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Aula 13

SEFAZ-PA - Direito Tributário - 2022 -


(Pós-Edital)

Autor:
Fábio Dutra

01 de Fevereiro de 2022
Fábio Dutra
Aula 13

Índice
1) Simples Nacional - Aspectos Gerais
..............................................................................................................................................................................................3

2) Definição de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte


..............................................................................................................................................................................................6

3) Vedação e Exclusão do Simples Nacional


..............................................................................................................................................................................................
12

4) Tributação no Simples Nacional e Tratamento Diferenciado nas Aquisições Públicas


..............................................................................................................................................................................................
19

5) Investidor Anjo e o MEI


..............................................................................................................................................................................................
29

6) Obrigações Acessórias, Responsabilidade e Fiscalização


..............................................................................................................................................................................................
32

7) Estímulo à Inovação, Parcelamento e Restituição


..............................................................................................................................................................................................
35

8) Questões Comentadas - Simples Nacional - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
51

9) Lista de Questões - Simples Nacional - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
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SIMPLES NACIONAL
Em decorrência do princípio da isonomia, cuja essência consiste em tratar desigualmente os
desiguais, não seria justo que as pequenas empresas, ao iniciar suas atividades, se submetessem à mesma
carga tributária das grandes empresas.

O mesmo raciocínio se aplica em relação ao cumprimento das obrigações acessórias, já que não se
compara a estrutura administrativa de uma multinacional com o boteco do Seu João, correto?

Desse modo, existe previsão constitucional (desde a sua promulgação em 1988) para que se institua
tratamento diferenciado às microempresas (ME) e às empresas de pequeno porte (EPP), em seu art. 179 (no
capítulo que cuida dos princípios gerais da atividade econômica):

Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às


microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento
jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução
destas por meio de lei.

De acordo com o STF (ADI 1.643/UF), “não há ofensa ao princípio da isonomia tributária se a lei, por
motivos extrafiscais, imprime tratamento desigual a microempresas e empresas de pequeno porte de
capacidade contributiva distinta (...)”. Percebe-se, portanto, que o tratamento diferenciado para as ME e
EPPs já foi chancelado pelo STF.

Vamos sintetizar isso para fins de concurso público? Guarde assim:

 Todos os entes federativos dispensarão tratamento diferenciado;


 A lei definirá o conceito de ME e EPP;
 Tratamento jurídico diferenciado: simplificação, eliminação ou redução.

Palavras-chave: simplificação, eliminação ou redução.

O problema é que cada ente federativo criou um sistema próprio, concedendo tratamento
diferenciado às MEs e EPPs, de forma que não havia qualquer uniformidade nas normas. Ou seja, a
simplificação acabou se tornando uma “bagunça”.

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Diante disso, o legislador constituinte providenciou alteração no texto constitucional, por intermédio
da Emenda Constitucional 42/2003, incluindo a alínea “d” ao art. 146, III, cuja redação é a seguinte:

Art. 146. Cabe à lei complementar:

(...)

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

(...)

d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as


empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do
imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da
contribuição a que se refere o art. 239. ==18b843==

Observação: os tributos a que se refere esse dispositivo são os seguintes:

 ICMS;

 Contribuição previdenciária do empregador e da entidade a ele equiparada pela lei;

 Contribuição para o PIS/Pasep;

Veja que a situação mudou completamente de figura. A partir da EC 42/03, cabe à lei complementar
estabelecer normas gerais sobre o tratamento diferenciado e favorecido às MEs e EPPs, da mesma forma
como o CTN cuidou da decadência e da prescrição, por exemplo. Isso significa que o objetivo do art. 179 da
CF/88 será cumprido, mas terá que seguir os parâmetros definidos na lei complementar.

Não satisfeito, o legislador ainda acrescentou o par. único ao art. 146, no qual está prescrito o
seguinte:

Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir
um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
42, de 19.12.2003)

I - será opcional para o contribuinte;

II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado;

III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos


pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção
ou condicionamento;

IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes


federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes.

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Agora deve ter ficado bastante simples de entender qual é a real intenção do legislador, em relação
ao tratamento diferenciado a ser conferido às MEs e EPPs.

Diante do exposto, é possível concluir também que o Simples Nacional é um regime único de
arrecadação de diversos tributos (federais, estaduais e municipais), o que não se confunde com imposto
único.

Nessa linha, também podemos dizer que o objetivo da criação desse mecanismo é reduzir a
burocracia e também a carga tributária a que estão sujeitas as empresas menores.

A sistemática do Simples Nacional não se confunde com a cobrança de imposto único.

Objetivo do Simples Nacional: redução de burocracia e carga tributária.

Outro aspecto interessante é que o legislador também acrescentou o art.94 no ADCT (ao final da
CF/88), estabelecendo que, a partir do momento em que a lei complementar definida no art. 146, III, d, da
CF/88 entrar em vigor, cessarão todos os regimes especiais criados pelos entes para as MEs e EPPs. Surge,
então, a eminente Lei Complementar 123/2006, já tendo sido modificada diversas vezes a partir de então.

Observação: Com o advento da LC 123/2006, o Simples Federal, existente até então pela
Lei 9.317/1996, foi extinto, com base no art. 94 do ADCT, surgindo o Simples Nacional.
Atualmente, considere errada qualquer questão que fale na vigência do Simples Federal.

O mais interessante é que, com o que vimos até o momento, você já é capaz de acertar mais de 50%
das questões que versam sobre o Simples Nacional. Portanto, grave tudo, caro aluno(a)!!!

Em suma, o Simples Nacional é o regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União,
dos Estados, do DF e dos Municípios.

Embora se trate de um sistema de recolhimento único, a alíquota total consiste na soma das
alíquotas dos respectivos tributos que compõem a sistemática do Simples Nacional. Tais alíquotas são
escalonadas de forma progressiva com base no faturamento da empresa, dentro dos limites por nós
estudados.

Vistos os conceitos constitucionais acerca do Simples Nacional, passemos ao estudo específico da LC


123/2006.

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Definição de Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP)

A definição de ME e EPP foi realizada pelo art. 3º, da LC 123/2006, com base no volume da receita
bruta das empresas. Antes de partirmos para os números, é necessário entender o que vem a ser receita
bruta, de acordo com a LC 123/06 (e isso é muito importante para nossa prova!!!):

Art. 3º - (...):

§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da
venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados
e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os
descontos incondicionais concedidos.

Vamos esmiuçar o conceito de receita bruta previsto na LC 123/2006!

Operações de conta própria  é o caso da empresa que vende suas próprias mercadorias
e presta seus serviços, como uma loja de roupas, por exemplo.

Operações em conta alheia  é o caso da empresa que vende produtos consignados em


seu estabelecimento, por meio de contratos de comissão como, por exemplo, uma loja de
carros.

É importante considerarmos que, ao mencionar produto da venda, preço dos


serviços, resultados de operações em conta alheia, o legislador se refere ao valor total da
receita de vendas, e não o lucro. Admite-se, porém, a exclusão das vendas canceladas e
dos descontos incondicionais concedidos.

Neste ponto, vale observar que o desconto incondicional é aquele concedido independentemente de
qualquer evento posterior à emissão da nota fiscal de venda, ou seja, eles já constam na própria nota fiscal.
Por exemplo, quando você pede um desconto e o lojista imediatamente concede 5%, é um desconto
incondicional. Porém, se o vendedor oferece 10% de desconto na próxima compra, trata-se de um desconto
condicional.

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De acordo com a Resolução CGSN nº 94/2011:

-As gorjetas, sejam elas compulsórias ou não, integram a receita bruta que serve de base
de cálculo do Simples Nacional;

-A venda de bens do ativo imobilizado não integra a base de cálculo do Simples Nacional.

Agora sim, você está pronto para ver os valores estipulados pelo legislador para definir o conceito de
ME e EPP:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou


empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa
individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei
no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de
Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior


a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e

II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta


superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$
4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).

Podem ser consideradas ME ou EPP:

-Sociedade empresária;

-Sociedade simples;

-Empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI);

-Empresário.

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Observação: Se as atividades da empresa se iniciaram no próprio ano-calendário, os


valores são proporcionais ao número de meses (inclusive as frações de meses) em que a
ME ou EPP houver exercido a atividade (LC 123/06, art. 3º, § 2º).

ME  Receita Bruta ≤ R$ 360.000,00

==18b843==

EPP  R$ 360.000,00 < Receita Bruta ≤ R$ 4.800.000,00

Observação: Quanto ao prazo para opção pelo Simples Nacional, guarde o seguinte:

Para empresas em início de atividade  o prazo para solicitação de opção é de 30 dias


contados do último deferimento de inscrição (municipal ou estadual, caso exigíveis), desde
que não tenham decorridos 180 dias da inscrição do CNPJ. Se deferida, a opção produz
efeitos a partir da data da abertura do CNPJ. Após esse prazo, a opção somente será
possível no mês de janeiro do ano-calendário seguinte.

Para empresa que não está em início de atividade  a opção pelo Simples Nacional
somente poderá ser realizada no mês de janeiro, até o seu último dia útil, produzindo
efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção.

Com base nisso, se uma empresa quiser se enquadrar como EPP, iniciando suas atividades em
Outubro (ignoremos as frações de meses), o limite da receita bruta a ser auferida até o término do ano-
calendário do início das atividades é de R$ 1.200.000,00 (3 x R$ 400.000,00).

“E se a receita bruta exceder o valor de R$ 4.800.000,00 ou o valor proporcional ao número de meses


(R$ 1.200.000,00 no nosso exemplo)?”

Bom, nesse caso, é importante analisar se isso ocorreu no ano de início das atividades da empresa ou
não.

Se tiver ocorrido no ano de início das atividades da empresa, e a receita bruta anual ou proporcional
a esta tiver superado mais de 20% do limite (R$ 400.000,00 x nº de meses), ou seja, acima de R$ 480.000,00
x nº de meses, a empresa fica excluída do Simples Nacional, com efeitos retroativos ao início das
atividades.

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Se, por outro lado, a receita bruta anual tiver excedido o limite em até 20% deste, ficará excluída do
Simples Nacional sem, contudo, haver efeitos retroativos sobre os meses anteriores.

Vamos supor, agora, que a empresa tenha excedido o limite fora do ano de início das suas atividades.
Neste caso, em qualquer caso, não há que se falar em efeitos retroativos. Sendo assim, se o valor exceder
o limite em até 20%, a exclusão só produzirá efeitos a partir do próximo ano-calendário. Por outro lado, se a
receita bruta exceder mais do que 20% do limite, a exclusão ocorre a partir do mês seguinte.

A título de ilustração do último caso apresentado, se no mês de Junho a empresa já tiver acumulado
receita bruta superior a R$ 5.760.000,00 (R$ 4.800.000,00 + 20%), a exclusão ocorrerá a partir do mês de
Julho. Caso contrário, a empresa deixará de participar do Simples Nacional, no ano subsequente.

E se a situação for inversa, ou seja, se a EPP faturar menos de R$ 360.000,00 no ano calendário?
Passa, a partir do ano seguinte, à condição de ME. Semelhantemente, se a ME se desenvolver e superar o
teto previsto para a sua categoria, passa à condição de EPP, a partir do ano seguinte, salvo se ultrapassar o
teto de R$ 4.800.000,00, hipótese em que se aplicam as regras expostas acima.

Destaque-se que, para fins de enquadramento como EPP, a empresa pode auferir receitas de R$
4.800.000,00 no mercado interno e, adicionalmente, receitas decorrentes de exportação de mercadorias,
dentro do mesmo limite. Ou seja, são dois limites iguais: R$ 4.800.000,00 para o mercado interno somado a
R$ 4.800.000,00 para exportação.

A LC 147/2014 promoveu alterações na LC 123/2006, de modo que, a partir de janeiro de


2015, o limite extra também será aplicável às receitas decorrentes de exportação de
serviços. Antes, o limite só se aplicava à exportação de mercadorias.

Ressaltamos que se considera exportação, ainda que realizada por meio de empresa comercial
exportadora ou da sociedade de propósito específico, prevista no art. 56 da LC 123/2006 (art. 3º, § 14).

Outro ponto digno de nota é que, em caso de empresa que venda internamente e exporte mercadorias, para
fins de definição da base de cálculo e da alíquota aplicável, serão consideradas separadamente as receitas
brutas auferidas no mercado interno e aquelas decorrentes da exportação (art. 3°, § 15, com redação dada
pela LC 147/2014).

Ademais, cabe destacar também que, na hipótese de a ME ou EPP auferir receitas sujeitas a
substituição tributária, ou decorrentes de exportação, deverá informar essas receitas destacadamente, de
modo que o aplicativo de cálculo (PGDAS-D) as desconsidere da base de cálculo dos tributos objeto de
substituição (no caso de a ME ou EPP se encontrar na condição de substituída tributária) ou exportação.
Ressalte-se, porém, que essas receitas continuam fazendo parte da base de cálculo dos demais tributos
abrangidos pelo Simples Nacional.

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Observação: O Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional -


Declaratório (PGDAS-D) é um sistema eletrônico para a realização do cálculo do Simples
Nacional para os períodos de apuração a partir de janeiro de 2012, conforme determinam
a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (e alterações) e a Resolução CGSN
nº 94, de 29 de novembro de 2011.

É também muito relevante citar o que foi previsto no § 3º, do art. 3º, da LC 123/2006:

O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como


microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desenquadramento não
implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos por elas
anteriormente firmados.

Enquadramento e desenquadramento de ME ou EPP não influenciam nos contratos por


elas já firmados.

Por fim, e, não menos importante, é o fato de que a LC 155/2016, ao aumentar o limite da receita
bruta da EPP para R$ 4.800.000,00, incluiu o art. 13-A na LC 123/2006, mantendo o teto antigo (R$
3.600.000,00) para os tributos ICMS e ISS. Como assim? Vamos entender melhor!

Você aprenderá, ainda nesta aula, que existem diversos tributos incluídos na sistemática do Simples
Nacional, como o IRPJ, a CSLL, PIS/Pasep e Cofins, ICMS, ISS etc. A maior parte dos tributos é, sem dúvida,
de competência da União. Quanto a esses tributos, o limite para recolhimento com base nas alíquotas
diferenciadas do Simples Nacional é realmente de R$ 4.800.000,00.

Porém, no tocante aos tributos de competência dos Estados e DF (ICMS) e dos Municípios e DF (ISS),
foi mantido o limite anterior de R$ 3.600.000,00. Assim, uma empresa que fature algo entre R$ 3.600.000,00
e R$ 4.800.000,00, poderá calcular os tributos federais incluídos no Simples por essa sistemática, mas o ICMS,
caso seja devido, será calculado conforme ocorre com as demais empresas não incluídas no Simples
Nacional. O mesmo raciocínio se estende ao ISS. Ok?

Enquadramento diferenciado por Estado, Distrito Federal ou Município

Você se lembra de que uma das características estabelecidas pelo legislador constituinte, no art. 146,
par. único, II, é que poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado?

Em cumprimento a este preceito constitucional, a LC 123/2006 estabeleceu algumas regras que


iremos sintetizar na tabela abaixo, a fim de facilitar a sua compreensão:

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% de Participação no PIB Nacional Limite da EPP


% de Partic. PIB ≤ 1% Até R$ 1.800.000,00
% de Partic. PIB > 1% Até R$ 3.600.000,00

Vamos entender! Para os Estados que não tenham adotado sublimite na forma explicada acima (R$ 1,8
milhão) e, para aqueles cuja participação no PIB seja superior a 1%, para efeito de recolhimento do ICMS e
do ISS, observar-se-á obrigatoriamente o sublimite no valor de R$ 3.600.000,00. Afinal, já sabemos que,
quanto ao ICMS e ISS, não vale o limite 4,8 milhões, não é mesmo? 

As empresas localizadas nos Estados que optarem pelo sublimite, quando excederem o teto, passarão
a contribuir com o ICMS e o ISS (sim, o ISS também!) do mesmo modo que as demais empresas que não se
enquadram no Simples Nacional.

Observação:

- O limite da EPP para ICMS e ISS, como visto, é de R$ 3.600.000,00 (para os tributos federais
é R$ 4.800.000,00);

- As regras da tabela se aplicam ao Distrito Federal;

- A exclusão do Simples ocorrerá no mês seguinte ou no ano seguinte, a depender do valor


que exceder o limite estadual (regra dos 20%);

- A participação no PIB é apurada levando em consideração o último resultado do IBGE ou


outro órgão que o substitua.

- Esta regra é válida a partir de janeiro de 2018.

Quando um Estado opta pelo sublimite, TODOS os Municípios nele localizados adotam,
obrigatoriamente, o mesmo limite estadual.

Daí o fato de dizer que o ISS também é recolhido por “fora”.

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Vedações à opção pelo Simples Nacional

A LC 123/2006 estabeleceu duas distintas vedações: vedação plena e vedação parcial.

A vedação plena diz respeito ao impedimento total de participar do regime diferenciado e


favorecido do Simples Nacional. A vedação parcial, por outro lado, impede apenas as pessoas de
recolherem os tributos e contribuições na forma do Simples Nacional.

Vamos entender melhor: a LC 123/2006 concede tratamento jurídico diferenciado às MEs e EPPs,
além de um regime único e favorecido de arrecadação tributária.

Quando a pessoa se encontra nas hipóteses de vedação plena, não pode se beneficiar nem do
tratamento jurídico diferenciado, nem do regime de tributação favorecido. Por outro lado, quando a vedação
é parcial, a empresa só fica impedida de recolher os tributos conforme as regras do Simples Nacional,
podendo gozar dos benefícios não tributários da LC 123/2006. Entendido?

Em relação às hipóteses de vedação plena e vedação parcial, não vamos ficar aqui transcrevendo
páginas da LC 123/06. Vou apenas dizer onde está localizado, e você vai lá fazer uma leitura atenta! Vamos
transcrever abaixo os dispositivos mais importantes sobre o tema. Vamos lá! 

Vedação Plena  LC 123/2006, art. 3º, §§ 4º, 5º e 6º.

Em suma, você deve memorizar o seguinte:

Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado (Simples Nacional), para


nenhum efeito legal (vedação plena), a pessoa jurídica:

I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;

II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede
no exterior;

III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia
de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei
Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II
do caput deste artigo;

IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra
empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global
ultrapasse o limite de R$ 4.800.000,00;

V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins
lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do
caput deste artigo;

VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;

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VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;

VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de


caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito
imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de
empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de
previdência complementar;

IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento


de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;

X - constituída sob a forma de sociedade por ações.

XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço,


relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade. (Incluído pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)

Vedação Parcial  LC 123/2006, art. 17.

Como são muitas as hipóteses, inseriremos abaixo as mais importantes, sendo muito importante que
você abra a LC 123/2006 e faça uma atenta leitura das demais:

Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional (Vedação


Parcial) a microempresa ou a empresa de pequeno porte:

I - que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria


creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber,
gerenciamento de ativos (asset management) ou compra de direitos creditórios resultantes
de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring) ou que execute
operações de empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito,
exclusivamente com recursos próprios, tendo como contrapartes microempreendedores
individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, inclusive sob a forma de
empresa simples de crédito; (a parte destacada foi incluída pela LC 167/2019)

II - que tenha sócio domiciliado no exterior;

III - de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal,
estadual ou municipal;

V - que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas
Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;

VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, exceto


quando na modalidade fluvial ou quando possuir características de transporte urbano ou
metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o

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transporte de estudantes ou trabalhadores; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147,


de 2014)

VII - que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica;

VIII - que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;

IX - que exerça atividade de importação de combustíveis;

X - que exerça atividade de produção ou venda no atacado de:

a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras,
explosivos e detonantes;

b) bebidas não alcoólicas a seguir descritas:

1 - refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas;

2 - preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores


concentrados), para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até
10 (dez) partes da bebida para cada parte do concentrado;

3 - cervejas sem álcool;

c) bebidas alcoólicas, exceto aquelas produzidas ou vendidas no atacado por:

1 - micro e pequenas cervejarias;

2 - micro e pequenas vinícolas;

3 - produtores de licores;

4 - micro e pequenas destilarias;

XII - que realize cessão ou locação de mão-de-obra;

XIV - que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis.

XV - que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a


prestação de serviços tributados pelo ISS.

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XVI - com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal
ou estadual, quando exigível.

Chamamos sua atenção para a alínea “c” acima, uma vez que se trata de novas atividades admitidas
pela LC 155/2016. Veja que, excepcionalmente, a produção ou venda no atacado de bebidas alcoólicas foi
admitida, desde que realizada pelas empresas ali citadas.

Tais empresas deverão obrigatoriamente ser registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento (MAPA) e obedecerão também à regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, quanto à produção e à comercialização de bebidas alcoólicas.

==18b843==

Antes da LC 147/2014, todos os que prestavam serviços de transporte intermunicipal e


interestadual de passageiros não podiam recolher os tributos na forma prevista no Simples.
Atualmente, há algumas exceções, previstas no inciso VI acima!

Observação: Em caso de vedação plena, os efeitos se iniciam a partir do mês seguinte


àquele no qual ocorreu a situação impeditiva.

É muito importante se atentar às alterações promovidas pela LC 147/2014, já que há mais


possibilidade de virem a ser cobradas em prova.

Opção pelo regime do Simples Nacional

Em relação à opção pelo regime do Simples Nacional, consideram-se automaticamente optantes


aquelas MEs e EPPs que já eram optantes pelo Simples Federal (Lei 9.317/96) desde 2007.

No que concerne às demais empresas, a opção por esse regime diferenciado e favorecido deve ser
feita no mês de janeiro, até seu último dia útil, hipótese que produz efeitos a partir do primeiro dia do
ano-calendário da opção. Pode acontecer de a opção produzir efeitos desde o início das atividades da
empresa, desde que exercida nos termos, prazo e condições a serem estabelecidos no ato do Comitê Gestor.

Observação: O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) constitui uma das instâncias
gestoras do Simples Nacional, cuja atribuição é regulamentar a opção, exclusão, tributação,
fiscalização, arrecadação, cobrança, dívida ativa, recolhimento e demais itens relativos ao
regime único de tributação.

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Cabe destacar, ainda, que é o Comitê Gestor que regulamentará a opção automática acima citada.
Além disso, também é atribuição do Comitê Gestor regulamentar a forma como o indeferimento da opção
pelo Simples Nacional será efetuado, mediante ato da Administração Tributária.

Exclusão do regime do Simples Nacional

A exclusão do regime do Simples Nacional pode ser feita tanto de ofício, como mediante comunicação
das empresas optantes. Como vimos na observação do tópico anterior, cabe ao CGSN regulamentar tanto a
opção como também as regras de exclusão.

Vejamos as situações em que ocorre exclusão de ofício (LC 123/2006, art. 29):

I - verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória;

II - for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de


exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não
fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade
que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição
de auxílio da força pública;

III - for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao


estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas
atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;

IV - a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas;

V - tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta Lei Complementar;

VI - a empresa for declarada inapta, na forma dos arts. 81 e 82 da Lei no 9.430, de 27 de


dezembro de 1996, e alterações posteriores;

VII - comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho;

VIII - houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da


movimentação financeira, inclusive bancária;

IX - for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em
20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano
de início de atividade;

X - for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para
comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de
estoque, for superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de recursos no mesmo
período, excluído o ano de início de atividade;

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XI - houver descumprimento reiterado da obrigação contida no inciso I do caput do art. 26;

XII - omitir de forma reiterada da folha de pagamento da empresa ou de documento de


informações previsto pela legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, segurado
empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual que lhe preste serviço.

Sem nos aprofundarmos nos detalhes, perceba que, em todas as hipóteses acima citadas, compete à
autoridade administrativa promover a exclusão de ofício das empresas optantes pelo Simples Nacional.

Já a exclusão do regime mediante comunicação das próprias MEs e EPPs, ocorre nos seguintes casos
(LC 123/2006, art. 30):

I - por opção;

II - obrigatoriamente, quando elas incorrerem em qualquer das situações de vedação


previstas nesta Lei Complementar; ou

III - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário de início de atividade, o


limite proporcional de receita bruta de que trata o § 2o do art. 3o;

IV - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário, o limite de receita bruta


previsto no inciso II do caput do art. 3o, quando não estiver no ano-calendário de início de
atividade.

Percebe-se que a exclusão por comunicação deve ser feita pela empresa, quando ela desejar não
mais ser tributada pelo regime do Simples Nacional ou quando se enquadrar em hipótese que a impeça de
continuar no regime (limite de faturamento ou outras situações vedatórias). Atenção, lembre-se de que a
comunicação deve ser feita à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB)!

E não para por aí! Considerando o nível de exigência das provas, precisamos conhecer os prazos para
comunicação da exclusão pelas micro e pequenas empresas. Para isso, criei uma tabela para facilitar o
entendimento:

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Motivo da Exclusão Data-Limite para comunicação à RFB


1) Exclusão por opção Até o último dia útil do mês de janeiro.
2) Exclusão obrigatória, quando ME ou EPP incorrer Até o último dia útil do mês subseqüente àquele em
em qualquer das situações de vedação previstas que ocorrida a situação de vedação.
nesta Lei Complementar
3) Exclusão obrigatória, quando ultrapassado, no a) Até o último dia útil do mês seguinte àquele em
ano-calendário de início de atividade, o limite que tiver ultrapassado em mais de 20% do limite
proporcional de receita bruta proporcional.
b) Até o último dia útil do mês de janeiro do ano-
calendário subsequente ao de início de atividades,
caso o excesso seja inferior a 20% do limite.
4) Exclusão obrigatória, quando ultrapassado o a) Até o último dia útil do mês subsequente à
limite de receita bruta, fora do ano-calendário de ultrapassagem em mais de 20% do limite de receita
início de atividade bruta.
b) Até o último dia útil do mês de janeiro do ano-
calendário subsequente, na hipótese de não ter
ultrapassado em mais de 20% do limite de receita
bruta.

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Tributação no Simples Nacional

A opção pelo regime de tributação do Simples Nacional acarreta, para as MEs e EPPs, o recolhimento
mensal, mediante documento único de arrecadação de diversos impostos e contribuições. Este documento
é denominado Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).

Somente alguns impostos e contribuições estão incluídos na sistemática do Simples


Nacional.

Não se inclui nesse regime as demais espécies tributárias.

É importante salientar também que, muito embora os cálculos dos tributos sejam feitos com base na
receita auferida no mês (regime de competência), a LC 123/06 permite, na forma regulamentada pelo
Comitê Gestor, que a empresa opte do cálculo pelo regime de caixa, considerando as receitas efetivamente
recebidas no mês.

Observação: Para determinação da faixa de alíquotas aplicável, o sujeito passivo deverá


continuar utilizando o regime de competência. A receita mensal recebida (regime de caixa)
será utilizada, para efeito de determinação da base de cálculo mensal, na apuração dos
valores devidos, ou seja, o valor sobre o qual incidirão as alíquotas dos tributos incluídos
na sistemática do Simples Nacional.

Outro detalhe a ser destacado é que, em cumprimento ao postulado da isonomia, as alíquotas são
progressivas, diretamente em função do volume de receitas. Ou seja, aqueles que vendem mais, possuem
incidência mais gravosa.

Ademais, também em decorrência do princípio da isonomia, há distinção entre as alíquotas,


conforme a atividade exercida pela empresa (comércio, indústria ou prestação de serviços).

Vamos ver, então, quais são os tributos incluídos na sistemática do Simples Nacional:

Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de
arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:

I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ;

II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o disposto no inciso XII do § 1o


deste artigo;

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III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL;

IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, observado o


disposto no inciso XII do § 1o deste artigo;

V - Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII do § 1o deste artigo;

VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa


jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da
microempresa e da empresa de pequeno porte que se dedique às atividades de prestação
de serviços referidas no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar;

VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de


Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS;

VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.

Observação: Serviços excepcionados da inclusão da CPP no Simples Nacional:

1) Construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de


subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de
interiores;

2) Serviço de vigilância, limpeza ou conservação;

3) Serviços advocatícios (Incluído pela LC 147/2014).

Vamos ver, então, os impostos e contribuições não submetidos ao Simples Nacional:

I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores


Mobiliários - IOF;

II - Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros - II;

III - Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados


- IE;

IV - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR;

V - Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em


aplicações de renda fixa ou variável;

VI - Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do


ativo permanente;

VII - Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos


e Direitos de Natureza Financeira - CPMF;

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VIII - Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;

IX - Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao trabalhador;

X - Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade


de contribuinte individual;

XI - Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica
a pessoas físicas;

XII - Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes na importação de bens e


serviços;

XIII - ICMS devido:

a) nas operações sujeitas ao regime de substituição tributária, tributação concentrada em


uma única etapa (monofásica) e sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do
imposto com encerramento de tributação, envolvendo combustíveis e lubrificantes;
energia elétrica; cigarros e outros produtos derivados do fumo; bebidas; óleos e azeites
vegetais comestíveis; farinha de trigo e misturas de farinha de trigo; massas alimentícias;
açúcares; produtos lácteos; carnes e suas preparações; preparações à base de cereais;
chocolates; produtos de padaria e da indústria de bolachas e biscoitos; sorvetes e
preparados para fabricação de sorvetes em máquinas; cafés e mates, seus extratos,
essências e concentrados; preparações para molhos e molhos preparados; preparações de
produtos vegetais; rações para animais domésticos; veículos automotivos e automotores,
suas peças, componentes e acessórios; pneumáticos; câmaras de ar e protetores de
borracha; medicamentos e outros produtos farmacêuticos para uso humano ou
veterinário; cosméticos; produtos de perfumaria e de higiene pessoal; papéis; plásticos;
canetas e malas; cimentos; cal e argamassas; produtos cerâmicos; vidros; obras de metal e
plástico para construção; telhas e caixas d’água; tintas e vernizes; produtos eletrônicos,
eletroeletrônicos e eletrodomésticos; fios; cabos e outros condutores; transformadores
elétricos e reatores; disjuntores; interruptores e tomadas; isoladores; para-raios e
lâmpadas; máquinas e aparelhos de ar-condicionado; centrifugadores de uso doméstico;
aparelhos e instrumentos de pesagem de uso doméstico; extintores; aparelhos ou
máquinas de barbear; máquinas de cortar o cabelo ou de tosquiar; aparelhos de depilar,
com motor elétrico incorporado; aquecedores elétricos de água para uso doméstico e
termômetros; ferramentas; álcool etílico; sabões em pó e líquidos para roupas;
detergentes; alvejantes; esponjas; palhas de aço e amaciantes de roupas; venda de
mercadorias pelo sistema porta a porta; nas operações sujeitas ao regime de substituição
tributária pelas operações anteriores; e nas prestações de serviços sujeitas aos regimes de
substituição tributária e de antecipação de recolhimento do imposto com encerramento
de tributação; (Redação dada pele Lei Complementar nº 147, de 2014)

b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação estadual ou
distrital vigente;

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c) na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive


lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem como energia elétrica,
quando não destinados à comercialização ou industrialização;

d) por ocasião do desembaraço aduaneiro;

e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documento


fiscal;

f) na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal;

g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do


recolhimento do imposto, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal:

1. com encerramento da tributação, observado o disposto no inciso IV do § 4º do art. 18


desta Lei Complementar;

2. sem encerramento da tributação, hipótese em que será cobrada a diferença entre a


alíquota interna e a interestadual, sendo vedada a agregação de qualquer valor;

h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou mercadorias, não


sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à diferença entre
a alíquota interna e a interestadual;

XIV - ISS devido:

a) em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte;

b) na importação de serviços;

XV - demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos


Municípios, não relacionados nos incisos anteriores.

Observação:

A CPMF já foi extinta.

Não se assuste com a extensa redação da alínea “a” do inciso XII, pois o mais importante é
fazer uma leitura atenta e saber que não está compreendido no Simples Nacional o ICMS
nas operações sujeitas ao regime de substituição tributária, tributação concentrada em
uma única etapa (monofásica) e sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do
imposto com encerramento de tributação.

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A alínea “h” se refere ao diferencial de alíquotas (DIFAL) disciplinado pela CF/88, no art.
155, § 2º, VII.

A maneira mais eficaz de memorizar os impostos e contribuições que estão incluídos no regime do
Simples Nacional é lembrar que, com exceção da Contribuição Patronal Previdenciária, todos os demais
citados guardam alguma relação com o faturamento da empresa. Ademais, como foi dito, elimine qualquer
alternativa de prova que cite outras espécies tributárias, que não os impostos e contribuições.

Acrescentamos, por fim, que os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da
microempresa ou empresa de pequeno porte, optante pelo Simples Nacional, são isentos de Imposto de
Renda da Pessoa Física (IRPF), salvo os que corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.
Isso significa que a remuneração por serviços prestados pelo sócio sofre tributação e a remuneração
decorrente de distribuição de lucros é isenta!

Observação: Esta isenção não é um benefício exclusivo das empresas optantes pelo
Simples Nacional, já que tal isenção também ocorre em relação às demais empresas não
optantes pelo Simples Nacional, em decorrência do disposto no art. 10, da Lei 9.249/1995.

Distribuição de lucros  isenção de IRPF

Remuneração por pró-labore, aluguéis ou serviço prestado  Tributação por IRPF.

Por último, e não menos importante, destacamos a possibilidade prevista no art. 18, § 18, da LC 123/06, que
prevê a possibilidade de os Estados, Distrito Federal e Municípios estabelecer, na forma definida pelo
Comitê Gestor, independentemente da receita bruta recebida no mês pelo contribuinte, valores fixos
mensais para o recolhimento do ICMS e do ISS devido por microempresa que aufira receita bruta, no ano-
calendário anterior, de até o limite máximo previsto na segunda faixa de receitas brutas anuais constantes
dos Anexos I a VI (falaremos sobre esse valor logo abaixo), ficando a microempresa sujeita a esses valores
durante todo o ano-calendário.

A definição do Comitê Gestor ocorreu na Resolução CGSM n° 140/2018, art. 33:

Art. 33. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito de suas respectivas


competências, independentemente da receita bruta auferida no mês pelo contribuinte,
poderão adotar valores fixos mensais, inclusive por meio de regime de estimativa fiscal ou
arbitramento, para o recolhimento do ICMS e do ISS devido por ME que tenha auferido
receita bruta total acumulada, nos mercados interno e externo, conjuntamente, no ano-
calendário anterior, de até R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais), observado o
disposto neste artigo. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 18)

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Se, por algum motivo, a empresa ultrapassar o limite acima fixado, voltará a recolher o ISS e ICMS da
mesma forma que as demais empresas optantes pelo Simples Nacional, a partir do mês subsequente à
ocorrência do excesso.

Atenção! Existe a possibilidade de ME recolher ICMS e ISS por meio de valores fixos
mensais, desde que haja estabelecimento pelos Estados, Distrito Federal e Municípios,
nos termos da Resolução CGSM n° 140/2018.

A não cumulatividade do ICMS e IPI e o Simples Nacional

O estudo da não cumulatividade do ICMS na sistemática do Simples Nacional envolve vários detalhes.
Novamente, vamos nos ater ao que é mais importante para a sua prova.

Sendo assim, eu pergunto: é possível recuperar o ICMS devido na etapa anterior da cadeia de
produção e comercialização de mercadorias, quando uma ou ambas as partes são optantes pelo Simples
Nacional? A resposta é: depende.

A regra geral está prevista no caput do art. 23 da LC 123/2006:

Art. 23. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples


Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou
contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.

Contudo, o § 1º, do art. 23, prevê o direito a crédito para as empresas não optantes do Simples
Nacional, quando estas adquirirem de MEs e EPPs optantes, correspondente ao valor incidente de ICMS
sobre a aquisição, desde que as mercadorias sejam destinadas à comercialização e industrialização.

Explique-se melhor: somente as empresas não optantes do Simples Nacional podem registrar crédito
de ICMS. As optantes não podem fazê-lo. Isso é fato! O que se permite no § 1º é o crédito (pela adquirente)
do que foi pago pela optante do Simples, quando vendeu mercadorias para outra empresa não optante do
referido regime.

Destaque-se que o § 4º do art. 23, da LC 123/06, não permite o registro do crédito que acabamos de
estudar, nas seguintes situações:

I - a microempresa ou empresa de pequeno porte estiver sujeita à tributação do ICMS no


Simples Nacional por valores fixos mensais;

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II - a microempresa ou a empresa de pequeno porte não informar a alíquota de que trata


o § 2º deste artigo no documento fiscal;

III - houver isenção estabelecida pelo Estado ou Distrito Federal que abranja a faixa de
receita bruta a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver sujeita no mês
da operação.

IV - o remetente da operação ou prestação considerar, por opção, que a alíquota


determinada na forma do caput e dos §§ 1o e 2o do art. 18 desta Lei Complementar deverá
incidir sobre a receita recebida no mês.

Se você entendeu bem como funciona a aplicação do princípio da não cumulatividade, nas aulas
anteriores, deve ter percebido que nem tudo o que foi pago está sendo compensado!

Imagine o caso de uma indústria optante pelo Simples Nacional. Devido à sua opção, não pode
==18b843==

creditar o ICMS pago nas operações anteriores. Portanto, na aquisição de insumos, o que foi pago de ICMS
não pode ser compensado.

Ainda que a empresa adquirente (quando não optante) possa se creditar do ICMS pago pela indústria
que optou pelo Simples Nacional, você viu que o ICMS relativo aos insumos deixou de ser recuperado.

Pensando nisso, o legislador previu no § 5º, do mesmo art. 23, a seguinte regra:

§ 5º Mediante deliberação exclusiva e unilateral dos Estados e do Distrito Federal, poderá


ser concedido às pessoas jurídicas e àquelas a elas equiparadas pela legislação tributária
não optantes pelo Simples Nacional crédito correspondente ao ICMS incidente sobre os
insumos utilizados nas mercadorias adquiridas de indústria optante pelo Simples
Nacional, sendo vedado o estabelecimento de diferenciação no valor do crédito em razão
da procedência dessas mercadorias.

Pela redação do dispositivo supracitado, perceba que deve haver deliberação exclusiva e unilateral
dos Estados e do DF para que o crédito se torne possível. Ademais, o benefício somente é aplicável quando
a optante é indústria.

-O optante pelo Simples Nacional nunca credita.

-O adquirente (se for não optante) pode creditar o valor pago pelo alienante optante pelo
Simples.

-É possível creditar também o valor relativo aos insumos, quando houver deliberação
exclusiva e unilateral dos Estados e DF.

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Peraí, professor! E quanto ao IPI? É possível escriturar o crédito?

Ao IPI aplica-se a mesma regra geral do caput do art. 23, da LC 123/2006: as microempresas e as
empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão
créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional. Sendo o IPI imposto
abrangido pelo Simples Nacional, as ME e EPP optantes por tal regime não podem se beneficiar do crédito
de IPI!

Por fim, deve ser ressaltado que as MEs e EPPs optantes pelo Simples Nacional não podem utilizar ou destinar
qualquer valor a título de incentivo fiscal:

Art. 24. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples


Nacional não poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal.

Observação: Memorize esse dispositivo, pois ele já caiu em provas!!!

Tratamento Diferenciado em Aquisições Públicas

De acordo com o art. 47, caput, da LC 123/06, com redação dada pela LC 147/2014, nas contratações
públicas da administração direta e indireta, autárquica e fundacional, federal, estadual e municipal, deverá
ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte
objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, a
ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo à inovação tecnológica.

Dessa forma, previu-se no art. 47, par. único, que, enquanto não sobrevier legislação estadual ou
municipal ou regulamento específico de cada órgão (conforme o caso) mais favorável à microempresa e
empresa de pequeno porte, aplica-se a legislação federal.

Neste caso, a administração pública (LC 123/06, art. 48, caput):

I - deverá realizar processo licitatório destinado exclusivamente à participação de


microempresas e empresas de pequeno porte nos itens de contratação cujo valor seja de
até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de
2014)

II - poderá, em relação aos processos licitatórios destinados à aquisição de obras e


serviços, exigir dos licitantes a subcontratação de microempresa ou empresa de pequeno
porte; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)

III - deverá estabelecer, em certames para aquisição de bens de natureza divisível, cota
de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto para a contratação de microempresas e
empresas de pequeno porte. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)

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Talvez você seja questionado(a) em uma possível prova se existe alguma situação em que o processo
licitatório seja destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte. A
resposta é sim, nos itens de contratação cujo valor seja de até R$ 80.000,00.

Há que se observar, entretanto, que estas condições diferenciadas concedidas às MEs e EPPs nem
sempre se aplicam, já que o art. 49, da LC 123/06, dispensou tais regras quando:

 Não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores competitivos enquadrados como microempresas, ou


empresas de pequeno porte sediados local, ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências
estabelecidas no instrumento convocatório;

 O tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não for
vantajoso para a administração pública, ou representar prejuízo ao conjunto, ou complexo do objeto a
ser contratado;

 A licitação for dispensável ou inexigível, nos termos da Lei 8.666/93.

Vale lembrar que o tratamento diferenciado conferido às MEs e EPPs não para por aí! A comprovação
de regularidade fiscal e trabalhista das microempresas e empresas de pequeno porte, nas licitações
públicas, somente será exigida para efeito de assinatura do contrato. Ou seja, apenas na efetiva contratação
da empresa pelo ente público. As demais empresas devem comprovar a regularidade fiscal na fase de
habilitação dos licitantes, isto é, antes da definição do vencedor do processo licitatório.

Comprovação de Regularidade Fiscal e Trabalhista

-Optantes p/ Simples Nacional  Assinatura do Contrato

-Demais empresas  Habilitação

Vale ressaltar que o art. 43, da LC 123/06, define que as microempresas e empresas de pequeno
porte, por ocasião da participação em certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação
exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal e trabalhista, mesmo que esta apresente alguma
restrição.

Observação:

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 Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal e trabalhista, será


assegurado o prazo de 5 (cinco) dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento
em que o proponente for declarado o vencedor do certame.

 A não-regularização da documentação, no prazo acima, implicará decadência do direito


à contratação, sem prejuízo das sanções previstas na legislação específica.

Outro ponto digno de nota é que o art. 44, caput, assegura, como critério de desempate, preferência
de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte:

Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de
contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte.

§ 1º Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas


microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento)
superiores à proposta mais bem classificada.

§ 2º Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o deste artigo


será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço.

Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e
empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% superiores à proposta mais bem classificada. Em se
tratando de pregão, o intervalo será de até 5% superior ao melhor preço. Em suma, ainda que a ME e EPP
não tenha oferecido a melhor proposta, é possível que logrem êxito no certame, pois será considerado
empate, e, neste caso, elas possuem preferência de contratação.

Em caso de empate, preferência para contratação de ME e EPP.

Mas o que seria empate?

Regra  propostas das ME e EPP iguais ou até 10% superiores à proposta melhor
classificada.

Pregão  propostas das ME e EPP iguais ou até 5% superiores à proposta melhor


classificada.

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O “Investidor-Anjo”

Com a publicação da Lei Complementar 155/2016, foi prevista a figura do “investidor-anjo”, que nada
mais é do que uma pessoa física ou jurídica que investe em pequenas empresas com alto potencial de
crescimento, fornecendo recursos para viabilizar o negócio e, consequentemente, obter retorno do seu
investimento.

Vejamos como o assunto foi tratado pelo art. 61-A, da LC 123/06, incluído pela LC 155/2016:

Art. 61-A. Para incentivar as atividades de inovação e os investimentos produtivos, a


sociedade enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos
desta Lei Complementar, poderá admitir o aporte de capital, que não integrará o capital
social da empresa. (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016)

A grande vantagem é que o investidor (pessoa física ou jurídica) não precisa integrar o capital social
da empresa para aportar o capital. O objetivo fica claro pela própria redação do dispositivo: incentivar as
atividades de inovação e os investimentos produtivos. É por isso que o legislador acrescentou o § 1º ao art.
61-A, estabelecendo a necessidade de as finalidades de fomento à inovação e investimentos produtivos
constarem no contrato de participação, com vigência não superior a sete anos.

Para fins de enquadramento da sociedade como microempresa ou empresa de pequeno


porte, os valores de capital aportado não são considerados receitas da sociedade.

A respeito do investidor-anjo, é muito importante guardarmos o seguinte:

I - não será considerado sócio nem terá qualquer direito a gerência ou a voto na administração da empresa,
resguardada a possibilidade de participação nas deliberações em caráter estritamente consultivo, conforme
pactuação contratual;

II - não responderá por qualquer dívida da empresa, inclusive em recuperação judicial, não se aplicando a
ele o art. 50 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil;

III - será remunerado por seus aportes, nos termos do contrato de participação, pelo prazo máximo de sete
anos (foi inicialmente previsto 5 anos, mas a LC 182/2021 alterou para 7 anos, portanto, atenção!);

IV - poderá exigir dos administradores as contas justificadas de sua administração e, anualmente, o


inventário, o balanço patrimonial e o balanço de resultado econômico; e

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V - poderá examinar, a qualquer momento, os livros, os documentos e o estado do caixa e da carteira da


sociedade, exceto se houver pactuação contratual que determine época própria para isso.

Observação: O art. 50, do Código Civil, trata da desconsideração da personalidade jurídica,


em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou
pela confusão patrimonial, situação em que o juiz pode decidir que os efeitos de certas e
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos
administradores ou sócios da pessoa jurídica.

A LC 182/2021 também previu que as partes contratantes poderão

I - estipular remuneração periódica, ao final de cada período, ao investidor-anjo, conforme contrato de


participação; ou

II - prever a possibilidade de conversão do aporte de capital em participação societária.


==18b843==

Vale ressaltar que, caso os sócios decidam pela venda da empresa, o investidor-anjo terá direito de
preferência na aquisição, bem como direito de venda conjunta da titularidade do aporte de capital, nos
mesmos termos e condições que forem ofertados aos sócios regulares. É o que prevê o art. 61-C, da LC
123/06, incluído pela LC 155/2016.

Em tempo, também devemos saber que os fundos de investimento poderão aportar capitais como
investidores-anjos em microempresas e empresas de pequeno porte:

Art. 61-D. Os fundos de investimento poderão aportar capital como investidores-anjos em microempresas e
em empresas de pequeno porte, conforme regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários

Microempreendedor Individual - MEI

A figura do Microempreendedor Individual – MEI – surgiu com o advento da LC 128/2008, lei


complementar que promoveu alterações na LC 123/2006. O MEI é um benefício criado com o objetivo de
formalização daquelas pessoas que possuem negócios pequenos.

A sistemática do MEI se baseia no recolhimento dos impostos e contribuições do Simples Nacional


em valores fixos mensais, seja qual for a receita bruta auferida, respeitado, é claro, o limite para
enquadramento como MEI, que por sinal é muito mais restrito do que o das MEs e EPPs: R$ 81.000,00 anual.

Os valores fixos a serem pagos pelo MEI são os seguintes:

 Contribuição para seguridade social, relativa ao empresário: R$ 45,65;


 ICMS: R$ 1,00, caso seja contribuinte desse imposto;
 ISS: R$ 5,00, caso seja contribuinte desse imposto.

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Observação: A contribuição descrita acima é a Contribuição previdenciária relativa à


pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual, no valor de 5% do limite
mínimo mensal do salário de contribuição (R$ 954,00 em 2018).

Destaque-se que o MEI é isento dos seguintes tributos: IR. CSLL, IPI, CPP (exceto se contratar um
empregado), do PIS e da COFINS.

No que se refere às vedações, foi estabelecido que não pode optar pelo recolhimento do Simples
Nacional em valores fixos o MEI:

I - cuja atividade seja tributada na forma dos Anexos V ou VI desta Lei Complementar, salvo
autorização relativa a exercício de atividade isolada na forma regulamentada pelo CGSN;

II - que possua mais de um estabelecimento;

III - que participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; ou

IV – constituído na forma de startup.

Observação: Considera-se startup a empresa de caráter inovador que visa a aperfeiçoar


sistemas, métodos ou modelos de negócio, de produção, de serviços ou de produtos, os
quais, quando já existentes, caracterizam startups de natureza incremental, ou, quando
relacionados à criação de algo totalmente novo, caracterizam startups de natureza
disruptiva.

A LC 123/2006, com as alterações promovidas pela LC 155/2016, estabelece ainda que poderá
enquadrar-se como MEI o empresário individual ou o empreendedor que exerça as atividades de
industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural que possua um único empregado
que receba exclusivamente um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional. Neste caso, deve
obedecer ao seguinte:

I - deverá reter e recolher a contribuição previdenciária relativa ao segurado a seu serviço na forma da lei,
observados prazo e condições estabelecidos pelo CGSN;

II - é obrigado a prestar informações relativas ao segurado a seu serviço, na forma estabelecida pelo CGSN;
e

III - está sujeito ao recolhimento da Contribuição Previdenciária Patronal (CPP), calculada à alíquota de 3%
sobre o salário de contribuição, na forma e prazos estabelecidos pelo CGSN.

Veja, portanto, que, se houver a contratação de um empregado, o MEI deixa de estar isento da CPP,
devendo recolhê-la, após o cálculo da alíquota de 3% sobre o valor do salário de contribuição.

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Obrigações acessórias

Nos arts. 25, 26 e 27 da LC 123/2006, o legislador estabeleceu as obrigações acessórias que ficaram
a cargo do optante pelo Simples Nacional.

Inicialmente, cabe evidenciar a necessidade de prestação de declarações anuais à Receita Federal do


Brasil:

Art. 25. A microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional
deverá apresentar anualmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil declaração única
e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais, que deverá ser disponibilizada
aos órgãos de fiscalização tributária e previdenciária, observados prazo e modelo
aprovados pelo CGSN e observado o disposto no § 15-A do art. 18.

Consoante o disposto no § 1º, do art. 25, a mencionada declaração constitui confissão de dívida e
instrumento hábil e suficiente para a exigência de tributos e contribuições que não tenham sido recolhidos
resultantes das informações nela prestadas.

Você deve se lembrar do que estudamos na aula sobre crédito tributário, acerca dos efeitos das
declarações prestadas pelo contribuinte, quando há verdadeira confissão de dívida sem o correspondente
pagamento, correto? A consequência é a constituição do crédito tributário, sem que haja procedimento
administrativo ou notificação ao contribuinte, dando início, então, ao prazo prescricional.

Além disso, caso a empresa, optante pelo Simples Nacional, também esteja em situação de
inatividade, deve informar tal fato na declaração anual prestada à RFB, na forma regulamentada pelo
Comitê Gestor. Considera-se situação de inatividade quando a ME ou EPP não apresentar mutação
patrimonial e atividade operacional durante todo o ano-calendário.

Destacamos também as seguintes obrigações acessórias, a cargo das optantes pelo Simples Nacional:

 Emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de acordo com instruções expedidas pelo
Comitê Gestor;
 Manter em boa ordem e guardar os documentos que fundamentaram a apuração dos impostos e
contribuições devidos; e o cumprimento das obrigações acessórias a que se refere o art. 25 da LC
123/2006, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam
pertinentes.
 Manter o livro-caixa em que será escriturada sua movimentação financeira e bancária.

No que se refere ao MEI, a comprovação da receita bruta será feita mediante apresentação do
registro de vendas ou de prestação de serviços na forma estabelecida pelo CGSN, ficando dispensado da
emissão do documento fiscal citado como obrigação acessórias para os demais optantes do Simples
Nacional, salvo quando a emissão for obrigatória.

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O MEI só está obrigado a emitir documento fiscal em vendas destinadas a quem possua
CNPJ. Fica, portanto, dispensado da emissão da “nota fiscal”, quando o destinatário é
consumidor final.

Em tempo, a LC 123/2006 estabelece ao MEI que devem ser anexados ao registro de vendas ou de
prestação de serviços, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, os documentos fiscais comprobatórios
das entradas de mercadorias e serviços tomados referentes ao período, bem como os documentos fiscais
relativos às operações ou prestações realizadas eventualmente emitidos.
==18b843==

Com o intuito de promover a simplificação dos procedimentos a ser adotados pelas MEs e EPPs, o art.
27 da LC 123/06 previu a opção de que os optantes venham a adotar contabilidade simplificada para os
registros e controles das operações realizadas:

Art. 27. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional
poderão, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os registros e controles
das operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor.

Por último, dispõe o art. 26, § 4º, da LC 123/06, que cabe ao Comitê Gestor estabelecer outras
obrigações acessórias:

§ 4º É vedada a exigência de obrigações tributárias acessórias relativas aos tributos


apurados na forma do Simples Nacional além daquelas estipuladas pelo CGSN e atendidas
por meio do Portal do Simples Nacional, bem como, o estabelecimento de exigências
adicionais e unilaterais pelos entes federativos, exceto os programas de cidadania fiscal.

Observação: Veja que o legislador se posicionou no sentido da possibilidade de instituição


de obrigações acessórias, por meio de atos infralegais (estipulação pelo Comitê Gestor).

Responsabilidade tributária dos sócios

Antes da LC 147/2014, o titular, sócio ou administrador de ME e EPP que se encontrava sem


movimento há mais de 12 meses poderia solicitar baixa nos registros dos órgãos públicos federais, estaduais
e municipais, independentemente do pagamento de débitos tributários, taxas ou multas devidas pelo
atraso na entrega das respectivas declarações nesses períodos.

O que era bom ficou ainda melhor com o advento da supracitada lei complementar. Atualmente, a
solicitação de baixa pode ocorrer a qualquer tempo, ou seja, foi eliminado o requisito temporal de 12 meses
sem movimentação.

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Portanto, o sócio da ME ou EPP pode solicitar a baixa nos registros dos órgãos públicos federais como
estaduais e municipais, a qualquer tempo, mesmo que não tenha pago os débitos tributários.

Assim é a redação do caput do art. 9º, da LC 123/06:

Art. 9o O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas), referentes
a empresários e pessoas jurídicas em qualquer órgão dos 3 (três) âmbitos de governo
ocorrerá independentemente da regularidade de obrigações tributárias, previdenciárias
ou trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos sócios, dos
administradores ou de empresas de que participem, sem prejuízo das responsabilidades
do empresário, dos titulares, dos sócios ou dos administradores por tais obrigações,
apuradas antes ou após o ato de extinção. (Redação dada pela Lei Complementar nº
147, de 2014)

Nesse ponto, vamos fazer uma breve recordação: nós vimos, quando do estudo da responsabilidade
tributária, que a responsabilidade do sócio não ocorre pelo simples fato de ser sócio, mas, sim, quando este
assume a gestão da empresa, praticando atos com excesso de poderes ou infração da lei, contrato social ou
estatutos. O sócio-gerente também pode ser responsabilizado por dissolução irregular da empresa.

Com base nesse raciocínio, a princípio não seria possível cobrar as dívidas do sócio, já que o próprio
legislador o eximiu da prova de quitação dos tributos devidos. Contudo, vamos ver o que foi estabelecido
nos §§ 4º e 5º do art. 9º:

§ 4o - A baixa do empresário ou da pessoa jurídica não impede que, posteriormente, sejam


lançados ou cobrados tributos, contribuições e respectivas penalidades, decorrentes da
falta do cumprimento de obrigações ou da prática comprovada e apurada em processo
administrativo ou judicial de outras irregularidades praticadas pelos empresários, pelas
pessoas jurídicas ou por seus titulares, sócios ou administradores.

§ 5º - A solicitação de baixa do empresário ou da pessoa jurídica importa responsabilidade


solidária dos empresários, dos titulares, dos sócios e dos administradores no período da
ocorrência dos respectivos fatos geradores.

Observação: A responsabilidade estabelecida nesse dispositivo difere daquela que


estudamos no art. 135, III, porque não se limita aos que exercem a gestão sobre a pessoa
jurídica, bem como não exige que haja infração à legislação.

Sendo assim, fica o Fisco autorizado a constituir créditos tributários posteriormente à data do
encerramento da empresa. Caso contrário, seria aberta uma grande brecha para os mal-
intencionados.

Destaque-se que, havendo baixa diante de existência de obrigações tributárias, haverá


responsabilidade solidária dos respectivos titulares, sócios e dos administradores.

Ademais, também ficou estabelecido no § 1º do art. 9º, da LC 123/06 o seguinte:

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Estímulo à Inovação e Inova Simples da Empresa Simples de


Inovação

O Capítulo X da LC 123/2006 dispõe, a partir do art. 64, sobre o estímulo à inovação. Seu estudo
tornou-se ainda mais relevante a partir da alteração da LC 123/2006 pela LC 167/2019, gerando uma
alteração legislativa com o objetivo de fomentar as pequenas empresas inovadoras, comumente
denominadas “startups”.

De início, precisamos nos ater aos conceitos trazidos pelo art. 64, da LC 123/06:

Inovação  a concepção de um novo produto ou processo de fabricação, bem como a


agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que
implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade,
resultando em maior competitividade no mercado;

Agência de fomento  órgão ou instituição de natureza pública ou privada que tenha


entre os seus objetivos o financiamento de ações que visem a estimular e promover o
desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação;

Instituição Científica e Tecnológica – ICT  órgão ou entidade da administração pública


que tenha por missão institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa básica
ou aplicada de caráter científico ou tecnológico;

Núcleo de inovação tecnológica  núcleo ou órgão constituído por uma ou mais ICT com
a finalidade de gerir sua política de inovação;

Instituição de apoio  instituições criadas sob o amparo da Lei 8.958/94, com a finalidade
de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão e de desenvolvimento institucional,
científico e tecnológico.

Instrumentos de apoio tecnológico para a inovação  qualquer serviço disponibilizado


presencialmente ou na internet que possibilite acesso a informações, orientações, bancos
de dados de soluções de informações, respostas técnicas, pesquisas e atividades de apoio
complementa.

Prosseguindo nossa análise sobre o estímulo à inovação trazido na LC 123/06, o seu art. 65,
estabeleceu que todos os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), bem como as
respectivas agências de fomento, as ICT, os núcleos de inovação tecnológica e as instituições de apoio
deverão manter programas específicos para as microempresas e para as empresas de pequeno porte,
inclusive quando estas revestirem a forma de incubadoras, observando-se o seguinte:

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I - as condições de acesso serão diferenciadas, favorecidas e simplificadas;

II - o montante disponível e suas condições de acesso deverão ser expressos nos respectivos orçamentos e
amplamente divulgados.

O § 1º, do art. 65, ainda impôs a necessidade de as referidas entidades publicarem, juntamente com
as respectivas prestações de contas, relatório circunstanciado das estratégias para maximização da
participação do segmento, assim como dos recursos alocados a tais ações e aqueles efetivamente utilizados,
consignando, obrigatoriamente, as justificativas do desempenho alcançado no período.

META! As pessoas jurídicas mencionadas acima terão por meta a aplicação de, no
mínimo, 20% dos recursos destinados à inovação para o desenvolvimento de tal atividade
nas microempresas ou nas empresas de pequeno porte.

Quanto aos órgãos e entidades integrantes da administração pública federal, estadual e municipal

atuantes em pesquisa, desenvolvimento ou capacitação tecnológica, terão por meta efetivar suas aplicações,
no percentual mínimo (20%, como você já sabe!), em programas e projetos de apoio às microempresas ou
às empresas de pequeno porte, transmitindo ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, no primeiro
trimestre de cada ano, informação relativa aos valores alocados e a respectiva relação percentual em relação
ao total dos recursos destinados para esse fim.

Outra medida prevista na LC 123/06 para estimular o desenvolvimento das micro e pequenas
empresas é a autorização para reduzir a zero a alíquota de impostos e contribuições incidentes na
aquisição, ou importação, de equipamentos, máquinas, aparelhos, instrumentos, acessórios, sobressalentes
e ferramentas que os acompanhem, na forma definida em regulamento, quando adquiridos, ou importados,
diretamente por microempresas ou empresas de pequeno porte para incorporação ao seu ativo
imobilizado:

I - a União, em relação ao IPI, à Cofins, à Contribuição para o PIS/Pasep, à Cofins-Importação e à


Contribuição para o PIS/Pasep-Importação; e

II - os Estados e o Distrito Federal, em relação ao ICMS.

Observação: O regulamento pode estabelecer hipóteses em que as MEs e EPPs ficam


obrigadas a recolher os impostos e contribuições que deixaram de ser pagos, acrescidos de
juros e multa, de mora ou de ofício, contados a partir da data da aquisição, no mercado
interno, ou do registro da declaração de importação - DI, calculados na forma da legislação
que rege a cobrança do tributo não pago.

Para efeito da execução do orçamento (a meta de aplicação de recursos, conforme comentamos), os


órgãos e instituições poderão alocar os recursos destinados à criação e ao custeio de ambientes de inovação,

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incluindo incubadoras, parques e centros vocacionais tecnológicos, laboratórios metrológicos, de ensaio,


de pesquisa ou apoio ao treinamento, bem como custeio de bolsas de extensão e remuneração de
professores, pesquisadores e agentes envolvidos nas atividades de apoio tecnológico complementar.

Falaremos, a partir de agora, do Inova Simples, regime especial simplificado, criado pela LC 167/2019,
incluindo o art. 65-A na LC 123/06, cuja redação é a seguinte:

Art. 65-A. Fica criado o Inova Simples, regime especial simplificado que concede às
iniciativas empresariais de caráter incremental ou disruptivo que se autodeclarem como
empresas de inovação tratamento diferenciado com vistas a estimular sua criação,
formalização, desenvolvimento e consolidação como agentes indutores de avanços
tecnológicos e da geração de emprego e renda. Percebe-se que o objetivo é conferir
tratamento diferenciado para as startups, que são conhecidas como empresas de inovação.
Vejamos a definição de startup contida na própria LC 123/06:

O tratamento diferenciado a que nos referimos acima consiste na fixação de rito sumário para abertura e
fechamento de empresas sob o regime do Inova Simples, que se dará de forma simplificada e automática,
no mesmo ambiente digital do portal da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de
Empresas e Negócios (Redesim).

Observação: A abertura e fechamento de forma automática dessas startups ocorre em


sítio eletrônico oficial do governo federal, por meio da utilização de formulário digital
próprio, disponível em janela ou ícone intitulado Inova Simples.

Mas como seria essa abertura e fechamento de forma simplificada e automática?

Os titulares de empresa submetida ao regime do Inova Simples preencherão cadastro básico no site,
com as seguintes informações (sim, é importante memorizar!):

I - qualificação civil, domicílio e CPF;

II - descrição do escopo da intenção empresarial inovadora, que utilize modelos de negócios


inovadores para a geração de produtos ou serviços, e definição do nome empresarial, que conterá a
expressão ‘Inova Simples (I.S.); (alterado pela LC 182/2021)

III - autodeclaração, sob as penas da lei, de que o funcionamento da empresa submetida ao regime
do Inova Simples não produzirá poluição, barulho e aglomeração de tráfego de veículos, para fins de
caracterizar baixo grau de risco;

IV - definição do local da sede, que poderá ser comercial, residencial ou de uso misto, sempre que
não proibido pela legislação municipal ou distrital, admitindo-se a possibilidade de sua instalação em
locais onde funcionam parques tecnológicos, instituições de ensino, empresas juniores, incubadoras,
aceleradoras e espaços compartilhados de trabalho na forma de coworking; e

V - em caráter facultativo, a existência de apoio ou validação de instituto técnico, científico ou


acadêmico, público ou privado, bem como de incubadoras, aceleradoras e instituições de ensino, nos
parques tecnológicos e afins.

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E agora entra uma informação muito importante: se o preenchimento das informações acima estiver
correto, será gerado automaticamente número de CNPJ específico, em nome da denominação da empresa
Inova Simples, em código próprio Inova Simples.

Observação: A empresa submetida ao regime do Inova Simples constituída na forma deste


artigo deverá abrir, imediatamente, conta bancária de pessoa jurídica, para fins de
captação e integralização de capital, proveniente de aporte próprio de seus titulares ou de
investidor domiciliado no exterior, de linha de crédito público ou privado e de outras fontes
previstas em lei.

Vale ressaltar que os recursos capitalizados não constituirão renda e destinar-se-ão


exclusivamente ao custeio do desenvolvimento de projetos de startup.

E se o projeto fracassar? Como se dará o fechamento? Na eventualidade de não lograr êxito no


desenvolvimento do escopo pretendido, a baixa do CNPJ será automática, mediante procedimento de
autodeclaração no portal da Redesim.

Quando se fala em inovação, algo que se destaca é a necessidade do registro de marcas e patentes,
correto? Por esse motivo, a LC 167/2019 determinou o seguinte:

1. No portal da Redesim, no espaço destinado ao preenchimento de dados do Inova Simples, será


disponibilizado ícone que direcionará a ambiente virtual do Instituto Nacional da Propriedade
Industrial (INPI), do qual constarão orientações para o depósito de pedido de patente ou de registro
de marca.
2. O exame dos pedidos de patente ou de registro de marca, que tenham sido depositados por empresas
participantes do Inova Simples será realizado em caráter prioritário.

Destacamos, por fim, que foi permitida a comercialização experimental do serviço ou produto, desde
que até o limite fixado para o MEI (R$ 81.000,0 por ano).

Parcelamento dos Débitos Tributários no Âmbito do Simples


Nacional

O art. 46 da Resolução CGSM 140/2018 prevê que os débitos apurados na forma prevista no Simples
Nacional poderão ser parcelados, observadas as seguintes condições:

I - o prazo máximo será de até 60 parcelas mensais e sucessivas;

II - o valor de cada parcela mensal, por ocasião do pagamento, será acrescido de juros equivalentes
à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais,
acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês
anterior ao do pagamento, e de 1% relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo
efetuado;

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III - o pedido de parcelamento deferido importa confissão irretratável do débito e configura confissão
extrajudicial;

IV - serão aplicadas na consolidação as reduções das multas de lançamento de ofício, nos seguintes
percentuais:

a) 40%, se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de trinta dias, contado da data
em que foi notificado do lançamento; ou

b) 20%, se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de trinta dias, contado da data
em que foi notificado da decisão administrativa de primeira instância; e

V - no caso de parcelamento de débito inscrito em dívida ativa, o devedor pagará custas,


emolumentos e demais encargos legais.

O parcelamento dos tributos apurados na forma prevista no Simples Nacional não se


aplica às multas por descumprimento de obrigação acessória.

Vejamos, agora, quem é responsável pela concessão e também administração do parcelamento:

I - da RFB, como regra;

II - da PGFN, relativamente aos débitos inscritos em DAU; ou

III - do Estado, Distrito Federal ou Município em relação aos débitos de ICMS ou de ISS:

a) transferidos para inscrição em dívida ativa, em face do convênio;

b) lançados pelo próprio ente federado;

c) transferidos para inscrição em dívida ativa, independentemente do convênio, com relação


aos débitos devidos pelo MEI e apurados no Simei.

Observação: Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão manifestar seu


interesse na celebração de convênio com a PGFN para que efetuem a inscrição em dívida
ativa e a cobrança dos tributos de suas respectivas competências.

Cabe destacarmos que, mesmo após a concessão do parcelamento, poderá ser realizada, a pedido
ou de ofício, revisão dos valores objeto do parcelamento para eventuais correções.

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Caso o parcelamento se refira a débitos de empresa cujos atos constitutivos estejam baixados, ou
seja, o contribuinte está solicitando o parcelamento dos débitos em atraso, mas a empresa já foi extinta, o
parcelamento deverá ser requerido em nome do titular ou de um dos sócios.

O órgão concessor do parcelamento, em disciplinamento próprio, pode realizar o seguinte:

I - condicionar o deferimento do parcelamento à confirmação do pagamento tempestivo da


primeira parcela;

II - considerar o pedido deferido automaticamente após decorrido determinado período da


data do pedido sem manifestação da autoridade; e

III - estabelecer condições complementares, observadas as disposições desta Resolução.

Após a requisição do sujeito passivo e análise pelo órgão concessor, atendidos os requisitos para a
concessão do parcelamento, será feita a consolidação da dívida, considerando-se como data de consolidação
a data do pedido. Mas o que é consolidação da dívida? Nada mais é do que o somatório dos débitos
parcelados, acrescidos dos encargos, custas, emolumentos e acréscimos legais, devidos até a data do
pedido de parcelamento.

Cabe ressaltar que a concessão do parcelamento configura hipótese de suspensão da exigibilidade


do crédito tributário, nos termos do art. 151, VI, do CTN, o que enseja ao contribuinte, inclusive, à
expedição de certidão positiva, mas com os mesmos efeitos de certidão negativa.

Por fim, considerar-se-á rescindido o parcelamento nas seguintes circunstâncias:

I - a falta de pagamento de 3 parcelas, consecutivas ou não; ou

II - a existência de saldo devedor, após a data de vencimento da última parcela do


parcelamento.

Observação: É considerada inadimplente a parcela parcialmente paga.

Se restar configurada a rescisão do parcelamento, nas situações acima discriminadas, apurar-se-á o


saldo devedor, providenciando-se, conforme o caso, o encaminhamento do débito para inscrição em dívida
ativa ou o prosseguimento da cobrança, se já realizada aquela, inclusive quando em execução fiscal.

1.19 – Restituição e Compensação

De acordo com o art. 21, § 5º, da LC 123/2006, cabe ao CGSM regular a compensação e a restituição
dos valores do Simples Nacional recolhidos indevidamente ou em montante superior ao devido.

A Resolução CGSM 140/2018 definiu o conceito de restituição e compensação do seguinte modo:

o Entende-se como restituição, a repetição de indébito decorrente de valores pagos indevidamente


ou a maior pelo contribuinte, por meio do DAS.

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o Entende-se como compensação, a utilização dos valores passíveis de restituição para pagamento
de débitos no âmbito do Simples Nacional.

A respeito da restituição, a Resolução CGSM 140/2018 disciplina que, em caso de apuração de crédito
decorrente de pagamento indevido ou em valor maior que o devido, a ME ou a EPP poderá requerer sua
restituição.

O pedido de restituição de tributos abrangidos pelo Simples Nacional deverá ser apresentado pela
ME ou pela EPP optante diretamente ao ente federado responsável pelo tributo do qual originou o crédito,
isto é, em relação ao tributo cujo pagamento foi indevido.

Ao receber o pedido de restituição, o ente federado:

I - verificará a existência do crédito a ser restituído, mediante consulta às informações


constantes nos aplicativos disponíveis no Portal do Simples Nacional; e

II - registrará os dados referentes ao pedido de restituição processada no aplicativo específico


do Simples Nacional, a fim de impedir o registro de novos pedidos de restituição ou de
compensação do mesmo valor.

Relativamente à compensação de valores apurados no âmbito do Simples Nacional, recolhidos


indevidamente ou em montante superior ao devido, será realizada por meio de aplicativo disponibilizado
no Portal do Simples Nacional.

Deve o contribuinte observar as seguintes condições para compensação:

I - é permitida a compensação de créditos apenas para extinção de débitos perante o mesmo


ente federado e relativos ao mesmo tributo;

II - os créditos a serem compensados devem se referir a período para o qual já tenha sido
validada a apuração por meio do PGDAS-D.

Observação: Os valores compensados indevidamente serão exigidos com os acréscimos


moratórios previstos na legislação do imposto sobre a renda ou na legislação do ICMS ou
do ISS do respectivo ente federado, conforme o caso.

(SEFAZ-DF-Auditor Fiscal/2020) A lei que institui esse estatuto destina-se a dar tratamento diferenciado às
micro e pequenas empresas no que se refere tanto às obrigações principais quanto às acessórias.
Comentário: O art. 1º da LC 123/2006 estabelece que a referida norma estabelece normas gerais relativas
ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte

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no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo, inclusive,
as obrigações acessórias.
Gabarito: Correta
(SEFAZ-DF-Auditor Fiscal/2020) Para efeito de caracterização como micro ou pequena empresa, é levada em
consideração a receita bruta, que deve ser entendida como o produto da venda de bens e serviços nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia,
não incluídos vendas canceladas nem descontos incondicionais concedidos.
Comentário: O conceito de receita bruta foi estabelecido no art. 3º, § 1º, da LC 123/06: considera-se receita
bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados
e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos
incondicionais concedidos.
Gabarito: Correta
(ISS-Manaus-Auditor Fiscal/2019) A Lei Complementar no 123/2006 estabelece que o Simples Nacional
implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, de diversos impostos e
contribuições de competência dos Municípios, dos Estados e da União. Os impostos de competência
municipal sujeitos a esta forma de recolhimento mensal são
a) o IPTU, excluídas as hipóteses em que ele é devido relativamente à substituição tributária.
b) o ITBI, excluídas as hipóteses em que ele é devido em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária.
c) a “taxa do lixo”, referente ao recolhimento de resíduos sólidos, promovido pela municipalidade.
d) o ISS, excluídas as hipóteses em que ele é devido em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária
ou retenção na fonte, e em relação à importação de serviços.
e) o ISS devido na importação de serviços.
Comentário:
Alternativa A: O IPTU não está incluído no Simples Nacional, e nenhum outro imposto sobre propriedade ou
transmissão de propriedade. Alternativa errada.
Alternativa B: O ITBI não está incluído no Simples Nacional. Alternativa errada.
Alternativa C: A taxa de lixo não se inclui no Simples Nacional. Alternativa errada.
Alternativa D: Exatamente! Como regra, o ISS está incluído no Simples Nacional, excetuadas as hipóteses em
que ele é devido em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte, e em relação
à importação de serviços. Alternativa correta.
Alternativa E: O ISS devido na importação de serviços não está incluído no Simples Nacional. Alternativa
errada.
Gabarito: Letra D
(ISS-São José do Rio Preto-SP-Auditor Fiscal/2019) O tratamento diferenciado e favorecido dispensado às
microempresas e empresas de pequeno porte, tal como estabelecido na Lei complementar federal nº
123/2006, que instituiu o denominado Simples Nacional, não se aplica a pessoas jurídicas constituídas
a) sob a forma unipessoal, bem assim ao empresário individual.
b) há menos de 2 anos da edição da lei.
c) na forma de sociedade empresária ou sociedade por ações.

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d) com receita bruta anual superior a R$ 360.000,00.


e) sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo.
Comentário:
Alternativa A: O empresário individual foi incluído no Simples Nacional, constando expressamente do art.
3º, da LC 123/2006. Alternativa errada.
Alternativa B: Não há qualquer vedação nesse sentido na LC 123/2006. Alternativa errada.
Alternativa C: Esta alternativa não foi definida como gabarito porque a sociedade empresária, como regra,
pode ingressar no Simples Nacional. Porém a sociedade por ações não pode se beneficiar desse regime. Para
estar correta, os dois acasos citados deveriam estar proibidos de ingressarem no Simples Nacional, o que
não ocorreu. Alternativa errada.
Alternativa D: A pessoa jurídica que aufira receita bruta anual superior a R$ 360.000,00 pode se manter no
Simples Nacional, passando a ser considerada Empresa de Pequeno Porte (EPP). Alternativa errada.
==18b843==

Alternativa E: Realmente, o Simples Nacional não se aplica às pessoas jurídicas constituídas sob a forma de
cooperativas, salvo as cooperativas de consumo. Alternativa correta.
Gabarito: Letra E
(TJ-BA-Juiz Estadual/2019) Observados os requisitos legais, o SIMPLES Nacional permite o recolhimento
mensal, mediante documento único de arrecadação, entre outros,
a) do imposto de importação, do ISSQN e do IOF.
b) do IOF, da COFINS e do ITR.
c) da CSLL, do ISSQN e do IRPJ.
d) da COFINS, da CSLL e da contribuição para o FGTS.
e) do ITR, da contribuição para o PIS/PASEP e da contribuição para o FGTS.
Comentário:
Alternativa A: O II e o IOF não estão inclusos no Simples Nacional. Alternativa errada.
Alternativa B: O ITR e o IOF não estão inclusos no Simples Nacional. Alternativa errada.
Alternativa C: Todos os tributos citados estão inclusos no Simples Nacional. Alternativa correta.
Alternativa D: A contribuição para o FGTS não está inclusa no Simples Nacional. Alternativa errada.
Alternativa E: O ITR e a contribuição para o FGTS não inclusos no Simples Nacional. Alternativa errada.
Gabarito: Letra C
(SEFAZ-RS-Auditor Fiscal/2019) O Simples Nacional
a) depende, para o seu ingresso, da formalização dessa opção pelas sociedades empresariais.
b) é obrigatório para microempresas e facultativo para empresas de pequeno porte.
c) afasta a incidência de tributos federais, estaduais e daqueles que o Distrito Federal fiscaliza na condição
de estado-membro.
d) pode ser retratado no mesmo ano-calendário em que a microempresa exceder o limite de faturamento
relativo ao seu enquadramento.

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e) é inaplicável a sociedade limitada cujas cotas sociais pertençam, em um terço ou mais, a empregado
público.
Comentário:
Alternativa A: De fato, para ingressar no Simples Nacional, a sociedade empresarial precisa formalizar sua
opção por tal regime. Alternativa correta.
Alternativa B: O Simples Nacional é sempre facultativo para MEs e EPPs. Alternativa errada.
Alternativa C: No Simples Nacional foram incluídos tributos federais, estaduais e municipais, inclusive
distritais. Alternativa errada.
Alternativa D: Não há tal situação prevista na LC 123/06. Alternativa errada.
Alternativa E: Não existe essa restrição em relação a empregado público. Alternativa errada.
Gabarito: Letra A
(SEFAZ-RS-Auditor Fiscal/2019) Uma cooperativa criada para industrializar produtos rurais insurgiu-se
contra lançamento decorrente de ICMS por substituição tributária, sob o argumento de já ter realizado
pagamento relativo a esse Tributo por meio do recolhimento mensal em documento único de arrecadação
do Simples Nacional.
De acordo com a Lei Complementar n.º 123/2006, o argumento apresentado pela cooperativa
a) é válido caso, de fato, o tributo tenha sido integralmente pago na forma do Simples Nacional.
b) não é válido, pois nenhuma cooperativa poderá aderir ao regime tributário do Simples Nacional.
c) não é válido, pois essa cooperativa não pode aderir ao Simples Nacional e não pode recolher ICMS por
substituição tributária pelo documento de arrecadação única mensal.
d) não é válido, pois, embora essa cooperativa possa recolher o ICMS mediante substituição tributária pelo
documento de arrecadação única mensal, ela não pode aderir ao Simples Nacional.
e) não é válido, pois, embora essa cooperativa possa se enquadrar como microempresa, ela não pode aderir
ao Simples Nacional.
Comentário: Somente as cooperativas de consumo é que podem optar pelo Simples Nacional, o que não é o
caso da questão. Ademais, ainda que pudesse, o ICMS nas operações sujeitas ao regime de substituição
tributária não está incluído no documento mensal de arrecadação do Simples Nacional (DAS), conforme art.
13, § 1º, XIII, a, da LC 123/06.
Gabarito: Letra C
(TJ-SC-Juiz Estadual/2019) Para os efeitos da Lei Complementar n.º 123/2006, observados os limites de
receita bruta e os demais requisitos legais, consideram-se como microempresas, além da sociedade
empresária,
a) a sociedade por ações, as cooperativas de consumo e o empresário.
b) a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário.
c) a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e as cooperativas que não sejam
de consumo.
d) a empresa individual de responsabilidade limitada, o empresário e as cooperativas que não sejam de
consumo.

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e) a sociedade simples, a sociedade por ações e o empresário.


Comentário:
Alternativa A: As sociedades por ações não podem optar pelo Simples Nacional. Alternativa errada.
Alternativa B: Além da sociedade empresária, também pode ser microempresa a sociedade simples, a
empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário. Alternativa correta.
Alternativa C: As cooperativas que não sejam de consumo não podem optar pelo Simples Nacional.
Alternativa errada.
Alternativa D: As cooperativas que não sejam de consumo não podem optar pelo Simples Nacional.
Alternativa errada.
Alternativa E: As sociedades por ações não podem optar pelo Simples Nacional. Alternativa errada.
Gabarito: Letra B
(TJ-PR-Juiz Estadual/2019) De acordo com disposição do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa
de Pequeno Porte, poderá ser beneficiária de tratamento jurídico diferenciado a pessoa jurídica que
a) tiver filial no Brasil e sede no exterior.
b) tiver sido constituída sob a forma de cooperativa de consumo.
c) tiver sido constituída sob a forma de sociedade por ações.
d) tiver derivado da cisão de empresas, ocorrida em até três anos-calendário anteriores.
Comentário:
Alternativa A: A filial no Brasil com sede no exterior não pode optar pelo Simples Nacional. Alternativa
errada.
Alternativa B: A cooperativa de consumo pode optar pelo Simples Nacional (as demais cooperativas não
podem!). Alternativa correta.
Alternativa C: As sociedades por ações não podem optar pelo Simples Nacional. Alternativa errada.
Alternativa D: A empresa resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de
desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 anos-calendário anteriores não pode
optar pelo Simples Nacional. Alternativa errada.
Gabarito: Letra B
(ISS-Guarulhos-Inspetor Fiscal de Rendas/2019) Considere a seguinte situação hipotética: A empresa
“Transportando Pessoas XPTO S/A”, prestadora de serviço de transporte coletivo municipal de
trabalhadores, na modalidade fretamento contínuo, é responsável por transportar empregados de
companhia sediada na região central do município residentes nos bairros periféricos. De acordo com a
legislação em vigor, essa empresa
a) poderá ser optante do Simples Nacional, independentemente de se enquadrar no conceito legal de
microempresa ou empresa de pequeno porte.
b) não poderá ser optante do Simples Nacional, em razão da sua forma de constituição.
c) poderá usufruir dos benefícios tributários do Simples Nacional, ainda que não seja optante, em razão da
natureza do serviço prestado.
d) poderá usufruir apenas dos benefícios não tributários do Simples Nacional, mesmo que seja optante.

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e) não poderá ser optante do Simples Nacional, porque não realiza transporte de estudantes de baixa renda.
Comentário: A grande sacada desta questão é saber que uma S/A (sociedade anônima) é uma empresa cujo
capital é dividido em ações. Porém, o art. 3º, § 4º, da LC 123/06, veda a opção pelo Simples Nacional por
empresa que seja constituída soba forma de sociedade por ações.
Portanto, a sua vedação não é por conta da natureza do serviço prestado, mas em razão da sua forma de
constituição.
Gabarito: Letra B
(ISS-Guarulhos-Inspetor Fiscal de Rendas/2019) Assinale a alternativa que contempla um tipo de pessoa
jurídica que pode se enquadrar nos termos da Lei Complementar nº 123/2006, como microempresa ou
empresa de pequeno porte, e que poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nessa
Lei, desde que atenda aos demais requisitos legais.
a) Constituída sob a forma de sociedade por ações.
b) Constituída sob a forma de cooperativa de consumo.
c) De cujo capital participe outra pessoa jurídica.
d) Filial, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior.
e) Que exerça atividade de sociedade de crédito.
Comentário:
Alternativa A: A empresa constituída sob a forma de sociedade por ações não pode se beneficiar do Simples
Nacional. Alternativa errada.
Alternativa B: A empresa constituída sob a forma de cooperativa de consumo pode se beneficiar do Simples
Nacional. Alternativa correta.
Alternativa C: A empresa de cujo capital participe outra pessoa jurídica não pode se beneficiar do Simples
Nacional. Alternativa errada.
Alternativa D: A filial, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior não pode se beneficiar do Simples
Nacional. Alternativa errada.
Alternativa E: A empresa que exerça atividade de sociedade de crédito não pode se beneficiar do Simples
Nacional. Alternativa errada.
Gabarito: Letra B
(ISS-Guarulhos-Inspetor Fiscal de Rendas/2019) Quanto aos valores efetivamente pagos ou distribuídos ao
titular ou sócio da microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, a Lei
Complementar nº 123/2006 estabelece que
a) são isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de ajuste do beneficiário, incluindo os que
corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.
b) terão alíquota reduzida do imposto de renda, na fonte, e na declaração de ajuste do beneficiário, incluindo
os que correspondem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.
c) são isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de ajuste do beneficiário, salvo os que
corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.
d) ficarão sujeitos ao recolhimento do imposto de renda, mas poderão ter isenção quanto aos valores
percebidos a título de pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.

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e) são considerados rendimentos tributáveis pelo imposto de renda, mas aqueles que corresponderem a
pró-labore, aluguéis ou serviços prestados poderão ter alíquota reduzida.
Comentário: O que a LC 123/2006 estabelece é que tais rendimentos pagos ou distribuídos ao titular ou
sócio da empresa são isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de ajuste do beneficiário, salvo
os que corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.
Gabarito: Letra C
(PGM-Manaus-Procurador/2018) No regime tributário do SIMPLES Nacional, os valores pagos pela empresa
individual de responsabilidade limitada ao seu titular, na qualidade de pro labore, são isentos de imposto de
renda.
Comentário: Em relação aos serviços prestados pelo sócio, na qualidade de pro labore, não há isenção do
imposto de renda.
Gabarito: Errada

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RESUMO DOS ASSUNTOS MAIS IMPORTANTES

 A CF/88 estabelece que A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às


microempresas e às empresas de pequeno porte tratamento jurídico diferenciado e favorecido;

 Cabe à lei complementar definir o tratamento diferenciado e favorecido que será concedido às
microempresas e às empresas de pequeno porte;

 A lei complementar também poderá instituir regime único de arrecadação dos impostos e contribuições
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com as seguintes observações:

 será opcional para o contribuinte;


 poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado;
 o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes
aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento;
 a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados,
adotado cadastro nacional único de contribuintes.

 Para ser considerada microempresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP), deve-se enquadrar nos
seguintes limites de receitas anuais:

ME  Receita Bruta ≤ R$ 360.000,00

EPP  R$ 360.000,00 < Receita Bruta ≤ R$ 4.800.000,00

 Podem ser consideradas ME ou EPP:

 Sociedade empresária;
 Sociedade simples;
 Empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI);
 Empresário.

 No caso de o Estado optar pelo enquadramento diferenciado no Simples Nacional, em relação aos seus
tributos, TODOS os Municípios nele localizados adotam, obrigatoriamente, o mesmo limite estadual.

 A opção pelo regime de tributação do Simples Nacional acarreta, para as MEs e EPPs, o recolhimento
mensal, mediante documento único de arrecadação de diversos impostos e contribuições. Este
documento é denominado Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).

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 Embora os cálculos dos tributos sejam feitos com base na receita auferida no mês (regime de
competência), a LC 123/06 permite, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, que a empresa opte
do cálculo pelo regime de caixa, considerando as receitas efetivamente recebidas no mês.

 As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não farão jus à
apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples
Nacional.

 Admite-se o direito a crédito para as empresas não optantes do Simples Nacional quanto estas
adquirirem de MEs e EPPs optantes, correspondente ao valor incidente de ICMS sobre a aquisição,
desde que as mercadorias sejam destinadas à comercialização e industrialização.

 As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não poderão utilizar
ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal.

 A sistemática do Microempreendedor Individual (MEI) baseia-se no recolhimento dos impostos e


contribuições do Simples Nacional em valores fixos mensais, seja qual for a receita bruta auferida,
respeitado, é claro, o limite para enquadramento como MEI, que por sinal é muito mais restrito do que
o das MEs e EPPs: R$ 81.000,00 anual.

 A microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional deverá apresentar
anualmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil declaração única e simplificada de informações
socioeconômicas e fiscais, que deverá ser disponibilizada aos órgãos de fiscalização tributária e
previdenciária.

 Esta declaração constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência de
tributos e contribuições que não tenham sido recolhidos resultantes das informações nela prestadas.

 As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão,


opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os registros e controles das operações
realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor.

 O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas), referentes a empresários e
pessoas jurídicas em qualquer órgão dos 3 âmbitos de governo ocorrerá independentemente da
regularidade de obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do
empresário, da sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas de que participem.

 A solicitação de baixa do empresário ou da pessoa jurídica importa responsabilidade solidária dos


empresários, dos titulares, dos sócios e dos administradores no período da ocorrência dos respectivos
fatos geradores.

 Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal e trabalhista das microempresas e


empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de assinatura do contrato.

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 Para incentivar as atividades de inovação e os investimentos produtivos, a sociedade enquadrada como


microempresa ou empresa de pequeno porte poderá admitir o aporte de capital (investidor-anjo), que
não integrará o capital social da empresa.

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QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS

Simples Nacional

1. CESPE/SEFAZ-DF-Auditor Fiscal/2020

Para efeito de caracterização como micro ou pequena empresa, é levada em consideração a receita bruta,
que deve ser entendida como o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço
dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídos vendas canceladas nem
descontos incondicionais concedidos.

Comentário: O conceito de receita bruta foi estabelecido no art. 3º, § 1º, da LC 123/06: considera-se receita
bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados
e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos
incondicionais concedidos.

Gabarito: Correta

2. CESPE/TJ-BA-Juiz/2019
Observados os requisitos legais, o SIMPLES Nacional permite o recolhimento mensal, mediante documento
único de arrecadação, entre outros,
a) do imposto de importação, do ISSQN e do IOF.
b) do IOF, da COFINS e do ITR.
c) da CSLL, do ISSQN e do IRPJ.
d) da COFINS, da CSLL e da contribuição para o FGTS.
e) do ITR, da contribuição para o PIS/PASEP e da contribuição para o FGTS.

Comentário:

Alternativa A: O imposto de importação e o IOF não estão incluídos no Simples Nacional. Alternativa errada.

Alternativa B: O IOF e o ITR não estão incluídos no Simples Nacional. Alternativa errada.

Alternativa C: Todos os tributos citados foram previstos no âmbito do Simples Nacional (recolhimento único
mensal). Alternativa correta.

Alternativa D: A contribuição para o FGTS não está incluída no Simples Nacional. Alternativa errada.

Gabarito: Letra C

3. CESPE/SEFAZ-RS-Auditor Fiscal/2019

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O Simples Nacional
a) depende, para o seu ingresso, da formalização dessa opção pelas sociedades empresariais.
b) é obrigatório para microempresas e facultativo para empresas de pequeno porte.
c) afasta a incidência de tributos federais, estaduais e daqueles que o Distrito Federal fiscaliza na condição
de estado-membro.
d) pode ser retratado no mesmo ano-calendário em que a microempresa exceder o limite de faturamento
relativo ao seu enquadramento.
e) é inaplicável a sociedade limitada cujas cotas sociais pertençam, em um terço ou mais, a empregado
público.

Comentário:

Alternativa A: Sendo o Simples Nacional opcional ao contribuinte, para o seu ingresso há necessidade da
formalização dessa opção pelas sociedades empresariais. Alternativa correta.

Alternativa B: Conforme comentado, o Simples Nacional é sempre opcional ao contribuinte. Alternativa


errada.

Alternativa C: O Simples Nacional não afasta a incidência de tributos federais, estaduais e daqueles que o
Distrito Federal fiscaliza na condição de estado-membro, tanto é que o IRPJ (tributo federal) e o ICMS
(estadual) estão abrangidos pelo regime do Simples. Alternativa errada.

Alternativa D: A opção pelo Simples Nacional é irretratável para todo o ano-calendário da manifestação do
contribuinte. Se a microempresa excede o faturamento, passa a se enquadrar como empresa de pequeno
porte, ainda dentro do regime. Alternativa errada.

Alternativa E: Não há tal vedação na redação da LC 123/06. Alternativa errada.

Gabarito: Letra A

4. FCC/ISS-São Luís-Auditor Fiscal/2018


De acordo com a disciplina estabelecida pela Lei Complementar federal no 123/2006, acerca do SIMPLES
NACIONAL, os Municípios têm competência
a) concorrente para efetuar, por meio de suas autoridades fiscais, o lançamento do PIS, do COFINS, do ICMS
e do ISS, apurados na forma do Simples Nacional, e de promover a autuação por descumprimento de
obrigação acessória relacionada com esses impostos e contribuições, relativamente a todos os
estabelecimentos da empresa, independentemente do ente federado instituidor da obrigação tributária.
b) para fiscalizar um hotel localizado em seu território, relativamente ao cumprimento das obrigações
principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, e para verificar a ocorrência das hipóteses de sua
exclusão, de ofício, deste regime de tributação, mas não têm competência para promover a autuação deste
estabelecimento por descumprimento de obrigação acessória relativa ao IRPJ.
c) para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, desde
que o estabelecimento fiscalizado seja prestador de serviços e se localize no Município que tem competência
para proceder à sua fiscalização.

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d) para fiscalizar uma empresa de transporte intramunicipal localizada em seu território, relativamente ao
cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, mas não têm competência
para verificar a ocorrência das hipóteses de exclusão de ofício desta empresa deste regime de tributação.
e) para efetuar, por meio de suas autoridades fiscais, o lançamento do IRPJ, do IPI, do ITCMD e do ITBI, dentre
outros, apurados na forma do Simples Nacional, relativamente a todos os estabelecimentos da empresa,
independentemente do ente federado instituidor.

Comentário: De acordo com o art. 33, da LC 123/06, a competência para fiscalizar o cumprimento das
obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional e para verificar a ocorrência das hipóteses
de exclusão de ofício do Simples Nacional previstas nesta Lei Complementar é da Secretaria da Receita
Federal e das Secretarias de Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal, segundo a localização
do estabelecimento, e, tratando-se de prestação de serviços incluídos na competência tributária municipal,
a competência será também do respectivo Município.

Alternativa A: O Fisco Municipal somente terá competência se houver prestação de serviços incluídos na
competência tributária municipal. Alternativa errada.

Alternativa B: O serviço de hotelaria é de competência dos Municípios. Dessa forma, o Município tem
competência para fiscalizar um hotel localizado em seu território, relativamente ao cumprimento das
obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, mas não abrangendo as obrigações
acessórias relativas ao IRPJ, que não se confundem com as obrigações acessórias do Simples Nacional.
Alternativa correta.

Alternativa C: Não basta que o estabelecimento seja prestador de serviços, mas sim que tais serviços estejam
incluídos na competência tributária municipal. Cabe ressaltar, ainda, que, depois de iniciada a fiscalização,
poderá abranger todos os demais estabelecimentos da microempresa ou da empresa de pequeno porte,
independentemente da atividade por eles exercida ou de sua localização. Alternativa errada.

Alternativa D: No caso citado, o Município possui competência para fiscalizar e também para verificar a
ocorrência das hipóteses de exclusão de ofício desta empresa deste regime de tributação. Alternativa errada.

Alternativa E: De imediato, a assertiva pode ser destacada por envolver tributos que nem mesmo estão
incluídos no Simples Nacional, como o ITCMD e ITBI. Alternativa errada.

Gabarito: Letra B

5. FCC/SEGEP-MA-Técnico da Receita Estadual/2016


O Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte, também chamado de Simples Nacional, implica o recolhimento mensal,
mediante documento único de arrecadação, de vários impostos e contribuições.
De acordo com a Lei Complementar n° 123/2006, e salvo as exceções nela previstas, encontram-se entre os
impostos e contribuições abrangidos pelo recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação,
a) o IRPJ, o IPVA e o ISS.
b) a CSLL, o ICMS e o IPTU.
c) a CSLL, o ICMS e o ISS.

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d) o IRPJ, o IPVA e o IPTU.


e) a CSLL, o ITCMD e o ITBI.

Comentário:

Alternativa A: O IPVA não está incluído no Simples Nacional. Alternativa errada.

Alternativa B: O IPTU não está incluído no Simples Nacional. Alternativa errada.

Alternativa C: Tanto a CSLL, como o ICMS e o ICMS estão incluídos no Simples Nacional. Alternativa correta.

Alternativa D: O IPVA e o IPTU não estão incluídos no Simples Nacional. Alternativa errada.

Alternativa E: O ITCMD e o ITBI não estão incluídos no Simples Nacional. Alternativa errada.

Gabarito: Letra C

6. FCC/SEGEP-MA-Auditor Fiscal da Receita Estadual/2016


A Lei Complementar no 123/2006 instituiu o regime de arrecadação de tributos conhecido como Simples
Nacional. Conforme esta lei, o recolhimento mensal mediante o documento único de arrecadação do regime
simplificado NÃO exclui a incidência
a) do ICMS devido nas operações de saída interna, promovidas pelo contribuinte, com destino a consumidor
final não contribuinte, acobertadas por documento fiscal hábil, não sujeita ao regime de substituição
tributária, tributação concentrada ou antecipação do recolhimento do imposto, que deverá ser pago com
observância da legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.
b) nem dispensa o pagamento das contribuições instituídas pela União, para as entidades privadas de serviço
social e de formação profissional, vinculadas ao sistema sindical.
c) do ICMS devido nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou mercadorias não sujeitas
ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e a
interestadual, que deverá ser pago com observância da legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.
d) do IPI, relativo à saída de produto de fabricação própria, que deverá ser pago com observância da
legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.
e) do ISSQN, relativo a serviço prestado pelo contribuinte, no Brasil, quando caiba a ele pagar o imposto em
guia de recolhimento especial, que deverá ser pago com observância da legislação aplicável às demais
pessoas jurídicas.

Comentário:

Alternativa A: O Simples Nacional abrange as operações citadas, por isso a assertiva está incorreta.
Alternativa errada.

Alternativa B: De acordo com o art. 13, § 3º, da LC 123/06, as microempresas e empresas de pequeno porte
optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela

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União, inclusive as contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional
vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 240 da Constituição Federal, e demais entidades de serviço
social autônomo. Alternativa errada.

Alternativa C: É o que consta no art. 13, § 1º, XIII, “h”, da LC 123/06 não excluindo a incidência do ICMS
devido nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou mercadorias, não sujeitas ao
regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e a
interestadual. É o caso do diferencial de alíquotas ou DIFAL, previsto no art. 155, § 2º, VII, da CF/88.
Alternativa correta.

Alternativa D: O IPI está incluído na sistemática do Simples Nacional. Alternativa errada.

Alternativa E: O ISS só fica excluído quando devido em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária
ou retenção na fonte ou na importação de serviços. Alternativa errada.

Gabarito: Letra C

7. FCC/SEGEP-MA-Técnico da Receita Estadual/2016


A Lei Complementar n° 123/2006 estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e
favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte. Conforme esta lei,
a) não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado nela previsto, a pessoa jurídica cujo titular
ou sócio participe com mais de 33% do capital de outra empresa.
b) consideram-se microempresas, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o empresário devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou
no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$
360.000,00.
c) considera-se receita bruta, para fins de enquadramento no Simples Nacional, o produto da venda de bens
e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em
conta alheia, incluídas as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e a receita financeira
auferida.
d) a microempresa ou empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta
anual nela estabelecido, fica excluída, desde o dia 1º de janeiro do mesmo ano, do tratamento jurídico
diferenciado nela previsto, ex lege, e independentemente de prévia notificação.
e) não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado nela previsto, a pessoa jurídica cuja atividade
preponderante seja a de Banco Comercial, a de Atacadista Exportador ou a de Empresa de Transporte Aéreo
ou Marítimo.

Comentário:

Alternativa A: A vedação ocorre se o titular ou sócio participar com mais de 10% do capital de outra empresa
não beneficiada pelo Simples Nacional, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$
4.800.000,00. Alternativa errada.

Alternativa B: De fato, até o limite de R$ 360.000,00, são consideradas microempresas. Alternativa correta.

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Alternativa C: No conceito de receita bruta previsto na LC 123/06, estão excluídas as vendas canceladas e os
descontos incondicionais. Alternativa errada.

Alternativa D: A exclusão com efeitos retroativos ocorre quando a empresa excede em mais de 20% do limite
previsto no Simples Nacional, dentro do ano de início de suas atividades. Nos demais casos, a exclusão ocorre
a partir do mês ou ano seguinte. Alternativa errada.

Alternativa E: A atividade de banco comercial foi expressamente vedada na LC 123/06, mas a atividade de
Atacadista Exportador ou a de Empresa de Transporte Aéreo ou Marítimo não foram vedadas. Alternativa
errada.

Gabarito: Letra B

8. FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014


Consideram-se isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de ajuste do beneficiário, os valores
efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da microempresa ou empresa de pequeno porte
optante pelo Simples Nacional, salvo os que corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.

Comentário: Tal isenção de fato existe e foi prevista no art. 14, da LC 123/2006, ficando excetuados os
valores pagos aos sócios ou titular a título de pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.

Gabarito: Correta

9. FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014


Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a
empresa de pequeno porte que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as
Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, ainda que estejam com a exigibilidade suspensa.

Comentário: De fato, esta é uma das vedações parciais, impedindo que a ME ou EPP venha recolher os
impostos e contribuições na forma do Simples Nacional. Contudo, tal vedação apenas se aplica se tais débitos
não estiverem com a sua exigibilidade suspensa.

Gabarito: Errada

10. FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014


Os processos relativos a impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional serão ajuizados em face
da União, que será representada em juízo pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Comentário: É exatamente o que consta no art. 41, caput, da LC 123/2006: Os processos relativos a impostos
e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional serão ajuizados em face da União, que será representada
em juízo pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Gabarito: Correta

11. FCC/TJ-CE-Juiz/2014

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Um contribuinte do ICMS do Estado do Ceará adquire, de contribuinte do ICMS localizado na região Sul do
país, mercadoria destinada a uso e consumo no seu estabelecimento, localizado em Fortaleza. A alíquota
interna cearense das mercadorias adquiridas é de 17%. Considerando que esse adquirente cearense está
enquadrado no Simples Nacional, de acordo com o disposto na Lei Complementar n° 123/06 e no artigo 155
da Constituição Federal, relativamente a essa aquisição, ele
a) não terá de pagar o ICMS, pois a entrada de mercadoria no estabelecimento, proveniente de outra unidade
federada, com a finalidade de comercialização, industrialização, integração no ativo imobilizado ou uso e
consumo do estabelecimento não é, via de regra, fato gerador desse imposto.
b) terá de pagar o ICMS referente ao diferencial entre a alíquota interna e interestadual, calculada com base
nas alíquotas aplicáveis às pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional.
c) não terá de pagar o ICMS, pois o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, exclui
eventual incidência desse imposto na referida aquisição interestadual.
d) terá de pagar o ICMS, pois o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, não exclui
a incidência do ICMS devido a título de diferencial de alíquota, desde que as mercadorias adquiridas não
estejam sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto.
e) não terá de pagar o ICMS, pois contribuintes enquadrados no Simples Nacional estão dispensados desse
pagamento.

Comentário: De acordo com o art. 13, § 1º, XIII, “h”, da LC 123/2006, o regime de tributação do Simples
Nacional não exclui a incidência do ICMS devido nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de
bens ou mercadorias, não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à
diferença entre a alíquota interna e a interestadual. Logo, o contribuinte terá que pagar o ICMS.

Gabarito: Letra D

12. FGV/ISS-Cuiabá/2014
O Simples Nacional, sistema simplificado de tributação instituído pela Lei Complementar nº 123/2006,
compreende o pagamento unificado de um conjunto de tributos da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios. Podem optar por tal recolhimento simplificado as microempresas e as empresas de
pequeno porte. Assinale a opção que apresenta tributo compreendido no recolhimento simplificado.
a) Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
b) Imposto de Importação (II).
c) Contribuição para o FGTS.
c) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
e) Imposto de Renda sobre o Ganho de Capital na alienação de bens (IR-Ganho de Capital).

Comentário: Esta questão exige conhecimento da LC 123/2006, de modo que o candidato saiba exatamente
quais são os tributos aplicáveis à sistemática do Simples Nacional. Diante das alternativas apresentadas, a
única que inclui tributo efetivamente alcançado por esse regime de tributação é a Letra D (CSLL).

Gabarito: Letra D

13. FGV/ISS-Cuiabá/2014

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Fulano de Tal é sócio da pessoa jurídica Lavolândia Ltda., empresa de pequeno porte optante pelo Simples
Nacional. A ela presta serviços e recebe regularmente sua remuneração mensal pelos serviços prestados, a
qual está acima da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR). Além disso, anualmente recebe seus
dividendos sobre o lucro da pessoa jurídica, observada sua participação societária no capital. Com base no
caso exposto, assinale a opção que indica o tratamento tributário adequado do Imposto sobre a Renda (IR)
com relação aos dois rendimentos auferidos por Fulano de Tal – remuneração e dividendos.
a) Não incide IR sobre nenhum dos dois rendimentos, já que a pessoa jurídica é optante pelo Simples
Nacional.
b) Não incide IR sobre os dividendos, mas sim sobre a remuneração.
c) Não incide IR sobre a remuneração, mas sim sobre os dividendos.
d) Incide IR sobre os dois rendimentos.
e) Incide IR sobre os dois rendimentos, mas o valor do IR sobre a remuneração pode ser deduzido do IR sobre
os dividendos.

Comentário: De acordo com o art. 14, da LC 123/2006, consideram-se isentos do imposto de renda, na fonte
e na declaração de ajuste do beneficiário, os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio
da microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, salvo os que
corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.

Portanto, em relação à remuneração mensal pelos serviços prestados (pró-labore), há incidência do IR.
Contudo, não há que se falar em tributação sobre os dividendos, pois foram isentos, nos termos do
dispositivo supracitado. Dessa forma, a alternativa que corresponde ao gabarito da questão é a Letra B.

Gabarito: Letra B

14. FGV/ISS-Cuiabá/2014
A pessoa jurídica Metrópole Ltda. ostenta as seguintes características:
I. aufere receita bruta anual de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais);
II. é fruto de cisão, consumada há dois anos, de pessoa jurídica que tinha faturamento 4 vezes maior;
III. explora a atividade de despachante.
Atento a tais características, assinale a opção que melhor retrata a possibilidade de Metrópole Ltda. optar
ou não pelo Simples Nacional.
a) Poderá optar, pois não há qualquer obstáculo legal.
b) Não poderá optar, pois somente a característica I a impede.
c) Não poderá optar, pois somente a característica II a impede.
d) Não poderá optar, pois somente a característica III a impede.
e) Não poderá optar, pois somente as características II e III a impedem.

Comentário:

Item I: O limite para optar pelo Simples Nacional é de R$ 3.600.000,00. Logo, este não é um fator impeditivo.

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Item II: A pessoa jurídica resultante de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa
jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 anos-calendário anteriores está impedida de optar pelo Simples
Nacional.

Item III: De acordo com o disposto no art. 18, § 5-I, V, da LC 123/2006, a prestação de serviços de
despachantes, por si só, não impede a pessoa jurídica de participar do Simples Nacional.

Diante de tais comentários, chega-se à conclusão de que apenas a característica II impede tal empresa de
participar do Simples Nacional. Logo, o gabarito da questão é a Letra C.

Gabarito: Letra C

15. ESAF/AFRFB/2014
A Lei Complementar n. 123/2006 prevê tratamento tributário diferenciado para Microempresas e Empresas
de Pequeno Porte, que consiste em um regime especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições
devidos por estas entidades, denominado Simples Nacional. Sobre este, é incorreto afirmar que o Simples
Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, de um conjunto de
tributos e contribuições. Todavia, mesmo em relação a algum destes tributos e contribuições, há situações
em que o recolhimento dar-se-á à parte do Simples Nacional.

Comentário: De fato, a opção pelo Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento
único de arrecadação, de um conjunto de tributos. Há tributos, contudo, que em algumas situações ficam
excluídos da sistemática, como é caso do ISS, quando incidente sobre importação de serviços. Sendo assim,
por ter sido afirmado que o conceito está incorreto (o que não é verdade), a questão está errada.

Gabarito: Errada

16. CESPE/PGE-SE-Procurador/2017
Considerando as normas do regime tributário do SIMPLES Nacional e o disposto no Estatuto da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte — Lei Complementar n.º 123/2006 —, julgue os itens a
seguir.
I A empresa individual de responsabilidade limitada não pode ser enquadrada como microempresa para
efeito de adesão ao SIMPLES Nacional.
II Para o enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte, a sociedade empresária deve,
em cada ano-calendário, ter receita bruta inferior a determinado montante legal, excluídas as vendas
canceladas e os descontos incondicionais eventualmente concedidos.
III O recolhimento de tributo pelo regime especial unificado de arrecadação do SIMPLES Nacional não exclui
a incidência do ICMS devido nas operações sujeitas ao regime de substituição tributária.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Estão certos apenas os itens I e II.
c) Estão certos apenas os itens I e III.
d) Estão certos apenas os itens II e III.

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e) Todos os itens estão certos.

Comentário:

Item I: A EIRELI pode sim ser enquadrada como microempresa ou como empresa de pequeno porte para
efeito de adesão ao SIMPLES Nacional. Item errado.

Item II: Realmente, o critério para enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte é ter
receita bruta inferior a determinado montante legal, excluídas as vendas canceladas e os descontos
incondicionais eventualmente concedidos. Item correto.

Item III: O ICMS devido nas operações sujeitas ao regime de substituição tributária não se incluir na
sistemática do Simples Nacional. Logo, o recolhimento de tributo pelo regime especial unificado de
arrecadação do SIMPLES Nacional não exclui sua incidência. Item correto.

Gabarito: Letra D

17. CESPE/PGE-AM-Procurador/2016
Admite-se a extinção de microempresa e de empresa de pequeno porte mediante baixa de seus atos
constitutivos, independentemente de comprovação de sua regularidade fiscal; nesse caso, será subsidiária a
responsabilidade dos titulares, dos sócios e dos administradores no período da ocorrência dos respectivos
fatos geradores.

Comentário: Conforme prevê o art. 9º, da LC 123/06, a baixa dos atos constitutivos de microempresa e de
empresa de pequeno porte não depende da comprovação de regularidade de obrigações tributárias,
previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias. Contudo, a solicitação de baixa do empresário ou
da pessoa jurídica importa responsabilidade solidária (e não subsidiária) dos empresários, dos titulares, dos
sócios e dos administradores no período da ocorrência dos respectivos fatos geradores.

Gabarito: Errada

18. CESPE/TCE-PR-Auditor/2016
De acordo com o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, assinale a opção
correta relativamente à participação dessas empresas em licitações e contratações com o poder público.
A) Situação hipotética: em uma licitação na modalidade pregão, o melhor lance, no valor de X, foi dado pela
empresa de grande porte Alfa, e o segundo melhor lance, no valor de X + 10%, foi dado pela microempresa
Beta. Assertiva: Nessa situação, para o fim de escolha da empresa vencedora, o estatuto em apreço considera
ter havido empate e estabelece que haja sorteio para a definição da empresa à qual deverá ser adjudicado
o objeto da licitação.
B) Caso haja empate entre uma microempresa e uma empresa de pequeno porte, a microempresa terá
prioridade na contratação.
C) A comprovação de regularidade fiscal da empresa somente será exigida no momento da apresentação dos
lances.
D) Nos processos licitatórios destinados à aquisição de obras e serviços, a administração não poderá exigir
dos licitantes a subcontratação de microempresa ou empresa de pequeno porte.

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E) É possível a realização de licitação destinada exclusivamente à participação de microempresas e empresas


de pequeno porte, quando o objeto da contratação for de até oitenta mil reais.

Comentário:

Alternativa A: Em se tratando de pregão, o percentual da proposta da ME ou EPP pode ser de até 5% superior
à proposta mais bem classificada. Logo, a alternativa está errada.

Alternativa B: Não há que se falar nessa prioridade. Alternativa errada.

Alternativa C: O art. 42 esclarece que, nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal e
trabalhista das microempresas e das empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de
assinatura do contrato. Alternativa errada.

Alternativa D: O art. 48 permite à administração pública, em relação aos processos licitatórios destinados à
aquisição de obras e serviços, exigir dos licitantes a subcontratação de microempresa ou empresa de
pequeno porte. Alternativa errada.

Alternativa E: O art. 48 prevê que a administração pública deverá realizar processo licitatório destinado
exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nos itens de contratação
cujo valor seja de até R$ 80.000,00. Alternativa correta.

Gabarito: Letra E

19. CESPE/TJ-DFT-Juiz/2016
A microempresa ou a empresa de pequeno porte que tenha sócio domiciliado no exterior não poderá
recolher os impostos e as contribuições na forma prevista no Simples Nacional.

Comentário: O art. 17, II, da LC 123/06, estabelece que a microempresa ou a empresa de pequeno porte que
tenha sócio domiciliado no exterior não poderá recolher os impostos e as contribuições na forma prevista
no Simples Nacional.

Gabarito: Correta

20. CESPE/Pref. Salvador-BA-Procurador/2015


Nos processos de licitação, deve ser assegurada, como critério de desempate, a preferência de contratação
para as microempresas e empresas de pequeno porte, considerando-se empate as situações em que as
propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 20%
superiores à proposta mais bem classificada.

Comentário: Na verdade, consideram-se empate as situações em que as propostas apresentadas pelas


microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% superiores à proposta mais bem
classificada.

Gabarito: Errada

21. CESPE/Pref. Salvador-BA-Procurador/2015

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Nos processos licitatórios destinados a aquisição de obras e serviços, a administração pública pode exigir dos
licitantes a subcontratação de microempresa ou empresa de pequeno porte.

Comentário: É possível sim exigir dos licitantes a subcontratação de microempresa ou empresa de pequeno
porte, nos processos licitatórios destinados a aquisição de obras e serviços.

Gabarito: Correta

22. CESPE/Pref. Salvador-BA-Procurador/2015


A microempresa ou empresa de pequeno porte com registro de irregularidade fiscal fica impedida de
participar de certames licitatórios.

Comentário: De acordo com o art. 42, da LC 123/06, nas licitações públicas, a comprovação de regularidade
fiscal e trabalhista das microempresas e das empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito
de assinatura do contrato. Logo, a participação de certame licitatório é possível.

Gabarito: Errada

23. CESPE/TCE-RN-Assessor Técnico Jurídico/2015


Pessoa jurídica que se dedica à atividade de compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis
a prazo ou de prestação de serviços (factoring), ou que tenha sócio domiciliado no exterior, não pode
recolher impostos nem contribuições que compõem o simples nacional, por força de expressa vedação legal.

Comentário: É o que estabelecem os incisos I e II, do art. 17, da LC 123/06: não podem recolher impostos
nem contribuições que compõem o simples nacional a pessoa jurídica que se dedica à atividade de compra
de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring), ou
que tenha sócio domiciliado no exterior

Gabarito: Correta

24. CESPE/MPE-PI-Promotor/2012-Adaptada
Com relação ao que dispõe a Lei Complementar n.º 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, julgue a assertiva a seguir: a microempresa optante do
SIMPLES Nacional poderá utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal.

Comentário: De acordo com o art. 24 da LC 123/2006, as microempresas e as empresas de pequeno porte


optantes pelo Simples Nacional não poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal.

Gabarito: Errada

25. CESPE/MPE-PI-Promotor/2012-Adaptada
Com relação ao que dispõe a Lei Complementar n.º 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, julgue a assertiva a seguir: o recolhimento mensal, mediante
documento único de arrecadação de impostos e contribuições sociais, de empresa de pequeno porte incluída

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no Simples Nacional não exclui a incidência do imposto sobre serviços nem a do ICMS, que deverão ser pagos
separadamente, sendo a possibilidade de unificação restrita a impostos da União.

Comentário: De acordo com o art. 13 da LC 123/2006, o recolhimento mensal, mediante documento único,
inclui tanto o ICMS como o ISS. Essa é a regra.

Gabarito: Errada

26. CESPE/MPE-PI-Promotor/2012-Adaptada
Com relação ao que dispõe a Lei Complementar n.º 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, julgue a assertiva a seguir: o ato de desenquadramento de
sociedade simples como empresa de pequeno porte implica restrições a contratos que tenham sido
anteriormente firmados pela empresa.

Comentário: O enquadramento e desenquadramento de ME ou EPP não influenciam nos contratos por elas
==18b843==

já firmados.

Gabarito: Errada

27. CESPE/MPE-PI-Promotor/2012-Adaptada
Com relação ao que dispõe a Lei Complementar n.º 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, julgue a assertiva a seguir: a empresa de pequeno porte que
pretenda participar de licitação pública deverá comprovar a regularidade fiscal para efeito de recebimento
de sua proposta.

Comentário: A ME ou EPP que pretenda participar de processo licitatório somente fica obrigada a comprovar
regularidade fiscal no momento da assinatura do contrato, isto é, caso tenha sido vencedora da licitação.

Gabarito: Errada

28. CESPE/MPE-PI-Promotor/2012-Adaptada
Com relação ao que dispõe a Lei Complementar n.º 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, julgue a assertiva a seguir: empresa de pequeno porte que
requerer o arquivamento, nos órgãos de registro, de seus atos constitutivos estará dispensada da prova de
quitação, de regularidade ou de inexistência de débito referente a tributo de qualquer natureza para a
realização do referido arquivamento.

Comentário: De fato, a LC 123/2006, em seu art. 9º, § 1º, dispensou a exigência de prova da quitação de
tributos, no que se refere ao arquivamento de seus atos constitutivos nos órgãos de registro.

Gabarito: Correta

29. VUNESP/TJ-RS-Juiz Estadual/2018


Para os efeitos da Lei Complementar n o 123/2006, consideram- se microempresas ou empresas de pequeno
porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o

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empresário a que se refere o artigo 966 do Código Civil em vigor, devidamente registrados no Registro de
Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
a) no caso da microempresa, aufira em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 400.000,00
(quatrocentos mil reais); no caso de empresa de pequeno porte, aufira receita bruta superior a R$ 400.000,00
(quatrocentos mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
b) no caso da microempresa, aufira em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil reais); no caso de empresa de pequeno porte aufira receita bruta superior a R$
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos
mil reais).
c) no caso da microempresa, aufira em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 380.000,00
(trezentos e oitenta mil reais); no caso de empresa de pequeno porte, aufira receita bruta superior a R$
380.000,00 (trezentos e oitenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos
mil reais).
d) no caso da microempresa, aufira em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil reais); no caso de empresa de pequeno porte, aufira receita bruta superior a R$
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais).
e) no caso da microempresa, aufira em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 400.000,00
(quatrocentos mil reais); no caso de empresa de pequeno porte aufira receita bruta superior a R$ 400.000,00
(quatrocentos mil reais) e igual ou inferior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais).

Comentário: Questão simples! O limite de receita bruta para microempresa é de R$ 360.000,00, e o da


empresa de pequeno porte é de R$ 4.800.000,00.

Gabarito: Letra B

30. VUNESP/Pref. São José do Rio Preto-SP-Auditor Fiscal/2014


O tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte
de que trata a LC nº 123/06 é gerido pelas instâncias que especifica. Dentre elas, a que tem por finalidade
orientar e assessorar a formulação e coordenação da política nacional de desenvolvimento das
microempresas e empresas de pequeno porte, bem como acompanhar e avaliar a sua implantação, sob a
presidência e coordenação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República,
denomina-se
a) Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.
b) Fórum Gestor das Micro e Pequenas empresas
c) Comitê Gestor do Simples Nacional.
d) Comitê da Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e
Negócios
e) Comitê Gerenciador das Atividades das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

Comentário: A instância que tem a finalidade descrita no enunciado desta questão é o Fórum Permanente
das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, conforme prevê o art. 2º, § 5º, da LC 123/06.

Gabarito: Letra A

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31. VUNESP/TJ-SP-Titular de Serviços de Notas e de Registros /2012


Quando o microempresário ou empresa de pequeno porte efetua o pagamento do título com cheque sem a
devida provisão de fundos, os benefícios referentes ao protesto de títulos são automaticamente suspensos
pelos cartórios de protesto pelo prazo de
a) 1 (um) mês.
b) 1 (um) ano.
c) 3 (três) anos.
d) 5 (cinco) anos.

Comentário: No caso previsto no enunciado da questão, os benefícios referentes ao protesto de títulos são
automaticamente suspensos pelos cartórios de protesto pelo prazo de 1 ano.

Gabarito: Letra B

32. VUNESP - Analista Judiciário (TJ PA)/Fiscal de Arrecadação/2014 (Adaptada)


O empresário individual que tenha auferido no ano-calendário anterior, receita bruta de até R$ 81.000,00,
optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista pela Lei
Complementar n.º 123/06, é considerado, nos termos da referida lei como
a) Microempresa (ME).
b) Empresário de Pequeno Porte (EPP).
c) Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI).
d) Microempreendedor Individual (MEI).
e) Sociedade Unipessoal (SUNI).

Comentário: Adaptamos esta questão, pois atualmente o teto da receita bruta para o microempreendedor
individual é de R$ 81.000,00 por ano. Esta questão é bastante direta, e a resposta só pode ser a Letra D.

Gabarito: Letra D

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LISTA DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES

Simples Nacional

1. CESPE/SEFAZ-DF-Auditor Fiscal/2020

Para efeito de caracterização como micro ou pequena empresa, é levada em consideração a receita bruta, que deve
ser entendida como o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços
prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídos vendas canceladas nem descontos
incondicionais concedidos.

2. CESPE/TJ-BA-Juiz/2019
Observados os requisitos legais, o SIMPLES Nacional permite o recolhimento mensal, mediante documento
único de arrecadação, entre outros,
a) do imposto de importação, do ISSQN e do IOF.
b) do IOF, da COFINS e do ITR.
c) da CSLL, do ISSQN e do IRPJ.
d) da COFINS, da CSLL e da contribuição para o FGTS.
e) do ITR, da contribuição para o PIS/PASEP e da contribuição para o FGTS.

3. CESPE/SEFAZ-RS-Auditor Fiscal/2019
O Simples Nacional
a) depende, para o seu ingresso, da formalização dessa opção pelas sociedades empresariais.
b) é obrigatório para microempresas e facultativo para empresas de pequeno porte.
c) afasta a incidência de tributos federais, estaduais e daqueles que o Distrito Federal fiscaliza na condição
de estado-membro.
d) pode ser retratado no mesmo ano-calendário em que a microempresa exceder o limite de faturamento
relativo ao seu enquadramento.
e) é inaplicável a sociedade limitada cujas cotas sociais pertençam, em um terço ou mais, a empregado
público.

4. FCC/ISS-São Luís-Auditor Fiscal/2018

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De acordo com a disciplina estabelecida pela Lei Complementar federal no 123/2006, acerca do SIMPLES
NACIONAL, os Municípios têm competência
a) concorrente para efetuar, por meio de suas autoridades fiscais, o lançamento do PIS, do CONFINS, do ICMS
e do ISS, apurados na forma do Simples Nacional, e de promover a autuação por descumprimento de
obrigação acessória relacionada com esses impostos e contribuições, relativamente a todos os
estabelecimentos da empresa, independentemente do ente federado instituidor da obrigação tributária.
b) para fiscalizar um hotel localizado em seu território, relativamente ao cumprimento das obrigações
principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, e para verificar a ocorrência das hipóteses de sua
exclusão, de ofício, deste regime de tributação, mas não têm competência para promover a autuação deste
estabelecimento por descumprimento de obrigação acessória relativa ao IRPJ.
c) para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, desde
que o estabelecimento fiscalizado seja prestador de serviços e se localize no Município que tem competência
para proceder à sua fiscalização.
d) para fiscalizar uma empresa de transporte intramunicipal localizada em seu território, relativamente ao
cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional, mas não têm competência
para verificar a ocorrência das hipóteses de exclusão de ofício desta empresa deste regime de tributação.
e) para efetuar, por meio de suas autoridades fiscais, o lançamento do IRPJ, do IPI, do ITCMD e do ITBI, dentre
outros, apurados na forma do Simples Nacional, relativamente a todos os estabelecimentos da empresa,
independentemente do ente federado instituidor.

5. FCC/SEGEP-MA-Técnico da Receita Estadual/2016


O Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte, também chamado de Simples Nacional, implica o recolhimento mensal,
mediante documento único de arrecadação, de vários impostos e contribuições.
De acordo com a Lei Complementar n° 123/2006, e salvo as exceções nela previstas, encontram-se entre os
impostos e contribuições abrangidos pelo recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação,
a) o IRPJ, o IPVA e o ISS.
b) a CSLL, o ICMS e o IPTU.
c) a CSLL, o ICMS e o ISS.
d) o IRPJ, o IPVA e o IPTU.
e) a CSLL, o ITCMD e o ITBI.

6. FCC/SEGEP-MA-Auditor Fiscal da Receita Estadual/2016


A Lei Complementar no 123/2006 instituiu o regime de arrecadação de tributos conhecido como Simples
Nacional. Conforme esta lei, o recolhimento mensal mediante o documento único de arrecadação do regime
simplificado NÃO exclui a incidência
a) do ICMS devido nas operações de saída interna, promovidas pelo contribuinte, com destino a consumidor
final não contribuinte, acobertadas por documento fiscal hábil, não sujeita ao regime de substituição
tributária, tributação concentrada ou antecipação do recolhimento do imposto, que deverá ser pago com
observância da legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.

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b) nem dispensa o pagamento das contribuições instituídas pela União, para as entidades privadas de serviço
social e de formação profissional, vinculadas ao sistema sindical.
c) do ICMS devido nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou mercadorias não sujeitas
ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e a
interestadual, que deverá ser pago com observância da legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.
d) do IPI, relativo à saída de produto de fabricação própria, que deverá ser pago com observância da
legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.
e) do ISSQN, relativo a serviço prestado pelo contribuinte, no Brasil, quando caiba a ele pagar o imposto em
guia de recolhimento especial, que deverá ser pago com observância da legislação aplicável às demais
pessoas jurídicas.

7. FCC/SEGEP-MA-Técnico da Receita Estadual/2016


A Lei Complementar n° 123/2006 estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e
favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte. Conforme esta lei,
a) não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado nela previsto, a pessoa jurídica cujo titular
ou sócio participe com mais de 33% do capital de outra empresa.
b) consideram-se microempresas, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o empresário devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou
no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$
360.000,00.
c) considera-se receita bruta, para fins de enquadramento no Simples Nacional, o produto da venda de bens
e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em
conta alheia, incluídas as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e a receita financeira
auferida.
d) a microempresa ou empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta
anual nela estabelecido, fica excluída, desde o dia 1º de janeiro do mesmo ano, do tratamento jurídico
diferenciado nela previsto, ex lege, e independentemente de prévia notificação.
e) não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado nela previsto, a pessoa jurídica cuja atividade
preponderante seja a de Banco Comercial, a de Atacadista Exportador ou a de Empresa de Transporte Aéreo
ou Marítimo.
8. FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014
Consideram-se isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de ajuste do beneficiário, os valores
efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da microempresa ou empresa de pequeno porte
optante pelo Simples Nacional, salvo os que corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.

9. FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014

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Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a


empresa de pequeno porte que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as
Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, ainda que estejam com a exigibilidade suspensa.

10. FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014


Os processos relativos a impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional serão ajuizados em face
da União, que será representada em juízo pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

11. FCC/TJ-CE-Juiz/2014
Um contribuinte do ICMS do Estado do Ceará adquire, de contribuinte do ICMS localizado na região Sul do
país, mercadoria destinada a uso e consumo no seu estabelecimento, localizado em Fortaleza. A alíquota
interna cearense das mercadorias adquiridas é de 17%. Considerando que esse adquirente cearense está
enquadrado no Simples Nacional, de acordo com o disposto na Lei Complementar n° 123/06 e no artigo 155
==18b843==

da Constituição Federal, relativamente a essa aquisição, ele


a) não terá de pagar o ICMS, pois a entrada de mercadoria no estabelecimento, proveniente de outra unidade
federada, com a finalidade de comercialização, industrialização, integração no ativo imobilizado ou uso e
consumo do estabelecimento não é, via de regra, fato gerador desse imposto.
b) terá de pagar o ICMS referente ao diferencial entre a alíquota interna e interestadual, calculada com base
nas alíquotas aplicáveis às pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional.
c) não terá de pagar o ICMS, pois o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, exclui
eventual incidência desse imposto na referida aquisição interestadual.
d) terá de pagar o ICMS, pois o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, não exclui
a incidência do ICMS devido a título de diferencial de alíquota, desde que as mercadorias adquiridas não
estejam sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto.
e) não terá de pagar o ICMS, pois contribuintes enquadrados no Simples Nacional estão dispensados desse
pagamento.

12. FGV/ISS-Cuiabá/2014
O Simples Nacional, sistema simplificado de tributação instituído pela Lei Complementar nº 123/2006,
compreende o pagamento unificado de um conjunto de tributos da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios. Podem optar por tal recolhimento simplificado as microempresas e as empresas de
pequeno porte. Assinale a opção que apresenta tributo compreendido no recolhimento simplificado.
a) Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
b) Imposto de Importação (II).
c) Contribuição para o FGTS.
c) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
e) Imposto de Renda sobre o Ganho de Capital na alienação de bens (IR-Ganho de Capital).

13. FGV/ISS-Cuiabá/2014

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Fulano de Tal é sócio da pessoa jurídica Lavolândia Ltda., empresa de pequeno porte optante pelo Simples
Nacional. A ela presta serviços e recebe regularmente sua remuneração mensal pelos serviços prestados, a
qual está acima da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR). Além disso, anualmente recebe seus
dividendos sobre o lucro da pessoa jurídica, observada sua participação societária no capital. Com base no
caso exposto, assinale a opção que indica o tratamento tributário adequado do Imposto sobre a Renda (IR)
com relação aos dois rendimentos auferidos por Fulano de Tal – remuneração e dividendos.
a) Não incide IR sobre nenhum dos dois rendimentos, já que a pessoa jurídica é optante pelo Simples
Nacional.
b) Não incide IR sobre os dividendos, mas sim sobre a remuneração.
c) Não incide IR sobre a remuneração, mas sim sobre os dividendos.
d) Incide IR sobre os dois rendimentos.
e) Incide IR sobre os dois rendimentos, mas o valor do IR sobre a remuneração pode ser deduzido do IR sobre
os dividendos.

14. FGV/ISS-Cuiabá/2014
A pessoa jurídica Metrópole Ltda. ostenta as seguintes características:
I. aufere receita bruta anual de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais);
II. é fruto de cisão, consumada há dois anos, de pessoa jurídica que tinha faturamento 4 vezes maior;
III. explora a atividade de despachante.
Atento a tais características, assinale a opção que melhor retrata a possibilidade de Metrópole Ltda. optar
ou não pelo Simples Nacional.
a) Poderá optar, pois não há qualquer obstáculo legal.
b) Não poderá optar, pois somente a característica I a impede.
c) Não poderá optar, pois somente a característica II a impede.
d) Não poderá optar, pois somente a característica III a impede.
e) Não poderá optar, pois somente as características II e III a impedem.

15. ESAF/AFRFB/2014
A Lei Complementar n. 123/2006 prevê tratamento tributário diferenciado para Microempresas e Empresas
de Pequeno Porte, que consiste em um regime especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições
devidos por estas entidades, denominado Simples Nacional. Sobre este, é incorreto afirmar que o Simples
Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, de um conjunto de
tributos e contribuições. Todavia, mesmo em relação a algum destes tributos e contribuições, há situações
em que o recolhimento dar-se-á à parte do Simples Nacional.

16. CESPE/PGE-SE-Procurador/2017

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Considerando as normas do regime tributário do SIMPLES Nacional e o disposto no Estatuto da


Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte — Lei Complementar n.º 123/2006 —, julgue os itens a
seguir.
I A empresa individual de responsabilidade limitada não pode ser enquadrada como microempresa para
efeito de adesão ao SIMPLES Nacional.
II Para o enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte, a sociedade empresária deve,
em cada ano-calendário, ter receita bruta inferior a determinado montante legal, excluídas as vendas
canceladas e os descontos incondicionais eventualmente concedidos.
III O recolhimento de tributo pelo regime especial unificado de arrecadação do SIMPLES Nacional não exclui
a incidência do ICMS devido nas operações sujeitas ao regime de substituição tributária.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Estão certos apenas os itens I e II.
c) Estão certos apenas os itens I e III.
d) Estão certos apenas os itens II e III.
e) Todos os itens estão certos.

17. CESPE/PGE-AM-Procurador/2016
Admite-se a extinção de microempresa e de empresa de pequeno porte mediante baixa de seus atos
constitutivos, independentemente de comprovação de sua regularidade fiscal; nesse caso, será subsidiária a
responsabilidade dos titulares, dos sócios e dos administradores no período da ocorrência dos respectivos
fatos geradores.

18. CESPE/TCE-PR-Auditor/2016
De acordo com o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, assinale a opção
correta relativamente à participação dessas empresas em licitações e contratações com o poder público.
A) Situação hipotética: em uma licitação na modalidade pregão, o melhor lance, no valor de X, foi dado pela
empresa de grande porte Alfa, e o segundo melhor lance, no valor de X + 10%, foi dado pela microempresa
Beta. Assertiva: Nessa situação, para o fim de escolha da empresa vencedora, o estatuto em apreço considera
ter havido empate e estabelece que haja sorteio para a definição da empresa à qual deverá ser adjudicado
o objeto da licitação.
B) Caso haja empate entre uma microempresa e uma empresa de pequeno porte, a microempresa terá
prioridade na contratação.
C) A comprovação de regularidade fiscal da empresa somente será exigida no momento da apresentação dos
lances.
D) Nos processos licitatórios destinados à aquisição de obras e serviços, a administração não poderá exigir
dos licitantes a subcontratação de microempresa ou empresa de pequeno porte.
E) É possível a realização de licitação destinada exclusivamente à participação de microempresas e empresas
de pequeno porte, quando o objeto da contratação for de até oitenta mil reais.

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19. CESPE/TJ-DFT-Juiz/2016
A microempresa ou a empresa de pequeno porte que tenha sócio domiciliado no exterior não poderá
recolher os impostos e as contribuições na forma prevista no Simples Nacional.

20. CESPE/Pref. Salvador-BA-Procurador/2015


Nos processos de licitação, deve ser assegurada, como critério de desempate, a preferência de contratação
para as microempresas e empresas de pequeno porte, considerando-se empate as situações em que as
propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 20%
superiores à proposta mais bem classificada.

21. CESPE/Pref. Salvador-BA-Procurador/2015


Nos processos licitatórios destinados a aquisição de obras e serviços, a administração pública pode exigir dos
licitantes a subcontratação de microempresa ou empresa de pequeno porte.

22. CESPE/Pref. Salvador-BA-Procurador/2015


A microempresa ou empresa de pequeno porte com registro de irregularidade fiscal fica impedida de
participar de certames licitatórios.

23. CESPE/TCE-RN-Assessor Técnico Jurídico/2015


Pessoa jurídica que se dedica à atividade de compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis
a prazo ou de prestação de serviços (factoring), ou que tenha sócio domiciliado no exterior, não pode
recolher impostos nem contribuições que compõem o simples nacional, por força de expressa vedação legal.

24. CESPE/MPE-PI-Promotor/2012-Adaptada
Com relação ao que dispõe a Lei Complementar n.º 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, julgue a assertiva a seguir: a microempresa optante do
SIMPLES Nacional poderá utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal.

25. CESPE/MPE-PI-Promotor/2012-Adaptada
Com relação ao que dispõe a Lei Complementar n.º 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, julgue a assertiva a seguir: o recolhimento mensal, mediante
documento único de arrecadação de impostos e contribuições sociais, de empresa de pequeno porte incluída
no Simples Nacional não exclui a incidência do imposto sobre serviços nem a do ICMS, que deverão ser pagos
separadamente, sendo a possibilidade de unificação restrita a impostos da União.
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Aula 13

Com relação ao que dispõe a Lei Complementar n.º 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, julgue a assertiva a seguir: o ato de desenquadramento de
sociedade simples como empresa de pequeno porte implica restrições a contratos que tenham sido
anteriormente firmados pela empresa.

27. CESPE/MPE-PI-Promotor/2012-Adaptada
Com relação ao que dispõe a Lei Complementar n.º 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, julgue a assertiva a seguir: a empresa de pequeno porte que
pretenda participar de licitação pública deverá comprovar a regularidade fiscal para efeito de recebimento
de sua proposta.

28. CESPE/MPE-PI-Promotor/2012-Adaptada
Com relação ao que dispõe a Lei Complementar n.º 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, julgue a assertiva a seguir: empresa de pequeno porte que
requerer o arquivamento, nos órgãos de registro, de seus atos constitutivos estará dispensada da prova de
quitação, de regularidade ou de inexistência de débito referente a tributo de qualquer natureza para a
realização do referido arquivamento.

29. VUNESP/TJ-RS-Juiz Estadual/2018

Para os efeitos da Lei Complementar n o 123/2006, consideram- se microempresas ou empresas de pequeno


porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o
empresário a que se refere o artigo 966 do Código Civil em vigor, devidamente registrados no Registro de
Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
a) no caso da microempresa, aufira em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 400.000,00
(quatrocentos mil reais); no caso de empresa de pequeno porte, aufira receita bruta superior a R$ 400.000,00
(quatrocentos mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
b) no caso da microempresa, aufira em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil reais); no caso de empresa de pequeno porte aufira receita bruta superior a R$
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos
mil reais).
c) no caso da microempresa, aufira em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 380.000,00
(trezentos e oitenta mil reais); no caso de empresa de pequeno porte, aufira receita bruta superior a R$
380.000,00 (trezentos e oitenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos
mil reais).
d) no caso da microempresa, aufira em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil reais); no caso de empresa de pequeno porte, aufira receita bruta superior a R$
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais).
e) no caso da microempresa, aufira em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 400.000,00
(quatrocentos mil reais); no caso de empresa de pequeno porte aufira receita bruta superior a R$ 400.000,00
(quatrocentos mil reais) e igual ou inferior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais).

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30. VUNESP/Pref. São José do Rio Preto-SP-Auditor Fiscal/2014


O tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte
de que trata a LC nº 123/06 é gerido pelas instâncias que especifica. Dentre elas, a que tem por finalidade
orientar e assessorar a formulação e coordenação da política nacional de desenvolvimento das
microempresas e empresas de pequeno porte, bem como acompanhar e avaliar a sua implantação, sob a
presidência e coordenação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República,
denomina-se
a) Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.
b) Fórum Gestor das Micro e Pequenas empresas
c) Comitê Gestor do Simples Nacional.
d) Comitê da Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e
Negócios
e) Comitê Gerenciador das Atividades das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

31. VUNESP/TJ-SP-Titular de Serviços de Notas e de Registros /2012


Quando o microempresário ou empresa de pequeno porte efetua o pagamento do título com cheque sem a
devida provisão de fundos, os benefícios referentes ao protesto de títulos são automaticamente suspensos
pelos cartórios de protesto pelo prazo de
a) 1 (um) mês.
b) 1 (um) ano.
c) 3 (três) anos.
d) 5 (cinco) anos.

32. VUNESP - Analista Judiciário (TJ PA)/Fiscal de Arrecadação/2014 (Adaptada)


O empresário individual que tenha auferido no ano-calendário anterior, receita bruta de até R$ 81.000,00,
optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista pela Lei
Complementar n.º 123/06, é considerado, nos termos da referida lei como
a) Microempresa (ME).
b) Empresário de Pequeno Porte (EPP).
c) Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI).
d) Microempreendedor Individual (MEI).
e) Sociedade Unipessoal (SUNI).

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GABARITO DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES

1. C 12. D 23. C
2. C 13. B 24. E
3. A 14. C 25. E
4. B 15. E 26. E
5. C 16. D 27. E
6. C 17. E 28. C
7. B 18. E 29. B
8. C 19. C 30. A
9. E 20. E 31. B
10. C 21. C 32. D
11. D 22. E

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