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Aula 01 (Prof.

Rodrigo
Rennó)
Ministério do Trabalho (Auditor Fiscal do
Trabalho - AFT) Administração Geral e
Pública - 2023 (Pré-Edital)

Autor:
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos, Rodrigo
Rennó

17 de Dezembro de 2022

05302872773 - Francisco Ubiratan Conde Barreto Junior


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Aula 01 (Prof. Rodrigo Rennó)

Índice
1) Reformas Administrativas
..............................................................................................................................................................................................3

2) Getúlio Vargas e a Criação do DASP


..............................................................................................................................................................................................5

3) Governo JK e a Administração Paralela


..............................................................................................................................................................................................
11

4) A Reforma de 1967
..............................................................................................................................................................................................
12

5) A Constituição de 88 - O Retrocesso Burocrático e o Governo Collor-Itamar


..............................................................................................................................................................................................
19

6) Governo Collor
..............................................................................................................................................................................................
22

7) A Reforma de 1995
..............................................................................................................................................................................................
24

8) Questões Comentadas - Reformas Administrativas - Outras Bancas


..............................................................................................................................................................................................
36

9) Questões Comentadas - Reformas Administrativas - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
44

10) Questões Comentadas - Reformas Administrativas - FCC


..............................................................................................................................................................................................
71

11) Questões Comentadas - Reformas Administrativas - FGV


..............................................................................................................................................................................................
86

12) Questões Comentadas - Reformas Administrativas - Vunesp


..............................................................................................................................................................................................
93

13) Lista de Questões - Reformas Administrativas - Outras Bancas


..............................................................................................................................................................................................
101

14) Lista de Questões - Reformas Administrativas - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
106

15) Lista de Questões - Reformas Administrativas - FCC


..............................................................................................................................................................................................
119

16) Lista de Questões - Reformas Administrativas - FGV


..............................................................................................................................................................................................
129

17) Lista de Questões - Reformas Administrativas - Vunesp


..............................................................................................................................................................................................
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REFORMAS ADMINISTRATIVAS
As origens de nossa administração pública nascem, naturalmente, de nosso processo de colonização.
Durante séculos, fomos uma colônia portuguesa e muitos de nossos hábitos e de nossa cultura
organizacional foi “herdada” dos antigos costumes vindos de Portugal.
A administração no período colonial foi marcada especialmente por duas dinâmicas 1: um viés centralizador
e normatizador vindo da metrópole, e um viés descentralizador, baseado nas estruturas de poder local.
As principais instituições de poder estavam localizadas em Lisboa e tinham dificuldade em alcançar todo o
território nacional. O governo-geral, que cuidava de impor a ordem e regular a sociedade brasileira, era
caracterizado por um excesso de regras e procedimentos.
Ao mesmo tempo, o poder local (nas províncias) comandava de acordo com relações patrimonialistas e
personalistas. De acordo com Abrucio e outros 2, ==2852d7==

“A mistura de centralismo excessivamente regulamentador, e geralmente pouco efetivo, com o


patrimonialismo local resume bem o modelo de administração colonial.”
A dificuldade do Estado português de alcançar boa parte do espaço gerava, então, uma “liberdade” de ação
por parte das elites regionais.
Dentro deste período colonial chama a atenção o período da administração pombalina (capitaneada pelo
Marquês de Pombal, de 1750 a 1777), que buscou dar maior racionalidade e eficiência a administração do
império português.
Entretanto, o cenário só começou a mudar realmente com a vinda da família real para o Brasil em 1808,
fugindo de Napoleão Bonaparte. A vinda da corte portuguesa, com milhares de pessoas, obrigou a
construção de diversas instituições governamentais em nosso país.
Foi o início de um processo irreversível de estruturação de uma antiga colônia para fazer parte integrante do
império português e, posteriormente, à independência do Brasil.

República Velha (1889-1930)

Durante todo o período colonial até o governo de Getúlio Vargas, a administração pública era dominada
pelo patrimonialismo e pelo clientelismo. A época conhecida como “República Velha” iniciou-se com a
proclamação da República e terminou com a revolução de 1930.
Neste período, a política do país foi controlada por grupos oligárquicos, principalmente de Minas Gerais e
São Paulo, que se revezavam no poder através da conhecida política do “Café com Leite”.

1
(Abrucio, Pedroti, & Pó, 2010)
2
(Abrucio, Pedroti, & Pó, 2010)

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Ocorreu um enfraquecimento do Estado Brasileiro nesta época, com uma perda de capacidade de
organização do poder central, que contava com os melhores quadros3. De acordo com Leal4,
“O sistema estadualista e oligárquico que prevaleceu na República Velha, ademais, tornou ainda
mais importante o modelo de patronagem no plano subnacional, pela via do coronelismo, uma vez
que era necessário arrebanhar mais eleitores para legitimar o processo político – embora as eleições
fossem marcadas pelas fraudes.”
Desta maneira, o Estado brasileiro era dominado por uma elite que garantia privilégios indevidos dentro da
máquina do governo para seus amigos e aliados.
A maior parte da população era excluída e não tinha participação na política do país. Até a revolução de
1930, a oligarquia agrária dominava o cenário político5.
A maior parte da população vivia no campo e a política era dominada pelos “coronéis” regionais. O poder
central tinha um peso muito menor do que apresenta hoje, com uma maior autonomia dos estados.
Apesar disso, a maior autonomia dos poderes locais não foi utilizada para a modernização das estruturas e
das práticas administrativas regionais.
Entretanto, duas experiências de sucesso no plano da administração pública foram geradas neste período: o
desenvolvimento das carreiras militares (forças armadas) e do corpo diplomático (Itamaraty).
Estas carreiras já nesta época detinham instituições meritocráticas e recursos que lhes permitiram ajudar o
país em seu desenvolvimento e até atuar politicamente. De certa forma, foram as nossas duas primeiras
burocracias profissionais.

3
(Abrucio, Pedroti, & Pó, 2010)
4
(Leal, 1996) apud (Abrucio, Pedroti, & Pó, 2010)
5
(Torres, 2004)

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Getúlio Vargas e a criação do DASP

Com a tomada do governo após o golpe revolucionário de 1930, outras classes se apoderaram do governo
federal, sendo dominantes alguns setores das forças armadas 1. Na esteira deste movimento, o Estado Novo
buscou centralizar o poder no governo federal, tirando poder e autonomia dos estados.
Na visão de Flávio Resende2:
“Até 1930, o Estado brasileiro era um verdadeiro mercado de troca de votos por cargos públicos;
uma combinação de clientelismo com patrimonialismo”.
Na época da revolução de 1930, o cenário nacional era de grande crise econômica, pois o “carro chefe” da
economia brasileira no momento era a cultura do Café e o mercado para o produto tinha despencado após
a crise da Bolsa de Nova York.
Com o “crash” da Bolsa, os mercados consumidores do produto, particularmente os Estados Unidos e a
Europa, entraram em uma grande recessão. Isto fez com que o preço do café despencasse no mercado
internacional.
Sem as divisas do Café, a economia brasileira não tinha como pagar as importações de produtos que a
sociedade demandava. Os recursos da venda do café no mercado exterior chegaram a representar mais de
sessenta por cento das divisas que entravam no país.
Alguma resposta teria de ser dada pelo novo governo. Getúlio Vargas então procurou fechar a economia e
buscar alternativas econômicas, voltando-se então para o mercado interno através de incentivos à
industrialização e da modernização da máquina estatal.
Com as barreiras aos produtos estrangeiros, os empresários brasileiros passaram a ter um grande incentivo
para investir, pois o mercado interno passava a ser protegido da concorrência internacional, e os
consumidores não tinham mais acesso aos produtos estrangeiros a preços competitivos. Isto deu um grande
impulso à nascente industrialização brasileira.
Além disso, com a aceleração da industrialização, começa também a ocorrer um crescimento da massa
urbana de trabalhadores, introduzindo outros “atores” no processo político.
Com a queda dos preços agrícolas, a economia rural perdeu força e seus trabalhadores passaram a ver as
cidades como um local mais atraente e com melhores e maiores oportunidades.
Como vimos, Vargas iniciou seu governo retirando poder dos governos estaduais, centralizando o poder na
União. O governo federal iniciou também uma maior intervenção econômica, saindo de um papel mais
passivo para outro mais ativo na promoção do desenvolvimento econômico.
Portanto, as saídas para a crise foram o protecionismo e o intervencionismo econômico. O Estado teve de
se estruturar para exercer estas funções, principalmente a segunda.
O velho modelo patrimonialista da administração pública não era mais adequado a uma economia
industrial cada vez mais complexa e competitiva!

1
(Bresser Pereira, 2001)
2
(Resende, 2004) apud (Paludo, 2010)

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Foi nesse contexto que se criou o Conselho Federal do Serviço Público Civil em 1936, depois transformado
em 1938 no Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP. De acordo com Lustosa da Costa3:
“O Dasp foi efetivamente organizado em 1938, com a missão de definir e executar a política
para o pessoal civil, inclusive a admissão mediante concurso público e a capacitação técnica do
funcionalismo, promover a racionalização de métodos no serviço público e elaborar o orçamento
da União.”
Portanto, o DASP introduziu um movimento de profissionalização do funcionalismo público, por meio da
criação de um sistema de ingresso competitivo e de critérios de promoção por merecimento para seus
servidores.
A criação do DASP deve ser vista, assim, como uma exigência da entrada do Estado brasileiro em uma nova
era de industrialização e de desenvolvimento capitalista.
O Estado deveria ser mais eficiente e imparcial em seu papel de incentivar e conduzir o crescimento
econômico e na oferta de novos serviços e direitos aos trabalhadores urbanos, que seriam a base política do
governo Getúlio Vargas. ==2852d7==

• apesar de boa parte dos autores

Aviso:
considerarem 1938 como o ano
em que o DASP foi instituído,
algumas bancas consideram
correto 1936!

Esta foi uma reforma ambiciosa, que tinha como modelo a Burocracia profissional de Weber. Segundo
Lustosa da Costa, foi a primeira tentativa sistemática de superar o modelo patrimonialista que tivemos na
administração pública brasileira:
“A reforma administrativa do Estado Novo foi, portanto, o primeiro esforço sistemático de
superação do patrimonialismo. Foi uma ação deliberada e ambiciosa no sentido da burocratização
do Estado brasileiro, que buscava introduzir no aparelho administrativo do país a centralização, a
impessoalidade, a hierarquia, o sistema de mérito, a separação entre o público e o privado. Visava
constituir uma administração pública mais racional e eficiente, que pudesse assumir seu papel na
condução do processo de desenvolvimento...” 4
Desta forma, os principais objetivos do DASP eram: A racionalização de métodos, processos e
procedimentos; a definição da política de recursos humanos, de compra de materiais e finanças e a
centralização e reorganização da administração pública federal5.

3
(Costa, 2008)
4
(Costa, 2008)
5
(Bresser Pereira, 2001)

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Com a introdução do modelo burocrático na administração pública brasileira, promovida pelo DASP,
fortaleceu-se o princípio da meritocracia, em que os servidores passaram a ser selecionados mediante
concurso público e promoção baseada em avaliações de desempenho 6.
Dentro deste âmbito, os princípios da Administração Científica, de Frederick Taylor, foram utilizados para
“nortear” a padronização e divisão do trabalho, bem como a profissionalização dos servidores.
Os princípios da Administração Científica eram os seguintes:
✓ Planejamento – substituir a improvisação pela ciência. Planejar o método a ser utilizado;
✓ Preparo – selecionar e treinar os empregados de acordo com suas aptidões e treiná-los para que
atinjam um melhor resultado;
✓ Controle – supervisionar o trabalho para que os resultados sejam atingidos;
✓ Execução – distribuir as atividades e responsabilidades, de maneira à disciplinar a execução das
tarefas.

(CESPE – TRE-ES - ANAL ADM) A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço


Público (DASP) teve como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão.
Comentários:
Perfeito. A criação do DASP por Getúlio Vargas na década de 30 teve, como objetivo primordial, a
substituição do modelo patrimonialista pela administração burocrática no Brasil.
Gabarito: correta

Continuando nossa aula, a atuação do DASP ocorreu em três dimensões diferentes:


➢ Criação de órgãos formuladores de políticas públicas, como os conselhos, que seriam responsáveis
por formar “consensos” dentro da sociedade sobre diversos temas;
➢ Expansão de órgãos da administração direta, como ministérios e agências de fiscalização (neste
governo foram criados diversos ministérios, como o do Trabalho);
➢ Expansão das atividades empresariais do Estado, com a criação de empresas estatais, fundações
públicas, sociedades de economia mista e autarquias (a Companhia Vale do Rio Doce e a CSN –
Companhia Siderúrgica Nacional foram criadas nesta época!).
Dentro deste cenário, o DASP foi o órgão que formulou e executou as mudanças na administração pública
no período Vargas. De certo modo, o DASP foi utilizado como instrumento político-administrativo (pois
ocorreu uma grande centralização administrativa e política), de forma que a administração pública se
tornasse capaz de dar sustentação ao regime ditatorial. De acordo com Torres 7:

6
(Paludo, 2010)
7
(Torres, 2004)

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“Assim, sem considerar a repressão política dura e autoritária, o governo Vargas tinha ainda dois
pilares importantíssimos de sustentação política: o controle da administração pública e a nomeação
dos dirigentes das províncias.”
Apesar disso, as mudanças não alcançaram toda a administração pública 8. O movimento reformista de
Vargas não conseguiu disseminar por completo as novas práticas.
Para certas carreiras foram introduzidos os concursos públicos, promoção por mérito e salários adequados.
Certos órgãos conseguiram uma maior profissionalização.
Ou seja, carreiras consideradas estratégicas para o sucesso deste novo Estado (como a dos diplomatas) eram
valorizadas – tendo um treinamento mais completo, garantias legais e salários competitivos9.
Entretanto, outras carreiras de nível mais baixo continuaram sob as práticas patrimonialistas e clientelistas,
com nomeações políticas, salários defasados e promoções somente por tempo de serviço. Com isso, a
Burocracia convivia com o patrimonialismo!
Foi também introduzida nesta época a noção de planejamento no orçamento público, ao invés deste
instrumento ser somente uma relação detalhada de despesas e receitas previstas. O Estado se preparava
então para atuar de forma mais ativa no desenvolvimento econômico.
Entretanto, o poder reformador do DASP dependia do apoio de Getúlio e seus poderes autoritários. Com o
final da segunda guerra mundial, passou a existir uma demanda maior por democracia e liberalização por
parte da sociedade brasileira.
O Brasil tinha “cerrado fileiras” com os aliados (Estados Unidos, Inglaterra e União Soviética) e os conceitos
de liberdade e democracia passaram a ser cobrados pelos cidadãos.
O próprio regime ditatorial começou a mostrar seu desgaste após 15 anos de existência. Com a saída de
Getúlio, voltamos a ter uma constituição democrática e tivemos a eleição de Dutra para a Presidência da
República.
Naturalmente, o DASP perdeu muito de sua força modernizadora com a saída de Vargas do poder em 1945.
Após esse momento, o departamento perdeu muitas de suas funções e passou a fazer um trabalho mais
rotineiro.
Com a volta do regime democrático, muitas das práticas patrimonialistas ganharam força com a barganha
política entre o presidente e o novo congresso. Ao final, o resultado da reforma foi o seguinte: a reforma
não se completou, nem tampouco foi revertida.

(CESPE – TRE-ES - ANAL ADM) A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço


Público (DASP) teve como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão.

8
(Bresser Pereira, 2001)
9
(Torres, 2004)

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Comentários:
Perfeito. A criação do DASP por Getúlio Vargas na década de 30 teve, como objetivo primordial, a
substituição do modelo patrimonialista pela administração burocrática no Brasil.
Gabarito: correta

(FCC – TRE-CE – ANALISTA)


A criação do DASP em 1938, com a definição da política de recursos humanos, de compra de materiais
e finanças e a centralização e reorganização da administração pública federal, marca de forma
inequívoca a passagem da forma de administração pública patrimonialista para a estruturação da
máquina administrativa do Brasil na forma
(A) burocrática.
(B) gerencial.
(C) estratégica.
(D) da nova gestão pública.
(E) funcional.
Comentários
Questão bem tranquila da FCC. A reforma de 1938 do DASP, no governo de Getúlio Vargas, introduziu
o modelo burocrático no Brasil.
Gabarito: letra A

(CESPE – MI – ANALISTA)
Na área de administração de recursos humanos, o Departamento Administrativo do Serviço Público
(DASP) inspirou-se no princípio do mérito profissional para estruturar a burocracia.
Comentários
Exato. A reforma do DASP, ocorrida nos anos 30, buscou implementar o modelo burocrático no Brasil.
Ao contrário do que muitos pensam, a teoria da burocracia tem o profissionalismo e a impessoalidade
como seus pilares.
Deste modo, a ideia é a de que os melhores profissionais serão contratados e promovidos, tendo em
vista o melhor funcionamento possível da instituição. Assim, a instalação do mérito profissional como
um princípio da Administração Pública foi um dos objetivos da reforma do DASP.
Gabarito: certa

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RESUMO

Reforma da década de 1930 - DASP

Órgão centralizador da modernização da Administração Pública


Busca implantar modelo burocrático no Brasil

Industrialização - passagem de país agrário para Industrial.

Crise da Bolsa de 1929 - Mercado do café desaba (maior produto de


exportação).
Causas / Contexto
Busca de alternativas para lidar com a crise econômica.

Busca de um modelo mais eficiente para a máquina pública.

Objetivos da Reforma do DASP

✓ Centralizar e reorganizar a Administração Pública;


✓ Definir a política de pessoal;
✓ Racionalizar métodos e processos em geral.

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Governo JK e a administração paralela.

O período que se iniciou com a redemocratização em 1946 e terminou com o golpe militar de 1964 se
caracterizou pela preocupação dos governantes com o desenvolvimento nacional. Nesta fase ocorreu um
grande crescimento econômico, com a instalação de grandes multinacionais no país e a construção de
Brasília, inserida no plano de metas do governo JK.
Os principais fatores deste período foram: o aumento da intervenção do Estado e uma descentralização do
setor público através da criação de várias autarquias e sociedades de economia mista (que teriam mais
autonomia e flexibilidade do que a Administração Direta).
O governo Juscelino Kubitschek ficou marcado pelo que se chamou de Administração Paralela1. Seu estilo
era voltado a evitar ao máximo os conflitos, portanto quando tinha um problema a resolver ele preferia criar
outra estrutura estatal (normalmente uma autarquia) do que reformar ou extinguir alguma já existente.
Com isso ele “contornava” a administração direta, evitando ter de lidar com a ineficiência gerada pelas
práticas patrimonialistas e clientelistas (que continuavam existindo, tendo ocorrido inclusive um “trem da
alegria” em 1946 – a Constituição promulgada neste ano incorporou como servidores efetivos inúmeros
funcionários que haviam entrado no governo sem concurso público), bem como as disfunções da Burocracia
que já se mostravam presentes, como o excesso de “papelada” e lentidão2.
Os órgãos existentes não eram adequados aos desafios de seu governo. Em vez de reformá-los, ele preferiu
criar novos órgãos (paralelos aos existentes) para resolver os problemas.
Portanto, a administração do plano de metas do governo JK foi executada desta forma, evitando-se os órgãos
convencionais. A coordenação das ações fazia-se por meio de grupos executivos escolhidos diretamente
pela Presidência da República.
Desta forma, evidenciou-se o papel fundamental das chamadas “ilhas de excelência” (órgãos que contavam
com funcionários mais capacitados, que eram contratados por mérito e recebiam salários muito maiores do
que os da administração direta) no processo de desenvolvimento nacional que ocorreu naquela época. De
acordo com Lustosa3:
“Esse período se caracteriza por uma crescente cisão entre a administração direta, entregue ao
clientelismo e submetida, cada vez mais, aos ditames de normas rígidas e controles, e a
administração descentralizada (autarquias, empresas, institutos e grupos especiais ad hoc),
dotados de maior autonomia gerencial e que podiam recrutar seus quadros sem concursos,
preferencialmente entre os formados em think thanks especializados, remunerando-os em termos
compatíveis com o mercado. Constituíram-se assim ilhas de excelência no setor público voltadas
para a administração do desenvolvimento, enquanto se deteriorava o núcleo central da
administração.”
O modelo burocrático, que nem tinha sido completamente instalado em toda a administração pública,
mostrava-se então inadequado para uma sociedade cada vez mais complexa e para um país imenso, com
realidades muito diferentes e distâncias continentais.
Desta forma, começou a se formar um consenso de que o modelo burocrático deveria ser reformado.

1
(Martins, 1997)
2
(Junior, 1998)
3
(Costa, 2008)

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A Reforma de 1967 – DL nº200/67

Neste contexto, a administração pública brasileira se mostrava cada vez menos adequada aos desafios de
um país em desenvolvimento acelerado. Assim, ficou evidente a necessidade de reformas em seu modelo.
Ainda no governo de João Goulart, formou-se a Comissão Amaral Peixoto, com o objetivo de coordenar
estudos para uma reforma do modelo administrativo no Brasil. O golpe militar de 1964 abortou essa
iniciativa. Todavia, algumas ideias foram aproveitadas na reforma de 1967, através do Decreto-Lei nº200 do
mesmo ano1.
Antes de iniciar uma análise mais profunda da reforma em si, temos de entender o contexto que existia na
época. O governo militar assumiu com uma proposta modernizadora do Estado. A economia estava
desequilibrada e a inflação estava aumentando. Existia uma análise de que a inflação era causada pelos
aumentos salariais acima do aumento da produtividade e por gastos excessivos do governo2.
Desta forma, uma série de iniciativas modernizadoras foram implementadas buscando criar um ambiente
mais propício ao crescimento econômico e a uma administração pública mais moderna e eficiente.
O plano econômico que buscava estabilizar a economia foi chamado de Programa de Ação Econômica do
Governo (PAEG). Dentre outras medidas, destacamos: a restrição do crédito e dos aumentos salariais, uma
reforma tributária (que reduziu impostos em cascata), a instituição da correção monetária nos contratos, a
criação do Banco Central (para administrar a emissão de moeda), a criação do Sistema Nacional da Habitação
e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
A reforma de 67 apareceu, portanto, como uma resposta às dificuldades que a máquina pública tinha com
o modelo burocrático que vinha desde os anos 30. De acordo com Andrews e Bariani3:
“A reforma de 1967 introduziu na administração pública procedimentos gerenciais típicos do setor
privado, abriu espaço para a participação do capital privado em sociedades de economia mista e
esvaziou um dos emblemas do Estado populista, o Departamento Administrativo do Serviço Público
(DASP). ”
Desta forma, os proponentes da reforma se baseavam em uma noção de que haveria uma defasagem cada
vez maior entre as demandas de um país em desenvolvimento e as capacidades da máquina pública. A
excessiva centralização do governo e a falta de planejamento tornavam a administração pública ineficaz,
ineficiente e irresponsável4.
O planejamento passou a ser encarado como uma condição imprescindível para que a Administração
Pública alcançasse uma maior racionalidade em seus programas e ações. Assim, o diagnóstico era de que
as ações do Estado não eram planejadas.
Dentre os “gargalos” que tinham de ser solucionados para que este planejamento pudesse ocorrer, podemos
incluir: a falta de profissionais capacitados no governo, um sistema de controle insuficiente e a falta de
supervisão das atividades do governo.

1
(Junior, 1998)
2
(Resende, 1990)
3
(Andrews & Bariani, 2010)
4
(Andrews & Bariani, 2010)

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Desta maneira, buscou-se uma maior descentralização das ações governamentais. Os órgãos centrais
teriam de ser liberados da execução das tarefas para poderem planejar, controlar e coordenar as ações e
programas governamentais.
Esta descentralização foi feita com a transferência de responsabilidades dos órgãos centrais para a
administração indireta. Além da descentralização, buscou-se flexibilizar para a administração indireta certos
procedimentos burocráticos que existiam na administração direta.
De acordo com o DL200, a descentralização ocorreria em três planos principais:
“a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de execução;
b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante
convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.”

Portanto, a descentralização envolveria a transferência de atribuições “dentro” da própria administração


direta (mediante a delegação de poderes e responsabilidades para os níveis inferiores – nível operacional),
a transferência de atividades para os estados e municípios e até mesmo da Administração Pública para a
iniciativa privada (através de concessões e contratos).
Dentre algumas mudanças incluídas na reforma, foi permitido que os órgãos da Administração Indireta
contratassem por meio da CLT. Portanto, não existiria mais a estabilidade no emprego para os empregados
das empresas e órgãos da administração indireta, possibilitando assim uma maior flexibilidade na
contratação temporária e na gestão de pessoal.
Outro aspecto importante foi a inclusão da descentralização e do planejamento como princípios da
Administração Pública. De acordo com o Decreto Lei n° 200 5:
“Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais:
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Contrôle.”
Além disso, o próprio DASP foi extinto. O Decreto n°200 criou em seu lugar o Departamento Administrativo
do Pessoal Civil (com a mesma sigla – DASP). Desta forma, a reforma “cortou” muitas das atribuições do
antigo DASP, tornando-o um mero “setor de pessoal”. As funções de planejamento, por exemplo, passaram
a ser desempenhadas pelo Ministério do Planejamento e Coordenação Geral6.
Portanto, esta reforma foi uma tentativa de se superar a rigidez do modelo burocrático e é considerada
por algumas bancas como a primeira iniciativa da administração gerencial no Brasil. Foi sem dúvida uma
reforma pioneira, que trazia aspectos ligados à descentralização administrativa (apesar da forte
centralização política que ocorreu), ao planejamento e à autonomia, buscando mais agilidade e eficiência
da máquina pública.

5
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del0200.htm
6
(Andrews & Bariani, 2010)

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• o aspecto mais cobrado desta


reforma em concursos é a
Aviso: descentralização para a
Administração Indireta!

De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE7:


“A reforma operada em 1967 pelo Decreto-Lei 200, entretanto, constitui um marco na tentativa de
superação da rigidez burocrática, podendo ser considerada como um primeiro momento da
administração gerencial no Brasil. Mediante o referido decreto-lei, realizou-se a transferência de
atividades para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, a fim
de obter-se maior dinamismo operacional por meio da descentralização funcional. Instituíram-se
como princípios de racionalidade administrativa o planejamento e o orçamento, o
descongestionamento das chefias executivas superiores (desconcentração/descentralização), a
tentativa de reunir competência e informação no processo decisório, a sistematização, a
coordenação e o controle. ”

• para o PDRAE, a reforma de 67 foi

Aviso: a primeira tentativa de implantar o


modelo gerencial no Brasil!

Desta forma, neste período a administração indireta ganhou uma grande autonomia, podendo contratar
sem concursos públicos, tendo facilidades em sua gestão que não existiam na administração direta.
Entretanto, a reforma não alterou os procedimentos básicos da administração direta, criando cada vez mais
um fosso que separou a administração indireta – mais capacitada, mais ágil e flexível - da administração
direta, que continuava com práticas clientelistas aliadas a um modelo rígido da burocracia que se somava a
baixos salários.
Esta realidade levou a um enfraquecimento do núcleo estratégico do Estado e a uma constante tensão entre
os órgãos centrais e as empresas e autarquias da administração indireta.
Isto ocorria porque a administração direta pagava menos e oferecia menos oportunidades aos seus
servidores. Logo, acabava gerando uma situação de conflito com os empregados das autarquias e fundações,
que estavam ligados a estes mesmos órgãos públicos (onde eram mal pagos e tinham diversas “amarras” em
sua gestão).
Esta autonomia dada à administração indireta levou a uma grande expansão da intervenção do Estado na
economia, com a criação de diversas empresas públicas, sociedades de economia mista e autarquias.

7
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)

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Infelizmente a reforma não atingiu seus objetivos e levou a consequências desagradáveis. A maior
autonomia dada à administração indireta tornou mais fácil a continuação de práticas clientelistas e
patrimonialistas.
De acordo com Andrews e Bariani8:
“A diferenciação entre administração direta e indireta flexibilizou os controles burocráticos, mas,
apesar de buscar a maior eficiência da administração pública, criou novas oportunidades para a
captura do Estado por interesses privados. ”
Em certo momento, os governos militares perderam o controle da máquina pública. A administração indireta
cresceu excessivamente até o fim da década de 70, com a criação de inúmeras subsidiárias das empresas
públicas e a atuação do Estado em áreas que não deveriam ser prioritárias. Segundo Bresser 9:
“A reforma administrativa embutida no Decreto-Lei 200 ficou pela metade e fracassou. A
crise política do regime militar, que se inicia já em meados dos anos 70, agrava ainda mais a
situação da administração pública, na medida que a burocracia estatal é identificada com o sistema
autoritário em pleno processo de degeneração”
As crises do Petróleo, em 1973 e 1979, acabaram inviabilizando a administração para o desenvolvimento,
que já vinha desde os anos 50. O processo de endividamento público, que “empurrava” os investimentos
públicos na economia passou a ser insustentável. Os juros internacionais subiram muito nesta época e a
liquidez do mercado financeiro internacional caiu muito. Com isso, tomar dinheiro emprestado ficou muito
difícil.
Desta forma, o Estado, em grave crise fiscal e administrativa, teria cada vez menos condições de ser o indutor
do crescimento nacional.

(CESPE – AGU - AGENTE ADM.) As reformas realizadas por meio do Decreto-lei n.o 200/1967 não
desencadearam mudanças no âmbito da administração burocrática central, o que possibilitou a
coexistência de núcleos de eficiência e de competência na administração indireta e formas arcaicas e
ineficientes no plano da administração direta ou central.
Comentários:
A questão está certa. A reforma foi focada principalmente na administração indireta, pois os militares
(a exemplo do governo JK) não queriam se “indispor” com o corpo burocrático existente, preferindo
criar novas estruturas com outro modelo mais flexível. Isso levou a uma crescente diferenciação entre
a administração direta e a indireta.
Gabarito: correta

(FCC – MP/SE – ADMINISTRADOR)

8
(Andrews & Bariani, 2010)
9
(Bresser, 1996) apud (Costa, 2008)

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A Reforma Administrativa de 1967, implementada pelo Decreto-lei federal no 200,


(A) cerceou a autonomia das entidades integrantes da Administração indireta, submetendo-as às
mesmas regras previstas para a Administração direta, como licitações e concurso público.
(B) retomou o processo de centralização da atuação administrativa.
(C) introduziu mecanismos de parceria com instituições privadas sem fins lucrativos.
(D) desencadeou um movimento de descentralização da atuação estatal, com a transferência de
atividades a autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
(E) priorizou a atuação do Estado no fomento e regulamentação dos setores produtivos e a sua retirada
como prestador direto de serviços públicos.
Comentários
A primeira alternativa está errada, pois o Decreto 200/67 fez exatamente o contrário, ou seja, ampliou
a autonomia destas entidades integrantes da Administração Indireta. Pelo mesmo motivo, a alternativa
==2852d7==

B está incorreta. O que ocorreu foi uma descentralização e não uma centralização.
A letra C não constitui um dos aspectos da reforma de 67, portanto está incorreta. A parceria que
ocorreu foi com a iniciativa privada com fins lucrativos, através das sociedades de economia mista (que
contém capital público e privado).
A letra D está correta. Já a alternativa E está equivocada, pois o Estado não se retirou da prestação
direta de serviços públicos. O que ocorreu foi uma descentralização administrativa.
Gabarito: letra D

Programa Nacional de Desburocratização

Sem o crescimento econômico que sustentava a lógica do sistema, os governos militares iniciaram uma
distensão política que acabaria por levar a uma anistia dos perseguidos políticos e à transição para o primeiro
governo civil.
Este primeiro governo de transição, o primeiro civil desde 64, ocorreu com a vitória de Tancredo Neves sobre
Paulo Maluf na eleição indireta (através do colégio eleitoral) em 1985.
No plano da administração pública, já em 1979, aconteceram iniciativas visando rever algumas distorções do
modelo burocrático. Portanto, já no governo militar, existiram novas tentativas de alterar o modelo
burocrático.
Em 1979 foi criado o Programa Nacional de Desburocratização, que levaria depois à criação do Ministério
da Desburocratização. Sob o comando de Hélio Beltrão, o programa visava à simplificação e racionalização
de métodos, em busca de tornar os órgãos públicos menos rígidos 10.
Além disso, Beltrão buscava redirecionar a máquina pública para o atendimento das demandas dos cidadãos.
De acordo com Beltrão11:

10
(Martins, 1997)
11
(Beltrão) apud (Paludo, 2010)

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“Deve-se retirar o usuário da condição colonial de súdito para investi-lo na de cidadão, destinatário
de toda a atividade do Estado”.
Desta forma, pela primeira vez aparece em um programa governamental a noção de que se deveriam voltar
as atenções do Estado para o atendimento dos cidadãos12.
Além disso, o enxugamento da máquina pública também foi proposto. Esta ação foi focada principalmente
nas áreas onde havia superposição e duplicidades13.
Iniciou-se também o processo de privatizações, buscando a saída do Estado de áreas que claramente não
deveria estar presente (têxteis, por exemplo). Cabe lembrar que este período foi marcado pela crise da dívida
dos países latino americanos.
Desta forma, o Brasil se via cada vez mais incapacitado de induzir o crescimento econômico. O modelo
desenvolvimentista “fazia água”, ou seja, chegava ao seu limite.

(CESPE - TCE-AC - ADMINISTRAÇÃO) No início dos anos 80 do século passado, com a criação do
Ministério da Desburocratização e do Programa Nacional de Desburocratização, registrou-se uma nova
tentativa de reformar o Estado na direção da administração gerencial.
Comentários:
A criação do Ministério da Desburocratização foi uma tentativa de reformar o Estado visando dar mais
agilidade e flexibilidade à máquina pública. A centralização administrativa e a lentidão da
administração em tomar decisões e resolver problemas eram vistos como os principais problemas na
administração pública.
Uma das ideias inovadoras foi a noção de que era necessário “tirar o contribuinte da situação de súdito
para colocá-lo na situação de cidadão, destinatário de toda a atenção do Estado”, ou seja, tratar o
cidadão com respeito.
Desta maneira, o Estado deveria oferecer melhores serviços e acabar com diversos controles
ineficazes. Estes controles somente tornavam a vida da população mais difícil sem gerar nenhum ganho
efetivo ao Estado.
Gabarito: certa

12
(Paludo, 2010)
13
(Junior, 1998)

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RESUMO

Reforma da década de 1967 – DL200

Origem

Objetivo: Coordenar grupos de estudo p/ reforma administrativa


Comissão Amaral
Peixoto
Golpe de 64 aborta iniciativa

Princípios

Delegação de
Planejamento Descentralização Coordenação Controle
autoridade

Foi uma tentativa de superar a rigidez burocrática

Reforma foi pioneira - alguns autores consideram como o início da


Administração Gerencial no Brasil

Reforma gerou descentralização administrativa e centralização


Características
política.

Leva a crescimento
Administração Indireta ganha desordenado
autonomia e flexibilidade
Expansão da intervenção estatal

Consequências Indesejadas

Não se preocupou c/ Administração direta,


Ao permitir contratações sem concurso leva
levando a enfraquecimento do núcleo
a práticas clientelistas
estratégico.

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A Constituição de 88 – o retrocesso burocrático e o Governo


Collor/Itamar

Apesar de eleito, Tancredo não chega a assumir a presidência. Ele acabou ficando doente na véspera da
posse. O país passou então dias lutando a beira da televisão ao seu lado. Infelizmente, a doença saiu vitoriosa
e Tancredo não chegou a governar.
Desta forma, seu vice, José Sarney, foi empossado em seu lugar. O primeiro problema que ocorreu foi que o
ministério tinha sido escolhido por Tancredo. Desta forma, Sarney teria de governar com a “equipe”
escolhida por Tancredo.
Assim sendo, ele utilizou a máquina pública para “assentar” várias correntes que apoiaram a sua coligação
na eleição indireta, inchando mais uma vez a estrutura governamental. O velho “troca troca” político voltava
a mostrar sua cara. Estes fatores não eram tão visíveis nos governos militares.
Desta forma, a democratização trazia seu custo, pois levou a um aumento do populismo e a um
voluntarismo político – a percepção da sociedade de que só faltava “vontade” para que a realidade fosse
alterada, que o processo democrático resolveria todos os problemas1.
Apesar da crise econômica e fiscal que o Estado se via naquele momento, a sociedade ainda via como ideal
um Estado desenvolvimentista, que promoveria o crescimento nacional. Seria um Estado que seguiria uma
política econômica Keynesiana (de investimento pesado na economia, a base de déficits públicos).
Assim sendo, a Constituição acabou seguindo nesta linha, tornando a revisão de vários de seus dispositivos
uma necessidade na década que se seguiu.
Com a redemocratização, o poder político volta a se descentralizar, ganhando força os governos estaduais
e até as prefeituras. Esse maior poder levará a grandes mudanças na estrutura estatal na assembleia
constituinte.
A Constituição Federal de 1988 foi concebida em um ambiente de crise econômica, de retorno à vida política
de personagens políticos que tinham sido perseguidos por muitos anos, e refletiu esse contexto de forças.
No plano administrativo, a Constituição:
➢ Levou à centralização administrativa;
➢ Limitou enormemente a autonomia da administração indireta, praticamente igualando as condições
entre administração indireta e direta;
➢ Retomou os ideais burocráticos da reforma de 1930 - administração pública volta a ser hierárquica e
rígida;
➢ Criou o Regime Jurídico único, incorporando diversos celetistas como estatutários e engessando a
situação (“status quo” é mantido);
➢ Criou privilégios descabidos para servidores, como aposentadorias integrais sem a devida
contribuição e estabilidade para antigos celetistas.
Desta forma, se no plano político a Constituição Federal de 88 foi um avanço, no plano administrativo foi
considerada um retrocesso2, pois a máquina estatal foi engessada e voltou a aplicação de normas rígidas e
inflexíveis para toda a administração direta e indireta.

1
(Bresser Pereira, 2001)
2
(Bresser Pereira, 2001)

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Além disso, foram concedidos diversos benefícios (alguns extremamente caros) sem que houvesse a
preocupação com a capacidade real do estado de cumprir com esses gastos.
Uma das razões para esse retrocesso foi a noção (equivocada), muito comum na época, de que uma das
razões da crise do Estado estaria na excessiva descentralização e na autonomia concedida à administração
indireta através do DL2003.

==2852d7==

3
(Bresser Pereira, 2001)

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RESUMO

Retrocesso Burocrático – a CF/1988

Redemocratização em 1985

Origem Retrocesso ocorreu por erro de diagnóstico - pensamento que a


descentralização e autonomia da administração indireta foram as
causas da crise do Estado

Leva a um ciclo populista.

Não há noção da gravidade da crise do Estado.


Democratização
Voluntarismo - ideia de que o processo
democrático resolverá todos os problemas.

Características Modelo de Estado Desenvolvimentista era


visto como ideal.

Reação ao clientelismo

Retrocesso
Afirmação de privilégios corporativistas
Burocrático

Atitude defensiva da burocracia

Resultados

Centralização administrativa e descentralização política - limitou autonomia da


Administração Indireta e transferiu poder para estados e municípios.

Retomou ideais burocráticos - Administração Pública voltou a ser hierárquica e rígida

RJU – Concurso agora é obrigatório

Estabilidade
Criação de privilégios
Aposentadoria integral

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Governo Collor

Estas mudanças ocorridas com a nova Constituição acabam gerando um número muito maior de demandas
para o Estado brasileiro. A CF/88 gerou despesas para o Estado sem se preocupar com o financiamento
destas.
Esse cenário vai levar a uma hiperinflação no final da década de 80, quando aconteceu a primeira eleição
para presidente da República em três décadas1.
O vencedor, Collor, concorreu tendo como slogan “acabar com os marajás” do serviço público. A percepção
da sociedade naquela época era extremamente ruim do papel do Estado e dos servidores públicos.
A reforma de Collor, de viés neoliberal (visando a um estado dito mínimo), desejava reduzir a presença do
Estado na vida social e econômica da nação. Dentre diversas mudanças econômicas (troca de moeda,
congelamento e bloqueio de dinheiro em contas bancárias), buscou-se um forte ajuste fiscal2.
Neste processo, foram demitidos, ou postos em disposição, mais de cem mil servidores (muitos depois
conseguiram ser readmitidos judicialmente). Collor não reajustou os salários dos servidores, levando a um
grande arrocho salarial (a inflação era imensa na época).
O processo de privatização foi acelerado, tendo como objetivo a diminuição do tamanho do Estado. De
acordo com Torres 3:
“A rápida passagem de Collor pela presidência provocou, na administração pública, uma
desagregação e um estrago cultural e psicológico impressionantes. A administração pública sentiu
profundamente os golpes desferidos pelo governo Collor, com os servidores descendo aos degraus
mais baixos da autoestima e valorização social, depois de serem alvos preferenciais em uma
campanha política altamente destrutiva e desagregadora”
Após o impeachment de Collor, o sucessor Itamar Franco teve uma atuação tímida, tendo readmitido alguns
servidores e revertido algumas das ações de Collor.

1
(Bresser Pereira, 2001)
2
(Costa, 2008)
3
(Torres, 2004)

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RESUMO

Governo Collor

Governo Sarney e a hiperinflação


Origem
Sociedade toma noção da crise no Estado

Objetivo Reduzir a intervenção do Estado na vida social

Reformas econômicas - ajuste fiscal


==2852d7==

Ações Corte de pessoal e arrocho salarial

Diminuição do Tamanho do Estado - Neoliberalismo

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A Reforma de 1995

Após a introdução do primeiro plano econômico a “domar” a hiperinflação (o Plano Real), o presidente
Itamar Franco conseguiu eleger seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso. Cardoso, por sua vez, nomeou
para o Ministério da Administração e Reforma do Estado o ex-ministro da Fazenda de Sarney, Bresser
Pereira.
A reforma administrativa não havia sido uma promessa de campanha de Cardoso, mas ele autorizou Bresser
a fazer um diagnóstico dos problemas da Administração Pública brasileira e a propor reformas à sociedade.
Estas propostas foram apresentadas no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE)1.
O retrocesso burocrático que ocorreu na Constituição Federal de 1988 estava levando o Estado a perder sua
capacidade de governança. Entretanto, antes do PDRAE não havia ainda uma proposta consistente de
reforma, apenas ideias gerais, como a percepção de que a globalização diminuía a importância dos Estados
e a capacidade de exercer suas funções.
A ideia de estado mínimo tampouco era vista como a solução do problema, pois não era aceita como
legítima pela população, que desejava que o Estado continuasse provendo os antigos serviços públicos do
Estado de Bem-Estar Social, mas com eficiência. De acordo com Bresser 2:
“Não estava interessado em discutir com os neoliberais o grau de intervenção do Estado na
economia, já que acredito que hoje já se tenha chegado a um razoável consenso sobre a
inviabilidade do Estado mínimo e da necessidade da ação reguladora, corretora, e estimuladora do
Estado.”
Bresser Pereira, então, buscou nas experiências internacionais algumas ideias que pudessem reposicionar o
Estado brasileiro e desenvolver nele a capacidade de enfrentar os novos desafios.
A experiência inglesa de reforma da administração pública foi das mais relevantes para que ele e sua equipe
montassem o PDRAE. O Plano Diretor tinha como meta implantar a administração gerencial na
administração pública brasileira.
Segundo o PDRAE, o Estado não carecia de governabilidade, mas sim de governança 3:
“O governo brasileiro não carece de “governabilidade”, ou seja, de poder para governar,
dada sua legitimidade democrática e o apoio com que conta na sociedade civil. Enfrenta,
entretanto, um problema de governança, na medida em que sua capacidade de implementar
as políticas públicas estava limitada pela rigidez e ineficiência da máquina administrativa”
De acordo com Lustosa, o projeto de reforma do Estado tinha como pilares4:
➢ Ajustamento fiscal duradouro;
➢ Reformas econômicas orientadas para o mercado que, acompanhadas de uma política industrial e
tecnológica, garantissem a concorrência interna e criassem condições para o enfrentamento da
competição internacional;
➢ A reforma da previdência social;

1
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
2
(Bresser Pereira, 2001)
3
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
4
(Costa, 2008)

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➢ A inovação dos instrumentos de política social, proporcionando maior abrangência e promovendo


melhor qualidade para os serviços sociais;
➢ A reforma do aparelho de Estado, com vistas a aumentar sua “governança”, ou seja, sua capacidade
de implementar de forma eficiente políticas públicas.
A reforma administrativa em particular era o foco do PDRAE. De acordo com Bresser 5, a reforma tinha os
seguintes objetivos:
✓ A descentralização dos serviços sociais para estados e municípios;
✓ A delimitação mais precisa da área de atuação do Estado, estabelecendo-se uma distinção entre as
atividades exclusivas que envolvem o poder do Estado e devem permanecer no seu âmbito, as
atividades sociais e científicas que não lhe pertencem e devem ser transferidas para o setor público
não-estatal, e a produção de bens e serviços para o mercado;
✓ A distinção entre as atividades do núcleo estratégico, que devem ser efetuadas por políticos e altos
funcionários, e as atividades de serviços, que podem ser objeto de contratações externas;
✓ A separação entre a formulação de políticas e sua execução;
✓ Maior autonomia e para as atividades executivas exclusivas do Estado que adotarão a forma de
"agências executivas";
✓ Maior autonomia ainda para os serviços sociais e científicos que o Estado presta, que deverão ser
transferidos para (na prática, transformados em) "organizações sociais", isto é, um tipo particular de
organização pública não-estatal, sem fins lucrativos, contemplada no orçamento do Estado (como no
caso de hospitais, universidades, escolas, centros de pesquisa, museus, etc.);
✓ Assegurar a responsabilização (accountability) através da administração por objetivos, da criação
de quase-mercados, e de vários mecanismos de democracia direta ou de controle social, combinados
com o aumento da transparência no serviço público, reduzindo-se concomitantemente o papel da
definição detalhada de procedimentos e da auditoria ou controle interno – os controles clássicos da
administração pública burocrática – que devem ter um peso menor.
Desta maneira, o Estado passaria a cumprir um papel na sociedade mais de regulador e promotor do
desenvolvimento econômico do que um papel de executor. E a gestão passa então a buscar os princípios da
administração gerencial. De acordo com o PDRAE6:
“O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios de confiança e de
descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de
estruturas, descentralização de funções, incentivo à criatividade. Contrapõe-se à ideologia do
formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. À avaliação sistemática, à recompensa pelo
desempenho, e à capacitação permanente, que já eram características da boa administração
burocrática, acrescentam-se os princípios da orientação para o cidadão cliente, do controle
por resultados, e da competição administrada.”
Portanto, após anos de debates nacionais e no Congresso Nacional, a reforma foi aprovada em 1998, através
da Emenda Constitucional n° 19/98. O PDRAE, entre os pontos principais, definiu os quatro setores do
Estado7:

5
(Bresser Pereira, 2001)
6
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
7
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)

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Setores Descrição

Corresponde ao governo, em sentido lato. É o setor que


define as leis e as políticas públicas, e cobra o seu
cumprimento.
É, portanto, o setor onde as decisões estratégicas são
Núcleo estratégico tomadas. Corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário,
ao Ministério Público e, no poder executivo, ao Presidente
da República, aos ministros e aos seus auxiliares e
assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e
formulação das políticas públicas.

É o setor em que são prestados serviços que só o Estado


pode realizar. São serviços em que se exerce o poder
==2852d7==

extroverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar,


fomentar.
Como exemplos temos: a cobrança e fiscalização dos
Atividades exclusivas impostos, a polícia, a previdência social básica, o serviço de
desemprego, a fiscalização do cumprimento de normas
sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de
saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio
à educação básica, o serviço de emissão de passaportes,
etc.

Corresponde ao setor onde o Estado atua


simultaneamente com outras organizações públicas não-
estatais e privadas. As instituições desse setor não
possuem o poder de Estado.
Este, entretanto, está presente porque os serviços
envolvem direitos humanos fundamentais, como os da
educação e da saúde, ou porque possuem “economias
Serviços não-exclusivos
externas” relevantes, na medida que produzem ganhos que
não podem ser apropriados por esses serviços através do
mercado.
As economias produzidas imediatamente se espalham para
o resto da sociedade, não podendo ser transformadas em
lucros. São exemplos deste setor: as universidades, os
hospitais, os centros de pesquisa e os museus.

Corresponde à área de atuação das empresas. É


caracterizado pelas atividades econômicas voltadas para o
Produção de bens e lucro que ainda permanecem no aparelho do Estado como,
serviços para o mercado por exemplo, as do setor de infraestrutura.
Estão no Estado seja porque faltou capital ao setor privado
para realizar o investimento, seja porque são atividades

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naturalmente monopolistas, nas quais o controle via


mercado não é possível, tornando-se necessário no caso de
privatização, a regulamentação rígida.

Assim sendo, o tipo de propriedade ideal de cada um dos setores e o tipo de gestão que deveria ser buscado
também foram estabelecidos no Plano Diretor. De acordo com o PDRAE 8:

Setores Propriedade Ideal


A propriedade deve ser necessariamente estatal. Sua
Núcleo estratégico gestão deve ser um misto de administração
burocrática e gerencial;
A propriedade também deve ser somente estatal.
Atividades exclusivas
Sua gestão deve ser gerencial;
Neste caso a propriedade ideal é a pública não-
Serviços não-exclusivos estatal. O tipo de gestão recomendado também é o
gerencial;

Produção de bens e serviços A propriedade privada é a regra. O tipo de gestão


para o mercado também é o gerencial.

Decorrente desta análise, o Estado procurou reduzir sua presença na execução direta dos serviços públicos
(serviços de água, energia, telefonia, etc.). Vários destes serviços foram privatizados ou licitados às empresas
privadas. Esse esforço teria de ser acompanhado de instituições que fiscalizassem os novos concessionários
privados. Isto levou à criação das agências reguladoras.
O Estado também buscou, através da reforma, deixar de ser o executor de alguns dos serviços públicos de
interesse coletivo (como serviços de saúde, de educação, cultura etc.) e passar a uma atividade de fomento
da iniciativa privada sem fins lucrativos (público não-estatal). Este movimento levou à criação das
organizações sociais (OSs) e das organizações das sociedades civis de interesse público (OSCIPs).
Em relação à mudança na gestão, saindo de um controle de procedimentos e passando gradativamente a
uma cobrança de resultados, foi necessária a criação de duas novas figuras administrativas: os contratos de
gestão e as agências executivas, de modo a fornecer mais autonomia aos órgãos e às instituições da
administração indireta que se comprometessem com o alcance de metas.

8
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)

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Controle de processos ou
procedimentos = controle
a priori

Controle de
resultados =
controle a
posteriori

Assim, podemos ver que a Reforma de 1995 está centrada em três dimensões9: formas de propriedade, tipos
de administração pública e níveis de atuação do Estado.
Para Lustosa, a reforma, tal como preconizada pelo PDRAE, poderia ser interpretada por cinco diretrizes
principais10:
• Institucionalização, considera que a reforma só pode ser concretizada com a alteração da base legal,
a partir da reforma da própria Constituição;
• Racionalização, que busca aumentar a eficiência, por meio de cortes de gastos, sem perda de
“produção”, fazendo a mesma quantidade de bens ou serviços (ou até mesmo mais) com o mesmo
volume de recursos;
• Flexibilização, que pretende oferecer maior autonomia aos gestores públicos na administração dos
recursos humanos, materiais e financeiros colocados à sua disposição, estabelecendo o controle e
cobrança a posteriori dos resultados;
• Publicização, que constitui uma variedade de flexibilização baseada na transferência para
organizações públicas não-estatais de atividades não exclusivas do Estado (devolution), sobretudo
nas áreas de saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia e meio ambiente;
• Desestatização, que compreende a privatização, a terceirização e a desregulamentação.
A Emenda Constitucional n° 19/98 inseriu mais um princípio constitucional, o da eficiência, buscou reformar
o regime jurídico dos servidores públicos, aumentou o período do estágio probatório e da estabilidade dos
novos servidores (de 2 para 3 anos), permitiu o estabelecimento dos contratos de gestão, dentre outras
alterações.

9
(Costa, 2008)
10
(Costa, 2008)

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(TRT-10 – TÉCNICO) A transição democrática de 1985 representou um avanço na modernização da


administração pública, na medida em que atribuiu à administração indireta normas de funcionamento
idênticas às que regem a administração direta.
Comentários
Este movimento de “igualar” as condições e normas de funcionamento realmente aconteceu com a
nova Constituição federal de 1988, mas não é considerado um “avanço”, mas sim um retrocesso
burocrático. Com esta mudança, estas entidades da Administração Indireta perderam autonomia e
flexibilidade em sua gestão.
Isto acabou acontecendo porque existia uma percepção generalizada de que o governo federal tinha
perdido o controle sobre estas entidades, que cresceram muito em número no regime militar.
Gabarito: errada

(PGE/RJ – AUDITOR) O Plano Diretor para a Reforma do Aparelho do Estado de 1995 definiu novos
modelos de organização para a Administração Pública Federal. São eles:
(A) as parcerias público-privadas, as autarquias e as fundações.
(B) os consórcios públicos, as organizações federais e as autarquias executivas.
(C) as organizações sociais, as agências reguladoras e as parcerias público-privadas.
(D) as organizações sociais, as agências executivas e as agências reguladoras.
(E) as agências executivas, as fundações e as organizações públicas não-estatais.
Comentários
Dentre as inovações trazidas pela reforma de 1995 se encontram as organizações sociais, as agências
executivas e as agências reguladoras. Assim sendo, a alternativa D está correta e é nosso gabarito.
As autarquias e fundações já existiam nesta época e as parcerias público-privadas não se enquadram
em um modelo de organização para o Estado.
Gabarito: letra D

(MI – ADMINISTRADOR) O modelo de reforma do Estado brasileiro, posto em prática sob a ótica
neoliberal, mostrou-se eficaz na solução dos problemas socioeconômicos do país, pois estava
orientado para o desenvolvimento e levou em consideração a necessidade do Estado e sua construção
em novas bases.
Comentários
Esta frase tem dois problemas. A primeira, mais óbvia, é a de que a reforma do Estado ocorrida nos
anos 90 não resolveu os problemas socioeconômicos do país.

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Além disso, a reforma não foi voltada para o desenvolvimento, pois o Estado naquela época estava
mais focado na estabilização econômica, no fim da inflação.
Outro ponto que é problemático é que o governo que é mais identificado com a “ótica neoliberal” é o
de Collor, não o de Fernando Henrique Cardoso.
Entretanto, quando resolvemos provas de concurso temos de tentar “mapear” as ideologias inseridas
nos questionamentos da banca. Este segundo ponto pode ser considerado correto ou incorreto de
acordo com a opinião política do questionador, infelizmente.
Gabarito: errada

Interação da reforma administrativa com a reforma da previdência


A Reforma da Previdência (aprovada pela emenda n°20/98) foi enviada pelo governo Fernando Henrique
Cardoso em 1995, buscando ajustar os desequilíbrios econômicos que já eram evidentes com a previdência
social no Brasil e, principalmente, com a situação da previdência do setor público.
Cabe ressaltar que até 1993 não existia contribuição dos servidores públicos para sua previdência. Não
existia nenhum “fundo” que depois serviria para pagar aos inativos.
O pagamento do Estado ao servidor após a “aposentadoria” era considerado como uma obrigação integral
dos entes (relação pró-labore facto).
Portanto, nem poderíamos falar de “déficit” da previdência do setor público naquela época, pois todos os
recursos pagos aos inativos seriam despesa do Estado.
O problema se tornou mais complexo depois que a CF/88 transformou em estatutários muitos funcionários
celetistas e concedeu diversas vantagens que depois se mostrariam inviáveis economicamente.
Desta forma, de uma hora para a outra, o montante de recursos gastos com os inativos começou a crescer
explosivamente.
De acordo com Pacheco Filho e Winckler11,
“Em 1990, quando da regulamentação do RJU, através da Lei 8112, cerca de 80% dos funcionários
públicos civis da União eram regidos pelo regime celetista. Todo esse contingente foi transferido
para o regime estatutário, com efetivação automática, aposentadorias integrais, paridade de
vencimentos e proventos. É importante frisar que foram incorporados ao RJU os servidores
contratados por prazo determinado, os ocupantes de cargos em comissão e funções de confiança,
os agentes políticos detentores de cargos eletivos, mesmo sem vínculo com a Administração
Pública, e os servidores que ganharam estabilidade no serviço através de dispositivos contidos na
Constituição de 1988”.
Com o passar dos anos, o problema foi ficando cada vez mais evidente. De acordo com Cechin 12,
“Em 1997 o sistema previdenciário brasileiro tinha entrado em crise devido a desequilíbrios
financeiros-atuariais e, secundariamente, a problemas decorrentes de mudanças demográficas. No
que diz respeito à previdência dos servidores públicos, havia grande proporção de
aposentadorias precoces, acúmulo de aposentadorias, contagem de tempo fictício,

11
(Pacheco Filho & Winckler, 2005)
12
(Cechin, 2002) apud (Pacheco Filho & Winckler, 2005)

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proventos de aposentadoria com valor maior do que o salário da ativa, maior duração dos
benefícios e menor prazo de carência”.
Tendo esse quadro como “pano de fundo”, o governo FHC via a reforma da previdência como
importantíssima para resolver a crise fiscal por que passava o governo federal (e também os governos
estaduais).
Entretanto, o governo não teve muito sucesso com a tramitação da reforma, tampouco com a comunicação
com a sociedade. Cabe lembrar que qualquer reforma deste tipo é extremamente difícil, pois causa prejuízos
grandes concentrados para uma parcela da população (os servidores e funcionários na ativa) e geram um
benefício difuso para a sociedade como um todo, que não se mobiliza para a sua aprovação.
De acordo com Melo & Anastasia13,
“Uma das características centrais da PEC apresentada por Fernando Henrique Cardoso estava na
sua multidimensionalidade. Subestimando a resistência a ser enfrentada no Congresso e na
sociedade, “a reforma implicava mudanças nos fundos de pensão, no regime geral da
previdência social, e no dos servidores públicos”.
Após uma tramitação complicada pelo Congresso Nacional, o governo acabou conseguindo uma reforma
bem menos abrangente do que a desejada. De acordo com Melo 14,
“A reforma aprovada em 1998 mantinha “pouca relação com a inicialmente divisada pelo
Executivo”.
Com a reforma de 1998, deixou de existir a aposentadoria proporcional, aos 25 anos de serviço, no caso de
mulheres, e aos 30 anos de serviço, para os homens, passando-se a exigir o mínimo de 30 e 35 anos,
respectivamente.
Além disso, transformou o tempo de serviço em tempo de contribuição, dificultando as formas de contagem
de tempo de contribuição fictícias.
Abaixo, temos os principais itens da Reforma de 1998 na previdência do setor público:

Principais Itens Situação Anterior Situação Aprovada

1 – Caráter Não havia exigência de O custeio ocorrerá mediante


contributivo e contribuição contribuições de todos os
exigência de servidores, incluindo inativos e
equilíbrio financeiro pensionistas, e o cálculo dessas
atuarial contribuições deve resguardar o
equilíbrio financeiro e atuarial do
sistema.

2 – Regime exclusivo O regime podia abranger Restringe-se o número de


para ocupantes de qualquer servidor público beneficiários do sistema somente
cargo efetivo para aqueles que ocupam cargo
efetivo.

13
(Melo & Anastasia, 2005)
14
(Melo, 2002) apud (Melo & Anastasia, 2005)

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3 – Limite de idade Aposentadoria aos 35 e 30 Aposentadoria aos 35 e 30 anos


para aposentadoria anos de serviço para homens de contribuição e 60 e 65 anos de
por tempo de e mulheres com proventos idade, respectivamente, para
contribuição integrais e aos 30 e 25 anos homens e mulheres. Fim da
com proventos aposentadoria proporcional.
proporcionais, sem exigência
de limite de idade.

4 - Carência Não há carência para fins de Estabelecimento de um período


aposentadoria, existe mínimo exercício de serviço
somente a exigência de dois público de 10 anos, sendo que
anos para estágio probatório. cinco anos no cargo em que se
dará a aposentadoria.

5 – Vedação de Em alguns estados e O benefício será, no máximo,


aposentadorias com municípios, o servidor era equivalente ao último salário.
valor superior ao promovido ao se aposentar,
salário da atividade. recebendo adicionais sobre o
salário computado para
efeito do cálculo do
benefício.

6 – Proibição de É permitida a acumulação As atuais acumulações entre


acumulação entre entre aposentadorias e aposentadorias e salários estarão
aposentadorias e salários sujeitas ao teto correspondente à
salários remuneração dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal.
A partir da reforma, serão
vedadas mais de uma
aposentadoria e a acumulação de
aposentadoria com a
remuneração de cargos públicos.

7 – Fundo de Não havia possibilidade Para os novos ingressantes, o


previdência poder público poderá instituir o
complementar teto do RGPS para os benefícios,
desde que organize fundos de
previdência complementar de
caráter voluntário, que devem
funcionar em regime de
contribuição definida15.

Tabela 1 - Reforma da previdência para o setor público. Adaptado de: (Pacheco Filho & Winckler, 2005)

15
Esse ponto só foi regulamentado em 2102, com a criação do Funpresp (no Governo Federal).

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Como a reforma da previdência foi menos abrangente do que o esperado, não mudou muito o quadro do
déficit naquele momento. Somente com a reforma de 2003 (Emenda Constitucional n° 41/2003) no governo
Lula é que maiores mudanças foram possíveis no regime de previdência dos servidores públicos.

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RESUMO

Reforma do MARE – 1995 – Governo FHC

Percepção de que a globalização diminuía importância do Estado

Origem / Contexto Crise de governança após retrocesso de 1988

Proposta pelo Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado

Essência

Foi uma tentativa de implantar a


Não buscava o Estado Mínimo
administração gerencial no Brasil

Ajuste fiscal duradouro

Reformas econômicas pró-mercado


Pilares
Reforma da Previdência Social

Reforma do Aparelho do Estado – melhoria da governança

Descentralização dos serviços sociais

Aumento da accountability / transparência

Descentralização dos serviços sociais


Objetivos
Maior autonomia administrativa

Gestão por resultados


Busca alterar o tipo de controle
Controle a posteriori e não
controle a priori

Setores do Estado de acordo com o PDRAE

Formas de Propriedade Formas de Administração

Núcleo Estratégico Estatal Burocrática e Gerencial

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Atividades Exclusivas Estatal Gerencial

Serviços Não Exclusivos Pública não estatal Gerencial

Produção de Bens e
Privada Gerencial
Serviços para o Mercado

BIBLIOGRAFIA
Abrucio, F., Pedroti, P., & Pó, M. (2010). A formação da burocracia brasileira: a trajetória e o
significado das reformas administrativas. Em F. Abrucio, M. Loureiro, & R. Pacheco,
Burocracia e política no Brasil (pp. 27-72). Rio de Janeiro: FGV.
Andrews, C. W., & Bariani, E. (2010). Administração Pública no Brasil: breve história política. São
Paulo: Unifesp.
Bresser Pereira, L. C. (2001). Do Estado Patrimonial ao Gerencial. Em W. e. Pinheiro, Brasil: um século
de transformações (pp. 222-259). São Paulo: Cia das Letras.
Costa, F. L. (Set/Out de 2008). Brasil: 200 anos de Estado; 200 anos de administração pública; 200
anos de reformas. Revista de Administração Pública, 42(5), 829-874.
Junior, O. B. (Abr/Jun de 1998). As reformas administrativas no Brasil: modelos, sucessos e fracassos.
Revista do Serviço Público, Ano 49(2), 5-32.
Martins, L. (1997). Reforma da Administração Pública e cultura política no Brasil: uma visão geral.
Caderno Enap, n° 8.
Melo, C., & Anastasia, F. (2005). A Reforma da Previdência em Dois Tempos. DADOS - Revista de
Ciências Sociais, 48, 301-332.
Pacheco Filho, C., & Winckler, C. (Mar de 2005). Reforma da Previdência: o ajuste no serviço público.
Indicadores Econômicos FEE, V. 32, 221-248.
Paludo, A. V. (2010). Administração pública: teoria e questões (1° ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.
(1995). Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Brasília: Presidência da República.
Resende, A. L. (1990). Estabilização e Reforma: 1964 - 1967. Em M. d. Abreu, A Ordem do Progresso:
cem anos de política econômica republicana (pp. 213-232). Rio de Janeiro: Campus.
Torres, M. D. (2004). Estado, democracia e administração pública no Brasil (1° Ed. ed.). Rio de
Janeiro: FGV.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (UFSC – UFSC – ADMINISTRADOR – 2019)


Com base na evolução dos modelos de administração pública no Brasil e na reforma do Estado,
relacione a coluna 1 com a coluna 2 e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de
cima para baixo.
Coluna 1

I. Reforma administrativa de 1967


II. Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP
III. Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado – MARE
Coluna 2

( ) Na área de recursos humanos, inspirou-se no modelo weberiano de administração, baseado no


mérito profissional.
( ) Reestruturou o aparelho de Estado, dividindo as atividades estatais em dois tipos: exclusivas do
Estado (exemplo: regulação) e não exclusivas do Estado (exemplo: serviços sociais).
( ) Uma das primeiras experiências de implantação da administração pública gerencial no Brasil.
(A) III – I - II.
(B) III – II - I.
(C) II – III - I.
(D) I – II - III.
(E) I – III - II.
Comentários

Vamos preencher a coluna 2? A Reforma do DASP foi feita no governo de Getúlio Vargas nos anos 30 do
século passado e foi a primeira iniciativa que buscou implementar o modelo weberiano (do seu autor,
Weber) de burocracia.
A reforma de 1967, do Decreto Lei 200, foi considerada como a primeira experiência que buscava
implementar um modelo gerencial no Brasil. E a restruturação do aparelho do Estado mencionada
ocorreu na reforma de 1995, que foi capitaneada pelo MARE de Bresser Pereira.
Gabarito: letra C

2. (IADES – SES-DF – ADMINISTRADOR – 2018)

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A reforma da administração pública brasileira, na década de 1990, visou à instituição de um modelo


gerencial e dividiu o aparelho estatal em quatro setores específicos: núcleo estratégico; atividades
exclusivas de estado; serviços não exclusivos; e, setor de produção de bens e serviços para o
mercado. Nesse novo modelo, o núcleo estratégico do estado

(A) corresponde à área de atuação das empresas, abrangendo atividades econômicas voltadas ao
lucro.
(B) representa as atividades concedidas à inciativa privada.
(C) corresponde às atividades em que sua presença é imprescindível, seja por comando constitucional
ou pela exigência da incidência do poder de império.
(D) equivale ao setor em que o estado atua simultaneamente com outras instituições privadas ou
públicas não estatais.
(E) é o responsável pela definição das políticas públicas.
Comentários

O PDRAE, entre os pontos principais, definiu os quatro setores do Estado1:

Setores Descrição

Corresponde ao governo, em sentido lato. É o setor que define as leis e as


políticas públicas, e cobra o seu cumprimento.
É, portanto, o setor onde as decisões estratégicas são tomadas. Corresponde
Núcleo estratégico aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e, no poder
executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos seus auxiliares e
assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e formulação das
políticas públicas.

É o setor em que são prestados serviços que só o Estado pode realizar. São
serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado - o poder de
regulamentar, fiscalizar, fomentar.

Atividades exclusivas Como exemplos temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a
previdência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do
cumprimento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de
serviços de saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à
educação básica, o serviço de emissão de passaportes, etc.

Corresponde ao setor onde o Estado atua simultaneamente com outras


Serviços não-
organizações públicas não-estatais e privadas. As instituições desse setor
exclusivos
não possuem o poder de Estado.

1
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)

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Este, entretanto, está presente porque os serviços envolvem direitos


humanos fundamentais, como os da educação e da saúde, ou porque
possuem “economias externas” relevantes, na medida que produzem ganhos
que não podem ser apropriados por esses serviços através do mercado.
As economias produzidas imediatamente se espalham para o resto da
sociedade, não podendo ser transformadas em lucros. São exemplos deste
setor: as universidades, os hospitais, os centros de pesquisa e os museus.

Corresponde à área de atuação das empresas. É caracterizado pelas


atividades econômicas voltadas para o lucro que ainda permanecem no
Produção de bens e aparelho do Estado como, por exemplo, as do setor de infraestrutura.
serviços para o Estão no Estado seja porque faltou capital ao setor privado para realizar o
mercado investimento, seja porque são atividades naturalmente monopolistas, nas
quais o controle via mercado não é possível, tornando-se necessário no caso
de privatização, a regulamentação rígida.

Gabarito: letra E

3. (UFG – CM-GOIÂNIA – ASSESSOR – 2018)


A reforma do Departamento de Administração do Setor Público (DASP), nos anos 30, teve como
foco principal racionalizar a administração pública e

(A) definir claramente os objetivos a serem alcançados pelas unidades da administração pública.
(B) superar a rigidez burocrática do serviço público.
(C) combater as práticas patrimonialistas do período anterior de administração pública.
(D) gerir por contratos a administração pública.
Comentários

A definição clara de objetivos a serem alcançados pela administração pública era um objetivo da reforma
gerencial, não do DASP.
Já a letra B não faz sentido. A reforma do DASP buscava implementar o modelo burocrático. Ainda não
existiam seus problemas e disfunções, como a rigidez. Já a letra C está perfeita e é o nosso gabarito.
Finalmente, o contratualismo é associado ao modelo gerencial, não ao burocrático.
Gabarito: letra C

4. (FUNDATEC – DPE-SC – TÉCNICO – 2018)


Analise as assertivas que seguem:

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I. Na década de noventa, o Plano de Reforma do Estado tinha por meta redimensionar importantes
segmentos na esfera da Administração Pública. Por exemplo, teve a intenção de diminuir da presença
direta do Estado na prestação dos serviços públicos, graças à implantação de privatizações e
desestatizações.
II. A administração pública gerencial tem por características o clientelismo, o corporativismo e a
ausência de controle institucional.
III. A figura da agência executiva relaciona-se com o modelo de administração pública burocrática.
Quais estão corretas?

(A) Apenas I.
(B) Apenas I e II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
Comentários

A primeira frase está certa. A reforma de 1995 tinha as privatizações e também o processo de
publicização como uma maneira de reposicionar o Estado e dar espaço a iniciativa privada e ao terceiro
setor.
Já a segunda frase é absurda. O modelo que poderia ser mais associado ao clientelismo e ausência de
controle institucional seria o patrimonialista. Finalmente, a terceira frase está errada. A criação de
agências reguladoras e executivas está associado ao modelo gerencial, não ao burocrático.
Gabarito: letra A

5. (FUNDATEC – AL-RS – ANALISTA – 2018)


O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), elaborado pelo Ministério da
Administração Federal e Reforma do Estado (MARE) em novembro de 1995, possuía algumas
características quanto à sua estratégia. Nesse sentido, analise as assertivas a seguir:

I. Definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade.
II. Limitação da autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros
que lhe forem colocados à disposição para atingimento dos objetivos contratados.
III. Controle ou cobrança a posteriori dos resultados.
IV. Deslocamento da ênfase dos resultados (fins) para os procedimentos (meios).
Quais estão corretas?

(A) Apenas II.


(B) Apenas I e III.
(C) Apenas I, II e III.

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(D) Apenas I, II e IV.


(E) I, II, III e IV.
Comentários

A primeira afirmativa está certa. A definição clara de objetivos era um objetivo da reforma e está
alinhada ao controle de resultados. Já a segunda está errada. A gestão por resultados deveria implicar
em maior autonomia e não menor autonomia do gestor.
A terceira frase está certa. O controle posterior, ou de resultados, está no centro do modelo gerencial.
Finalmente, a quarta frase este equivocada. É o contrário que ocorre, um deslocamento da ênfase nos
meios para uma ênfase nos fins.
Gabarito: letra B

==2852d7==

6. (FUNDATEC – DPE-SC – TÉCNICO – 2018)


O Decreto-Lei nº 200/1967 estabeleceu parâmetros para a gestão pública nacional, o que chamou
de “princípios fundamentais”. Dentre eles, NÃO é um parâmetro ali expresso nessa legislação:

(A) O planejamento.
(B) A coordenação.
(C) A descentralização.
(D) A delegação de competência.
(E) A qualificação.
Comentários

Uma questão bem “decoreba” sobre a reforma de 1967. De acordo com o Decreto Lei n° 200 2:
“Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais:
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Contrôle.”
Gabarito: letra E

7. (FAURGS – TJ-RS – ANALISTA – 2017)


A proposta formalizada no Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado, em 1995, buscava
orientar a transição para um modelo________de administração pública. Segundo consta no

2
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del0200.htm

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documento orientador do plano, um dos reflexos dessa transformação seria a mudança de controle
de resultados_________para controle de resultados___________.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

(A) burocrático - a priori - a posteriori.


(B) burocrático - a posteriori- a priori.
(C) gerencial - a priori - a posteriori.
(D) gerencial - a posteriori- a priori.
(E) patrimonialista - a priori - a posteriori.
Comentários

A reforma de 1995, do governo Fernando Henrique Cardoso, buscava implementar o modelo gerencial.
Naturalmente, esse modelo está associado ao controle de resultados (posterior).
Já o modelo burocrático é alinhado ao controle de procedimentos, um controle prévio ou à priori.
Gabarito: letra C

8. (QUADRIX – SEDF – ADMINISTRAÇÃO – 2017)


Na concepção da Reforma Administrativa de 1967 – Decreto-lei n.º 200, a descentralização na
Administração Pública Federal opera-se em três planos: no âmbito da própria esfera federal; desta
para as demais esferas; e para a órbita privada.
Comentários

A reforma de 1967 buscou uma maior descentralização das ações governamentais . Os órgãos
centrais teriam de ser liberados da execução das tarefas para poderem planejar, controlar e coordenar
as ações e programas governamentais.
Esta descentralização foi feita com a transferência de responsabilidades dos órgãos centrais para a
administração indireta. Além da descentralização, buscou-se flexibilizar para a administração indireta
certos procedimentos burocráticos que existiam na administração direta.
De acordo com o DL200, a descentralização ocorreria em três planos principais:
“a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de
execução;
b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e
mediante convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.”
Portanto, a descentralização envolveria a transferência de atribuições “dentro” da própria
administração direta (mediante a delegação de poderes e responsabilidades para os níveis inferiores –
nível operacional), a transferência de atividades para os estados e municípios e até mesmo da
Administração Pública para a iniciativa privada (através de concessões e contratos).
Gabarito: certa

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9. (UFG – AL-GO – ASSISTENTE – 2015)


Na década de 1930, com o nascimento da República Nova, houve uma tentativa de profissionalizar
a Administração Pública brasileira com a criação do Departamento de Administração do Serviço
Público – DASP. Por intermédio do DASP, promoveu-se a estruturação básica do aparelho
administrativo instituindo- se, por exemplo, o concurso público e as regras para admissão. Tal
modelo buscou modernizar a máquina pública e ficou conhecido como

(A) modelo burocrático.


(B) modelo patrimonialista.
(C) modelo gerencial.
(D) modelo do novo serviço público.
Comentários

A Reforma do DASP foi feita no governo de Getúlio Vargas nos anos 30 do século passado e foi a primeira
iniciativa que buscou implementar o modelo burocrático no Brasil.
Essa reforma buscou criar regras meritocráticas para os concursos públicos. De acordo com Lustosa da
Costa3:
“O Dasp foi efetivamente organizado em 1938, com a missão de definir e executar a política para o pessoal civil, inclusive
a admissão mediante concurso público e a capacitação técnica do funcionalismo, promover a racionalização de métodos
no serviço público e elaborar o orçamento da União.”

Gabarito: letra A

10. (FUNCAB – PRF – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2014)


O modelo de Estado Nacional-Desenvolvimentista, estruturado a partir de 1930, entrou em crise no
final dos anos 70, em razão do seu esgotamento e também de fatores externos. Nos anos 90, o
Brasil experimentou uma proposta de reforma do Estado, nos moldes de uma administração
gerencial, que deveria se verificar em múltiplas dimensões. A dimensão que envolveu o saneamento
e venda dos bancos estaduais, bem como o aprimoramento dos mecanismos de controle do seu
endividamento, envolveu o complexo conhecido como reforma:

a) política.
b) administrativa.
c) da previdência.
d) da privatização.
e) fiscal.
Comentários

3
(Costa, 2008)

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A reforma dos anos 90 foi realizada em um contexto de crise fiscal. Assim, algumas das medidas
executadas naquela época (como as privatizações, o saneamento das instituições bancárias e as
mudanças nas leis de responsabilidade fiscal estão englobadas na dimensão fiscal da reforma.
Gabarito: letra E.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (CESPE – EBSERH - ANALISTA – 2018)


Durante o governo de Getúlio Vargas, implementou-se a chamada reforma burocrática, que
buscava fortalecer a meritocracia e a profissionalização na gestão pública.
Comentários

Beleza. O Governo de Getúlio buscou realmente implementar o modelo burocrático através da criação
do DASP. De acordo com Lustosa da Costa1:
“O Dasp foi efetivamente organizado em 1938, com a missão de definir e executar a política para o pessoal civil,
inclusive a admissão mediante concurso público e a capacitação técnica do funcionalismo, promover a racionalização de
métodos no serviço público e elaborar o orçamento da União.”

Portanto, o DASP introduziu um movimento de profissionalização do funcionalismo público, por meio


da criação de um sistema de ingresso competitivo e de critérios de promoção por merecimento para
seus servidores.
Gabarito: correta

2. (CESPE – EBSERH - ANALISTA – 2018)


A profissionalização de cargos públicos foi adotada ainda no modelo de administração
patrimonialista, ao final dos anos 90 do século XIX.
Comentários

A profissionalização da Administração Pública só foi realmente adotada na Reforma dos anos 30, no
Governo de Getúlio Vargas, que buscou implantar o modelo burocrático.
Gabarito: errada

3. (CESPE – EBSERH - ASSISTENTE – 2018)


A administração pública gerencial brasileira envolve quatro setores: o núcleo estratégico, as
atividades exclusivas do Estado, os serviços não exclusivos do Estado e a produção de bens e
serviços para o mercado.
Comentários

1
(Costa, 2008)

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Perfeito. De acordo com o PDRAE2:

Setores Propriedade Ideal


A propriedade deve ser necessariamente estatal. Sua
Núcleo estratégico gestão deve ser um misto de administração
burocrática e gerencial;
A propriedade também deve ser somente estatal.
Atividades exclusivas
Sua gestão deve ser gerencial;
Neste caso a propriedade ideal é a pública não-
Serviços não-exclusivos estatal. O tipo de gestão recomendado também é o
gerencial;

Produção de bens e serviços A propriedade privada é a regra. O tipo de gestão


para o mercado também é o gerencial.

Gabarito: correta

4. (CESPE – EBSERH - ASSISTENTE – 2018)


O Decreto-lei n.º 200/1967 promoveu a transferência das atividades de produção de bens e serviços
para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
Comentários

A reforma de 1967 realmente realizou uma descentralização administrativa. De acordo com o Plano
Diretor da Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE3:
“A reforma operada em 1967 pelo Decreto-Lei 200, entretanto, constitui um marco na tentativa de superação da rigidez
burocrática, podendo ser considerada como um primeiro momento da administração gerencial no Brasil. Mediante o
referido decreto-lei, realizou-se a transferência de atividades para autarquias, fundações, empresas públicas e
sociedades de economia mista, a fim de obter-se maior dinamismo operacional por meio da descentralização
funcional. Instituíram-se como princípios de racionalidade administrativa o planejamento e o orçamento, o
descongestionamento das chefias executivas superiores (desconcentração/descentralização), a tentativa de reunir
competência e informação no processo decisório, a sistematização, a coordenação e o controle. ”
Gabarito: correta

5. (CESPE – TCE-PE – ANALISTA – 2017)


De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado de 1995, o escopo da reforma do
aparelho do Estado é mais restrito do que o da reforma do Estado: enquanto o primeiro está voltado

2
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
3
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)

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para a eficiência da administração pública, orientando-a para a cidadania, o segundo é um projeto


amplo relacionado às várias áreas do governo e ao conjunto da sociedade brasileira.
Comentários

O conceito de Reforma do Estado é mais amplo mesmo do que o de Reforma do Aparelho do Estado.
De acordo com o PDRAE4:
“Estes conceitos permitem distinguir a reforma do Estado da reforma do aparelho do Estado. A reforma do Estado é
um projeto amplo que diz respeito às várias áreas do governo e, ainda, ao conjunto da sociedade brasileira, enquanto
que a reforma do aparelho do Estado tem um escopo mais restrito: está orientada para tornar a administração pública
mais eficiente e mais voltada para a cidadania.”
Gabarito: certa

6. (CESPE – TCE-PE – ANALISTA – 2017)


O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, lançado em 1995, pautou-se na orientação de
substituir a burocracia tradicional, weberiana, por um modelo mais próximo das práticas de gestão
do setor privado e do modelo de Estado de bem-estar social.
Comentários

O modelo gerencial não é uma ruptura do modelo burocrático, mas sim uma evolução. Além disso, o
próprio PDRAE menciona que o Núcleo Estratégico deve ter um misto de modelo burocrático com o
modelo gerencial.
Além disso, o PDRAE não buscava ampliar o modelo de Bem-Estar Social, pois foi criado em um
momento de crise fiscal.
Gabarito: errada

7. (CESPE – TCE-PE – ANALISTA – 2017)


O movimento conhecido como nova gestão pública foi introduzido no Brasil no governo de
Fernando Henrique Cardoso (1995!2002) com o objetivo de tornar a administração pública mais
efetiva, embora menos eficiente.
Comentários

A Reforma de 1995 buscava exatamente aumentar a eficiência da máquina pública. Uma das suas
medidas foi até a inclusão do princípio da eficiência na CF. A afirmativa de que o objetivo seria tornar a
administração menos eficiente não faz sentido.
Gabarito: errada

8. (CESPE – TCE-PE – ANALISTA – 2017)

4
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)

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Durante o governo de Juscelino Kubitschek (JK), visando dar maior agilidade ao alcance dos
objetivos do plano de metas, a administração indireta passou a participar ativamente da execução
das políticas de governo, uma vez que a administração direta era tida como lenta e defasada.
Comentários

O governo Jk ficou marcado pelo que se chamou de Administração Paralela5. Seu estilo era voltado a
evitar ao máximo os conflitos, portanto quando tinha um problema a resolver ele preferia criar outra
estrutura estatal (normalmente uma autarquia) do que reformar ou extinguir alguma já existente.
Com isso ele “contornava” a administração direta , evitando ter de lidar com a ineficiência gerada
pelas práticas patrimonialistas e clientelistas (que continuavam existindo, tendo ocorrido inclusive um
“trem da alegria” em 1946 – a Constituição promulgada neste ano incorporou como servidores efetivos
inúmeros funcionários que haviam entrado no governo sem concurso público), bem como as disfunções
da Burocracia que já se mostravam presentes, como o excesso de “papelada” e lentidão6.
Gabarito: certa

9. (CESPE – TRE-PI / ANALISTA – 2016 - ADAPTADA)


A reorganização do poder público por meio da descentralização administrativa e flexibilização do
sistema, com a criação dos entes da administração indireta, resulta do modelo gerencial
implementado pelo plano diretor de reforma do aparelho do Estado.
Comentários

A questão é capciosa. Essas medidas são associadas ao modelo gerencial, mas foram implementadas
pela Reforma de 1967, não pela reforma administrativa de 1995, que é relacionada com o Plano Diretor
de Reforma do Aparelho do Estado.
Gabarito: errada

10. (CESPE – TRE-PI / ANALISTA – 2016 - ADAPTADA)


O plano diretor de reforma do aparelho do Estado, ao introduzir o modelo racional-legal,
predominante até a atualidade, representou uma significativa reforma e modernização da
administração pública brasileira.
Comentários

Temos aqui uma "pegadinha" na área. O PDRAE, da reforma gerencial de 1995, não introduziu o modelo
racional-legal (que é outro nome para o modelo burocrático).
A reforma administrativa que introduziu o modelo burocrático no Brasil foi a reforma do DASP, dos anos
30.
Gabarito: errada

5
(Martins, 1997)
6
(Junior, 1998)

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11. (CESPE – MPOG – ANALISTA – 2015)


A administração federal foi o foco do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, que também
incluiu as administrações estaduais e municipais
Comentários

O plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado foi criado pelo então MARE, ministério existente na
época do governo do presidente FHC. Ele foi pensado, naturalmente, tendo o Governo Federal como
foco, mas tinha sim o objetivo de impactar nas estruturas dos governos estaduais e municipais. Muitas
de suas iniciativas acabaram sendo adotadas pelos governos subnacionais.
Gabarito: certa

12. (CESPE – MPOG – ANALISTA – 2015)


A reforma administrativa de 1967, realizada por meio do Decreto-lei n.º 200, ampliou a
administração indireta, transferindo atividades para fundações e empresas públicas.
Comentários

A reforma de 1967 teve como um dos seus objetivos claros a descentralização administrativa. Desta
maneira, a Administração Indireta foi fortalecida, com uma maior autonomia para empresas públicas e
fundações.
Gabarito: correta

13. (CESPE – STJ – ANALISTA – 2015)


Inspirada no gerencialismo inglês, a reforma do Estado brasileiro deflagrada em 1995 teve como
principal objetivo manter as contas públicas equilibradas e reduzir o poder da ação gerencial do
Estado.
Comentários

O erro da questão está no seguinte trecho: "reduzir o poder da ação gerencial do Estado". Ora, como o
próprio nome indica (modelo gerencial), o objetivo era de ampliar o poder da ação gerencial do Estado,
conferindo-se mais autonomia para seus gestores e buscando uma gestão para resultados.
Gabarito: errada

14. (CESPE – TRE-GO – TÉCNICO – 2015)


A reforma administrativa ocorrida em 1967 pretendia o rompimento com a rigidez burocrática, e,
para isso, as atividades da administração foram centralizadas e algumas instituições de
administração indireta foram extintas.
Comentários

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O começo da frase está certo, pois a reforma de 67 buscava sim reduzir a rigidez burocrática. O problema
da frase é que as atividades da administração foram descentralizadas e houve um aumento das
instituições da Administração Indireta.
Gabarito: errada

15. (CESPE – MPOG – ANALISTA – 2015)


A Constituição Federal de 1988 representou um avanço à descentralização do poder público, uma
vez que acrescentou poderes à administração indireta por meio da flexibilização de suas normas
operacionais.
Comentários

A Constituição Federal de 1988 é considerada um retrocesso burocrático e efetuou uma centralização


administrativa (e não uma descentralização). Ocorreu uma retirada da autonomia da Administração
Indireta.
Gabarito: errada

16. (CESPE – ICMBio – TÉCNICO – 2014)


As teorias das organizações, além de contribuírem para o modelo brasileiro de administração
pública, especialmente a teoria da burocracia, ajudaram a despertar novos enfoques sobre a
motivação humana. A respeito desse assunto, julgue o item seguinte.
A Constituição Federal de 1988 instituiu um Estado nacional forte, pois não persistiu com o modelo
estatizante anterior.
Comentários

Negativo. A Constituição Federal de 1988 não mudou o cenário "estatizante" da atuação do Estado, com
uma participação grande em diversos setores da economia e um aumento dos direitos sociais que esse
Estado teria de passar a prover.
Desse modo, a CF/88 ampliou esse papel do Estado, e não reduziu.
Gabarito: errada

17. (CESPE – ICMBio – TÉCNICO – 2014)


As teorias das organizações, além de contribuírem para o modelo brasileiro de administração
pública, especialmente a teoria da burocracia, ajudaram a despertar novos enfoques sobre a
motivação humana. A respeito desse assunto, julgue o item seguinte.
Com a Constituição Federal de 1988, a administração pública brasileira retornou aos anos 30 do
século passado, época em que foi implantada a administração burocrática clássica no Brasil.

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Comentários

Pessoal, essa questão foi tirada do texto de Bresser Pereira, senão vejamos:
“No plano da administração pública voltou-se, com a Constituição de 1988, aos anos 30, ou seja, à época em que foi
implantada a administração burocrática clássica no Brasil. A Constituição irá sacramentar os princípios de uma
administração pública arcaica, burocrática ao extremo. Uma administração pública altamente centralizada,
hierárquica, rígida, fundamentalmente baseada na ideia do controle por processo e não por resultados e objetivos,
quando sabemos que a administração pública e também a administração de empresas modernas estão hoje baseadas
na descentralização, na administração matricial, nos sistemas de autoridade funcional convivendo com os de linha, na
confiança e no controle dos resultados, e não dos processos”.

Portanto, essa frase indica uma crítica ao "retrocesso burocrático" da Constituição Federal de 1988.
Gabarito: correta

18. (CESPE - TC-DF - ANALISTA – 2014)


A instituição do Decreto-lei n° 200/1967 foi um esforço do governo da época para racionalizar os
processos, garantir a implantação do modelo burocrático e centralizar a administração pública.
Comentários

O objetivo da reforma administrativa do Decreto-Lei nº 200/1967 não era o de "garantir a implantação


do modelo burocrático", mas de reformar esse modelo.
Ao invés de centralização, a reforma buscou uma descentralização administrativa, com maior
autonomia e flexibilidade para as entidades da administração indireta.
Gabarito: errada

19. (CESPE - TC-DF - ACE – 2014)


A reforma administrativa embutida no Decreto-Lei nº 200/1967 impediu a sobrevivência de práticas
patrimonialistas e fisiológicas nos diversos níveis da administração pública.
Comentários

Infelizmente, isso não ocorreu, A evolução da administração pública no Brasil ao longo do tempo não
garantiu que o modelo patrimonialista desaparecesse com a introdução de um novo modelo.
O que vemos, atualmente, é a coexistência de práticas e dos modelos, isto é, observam-se práticas
patrimonialistas, como o nepotismo e a corrupção (indesejáveis) e práticas burocráticas, (como o
formalismo, a hierarquia funcional e a impessoalidade), bem como alguns aspectos da administração
gerencial (como a gestão por resultados).
Gabarito: errada

20. (CESPE - CADE - ANALISTA – 2014)


O Decreto-lei nº 200/1967, o qual embasou a reforma administrativa de 1967, estabeleceu
mecanismos de avaliação de desempenho dos entes descentralizados.

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Comentários

A questão está errada, pois o Decreto-Lei nº 200/1967 descentralizou a administração pública (reforma
administrativa de 1967), entretanto, não estabeleceu mecanismo de avaliação de desempenho dos
entes descentralizados. Isso foi uma proposta feita nos anos 90.
Esses mecanismos não existiam na reforma de 1967.
Gabarito: errada

21. (CESPE - CADE - ANALISTA – 2014)


A reforma administrativa de 1967 deu ênfase à centralização, de modo a instituir o orçamento como
princípio de racionalidade administrativa.
Comentários

Com a reforma administrativa de 1967, houve centralização política e descentralização


administrativa.
Diferentemente, com a CF/88, observou-se um retrocesso com uma descentralização política e
centralização administrativa.
Gabarito: errada

22. (CESPE - CADE - Analista – 2014)


A criação do DASP representou a primeira reforma administrativa do país e a afirmação dos
princípios centralizadores e hierárquicos da burocracia clássica.
Comentários

A frase está correta. A reforma do DASP foi mesmo uma tentativa de implementar um modelo de gestão
alinhado com a teoria da burocracia.
A banca copiou o enunciado da questão do seguinte texto:
“Vale registrar que os princípios da administração burocrática clássica foram introduzidos no país por intermédio da
criação, em 1936, do Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP, que representou não apenas a primeira
reforma administrativa do país, mas também a sedimentação dos princípios centralizadores e hierárquicos da
burocracia clássica.
Já os princípios da reforma gerencial da administração pública brasileira só foram trazidos para o nosso meio com a
edição do Decreto-lei 200/67, que constituiu, em essência, uma tentativa de superação da rigidez burocrática
anteriormente praticada. Foi este, certamente, o primeiro momento que se tentou implantar uma administração
gerencial no Brasil”.

Gabarito: correta

23. (CESPE – BSF - CEBRASPE – 2014)

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Obrigatoriedade de concurso público para a contratação de servidores e estabilidade no serviço


foram medidas instauradas pela reforma da administração pública ocorrida durante o regime
militar.
Comentários

Durante o regime militar, a reforma da administração pública foi a estabelecida pelo Decreto-Lei nº
200/1967, que com a descentralização administrativa ocorreram duas consequências:
➢ Contratação sem concurso público, logo, sem previsão de estabilidade e permitindo o retorno
do clientelismo;
➢ Certo “esquecimento” com a administração direta, que perdeu importância e, em grande
medida, também deixou de realizar concursos e de desenvolver carreiras específicas.
A obrigatoriedade de realizar concursos públicos só veio com a Constituição Federal de 1988.
Gabarito: errada

24. (CESPE – BSF - CEBRASPE – 2014)


A reforma da administração pública proposta pelo governo de Getúlio Vargas objetivava superar o
modelo patrimonialista e instaurar uma burocracia pública.
Comentários

Perfeito. De acordo com Paludo7, os principais objetivos do DASP seriam: centralizar e reorganizar a
administração pública, modernizando-a, e combater práticas patrimonialistas de gestão.
Gabarito: correta

25. (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – AGENTE – 2014)


O Decreto-lei n.º 200/1967, estatuto básico da reforma administrativa do governo militar,
reafirmou a importância do planejamento entendido sob uma ótica tecnicista.
Comentários

A questão é um pouco complexa, mas a frase está correta. O planejamento é sim um dos princípios da
reforma de 1967 e está no decreto.
E o que seria essa visão "tecnicista" do planejamento? Seria um planejamento feito "dentro do Estado",
sem uma discussão de suas diretrizes com a população, com a sociedade civil. Seria a ideia de um
planejamento construído pelo corpo burocrático, pelos técnicos do governo, mais focada em métodos
e ferramentas. Daí seu nome "tecnicista".
Gabarito: certa

26. (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – AGENTE – 2014)

7
Idem

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O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) iniciou um movimento de


profissionalização do funcionalismo público, mediante a implantação de um sistema de ingresso
competitivo e de critérios de promoção por merecimento.
Comentários

A frase está perfeita. De acordo com Lustosa da Costa 8:


“O Dasp foi efetivamente organizado em 1938, com a missão de definir e executar a política para o pessoal civil,
inclusive a admissão mediante concurso público e a capacitação técnica do funcionalismo, promover a racionalização
de métodos no serviço público e elaborar o orçamento da União.”

Portanto, o DASP introduziu um movimento de profissionalização do funcionalismo público, por meio


da criação de um sistema de ingresso competitivo e de critérios de promoção por merecimento para
seus servidores.
Gabarito: certa

27. (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – AGENTE – 2014)


A Constituição Federal de 1988 (CF) rompeu com o retrocesso burocrático que até então prevalecia,
ao conceder autonomia ao Poder Executivo para tratar da estruturação dos órgãos públicos e
proporcionar flexibilidade operacional aos entes da administração indireta.
Comentários

Foi exatamente o contrário o que ocorreu. Se no plano político a Constituição Federal de 88 foi um
avanço, no plano administrativo foi considerada um retrocesso, pois a máquina estatal foi engessada e
voltou a aplicação de normas rígidas e inflexíveis para toda a administração direta e indireta.
Além disso, foram concedidos diversos benefícios (alguns extremamente caros) sem que houvesse a
preocupação com a capacidade real do estado de cumprir com esses gastos.
Uma das razões para esse retrocesso foi a noção (equivocada), muito comum na época, de que uma das
razões da crise do Estado estaria na excessiva descentralização e na autonomia concedida à
administração indireta através do DL2009.
Gabarito: errada

28. (CESPE – BANCO CENTRAL - ANALISTA - 2013)


De acordo com a administração pública gerencial, conforme proposto originalmente por Bresser
Pereira, a estabilidade generalizada concedida aos servidores públicos é vista como forma de
garantir continuidade das atividades e, consequentemente, eficiência organizacional.
Comentários

8
(Costa, 2008)
9
(Bresser Pereira, 2001)

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A questão está incorreta, pois Bresser Pereira não postulava que a estabilidade “generalizada” era
positiva para a eficiência organizacional. Lembre-se de que ele estava envolvido na Reforma de 1995 e
na época buscava flexibilizar a estabilidade do servidor público.
Gabarito: errada

29. (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – ESCRIVÃO – 2013)


De acordo com Bresser Pereira, boa parte do treinamento administrativo e de consultoria dos anos
50 do século passado foi influenciada pelo racionalismo em busca de eficiência e eficácia e pela clara
distinção entre política e administração.
Comentários

Questão de elevada complexidade. A questão faz alusão ao tipo de treinamento que existia na
administração pública nos anos 50 e 60 do século passado.
O enunciado foi retirado de um texto que está em um livro de Bresser, escrito em conjunto com outro
autor. De acordo com Bresser e Spink, ao avaliar os movimentos de reformas administrativas no país:
"Na década de 50, são estruturadas instituições voltadas ao treinamento administrativo, segundo um modelo
racionalista de eficiência e uma clara separação entre política e administração. Eficiência, efetividade, boa gerência e
pessoal qualificado tornam-se questões básicas discutidas por estas instituições, subsidiando os debates que ocorreram
ao longo da década de 60. Nos anos 70, as abordagens passam a integrar a questão do desenvolvimento, e as reformas
adquirem a função de propiciar uma base de apoio aos planos nacionais. Na década seguinte, com a crise econômica
e financeira, surge a necessidade de ajustes estruturais e adequações do orçamento aos níveis de receita disponível, e
a consequente retirada do controle estatal de diversas atividades, levando à redução do papel do Estado. Na década
de 90, o enfoque passou a ser na chamada Administração Pública Gerencial."

Infelizmente, essa questão fugiu bastante do que a banca costuma cobrar deste tema. A banca
simplesmente fez um "ctrl-c e ctrl-v" do trecho do livro, sem uma maior contextualização.
Gabarito: certa

30. (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – ESCRIVÃO – 2013)


A visão técnico-voluntarista da reforma associa a disciplina administrativa à esfera governamental
e à esfera política e condiciona a sua efetividade à vontade e à disposição dos servidores públicos
de endossar a abordagem prescrita e colocá-la em prática.
Comentários

Questão extremamente difícil. A banca apresenta um conceito trabalhado por Spink no livro "Reforma
do Estado e Administração Pública Gerencial". Para ele, a visão "técnico-voluntarista" de reforma seria
uma abordagem técnica (determinando o que deveria ser feito) e que só necessitaria que os políticos e
servidores "comprassem" o que tinha sido prescrito pelos reformadores. Por isso o "voluntarismo", já
que indica que a reforma associaria a "melhor técnica" ao desejo de mudança dos atores.
Entretanto, Spink afirma que essa visão "técnico-voluntarista" não levaria em conta o aspecto político
das mudanças (o que pode ou não ser aprovado politicamente) e que essa seria a causa do fracasso de
muitas tentativas de reformas administrativas.

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O erro da questão está exatamente nessa associação que o enunciado da questão faz da visão "técnico-
voluntarista" com a esfera política. Na sua justificativa, o Cespe menciona esse ponto. De acordo com o
Cespe10:
“Na verdade, a visão técnica voluntarista da reforma pressupõe uma abordagem pura da administração, separando-a
da esfera governamental e da esfera política e, não associando-a como descrito no item, apesar de condicionar a sua
efetividade a vontade dos líderes e disposição dos funcionários públicos de endossar e colocar a abordagem prescrita
em prática."

Bom, sem dúvida o gabarito é realmente questão errada. Entretanto, penso que o enunciado não
apresenta elementos suficientes para que os alunos pudessem apontar a validade ou não da frase, pois
não cita seu autor ou o contexto da frase.
Gabarito: errada

31. (CESPE – TRT-10 – TÉCNICO – 2013)


A reforma administrativa de 1967 promoveu a centralização progressiva das decisões no Poder
Executivo federal nos moldes da administração burocrática.
Comentários

Foi exatamente o contrário que ocorreu. A reforma de 1967, também conhecida como reforma do
DL200, buscou uma descentralização administrativa. O poder de decisão foi transferido para a
Administração Indireta, como as empresas estatais e as autarquias.
O objetivo foi exatamente o de conferir maior autonomia para estas entidades e remover alguns dos
problemas causados pelo modelo burocrático em nossa máquina estatal.
Gabarito: errada

32. (CESPE – MI – ANALISTA – 2013)


Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, foi deflagrado um processo de
municipalização da gestão pública e, consequentemente, de concessão de maiores poderes aos
municípios.
Comentários

Perfeito. A Constituição Federal de 1988 transferiu competências e recursos para os entes subnacionais,
principalmente os municípios. Este movimento foi decorrente de uma percepção de que a
descentralização pode aprimorar a qualidade das políticas públicas, pois o ente que executa estas
políticas estaria mais próximo dos cidadãos necessitados e entenderia melhor suas necessidades.
Gabarito: certa

10
Fonte:
http://www.cespe.unb.br/concursos/DPF_12_ESCRIVAO/arquivos/DPF_ESCRIV__O_JUSTIFICATIVAS_
DE_ALTERA____ES_DE_GABARITO.PDF

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33. (CESPE – MI – ADMINISTRADOR – 2013)


O modelo de reforma do Estado brasileiro, posto em prática sob a ótica neoliberal, mostrou-se
eficaz na solução dos problemas socioeconômicos do país, pois estava orientado para o
desenvolvimento e levou em consideração a necessidade do Estado e sua construção em novas
bases.
Comentários

Esta frase tem dois problemas. A primeira, mais óbvia, é a de que a reforma do Estado ocorrida nos anos
90 não resolveu os problemas socioeconômicos do país.
Além disso, a reforma não foi voltada para o desenvolvimento, pois o Estado naquela época estava mais
focado na estabilização econômica, no fim da inflação.
Outro ponto que é problemático é que o governo que é mais identificado com a “ótica neoliberal” é o de
Collor, não o de Fernando Henrique Cardoso.
Entretanto, quando resolvemos provas de concurso temos de tentar “mapear” as ideologias inseridas
nos questionamentos da banca. Este segundo ponto pode ser considerado correto ou incorreto de
acordo com a opinião política do questionador, infelizmente.
Gabarito: errada

34. (CESPE – TRT-10 – TÉCNICO – 2013)


A transição democrática de 1985 representou um avanço na modernização da administração
pública, na medida em que atribuiu à administração indireta normas de funcionamento idênticas às
que regem a administração direta.
Comentários

Este movimento de “igualar” as condições e normas de funcionamento realmente aconteceu com a


nova Constituição federal de 1988, mas não é considerado um “avanço”, mas sim um retrocesso
burocrático. Com esta mudança, estas entidades da Administração Indireta perderam autonomia e
flexibilidade em sua gestão.
Isto acabou acontecendo porque existia uma percepção generalizada de que o governo federal tinha
perdido o controle sobre estas entidades, que cresceram muito em número no regime militar.
Gabarito: errada

35. (CESPE – TJ-AL – TÉCNICO – 2013)


A reforma administrativa resultante da independência do Brasil apresentou o patrimonialismo
como modelo de administração pública, que, apesar de superado, ainda revela grande importância
no governo do país.
Comentários

Questão totalmente equivocada! Para “começo de conversa”, não tivemos nenhuma reforma
administrativa no momento da independência do Brasil. O modelo patrimonialista já existia e era
praticado desde o tempo do Brasil Colônia.

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Além desse fato, o modelo patrimonialista não é de “grande importância” no governo do país. Temos
resquícios deste modelo, é certo, mas estas práticas são condenáveis.
Gabarito: errada

36. (CESPE – TCE-RO – AGENTE – 2013)


O Departamento Administrativo do Serviço Público foi o primeiro órgão da estrutura administrativa
brasileira ao qual se atribuiu a responsabilidade de diminuir a ineficiência do serviço público e
reorganizar a administração pública.
Comentários

Perfeito. O DASP foi o responsável por executar a reforma da burocrática da década de 30 no Brasil. Seu
objetivo era o de modernizar o setor público, aumentando a sua eficiência. Infelizmente, depois vimos
as deficiências deste modelo na prática.
Gabarito: certa

37. (CESPE – TCU – AUDITOR – 2013)


A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) em 1936 representou uma
modernização na administração pública brasileira, haja vista que promoveu a descentralização das
atividades administrativas, com o intuito de se gerar maior eficiência.
Comentários

O erro desta questão é o seguinte: O DASP era centralizador, não descentralizador. Devemos lembrar
que esta reforma foi feita por um regime ditatorial (o Estado Novo de Vargas), que buscava centralizar
o poder no governo federal e padronizar as práticas administrativas.
Gabarito: errada

38. (CESPE – MPU – TÉCNICO – 2013)


A reforma administrativa iniciada pelo Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP)
instituiu o Estado moderno no Brasil, com vistas ao combate ao patrimonialismo e à burocracia
estatal.
Comentários

Nem pensar. A Reforma do período Vargas, que instituiu o DASP buscou implantar o modelo
burocrático no Brasil. Assim, não poderia estar combatendo a “burocracia estatal” ao mesmo tempo,
não é verdade?
Getúlio Vargas sabia que o Estado brasileiro, ainda baseado em práticas patrimonialistas, precisava ser
reformado para que o país crescesse e se industrializasse. Entretanto, os problemas do modelo
burocrático só apareceram mais tarde.
Gabarito: errada

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39. (CESPE – MPU – TÉCNICO – 2013)


As grandes reformas administrativas do Estado brasileiro, ocorridas após 1930, foram do tipo
patrimonialista, burocrática e gerencial.
Comentários

Esta questão tem uma “pegadinha” que a torna incorreta. Nós tivemos reformas burocráticas (como a
dos anos 30) e reformas gerenciais (como a dos anos 90), mas nunca tivemos reformas patrimonialistas!
O modelo patrimonialista foi implantado aqui junto com a colonização portuguesa.
Desta maneira, nunca tivemos uma reforma administrativa que tivesse o objetivo de implementar o
modelo patrimonial. Típica questão que tenta pegar o candidato menos concentrado.
Gabarito: errada

40. (CESPE – TRT-10 – TÉCNICO – 2013)


O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) foi criado com o objetivo de aprofundar
a reforma administrativa destinada a organizar e racionalizar o serviço público no país.
Comentários

Perfeito! O DASP foi criado no Governo Getúlio Vargas como um instrumento de racionalização da
máquina estatal brasileira. O Brasil estava passando por uma fase de transição econômica: deixando de
ser um país rural para ser um país industrializado.
Para poder impulsionar este movimento e, além disso, passar a fornecer melhores serviços para seus
cidadãos, o Estado deveria passar por uma reforma estruturante.
Gabarito: certa

41. (CESPE – MI – ANALISTA – 2013)


Na área de administração de recursos humanos, o Departamento Administrativo do Serviço Público
(DASP) inspirou-se no princípio do mérito profissional para estruturar a burocracia.
Comentários

Exato. A reforma do DASP, ocorrida nos anos 30, buscou implementar o modelo burocrático no Brasil.
Ao contrário do que muitos pensam, a teoria da burocracia tem o profissionalismo e a impessoalidade
como seus pilares.
Deste modo, a ideia é a de que os melhores profissionais serão contratados e promovidos, tendo em
vista o melhor funcionamento possível da instituição. Assim, a instalação do mérito profissional como
um princípio da Administração Pública foi um dos objetivos da reforma do DASP.
Gabarito: certa

42. (CESPE – MI – ANALISTA – 2013)

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Fruto da evolução do estamento burocrático patrimonialista, a moderna burocracia manteve o


caráter aristocrático e estava circunscrita ao Estado.
Comentários

Esta frase é uma confusão só de conceitos. Para começar, a moderna burocracia não é “fruto do
estamento burocrático patrimonialista”, pois veio exatamente para buscar encerrar este modelo de
gestão patrimonialista. O caráter aristocrático do patrimonialismo é combatido no modelo burocrático,
com sua base na racionalidade e na legalidade.
Além disso, o modelo burocrático de gestão não está restrito ao setor público. Muitas empresas o
utilizam ainda hoje.
Gabarito: errada

43. (CESPE – TRE-ES / ANAL ADM – 2011)


A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) teve como
objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão.
Comentários

Perfeito. A criação do DASP por Getúlio Vargas na década de 30 teve, como objetivo primordial, a
substituição do modelo patrimonialista pela administração burocrática no Brasil.
Gabarito: correta

44. (CESPE – AGU- AGENTE ADM. – 2010)


As reformas realizadas por meio do Decreto-lei n.o 200/1967 não desencadearam mudanças no
âmbito da administração burocrática central, o que possibilitou a coexistência de núcleos de
eficiência e de competência na administração indireta e formas arcaicas e ineficientes no plano da
administração direta ou central.
Comentários

A questão está certa. A reforma foi focada principalmente na administração indireta, pois os militares
(a exemplo do governo JK) não queriam se “indispor” com o corpo burocrático existente, preferindo criar
novas estruturas com outro modelo mais flexível. Isso levou a uma crescente diferenciação entre a
administração direta e a indireta.
Gabarito: correta

45. (CESPE – TCE-RS – OCE – 2013)


A reforma administrativa no Brasil, realizada por meio do Decreto-Lei n.o 200/1967, representou
um avanço em relação à tentativa de romper com a rigidez burocrática, podendo ser entendida
como a primeira experiência de implantação da administração gerencial no país.
Comentários

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Beleza. Realmente, muitos autores consideram a reforma do DL 200 de 1967 como o primeiro passo
para a implementação do modelo gerencial no país. O Cespe mesmo já considerou esta afirmativa como
correta e diversos momentos.
Gabarito: certa

46. (CESPE - TCU / ACE - 2008)


A estruturação da máquina administrativa no Brasil reflete a forte tradição municipalista do país,
cujo ímpeto descentralizante se manifesta, na Constituição de 1988, reforçado pela longa duração
do período transcorrido entre 1964 e 1985, marcadamente caracterizado pela associação entre
autoritarismo e centralização.
Comentários

Esta questão do Cespe reflete corretamente o caráter descentralizador da Constituição Federal de 1988.
A centralização que ocorreu no período militar (1964-85) levou ao ímpeto descentralizador da
Assembleia Constituinte.
Assim, a CF/88, de certa forma, foi uma reação aos vinte anos de centralização política na União.
Gabarito: correta

47. (CESPE - TCE-AC / ACE ADMINISTRAÇÃO - 2006)


A Constituição de 1988 promoveu um avanço significativo na gestão pública, concedendo mais
flexibilidade ao aparelho estatal.
Comentários

A Constituição de 88 não concedeu mais flexibilidade ao aparelho estatal, muito pelo contrário. A CF88
engessou a administração pública ao conceder estabilidade a milhares de celetistas, ao passar a exigir
os mesmos procedimentos burocráticos da administração indireta que já eram cobrados da
administração direta e ao retirar sua autonomia (principalmente em gestão de pessoas e no processo de
compra).
Desta forma, ocorreu um aumento da centralização administrativa.
Gabarito: errada

48. (CESPE – TCU – AUDITOR – 2013)


Na reforma gerencial de 1995, a qual visava eliminar os elementos patrimonialistas ainda
existentes, enfatizaram-se a hierarquização e o rígido controle de procedimentos.
Comentários

Negativo. A hierarquização e o rígido controle de procedimentos são características do modelo


burocrático, não do modelo gerencial. Este último buscava maior flexibilidade, maior descentralização
e um controle por resultados.

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Gabarito: errada

49. (CESPE – TJ-AL – TÉCNICO – 2013)


A nova gestão pública reúne características positivas dos modelos patrimonial e gerencial de
administração pública.
Comentários

O primeiro erro desta questão é o fato de que a “Nova Gestão Pública” e o modelo gerencial significam
a mesma coisa. São sinônimos. Portanto, a frase não faz sentido, pois a NGP não poderia reunir
características positivas de si mesma.
A segunda afirmativa equivocada é que o modelo patrimonial não serviu de inspiração ou base para o
modelo gerencial. O que poderia ser dito é que a Nova Gestão Pública reuniu características positivas
do modelo burocrático, como a profissionalização e a valorização do mérito.
Gabarito: errada

50. (CESPE – TJ-AL – TÉCNICO – 2013)


A última reforma administrativa que se têm notícia no Brasil foi aquela baseada nos princípios
burocráticos estabelecidos pelo presidente Vargas.
Comentários

Nem pensar! Tivemos diversas reformas administrativas no Brasil. A última reforma foi a do modelo
gerencial de 1995, detalhada no Plano Diretor para a Reforma do Aparelho do Estado.
Gabarito: errada

51. (CESPE – TRE-ES / ANAL ADM – 2011)


As tentativas de reformas ocorridas na década de 50 do século passado guiavam-se
estrategicamente pelos princípios autoritários e centralizados, típicos de uma nação em
desenvolvimento.
Comentários

Esta questão tem uma “pegadinha”. Este período dos anos 50, que teve, principalmente, os governos
de Dutra, Vargas e Juscelino, não é classificado como um período autoritário.
Existiam eleições livres, liberdade de expressão etc. Portanto, as reformas não se guiavam por princípios
autoritários.
Gabarito: errada

52. (CESPE – TRE-ES / ANAL ADM – 2011)

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Em relação às reformas administrativas empreendidas no Brasil nos anos de 1930 a 1967, julgue o
item a seguir.
Nesse período, a preocupação governamental direcionava-se mais ao caráter impositivo das
medidas que aos processos de internalização das ações administrativas.
Comentários

Esta questão está correta. Nestas reformas, o tipo de administração que se buscava implantar era a
administração burocrática, que se guia pelo formalismo e “legalismo”. Assim, o controle ocorre em
torno dos procedimentos que devem ser seguidos, ou seja, o servidor deve cumprir as normas, acima de
tudo.
Com isso, não existe tanta preocupação com os processos e com os resultados dentro deste modelo de
administração. O que “importa” é que o funcionário cumpra os regulamentos e leis.
Gabarito: correta

53. (CESPE - TCE-AC / ACE - 2008)


A reforma iniciada pelo Decreto n.º 200/1967 foi uma tentativa de superação da rigidez burocrática,
e pode ser considerada como o começo da administração gerencial no Brasil.
Comentários

A questão foi considerada correta, apesar de nem todos os autores concordarem como válida a
afirmação de que a reforma de 67 pode ser considerada o começo da administração gerencial no Brasil.
Em provas do Cespe, portanto, aceitem como correta esta afirmação do PDRAE.
Gabarito: correta

54. (CESPE - TCE-AC / ACE ADMINISTRAÇÃO - 2006)


No início dos anos 80 do século passado, com a criação do Ministério da Desburocratização e do
Programa Nacional de Desburocratização, registrou-se uma nova tentativa de reformar o Estado
na direção da administração gerencial.
Comentários

A criação do Ministério da Desburocratização foi uma tentativa de reformar o Estado visando dar mais
agilidade e flexibilidade à máquina pública. A centralização administrativa e a lentidão da administração
em tomar decisões e resolver problemas eram vistos como os principais problemas na administração
pública.
Uma das ideias inovadoras foi a noção de que era necessário “tirar o contribuinte da situação de súdito
para colocá-lo na situação de cidadão, destinatário de toda a atenção do Estado”, ou seja, tratar o
cidadão com respeito.
Desta maneira, o Estado deveria oferecer melhores serviços e acabar com diversos controles ineficazes.
Estes controles somente tornavam a vida da população mais difícil sem gerar nenhum ganho efetivo ao
Estado.
Gabarito: certa

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55. (CESPE - TCU / ACE - 2008)


De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (1995), os serviços não-
exclusivos constituem um dos setores correspondentes às atividades-meio, que deveriam ser
executadas apenas por organizações privadas, sem aporte de recursos orçamentários, exceto pela
aquisição de bens e serviços produzidos.
Comentários

Esta questão trouxe uma “pegadinha” do Cespe. Os serviços não exclusivos não são atividades-meio
(como a função de Recursos Humanos, por exemplo), mas atividades-fim, ou seja, relativos a setores
como os de Educação e Saúde.
Gabarito: errada

56. (CESPE – MTE / ADMINISTRAÇÃO – 2008)


O Estado oligárquico, no Brasil, é identificado com a República Velha, e caracteriza-se pela
associação entre as instituições políticas tradicionais e as entidades da sociedade civil mobilizadas
em torno dos segmentos mais pobres e desprotegidos da população, por meio de fortes redes de
proteção social.
Comentários

O Estado oligárquico (que existiu na república velha, até 1930) não se caracterizou por uma rede de
proteção social (legislação trabalhista, seguro-desemprego, renda mínima, saúde gratuita, etc.), nem
por uma preocupação com os mais pobres.
O Estado brasileiro passou a se preocupar mais com uma rede de proteção social na época de Getúlio
Vargas.
Gabarito: errada

57. (CESPE – MPS - ADMINISTRADOR – 2010)


O Estado oligárquico, modelo adotado no século passado, no Brasil, antes do primeiro governo
Vargas, atribuía pouca importância às políticas sociais, o que fortaleceu o papel de instituições
religiosas, voltadas para o atendimento das populações mais pobres e desprotegidas.
Comentários

A questão está correta mesmo. Na época do Estado oligárquico a ideologia que predominava era a do
liberalismo, que recomendava um Estado chamado mínimo, que se limitava a oferecer segurança
(interna e externa) e justiça.
Como o Estado não provia serviços básicos à população carente, e não tinha políticas sociais que
trabalhassem a redução das desigualdades, a população mais desprotegida tinha como alternativas de
atendimento a caridade e as instituições religiosas. Estas ofereciam auxílio e proteção aos mais pobres
naquela época.
Gabarito: correta

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58. (CESPE – TERRACAP / TECNICO RH - 2004)


Um governo empreendedor se fundamenta em alguns princípios essenciais, tais como: o controle a
posteriori dos resultados, elemento que faz parte da busca da modernização administrativa e que
tem sido buscado desde a criação do DASP, destacando-se, entretanto, de modo mais efetivo, no
Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado.
Comentários

Pessoal, a questão está incorreta porque o controle a posteriori, ou por resultados, não se iniciou com
o DASP (Governo de Getúlio Vargas). O DASP introduziu a burocracia no Brasil, e como sabemos a
burocracia tem como característica o controle de procedimentos (a priori) e não o controle de resultados
(ou a posteriori).
Gabarito: errada

59. (CESPE – TCE-AC / ACE - 2008)


A função orçamentária, como atividade formal e permanentemente vinculada ao planejamento, já
estava consagrada na gestão pública brasileira quando da implantação do modelo de administração
burocrática.
Comentários

Foi o DASP, nos anos 30, que introduziu a administração burocrática no Brasil. Entre outras iniciativas,
vinculou a função orçamentária ao planejamento. Portanto a questão está incorreta, porque essa
realidade (a vinculação do orçamento ao planejamento) não estava “consagrada” nesta época, e sim foi
introduzida nesta época.
Gabarito: errada

60. (CESPE – MCT / ANALISTA PLENO - 2004)


O conceito de administração para o desenvolvimento consistia no fortalecimento de estruturas
estatais responsáveis pelo planejamento e pela implementação de projetos desenvolvimentistas
nos quais o Estado atuava como produtor direto de bens e serviços.
Comentários

A Administração para o Desenvolvimento foi um conjunto de ideias que se formou nos anos 50, tendo
como objetivo o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Dentro de seus princípios, existia a ideia de capacitar a Administração Pública para torná-la indutora da
modernização da sociedade.
O desenvolvimento deveria ser planejado, buscando-se suprir as lacunas e gargalos que estivessem
impedindo o crescimento econômico (a ideia do plano de metas – crescimento de 50 anos em 5 vinha
nesta ótica).
Este conceito prosperou até a crise do Estado nos anos 80, e levou à criação de muitas empresas estatais
e sociedades de economia mista. Cabe lembrar que JK não era contra o capital privado ou estrangeiro,

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tendo trazido diversos investidores de peso, mas via o Estado como indutor do planejamento da
economia nacional.
Gabarito: correta

61. (CESPE – SENADO / CONSULTOR ADM – 2002)


A continuidade do DASP foi assegurada nos governos que se seguiram — Dutra e JK —, de modo a
possibilitar a estruturação dos grupos executivos incumbidos de implementar o Plano de Metas.
Comentários

Os grupos executivos foram criados por JK exatamente para evitar utilizar a estrutura rígida e
burocrática que já existia na época, e tampouco reformar esta estrutura.
O DASP, que introduziu a administração burocrática no Brasil na década de 30, perdeu muito de sua
predominância após a saída de Getúlio Vargas em 1945.
Apesar do DASP somente ter sido extinto na década de 80, após 45 passou a cumprir tarefas mais
rotineiras e perdeu muitas de suas competências, tendo perdido o apoio de um regime autoritário. Desta
forma o DASP, apesar de existente na época de JK, não foi utilizado para estruturar os grupos
executivos, órgãos que tentavam evitar o modelo burocrático introduzido pelo DASP.
Gabarito: errada

62. (CESPE – MCT / ANALISTA JR - 2004)


O principal mecanismo de implementação do desenvolvimentismo do período JK foram os grupos
executivos que, embora constituíssem estruturas ad hoc dotadas de grande flexibilidade, acabaram
sendo posteriormente engolfadas pela burocracia governamental.
Comentários

Dentro da ótica do planejamento estatal incluída no plano de metas era necessária uma coordenação
das ações e esforços, visando o cumprimento das metas e objetivos.
Os grupos executivos eram nomeados diretamente pelo Presidente da República, contendo executivos
de empresas privadas, militares e profissionais capacitados, que tinham a missão de implementar o
plano de metas em cada setor.
Estes grupos evitavam os canais originais dentro da máquina pública, pois estes eram lentos, rígidos e
dominados por interesses clientelistas. Eram estruturas Ad-hoc porque eram formados caso a caso, de
acordo com a necessidade no momento e tinham muito mais flexibilidade e autonomia, não se
norteando pelos princípios da administração burocrática.
Gabarito: correta

63. (CESPE – TCU / PLANEJAMENTO – 2008)


Os grupos executivos e o Conselho de Desenvolvimento, criados na Era JK, constituíam estruturas
paralelas à burocracia tradicional e atuavam na linha de formulação política, paralelamente às

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atividades de rotina. O Programa de Metas exigia estruturas flexíveis, não-burocráticas, e uma


capacidade de coordenação dos esforços de planejamento.
Comentários

Esta questão está correta. A dúvida dos alunos nesta questão se concentrou no papel do Conselho de
Desenvolvimento, pois os grupos executivos já foram mencionados nas questões anteriores. Este
instrumento (Conselho de Desenvolvimento) foi utilizado por JK como uma estratégia para dar mais
autonomia aos gestores do plano de metas de seu governo. De acordo com Ribeiro:
“A estratégia de JK para enfrentar possíveis embates com a burocracia foi a constituição de estruturas paralelas para
proceder reformas. Criaram-se os Grupos Executivos e o Conselho de Desenvolvimento, que atuavam na linha da
formulação política, paralelamente às atividades de rotina sob a responsabilidade da burocracia tradicional.”
O Conselho de Desenvolvimento tinha como um de seus objetivos a coordenação do planejamento e da
execução do plano de metas.
Gabarito: correta

64. (CESPE – TCE-AC / ACE - 2008)


Com a edição do Decreto n.º 200/1967, o concurso público passou a ser o único meio de contratação
de pessoal para o serviço público.
Comentários

Esta questão está incorreta, pois o Decreto nº 200 de 1967 não fechou a porta para a contratação de
pessoal sem concurso para o serviço público, muito pelo contrário! A contratação de pessoal através da
Administração Indireta sem o instituto do concurso público foi incentivada, ficando os concursos
públicos restritos à Administração Direta. De acordo com Bresser:
“A reforma, teve, entretanto, duas consequências inesperadas e indesejáveis. De um lado, ao permitir a contratação
de empregados sem concurso público, facilitou a sobrevivência de práticas clientelistas ou fisiológicas. De outro lado,
ao não se preocupar com mudanças no âmbito da administração direta ou central, que foi vista pejorativamente como
‘burocrática’ ou rígida, deixou de realizar concursos e de desenvolver carreiras de altos administradores.”
Gabarito: errada

65. (CESPE – MPS - ADMINISTRADOR – 2010)


A reforma administrativa materializada pelo Decreto-lei n.º 200/1967 é associada à primeira
experiência de implementação da administração gerencial no país. Adotada em pleno período
ditatorial, reforçou a centralização funcional e promoveu a criação das carreiras da administração
pública de alto nível.
Comentários

A questão está incorreta, pois não ocorreu uma centralização funcional com o Decreto-lei n°200/67. A
Descentralização foi um dos princípios norteadores da reforma. Veja o seu artigo n° 10 abaixo:
“Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada.
§ 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais:
a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de execução;

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b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e
mediante convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.”
Gabarito: errada

66. (CESPE – MDS / TÉCNICO ADM - 2006)


O Decreto-lei n.º 200/1967 instituiu maior flexibilidade administrativa para todos os órgãos da
administração pública, reduzindo a rigidez burocrática imposta pelas reformas do DASP.
Comentários

A questão está incorreta, pois o Decreto n°200 só flexibilizou as formalidades burocráticas para a
administração indireta! A administração direta continuou com os mesmos entraves burocráticos
instituídos pelo DASP.
Gabarito: errada

67. (CESPE – AGU - AGENTE ADM. – 2010)


A reforma administrativa instituída pelo Decreto-lei n.o 200/1967 distinguiu claramente a
administração direta e a administração indireta no que se refere às áreas de compras e execução
orçamentária, padronizando-as e normatizando-as de acordo com o princípio fundamental da
descentralização.
Comentários

A reforma efetuada pelo Decreto-lei n°200/67 realmente distinguiu a administração direta da


administração indireta. Entretanto o Decreto em questão não diferenciou a administração direta e
indireta no tocante às áreas de compras!
O artigo 125, depois revogado em 1986, dizia:
“As licitações para compras, obras e serviços passam a reger-se, na Administração Direta e nas
autarquias, pelas normas consubstanciadas neste Título e disposições complementares
aprovadas em decreto. “
Desta forma a questão está incorreta, pois não existia esta distinção no DL200/67.
Gabarito: errada

68. (CESPE – TCE-AC / ACE - 2008)


A Constituição Federal de 1988 acabou com a rigidez burocrática e possibilitou a adoção de técnicas
modernas da administração gerencial, como a instauração do regime jurídico único para os
servidores públicos federais.
Comentários

A constituição de 1988 não acabou com a rigidez burocrática, muito pelo contrário! Ela foi considerada
um retrocesso burocrático, pois reintroduziu “amarras” formais ao modelo de administração, e forçou a

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adoção pela administração indireta dos mesmos controles burocráticos que existiam na administração
direta.
O próprio regime jurídico único foi uma medida que levou uma redução da flexibilidade no modelo de
administração.
Gabarito: errada

69. (CESPE – TRE-MA / ANAL JUD – 2005)


Com a Constituição de 1988, ocorreu a descentralização de recursos orçamentários e da execução
dos serviços públicos para estados e municípios.
Comentários

Uma das características principais da transição democrática e da nova constituição de 88 foi a reversão
==2852d7==

da centralização política ocorrida nos governos militares.


Os governadores eleitos em 82 passaram a ter uma influência política muito maior do que no regime
militar e influenciaram a constituinte na transferência de recursos orçamentários e de competências
relativas aos serviços públicos para a população.
Gabarito: correta

70. (CESPE – MCT / ANALISTA PLENO - 2004)


Instituído durante o governo Collor pela Lei n.º 8.112/1990, o Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis da União choca-se com os ideais ortodoxos expressos na Constituição de 1988.
Comentários

Apesar de Collor discordar de muitas ideias e princípios da Constituição Federal de 1988, o regime
jurídico único (RJU) não se chocava com os ideais da CF88. Pelo contrário, o RJU já estava previsto em
seu artigo n°39:
“Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas. ”
Gabarito: errada

71. (CESPE – STM / ANAL JUD – 2004)


O foco das ações do governo Collor concentrou-se no projeto de centralização da gestão dos
serviços públicos.
Comentários

O governo Collor não buscou centralizar a gestão dos serviços públicos. O contexto no início de seu
governo era de grave crise fiscal, hiperinflação e baixa eficiência da máquina estatal na prestação dos
serviços públicos.

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Dentre as iniciativas de Collor nesta área podemos citar o contrato de gestão implantado no Hospital
Sarah Kubitschek em Brasília, que antecipou muitos aspectos de flexibilização, controle de resultados e
aumento de autonomia que seriam depois tratados no PDRAE.
Gabarito: errada

72. (CESPE – AGU - AGENTE ADM. – 2010)


Executado ao longo de toda a década passada, o Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado
previu não ser possível promover de imediato a mudança da cultura administrativa e a reforma da
dimensão-gestão do Estado ao mesmo tempo em que se providencia a mudança do sistema legal.
Comentários

A questão já começa incorreta na sua primeira oração. O Plano Diretor não foi executado ao longo de
toda sua década, pois só foi lançado em 1995, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Além disso, o PDRAE previa sim ser possível a mudança da cultura administrativa ao mesmo tempo em
que fosse mudado o sistema legal existente. Veja o trecho abaixo, retirado do PDRAE:
“No esforço de diagnóstico da administração pública brasileira centraremos nossa atenção, de um lado, nas condições
do mercado de trabalho e na política de recursos humanos, e, de outro, na distinção de três dimensões dos problemas:
(1) a dimensão institucional-legal, relacionada aos obstáculos de ordem legal para o alcance de uma maior eficiência
do aparelho do Estado; (2) a dimensão cultural, definida pela coexistência de valores patrimonialistas e principalmente
burocráticos com os novos valores gerenciais e modernos na administração pública brasileira; e (3) a dimensão
gerencial, associada às práticas administrativas. As três dimensões estão inter-relacionadas. Há uma tendência a
subordinar a terceira à primeira, quando se afirma que é impossível implantar qualquer reforma na área da gestão
enquanto não forem modificadas as instituições, a partir da Constituição Federal. É claro que esta visão é falsa. Apesar
das dificuldades, é possível promover já a mudança da cultura administrativa e reformar a dimensão-gestão do Estado,
enquanto vai sendo providenciada a mudança do sistema legal.”

Desta forma a questão está incorreta, de acordo com o gabarito da banca.


Gabarito: errada

73. (CESPE- MDS / TECNICO SUPERIOR - 2006)


A reforma administrativa empreendida pelo DASP, na década de 30 do século passado, foi
inovadora por não estar alinhada aos princípios da administração científica presentes na literatura
mundial da época.
Comentários

A reforma administrativa que foi implantada no Brasil nos anos 30 não foi inovadora, pois o modelo
racional-legal (ou Burocrático) já havia sido implantado nos países desenvolvidos décadas antes.
Ao contrário do que está descrito na questão, a reforma esteve sim alinhada aos princípios da
administração científica.
Gabarito: errada

74. (CESPE – MCT / ANALISTA C&T - 2004)

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As denominadas atividades exclusivas de estado, conforme definidas no Plano Diretor da Reforma


do Aparelho do Estado, deveriam ser exercidas por órgãos da administração direta.
Comentários

A pegadinha desta questão é que, pelo PDRAE, as atividades exclusivas do estado podem sim ser
exercidas pela administração indireta. Ou seja, não são exclusivas da administração direta como está
escrito na questão acima. De acordo com o PDRAE:
“Atividades exclusivas – É o setor em que são prestados serviços que só o Estado pode realizar. São serviços em que se
exerce o poder extroverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. Como exemplos, temos: a cobrança
e fiscalização dos impostos, a polícia, a previdência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do
cumprimento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de saúde pelo Estado, o controle do
meio ambiente, o subsídio à educação básica, o serviço de emissão de passaportes, etc.“

Gabarito: errada

75. (CESPE – MCT / ANALISTA - 2004)


O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, documento referencial da proposta de
modernização da gestão pública do governo Fernando Henrique Cardoso, preconizava separação
entre o núcleo estratégico formulador de políticas, que deveria permanecer estatal, e atividades
periféricas, que deveriam ser privatizadas.
Comentários

A questão tem uma “pegadinha” em seu final. As atividades não exclusivas não deveriam ser
privatizadas, e sim “publicizadas”. A diferença básica entre privatização e publicização é que a primeira
é um processo de devolução à iniciativa privada de empreendimentos produtivos com fins lucrativos e
que podem ser controlados pelo mercado.
Este processo foi conduzido com o objetivo de liberar o Estado destas atividades e ajustar a situação
fiscal. Já a publicização é um processo de transferir para o setor não-governamental sem fins
lucrativos atividades que, apesar de não serem exclusivas do Estado, devem ser incentivadas pelo
Estado como saúde, educação, pesquisa científica, cultura, etc.
Veja como o PDRAE menciona esta diferença abaixo:
“Para realizar essa função redistribuidora ou realocadora o Estado coleta impostos e os destina aos objetivos clássicos
de garantia da ordem interna e da segurança externa, aos objetivos sociais de maior justiça ou igualdade, e aos
objetivos econômicos de estabilização e desenvolvimento. Para realizar esses dois últimos objetivos, que se tornaram
centrais neste século, o Estado tendeu a assumir funções diretas de execução. As distorções e ineficiências que daí
resultaram deixaram claro, entretanto, que reformar o Estado significa transferir para o setor privado as atividades
que podem ser controladas pelo mercado. Daí a generalização dos processos de privatização de empresas estatais.
Neste plano, entretanto, salientaremos um outro processo tão importante quanto, e que no entretanto não está tão
claro: a descentralização para o setor público não-estatal da execução de serviços que não envolvem o exercício do
poder de Estado, mas devem ser subsidiados pelo Estado, como é o caso dos serviços de educação, saúde, cultura e
pesquisa científica. Chamaremos a esse processo de “publicização”.”
Este processo de publicização faz sentido, pois este setor não governamental muitas vezes é mais
eficiente do que o setor estatal na execução destes serviços, possibilitando a melhoria do atendimento
da população a custos mais baixos.
Gabarito: incorreta.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (FCC – DPE/AM – TÉCNICO – 2018)


A reforma do aparelho do Estado, implementada em meados dos anos 1990, buscava um novo
paradigma para a atuação da Administração pública. Nesse sentido, entre outras medidas,
preconizava a transferência de serviços públicos não exclusivos a entidades privadas sem fins
lucrativos, as quais eram qualificadas como organizações sociais, o que correspondeu ao
mecanismo denominado

(A) accountability.
(B) desestatização.
(C) governança.
(D) publicização.
(E) privatização.
Comentários

A questão trata da Publicização, que constitui uma variedade de flexibilização baseada na transferência
para organizações públicas não-estatais de atividades não exclusivas do Estado (devolution), sobretudo
nas áreas de saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia e meio ambiente.
Esse conceito difere do de desestatização, que compreende a privatização, a terceirização e a
desregulamentação.
Gabarito: letra D

2. (FCC – TRF 3° REGIÃO – ANALISTA – 2016)


Sobre os objetivos e características do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado,
implementado nos anos 1990, no âmbito federal, considere:

I. Publicização, que corresponde à assunção, pelo Estado, dos serviços próprios do denominado
Núcleo Estratégico.
II. Flexibilização, oferecendo aos gestores maior autonomia e estabelecendo o controle e cobrança de
resultados a posteriori.
III. Desestatização, que compreende a privatização, a terceirização e a desregulamentação.
Está correto o que consta APENAS em

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(A) I.
(B) I e II.
(C) II.
(D) II e III.
(E) III.
Comentários

Podemos "matar" a questão com uma definição de Lustosa. Para ele, a reforma, tal como preconizada
pelo PDRAE, poderia ser interpretada por cinco diretrizes principais1:
• Institucionalização, considera que a reforma só pode ser concretizada com a alteração da base
legal, a partir da reforma da própria Constituição;
• Racionalização, que busca aumentar a eficiência, por meio de cortes de gastos, sem perda de
“produção”, fazendo a mesma quantidade de bens ou serviços (ou até mesmo mais) com o
mesmo volume de recursos;
• Flexibilização, que pretende oferecer maior autonomia aos gestores públicos na
administração dos recursos humanos, materiais e financeiros colocados à sua disposição,
estabelecendo o controle e cobrança a posteriori dos resultados ;
• Publicização, que constitui uma variedade de flexibilização baseada na transferência para
organizações públicas não-estatais de atividades não exclusivas do Estado (devolution),
sobretudo nas áreas de saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia e meio ambiente;
• Desestatização, que compreende a privatização, a terceirização e a desregulamentação .
Dessa forma, podemos ver que a primeira frase descreve incorretamente o conceito de publicização. Já
as definições de flexibilização e de desestatização estão corretas.
Gabarito: letra D

3. (FCC – AL-MS – ANALISTA – 2016)


Um marco importante no contexto evolutivo da Administração pública no Brasil foi o Plano Diretor
da Reforma do Aparelho do Estado, levado a cabo a partir de meados dos anos 1990 pelo então
Ministro Bresser Pereira. O modelo de atuação do Estado, preconizado pela referida reforma,
contempla, entre suas premissas,

(A) explorar de forma direta atividades econômicas, como indutor do crescimento fiscal.
(B) adotar o modelo desenvolvimentista, por intermédio da denominada publicização.
(C) atuar mais fortemente nas atividades de fomento, regulação e controle.
(D) estabelecer parcerias com as entidades do terceiro setor, para a privatização de setores como
saúde e educação.
(E) implantar o modelo gerencial, que preconiza maior centralização das atividades pela União.

1
(Costa, 2008)

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Comentários

A questão aborda a reforma do PDRAE. Para Lustosa, a reforma de 1995, tal como preconizada pelo
PDRAE, poderia ser interpretada por cinco diretrizes principais2:
• Institucionalização, considera que a reforma só pode ser concretizada com a alteração da base
legal, a partir da reforma da própria Constituição;
• Racionalização, que busca aumentar a eficiência, por meio de cortes de gastos, sem perda de
“produção”, fazendo a mesma quantidade de bens ou serviços (ou até mesmo mais) com o
mesmo volume de recursos;
• Flexibilização, que pretende oferecer maior autonomia aos gestores públicos na administração
dos recursos humanos, materiais e financeiros colocados à sua disposição, estabelecendo o
controle e cobrança a posteriori dos resultados;
• Publicização, que constitui uma variedade de flexibilização baseada na transferência para
organizações públicas não-estatais de atividades não exclusivas do Estado (devolution),
sobretudo nas áreas de saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia e meio ambiente;
• Desestatização, que compreende a privatização, a terceirização e a desregulamentação.
A letra A está incorreta, pois o Estado queria exatamente o contrário: deixar de operar diretamente
alguns serviços públicos e atividades econômicas.
A letra B está incorreta, pois o conceito de publicização não está alinhado ao modelo
desenvolvimentista, que busca induzir o crescimento econômico através da atuação direta e indireta do
Estado na economia.
A letra C está correta. A reforma de 1995 buscava tornar o Estado um melhor regulador da sociedade,
reposicionando o Estado para regular ao invés de executar diretamente.
A letra D está errada, pois o que a reforma buscava era a publicização (e não privatização) dos serviços
públicos. Finalmente, o modelo gerencial não queria centralizar, mas sim descentralizar a atuação do
Estado.
Gabarito: letra C

4. (FCC – CNMP – ANALISTA – 2015)


De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Estado, é correto afirmar que

(A) a publicização refere-se ao processo de dar publicidade a todos os atos da Administração pública.
(B) a publicização refere-se ao processo de transferência da execução dos serviços públicos não
exclusivos para as OSCIPS, apenas.
(C) a administração dos museus deveria ser realizada em parceria entre o setor público estatal e o
setor público não-estatal.
(D) o serviço público de Educação deveria ser ofertado exclusivamente pela Administração pública
direta.

2
(Costa, 2008)

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(E) a produção para o mercado deveria ser uma atividade exclusivamente estatal.
Comentários

A letra A está incorreta. A publicização está associada a transferência de atividades não exclusivas do
Estado para organizações públicas não estatais. O conceito descrito pela banca é o do princípio da
publicidade.
Já o erro da letra B é que a publicização não está restrita às OSCIPs, mas pode alcançar outras
organizações públicas não estatais. A letra C está certa, pois a administração de museus (setor de
cultura) poderia ser feita por parcerias entre o Estado e organizações sem fins lucrativos.
A letra D está equivocada, pois a área de Educação é vista, pelo PDRAE, como setor de atividade não
exclusiva do Estado. Ou seja, poderia (como ocorre hoje) ser executada por organizações não estatais.
Da mesma forma, a letra E está errada. O setor de produção de bens e serviços para o mercado deveria
ser executado por empresas privadas.
Gabarito: letra C

5. (FCC – TCE-CE – CONSELHEIRO – 2015)


O denominado programa de publicização implementado no bojo do Plano Diretor da Reforma do
Aparelho do Estado corresponde à

(A) transferência de serviços não exclusivos do Estado, como Saúde, do setor estatal para o setor
público não estatal, passando tais serviços a ser exercidos por entidades que assumem a forma de
Organizações Sociais.
(B) retomada, pelo Estado, de atividades anteriormente delegadas à iniciativa privada, em caráter
subsidiário, tais como Educação e Saúde.
(C) estatização de empresas consideradas estratégicas de acordo com as prioridades estabelecidas
nos planos governamentais para o setor correspondente.
(D) reavaliação do processo de privatização, deixando a cargo do setor privado apenas as atividades
que não envolvam prestação de serviços públicos essenciais.
(E) criação de agências reguladoras para atuarem na fiscalização e normatização de atividades que
passaram a ser desempenhadas pelo setor privado mediante concessão ou autorização.
Comentários

Mais uma questão que cobra o conceito de Publicização. De acordo com Lustosa, a publicização 3:
"constitui uma variedade de flexibilização baseada na transferência para organizações públicas não-estatais de atividades
não exclusivas do Estado (devolution), sobretudo nas áreas de saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia e meio
ambiente."

3
(Costa, 2008)

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Gabarito: letra A

6. (FCC – SEFAZ-SP – FISCAL DE RENDAS – 2013)


As propostas que tiveram impacto na estrutura da administração pública brasileira, associadas,
respectivamente, aos períodos do Varguismo (a partir de 1930), do Regime Militar (a partir de 1967),
do período de redemocratização (a partir de 1988) e da reforma da Gestão Pública (a partir de 1995),
estão expressas em:

(A) Criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, criação do Banco Central,


descentralização das políticas públicas em direção a estados e municípios, criação do Ministério da
Administração Federal e Reforma do Estado.
(B) Criação do Regime Jurídico Único dos servidores, flexibilização da estabilidade do funcionalismo,
criação do Estatuto do Funcionário Público, criação do Sistema Financeiro nacional.
(C) Forte centralização administrativa e política, proposta de extinção do Regime Jurídico Único dos
servidores, proposta de universalização da saúde, decreto-lei que traz a distinção entre integrantes da
Administração direta e da Administração indireta.
(D) Adoção do Estágio Probatório para a efetivação de servidores, criação do Ministério da
Desburocratização, forte intervenção estatal na economia, adoção do Programa Brasileiro de
Qualidade e Produtividade.
(E) Criação do Juizado de Pequenas Causas, criação do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico, criação das Agências Reguladoras, inclusão na Constituição Federal do Mandado de
Injunção.
Comentários

A banca está cobrando fatos que ocorrerão nos seguintes períodos: Varguismo (década de 30 até 45),
regime militar (período 64-85, mas a banca fala de 1967), redemocratização (1988 até 1995) e reforma
de FHC (1995 até 2002).
A letra A logo está correta e é o gabarito da banca. O IBGE foi mesmo criado no governo de Getúlio
Vargas, em 1938. Já o Banco Central foi criado em 1964, dentro do regime militar. Como a banca citou
a data de 1967, a questão poderia ter sido anulada. A descentralização política foi mesmo um efeito da
nova Constituição Federal de 1988 e o MARE foi sim criado no período FHC. Esse ministério foi chefiado
pelo Bresser Pereira e gerou o PDRAE.
Já a letra B está equivocada. O Regime Jurídico Único foi criado somente na CF/88. Foi o primeiro
estatuto do servidor é que veio no Varguismo. A flexibilização da estabilidade aconteceu na reforma de
1995, com a EC 19 de 1998 (e não no governo militar). Já o Sistema Financeiro Nacional foi criado em
1964, no regime militar.
A letra C está errada, pois a proposta de extinção do RJU veio no período FHC, e não no regime militar.
Outra incorreção é que o Decreto-lei 200, que diferenciou a Administração Direta da Indireta é do
governo militar (1967), e não do governo FHC.
A letra D está incorreta apenas pelo programa de qualidade, pois esse foi criado no Governo Collor, e
não no governo FHC.

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A letra E está também errada, pois o juizado de pequenas causas só foi criado nos anos 80, não no
governo Vargas. O BNDE (sem o S) foi criado em 1952 (e não no governo militar). Já as agências
reguladoras foram mesmo criadas no período FHC.
Gabarito: letra A

7. (FCC – MPE-AP – ANALISTA – 2012)


De acordo com a reforma do Estado brasileiro de 1995, quatro setores integram o aparelho do
Estado, com reflexos na organização da administração pública: o núcleo estratégico, atividades
exclusivas, serviços não exclusivos, produção de bens e serviços. São exemplos dos setores de
atividades exclusivas e serviços não exclusivos, respectivamente:

a) poderes executivo, legislativo, judiciário e telecomunicações.


==2852d7==

b) educação, controle do meio ambiente e serviço de trânsito.


c) ministérios do poder executivo e captação de petróleo e gás.
d) fiscalização sanitária, saúde e educação.
e) educação e saúde e policiamento.
Comentários

O setor das atividades exclusivas engloba aquelas funções que só podem ser exercidas pelo Estado,
como: fiscalização, regulamentação, policiamento, etc. Já os serviços não exclusivos são aqueles em que
poderia existir a participação tanto do Estado quanto da iniciativa privada. Dentre as áreas, poderíamos
citar: saúde, educação, etc.
Desta maneira, a alternativa correta só pode ser a letra D. Nesta opção temos: fiscalização sanitária
(atividade exclusiva) e saúde e educação (atividades não exclusivas). Entretanto, muitos candidatos
reclamaram da vírgula mal colocada na questão, pois teria confundido. Apesar disso, a banca não mudou
seu entendimento e manteve o gabarito na letra D.
Gabarito: letra D

8. (FCC – MPE-AP – ANALISTA – 2012)


Um balanço das reformas na administração pública, implementadas ao final dos anos 90 no Brasil,
indica que avanços e impedimentos fazem parte de seus resultados. Avanços houveram no
planejamento e no aperfeiçoamento da capacidade de gestão do Estado, em melhorias na
prestação dos serviços públicos e na inovação. São impedimentos para o desenvolvimento
adequado das reformas:

a) questões de sustentabilidade econômica, social e ambiental; população não aderente ao e-gov.


b) desarticulação e incoerência entre reformas; a vontade política de membros do governo.
c) oscilação de moedas, gerando dificuldade em balanços de pagamento; baixa capacidade
empreendedora brasileira.

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d) ausência de sistemas integrados facilitadores da net pública; baixa capacitação do pessoal


administrativo.
e) baixo índice de patentes e pesquisas acadêmicas voltadas à área pública; resistência sindical para
demissões.
Comentários

Esta questão fugiu um pouco do que a FCC costuma cobrar, mas dá para ser respondida até mesmo por
“eliminação”. A letra A está incorreta porque a dificuldade de implementar as reformas não tem relação
com o a sustentabilidade social ou o meio ambiente, por exemplo.
Já a letra B aponta alguns fatores relevantes, como a falta de vontade política de alguns governos e as
rupturas propostas por várias reformas, que acabam gerando muitas resistências por parte de diversos
atores. Dessa maneira, o gabarito é a letra B.
A letra C já começa errada, pois a oscilação da cotação das moedas internacionais (câmbio) não é
reconhecida como um aspecto central na falha das reformas administrativas brasileiras.
A letra D também está equivocada. O servidor público, em média, tem uma capacitação superior aos
seus equivalentes no setor privado. Portanto, este também não pode ser o fator.
Finalmente, a letra E também está errada. O baixo índice de patentes nacionais obviamente não tem
nenhuma relação com o fracasso das reformas administrativas.
Gabarito: letra B

9. (FCC – TRE-CE – ANALISTA – 2012)


A criação do DASP em 1938, com a definição da política de recursos humanos, de compra de
materiais e finanças e a centralização e reorganização da administração pública federal, marca de
forma inequívoca a passagem da forma de administração pública patrimonialista para a
estruturação da máquina administrativa do Brasil na forma

(A) burocrática.
(B) gerencial.
(C) estratégica.
(D) da nova gestão pública.
(E) funcional.
Comentários

Questão bem tranquila da FCC. A reforma de 1938 do DASP, no governo de Getúlio Vargas, introduziu
o modelo burocrático no Brasil.
Gabarito: letra A

10. (FCC – ISS-SP – AUDITOR – 2012)

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Um dos princípios norteadores da reforma do Decreto-lei no 200 que continuou orientando o


processo de modernização do estado brasileiro nas últimas décadas é o

(A) da formulação de diretrizes gerais para um plano de carreiras para cargos de nível operacional.
(B) de reagrupamento de departamentos, divisões e serviços, visando a redução do número de
ministérios.
(C) da centralização dos processos de planejamento, coordenação e implementação das ações
governamentais.
(D) da expansão das empresas estatais e de órgãos da administração direta (secretarias).
(E) do fortalecimento e expansão do sistema de mérito por meio de concursos públicos.
Comentários

Questão capciosa. De acordo com Warlich4, os princípios norteadores da reforma de 67 são:


“1. planejamento, descentralização, delegação de autoridade, coordenação e controle;
2. expansão das empresas estatais, de órgãos independentes (fundações) e semi-independentes (autarquias);
3. fortalecimento e expansão do sistema de mérito;
4. diretrizes gerais para um novo plano de classificação de cargos;
5. reagrupamento de departamentos, divisões e serviços em 16 ministérios. ”

Gabarito: letra E

11. (FCC – TRT 23° REGIÃO – ANALISTA – 2011)


O modelo de administração gerencial no Brasil

a) foi introduzido pelo Decreto-Lei nº 200/1967, visando profissionalizar a administração federal,


reduzindo o nível de autonomia das empresas e autarquias e implantando o Orçamento de Base Zero.
b) foi implementado com a criação do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP),
em 1936, tendo por meta flexibilizar as funções gerenciais nas autarquias federais.
c) teve seu auge na segunda metade dos anos 1990, visando ao processo de fortalecimento da
responsabilização e autonomia dos níveis gerenciais e tentando implantar a gestão por resultados na
administração federal.
d) foi um movimento político iniciado no fim dos anos 1980 orientado para a privatização das políticas
sociais e fortalecimento dos controles externos formais da administração federal
e) foi introduzido no Brasil através do Programa Nacional de Desburocratização, tendo como meta
extinguir a burocracia formal e implantar a burocracia gerencial, voltada exclusivamente para os
processos.
Comentários

4
(Warlich, 1984) apud (Junior, 1998)

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A letra A está errada. Alguns autores realmente consideram o Decreto Lei 200 como o primeiro passo
ao encontro da Administração Gerencial, mas esta reforma não reduziu a autonomia das empresas. O
que ocorreu foi o contrário – uma ampliação da autonomia da Administração Indireta.
A letra B também está equivocada, pois a reforma do DASP buscou implantar o modelo burocrático no
Brasil, não o modelo gerencial.
Já a letra A está correta e é o nosso gabarito. Apesar de muitos autores considerarem o DL 200/67 como
o passo inicial do modelo gerencial, é inegável que o seu auge ocorreu com a reforma de 1995.
A letra D está toda confusa e não faz sentido. O modelo gerencial não apareceu nos anos 80. Além disso,
não foi orientado para a privatização das políticas sociais.
Finalmente, a letra E também está errada porque o modelo gerencial não apareceu no Programa
Nacional de Desburocratização dos anos 80. Além disso, o foco do modelo gerencial não está nos
processos, mas nos resultados.
Gabarito: letra C

12. (FCC – TRE/RN – ANALISTA ADM – 2011)


O principal objetivo do Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério
da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), publicado em 1995, foi

(A) reduzir o planejamento centralizado, transferindo os instrumentos de coordenação e regulação do


Aparelho de Estado federal para os governos estaduais.
(B) implantar a gestão por resultados, fortalecendo os sistemas de controle a posteriori da ação
governamental.
(C) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia.
(D) propor a substituição do modelo patrimonial pela administração pública, com foco no cidadão,
reforçando os sistemas de controles burocráticos.
(E) fortalecer os órgãos centrais de planejamento estratégico do Estado, ampliando os sistemas de
controle de processos.
Comentários

A primeira frase não faz nenhum sentido, pois o PDRAE buscava uma mudança no aparelho do Estado,
não uma descentralização política. Desta maneira, a alternativa A está incorreta.
A letra B está correta. A gestão por resultados foi um dos principais pontos buscados pelo PDRAE. Para
que este modelo funcione, é necessário que se deixe de controlar os procedimentos para que se possa
controlar os resultados.
A letra C está incorreta, pois o PDRAE não objetivava aumentar a participação direta do Estado na
economia, muito pelo contrário. A alternativa D também está equivocada. Os controles burocráticos
não foram reforçados.
Da mesma maneira, o controle de processos não era um dos objetivos do PDRAE. O objetivo era o
controle de resultados. Assim sendo, a letra E também está errada.
Gabarito: letra B

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13. (FCC – TCE/RO – AUDITOR – 2010)


A Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério da Administração Federal e Reforma
do Estado (MARE), implantada nos anos 90, diferenciou-se da reforma proposta pelo Decreto Lei
no 200 de 1967 ao

(A) recuperar a capacidade de planejamento, coordenação e regulação do aparelho de Estado federal


sobre a administração indireta e fundacional.
(B) priorizar a eficiência e a flexibilização da gestão pública e fortalecer a posteriori os sistemas de
controle da atividade administrativa.
(C) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia.
(D) propor a substituição do modelo burocrático pela administração gerencial, com foco no cidadão,
reforçando os sistemas de controles a priori.
(E) enfatizar o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, ampliando e fortalecendo os sistemas
centralizados de controle de processos.
Comentários

A primeira alternativa não se relaciona a uma diferença entre a reforma de 1967 e a de 1995, estando,
desta forma, incorreta. A letra B está correta e é nosso gabarito.
A reforma de 1995 não buscou ampliar a participação direta do Estado na economia. Desta maneira, a
letra C está incorreta. Mais uma vez a FCC inverte os conceitos de controle a priori e controle a posteriori
para confundir os candidatos. Os controles reforçados em 95 foram os controles de resultados (controle
a posteriori). Assim sendo, a letra D está incorreta.
A letra E está igualmente incorreta pelo mesmo motivo da letra D.
Gabarito: letra B

14. (FCC – MP/SE – ADMINISTRADOR – 2009)


A Reforma Administrativa de 1967, implementada pelo Decreto-lei federal no 200,

(A) cerceou a autonomia das entidades integrantes da Administração indireta, submetendo-as às


mesmas regras previstas para a Administração direta, como licitações e concurso público.
(B) retomou o processo de centralização da atuação administrativa.
(C) introduziu mecanismos de parceria com instituições privadas sem fins lucrativos.
(D) desencadeou um movimento de descentralização da atuação estatal, com a transferência de
atividades a autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
(E) priorizou a atuação do Estado no fomento e regulamentação dos setores produtivos e a sua
retirada como prestador direto de serviços públicos.
Comentários

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A primeira alternativa está errada, pois o Decreto 200/67 fez exatamente o contrário, ou seja, ampliou a
autonomia destas entidades integrantes da Administração Indireta. Pelo mesmo motivo, a alternativa
B está incorreta. O que ocorreu foi uma descentralização e não uma centralização.
A letra C não constitui um dos aspectos da reforma de 67, portanto está incorreta. A parceria que
ocorreu foi com a iniciativa privada com fins lucrativos, através das sociedades de economia mista (que
contém capital público e privado).
A letra D está correta. Já a alternativa E está equivocada, pois o Estado não se retirou da prestação direta
de serviços públicos. O que ocorreu foi uma descentralização administrativa.
Gabarito: letra D

15. (FCC – PGE/RJ – AUDITOR – 2009)


O Plano Diretor para a Reforma do Aparelho do Estado de 1995 definiu novos modelos de
organização para a Administração Pública Federal. São eles:

(A) as parcerias público-privadas, as autarquias e as fundações.


(B) os consórcios públicos, as organizações federais e as autarquias executivas.
(C) as organizações sociais, as agências reguladoras e as parcerias público-privadas.
(D) as organizações sociais, as agências executivas e as agências reguladoras.
(E) as agências executivas, as fundações e as organizações públicas não-estatais.
Comentários

Dentre as inovações trazidas pela reforma de 1995 se encontram as organizações sociais, as agências
executivas e as agências reguladoras. Assim sendo, a alternativa D está correta e é nosso gabarito.
As autarquias e fundações já existiam nesta época e as parcerias público-privadas não se enquadram em
um modelo de organização para o Estado.
Gabarito: letra D

16. (FCC – PGE/RJ – AUDITOR – 2009)


Sobre a redefinição do papel do Estado, iniciada com as reformas administrativas do governo
Fernando Henrique Cardoso:

I. O Estado brasileiro deixou gradualmente de se orientar para a intervenção direta, deixando que as
atividades econômicas e as políticas sociais fossem operadas por mecanismos típicos de mercado
baseados na livre concorrência.
II. As Agências Reguladoras passaram a regular parte importante dos setores econômicos
privatizados.
III. A principal inovação proposta pelo Plano Diretor de Reforma do Aparelho de Estado foi a criação
das Agências Executivas, que iriam substituir as estruturas de implementação de políticas públicas
subordinadas aos ministérios.

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IV. O Núcleo Estratégico foi revalorizado através de políticas de recomposição salarial e concursos
dirigidos às carreiras de estado.
V. As Organizações Sociais, impostas aos ministérios da Saúde, Educação e Cultura, substituíram as
Autarquias e Fundações, a partir de 1995.
(A) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II.
(B) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V.
(C) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV.
(D) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV.
(E) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V.
Comentários

A primeira frase não está correta, pois a reforma não teve como um dos seus objetivos que as políticas
sociais fossem operadas por mecanismos de livre mercado. A alternativa B está correta, pois as agências
reguladoras efetivamente passaram a regular diversos setores (como o telefônico) que passaram pelo
processo de privatização.
Terceira frase é questionável, pois não consideramos a criação das agências executivas como a principal
inovação proposta pela reforma de 1995. De qualquer maneira, a banca considerou esta afirmação como
correta. Já a quarta afirmação é perfeita. O núcleo estratégico foi reforçado e as carreiras de Estado
voltaram a receber concursos de forma mais constante.
A quinta afirmação está incorreta, pois as OS´s não foram impostas aos ministérios, nem substituíram
as autarquias e fundações.
Gabarito: letra C

17. (FCC – ISS-SP – AFTM – 2007)


O Programa Nacional de Desburocratização, implantado no início dos anos 80, idealizado pelo
Ministro Hélio Beltrão, caracterizou-se

(A) pela retomada dos conceitos contidos no Decreto-Lei no 200, de 1967, buscando, assim, a atuação
administrativa centralizada, sem, no entanto, deixar de lado a dimensão política do governo.
(B) pela diminuição do peso das instituições burocráticas no serviço público, procurando retomar
alguns procedimentos tradicionais da rotina administrativa, não necessariamente alinhados com a
eficiência.
(C) pela implementação por meio de uma sólida base parlamentar de apoio, o que lhe forneceu
condições inéditas de sustentabilidade.
(D) por focalizar o usuário do serviço público e divulgar amplamente seus princípios norteadores,
concentrando-se na produção de mudanças no comportamento e na atuação da burocracia pública.
(E) pela introdução, no setor público, de alguns estilos gerenciais baseados nos modelos e princípios
administrativos do setor privado, conseguindo, assim, a ampla adesão de empresas estatais e dos
principais grupos financeiros do País.

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Comentários

A alternativa A está errada, pois Beltrão não buscou uma centralização administrativa, mas o contrário.
A letra B não faz nenhum sentido e está incorreta, pois a eficiência foi sim um objetivo e não foram
retomados procedimentos tradicionais da rotina administrativa (o objetivo foi exatamente rever estes
procedimentos).
A letra C também está incorreta, pois o Programa de Desburocratização buscava uma reforma
administrativa, e não política. Cabe lembrar que este foi um período em que o Brasil era comandado por
um governo militar. Não estávamos em uma democracia.
A letra D está correta e é nosso gabarito. Já a letra E está incorreta, pois um dos objetivos do Programa
era conter a expansão da Administração Indireta. Portanto, não contou com o apoio das empresas
estatais.
Gabarito: Letra D

18. (FCC – ISS-SP – AFTM – 2007)


O Decreto-Lei no 200, que embasou a reforma administrativa de 1967, é considerado um avanço na
busca de superação da rigidez burocrática e é tido como um marco na introdução da administração
gerencial no Brasil. O referido diploma legal

A) estabeleceu mecanismos de controle de resultados e avaliação de desempenho dos entes


descentralizados.
B) desencadeou um movimento de centralização progressiva das decisões no executivo Federal.
C) introduziu uma política desenvolvimentista, fundada em parcerias com o setor privado.
D) promoveu a multiplicação de órgãos de planejamento junto às Administrações Públicas federal,
estadual e municipal, com o objetivo de formularem planos regionalizados de fomento à indústria.
E) possibilitou a transferência de atividades para autarquias, fundações, empresas públicas e
sociedades de economia mista, visando a alcançar descentralização funcional.
Comentários

A primeira frase não está correta, pois a reforma não trouxe a avaliação de desempenho como um dos
seus aspectos. A segunda alternativa também está incorreta, pois houve uma descentralização
administrativa, e não o contrário.
A terceira frase está incorreta, pois a reforma não introduziu uma política desenvolvimentista. A reforma
foi sim uma tentativa de adaptar a máquina pública a esta política desenvolvimentista.
Já a letra D está errada, pois o Decreto lei 200 teve abrangência somente no plano Federal, não nas
esferas dos estados e municípios, tampouco buscou formular planos regionalizados de fomento à
indústria.
Gabarito: Letra E

19. (FCC – ISS-SP – AFTM – 2007)

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Constitui exemplo do enrijecimento burocrático sofrido pela Administração Pública


contemporânea, após a edição da Constituição Federal de 1988,

(A) a generalização do procedimento licitatório também para os entes descentralizados, não obstante
a exclusão, em relação aos mesmos, da regra do concurso público.
(B) a transferência maciça de atribuições e recursos a Estados e Municípios.
(C) a subordinação dos entes descentralizados às mesmas regras de controle formal utilizadas na
Administração direta.
(D) a obrigatoriedade de isonomia salarial entre os diversos poderes.
(E) a não delimitação das atribuições e competências da União, Estados e Municípios, gerando
sobreposição de órgãos nas diversas esferas de governo.
Comentários

A Constituição de 1988 não retirou a exigência de concursos públicos, pelo contrário. Desta forma, a
alternativa A está errada. A transferência de recursos e atribuições a municípios e estados não se
relaciona com o enrijecimento burocrático. Portanto, a frase também está incorreta.
A letra C está perfeita. A alternativa D descreve uma das mudanças trazidas pela CF/88. Alguns autores
ligam esta isonomia salarial entre os poderes como um exemplo de enrijecimento da máquina pública.
A banca, entretanto, não considerou desta forma.
A letra E também se relaciona com a reforma política e não com o enrijecimento burocrático. Desta
forma, a letra E está errada.
Gabarito: letra C

20. (FCC – ISS-SP – AFTM – 2007)


A ideia de reengenharia do setor público conjuga as noções de reforma do Estado e reforma do
Aparelho do Estado, ambas presentes no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Dentro
desse conceito, cabe distinguir, no denominado Aparelho do Estado,

(A) o núcleo estratégico, onde se exercem as atividades de definição de políticas públicas, regulação,
fiscalização e fomento dos setores de atuação exclusiva do estado, como os de prestação de serviços
de grande relevância social, sendo imprescindível a atuação direta do setor público em ambos os
setores.
(B) o núcleo estratégico, assim considerado o governo, em sentido lato, a quem cabe definir as
políticas públicas dos setores de regulamentação, fiscalização e fomento, sendo mais adequado para
a gestão das atividades deste último o estabelecimento de parcerias com a iniciativa privada.
(C) os setores de atividades exclusivas, onde se exerce o poder extroverso do Estado − de fiscalizar e
regulamentar −; dos setores de serviços não exclusivos, onde o Estado atua simultaneamente com
organizações públicas não-estatais e privadas, como, por exemplo, nas áreas da saúde e educação.
(D) os setores próprios da atuação do Estado, denominado núcleo estratégico − definição de políticas
públicas, regulação, fiscalização e prestação de serviços públicos − dos setores que devem ser
reservados à atuação exclusiva do setor privado, como o de intervenção direta no domínio econômico.

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(E) os setores de atuação preferencial do estado, denominado núcleo estratégico, dos setores de
atuação preferencial do setor privado, consistente na intervenção direta no domínio econômico e
desempenho de serviços públicos não-exclusivos, cabendo ao Estado também fomentar a atuação do
privado na função de agente regulador.
Comentários

A alternativa A está errada, pois o núcleo estratégico não se relaciona com as atividades de regulação,
fiscalização e fomento. Estas atividades estão ligadas ao setor de atividades exclusivas.
A letra B também está incorreta, pois além dos motivos já citados, o núcleo estratégico não deve buscar
a parceria com a iniciativa privada na execução de suas atividades específicas.
A letra C está correta e é o nosso gabarito. A alternativa D está absurda, pois o núcleo estratégico não
abrange todas aquelas atividades, nem o setor privado deve ter atuação exclusiva na intervenção no
domínio econômico.
A letra E está errada também está equivocada, pois as atividades não exclusivas não são destinadas
preferencialmente ao setor privado.
Gabarito: letra C

21. (FCC – ISS-SP – AFTM – 2007)


O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, elaborado pelo Ministério da Administração
Federal e Reforma do Estado (MARE), implementado nos anos 90, teve, entre seus principais
objetivos e diretrizes,

(A) propiciar a reforma do Aparelho do Estado, estabelecendo condições para que o Governo possa
aumentar sua governança, fortalecendo as funções de coordenação e regulação.
(B) aumentar a eficiência da gestão pública, privilegiando e fortalecendo os sistemas de controle a
priori da atividade administrativa.
(C) a profissionalização dos setores estratégicos da Administração e a ampliação da participação
direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia.
(D) a reforma do Estado, mediante a substituição do modelo burocrático pela administração
gerencial, com foco no cidadão, prescindindo, assim, de sistemas de controles a priori e a posteriori.
(E) o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, com a modernização das estruturas
organizacionais, ampliando e fortalecendo os sistemas centralizados de controle de processos.
Comentários

A alternativa A está correta e é nosso gabarito. A letra B está incorreta, pois os controles que foram
fortalecidos foram os “a posteriori”, ou seja, controles de resultados.
O PDRAE não buscou a ampliação da participação do Estado na economia. Desta forma, a letra C
também está equivocada. A letra D tem uma “pegadinha”, pois a reforma de 95 não buscava acabar
com o controle a posteriori, somente o controle a priori, ok?
Já a letra E também afirma que o PDRAE amplia o controle de processos (ou a priori), o que, como já
vimos acima, não ocorreu!
Gabarito: letra A

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (FGV – AL-RO – ANALISTA – 2018)


A reforma do Estado Brasileiro, materializada pelo Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado
(PDRAE), foi responsável por viabilizar o desempenho de atividades estatais por entidades não
pertencentes ao aparato estatal, a exemplo das Organizações Sociais.
Assinale a opção que corresponde ao processo descrito no texto.

a) estatização.
b) privatização.
c) nacionalização.
d) publicização.
e) coletivização.
Comentários

A questão trata do conceito de publicização. A publicização é um conceito relacionado com a


transferência para o terceiro setor de serviços públicos considerados não exclusivos, através da criação
das Organizações Sociais (OS).
Gabarito: letra D

2. (FGV – TCM-SP – AGENTE – 2015)


A reforma do aparelho do Estado introduzida pelo Decreto-Lei nº 200 de 1967 trouxe algumas
iniciativas no sentido de romper com o modelo burocrático estabelecido por Getúlio Vargas.

A reforma proposta centrava-se em diversos conceitos, EXCETO no de:


a) delegação de competência como instrumento de descentralização administrativa para assegurar
rapidez e objetividade.
b) planejamento de ação governamental com base em plano geral e plurianual, programas gerais,
setoriais e regionais.
c) execução descentralizada mediante convênio, contratos ou concessões com entes federados e
organizações privadas.
d) publicização de serviços públicos para organizações de direito privado como forma de ampliação
do atendimento em áreas fundamentais de políticas públicas.

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e) controle imediato pela chefia competente para execução e observância de normas, bem como por
meio da especificação do TCU como órgão de controle externo.
Comentários

Todas as alternativas estão corretas, com exceção da letra D, pois a publicização foi uma iniciativa da
reforma de 1995, com o PDRAE. A publicização é um conceito relacionado com a transferência para o
terceiro setor de serviços públicos considerados não exclusivos, através da criação das Organizações
Sociais (OS).
Gabarito: letra D

3. (FGV – PGE-RO – ANALISTA – 2015)


A reforma do Estado no Brasil na implantação do modelo gerencial, durante a década de 90,
==2852d7==

envidou esforços no sentido de:

a) definir racionalmente funções e responsabilidades por leis ou regulamentos.


b) aumentar os custos da máquina administrativa contratando novos servidores civis.
c) estabelecer rotinas e procedimentos padronizados, visando previsibilidade e formalismo.
d) instituir um novo desenho de estruturas descentralizadas, buscando eficiência e profissionalização.
e) organizar o trabalho de forma estável e duradoura em funções especializadas.
Comentários

A letra A está relacionada com o modelo burocrático, não com o modelo gerencial. Está errada,
portanto. A letra B está também incorreta, pois o modelo gerencial estava preocupado com a crise fiscal
do Estado, não tinha como objetivo aumentar os custos da máquina administrativa, pelo contrário.
As letras C e E também estão associadas ao modelo burocrático. Já a letra D está certa.
Gabarito: letra D

4. (FGV – TJ-PI – ANALISTA – 2015)


A reforma do Estado no âmbito do Decreto Lei nº 200/67 é amplamente conhecida pela implantação
da noção de administração direta e indireta.
Segundo diversos analistas e estudiosos, dado o conjunto de ações visando a sua implementação,
surgiram naquele momento da reforma consequências inadequadas, dentre as quais destaca(m)-
se:

a) ampliação do núcleo estratégico do Estado por meio do desenvolvimento da carreira de gestor e


ampliação excessiva dos concursos.
b) geração de práticas patrimonialistas na administração indireta por meio de contratações sem
concurso público, ocasionando nepotismo.
c) fortalecimento da rigidez excessiva da administração indireta e centralização das ações na
administração direta.

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d) geração da expansão da administração direta, concentrando nessa a maior parte dos investimentos
do governo federal.
e) manutenção de relações pluralistas entre poderes, facilitando a aprovação dos orçamentos
submetidos pelo Executivo ao Congresso.
Comentários

A Reforma de 1967 é conhecida mesmo pela ampliação da Administração Indireta. Um dos seus efeitos
foi o crescimento acelerado, ocorrido principalmente nos anos 70, dessa Administração Indireta. Foram
criadas centenas de empresas estatais na época.
Um dos problemas decorridos disso foi a contratação de pessoas sem qualificação para desempenhar
suas funções e a perda do controle sobre as operações nessas empresas. O crescimento do nepotismo e
do clientelismo foram consequência desse crescimento desordenado.
Desta forma, o gabarito da banca só pode mesmo ser a letra B. A letra A está errada, pois o núcleo
estratégico perdeu importância relativa nessa época. A carreira de gestor (EPPGG) só foi criada no final
dos anos 80.
A letra C está incorreta, pois a Administração Indireta ganhou autonomia nessa época e houve uma
descentralização administrativa. A letra D está equivocada, pois quem cresceu foi a Administração
Indireta (não a Direta).
Finalmente, a letra E está errada. O período era de ditadura militar, com um predomínio claro do Poder
Executivo sobre os demais.
Gabarito: letra B

5. (FGV – DPE-RO – ANALISTA – 2015)


No Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado foram previstas algumas mudanças
institucionais relacionadas à ação do Estado. Dentre elas, destacou-se à época a estratégia de
publicização, visando à criação das Organizações Sociais que atuariam no setor do Estado
denominado:

a) Institucional-Legal.
b) Núcleo Estratégico.
c) Atividades Exclusivas.
d) Serviços Não-Exclusivos.
e) Bens e Serviços para o Mercado.
Comentários

A publicização foi uma iniciativa da PDRAE na reforma de 1995, que buscava a transferência para o
terceiro setor de serviços públicos considerados não exclusivos, através da criação das Organizações
Sociais (OS).
Gabarito: letra D

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6. (FGV – TJ-GO – ANALISTA – 2014)


“A partir de 1995, com o governo Fernando Henrique, surge uma nova oportunidade para a reforma
do Estado em geral, e, em particular, do aparelho do Estado e do seu pessoal. Esta reforma terá
como objetivos: a curto prazo, facilitar o ajuste fiscal, particularmente nos Estados e Municípios,
onde existe um claro problema de excesso de quadros; a médio prazo, tornar mais eficiente e
moderna a administração pública, voltando-a para o atendimento dos cidadãos” (Bresser Pereira,
1996, p. 17). O texto do autor enseja uma possível contradição inerente à teoria da nova
administração pública, que pode ser percebida ao analisar que esta buscava:

(A) facilitar o ajuste fiscal, mas reduzindo a idade mínima para aposentadoria;
(B) construir uma administração pública voltada para o atendimento dos cidadãos, mas reduzindo o
número de funcionários públicos;
(C) facilitar o ajuste fiscal, mas criando o incentivo financeiro por tempo de serviço (anuênio);
(D) facilitar o ajuste fiscal, mas mantendo a aposentadoria integral independente do tempo de
contribuição;
(E) construir uma administração pública voltada para o atendimento dos cidadãos, mas mantendo a
inexistência de um teto remuneratório para os servidores.
Comentários

A letra A está errada, pois a reforma de 1995 não buscava reduzir a idade mínima para aposentadoria,
pelo contrário. Uma redução da idade mínima iria piorar o déficit da previdência, naturalmente.
Já a letra B está correta. Uma contradição das reformas de 1995, segundo seus críticos, seria exatamente
o fato de que a redução nos quadros de servidores poderia piorar a qualidade dos serviços públicos, uma
das metas da reforma.
O anuênio, uma gratificação por tempo trabalhado, foi retirado na reforma, não criado por ela. Assim, a
letra C está equivocada. O mesmo ocorreu com a aposentadoria integral, independentemente de
contribuição. A letra D está igualmente equivocada.
Finalmente, o teto constitucional foi criado pela emenda constitucional 41/2003. De qualquer forma, a
alternativa está incorreta porque o teto salarial não tem relação direta com a qualidade dos serviços aos
cidadãos.
Gabarito: letra B

7. (FGV – PREF. FLORIANÓPOLIS – ADINISTRADOR – 2014)


Na opinião de Luiz Carlos Bresser Pereira (1998), um estado norteado por uma cultura burocrática
não está a serviço dos cidadãos. É possível compreender essa afirmação do autor se considerarmos
que a reforma gerencial da Administração Pública no Brasil e a Nova Administração Pública
advogam que:

a) os serviços prestados ao Estado precisam ser realizados de forma competitiva;


b) a estabilidade dos servidores públicos precisa ser preservada e ampliada;

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c) as contratações por meio de concurso público precisam ser ampliadas;


d) as empresas serão mais eficientes se administradas publicamente;
e) os serviços de educação e saúde precisam pertencer ao núcleo estratégico do Estado.
Comentários

A primeira frase foi considerada como correta pela banca, mas parece que a frase tem um problema. Do
jeito que está colocada (serviços prestados ao Estado), a frase não faz muito sentido. Para estar correta,
a frase deveria dizer “serviços prestados pelo Estado”.
Bresser acreditava que um dos problemas enfrentados pelo Estado era o caráter de monopólio em que
vários serviços públicos eram prestados. Para ele, deveriam ser criados mecanismos de “quase-
mercado” para que os órgãos públicos prestassem esses serviços de forma competitiva.
A letra B está incorreta, pois a estabilidade dos servidores deveria, para Bresser, ser flexibilizada, não
ampliada. O mesmo pode ser dito dos concursos públicos, que deveriam ser flexibilizados,
possibilitando a contratação direta em certos casos. Assim, a letra C também está errada.
A letra D está equivocada, pois Bresser acreditava que a iniciativa privada deveria ter um papel maior na
economia. Finalmente, para Bresser o núcleo estratégico do Estado deveria compor apenas o setor onde
as decisões estratégicas são tomadas e corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério
Público e, no poder executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos seus auxiliares e
assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e formulação das políticas públicas. O gabarito foi,
portanto, a letra A. Entretanto, a questão deveria ter sido anulada, pelo erro de redação.
Gabarito: letra A

8. (FGV – FIOCRUZ – ANALISTA – 2010)


A intenção das reformas administrativas é a construção de um Estado novo, que surgirá como
resultado de reformas profundas que o habilitarão a desempenhar as funções que o mercado não é
capaz de executar.
Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir.

I. O objetivo é construir um Estado que responda às necessidades de seus cidadãos.


II. O objetivo é construir um Estado democrático, no qual seja possível aos políticos fiscalizar o
desempenho dos burocratas e estes sejam obrigados, por lei a lhes prestar contas.
III. O objetivo é construir um Estado no qual os eleitores possam fiscalizar o desempenho dos políticos
e estes também sejam obrigados por lei a lhes prestar contas.
Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.


b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se as afirmativas I, II e III estiverem corretas.

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Comentários

Questão diferente essa da FGV. Não trata de nenhuma reforma específica, mas sim do conceito de
reformas administrativas em geral. Todas as afirmativas estão corretas. O objetivo das reformas
administrativas é, em geral, a construção de um Estado que seja capaz de responder aos desejos e
necessidades de seus cidadãos.
Além disso, o Estado e seus agentes devem ser responsivos e responsáveis com os recursos públicos. É
o que chamamos de accountability. Finalmente, o Estado deve construir ferramentas que possibilitem
aos representantes do povo, os políticos, fiscalizar a atuação dos burocratas, bem como forçar esse
corpo burocrático a ser transparente.
Gabarito: letra E

9. (FGV – FIOCRUZ – ANALISTA – 2010)


Dentre as várias razões para o interesse na reforma do Estado dos anos 90, segundo Bresser Pereira
(2001), a razão básica, provavelmente, se sustentava na percepção generalizada de que não bastava
o ajuste estrutural para se retomar o crescimento. Esse entendimento tinha como referência os
resultados do ajuste fiscal empreendido pelos países endividados na década anterior, que apesar de
positivos superando aspectos agudos da crise, não possibilitou a retomada do crescimento.
A premissa neoliberal que estava por trás das reformas – de que o ideal era um Estado mínimo, ao
qual caberia apenas garantir os direitos de propriedade, deixando ao mercado a total coordenação
da economia – provou ser irrealista. Em outra análise, ficou claro que o principal motivo da grande
crise dos anos 80 foi o Estado (provocada por uma crise fiscal do Estado, uma do tipo de intervenção
estatal e uma crise da forma burocrática de administração do Estado).
Com base na proposta de que um Estado mínimo não é realista e de que o fator básico subjacente à
crise econômica é a crise do Estado, analise as afirmativas a seguir que podem representar soluções
para esse problema.

I. A privatização do Estado ou a impermeabilidade dos patrimônios público e privado.


II. A reconstrução ou reformulação do Estado ao invés de seu definhamento.
III. A adoção de uma administração que não visa ao lucro mas à satisfação do interesse público.
Assinale:

a) se somente a afirmativa I for pertinente.


b) se somente a afirmativa II for pertinente.
c) se somente a afirmativa III for pertinente.
d) se somente as afirmativas I e II forem pertinentes.
e) se somente as afirmativas I e III forem pertinentes.
Comentários

A primeira frase está errada, pois a privatização do Estado, como podemos inferir pelo próprio
enunciado, significa uma ideia de Estado mínimo, que não se mostrou viável nas reformas dos anos 80
no mundo.

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Já a segunda afirmativa está correta. A reformulação do Estado era sim vista como uma solução para a
crise que se enfrentava nos anos 90. Bresser falava de um reposicionamento do Estado, focando nas
áreas em que este seria mais necessário.
Finalmente, a terceira frase foi considerada incorreta pela banca, mas fica difícil entender o raciocínio
que levou a isso. Um Estado que vise não ao lucro, mas à satisfação do interesse público está de acordo
com o que desejamos de um Estado atualmente. Talvez a banca tenha invalidado esta frase por que esse
conceito não está nos trabalhos de Bresser. O gabarito da banca foi mesmo a letra B, mas creio que a
questão poderia ter sido anulada.
Gabarito: letra B

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (VUNESP – EBSERH – ANALISTA – 2020)


As reformas administrativas empreendidas no Brasil tiveram como datas históricas de referência os
anos de

(A) 1930, 1967 e 1994.


(B) 1936, 1964 e 1988.
(C) 1942, 1971 e 2004.
(D) 1938, 1967 e 1995.
(E) 1930, 1964 e 1988.
Comentários

As principais reformas brasileiras ocorreram em 1938 (DASP), em 1967 (DL200), 1988 (Constituição Federal
de 1988) e 1995 (PDRAE do governo FHC). Cabe ressaltar que alguns autores consideram que a reforma do
Dasp ocorreu em 1936.
De qualquer forma, a única alternativa correta mesmo é a letra D.
Gabarito: letra D

2. (VUNESP – MPE-SP – ANALISTA – 2019)


No modelo estrutural de gerência pública, instituído no período pós-reforma de 95, novos formatos
organizacionais são indicados tornando as formas de propriedade e as atividades distintas dos
modelos adotados anteriormente. A partir dessa nova composição, é correto afirmar que

(A) somente as organizações estatais estão sujeitas ao controle governamental.


(B) as organizações públicas não-estatais ainda não são plenamente reconhecidas pelo Poder Público.
(C) no desenho institucional, a produção de bens e serviços para o mercado deve ser, prioritariamente,
de produção pública.
(D) as propriedades corporativas visam a defesa do interesse público.
(E) a regulação é uma atividade exclusiva do Estado, com impactos direto para as atividades de
propriedade privada.

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Comentários

Questão interessante e que sai um pouco do padrão comum de questões sobre as reformas administrativas.
A primeira alternativa está errada, pois o controle governamental pode ocorrer em organizações privadas
também, como ocorre quando elas recebem recursos públicos.
A letra B está errada. Essas organizações são sim reconhecidas, como as OS, por exemplo. Já no caso da
letra C, o PDRAE indica que esse setor deveria ser ocupado pela iniciativa privada.
A letra D também está equivocada, pois essas organizações visam ao lucro. Finalmente, a letra E está
perfeita.
Gabarito: letra E

3. (VUNESP – ARSESP – ANALISTA – 2018)


A gestão pública, até o início dos anos de 1980, caracterizava-se pela centralização decisória e
financeira na esfera federal. Atribui-se ao Decreto-Lei n° 200/67 o marco inicial da reforma
administrativa gerencial na Administração Pública brasileira e esse processo culmina na reforma
administrativa ocorrida em 1995. Em relação a esse modelo gerencial, é correto afirmar:

(A) impulsiona-se o processo de centralização político-administrativa e a municipalização das políticas


públicas, o que leva à transformação e ao fortalecimento das instituições democráticas no país.
(B) a característica central da gestão pública é a substituição da sociedade civil no processo de
formulação das políticas públicas, na implementação dos programas e no controle da ação
governamental.
(C) busca a inserção e o aperfeiçoamento da máquina administrativa voltada para a gestão e a
avaliação a posteriori de resultados em detrimento ao controle burocrático e a priori de processos.
(D) trata-se de um processo que enseja mudanças na organização e no funcionamento do governo
federal, incorporando de forma diferenciada as diretrizes adotadas e o grau de institucionalização dos
canais de gestão burocrática.
(E) é baseado por um pensamento centralizador e autoritário, sendo, ainda mais, permeável aos
resquícios da administração patrimonialista, pressupondo uma racionalidade absoluta.
Comentários

A letra A está errada, pois o modelo gerencial buscava a descentralização administrativa. Já a letra B está
errada porque o modelo não desejava substituir a sociedade civil, pelo contrário. O controle social, por
exemplo, buscava ser fortalecido.
Já a letra C está perfeita e é o gabarito da banca. A letra D tem uma redação confusa, mas no final menciona
a incorporação e institucionalização dos “canais de gestão burocrática”.
Finalmente, a letra E é absurda.
Gabarito: letra C

4. (VUNESP – ARSESP – ANALISTA – 2018)

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A gestão pública, até o início dos anos de 1980, caracterizava-se pela centralização decisória e
financeira na esfera federal. Atribui-se ao Decreto-Lei n° 200/67 o marco inicial da reforma
administrativa gerencial na Administração Pública brasileira e esse processo culmina na reforma
administrativa ocorrida em 1995. Em relação a esse modelo gerencial, é correto afirmar:

(A) impulsiona-se o processo de centralização político-administrativa e a municipalização das políticas


públicas, o que leva à transformação e ao fortalecimento das instituições democráticas no país.
(B) a característica central da gestão pública é a substituição da sociedade civil no processo de
formulação das políticas públicas, na implementação dos programas e no controle da ação
governamental.
(C) busca a inserção e o aperfeiçoamento da máquina administrativa voltada para a gestão e a
avaliação a posteriori de resultados em detrimento ao controle burocrático e a priori de processos.
(D) trata-se de um processo que enseja mudanças na organização e no funcionamento do governo
federal, incorporando de forma diferenciada as diretrizes adotadas e o grau de institucionalização dos
==2852d7==

canais de gestão burocrática.


(E) é baseado por um pensamento centralizador e autoritário, sendo, ainda mais, permeável aos
resquícios da administração patrimonialista, pressupondo uma racionalidade absoluta.
Comentários

A adm. Pública Burocrática surge para combater o Nepotismo e a corrupção do Modelo Patrimonialista e
implementa o DASP inspirado no modelo weberiano para implementar a Burocracia. Uma das caraterísticas
desse modelo é o controle a priori (antes de acontecer).
A adm. pub gerencial surge para combater problemas da burocracia como morosidade. O DL 200 em 1967
inicia a adm. pub. gerencial com foco na eficiência, controle a posteriori e descentralização.
Gabarito: letra C

5. (VUNESP – PREF. SÃO PAULO – ANALISTA – 2015)


O Brasil, nos últimos anos, pós-Constituição Federal de 1988, passou a experimentar um conjunto
de experiências voltadas ao aumento da participação social. Já se demonstra que há uma gama bem
diversa de experiências que variam em termos de seus desenhos, do grau de institucionalização e
dos resultados que promovem. De forma geral, no entanto, demonstra(m)-se como resultado(s)
concreto(s) das experiências de participação em curso:

(A) redução de custos de transação e garantia da heterogeneidade de interesses nas decisões tomadas
pelo poder público.
(B) envolvimento de mais atores no processo decisório e, assim, eliminação de pontos de veto.
(C) aceleração dos processos decisórios, reduzindo custos de transação para o poder público.
(D) promoção de decisões mais efetivas tomadas com maior rapidez pelo poder público em discussão
com atores privados.
(E) heterogeneidade de atores envolvidos no processo decisório e contribuição para antecipação da
contestabilidade.

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Comentários

Se analisarmos as experiências de participação social aqui no Brasil, podemos ver que ocorreu um aumento
da participação, com maior diversidade de “atores” envolvidos no processo de decisão e discussão dos
temas.
Esse aumento de atores envolvidos tornou o processo, naturalmente, mais lento e mais caro. Ocorreu um
aumento dos custos de transação e uma maior dificuldade de construir consensos. Com isso, já podemos
eliminar as letras A, C e D.
O aumento da participação nos debates permitiu a antecipação dos pontos problemáticos, a
contestabilidade. Os pontos de veto não foram eliminados. Com isso, a letra B está errada.
Finalmente, a letra E está certa. O aumento da participação nos debates permitiu a antecipação dos pontos
problemáticos, a contestabilidade.
Gabarito: letra E

6. (VUNESP – PREF. SÃO PAULO – AUDITOR – 2015)


O instrumento balizador da reforma e modernização do Estado brasileiro, em 1995, rumo à Nova
Gestão Pública (NGP) que pretendeu eliminar, entre outras coisas, o elevado déficit de desempenho
da Administração Pública na prestação dos serviços públicos, foi o

(A) Plano de Reforma do Serviço Público.


(B) Plano Nacional de Desenvolvimento.
(C) Plano de Metas.
(D) Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado.
(E) Programa Nacional de Desburocratização.
Comentários

A reforma de 1995 é relacionada com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) e buscava
implementar o modelo gerencial na administração pública brasileira.
De acordo com Lustosa, o projeto de reforma do Estado tinha como pilares1:
➢ Ajustamento fiscal duradouro;
➢ Reformas econômicas orientadas para o mercado que, acompanhadas de uma política industrial e
tecnológica, garantissem a concorrência interna e criassem condições para o enfrentamento da
competição internacional;
➢ A reforma da previdência social;
➢ A inovação dos instrumentos de política social, proporcionando maior abrangência e promovendo
melhor qualidade para os serviços sociais;
➢ A reforma do aparelho de Estado, com vistas a aumentar sua “governança”, ou seja, sua capacidade
de implementar de forma eficiente políticas públicas.

1
(Costa, 2008)

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O gabarito é mesmo a letra D.


Gabarito: letra D

7. (VUNESP – PREF. SÃO PAULO – AUDITOR – 2015)


Embora o Estado brasileiro se declare federalista desde a Constituição de 1891, alguns autores
dizem que esse federalismo é distinto do federalismo de outros países. Essa distinção mostra o
Estado brasileiro, principalmente em termos tributários, como uma federação com cunho
fortemente

(A) centralizador.
(B) descentralizador.
(C) democrático.
(D) desenvolvimentista.
(E) conservador.
Comentários

O Federalismo no Brasil é realmente diferente do federalismo de outros países, como os Estados Unidos.
No caso norte-americano, os estados têm mais poder e autonomia. Seria um federalismo mais
descentralizador.
No caso brasileiro, a União detém mais força, centralizando poder e competências no governo federal.
Gabarito: letra A

8. (VUNESP – PC-CE – DELEGADO – 2015)


A partir de meados da década de 1990, a Administração Pública brasileira passou por uma revisão
no papel governamental e iniciou-se a chamada Administração Pública Pós-burocrática. Nesse
contexto, a Reforma Gerencial do Estado guiou-se pelo seguinte princípio:

(A) O Estado deve focalizar as suas competências e capacidades em atividades relacionadas à


educação, à saúde e à previdência.
(B) O Estado só deve atuar em áreas em que o setor privado não possui as competências e capacidades
necessárias na entrega de produtos e serviços à sociedade.
(C) O Estado tem por obrigação a promoção da cidadania e a inclusão social das pessoas menos
favorecidas e excluídas da sociedade.
(D) O Estado só deve executar diretamente as tarefas que são exclusivas de Estado, que envolvem o
emprego do poder de Estado, ou nas quais se apliquem os recursos do Estado.
(E) O Estado deve valorizar a eficiência e a eficácia e, além disso, a participação de diferentes atores
nas decisões da Administração Pública.
Comentários

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A letra A está errada, pois de acordo com o PDRAE, esses setores não seriam de atividades exclusivas do
estado. A letra B está errada, pois o PDRAE não tinha essa visão do Estado.
Já a letra C menciona a inclusão social, que não era um objetivo explícito ou princípio do modelo gerencial.
A letra D foi apontada como correta pela banca, mas na minha opinião ela está errada. O PDRAE
mencionava, por exemplo, o setor de atividades não exclusivas (que engloba educação e saúde). O estado
executa diretamente esses serviços em alguns casos e o PDRAE não buscava transferi-los todos para o setor
privado.
Finalmente, a letra E foi apontada como errada, mas deveria ter sido considerada correta. O aumento de
participação dos diferentes atores era sim um objetivo da reforma. O gabarito foi mesmo letra D, mas a
questão deveria ter sido objeto de recurso.
Gabarito: letra D

9. (VUNESP – EMPLASA – ANALISTA – 2014)


Reordenar a posição estratégica do Estado na economia, transferindo, à iniciativa privada,
atividades indevidamente exploradas pelo setor público, é um dos objetivos da criação do

(A) Plano Diretor da Reforma do Estado – PDRE.


(B) Programa Nacional de Desestatização – PND.
(C) Programa Nacional de Desburocratização – PND.
(D) Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP.
(E) Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – PNGPD.
Comentários

Esta questão menciona a Lei 8.031/1990, que criou o Programa Nacional de Desestatização. De acordo com,
essa lei2:
Art. 1° É instituído o Programa Nacional de Desestatização, com os seguintes objetivos
fundamentais:
I - reordenar a posição estratégica do Estado na economia, transferindo à iniciativa privada
atividades indevidamente exploradas pelo setor público;
II - contribuir para a redução da dívida pública, concorrendo para o saneamento das finanças do
setor público;
III - permitir a retomada de investimentos nas empresas e atividades que vierem a ser transferidas
à iniciativa privada;
IV - contribuir para modernização do parque industrial do País, ampliando sua competitividade e
reforçando a capacidade empresarial nos diversos setores da economia;
V - permitir que a administração pública concentre seus esforços nas atividades em que a presença
do Estado seja fundamental para a consecução das prioridades nacionais;

2
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8031.htm

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VI - contribuir para o fortalecimento do mercado de capitais, através do acréscimo da oferta de


valores mobiliários e da democratização da propriedade do capital das empresas que integrarem o
Programa.
O gabarito é mesmo a letra B.
Gabarito: letra B

10. (VUNESP – DETRAN – AGENTE – 2013)


O Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado, de 1995, distinguiu quatro (4) setores estatais.
A um desses setores atribuiu-se a característica fundamental da ação do estado em conjunto com
organizações públicas não estatais e até privadas, o chamado 3.º setor. Esse setor, no Plano Diretor,
foi designado como

(A) Atividades Estratégicas.


(B) Serviços Não Exclusivos.
(C) Atividades Exclusivas.
(D) Núcleo Estratégico.
(E) Serviços Paraestatais.
Comentários

O PDRAE, entre os pontos principais, definiu os quatro setores do Estado3:

Setores Descrição

Corresponde ao governo, em sentido lato. É o setor que


define as leis e as políticas públicas, e cobra o seu
cumprimento.
É, portanto, o setor onde as decisões estratégicas são
Núcleo estratégico tomadas. Corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário,
ao Ministério Público e, no poder executivo, ao Presidente
da República, aos ministros e aos seus auxiliares e
assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e
formulação das políticas públicas.

É o setor em que são prestados serviços que só o Estado


pode realizar. São serviços em que se exerce o poder
extroverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar,
Atividades exclusivas
fomentar.
Como exemplos temos: a cobrança e fiscalização dos
impostos, a polícia, a previdência social básica, o serviço de

3
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)

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desemprego, a fiscalização do cumprimento de normas


sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de
saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio
à educação básica, o serviço de emissão de passaportes,
etc.

Corresponde ao setor onde o Estado atua


simultaneamente com outras organizações públicas não-
estatais e privadas. As instituições desse setor não
possuem o poder de Estado.
Este, entretanto, está presente porque os serviços
envolvem direitos humanos fundamentais, como os da
educação e da saúde, ou porque possuem “economias
Serviços não-exclusivos
externas” relevantes, na medida que produzem ganhos que
não podem ser apropriados por esses serviços através do
mercado.
As economias produzidas imediatamente se espalham para
o resto da sociedade, não podendo ser transformadas em
lucros. São exemplos deste setor: as universidades, os
hospitais, os centros de pesquisa e os museus.

Corresponde à área de atuação das empresas. É


caracterizado pelas atividades econômicas voltadas para o
lucro que ainda permanecem no aparelho do Estado como,
por exemplo, as do setor de infraestrutura.
Produção de bens e
serviços para o mercado Estão no Estado seja porque faltou capital ao setor privado
para realizar o investimento, seja porque são atividades
naturalmente monopolistas, nas quais o controle via
mercado não é possível, tornando-se necessário no caso de
privatização, a regulamentação rígida.

Como podemos ver, o terceiro setor era o dos serviços não exclusivos.
Gabarito: letra B

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LISTA DE QUESTÕES

1. (UFSC – UFSC – ADMINISTRADOR – 2019)


Com base na evolução dos modelos de administração pública no Brasil e na reforma do Estado,
relacione a coluna 1 com a coluna 2 e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de
cima para baixo.
Coluna 1

I. Reforma administrativa de 1967


II. Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP
III. Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado – MARE
Coluna 2

( ) Na área de recursos humanos, inspirou-se no modelo weberiano de administração, baseado no


mérito profissional.
( ) Reestruturou o aparelho de Estado, dividindo as atividades estatais em dois tipos: exclusivas do
Estado (exemplo: regulação) e não exclusivas do Estado (exemplo: serviços sociais).
( ) Uma das primeiras experiências de implantação da administração pública gerencial no Brasil.
(A) III – I - II.
(B) III – II - I.
(C) II – III - I.
(D) I – II - III.
(E) I – III - II.

2. (IADES – SES-DF – ADMINISTRADOR – 2018)


A reforma da administração pública brasileira, na década de 1990, visou à instituição de um modelo
gerencial e dividiu o aparelho estatal em quatro setores específicos: núcleo estratégico; atividades
exclusivas de estado; serviços não exclusivos; e, setor de produção de bens e serviços para o
mercado. Nesse novo modelo, o núcleo estratégico do estado

(A) corresponde à área de atuação das empresas, abrangendo atividades econômicas voltadas ao
lucro.
(B) representa as atividades concedidas à inciativa privada.
(C) corresponde às atividades em que sua presença é imprescindível, seja por comando constitucional
ou pela exigência da incidência do poder de império.
(D) equivale ao setor em que o estado atua simultaneamente com outras instituições privadas ou
públicas não estatais.

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(E) é o responsável pela definição das políticas públicas.

3. (UFG – CM-GOIÂNIA – ASSESSOR – 2018)


A reforma do Departamento de Administração do Setor Público (DASP), nos anos 30, teve como
foco principal racionalizar a administração pública e

(A) definir claramente os objetivos a serem alcançados pelas unidades da administração pública.
(B) superar a rigidez burocrática do serviço público.
(C) combater as práticas patrimonialistas do período anterior de administração pública.
(D) gerir por contratos a administração pública.

==2852d7==

4. (FUNDATEC – DPE-SC – TÉCNICO – 2018)


Analise as assertivas que seguem:

I. Na década de noventa, o Plano de Reforma do Estado tinha por meta redimensionar importantes
segmentos na esfera da Administração Pública. Por exemplo, teve a intenção de diminuir da presença
direta do Estado na prestação dos serviços públicos, graças à implantação de privatizações e
desestatizações.
II. A administração pública gerencial tem por características o clientelismo, o corporativismo e a
ausência de controle institucional.
III. A figura da agência executiva relaciona-se com o modelo de administração pública burocrática.
Quais estão corretas?

(A) Apenas I.
(B) Apenas I e II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.

5. (FUNDATEC – AL-RS – ANALISTA – 2018)


O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), elaborado pelo Ministério da
Administração Federal e Reforma do Estado (MARE) em novembro de 1995, possuía algumas
características quanto à sua estratégia. Nesse sentido, analise as assertivas a seguir:

I. Definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade.
II. Limitação da autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros
que lhe forem colocados à disposição para atingimento dos objetivos contratados.
III. Controle ou cobrança a posteriori dos resultados.

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IV. Deslocamento da ênfase dos resultados (fins) para os procedimentos (meios).


Quais estão corretas?

(A) Apenas II.


(B) Apenas I e III.
(C) Apenas I, II e III.
(D) Apenas I, II e IV.
(E) I, II, III e IV.

6. (FUNDATEC – DPE-SC – TÉCNICO – 2018)


O Decreto-Lei nº 200/1967 estabeleceu parâmetros para a gestão pública nacional, o que chamou
de “princípios fundamentais”. Dentre eles, NÃO é um parâmetro ali expresso nessa legislação:

(A) O planejamento.
(B) A coordenação.
(C) A descentralização.
(D) A delegação de competência.
(E) A qualificação.

7. (FAURGS – TJ-RS – ANALISTA – 2017)


A proposta formalizada no Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado, em 1995, buscava
orientar a transição para um modelo________de administração pública. Segundo consta no
documento orientador do plano, um dos reflexos dessa transformação seria a mudança de controle
de resultados_________para controle de resultados___________.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

(A) burocrático - a priori - a posteriori.


(B) burocrático - a posteriori- a priori.
(C) gerencial - a priori - a posteriori.
(D) gerencial - a posteriori- a priori.
(E) patrimonialista - a priori - a posteriori.

8. (QUADRIX – SEDF – ADMINISTRAÇÃO – 2017)


Na concepção da Reforma Administrativa de 1967 – Decreto-lei n.º 200, a descentralização na
Administração Pública Federal opera-se em três planos: no âmbito da própria esfera federal; desta
para as demais esferas; e para a órbita privada.

9. (UFG – AL-GO – ASSISTENTE – 2015)

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Na década de 1930, com o nascimento da República Nova, houve uma tentativa de profissionalizar
a Administração Pública brasileira com a criação do Departamento de Administração do Serviço
Público – DASP. Por intermédio do DASP, promoveu-se a estruturação básica do aparelho
administrativo instituindo- se, por exemplo, o concurso público e as regras para admissão. Tal
modelo buscou modernizar a máquina pública e ficou conhecido como

(A) modelo burocrático.


(B) modelo patrimonialista.
(C) modelo gerencial.
(D) modelo do novo serviço público.

10. (FUNCAB – PRF – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2014)


O modelo de Estado Nacional-Desenvolvimentista, estruturado a partir de 1930, entrou em crise no
final dos anos 70, em razão do seu esgotamento e também de fatores externos. Nos anos 90, o
Brasil experimentou uma proposta de reforma do Estado, nos moldes de uma administração
gerencial, que deveria se verificar em múltiplas dimensões. A dimensão que envolveu o saneamento
e venda dos bancos estaduais, bem como o aprimoramento dos mecanismos de controle do seu
endividamento, envolveu o complexo conhecido como reforma:

a) política.
b) administrativa.
c) da previdência.
d) da privatização.
e) fiscal.

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GABARITO

1. C 5. B 9. A
2. E 6. E 10. E
3. C 7. C
4. A 8. C

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LISTA DE QUESTÕES

1. (CESPE – EBSERH - ANALISTA – 2018)


Durante o governo de Getúlio Vargas, implementou-se a chamada reforma burocrática, que
buscava fortalecer a meritocracia e a profissionalização na gestão pública.

2. (CESPE – EBSERH - ANALISTA – 2018)


A profissionalização de cargos públicos foi adotada ainda no modelo de administração
patrimonialista, ao final dos anos 90 do século XIX.

3. (CESPE – EBSERH - ASSISTENTE – 2018)


A administração pública gerencial brasileira envolve quatro setores: o núcleo estratégico, as
atividades exclusivas do Estado, os serviços não exclusivos do Estado e a produção de bens
e serviços para o mercado.

4. (CESPE – EBSERH - ASSISTENTE – 2018)


O Decreto-lei n.º 200/1967 promoveu a transferência das atividades de produção de bens e
serviços para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.

5. (CESPE – TCE-PE – ANALISTA – 2017)


De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado de 1995, o escopo da
reforma do aparelho do Estado é mais restrito do que o da reforma do Estado: enquanto o
primeiro está voltado para a eficiência da administração pública, orientando-a para a
cidadania, o segundo é um projeto amplo relacionado às várias áreas do governo e ao
conjunto da sociedade brasileira.

6. (CESPE – TCE-PE – ANALISTA – 2017)


O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, lançado em 1995, pautou-se na
orientação de substituir a burocracia tradicional, weberiana, por um modelo mais próximo
das práticas de gestão do setor privado e do modelo de Estado de bem-estar social.

7. (CESPE – TCE-PE – ANALISTA – 2017)

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O movimento conhecido como nova gestão pública foi introduzido no Brasil no governo de
Fernando Henrique Cardoso (1995!2002) com o objetivo de tornar a administração pública
mais efetiva, embora menos eficiente.

8. (CESPE – TCE-PE – ANALISTA – 2017)


Durante o governo de Juscelino Kubitschek (JK), visando dar maior agilidade ao alcance dos
objetivos do plano de metas, a administração indireta passou a participar ativamente da
execução das políticas de governo, uma vez que a administração direta era tida como lenta
e defasada.

9. (CESPE – TRE-PI / ANALISTA – 2016 - ADAPTADA)


A reorganização do poder público por meio da descentralização administrativa e
flexibilização do sistema, com a criação dos entes da administração indireta, resulta do
modelo gerencial implementado pelo plano diretor de reforma do aparelho do Estado.

10. (CESPE – TRE-PI / ANALISTA – 2016 - ADAPTADA)


O plano diretor de reforma do aparelho do Estado, ao introduzir o modelo racional-legal,
predominante até a atualidade, representou uma significativa reforma e modernização da
administração pública brasileira.

11. (CESPE – MPOG – ANALISTA – 2015)


A administração federal foi o foco do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, que
também incluiu as administrações estaduais e municipais

12. (CESPE – MPOG – ANALISTA – 2015)


A reforma administrativa de 1967, realizada por meio do Decreto-lei n.º 200, ampliou a
administração indireta, transferindo atividades para fundações e empresas públicas.

13. (CESPE – STJ – ANALISTA – 2015)


Inspirada no gerencialismo inglês, a reforma do Estado brasileiro deflagrada em 1995 teve
como principal objetivo manter as contas públicas equilibradas e reduzir o poder da ação
gerencial do Estado.

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14. (CESPE – TRE-GO – TÉCNICO – 2015)


A reforma administrativa ocorrida em 1967 pretendia o rompimento com a rigidez
burocrática, e, para isso, as atividades da administração foram centralizadas e algumas
instituições de administração indireta foram extintas.

15. (CESPE – MPOG – ANALISTA – 2015)


A Constituição Federal de 1988 representou um avanço à descentralização do poder público,
uma vez que acrescentou poderes à administração indireta por meio da flexibilização de
suas normas operacionais.

16. (CESPE – ICMBio – TÉCNICO – 2014)


As teorias das organizações, além de contribuírem para o modelo brasileiro de
administração pública, especialmente a teoria da burocracia, ajudaram a despertar novos
enfoques sobre a motivação humana. A respeito desse assunto, julgue o item seguinte.
A Constituição Federal de 1988 instituiu um Estado nacional forte, pois não persistiu com o
modelo estatizante anterior.

17. (CESPE – ICMBio – TÉCNICO – 2014)


As teorias das organizações, além de contribuírem para o modelo brasileiro de
administração pública, especialmente a teoria da burocracia, ajudaram a despertar novos
enfoques sobre a motivação humana. A respeito desse assunto, julgue o item seguinte.
Com a Constituição Federal de 1988, a administração pública brasileira retornou aos anos 30
do século passado, época em que foi implantada a administração burocrática clássica no
Brasil.

18. (CESPE - TC-DF - ANALISTA – 2014)


A instituição do Decreto-lei n° 200/1967 foi um esforço do governo da época para racionalizar
os processos, garantir a implantação do modelo burocrático e centralizar a administração
pública.

19. (CESPE - TC-DF - ACE – 2014)


A reforma administrativa embutida no Decreto-Lei nº 200/1967 impediu a sobrevivência de
práticas patrimonialistas e fisiológicas nos diversos níveis da administração pública.

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20. (CESPE - CADE - ANALISTA – 2014)


O Decreto-lei nº 200/1967, o qual embasou a reforma administrativa de 1967, estabeleceu
mecanismos de avaliação de desempenho dos entes descentralizados.

21. (CESPE - CADE - ANALISTA – 2014)


A reforma administrativa de 1967 deu ênfase à centralização, de modo a instituir o
orçamento como princípio de racionalidade administrativa.

22. (CESPE - CADE - Analista – 2014)


A criação do DASP representou a primeira reforma administrativa do país e a afirmação dos
princípios centralizadores e hierárquicos da burocracia clássica.

23. (CESPE – BSF - CEBRASPE – 2014)


Obrigatoriedade de concurso público para a contratação de servidores e estabilidade no
serviço foram medidas instauradas pela reforma da administração pública ocorrida durante
o regime militar.

24. (CESPE – BSF - CEBRASPE – 2014)


A reforma da administração pública proposta pelo governo de Getúlio Vargas objetivava
superar o modelo patrimonialista e instaurar uma burocracia pública.

25. (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – AGENTE – 2014)


O Decreto-lei n.º 200/1967, estatuto básico da reforma administrativa do governo militar,
reafirmou a importância do planejamento entendido sob uma ótica tecnicista.

26. (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – AGENTE – 2014)


O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) iniciou um movimento de
profissionalização do funcionalismo público, mediante a implantação de um sistema de
ingresso competitivo e de critérios de promoção por merecimento.

27. (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – AGENTE – 2014)


A Constituição Federal de 1988 (CF) rompeu com o retrocesso burocrático que até então
prevalecia, ao conceder autonomia ao Poder Executivo para tratar da estruturação dos

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órgãos públicos e proporcionar flexibilidade operacional aos entes da administração


indireta.

28. (CESPE – BANCO CENTRAL - ANALISTA - 2013)


De acordo com a administração pública gerencial, conforme proposto originalmente por
Bresser Pereira, a estabilidade generalizada concedida aos servidores públicos é vista como
forma de garantir continuidade das atividades e, consequentemente, eficiência
organizacional.

29. (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – ESCRIVÃO – 2013)


De acordo com Bresser Pereira, boa parte do treinamento administrativo e de consultoria
dos anos 50 do século passado foi influenciada pelo racionalismo em busca de eficiência e
eficácia e pela clara distinção entre política e administração.

30. (CESPE – POLÍCIA FEDERAL – ESCRIVÃO – 2013)


A visão técnico-voluntarista da reforma associa a disciplina administrativa à esfera
governamental e à esfera política e condiciona a sua efetividade à vontade e à disposição
dos servidores públicos de endossar a abordagem prescrita e colocá-la em prática.

31. (CESPE – TRT-10 – TÉCNICO – 2013)


A reforma administrativa de 1967 promoveu a centralização progressiva das decisões no
Poder Executivo federal nos moldes da administração burocrática.

32. (CESPE – MI – ANALISTA – 2013)


Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, foi deflagrado um processo de
municipalização da gestão pública e, consequentemente, de concessão de maiores poderes
aos municípios.

33. (CESPE – MI – ADMINISTRADOR – 2013)


O modelo de reforma do Estado brasileiro, posto em prática sob a ótica neoliberal, mostrou-
se eficaz na solução dos problemas socioeconômicos do país, pois estava orientado para o
desenvolvimento e levou em consideração a necessidade do Estado e sua construção em
novas bases.

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34. (CESPE – TRT-10 – TÉCNICO – 2013)


A transição democrática de 1985 representou um avanço na modernização da administração
pública, na medida em que atribuiu à administração indireta normas de funcionamento
idênticas às que regem a administração direta.

35. (CESPE – TJ-AL – TÉCNICO – 2013)


A reforma administrativa resultante da independência do Brasil apresentou o
patrimonialismo como modelo de administração pública, que, apesar de superado, ainda
revela grande importância no governo do país.

36. (CESPE – TCE-RO – AGENTE – 2013)


O Departamento Administrativo do Serviço Público foi o primeiro órgão da estrutura
administrativa brasileira ao qual se atribuiu a responsabilidade de diminuir a ineficiência do
serviço público e reorganizar a administração pública.

37. (CESPE – TCU – AUDITOR – 2013)


A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) em 1936 representou
uma modernização na administração pública brasileira, haja vista que promoveu a
descentralização das atividades administrativas, com o intuito de se gerar maior eficiência.

38. (CESPE – MPU – TÉCNICO – 2013)


A reforma administrativa iniciada pelo Departamento Administrativo do Serviço Público
(DASP) instituiu o Estado moderno no Brasil, com vistas ao combate ao patrimonialismo e à
burocracia estatal.

39. (CESPE – MPU – TÉCNICO – 2013)


As grandes reformas administrativas do Estado brasileiro, ocorridas após 1930, foram do
tipo patrimonialista, burocrática e gerencial.

40. (CESPE – TRT-10 – TÉCNICO – 2013)


O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) foi criado com o objetivo de
aprofundar a reforma administrativa destinada a organizar e racionalizar o serviço público
no país.

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41. (CESPE – MI – ANALISTA – 2013)


Na área de administração de recursos humanos, o Departamento Administrativo do Serviço
Público (DASP) inspirou-se no princípio do mérito profissional para estruturar a burocracia.

42. (CESPE – MI – ANALISTA – 2013)


Fruto da evolução do estamento burocrático patrimonialista, a moderna burocracia
manteve o caráter aristocrático e estava circunscrita ao Estado.

43. (CESPE – TRE-ES / ANAL ADM – 2011)


A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) teve
como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão.

44. (CESPE – AGU- AGENTE ADM. – 2010)


As reformas realizadas por meio do Decreto-lei n.o 200/1967 não desencadearam mudanças
no âmbito da administração burocrática central, o que possibilitou a coexistência de núcleos
de eficiência e de competência na administração indireta e formas arcaicas e ineficientes no
plano da administração direta ou central.

45. (CESPE – TCE-RS – OCE – 2013)


A reforma administrativa no Brasil, realizada por meio do Decreto-Lei n.o 200/1967,
representou um avanço em relação à tentativa de romper com a rigidez burocrática,
podendo ser entendida como a primeira experiência de implantação da administração
gerencial no país.

46. (CESPE - TCU / ACE - 2008)


A estruturação da máquina administrativa no Brasil reflete a forte tradição municipalista do
país, cujo ímpeto descentralizante se manifesta, na Constituição de 1988, reforçado pela
longa duração do período transcorrido entre 1964 e 1985, marcadamente caracterizado pela
associação entre autoritarismo e centralização.

47. (CESPE - TCE-AC / ACE ADMINISTRAÇÃO - 2006)


A Constituição de 1988 promoveu um avanço significativo na gestão pública, concedendo
mais flexibilidade ao aparelho estatal.

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48. (CESPE – TCU – AUDITOR – 2013)


Na reforma gerencial de 1995, a qual visava eliminar os elementos patrimonialistas ainda
existentes, enfatizaram-se a hierarquização e o rígido controle de procedimentos.

49. (CESPE – TJ-AL – TÉCNICO – 2013)


A nova gestão pública reúne características positivas dos modelos patrimonial e gerencial
de administração pública.

50. (CESPE – TJ-AL – TÉCNICO – 2013)


A última reforma administrativa que se têm notícia no Brasil foi aquela baseada nos
princípios burocráticos estabelecidos pelo presidente Vargas.

51. (CESPE – TRE-ES / ANAL ADM – 2011)


As tentativas de reformas ocorridas na década de 50 do século passado guiavam-se
estrategicamente pelos princípios autoritários e centralizados, típicos de uma nação em
desenvolvimento.

52. (CESPE – TRE-ES / ANAL ADM – 2011)


Em relação às reformas administrativas empreendidas no Brasil nos anos de 1930 a 1967,
julgue o item a seguir.
Nesse período, a preocupação governamental direcionava-se mais ao caráter impositivo das
medidas que aos processos de internalização das ações administrativas.

53. (CESPE - TCE-AC / ACE - 2008)


A reforma iniciada pelo Decreto n.º 200/1967 foi uma tentativa de superação da rigidez
burocrática, e pode ser considerada como o começo da administração gerencial no Brasil.

54. (CESPE - TCE-AC / ACE ADMINISTRAÇÃO - 2006)


No início dos anos 80 do século passado, com a criação do Ministério da Desburocratização
e do Programa Nacional de Desburocratização, registrou-se uma nova tentativa de reformar
o Estado na direção da administração gerencial.

55. (CESPE - TCU / ACE - 2008)

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De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (1995), os serviços não-
exclusivos constituem um dos setores correspondentes às atividades-meio, que deveriam
ser executadas apenas por organizações privadas, sem aporte de recursos orçamentários,
exceto pela aquisição de bens e serviços produzidos.

56. (CESPE – MTE / ADMINISTRAÇÃO – 2008)


O Estado oligárquico, no Brasil, é identificado com a República Velha, e caracteriza-se pela
associação entre as instituições políticas tradicionais e as entidades da sociedade civil
mobilizadas em torno dos segmentos mais pobres e desprotegidos da população, por meio
de fortes redes de proteção social.

57. (CESPE – MPS - ADMINISTRADOR – 2010)


O Estado oligárquico, modelo adotado no século passado, no Brasil, antes do primeiro
governo Vargas, atribuía pouca importância às políticas sociais, o que fortaleceu o papel
de instituições religiosas, voltadas para o atendimento das populações mais pobres e
desprotegidas.

58. (CESPE – TERRACAP / TECNICO RH - 2004)


Um governo empreendedor se fundamenta em alguns princípios essenciais, tais como: o
controle a posteriori dos resultados, elemento que faz parte da busca da modernização
administrativa e que tem sido buscado desde a criação do DASP, destacando-se, entretanto,
de modo mais efetivo, no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado.

59. (CESPE – TCE-AC / ACE - 2008)


A função orçamentária, como atividade formal e permanentemente vinculada ao
planejamento, já estava consagrada na gestão pública brasileira quando da implantação do
modelo de administração burocrática.

60. (CESPE – MCT / ANALISTA PLENO - 2004)


O conceito de administração para o desenvolvimento consistia no fortalecimento de
estruturas estatais responsáveis pelo planejamento e pela implementação de projetos
desenvolvimentistas nos quais o Estado atuava como produtor direto de bens e serviços.

61. (CESPE – SENADO / CONSULTOR ADM – 2002)

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A continuidade do DASP foi assegurada nos governos que se seguiram — Dutra e JK —, de


modo a possibilitar a estruturação dos grupos executivos incumbidos de implementar o
Plano de Metas.

62. (CESPE – MCT / ANALISTA JR - 2004)


O principal mecanismo de implementação do desenvolvimentismo do período JK foram os
grupos executivos que, embora constituíssem estruturas ad hoc dotadas de grande
flexibilidade, acabaram sendo posteriormente engolfadas pela burocracia governamental.

63. (CESPE – TCU / PLANEJAMENTO – 2008)


Os grupos executivos e o Conselho de Desenvolvimento, criados na Era JK, constituíam
estruturas paralelas à burocracia tradicional e atuavam na linha de formulação política,
==2852d7==

paralelamente às atividades de rotina. O Programa de Metas exigia estruturas flexíveis, não-


burocráticas, e uma capacidade de coordenação dos esforços de planejamento.

64. (CESPE – TCE-AC / ACE - 2008)


Com a edição do Decreto n.º 200/1967, o concurso público passou a ser o único meio de
contratação de pessoal para o serviço público.

65. (CESPE – MPS - ADMINISTRADOR – 2010)


A reforma administrativa materializada pelo Decreto-lei n.º 200/1967 é associada à primeira
experiência de implementação da administração gerencial no país. Adotada em pleno
período ditatorial, reforçou a centralização funcional e promoveu a criação das carreiras da
administração pública de alto nível.

66. (CESPE – MDS / TÉCNICO ADM - 2006)


O Decreto-lei n.º 200/1967 instituiu maior flexibilidade administrativa para todos os órgãos
da administração pública, reduzindo a rigidez burocrática imposta pelas reformas do DASP.

67. (CESPE – AGU - AGENTE ADM. – 2010)


A reforma administrativa instituída pelo Decreto-lei n.o 200/1967 distinguiu claramente a
administração direta e a administração indireta no que se refere às áreas de compras e
execução orçamentária, padronizando-as e normatizando-as de acordo com o princípio
fundamental da descentralização.

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68. (CESPE – TCE-AC / ACE - 2008)


A Constituição Federal de 1988 acabou com a rigidez burocrática e possibilitou a adoção de
técnicas modernas da administração gerencial, como a instauração do regime jurídico único
para os servidores públicos federais.

69. (CESPE – TRE-MA / ANAL JUD – 2005)


Com a Constituição de 1988, ocorreu a descentralização de recursos orçamentários e da
execução dos serviços públicos para estados e municípios.

70. (CESPE – MCT / ANALISTA PLENO - 2004)


Instituído durante o governo Collor pela Lei n.º 8.112/1990, o Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis da União choca-se com os ideais ortodoxos expressos na Constituição de
1988.

71. (CESPE – STM / ANAL JUD – 2004)


O foco das ações do governo Collor concentrou-se no projeto de centralização da gestão dos
serviços públicos.

72. (CESPE – AGU - AGENTE ADM. – 2010)


Executado ao longo de toda a década passada, o Plano Diretor de Reforma do Aparelho do
Estado previu não ser possível promover de imediato a mudança da cultura administrativa e
a reforma da dimensão-gestão do Estado ao mesmo tempo em que se providencia a
mudança do sistema legal.

73. (CESPE- MDS / TECNICO SUPERIOR - 2006)


A reforma administrativa empreendida pelo DASP, na década de 30 do século passado, foi
inovadora por não estar alinhada aos princípios da administração científica presentes na
literatura mundial da época.

74. (CESPE – MCT / ANALISTA C&T - 2004)


As denominadas atividades exclusivas de estado, conforme definidas no Plano Diretor da
Reforma do Aparelho do Estado, deveriam ser exercidas por órgãos da administração direta.

75. (CESPE – MCT / ANALISTA - 2004)

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O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, documento referencial da proposta de


modernização da gestão pública do governo Fernando Henrique Cardoso, preconizava
separação entre o núcleo estratégico formulador de políticas, que deveria permanecer
estatal, e atividades periféricas, que deveriam ser privatizadas.

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GABARITO

26. C 52. C
1. C
27. E 53. C
2. E
28. E 54. C
3. C
29. C 55. E
4. C
30. E 56. E
5. C
31. E 57. C
6. E
32. C 58. E
7. E
33. E 59. E
8. C
34. E 60. C
9. E
35. E 61. E
10. E
36. C 62. C
11. C
37. E 63. C
12. C
38. E 64. E
13. E
39. E 65. E
14. E
40. C 66. E
15. E
41. C 67. E
16. E
42. E 68. E
17. C
43. C 69. C
18. E
44. C 70. E
19. E
45. C 71. E
20. E
46. C 72. E
21. E
47. E 73. E
22. C
48. E 74. E
23. E
49. E 75. E
24. C
50. E
25. C
51. E

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LISTA DE QUESTÕES

1. (FCC – DPE/AM – TÉCNICO – 2018)


A reforma do aparelho do Estado, implementada em meados dos anos 1990, buscava um
novo paradigma para a atuação da Administração pública. Nesse sentido, entre outras
medidas, preconizava a transferência de serviços públicos não exclusivos a entidades
privadas sem fins lucrativos, as quais eram qualificadas como organizações sociais, o que
correspondeu ao mecanismo denominado

(A) accountability.
(B) desestatização.
(C) governança.
(D) publicização.
(E) privatização.

2. (FCC – TRF 3° REGIÃO – ANALISTA – 2016)


Sobre os objetivos e características do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado,
implementado nos anos 1990, no âmbito federal, considere:

I. Publicização, que corresponde à assunção, pelo Estado, dos serviços próprios do


denominado Núcleo Estratégico.
II. Flexibilização, oferecendo aos gestores maior autonomia e estabelecendo o controle e
cobrança de resultados a posteriori.
III. Desestatização, que compreende a privatização, a terceirização e a desregulamentação.
Está correto o que consta APENAS em

(A) I.
(B) I e II.
(C) II.
(D) II e III.
(E) III.

3. (FCC – AL-MS – ANALISTA – 2016)


Um marco importante no contexto evolutivo da Administração pública no Brasil foi o Plano
Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, levado a cabo a partir de meados dos anos 1990
pelo então Ministro Bresser Pereira. O modelo de atuação do Estado, preconizado pela
referida reforma, contempla, entre suas premissas,

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(A) explorar de forma direta atividades econômicas, como indutor do crescimento fiscal.
(B) adotar o modelo desenvolvimentista, por intermédio da denominada publicização.
(C) atuar mais fortemente nas atividades de fomento, regulação e controle.
(D) estabelecer parcerias com as entidades do terceiro setor, para a privatização de setores
como saúde e educação.
(E) implantar o modelo gerencial, que preconiza maior centralização das atividades pela
União.

4. (FCC – CNMP – ANALISTA – 2015)


De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Estado, é correto afirmar que

(A) a publicização refere-se ao processo de dar publicidade a todos os atos da Administração


==2852d7==

pública.
(B) a publicização refere-se ao processo de transferência da execução dos serviços públicos
não exclusivos para as OSCIPS, apenas.
(C) a administração dos museus deveria ser realizada em parceria entre o setor público estatal
e o setor público não-estatal.
(D) o serviço público de Educação deveria ser ofertado exclusivamente pela Administração
pública direta.
(E) a produção para o mercado deveria ser uma atividade exclusivamente estatal.

5. (FCC – TCE-CE – CONSELHEIRO – 2015)


O denominado programa de publicização implementado no bojo do Plano Diretor da
Reforma do Aparelho do Estado corresponde à

(A) transferência de serviços não exclusivos do Estado, como Saúde, do setor estatal para o
setor público não estatal, passando tais serviços a ser exercidos por entidades que assumem a
forma de Organizações Sociais.
(B) retomada, pelo Estado, de atividades anteriormente delegadas à iniciativa privada, em
caráter subsidiário, tais como Educação e Saúde.
(C) estatização de empresas consideradas estratégicas de acordo com as prioridades
estabelecidas nos planos governamentais para o setor correspondente.
(D) reavaliação do processo de privatização, deixando a cargo do setor privado apenas as
atividades que não envolvam prestação de serviços públicos essenciais.
(E) criação de agências reguladoras para atuarem na fiscalização e normatização de atividades
que passaram a ser desempenhadas pelo setor privado mediante concessão ou autorização.

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6. (FCC – SEFAZ-SP – FISCAL DE RENDAS – 2013)


As propostas que tiveram impacto na estrutura da administração pública brasileira,
associadas, respectivamente, aos períodos do Varguismo (a partir de 1930), do Regime
Militar (a partir de 1967), do período de redemocratização (a partir de 1988) e da reforma da
Gestão Pública (a partir de 1995), estão expressas em:

(A) Criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, criação do Banco Central,


descentralização das políticas públicas em direção a estados e municípios, criação do
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado.
(B) Criação do Regime Jurídico Único dos servidores, flexibilização da estabilidade do
funcionalismo, criação do Estatuto do Funcionário Público, criação do Sistema Financeiro
nacional.
(C) Forte centralização administrativa e política, proposta de extinção do Regime Jurídico
Único dos servidores, proposta de universalização da saúde, decreto-lei que traz a distinção
entre integrantes da Administração direta e da Administração indireta.
(D) Adoção do Estágio Probatório para a efetivação de servidores, criação do Ministério da
Desburocratização, forte intervenção estatal na economia, adoção do Programa Brasileiro de
Qualidade e Produtividade.
(E) Criação do Juizado de Pequenas Causas, criação do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico, criação das Agências Reguladoras, inclusão na Constituição Federal do Mandado
de Injunção.

7. (FCC – MPE-AP – ANALISTA – 2012)


De acordo com a reforma do Estado brasileiro de 1995, quatro setores integram o aparelho
do Estado, com reflexos na organização da administração pública: o núcleo estratégico,
atividades exclusivas, serviços não exclusivos, produção de bens e serviços. São exemplos
dos setores de atividades exclusivas e serviços não exclusivos, respectivamente:

a) poderes executivo, legislativo, judiciário e telecomunicações.


b) educação, controle do meio ambiente e serviço de trânsito.
c) ministérios do poder executivo e captação de petróleo e gás.
d) fiscalização sanitária, saúde e educação.
e) educação e saúde e policiamento.

8. (FCC – MPE-AP – ANALISTA – 2012)


Um balanço das reformas na administração pública, implementadas ao final dos anos 90 no
Brasil, indica que avanços e impedimentos fazem parte de seus resultados. Avanços
houveram no planejamento e no aperfeiçoamento da capacidade de gestão do Estado, em
melhorias na prestação dos serviços públicos e na inovação. São impedimentos para o
desenvolvimento adequado das reformas:

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a) questões de sustentabilidade econômica, social e ambiental; população não aderente ao e-


gov.
b) desarticulação e incoerência entre reformas; a vontade política de membros do governo.
c) oscilação de moedas, gerando dificuldade em balanços de pagamento; baixa capacidade
empreendedora brasileira.
d) ausência de sistemas integrados facilitadores da net pública; baixa capacitação do pessoal
administrativo.
e) baixo índice de patentes e pesquisas acadêmicas voltadas à área pública; resistência sindical
para demissões.

9. (FCC – TRE-CE – ANALISTA – 2012)


A criação do DASP em 1938, com a definição da política de recursos humanos, de compra de
materiais e finanças e a centralização e reorganização da administração pública federal,
marca de forma inequívoca a passagem da forma de administração pública patrimonialista
para a estruturação da máquina administrativa do Brasil na forma

(A) burocrática.
(B) gerencial.
(C) estratégica.
(D) da nova gestão pública.
(E) funcional.

10. (FCC – ISS-SP – AUDITOR – 2012)


Um dos princípios norteadores da reforma do Decreto-lei no 200 que continuou orientando
o processo de modernização do estado brasileiro nas últimas décadas é o

(A) da formulação de diretrizes gerais para um plano de carreiras para cargos de nível
operacional.
(B) de reagrupamento de departamentos, divisões e serviços, visando a redução do número
de ministérios.
(C) da centralização dos processos de planejamento, coordenação e implementação das ações
governamentais.
(D) da expansão das empresas estatais e de órgãos da administração direta (secretarias).
(E) do fortalecimento e expansão do sistema de mérito por meio de concursos públicos.

11. (FCC – TRT 23° REGIÃO – ANALISTA – 2011)


O modelo de administração gerencial no Brasil

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a) foi introduzido pelo Decreto-Lei nº 200/1967, visando profissionalizar a administração


federal, reduzindo o nível de autonomia das empresas e autarquias e implantando o
Orçamento de Base Zero.
b) foi implementado com a criação do Departamento de Administração do Serviço Público
(DASP), em 1936, tendo por meta flexibilizar as funções gerenciais nas autarquias federais.
c) teve seu auge na segunda metade dos anos 1990, visando ao processo de fortalecimento da
responsabilização e autonomia dos níveis gerenciais e tentando implantar a gestão por
resultados na administração federal.
d) foi um movimento político iniciado no fim dos anos 1980 orientado para a privatização das
políticas sociais e fortalecimento dos controles externos formais da administração federal
e) foi introduzido no Brasil através do Programa Nacional de Desburocratização, tendo como
meta extinguir a burocracia formal e implantar a burocracia gerencial, voltada exclusivamente
para os processos.

12. (FCC – TRE/RN – ANALISTA ADM – 2011)


O principal objetivo do Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), publicado em 1995, foi

(A) reduzir o planejamento centralizado, transferindo os instrumentos de coordenação e


regulação do Aparelho de Estado federal para os governos estaduais.
(B) implantar a gestão por resultados, fortalecendo os sistemas de controle a posteriori da
ação governamental.
(C) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da
economia.
(D) propor a substituição do modelo patrimonial pela administração pública, com foco no
cidadão, reforçando os sistemas de controles burocráticos.
(E) fortalecer os órgãos centrais de planejamento estratégico do Estado, ampliando os
sistemas de controle de processos.

13. (FCC – TCE/RO – AUDITOR – 2010)


A Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério da Administração Federal e
Reforma do Estado (MARE), implantada nos anos 90, diferenciou-se da reforma proposta
pelo Decreto Lei no 200 de 1967 ao

(A) recuperar a capacidade de planejamento, coordenação e regulação do aparelho de Estado


federal sobre a administração indireta e fundacional.
(B) priorizar a eficiência e a flexibilização da gestão pública e fortalecer a posteriori os sistemas
de controle da atividade administrativa.
(C) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da
economia.

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(D) propor a substituição do modelo burocrático pela administração gerencial, com foco no
cidadão, reforçando os sistemas de controles a priori.
(E) enfatizar o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, ampliando e fortalecendo os
sistemas centralizados de controle de processos.

14. (FCC – MP/SE – ADMINISTRADOR – 2009)


A Reforma Administrativa de 1967, implementada pelo Decreto-lei federal no 200,

(A) cerceou a autonomia das entidades integrantes da Administração indireta, submetendo-


as às mesmas regras previstas para a Administração direta, como licitações e concurso
público.
(B) retomou o processo de centralização da atuação administrativa.
(C) introduziu mecanismos de parceria com instituições privadas sem fins lucrativos.
(D) desencadeou um movimento de descentralização da atuação estatal, com a transferência
de atividades a autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
(E) priorizou a atuação do Estado no fomento e regulamentação dos setores produtivos e a
sua retirada como prestador direto de serviços públicos.

15. (FCC – PGE/RJ – AUDITOR – 2009)


O Plano Diretor para a Reforma do Aparelho do Estado de 1995 definiu novos modelos de
organização para a Administração Pública Federal. São eles:

(A) as parcerias público-privadas, as autarquias e as fundações.


(B) os consórcios públicos, as organizações federais e as autarquias executivas.
(C) as organizações sociais, as agências reguladoras e as parcerias público-privadas.
(D) as organizações sociais, as agências executivas e as agências reguladoras.
(E) as agências executivas, as fundações e as organizações públicas não-estatais.

16. (FCC – PGE/RJ – AUDITOR – 2009)


Sobre a redefinição do papel do Estado, iniciada com as reformas administrativas do
governo Fernando Henrique Cardoso:

I. O Estado brasileiro deixou gradualmente de se orientar para a intervenção direta, deixando


que as atividades econômicas e as políticas sociais fossem operadas por mecanismos típicos
de mercado baseados na livre concorrência.
II. As Agências Reguladoras passaram a regular parte importante dos setores econômicos
privatizados.

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III. A principal inovação proposta pelo Plano Diretor de Reforma do Aparelho de Estado foi a
criação das Agências Executivas, que iriam substituir as estruturas de implementação de
políticas públicas subordinadas aos ministérios.
IV. O Núcleo Estratégico foi revalorizado através de políticas de recomposição salarial e
concursos dirigidos às carreiras de estado.
V. As Organizações Sociais, impostas aos ministérios da Saúde, Educação e Cultura,
substituíram as Autarquias e Fundações, a partir de 1995.
(A) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II.
(B) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V.
(C) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV.
(D) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV.
(E) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V.

17. (FCC – ISS-SP – AFTM – 2007)


O Programa Nacional de Desburocratização, implantado no início dos anos 80, idealizado
pelo Ministro Hélio Beltrão, caracterizou-se

(A) pela retomada dos conceitos contidos no Decreto-Lei no 200, de 1967, buscando, assim, a
atuação administrativa centralizada, sem, no entanto, deixar de lado a dimensão política do
governo.
(B) pela diminuição do peso das instituições burocráticas no serviço público, procurando
retomar alguns procedimentos tradicionais da rotina administrativa, não necessariamente
alinhados com a eficiência.
(C) pela implementação por meio de uma sólida base parlamentar de apoio, o que lhe forneceu
condições inéditas de sustentabilidade.
(D) por focalizar o usuário do serviço público e divulgar amplamente seus princípios
norteadores, concentrando-se na produção de mudanças no comportamento e na atuação da
burocracia pública.
(E) pela introdução, no setor público, de alguns estilos gerenciais baseados nos modelos e
princípios administrativos do setor privado, conseguindo, assim, a ampla adesão de empresas
estatais e dos principais grupos financeiros do País.

18. (FCC – ISS-SP – AFTM – 2007)


O Decreto-Lei no 200, que embasou a reforma administrativa de 1967, é considerado um
avanço na busca de superação da rigidez burocrática e é tido como um marco na introdução
da administração gerencial no Brasil. O referido diploma legal

A) estabeleceu mecanismos de controle de resultados e avaliação de desempenho dos entes


descentralizados.

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B) desencadeou um movimento de centralização progressiva das decisões no executivo


Federal.
C) introduziu uma política desenvolvimentista, fundada em parcerias com o setor privado.
D) promoveu a multiplicação de órgãos de planejamento junto às Administrações Públicas
federal, estadual e municipal, com o objetivo de formularem planos regionalizados de
fomento à indústria.
E) possibilitou a transferência de atividades para autarquias, fundações, empresas públicas e
sociedades de economia mista, visando a alcançar descentralização funcional.

19. (FCC – ISS-SP – AFTM – 2007)


Constitui exemplo do enrijecimento burocrático sofrido pela Administração Pública
contemporânea, após a edição da Constituição Federal de 1988,

(A) a generalização do procedimento licitatório também para os entes descentralizados, não


obstante a exclusão, em relação aos mesmos, da regra do concurso público.
(B) a transferência maciça de atribuições e recursos a Estados e Municípios.
(C) a subordinação dos entes descentralizados às mesmas regras de controle formal utilizadas
na Administração direta.
(D) a obrigatoriedade de isonomia salarial entre os diversos poderes.
(E) a não delimitação das atribuições e competências da União, Estados e Municípios, gerando
sobreposição de órgãos nas diversas esferas de governo.

20. (FCC – ISS-SP – AFTM – 2007)


A ideia de reengenharia do setor público conjuga as noções de reforma do Estado e reforma
do Aparelho do Estado, ambas presentes no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do
Estado. Dentro desse conceito, cabe distinguir, no denominado Aparelho do Estado,

(A) o núcleo estratégico, onde se exercem as atividades de definição de políticas públicas,


regulação, fiscalização e fomento dos setores de atuação exclusiva do estado, como os de
prestação de serviços de grande relevância social, sendo imprescindível a atuação direta do
setor público em ambos os setores.
(B) o núcleo estratégico, assim considerado o governo, em sentido lato, a quem cabe definir
as políticas públicas dos setores de regulamentação, fiscalização e fomento, sendo mais
adequado para a gestão das atividades deste último o estabelecimento de parcerias com a
iniciativa privada.
(C) os setores de atividades exclusivas, onde se exerce o poder extroverso do Estado − de
fiscalizar e regulamentar −; dos setores de serviços não exclusivos, onde o Estado atua
simultaneamente com organizações públicas não-estatais e privadas, como, por exemplo, nas
áreas da saúde e educação.

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(D) os setores próprios da atuação do Estado, denominado núcleo estratégico − definição de


políticas públicas, regulação, fiscalização e prestação de serviços públicos − dos setores que
devem ser reservados à atuação exclusiva do setor privado, como o de intervenção direta no
domínio econômico.
(E) os setores de atuação preferencial do estado, denominado núcleo estratégico, dos setores
de atuação preferencial do setor privado, consistente na intervenção direta no domínio
econômico e desempenho de serviços públicos não-exclusivos, cabendo ao Estado também
fomentar a atuação do privado na função de agente regulador.

21. (FCC – ISS-SP – AFTM – 2007)


O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, elaborado pelo Ministério da
Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), implementado nos anos 90, teve,
entre seus principais objetivos e diretrizes,

(A) propiciar a reforma do Aparelho do Estado, estabelecendo condições para que o Governo
possa aumentar sua governança, fortalecendo as funções de coordenação e regulação.
(B) aumentar a eficiência da gestão pública, privilegiando e fortalecendo os sistemas de
controle a priori da atividade administrativa.
(C) a profissionalização dos setores estratégicos da Administração e a ampliação da
participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia.
(D) a reforma do Estado, mediante a substituição do modelo burocrático pela administração
gerencial, com foco no cidadão, prescindindo, assim, de sistemas de controles a priori e a
posteriori.
(E) o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, com a modernização das estruturas
organizacionais, ampliando e fortalecendo os sistemas centralizados de controle de
processos.

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GABARITO

1. D 8. B 15. D
2. D 9. A 16. C
3. C 10. E 17. D
4. C 11. C 18. E
5. A 12. B 19. C
6. A 13. B 20. C
7. D 14. D 21. A

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LISTA DE QUESTÕES

1. (FGV – AL-RO – ANALISTA – 2018)


A reforma do Estado Brasileiro, materializada pelo Plano Diretor da Reforma do Aparelho
do Estado (PDRAE), foi responsável por viabilizar o desempenho de atividades estatais por
entidades não pertencentes ao aparato estatal, a exemplo das Organizações Sociais.
Assinale a opção que corresponde ao processo descrito no texto.

a) estatização.
b) privatização.
c) nacionalização.
d) publicização.
e) coletivização.

2. (FGV – TCM-SP – AGENTE – 2015)


A reforma do aparelho do Estado introduzida pelo Decreto-Lei nº 200 de 1967 trouxe
algumas iniciativas no sentido de romper com o modelo burocrático estabelecido por
Getúlio Vargas.
A reforma proposta centrava-se em diversos conceitos, EXCETO no de:

a) delegação de competência como instrumento de descentralização administrativa para


assegurar rapidez e objetividade.
b) planejamento de ação governamental com base em plano geral e plurianual, programas
gerais, setoriais e regionais.
c) execução descentralizada mediante convênio, contratos ou concessões com entes
federados e organizações privadas.
d) publicização de serviços públicos para organizações de direito privado como forma de
ampliação do atendimento em áreas fundamentais de políticas públicas.
e) controle imediato pela chefia competente para execução e observância de normas, bem
como por meio da especificação do TCU como órgão de controle externo.

3. (FGV – PGE-RO – ANALISTA – 2015)


A reforma do Estado no Brasil na implantação do modelo gerencial, durante a década de 90,
envidou esforços no sentido de:

a) definir racionalmente funções e responsabilidades por leis ou regulamentos.


b) aumentar os custos da máquina administrativa contratando novos servidores civis.

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c) estabelecer rotinas e procedimentos padronizados, visando previsibilidade e formalismo.


d) instituir um novo desenho de estruturas descentralizadas, buscando eficiência e
profissionalização.
e) organizar o trabalho de forma estável e duradoura em funções especializadas.

4. (FGV – TJ-PI – ANALISTA – 2015)


A reforma do Estado no âmbito do Decreto Lei nº 200/67 é amplamente conhecida pela
implantação da noção de administração direta e indireta.
Segundo diversos analistas e estudiosos, dado o conjunto de ações visando a sua
implementação, surgiram naquele momento da reforma consequências inadequadas,
dentre as quais destaca(m)-se:

a) ampliação do núcleo estratégico do Estado por meio do desenvolvimento da carreira de


gestor e ampliação excessiva dos concursos.
b) geração de práticas patrimonialistas na administração indireta por meio de contratações
sem concurso público, ocasionando nepotismo.
c) fortalecimento da rigidez excessiva da administração indireta e centralização das ações na
administração direta.
d) geração da expansão da administração direta, concentrando nessa a maior parte dos
investimentos do governo federal.
e) manutenção de relações pluralistas entre poderes, facilitando a aprovação dos orçamentos
submetidos pelo Executivo ao Congresso.

5. (FGV – DPE-RO – ANALISTA – 2015)


No Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado foram previstas algumas mudanças
institucionais relacionadas à ação do Estado. Dentre elas, destacou-se à época a estratégia
de publicização, visando à criação das Organizações Sociais que atuariam no setor do Estado
denominado:

a) Institucional-Legal.
b) Núcleo Estratégico.
c) Atividades Exclusivas.
d) Serviços Não-Exclusivos.
e) Bens e Serviços para o Mercado.

6. (FGV – TJ-GO – ANALISTA – 2014)


“A partir de 1995, com o governo Fernando Henrique, surge uma nova oportunidade para a
reforma do Estado em geral, e, em particular, do aparelho do Estado e do seu pessoal. Esta
reforma terá como objetivos: a curto prazo, facilitar o ajuste fiscal, particularmente nos

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Estados e Municípios, onde existe um claro problema de excesso de quadros; a médio prazo,
tornar mais eficiente e moderna a administração pública, voltando-a para o atendimento
dos cidadãos” (Bresser Pereira, 1996, p. 17). O texto do autor enseja uma possível
contradição inerente à teoria da nova administração pública, que pode ser percebida ao
analisar que esta buscava:

(A) facilitar o ajuste fiscal, mas reduzindo a idade mínima para aposentadoria;
(B) construir uma administração pública voltada para o atendimento dos cidadãos, mas
reduzindo o número de funcionários públicos;
(C) facilitar o ajuste fiscal, mas criando o incentivo financeiro por tempo de serviço (anuênio);
(D) facilitar o ajuste fiscal, mas mantendo a aposentadoria integral independente do tempo de
contribuição;
(E) construir uma administração pública voltada para o atendimento dos cidadãos, mas
==2852d7==

mantendo a inexistência de um teto remuneratório para os servidores.

7. (FGV – PREF. FLORIANÓPOLIS – ADINISTRADOR – 2014)


Na opinião de Luiz Carlos Bresser Pereira (1998), um estado norteado por uma cultura
burocrática não está a serviço dos cidadãos. É possível compreender essa afirmação do autor
se considerarmos que a reforma gerencial da Administração Pública no Brasil e a Nova
Administração Pública advogam que:

a) os serviços prestados ao Estado precisam ser realizados de forma competitiva;


b) a estabilidade dos servidores públicos precisa ser preservada e ampliada;
c) as contratações por meio de concurso público precisam ser ampliadas;
d) as empresas serão mais eficientes se administradas publicamente;
e) os serviços de educação e saúde precisam pertencer ao núcleo estratégico do Estado.

8. (FGV – FIOCRUZ – ANALISTA – 2010)


A intenção das reformas administrativas é a construção de um Estado novo, que surgirá
como resultado de reformas profundas que o habilitarão a desempenhar as funções que o
mercado não é capaz de executar.
Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir.

I. O objetivo é construir um Estado que responda às necessidades de seus cidadãos.


II. O objetivo é construir um Estado democrático, no qual seja possível aos políticos fiscalizar
o desempenho dos burocratas e estes sejam obrigados, por lei a lhes prestar contas.
III. O objetivo é construir um Estado no qual os eleitores possam fiscalizar o desempenho dos
políticos e estes também sejam obrigados por lei a lhes prestar contas.
Assinale:

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a) se somente a afirmativa I estiver correta.


b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se as afirmativas I, II e III estiverem corretas.

9. (FGV – FIOCRUZ – ANALISTA – 2010)


Dentre as várias razões para o interesse na reforma do Estado dos anos 90, segundo Bresser
Pereira (2001), a razão básica, provavelmente, se sustentava na percepção generalizada de
que não bastava o ajuste estrutural para se retomar o crescimento. Esse entendimento tinha
como referência os resultados do ajuste fiscal empreendido pelos países endividados na
década anterior, que apesar de positivos superando aspectos agudos da crise, não
possibilitou a retomada do crescimento.
A premissa neoliberal que estava por trás das reformas – de que o ideal era um Estado
mínimo, ao qual caberia apenas garantir os direitos de propriedade, deixando ao mercado a
total coordenação da economia – provou ser irrealista. Em outra análise, ficou claro que o
principal motivo da grande crise dos anos 80 foi o Estado (provocada por uma crise fiscal do
Estado, uma do tipo de intervenção estatal e uma crise da forma burocrática de
administração do Estado).
Com base na proposta de que um Estado mínimo não é realista e de que o fator básico
subjacente à crise econômica é a crise do Estado, analise as afirmativas a seguir que podem
representar soluções para esse problema.

I. A privatização do Estado ou a impermeabilidade dos patrimônios público e privado.


II. A reconstrução ou reformulação do Estado ao invés de seu definhamento.
III. A adoção de uma administração que não visa ao lucro mas à satisfação do interesse público.
Assinale:

a) se somente a afirmativa I for pertinente.


b) se somente a afirmativa II for pertinente.
c) se somente a afirmativa III for pertinente.
d) se somente as afirmativas I e II forem pertinentes.
e) se somente as afirmativas I e III forem pertinentes.

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GABARITO

1. D 4. B 7. A
2. D 5. D 8. E
3. D 6. B 9. B

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LISTA DE QUESTÕES

1. (VUNESP – EBSERH – ANALISTA – 2020)


As reformas administrativas empreendidas no Brasil tiveram como datas históricas de referência os
anos de

(A) 1930, 1967 e 1994.


(B) 1936, 1964 e 1988.
(C) 1942, 1971 e 2004.
(D) 1938, 1967 e 1995.
(E) 1930, 1964 e 1988.

2. (VUNESP – MPE-SP – ANALISTA – 2019)


No modelo estrutural de gerência pública, instituído no período pós-reforma de 95, novos formatos
organizacionais são indicados tornando as formas de propriedade e as atividades distintas dos
modelos adotados anteriormente. A partir dessa nova composição, é correto afirmar que

(A) somente as organizações estatais estão sujeitas ao controle governamental.


(B) as organizações públicas não-estatais ainda não são plenamente reconhecidas pelo Poder Público.
(C) no desenho institucional, a produção de bens e serviços para o mercado deve ser, prioritariamente,
de produção pública.
(D) as propriedades corporativas visam a defesa do interesse público.
(E) a regulação é uma atividade exclusiva do Estado, com impactos direto para as atividades de
propriedade privada.

3. (VUNESP – ARSESP – ANALISTA – 2018)


A gestão pública, até o início dos anos de 1980, caracterizava-se pela centralização decisória e
financeira na esfera federal. Atribui-se ao Decreto-Lei n° 200/67 o marco inicial da reforma
administrativa gerencial na Administração Pública brasileira e esse processo culmina na reforma
administrativa ocorrida em 1995. Em relação a esse modelo gerencial, é correto afirmar:

(A) impulsiona-se o processo de centralização político-administrativa e a municipalização das políticas


públicas, o que leva à transformação e ao fortalecimento das instituições democráticas no país.
(B) a característica central da gestão pública é a substituição da sociedade civil no processo de
formulação das políticas públicas, na implementação dos programas e no controle da ação
governamental.

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(C) busca a inserção e o aperfeiçoamento da máquina administrativa voltada para a gestão e a


avaliação a posteriori de resultados em detrimento ao controle burocrático e a priori de processos.
(D) trata-se de um processo que enseja mudanças na organização e no funcionamento do governo
federal, incorporando de forma diferenciada as diretrizes adotadas e o grau de institucionalização dos
canais de gestão burocrática.
(E) é baseado por um pensamento centralizador e autoritário, sendo, ainda mais, permeável aos
resquícios da administração patrimonialista, pressupondo uma racionalidade absoluta.

4. (VUNESP – ARSESP – ANALISTA – 2018)


A gestão pública, até o início dos anos de 1980, caracterizava-se pela centralização decisória e
financeira na esfera federal. Atribui-se ao Decreto-Lei n° 200/67 o marco inicial da reforma
administrativa gerencial na Administração Pública brasileira e esse processo culmina na reforma
administrativa ocorrida em 1995. Em relação a esse modelo gerencial, é correto afirmar:
==2852d7==

(A) impulsiona-se o processo de centralização político-administrativa e a municipalização das políticas


públicas, o que leva à transformação e ao fortalecimento das instituições democráticas no país.
(B) a característica central da gestão pública é a substituição da sociedade civil no processo de
formulação das políticas públicas, na implementação dos programas e no controle da ação
governamental.
(C) busca a inserção e o aperfeiçoamento da máquina administrativa voltada para a gestão e a
avaliação a posteriori de resultados em detrimento ao controle burocrático e a priori de processos.
(D) trata-se de um processo que enseja mudanças na organização e no funcionamento do governo
federal, incorporando de forma diferenciada as diretrizes adotadas e o grau de institucionalização dos
canais de gestão burocrática.
(E) é baseado por um pensamento centralizador e autoritário, sendo, ainda mais, permeável aos
resquícios da administração patrimonialista, pressupondo uma racionalidade absoluta.

5. (VUNESP – PREF. SÃO PAULO – ANALISTA – 2015)


O Brasil, nos últimos anos, pós-Constituição Federal de 1988, passou a experimentar um conjunto
de experiências voltadas ao aumento da participação social. Já se demonstra que há uma gama bem
diversa de experiências que variam em termos de seus desenhos, do grau de institucionalização e
dos resultados que promovem. De forma geral, no entanto, demonstra(m)-se como resultado(s)
concreto(s) das experiências de participação em curso:

(A) redução de custos de transação e garantia da heterogeneidade de interesses nas decisões tomadas
pelo poder público.
(B) envolvimento de mais atores no processo decisório e, assim, eliminação de pontos de veto.
(C) aceleração dos processos decisórios, reduzindo custos de transação para o poder público.
(D) promoção de decisões mais efetivas tomadas com maior rapidez pelo poder público em discussão
com atores privados.

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(E) heterogeneidade de atores envolvidos no processo decisório e contribuição para antecipação da


contestabilidade.

6. (VUNESP – PREF. SÃO PAULO – AUDITOR – 2015)


O instrumento balizador da reforma e modernização do Estado brasileiro, em 1995, rumo à Nova
Gestão Pública (NGP) que pretendeu eliminar, entre outras coisas, o elevado déficit de desempenho
da Administração Pública na prestação dos serviços públicos, foi o

(A) Plano de Reforma do Serviço Público.


(B) Plano Nacional de Desenvolvimento.
(C) Plano de Metas.
(D) Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado.
(E) Programa Nacional de Desburocratização.

7. (VUNESP – PREF. SÃO PAULO – AUDITOR – 2015)


Embora o Estado brasileiro se declare federalista desde a Constituição de 1891, alguns autores
dizem que esse federalismo é distinto do federalismo de outros países. Essa distinção mostra o
Estado brasileiro, principalmente em termos tributários, como uma federação com cunho
fortemente

(A) centralizador.
(B) descentralizador.
(C) democrático.
(D) desenvolvimentista.
(E) conservador.

8. (VUNESP – PC-CE – DELEGADO – 2015)


A partir de meados da década de 1990, a Administração Pública brasileira passou por uma revisão
no papel governamental e iniciou-se a chamada Administração Pública Pós-burocrática. Nesse
contexto, a Reforma Gerencial do Estado guiou-se pelo seguinte princípio:

(A) O Estado deve focalizar as suas competências e capacidades em atividades relacionadas à


educação, à saúde e à previdência.
(B) O Estado só deve atuar em áreas em que o setor privado não possui as competências e capacidades
necessárias na entrega de produtos e serviços à sociedade.
(C) O Estado tem por obrigação a promoção da cidadania e a inclusão social das pessoas menos
favorecidas e excluídas da sociedade.
(D) O Estado só deve executar diretamente as tarefas que são exclusivas de Estado, que envolvem o
emprego do poder de Estado, ou nas quais se apliquem os recursos do Estado.

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(E) O Estado deve valorizar a eficiência e a eficácia e, além disso, a participação de diferentes atores
nas decisões da Administração Pública.

9. (VUNESP – EMPLASA – ANALISTA – 2014)


Reordenar a posição estratégica do Estado na economia, transferindo, à iniciativa privada,
atividades indevidamente exploradas pelo setor público, é um dos objetivos da criação do

(A) Plano Diretor da Reforma do Estado – PDRE.


(B) Programa Nacional de Desestatização – PND.
(C) Programa Nacional de Desburocratização – PND.
(D) Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP.
(E) Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – PNGPD.

10. (VUNESP – DETRAN – AGENTE – 2013)


O Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado, de 1995, distinguiu quatro (4) setores estatais.
A um desses setores atribuiu-se a característica fundamental da ação do estado em conjunto com
organizações públicas não estatais e até privadas, o chamado 3.º setor. Esse setor, no Plano Diretor,
foi designado como

(A) Atividades Estratégicas.


(B) Serviços Não Exclusivos.
(C) Atividades Exclusivas.
(D) Núcleo Estratégico.
(E) Serviços Paraestatais.

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GABARITO

1. D 5. E 9. B
2. E 6. D 10. B
3. C 7. A
4. C 8. D

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