da dotação orçamentária.
É formalizado mediante a emissão de um documento denominado Nota de Empenho, do qual
deve constar:
• nome do credor;
• especificação do credor;
• importância da despesa;
• demais dados necessários ao controle da execução orçamentária.

Ainda que o nome do credor no documento Nota de Empenho seja obrigatório, em alguns
casos, ele é inviável, como ocorre na Folha de Pagamento. Nesse caso, para não ser emitido
um empenho para cada servidor, é comum o empenho “Folha de Pagamento” incluindo o
conjunto de servidores de um mesmo órgão.

Os empenhos podem ser classificados em:


• Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente
determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
• Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode
determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica,
aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros.
• Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor
determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos
decorrentes de aluguéis.

Quando o valor empenhado for insuficiente para atender à despesa a ser realizada, o empenho
poderá ser reforçado.
Se a despesa realizada for inferior à empenhada, o empenho deverá ser anulado parcialmente.
Quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido ou o empenho tiver sido emitido
incorretamente, ele poderá ser totalmente anulado.
Sobre a anulação do empenho, é válido conhecer a orientação do Decreto nº 93.872/86.

Art . 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em


31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando:
I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele
estabelecida;
II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a
liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o
cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV - corresponder a compromissos assumido no exterior.

Ocorrendo a anulação total ou parcial do empenho no exercício financeiro, o saldo será


revertido à dotação orçamentária correspondente.

Em Liquidação
Não é um estágio propriamente dito, mas um registro incluído entre o empenho e a liquidação.
Ela busca o registro contábil no patrimônio de acordo com a ocorrência do fato gerador, não
do empenho, possibilitando a separação entre os empenhos não liquidados que possuem fato
gerador dos que não possuem, evitando assim a dupla contagem para fins de apuração do
passivo financeiro.
O passivo financeiro é calculado a partir das contas crédito empenhado a liquidar e contas do
passivo que representem obrigações independentes de autorização orçamentária para serem
realizadas.
Caso já se tenha ciência da ocorrência do fato gerador, ao se iniciar o processo de execução da
despesa orçamentária, a conta crédito empenhado a liquidar deve ser debitada em
contrapartida da conta crédito empenhado em liquidação no montante correspondente à
obrigação já existente no passivo.
Isso evita que o passivo financeiro seja contado duplamente, tendo em vista que seu montante
será considerado:
• Na conta crédito empenhado a liquidar, já que a liquidação muitas vezes ocorre algum
tempo depois de ocorrido o fato gerador.
• Na conta de obrigação anteriormente contabilizada no passivo exigível, já que o passivo
exigível é afetado imediatamente com a ocorrência do fato gerador.
Liquidação
Novamente, vejamos o conceito da Lei nº 4.320/64:

Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido


pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito.
§ 1° Essa verificação tem por fim apurar:
I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
II - a importância exata a pagar;
III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados
terá por base:
I - o contrato, ajuste ou acôrdo respectivo;
II - a nota de empenho;
III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.

Basicamente, é na liquidação que se atesta o recebimento do objeto. Por exemplo:


• Na compra de materiais, é quando o setor responsável atesta o recebimento da nota
fiscal e dos produtos nela constantes.
• Na execução de serviços de terceiros, é quando o setor responsável atesta que a nota
fiscal corresponde aos serviços efetivamente prestados e está regular para o pagamento.
• Em obras públicas, quando o setor responsável atesta que a medição entregue
corresponde ao que foi realizado no período referente ao pagamento.

Pagamento
O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo,
ordens de pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação
da despesa.
De acordo com a Lei nº 4.320/1964:

Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua
regular liquidação.
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade
competente, determinando que a despesa seja paga.
Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser exarada em
documentos processados pelos serviços de contabilidade.
Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria
regularmente instituídos por estabelecimentos bancários credenciados e, em
casos excepcionais, por meio de adiantamento.
APOSTA ESTRATÉGICA
Primeiramente, é importante conhecer os estágios da Despesa Orçamentária:

F E L P

Fixação Empenho Liquidação Pagamento

Planejamento Execução

Além disso, os conceitos de empenho e de liquidação trazidos pela Lei nº 4.320/64 são
cobrados com bastante frequência.

Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente


que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição.
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido
pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito.
§ 1° Essa verificação tem por fim apurar:
I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
II - a importância exata a pagar;
III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados
terá por base:
I - o contrato, ajuste ou acôrdo respectivo;
II - a nota de empenho;
III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
QUESTÕES ESTRATÉGICAS

Classificações

1. (FGV/2021/TCE-AM/Auditor de Controle Externo)


A despesa pública é apresentada no orçamento sob diferentes critérios de classificação,
com o objetivo de subsidiar o controle do processo orçamentário.
A classificação funcional da despesa pública:
a) apresenta a realização dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual;
b) está organizada em categoria econômica, grupo e elemento de despesa;
c) permite a consolidação nacional dos gastos do setor público, pois tem aplicação
comum e obrigatória;
d) reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários em níveis hierárquicos;
e) se desdobra em atividades, projetos ou operações especiais.
Comentários
A e E – Erradas. Estão relacionadas à classificação por estrutura programática.
B – Errada. Trata-se da classificação por natureza.
C – Certa. A classificação funcional é comum e obrigatória no âmbito da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor
público.
D – Errada. Diz respeito à classificação institucional.
Gabarito: C

2. (FGV/2021/TCE-PI/Auditor de Controle Externo - Engenharia)


Em decorrência da necessidade de controles que atendam a finalidades diversas, a
despesa pública se sujeita a uma série de classificações. Em algumas dessas classificações,
o detalhamento é dado em norma própria, e, em outras, fica a cargo de cada ente.
As classificações da despesa pública em que o ente tem liberdade de definir o
detalhamento da despesa são:
a) funcional e institucional;
b) institucional e programática;
c) institucional e segundo a natureza;
d) segundo a natureza e funcional;
e) segundo a natureza e programática.
Comentários
A classificação funcional tem aplicação comum e obrigatória em todos os entes da federação,
de forma que já podemos eliminar as alternativas A e D.
A classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários, sendo
definida por cada ente conforme a sua organização.
No caso da estrutura programática, cada ente deve estabelecer suas próprias estruturas de
programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações nela contidos.
No caso da classificação segundo a natureza, a estrutura também deve ser obedecida pelos
entes de todas as esferas de governo.
Portanto, apenas nos casos das classificações institucional e programática os entes têm
liberdade para definir o detalhamento, o que nos leva à letra B como gabarito da questão.
Gabarito: B

3. (FGV/2021/TCE-AM/Auditor de Controle Externo)


Os critérios de classificação da despesa pública foram concebidos para fornecer
diferentes perspectivas do gasto público para subsidiar as atividades de controle interno e
externo.
Considere as perguntas a seguir.
O que se pretende alcançar com a implementação da política pública?
O que será produzido ou prestado?
Como será mensurado?
A classificação da despesa que tem mais subsídios para responder a essas perguntas é:
a) funcional;
b) institucional;
c) por natureza;
d) estrutura programática;
e) por esfera orçamentária.
Comentários
Trouxemos os blocos de informação da estrutura qualitativa na aula anterior, vamos revê-lo:

Bloco da Estrutura Item da Estrutura Pergunta a ser respondida

Classificação por Esfera Esfera Orçamentária Em qual orçamento?

Órgão
Classificação
Quem é o responsável por fazer?
Institucional
Unidade Orçamentária

Função
Em que áreas de despesa a ação
Classificação Funcional
governamental será realizada?
Subfunção

O que se pretende alcançar com a


Estrutura Programática Programa
implementação da Política Pública?

O que será desenvolvido para alcançar o


Ação
objetivo do programa?

Descrição O que é feito? Para que é feito?

Forma de implementação Como é feito?


Informações Principais
da Ação
Produto O que será produzido ou prestado?

Unidade de Medida Como é mensurado?

Onde é feito ou onde está o beneficiário


Subtítulo
do gasto?

Podemos concluir que as perguntas trazidas pelo enunciado dizem respeito à estrutura
programática, o que nos leva à letra D como gabarito da questão.
Gabarito: D

4. (FGV/2021/TJ RO/Analista Judiciário - Administrador)


Na lógica da classificação funcional da despesa pública, deve-se adotar como função
aquela que é típica ou principal do órgão. Já as subfunções podem ser combinadas com
funções diferentes daquelas às quais estão relacionadas na Portaria MOG nº 42/1999,
porém há exceções.
Considerando, por exemplo, a função 02 – Judiciária, uma subfunção incompatível é:
a) 123 – Administração Financeira;
b) 124 – Controle Interno;
c) 331 – Proteção e Benefícios ao Trabalhador;
d) 721 – Comunicações Postais;
e) 843 – Serviço da Dívida Interna.
Comentários
Conforme vimos em nosso roteiro de revisão, a função 28 – Encargos Especiais e suas
subfunções somente podem ser utilizadas conjugadas entre si, não podendo haver
matricialidade com outras funções. As subfunções pertencentes à função 28 são:

Funções Subfunções

841 – Refinanciamento da Dívida Interna

842 – Refinanciamento da Dívida Externa

843 – Serviço da Dívida Interna

28 – Encargos Especiais 844 – Serviço da Dívida Externa

845 – Outras Transferências

846 – Outros Encargos Especiais

847 – Transferências para a Educação Básica

Com isso, podemos concluir que o gabarito é a letra E, tendo em vista que a subfunção 843 –
Serviço da Dívida Interna é incompatível com a função 02 – Judiciária.
Gabarito: E

5. (FGV/2021/TJ RO/Analista Judiciário - Contador)


Considere um programa governamental na área de transporte urbano em que uma das
ações prevê a construção de trecho para circulação de veículo leve sobre trilho (VLT) para
promover integração de pontos da região central de uma cidade.
Sob a perspectiva da classificação programática da despesa pública, essa ação deve ser
classificada como:
a) projeto;
b) atividade;
c) investimento;
d) aplicação direta;
e) operação especial.
Comentários
A ação diz respeito à construção de um trecho. Portanto, é uma operação limitada no tempo da
qual resulta um produto que concorre para a expansão da ação de Governo, devendo ser
classificada como projeto, conforme afirma a alternativa A, que é o gabarito da questão.
Gabarito: A

6. (FGV/2018/Câmara Municipal de Salvador/Analista - Financeiro)


O Quadro a seguir apresenta as receitas tributárias realizadas do Estado Fênix, relativas ao
exercício 20X1, extraídas do Balanço Orçamentário do ente.
Receita Tributária Total R$35.900.200,00
Receita IPVA – Parte Municípios R$1.750.000,00
Receita ICMS – Parte Municípios R$8.500.200,00
Outras Receitas Correntes - Parte Municípios R$510.750,00

Considerando os dados do Quadro, o valor a ser contabilizado como transferência e a


respectiva função da despesa são:
a) R$1.750.000,00 – Encargos Especiais;
b) R$10.250.200,00 – Legislativa;
c) R$10.760.950,00 – Encargos Especiais;
d) R$10.250.200,00 – Administração;
e) R$25.139.250,00 – Administração.
Comentários
As três transferências trazidas no quadro acima são referentes à participação dos Municípios na
receita do Estado e, portanto, devem ser classificadas como transferências correntes. Tratando-
se de transferências constitucionais a outros entes federativos, devem ser classificadas na
subfunção “outras transferências”, dentro da função “Encargos Especiais”.
Funções Subfunções

841 – Refinanciamento da Dívida Interna

842 – Refinanciamento da Dívida Externa

843 – Serviço da Dívida Interna

28 – Encargos Especiais 844 – Serviço da Dívida Externa

845 – Outras Transferências

846 – Outros Encargos Especiais

847 – Transferências para a Educação Básica

Sabendo disso, agora basta somar os valores:


1.750.000 + 8.500.200 + 510.750 = 10.760.950
Gabarito: C

Estágios

7. (FGV/2022/Sefaz ES/Consultor – Ciências Contábeis)


Assinale a opção que indica os estágios de execução da despesa orçamentária.
a) Fixação, empenho e liquidação.
b) Fixação, empenho e pagamento.
c) Fixação, liquidação e pagamento.
d) Empenho, liquidação e pagamento.
e) Empenho, pagamento e avaliação.
Comentários
A fixação é um estágio de planejamento, enquanto empenho, liquidação e pagamento são os
estágios de execução da despesa. Portanto, a letra D é o gabarito.
Gabarito: D
8. (FGV/2022/Sefaz AM/Assistente Administrativo)
Em relação aos estágios da despesa pública, o empenho, a liquidação e o pagamento
fazem parte do estágio de
a) planejamento.
b) execução.
c) apropriação.
d) lançamento.
e) reconhecimento.
Comentários
Questão semelhante à anterior, mas agora em sentido inverso. Como vimos, empenho,
liquidação e pagamento fazem parte da execução da despesa.
Gabarito: B

9. (FGV/2022/Sefaz AM/Técnico de Arrecadação)


De acordo com a Lei nº 4.320/1964, a execução da despesa orçamentária se dá em três
estágios: empenho, liquidação e pagamento.
Assinale a opção que indica o tipo de empenho utilizado para as despesas contratuais ou
outras de valor determinado e sujeitas a parcelamento, como os compromissos
decorrentes de aluguéis.
a) Fixo.
b) Global.
c) Ordinário.
d) Estimativo.
e) Operacional.
Comentários
Os empenhos podem ser dos seguintes tipos:
• Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente
determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
• Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode
determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica,
aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros.
• Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor
determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos
decorrentes de aluguéis.
O enunciado, portanto, traz a definição do empenho global, sendo a letra B o gabarito da
questão.
Gabarito: B

10. (FGV/2022/Sefaz ES/Consultor do Tesouro – Ciências Econômicas)


De acordo com a Lei nº 4320/64, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade
competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição.
Nesse sentido, o empenho classificado como ordinário é utilizado para as despesas
a) contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como os
compromissos decorrentes de aluguéis.
b) cujo montante não se pode determinar previamente, como serviços de fornecimento
de água e energia elétrica e aquisição de combustíveis.
c) de valor fixo e previamente determinado cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez,
como aquisição de material permanente
d) extraordinárias e não planejadas, como as decorrentes de enchentes e deslizamentos.
e) devidas mensalmente a terceiros, como compromissos relacionados a salários e férias.
Comentários
A alternativa C traz a situação em que se realiza o empenho ordinário, sendo o gabarito da
questão.
A alternativa A traz uma situação em que se realiza o empenho global. A alternativa B traz uma
situação em que se realiza o empenho por estimativa.
A letra D não traz uma situação específica para o empenho si, mas sim um caso em que se
permite a abertura de créditos extraordinários.
Em relação à letra E, o fato de o valor ser devido mensalmente não necessariamente indica a
forma de empenho a ser realizada, que pode ser global, por estimativa e, a depender da
situação, até mesmo ordinário.
Gabarito: C

11. (FGV/2022/CGU/Técnico Federal de Finanças e Controle)


Após o devido processo licitatório, uma entidade assinou um contrato com uma empresa
prestadora de serviço, detalhando diretrizes e condições para a prestação do serviço pelo
período de um ano, conforme previsto no edital.
Por se tratar de uma despesa contratual, de acordo com as disposições normativas,
quanto ao empenho de tal despesa:
a) deverá ser do tipo ordinário;
b) é facultada a especificação do nome do credor na nota de empenho;
c) poderá ser reforçado por meio de um crédito especial;
d) poderá ter seu saldo alocado em despesa da mesma natureza no exercício seguinte;
e) recomenda-se que o número da nota de empenho conste no contrato
Comentários
A – Errada. Trata-se de uma despesa contratual sujeita a parcelamento, em que já se conhece o
valor integral. Portanto, o tipo de empenho a ser utilizado é o global.
B – Errada. É obrigatória a especificação do nome do credor na nota de empenho.
C – Errada. O crédito especial é um crédito adicional destinado a despesas as quais não havia
dotação própria no orçamento. Nesse caso, considerando que a despesa já constava no
orçamento (tendo em vista que já ocorreu a licitação), eventual reforço deverá ser por meio de
crédito suplementar.
D – Errada. No caso dos créditos ordinários e suplementares, o saldo deve ser utilizado no
próprio exercício. Caso haja saldo não empenhado, ele deve ser anulado ao fim do exercício.
Havendo despesa relativa ao contrato a ser executada no exercício seguinte, esta deverá
constar na Lei Orçamentária, a qual deverá conter créditos orçamentários suficientes para
execução desse saldo restante do contrato.
E – Certa. Trata-se de recomendação trazida pelo MCASP (9ª edição):

É recomendável constar no instrumento contratual o número da nota de empenho,


visto que representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário
disponível e suficiente para atender a despesa objeto do contrato. Nos casos em que
o instrumento de contrato é facultativo, a Lei nº 8.666/1993 admite a possibilidade
de substituí-lo pela nota de empenho de despesa, hipótese em que o empenho
representa o próprio contrato.

Gabarito: E

12. (FGV/2021/TCE-AM/Auditor de Controle Externo)


A despesa pública é processada em estágios legalmente definidos que permitem um
acompanhamento minucioso do processo orçamentário.
O primeiro estágio da despesa pública conhecido como fixação:
a) é concluído com o processo de descentralizações interna e externa de créditos
orçamentários;
b) é de competência exclusiva do Poder Executivo, a partir das demandas apresentadas
pelas unidades orçamentárias;
c) não pode ser afetado por eventuais aberturas de créditos adicionais no decorrer da
vigência do orçamento;
d) consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico, sendo limitado
pelo volume de recursos disponíveis;
e) compreende a adoção de medidas em direção a uma situação idealizada,
considerando os recursos disponíveis e as diretrizes e prioridades traçadas pelo governo.
Comentários
A – Errada. O estágio da fixação propriamente dito é concluído com a autorização dada pelo
Poder Legislativo por meio da lei orçamentária anual.
B – Errada. O Poder Executivo realmente é o responsável por elaborar e enviar a proposta
orçamentária, contudo, esta deve ser aprovada pelo Poder Legislativo, além de os demais
Poderes e o MP enviarem as suas propostas ao Poder Executivo para consolidação. Portanto, a
fixação não é uma etapa de competência exclusiva do Poder Executivo.
C – Errada. A fixação é afetada pelos créditos adicionais abertos no decorrer da vigência do
orçamento, tendo em vista que esses alteram as dotações orçamentárias fixadas.
D – Errada. É o empenho que consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim
específico, estando limitado aos créditos orçamentários existentes.
E – Certa. Conforme literalidade do MCASP (9ª edição):

A fixação da despesa refere-se aos limites de gastos, incluídos nas leis orçamentárias
com base nas receitas previstas, a serem efetuados pelas entidades públicas. A
fixação da despesa orçamentária insere-se no processo de planejamento e
compreende a adoção de medidas em direção a uma situação idealizada, tendo em
vista os recursos disponíveis e observando as diretrizes e prioridades traçadas pelo
governo.

Gabarito: E

13. (FGV/2021/TCE-AM/Auditor de Controle Externo)


Suponha que o orçamento de um ente para um dado exercício financeiro foi aprovado no
montante de R$ 50 milhões. Durante a execução orçamentária, houve 5% de frustração na
arrecadação, 90% dos créditos iniciais foram empenhados, não foram abertos créditos
adicionais, foram liquidadas despesas no montante de R$ 38 milhões e os pagamentos
atingiram R$ 35 milhões.
Considerando apenas as informações fornecidas, o valor das despesas empenhadas cujo
direito do credor ainda NÃO foi verificado representa:
a) RS 2,5 milhões;
b) R$3 milhões;
c) R$ 5 milhões;
d) R$ 7 milhões;
e) R$ 10 milhões.
Comentários
Primeiramente, devemos saber que a verificação do direito do credor ocorre na liquidação,
conforme definição da Lei nº 4.320/64:

Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido


pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito.

Agora, vamos levantar as informações trazidas pelo enunciado:


Despesas Fixadas: R$ 50 milhões
Despesas Empenhadas: R$ 45 milhões
Despesas liquidadas: R$ 38 milhões
Despesas pagas: R$ 35 milhões
O que o enunciado nos pede é o total das despesas que foi empenhado, mas ainda não foi
liquidado, portanto, basta fazer a conta:
45 milhões – 38 milhões = 7 milhões
Gabarito: D

14. (FGV/2021/TJ RO/Analista Judiciário - Administrador)


O primeiro estágio de execução da despesa orçamentária previsto na Lei nº 4.320/1964
consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico.
Uma característica desse estágio é que:
a) é vedado o seu registro no último mês de mandato do chefe do Poder Executivo;
b) é dispensado em caso de despesas decorrentes de créditos extraordinários;
c) há casos em que a nota de empenho pode representar um contrato;
d) não é permitida a anulação parcial de um empenho;
e) exige o registro pelo valor exato da despesa.
Comentários
O primeiro estágio da execução da despesa, que consiste na reserva de dotação orçamentária
para um fim específico, é o empenho. Sabendo disso, vamos analisar as alternativas:
A – Errada. O empenho é um estágio essencial para a realização das despesas e deve ser
realizado todos os meses. Não há nenhuma restrição nesse sentido relacionada a término de
mandato.
B – Errada. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Mesmo nas despesas
decorrentes de créditos extraordinários, o empenho é uma etapa necessária.
C – Certa. Isso ocorre nos casos em que o contrato é facultativo, conforme definição do MCASP
(9ª edição):

É recomendável constar no instrumento contratual o número da nota de empenho,


visto que representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário
disponível e suficiente para atender a despesa objeto do contrato. Nos casos em que
o instrumento de contrato é facultativo, a Lei nº 8.666/1993 admite a possibilidade
de substituí-lo pela nota de empenho de despesa, hipótese em que o empenho
representa o próprio contrato.

D – Errada. É permitida tanto a anulação parcial como total de empenhos.


E – Errada. Não necessariamente o valor do empenho deve ser exato, podendo ser realizado o
empenho por estimativa em casos como despesas de consumo de energia e de água, em que
não se sabe o valor exato do valor que deverá ser pago.
Gabarito: C

15. (FGV/2021/TJ RO/Contador)


Com o objetivo de estabelecer alguns controles para preservar a integridade das
informações de natureza orçamentária e patrimonial, que são geradas em bases
diferentes, foi criado o registro de uma etapa chamada “em liquidação”.
O registro dessa etapa:
a) deve ser feito entre as etapas do empenho e da liquidação apenas para despesas
inscritas em restos a pagar;
b) está associado à ocorrência do fato gerador da variação patrimonial diminutiva;
c) não deve ser feito quando o fato gerador do passivo exigível ocorrer antes do
empenho;
d) não se aplica a casos de lacuna temporal significativa entre a entrega do bem e a
efetiva liquidação do crédito;
e) pode implicar duplicidade no saldo passivo financeiro utilizado para fins de cálculo do
superávit financeiro.
Comentários
A – Errada. Realmente o registro “em liquidação” ocorre entre o empenho e a liquidação, mas
ele não ocorre somente para as despesas inscritas em restos a pagar.
B – Certa. O registro “em liquidação” serve justamente para identificar a ocorrência do fato
gerador. Se o fato gerador já tiver ocorrido, deve-se fazer o registro “em liquidação”.
C – Errada. Se o fato gerador já ocorreu, quando a despesa for empenhada, já se pode realizar
o registro “em liquidação”.
D – Errada. Justamente quando há lacuna temporal significativa entre a entrega do bem e a
efetiva liquidação é que o registro se torna mais útil.
E – Errada. O registro serve justamente para evitar duplicidade no saldo do passivo financeiro.
Gabarito: B
QUESTIONÁRIO DE REVISÃO E APERFEIÇOAMENTO
Perguntas
1) Como a classificação por esfera orçamentária classifica as despesas?

2) A classificação institucional está estruturada em quais níveis hierárquicos?

3) Como a classificação funcional segrega as dotações orçamentárias e qual o


objetivo dela?

4) A classificação funcional é dependente ou independente dos programas? Sua


aplicação é obrigatória ou facultativa nos entes federativos?

5) Qual a função que engloba as despesas orçamentárias em relação às quais não se


pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente?

6) É possível combinar as subfunções com funções diferentes das suas típicas?

7) Como se denomina o instrumento de organização da atuação governamental que


articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo
comum preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de
determinada necessidade ou demanda da sociedade?

8) Como podem ser classificadas as ações?

9) O que diferencia os projetos das atividades?

10) Quais os estágios da despesa orçamentária?

11) Quais estágios fazem parte da execução da despesa orçamentária?


12) O ato emanado por autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição corresponde a qual estágio
da despesa?

13) Quais são os tipos de empenho?

14) Qual o tipo de empenho a ser utilizado para pagamento de serviços de


fornecimento de energia elétrica e para aquisição de combustíveis?

15) É possível realizar despesas sem o empenho prévio?

16) Para que serve o lançamento “em liquidação”?

17) Qual o estágio da despesa que consiste na verificação do direito adquirido pelo
credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito?

18) De acordo com a Lei nº 4.320/64, a liquidação tem a finalidade de apurar o que?

19) O pagamento pode ser realizado antes da liquidação da despesa?

20) Nos termos da Lei nº 4.320/64, como se denomina o despacho exarado por
autoridade competente determinando que a despesa seja paga?
Perguntas com respostas
1) Como a classificação por esfera orçamentária classifica as despesas?
Conforme o orçamento a que pertencem: Orçamento Fiscal; Orçamento da Seguridade
Social e Orçamento de Investimento das Estatais.
2) A classificação institucional está estruturada em quais níveis hierárquicos?
Em órgão orçamentário e unidade orçamentária, sendo que a unidade orçamentária é o
agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão
consignadas dotações próprias e o órgão orçamentário é o agrupamento de unidades
orçamentárias.
3) Como a classificação funcional segrega as dotações orçamentárias e qual o
objetivo dela?
A classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções,
tendo como objetivo indicar em que área de ação governamental a despesa será realizada.
4) A classificação funcional é dependente ou independente dos programas? Sua
aplicação é obrigatória ou facultativa nos entes federativos?
A classificação funcional é independente dos programas e sua aplicação é obrigatória no
âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o que permite a
consolidação nacional dos gastos do setor público.
5) Qual a função que engloba as despesas orçamentárias em relação às quais não se
pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente?
Encargos especiais.
6) É possível combinar as subfunções com funções diferentes das suas típicas?
Sim. A essa regra denomina-se matricialidade. Cabe ressalvar a função encargos especiais,
cujas subfunções devem ser conjugadas com ela, não sendo permitida a matricialidade com
outras funções.
7) Como se denomina o instrumento de organização da atuação governamental que
articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo
comum preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de
determinada necessidade ou demanda da sociedade?
Programa.
8) Como podem ser classificadas as ações?
Como projetos, atividades ou operações especiais.
9) O que diferencia os projetos das atividades?
Os projetos são operações limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre
para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo. As atividades são operações
realizadas de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço
necessário à manutenção da ação do governo.
10) Quais os estágios da despesa orçamentária?
Fixação, empenho, liquidação e pagamento.
11) Quais estágios fazem parte da execução da despesa orçamentária?
Empenho, liquidação e pagamento.
12) O ato emanado por autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição corresponde a qual estágio
da despesa?
Ao empenho.
13) Quais são os tipos de empenho?
Ordinário – utilizado para despesas de valor fixo e previamente determinado, cujo
pagamento deva ocorrer de uma só vez.
Estimativo – utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar previamente.
Global – utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a
parcelamento.
14) Qual o tipo de empenho a ser utilizado para pagamento de serviços de
fornecimento de energia elétrica e para aquisição de combustíveis?
Trata-se de despesas para as quais não se sabe exatamente qual o valor que será pago.
Portanto, utiliza-se o empenho estimativo.
15) É possível realizar despesas sem o empenho prévio?
Não. Em caso de urgência, pode até ser realizado o empenho concomitantemente ao
pagamento, mas não é permitida a realização de despesa orçamentária sem empenho
prévio.
16) Para que serve o lançamento “em liquidação”?
Busca o registro contábil no patrimônio de acordo com a ocorrência do fato gerador,
possibilitando a separação entre os empenhos não liquidados que possuem fato gerador e
os que não possuem, evitando a dupla contagem para fins de apuração do passivo
financeiro.
17) Qual o estágio da despesa que consiste na verificação do direito adquirido pelo
credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito?
Liquidação.
18) De acordo com a Lei nº 4.320/64, a liquidação tem a finalidade de apurar o que?
A origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata a pagar e a quem se deve
pagar a importância, para extinguir a obrigação.
19) O pagamento pode ser realizado antes da liquidação da despesa?
Não. O pagamento somente poderá ser realizado após a regular liquidação da despesa.
20) Nos termos da Lei nº 4.320/64, como se denomina o despacho exarado por
autoridade competente determinando que a despesa seja paga?
Ordem de pagamento.
LISTA DE QUESTÕES ESTRATÉGICAS

Classificações

1. (FGV/2021/TCE-AM/Auditor de Controle Externo)


A despesa pública é apresentada no orçamento sob diferentes critérios de classificação,
com o objetivo de subsidiar o controle do processo orçamentário.
A classificação funcional da despesa pública:
a) apresenta a realização dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual;
b) está organizada em categoria econômica, grupo e elemento de despesa;
c) permite a consolidação nacional dos gastos do setor público, pois tem aplicação
comum e obrigatória;
d) reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários em níveis hierárquicos;
e) se desdobra em atividades, projetos ou operações especiais.

2. (FGV/2021/TCE-PI/Auditor de Controle Externo - Engenharia)


Em decorrência da necessidade de controles que atendam a finalidades diversas, a
despesa pública se sujeita a uma série de classificações. Em algumas dessas classificações,
o detalhamento é dado em norma própria, e, em outras, fica a cargo de cada ente.
As classificações da despesa pública em que o ente tem liberdade de definir o
detalhamento da despesa são:
a) funcional e institucional;
b) institucional e programática;
c) institucional e segundo a natureza;
d) segundo a natureza e funcional;
e) segundo a natureza e programática.
3. (FGV/2021/TCE-AM/Auditor de Controle Externo)
Os critérios de classificação da despesa pública foram concebidos para fornecer
diferentes perspectivas do gasto público para subsidiar as atividades de controle interno e
externo.
Considere as perguntas a seguir.
O que se pretende alcançar com a implementação da política pública?
O que será produzido ou prestado?
Como será mensurado?
A classificação da despesa que tem mais subsídios para responder a essas perguntas é:
a) funcional;
b) institucional;
c) por natureza;
d) estrutura programática;
e) por esfera orçamentária.

4. (FGV/2021/TJ RO/Analista Judiciário - Administrador)


Na lógica da classificação funcional da despesa pública, deve-se adotar como função
aquela que é típica ou principal do órgão. Já as subfunções podem ser combinadas com
funções diferentes daquelas às quais estão relacionadas na Portaria MOG nº 42/1999,
porém há exceções.
Considerando, por exemplo, a função 02 – Judiciária, uma subfunção incompatível é:
a) 123 – Administração Financeira;
b) 124 – Controle Interno;
c) 331 – Proteção e Benefícios ao Trabalhador;
d) 721 – Comunicações Postais;
e) 843 – Serviço da Dívida Interna.
5. (FGV/2021/TJ RO/Analista Judiciário - Contador)
Considere um programa governamental na área de transporte urbano em que uma das
ações prevê a construção de trecho para circulação de veículo leve sobre trilho (VLT) para
promover integração de pontos da região central de uma cidade.
Sob a perspectiva da classificação programática da despesa pública, essa ação deve ser
classificada como:
a) projeto;
b) atividade;
c) investimento;
d) aplicação direta;
e) operação especial.

6. (FGV/2018/Câmara Municipal de Salvador/Analista - Financeiro)


O Quadro a seguir apresenta as receitas tributárias realizadas do Estado Fênix, relativas ao
exercício 20X1, extraídas do Balanço Orçamentário do ente.
Receita Tributária Total R$35.900.200,00
Receita IPVA – Parte Municípios R$1.750.000,00
Receita ICMS – Parte Municípios R$8.500.200,00
Outras Receitas Correntes - Parte Municípios R$510.750,00

Considerando os dados do Quadro, o valor a ser contabilizado como transferência e a


respectiva função da despesa são:
a) R$1.750.000,00 – Encargos Especiais;
b) R$10.250.200,00 – Legislativa;
c) R$10.760.950,00 – Encargos Especiais;
d) R$10.250.200,00 – Administração;
e) R$25.139.250,00 – Administração.
Estágios

7. (FGV/2022/Sefaz ES/Consultor – Ciências Contábeis)


Assinale a opção que indica os estágios de execução da despesa orçamentária.
a) Fixação, empenho e liquidação.
b) Fixação, empenho e pagamento.
c) Fixação, liquidação e pagamento.
d) Empenho, liquidação e pagamento.
e) Empenho, pagamento e avaliação.

8. (FGV/2022/Sefaz AM/Assistente Administrativo)


Em relação aos estágios da despesa pública, o empenho, a liquidação e o pagamento
fazem parte do estágio de
a) planejamento.
b) execução.
c) apropriação.
d) lançamento.
e) reconhecimento.

9. (FGV/2022/Sefaz AM/Técnico de Arrecadação)


De acordo com a Lei nº 4.320/1964, a execução da despesa orçamentária se dá em três
estágios: empenho, liquidação e pagamento.
Assinale a opção que indica o tipo de empenho utilizado para as despesas contratuais ou
outras de valor determinado e sujeitas a parcelamento, como os compromissos
decorrentes de aluguéis.
a) Fixo.
b) Global.
c) Ordinário.
d) Estimativo.
e) Operacional.
10. (FGV/2022/Sefaz ES/Consultor do Tesouro – Ciências Econômicas)
De acordo com a Lei nº 4320/64, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade
competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição.
Nesse sentido, o empenho classificado como ordinário é utilizado para as despesas
a) contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como os
compromissos decorrentes de aluguéis.
b) cujo montante não se pode determinar previamente, como serviços de fornecimento
de água e energia elétrica e aquisição de combustíveis.
c) de valor fixo e previamente determinado cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez,
como aquisição de material permanente
d) extraordinárias e não planejadas, como as decorrentes de enchentes e deslizamentos.
e) devidas mensalmente a terceiros, como compromissos relacionados a salários e férias.

11. (FGV/2022/CGU/Técnico Federal de Finanças e Controle)


Após o devido processo licitatório, uma entidade assinou um contrato com uma empresa
prestadora de serviço, detalhando diretrizes e condições para a prestação do serviço pelo
período de um ano, conforme previsto no edital.
Por se tratar de uma despesa contratual, de acordo com as disposições normativas,
quanto ao empenho de tal despesa:
a) deverá ser do tipo ordinário;
b) é facultada a especificação do nome do credor na nota de empenho;
c) poderá ser reforçado por meio de um crédito especial;
d) poderá ter seu saldo alocado em despesa da mesma natureza no exercício seguinte;
e) recomenda-se que o número da nota de empenho conste no contrato

12. (FGV/2021/TCE-AM/Auditor de Controle Externo)


A despesa pública é processada em estágios legalmente definidos que permitem um
acompanhamento minucioso do processo orçamentário.
O primeiro estágio da despesa pública conhecido como fixação:
a) é concluído com o processo de descentralizações interna e externa de créditos
orçamentários;
b) é de competência exclusiva do Poder Executivo, a partir das demandas apresentadas
pelas unidades orçamentárias;
c) não pode ser afetado por eventuais aberturas de créditos adicionais no decorrer da
vigência do orçamento;
d) consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico, sendo limitado
pelo volume de recursos disponíveis;
e) compreende a adoção de medidas em direção a uma situação idealizada,
considerando os recursos disponíveis e as diretrizes e prioridades traçadas pelo governo.

13. (FGV/2021/TCE-AM/Auditor de Controle Externo)


Suponha que o orçamento de um ente para um dado exercício financeiro foi aprovado no
montante de R$ 50 milhões. Durante a execução orçamentária, houve 5% de frustração na
arrecadação, 90% dos créditos iniciais foram empenhados, não foram abertos créditos
adicionais, foram liquidadas despesas no montante de R$ 38 milhões e os pagamentos
atingiram R$ 35 milhões.
Considerando apenas as informações fornecidas, o valor das despesas empenhadas cujo
direito do credor ainda NÃO foi verificado representa:
a) RS 2,5 milhões;
b) R$3 milhões;
c) R$ 5 milhões;
d) R$ 7 milhões;
e) R$ 10 milhões.

14. (FGV/2021/TJ RO/Analista Judiciário - Administrador)


O primeiro estágio de execução da despesa orçamentária previsto na Lei nº 4.320/1964
consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico.
Uma característica desse estágio é que:
a) é vedado o seu registro no último mês de mandato do chefe do Poder Executivo;
b) é dispensado em caso de despesas decorrentes de créditos extraordinários;
c) há casos em que a nota de empenho pode representar um contrato;
d) não é permitida a anulação parcial de um empenho;
e) exige o registro pelo valor exato da despesa.
15. (FGV/2021/TJ RO/Contador)
Com o objetivo de estabelecer alguns controles para preservar a integridade das
informações de natureza orçamentária e patrimonial, que são geradas em bases
diferentes, foi criado o registro de uma etapa chamada “em liquidação”.
O registro dessa etapa:
a) deve ser feito entre as etapas do empenho e da liquidação apenas para despesas
inscritas em restos a pagar;
b) está associado à ocorrência do fato gerador da variação patrimonial diminutiva;
c) não deve ser feito quando o fato gerador do passivo exigível ocorrer antes do
empenho;
d) não se aplica a casos de lacuna temporal significativa entre a entrega do bem e a
efetiva liquidação do crédito;
e) pode implicar duplicidade no saldo passivo financeiro utilizado para fins de cálculo do
superávit financeiro.
GABARITO

9. B
1. C
10. C
2. B
11. E
3. D
12. E
4. E
13. D
5. A
14. C
6. C
15. B
7. D

8. B
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Possati, G. Contabilidade Pública. Estratégia Concursos.
Mendes, S. Administração Financeira e Orçamentária. Estratégia concursos.
STN (2021). Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 9ª edição.
STN (2021). Manual Técnico do Orçamento 2022
Giacomoni, J. (2017). Orçamento Público

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