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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIA SOCIAIS E HUMANIDADES – BEIRA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS
CONTABILIDADE E FINANÇAS

1º NIVEL

Finanças Públicas

Tema: Despesas Públicas

Docente: Doutor João Sibanda

Beira, Dezembro de 2021


UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIA SOCIAIS E HUMANIDADES – BEIRA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS
CONTABILIDADE E FINANÇAS

1º NIVEL

Nome do grupo: G1CFLAB2021

Finanças Públicas

Tema: Despesas Públicas

Discentes: Código de Estudante

Fadelino Tacania…………..……………….…………………………211012151021

Menia Patrício Jarabe……….………………………………………..211012151010

Cheque Ramudala Cheque……………………………………………211012151026

Shaquila Abdul Cassamo……………….……………………………..211012151011

Este trabalho foi nos dado no ambito


Docente: Doutor João Sibanda
de avaliaçao pelo docente João
Sibanda com vista a compreender o
modo como as despesas Públicas
Beira, Setembro de 2021
acontecem..
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................4
2. OBJECTIVOS....................................................................................................................5
3. DESPESA PÚBLICA.........................................................................................................6
3.1 DEFINIÇÃO.....................................................................................................................6
3.2 CLASSIFICAÇÃO...........................................................................................................6
3.2.1 Classificação Ilegal..............................................................................................7
3.2.1.1 Quanto à natureza.................................................................................................7
3.2.1.2 Quanto à afectação patrimonial............................................................................7
3.2.1.3 Quanto à regularidade..........................................................................................8
3.2.1.4 Quanto à competência Institucional.....................................................................8
3.2.2 CLASSIFICAÇÃO LEGAL................................................................................8
3.2.2.1 Despesas Correntes..............................................................................................9
3.2.2.2 Despesas de Capital............................................................................................11
3.3 AS DESPESAS E A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL...................................14
4. CONCLUSÃO..................................................................................................................16
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................17
DESPESAS PÚBLICAS

1. INTRODUÇÃO
A evolução da sociedade económica levou a não intervenção do Estado no património do
particular, formas esta utilizada pelo mesmo como uma “colaboração gratuita” para o
desempenho de suas funções publicas, em que o particular “doava” bens e serviços como
forma de custear a despesa estatal.

A evolução leva o Estado a programar um sistema de despesa pública para regulamentação


do funcionamento do serviço publico tanto para a população quanto para a manutenção de si
próprio. Nesse sentido, a despesa assume, na Administração Pública, um papel fundamental,
pois através desta se estabelece limites legais permitindo a análise do gasto e a justificativa
deste no sector.

A importância da Despesa Pública no processo orçamentário, esta no controle da execução


que possibilita atingir metas governamentais, garantindo o cumprimento dos limites legais de
certas despesas.

Nesse sentido, o Estado não pode gastar sua receita como bem entender, mas deve rescaldá-la
nas leis que assim as define para que o gasto seja direccionado para sua real finalidade
satisfazendo, assim, as necessidades públicas e a sua manutenção.

“Necessidade pública é aquela eleita pelo poder político como de interesse da sociedade,
sendo satisfeita pela prestação de serviço público. O serviço público, por sua vez, é o
organizado de recursos humanos e materiais pela Administração Pública visando ao
atendimento das necessidades compreendidas de interesse geral.” (MANHANI, 2004)

A Lei Complementar n. 101, de 04 de Maio de 2000, vem buscar um equilíbrio entre receitas
e despesas estabelecendo normas de finanças voltadas para a responsabilidade na gestão
fiscal, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal.

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DESPESAS PÚBLICAS

2. OBJECTIVOS
Objectivo Geral:
Falar como acontecem as despesas públicas

Objectivos específicos:
Classificar as despesas públicas;
Falar do modo como devem ser gerenciadas as despesas públicas;
Apresentar a forma ilegal e legal da classificação das despesas públicas.

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DESPESAS PÚBLICAS

3. DESPESA PÚBLICA
3.1 DEFINIÇÃO
Despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos a fim de saldar
gastos fixados na lei do orçamento ou em lei especial, visando à realização e ao
funcionamento dos serviços públicos.

A despesa faz parte do orçamento e corresponde às autorizações para gastos com as várias
atribuições governamentais (JUND, 2008).

Despesa pública também pode ser definida como o conjunto de gastos realizados pelos entes
públicos para custear os serviços públicos (despesas correntes) prestados à sociedade ou para
a realização de investimentos (despesas de capital).
As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, através do ato
administrativo chamado orçamento público. Excepções são as chamadas despesas extra
orçamentárias.

3.2 CLASSIFICAÇÃO
As despesas públicas apresentam uma gama de classificações doutrinárias, não sendo obtidas
cientificamente nem pelo critério legal. Elas podem ser despesas ordinárias e extraordinárias,
sendo estas destinadas a despesas não programadas, geradas por situações urgentes e de
calamidade pública, não sendo renovadas anualmente nem previstas na lei orçamentária
anual. Já as despesas ordinárias são aquelas que constituem a rotina dos serviços públicos
sendo renovadas a cada ano.

Alguns autores ainda classificam as despesas em produtivas (que criam utilidades por meio
da actuação estatal – actividade policial, júris prudencial etc), reprodutivas (representam
aumento de capacidade produtora do país – construção de escolas, estradas etc) e
improdutivas (despesas inúteis). (SCHWANTZ, 2010, p. 17)

Outra classificação aplicada às despesas estatais é ligada a sua competência constitucional,


sendo estas de cunho federal (realização dos fins e serviços públicos de competência da
União – art. 21, CF), estaduais (atribuições do Estado, art. 25, §1º, CF) e municipais (art. 30,
CF).

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DESPESAS PÚBLICAS

No entanto, o que nos interessa aqui é a classificação legal das despesas, pois estas estão
amparadas pelo critério normativo imposto a todos os entes federados e que devem ser
cumpridos correndo o risco de sua aplicabilidade tornar-se ilegal perante toda à publicidade.

3.2.1 Classificação Ilegal


3.2.1.1 Quanto à natureza
Quanto a natureza as despesas públicas podem ser:

 Despesas orçamentárias: correspondem ao desembolso de recursos que não possuem


correspondência com ingressos anteriores, fixados na lei orçamentária e que serão
utilizados para pagamento dos gastos públicos (JUND, 2008). Em outras palavras, são
fixadas e especificadas na lei do orçamento e/ou na lei de créditos adicionais. A
classificação por categoria económica em despesas correntes e de capital, que será vista
adiante, faz parte das despesas orçamentárias, isto é, daquelas que fazem parte do
orçamento.

 Despesas extra orçamentárias: saída de recursos transitórios anteriormente obtidos sob


a forma de receitas extra-orçamentárias. Exemplo: restituição de depósitos, restituição de
cauções, pagamento de restos a pagar, resgate de operações de crédito por Antecipação da
Receita Orçamentária (ARO), entre outros. Estas despesas não precisam de autorização
orçamentária para se efectivarem, pois não pertencem ao órgão público, mas
caracterizam-se por um serem uma devolução de recursos financeiros pertencentes a
terceiros.

3.2.1.2 Quanto à afectação patrimonial


 Despesa efectiva: reduzem a situação líquida patrimonial (SLP) do Estado, provocando
um fato contábil modificativo diminutivo.
Exemplos: pessoal e encargos; juros e encargos da dívida interna e externa; outras despesas
correntes, salvo aquelas de material de consumo para estoque.

 Despesa não efectiva (ou por mudança patrimonial): não provocam alteração na Situação
Líquida Patrimonial (SLP) do Estado.

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DESPESAS PÚBLICAS

Exemplo: investimentos, inversões financeiras, amortização da dívida interna e externa,


outras despesas de capital, salvam aquelas destinadas a auxílios e contribuições de capital
bem como os investimentos em bens de uso comum do povo; despesa corrente para formação
de estoque de material de consumo.

3.2.1.3 Quanto à regularidade


 Ordinárias: destinadas à manutenção contínua dos serviços públicos. Se repetem em
todos os exercícios.

 Extraordinárias: de carácter esporádico ou excepcional, provocadas por circunstâncias


especiais e inconstantes. Não aparecem todos os anos nas dotações orçamentárias.

3.2.1.4 Quanto à competência Institucional


A competência institucional da despesa pública pode ser Federal, Estadual ou Municipal.
 Federal: competência da União. Atende demandas de dispositivo constitucional, leis ou
contratos.

 Estadual: competência dos Estados.

 Municipal: competência dos Municípios.

3.2.2 CLASSIFICAÇÃO LEGAL

As despesas públicas, dentro da óptica orçamentária, são classificadas em função do modo


como afectam o património público, verificando se houve a diminuição patrimonial ou se o
que ocorreu foi apenas uma mudança nos elementos patrimoniais quando da realização dessa
despesa orçamentária.

Como as despesas orçamentárias representam todos os gastos públicos, é imprescindível que


se observe na contabilidade estatal como o património foi afectado.

Sendo assim, as despesas legais são aquelas rescaldadas pela Lei Federal 4.320/64, sendo
classificadas em despesas correntes e despesas de capital.

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DESPESAS PÚBLICAS

3.2.2.1 Despesas Correntes


São aquelas que, no momento da sua realização, ocasionam uma redução do património do
ente, constituindo fatos contábeis modificativos diminutivos, pois não contribuem de forma
directa para a formação ou aquisição de um bem, destinadas à manutenção e ao
funcionamento dos serviços públicos.

Despesas Correntes – são aquelas resultantes da manutenção das actividades


próprias do Estado, tais como custeio da estrutura administrativa que não gera o
aumento do património do Estado; contribuindo apenas para sua continuidade.
(PISCITELLI, 2011, p. 96)

Essas despesas podem ser prestadas directamente ou indirectamente pela administração


Pública e estão vinculadas às despesas de custeio (despesas com material, pessoal etc.) e a
transferências correntes (destinadas a cobrir despesas de custeio de outras entidades – sociais
e económicas, despesas com inactivos, pensões, transferências intergovernamentais e os juros
da divida contratada).

Lei Federal 4.320/64:


Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias económicas:

DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio e Transferências Correntes

 Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços


anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e
adaptação de bens imóveis.

 Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais


não corresponda contraprestação directa em bens ou serviços, inclusive para
contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de
direito público ou privado.

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DESPESAS PÚBLICAS

Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir


despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:

I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de carácter


assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;

II - subvenções económicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de


carácter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.

Art. 13. Observadas as categorias económicas do art. 12, a discriminação ou especificação da


despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obedecerá ao
seguinte esquema:

DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Pessoa Civil, Pessoal Militar, Material de Consumo, Serviços de Terceiros, Encargos
Diversos

Transferências Correntes
Subvenções Sociais, Subvenções Económicas, Inactivos Pensionistas, Salário Família e
Abono Familiar, Juros da Dívida Pública, Contribuições de Previdência Social, Diversas
Transferências Correntes.

As despesas de custeio destinam-se ao funcionamento dos bens e serviços anteriormente


criados. Um hospital, depois de construído (serviço criado), ao entrar em funcionamento,
demandará gasto para que se iniciem suas actividades normais. Todos os recursos aplicados
com essa finalidade são classificados como despesas de custeio. Por exemplo: limpeza e
conservação, energia eléctrica, salários dos profissionais, enfim, todo tipo de serviço e
material de consumo e demais dispêndios cuja finalidade seja manter em funcionamento o
estabelecimento hospitalar.

 As transferências correntes são despesas em que um órgão das realizadas com


entidades da Administração Indirecta ou da iniciativa privada aplica os recursos,
transformando-os em despesas correntes. Nesse caso, o beneficiário não terá uma
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DESPESAS PÚBLICAS

contraprestação em bens e serviços, ou seja, quem recebe uma transferência corrente


tem como única obrigação fazer o bom uso dos recursos recebidos, na forma aprovada
pelo órgão transferidor e constante do ajuste entre as partes.

Após o recebimento dos recursos estes devem ser aplicados, dentro do prazo programado e
acertado, e a entidade que recebeu o benefício deve elaborar a prestação de contas, na forma
estabelecida pelo órgão transferidor, e encaminhá-la, na data legalmente estabelecida,
juntamente com as demais exigências constantes do acordo, se houver.

Subvenções sociais destinam-se às instituições públicas ou privadas sem fins


lucrativos. As Organizações sócias – OS – de acordo com seus estatutos devem
dedicar-se ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à
protecção e prevenção do meio ambiente, à cultura e à saúde. Essas entidades são
chamadas de Para estatais, pois são de iniciativa privada, mas estabelecem uma
parceria com o Estado.

Subvenções económicas, ao contrário da supracitada, são efectuadas com entidades


com fins lucrativos, tanto da administração Indirecta quanto com da iniciativa
privada, sendo rescaldadas em lei para sua concorrência.

3.2.2.2 Despesas de Capital


São aquelas que, no momento da sua realização, não ocasionam uma redução do património
do ente, pois constituem fatos contábeis permutativos que se conectam ao conceito de
investimento do sector público, pois esses gastos irão ser utilizados para aquisição ou
constituição de bens de capital, criando, assim, a produção de novos bens e serviços.

DESPESAS DE CAPITAL – são aquelas cujo resultado será o aumento do


património público e, assim da capacidade produtiva como um todo através de
investimentos, inversões financeiras e transferências de capital. (PISCITELLI, 2011,
p. 97)

Essas despesas são divididas em investimentos, inversões financeiras e transferência de


capital.

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DESPESAS PÚBLICAS

Investimentos são, de modo geral, as despesas destinadas ao planeamento e à


execução de obras.
As inversões financeiras destinam-se à aquisição de imóveis ou bens de capital já em
utilização, à aquisição de títulos de empresas ou entidades, já constituídas, desde que
não importe aumento do capital, e à constituição ou aumento do capital de entidades
ou empresas.
Transferências de capital, por fim, são investimentos ou inversões financeiras que
devam se realizar independentemente de contraprestação directa em bens ou serviços.
(MANHANI, 2004)

Lei 4.320/64:
Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias económicas:

DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital

 Classificam-se como investimentos as dotações para o planeamento e a execução de


obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à
realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição
de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital
de empresas que não sejam de carácter comercial ou financeiro.

 Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:

I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;

II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer


espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;

III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objectivos


comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.

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DESPESAS PÚBLICAS

 São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras


que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de
contraprestação directa em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou
contribuições, segundo derivem directamente da Lei de Orçamento ou de lei
especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.

Art. 13. Observadas as categorias económicas do art. 12, a discriminação ou


especificação da despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de
governo, obedecerá ao seguinte esquema:

DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Obras Públicas Serviços em Regime de Programação Especial, Equipamentos e Instalações,
Material Permanente, Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou
Entidades Industriais ou Agrícolas.

Inversões Financeiras
Aquisição de Imóveis, Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou
Entidades Comerciais ou Financeiras, Aquisição de Títulos Representativos de Capital de
Empresa em Funcionamento, Constituição de Fundos Rotativos, Concessão de Empréstimos,
Diversas Inversões Financeiras.

Transferências de Capital
Amortização da Dívida Pública, Auxílios para Obras Públicas, Auxílios para Equipamentos
e Instalações, Auxílios para Inversões Financeiras, Outras Contribuições.

Das Despesas de Capital


SUBSEÇÃO PRIMEIRA
Dos Investimentos

Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os projectos de


obras e de outras aplicações.

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DESPESAS PÚBLICAS

Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não
possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa
poderão ser custeados por dotações globais, classificadas entre as Despesas de
Capital.

SUBSEÇÃO SEGUNDA
Das Transferências de Capital

Art. 21. A Lei de Orçamento não consignará auxílio para investimentos que se devam
incorporar ao património das empresas privadas de fins lucrativos.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se às transferências de capital à


conta de fundos especiais ou dotações sob regime excepcional de aplicação.

3.3 AS DESPESAS E A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

A lei Complementar n. 101, de 04 de Maio de 2000, conhecida como a Lei de


responsabilidade Fiscal (LRF) classifica a despesa pública em duas categorias, as despesas
obrigatórias de carácter continuado e as despesas com pessoal (as derivadas de contratos ou
outras despesas com pessoal).

As despesas obrigatórias de caráter continuado são a despesa corrente derivada de lei,


medida provisória ou ato administrativo normativo, executadas por um período superior a
dois exercícios (art. 17).

Os actos que criarem ou aumentarem tais despesas deverão ser instruídos com a estimativa de
impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois
subsequentes, além de demonstrar a origem dos recursos para seu custeio (art. 17, § 1º). Isso
não se aplica às despesas destinadas ao serviço da dívida e ao reajustamento de remuneração
de pessoal (§6º).

Em seu art. 18, caput, a LRF destacou as despesas com pessoal, que são assim previstas
como o somatório dos gastos do ente da Federação com os activos, os inactivos e os

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DESPESAS PÚBLICAS

pensionistas, relativos a mandatos electivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e


de membros do Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e
vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões,
inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza,
bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.

O aumento da despesa gerada pela criação, expansão ou aperfeiçoamento de acção


governamental deve está acompanhada de uma estimativa de impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes e deve está em
conformidade com a Lei Orçamentária Anual, com a Lei de Directrizes e Bases
Orçamentárias e com o Plano Plurianual.

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DESPESAS PÚBLICAS

4. CONCLUSÃO
Durante a realização do trabalho foi concluído que as evoluções económicas e sociais fizeram
com que o Estado passasse a justificar e a demonstrar como o dinheiro público era gasto e se
a sua finalidade estava sendo cumprida: a satisfação das necessidades públicas e manutenção
da máquina estatal.

Como fazer com que esses gastos fossem efectuados da maneira mais correcta possível?
Obedecendo ao que disciplina a Constituição Federal e criando leis que viessem a normalizar
tais actos públicos. Estas, por sua vez, devem ser aplicadas em todas as instâncias referentes
às despesas dos entes federados estando aptos á punições se suas “ordens” não fossem
cumpridas.
Esses dispêndios, que têm previsão legal, estão classificados em despesas correntes e de
capital, cada uma com sua particularidade e características que auxiliam na aplicação do
dinheiro público pelos entes estatais.

Estas despesas devem seguir as normas da Lei de Responsabilidade Fiscal que tem por
finalidade controlar os gastos públicos para que os dispêndios com o sector estatal não
ultrapassem sua real necessidade e tenham como principal finalidade alcançar, com máxima
objectividade, a sociedade e suas utilidades sociais e económicas.

Nesse contexto evolucionista e actual é que as despesas públicas se justificam como


imprescindíveis para a construção de um Estado seguro, estável e coeso que busca
inesgotavelmente exaurir as discrepâncias socioeconómicas tão marcantes presentes em todos
os entes federados.

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DESPESAS PÚBLICAS

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Direito Financeiro. Estatui Normas
Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Vade Mecum Saraiva. 18. ed.
atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2014.

BRASIL. Lei nº 101, de 04 de maio de 2000. Responsabilidade Fiscal. Estabelece normas


de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras
providências. Vade Mecum Saraiva. 18. ed. atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2014.

Jund, S. (2008). Administração, Orçamento e Contabilidade Pública (3rd ed.). Rio de


Janeiro: Elsevier.

BALEEIRO, Aliomar. Uma introdução à ciência das finanças. Atualização de Djalma


de Campos. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003.

CAMPOS, Dejalma de. Direito financeiro e orçamentário. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2001.

DEODATO, Alberto. Manual de ciência das finanças. 13 ed., São Paulo: Saraiva, 1973.

LUDÍCIBUS, Ségio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não
contador. 3. ed . São Paulo: Atlas, 2000.

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