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1º NIVEL
Finanças Públicas
1º NIVEL
Finanças Públicas
Fadelino Tacania…………..……………….…………………………211012151021
1. INTRODUÇÃO
A evolução da sociedade económica levou a não intervenção do Estado no património do
particular, formas esta utilizada pelo mesmo como uma “colaboração gratuita” para o
desempenho de suas funções publicas, em que o particular “doava” bens e serviços como
forma de custear a despesa estatal.
Nesse sentido, o Estado não pode gastar sua receita como bem entender, mas deve rescaldá-la
nas leis que assim as define para que o gasto seja direccionado para sua real finalidade
satisfazendo, assim, as necessidades públicas e a sua manutenção.
“Necessidade pública é aquela eleita pelo poder político como de interesse da sociedade,
sendo satisfeita pela prestação de serviço público. O serviço público, por sua vez, é o
organizado de recursos humanos e materiais pela Administração Pública visando ao
atendimento das necessidades compreendidas de interesse geral.” (MANHANI, 2004)
A Lei Complementar n. 101, de 04 de Maio de 2000, vem buscar um equilíbrio entre receitas
e despesas estabelecendo normas de finanças voltadas para a responsabilidade na gestão
fiscal, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal.
2. OBJECTIVOS
Objectivo Geral:
Falar como acontecem as despesas públicas
Objectivos específicos:
Classificar as despesas públicas;
Falar do modo como devem ser gerenciadas as despesas públicas;
Apresentar a forma ilegal e legal da classificação das despesas públicas.
3. DESPESA PÚBLICA
3.1 DEFINIÇÃO
Despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos a fim de saldar
gastos fixados na lei do orçamento ou em lei especial, visando à realização e ao
funcionamento dos serviços públicos.
A despesa faz parte do orçamento e corresponde às autorizações para gastos com as várias
atribuições governamentais (JUND, 2008).
Despesa pública também pode ser definida como o conjunto de gastos realizados pelos entes
públicos para custear os serviços públicos (despesas correntes) prestados à sociedade ou para
a realização de investimentos (despesas de capital).
As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, através do ato
administrativo chamado orçamento público. Excepções são as chamadas despesas extra
orçamentárias.
3.2 CLASSIFICAÇÃO
As despesas públicas apresentam uma gama de classificações doutrinárias, não sendo obtidas
cientificamente nem pelo critério legal. Elas podem ser despesas ordinárias e extraordinárias,
sendo estas destinadas a despesas não programadas, geradas por situações urgentes e de
calamidade pública, não sendo renovadas anualmente nem previstas na lei orçamentária
anual. Já as despesas ordinárias são aquelas que constituem a rotina dos serviços públicos
sendo renovadas a cada ano.
Alguns autores ainda classificam as despesas em produtivas (que criam utilidades por meio
da actuação estatal – actividade policial, júris prudencial etc), reprodutivas (representam
aumento de capacidade produtora do país – construção de escolas, estradas etc) e
improdutivas (despesas inúteis). (SCHWANTZ, 2010, p. 17)
No entanto, o que nos interessa aqui é a classificação legal das despesas, pois estas estão
amparadas pelo critério normativo imposto a todos os entes federados e que devem ser
cumpridos correndo o risco de sua aplicabilidade tornar-se ilegal perante toda à publicidade.
Despesa não efectiva (ou por mudança patrimonial): não provocam alteração na Situação
Líquida Patrimonial (SLP) do Estado.
Sendo assim, as despesas legais são aquelas rescaldadas pela Lei Federal 4.320/64, sendo
classificadas em despesas correntes e despesas de capital.
DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio e Transferências Correntes
DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Pessoa Civil, Pessoal Militar, Material de Consumo, Serviços de Terceiros, Encargos
Diversos
Transferências Correntes
Subvenções Sociais, Subvenções Económicas, Inactivos Pensionistas, Salário Família e
Abono Familiar, Juros da Dívida Pública, Contribuições de Previdência Social, Diversas
Transferências Correntes.
Após o recebimento dos recursos estes devem ser aplicados, dentro do prazo programado e
acertado, e a entidade que recebeu o benefício deve elaborar a prestação de contas, na forma
estabelecida pelo órgão transferidor, e encaminhá-la, na data legalmente estabelecida,
juntamente com as demais exigências constantes do acordo, se houver.
Lei 4.320/64:
Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias económicas:
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Obras Públicas Serviços em Regime de Programação Especial, Equipamentos e Instalações,
Material Permanente, Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou
Entidades Industriais ou Agrícolas.
Inversões Financeiras
Aquisição de Imóveis, Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou
Entidades Comerciais ou Financeiras, Aquisição de Títulos Representativos de Capital de
Empresa em Funcionamento, Constituição de Fundos Rotativos, Concessão de Empréstimos,
Diversas Inversões Financeiras.
Transferências de Capital
Amortização da Dívida Pública, Auxílios para Obras Públicas, Auxílios para Equipamentos
e Instalações, Auxílios para Inversões Financeiras, Outras Contribuições.
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não
possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa
poderão ser custeados por dotações globais, classificadas entre as Despesas de
Capital.
SUBSEÇÃO SEGUNDA
Das Transferências de Capital
Art. 21. A Lei de Orçamento não consignará auxílio para investimentos que se devam
incorporar ao património das empresas privadas de fins lucrativos.
Os actos que criarem ou aumentarem tais despesas deverão ser instruídos com a estimativa de
impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois
subsequentes, além de demonstrar a origem dos recursos para seu custeio (art. 17, § 1º). Isso
não se aplica às despesas destinadas ao serviço da dívida e ao reajustamento de remuneração
de pessoal (§6º).
Em seu art. 18, caput, a LRF destacou as despesas com pessoal, que são assim previstas
como o somatório dos gastos do ente da Federação com os activos, os inactivos e os
4. CONCLUSÃO
Durante a realização do trabalho foi concluído que as evoluções económicas e sociais fizeram
com que o Estado passasse a justificar e a demonstrar como o dinheiro público era gasto e se
a sua finalidade estava sendo cumprida: a satisfação das necessidades públicas e manutenção
da máquina estatal.
Como fazer com que esses gastos fossem efectuados da maneira mais correcta possível?
Obedecendo ao que disciplina a Constituição Federal e criando leis que viessem a normalizar
tais actos públicos. Estas, por sua vez, devem ser aplicadas em todas as instâncias referentes
às despesas dos entes federados estando aptos á punições se suas “ordens” não fossem
cumpridas.
Esses dispêndios, que têm previsão legal, estão classificados em despesas correntes e de
capital, cada uma com sua particularidade e características que auxiliam na aplicação do
dinheiro público pelos entes estatais.
Estas despesas devem seguir as normas da Lei de Responsabilidade Fiscal que tem por
finalidade controlar os gastos públicos para que os dispêndios com o sector estatal não
ultrapassem sua real necessidade e tenham como principal finalidade alcançar, com máxima
objectividade, a sociedade e suas utilidades sociais e económicas.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Direito Financeiro. Estatui Normas
Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Vade Mecum Saraiva. 18. ed.
atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2014.
CAMPOS, Dejalma de. Direito financeiro e orçamentário. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2001.
DEODATO, Alberto. Manual de ciência das finanças. 13 ed., São Paulo: Saraiva, 1973.
LUDÍCIBUS, Ségio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não
contador. 3. ed . São Paulo: Atlas, 2000.