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Rodrigo
Rennó)
Ministério do Trabalho (Auditor Fiscal do
Trabalho - AFT) Administração Geral e
Pública - 2023 (Pré-Edital)
Autor:
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos, Rodrigo
Rennó
17 de Dezembro de 2022
Índice
1) Reformas Administrativas
..............................................................................................................................................................................................3
4) A Reforma de 1967
..............................................................................................................................................................................................
12
6) Governo Collor
..............................................................................................................................................................................................
22
7) A Reforma de 1995
..............................................................................................................................................................................................
24
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REFORMAS ADMINISTRATIVAS
As origens de nossa administração pública nascem, naturalmente, de nosso processo de colonização.
Durante séculos, fomos uma colônia portuguesa e muitos de nossos hábitos e de nossa cultura
organizacional foi “herdada” dos antigos costumes vindos de Portugal.
A administração no período colonial foi marcada especialmente por duas dinâmicas 1: um viés centralizador
e normatizador vindo da metrópole, e um viés descentralizador, baseado nas estruturas de poder local.
As principais instituições de poder estavam localizadas em Lisboa e tinham dificuldade em alcançar todo o
território nacional. O governo-geral, que cuidava de impor a ordem e regular a sociedade brasileira, era
caracterizado por um excesso de regras e procedimentos.
Ao mesmo tempo, o poder local (nas províncias) comandava de acordo com relações patrimonialistas e
personalistas. De acordo com Abrucio e outros 2, ==2852d7==
Durante todo o período colonial até o governo de Getúlio Vargas, a administração pública era dominada
pelo patrimonialismo e pelo clientelismo. A época conhecida como “República Velha” iniciou-se com a
proclamação da República e terminou com a revolução de 1930.
Neste período, a política do país foi controlada por grupos oligárquicos, principalmente de Minas Gerais e
São Paulo, que se revezavam no poder através da conhecida política do “Café com Leite”.
1
(Abrucio, Pedroti, & Pó, 2010)
2
(Abrucio, Pedroti, & Pó, 2010)
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Ocorreu um enfraquecimento do Estado Brasileiro nesta época, com uma perda de capacidade de
organização do poder central, que contava com os melhores quadros3. De acordo com Leal4,
“O sistema estadualista e oligárquico que prevaleceu na República Velha, ademais, tornou ainda
mais importante o modelo de patronagem no plano subnacional, pela via do coronelismo, uma vez
que era necessário arrebanhar mais eleitores para legitimar o processo político – embora as eleições
fossem marcadas pelas fraudes.”
Desta maneira, o Estado brasileiro era dominado por uma elite que garantia privilégios indevidos dentro da
máquina do governo para seus amigos e aliados.
A maior parte da população era excluída e não tinha participação na política do país. Até a revolução de
1930, a oligarquia agrária dominava o cenário político5.
A maior parte da população vivia no campo e a política era dominada pelos “coronéis” regionais. O poder
central tinha um peso muito menor do que apresenta hoje, com uma maior autonomia dos estados.
Apesar disso, a maior autonomia dos poderes locais não foi utilizada para a modernização das estruturas e
das práticas administrativas regionais.
Entretanto, duas experiências de sucesso no plano da administração pública foram geradas neste período: o
desenvolvimento das carreiras militares (forças armadas) e do corpo diplomático (Itamaraty).
Estas carreiras já nesta época detinham instituições meritocráticas e recursos que lhes permitiram ajudar o
país em seu desenvolvimento e até atuar politicamente. De certa forma, foram as nossas duas primeiras
burocracias profissionais.
3
(Abrucio, Pedroti, & Pó, 2010)
4
(Leal, 1996) apud (Abrucio, Pedroti, & Pó, 2010)
5
(Torres, 2004)
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Com a tomada do governo após o golpe revolucionário de 1930, outras classes se apoderaram do governo
federal, sendo dominantes alguns setores das forças armadas 1. Na esteira deste movimento, o Estado Novo
buscou centralizar o poder no governo federal, tirando poder e autonomia dos estados.
Na visão de Flávio Resende2:
“Até 1930, o Estado brasileiro era um verdadeiro mercado de troca de votos por cargos públicos;
uma combinação de clientelismo com patrimonialismo”.
Na época da revolução de 1930, o cenário nacional era de grande crise econômica, pois o “carro chefe” da
economia brasileira no momento era a cultura do Café e o mercado para o produto tinha despencado após
a crise da Bolsa de Nova York.
Com o “crash” da Bolsa, os mercados consumidores do produto, particularmente os Estados Unidos e a
Europa, entraram em uma grande recessão. Isto fez com que o preço do café despencasse no mercado
internacional.
Sem as divisas do Café, a economia brasileira não tinha como pagar as importações de produtos que a
sociedade demandava. Os recursos da venda do café no mercado exterior chegaram a representar mais de
sessenta por cento das divisas que entravam no país.
Alguma resposta teria de ser dada pelo novo governo. Getúlio Vargas então procurou fechar a economia e
buscar alternativas econômicas, voltando-se então para o mercado interno através de incentivos à
industrialização e da modernização da máquina estatal.
Com as barreiras aos produtos estrangeiros, os empresários brasileiros passaram a ter um grande incentivo
para investir, pois o mercado interno passava a ser protegido da concorrência internacional, e os
consumidores não tinham mais acesso aos produtos estrangeiros a preços competitivos. Isto deu um grande
impulso à nascente industrialização brasileira.
Além disso, com a aceleração da industrialização, começa também a ocorrer um crescimento da massa
urbana de trabalhadores, introduzindo outros “atores” no processo político.
Com a queda dos preços agrícolas, a economia rural perdeu força e seus trabalhadores passaram a ver as
cidades como um local mais atraente e com melhores e maiores oportunidades.
Como vimos, Vargas iniciou seu governo retirando poder dos governos estaduais, centralizando o poder na
União. O governo federal iniciou também uma maior intervenção econômica, saindo de um papel mais
passivo para outro mais ativo na promoção do desenvolvimento econômico.
Portanto, as saídas para a crise foram o protecionismo e o intervencionismo econômico. O Estado teve de
se estruturar para exercer estas funções, principalmente a segunda.
O velho modelo patrimonialista da administração pública não era mais adequado a uma economia
industrial cada vez mais complexa e competitiva!
1
(Bresser Pereira, 2001)
2
(Resende, 2004) apud (Paludo, 2010)
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Foi nesse contexto que se criou o Conselho Federal do Serviço Público Civil em 1936, depois transformado
em 1938 no Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP. De acordo com Lustosa da Costa3:
“O Dasp foi efetivamente organizado em 1938, com a missão de definir e executar a política
para o pessoal civil, inclusive a admissão mediante concurso público e a capacitação técnica do
funcionalismo, promover a racionalização de métodos no serviço público e elaborar o orçamento
da União.”
Portanto, o DASP introduziu um movimento de profissionalização do funcionalismo público, por meio da
criação de um sistema de ingresso competitivo e de critérios de promoção por merecimento para seus
servidores.
A criação do DASP deve ser vista, assim, como uma exigência da entrada do Estado brasileiro em uma nova
era de industrialização e de desenvolvimento capitalista.
O Estado deveria ser mais eficiente e imparcial em seu papel de incentivar e conduzir o crescimento
econômico e na oferta de novos serviços e direitos aos trabalhadores urbanos, que seriam a base política do
governo Getúlio Vargas. ==2852d7==
Aviso:
considerarem 1938 como o ano
em que o DASP foi instituído,
algumas bancas consideram
correto 1936!
Esta foi uma reforma ambiciosa, que tinha como modelo a Burocracia profissional de Weber. Segundo
Lustosa da Costa, foi a primeira tentativa sistemática de superar o modelo patrimonialista que tivemos na
administração pública brasileira:
“A reforma administrativa do Estado Novo foi, portanto, o primeiro esforço sistemático de
superação do patrimonialismo. Foi uma ação deliberada e ambiciosa no sentido da burocratização
do Estado brasileiro, que buscava introduzir no aparelho administrativo do país a centralização, a
impessoalidade, a hierarquia, o sistema de mérito, a separação entre o público e o privado. Visava
constituir uma administração pública mais racional e eficiente, que pudesse assumir seu papel na
condução do processo de desenvolvimento...” 4
Desta forma, os principais objetivos do DASP eram: A racionalização de métodos, processos e
procedimentos; a definição da política de recursos humanos, de compra de materiais e finanças e a
centralização e reorganização da administração pública federal5.
3
(Costa, 2008)
4
(Costa, 2008)
5
(Bresser Pereira, 2001)
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Com a introdução do modelo burocrático na administração pública brasileira, promovida pelo DASP,
fortaleceu-se o princípio da meritocracia, em que os servidores passaram a ser selecionados mediante
concurso público e promoção baseada em avaliações de desempenho 6.
Dentro deste âmbito, os princípios da Administração Científica, de Frederick Taylor, foram utilizados para
“nortear” a padronização e divisão do trabalho, bem como a profissionalização dos servidores.
Os princípios da Administração Científica eram os seguintes:
✓ Planejamento – substituir a improvisação pela ciência. Planejar o método a ser utilizado;
✓ Preparo – selecionar e treinar os empregados de acordo com suas aptidões e treiná-los para que
atinjam um melhor resultado;
✓ Controle – supervisionar o trabalho para que os resultados sejam atingidos;
✓ Execução – distribuir as atividades e responsabilidades, de maneira à disciplinar a execução das
tarefas.
6
(Paludo, 2010)
7
(Torres, 2004)
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“Assim, sem considerar a repressão política dura e autoritária, o governo Vargas tinha ainda dois
pilares importantíssimos de sustentação política: o controle da administração pública e a nomeação
dos dirigentes das províncias.”
Apesar disso, as mudanças não alcançaram toda a administração pública 8. O movimento reformista de
Vargas não conseguiu disseminar por completo as novas práticas.
Para certas carreiras foram introduzidos os concursos públicos, promoção por mérito e salários adequados.
Certos órgãos conseguiram uma maior profissionalização.
Ou seja, carreiras consideradas estratégicas para o sucesso deste novo Estado (como a dos diplomatas) eram
valorizadas – tendo um treinamento mais completo, garantias legais e salários competitivos9.
Entretanto, outras carreiras de nível mais baixo continuaram sob as práticas patrimonialistas e clientelistas,
com nomeações políticas, salários defasados e promoções somente por tempo de serviço. Com isso, a
Burocracia convivia com o patrimonialismo!
Foi também introduzida nesta época a noção de planejamento no orçamento público, ao invés deste
instrumento ser somente uma relação detalhada de despesas e receitas previstas. O Estado se preparava
então para atuar de forma mais ativa no desenvolvimento econômico.
Entretanto, o poder reformador do DASP dependia do apoio de Getúlio e seus poderes autoritários. Com o
final da segunda guerra mundial, passou a existir uma demanda maior por democracia e liberalização por
parte da sociedade brasileira.
O Brasil tinha “cerrado fileiras” com os aliados (Estados Unidos, Inglaterra e União Soviética) e os conceitos
de liberdade e democracia passaram a ser cobrados pelos cidadãos.
O próprio regime ditatorial começou a mostrar seu desgaste após 15 anos de existência. Com a saída de
Getúlio, voltamos a ter uma constituição democrática e tivemos a eleição de Dutra para a Presidência da
República.
Naturalmente, o DASP perdeu muito de sua força modernizadora com a saída de Vargas do poder em 1945.
Após esse momento, o departamento perdeu muitas de suas funções e passou a fazer um trabalho mais
rotineiro.
Com a volta do regime democrático, muitas das práticas patrimonialistas ganharam força com a barganha
política entre o presidente e o novo congresso. Ao final, o resultado da reforma foi o seguinte: a reforma
não se completou, nem tampouco foi revertida.
8
(Bresser Pereira, 2001)
9
(Torres, 2004)
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Comentários:
Perfeito. A criação do DASP por Getúlio Vargas na década de 30 teve, como objetivo primordial, a
substituição do modelo patrimonialista pela administração burocrática no Brasil.
Gabarito: correta
(CESPE – MI – ANALISTA)
Na área de administração de recursos humanos, o Departamento Administrativo do Serviço Público
(DASP) inspirou-se no princípio do mérito profissional para estruturar a burocracia.
Comentários
Exato. A reforma do DASP, ocorrida nos anos 30, buscou implementar o modelo burocrático no Brasil.
Ao contrário do que muitos pensam, a teoria da burocracia tem o profissionalismo e a impessoalidade
como seus pilares.
Deste modo, a ideia é a de que os melhores profissionais serão contratados e promovidos, tendo em
vista o melhor funcionamento possível da instituição. Assim, a instalação do mérito profissional como
um princípio da Administração Pública foi um dos objetivos da reforma do DASP.
Gabarito: certa
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RESUMO
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O período que se iniciou com a redemocratização em 1946 e terminou com o golpe militar de 1964 se
caracterizou pela preocupação dos governantes com o desenvolvimento nacional. Nesta fase ocorreu um
grande crescimento econômico, com a instalação de grandes multinacionais no país e a construção de
Brasília, inserida no plano de metas do governo JK.
Os principais fatores deste período foram: o aumento da intervenção do Estado e uma descentralização do
setor público através da criação de várias autarquias e sociedades de economia mista (que teriam mais
autonomia e flexibilidade do que a Administração Direta).
O governo Juscelino Kubitschek ficou marcado pelo que se chamou de Administração Paralela1. Seu estilo
era voltado a evitar ao máximo os conflitos, portanto quando tinha um problema a resolver ele preferia criar
outra estrutura estatal (normalmente uma autarquia) do que reformar ou extinguir alguma já existente.
Com isso ele “contornava” a administração direta, evitando ter de lidar com a ineficiência gerada pelas
práticas patrimonialistas e clientelistas (que continuavam existindo, tendo ocorrido inclusive um “trem da
alegria” em 1946 – a Constituição promulgada neste ano incorporou como servidores efetivos inúmeros
funcionários que haviam entrado no governo sem concurso público), bem como as disfunções da Burocracia
que já se mostravam presentes, como o excesso de “papelada” e lentidão2.
Os órgãos existentes não eram adequados aos desafios de seu governo. Em vez de reformá-los, ele preferiu
criar novos órgãos (paralelos aos existentes) para resolver os problemas.
Portanto, a administração do plano de metas do governo JK foi executada desta forma, evitando-se os órgãos
convencionais. A coordenação das ações fazia-se por meio de grupos executivos escolhidos diretamente
pela Presidência da República.
Desta forma, evidenciou-se o papel fundamental das chamadas “ilhas de excelência” (órgãos que contavam
com funcionários mais capacitados, que eram contratados por mérito e recebiam salários muito maiores do
que os da administração direta) no processo de desenvolvimento nacional que ocorreu naquela época. De
acordo com Lustosa3:
“Esse período se caracteriza por uma crescente cisão entre a administração direta, entregue ao
clientelismo e submetida, cada vez mais, aos ditames de normas rígidas e controles, e a
administração descentralizada (autarquias, empresas, institutos e grupos especiais ad hoc),
dotados de maior autonomia gerencial e que podiam recrutar seus quadros sem concursos,
preferencialmente entre os formados em think thanks especializados, remunerando-os em termos
compatíveis com o mercado. Constituíram-se assim ilhas de excelência no setor público voltadas
para a administração do desenvolvimento, enquanto se deteriorava o núcleo central da
administração.”
O modelo burocrático, que nem tinha sido completamente instalado em toda a administração pública,
mostrava-se então inadequado para uma sociedade cada vez mais complexa e para um país imenso, com
realidades muito diferentes e distâncias continentais.
Desta forma, começou a se formar um consenso de que o modelo burocrático deveria ser reformado.
1
(Martins, 1997)
2
(Junior, 1998)
3
(Costa, 2008)
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Neste contexto, a administração pública brasileira se mostrava cada vez menos adequada aos desafios de
um país em desenvolvimento acelerado. Assim, ficou evidente a necessidade de reformas em seu modelo.
Ainda no governo de João Goulart, formou-se a Comissão Amaral Peixoto, com o objetivo de coordenar
estudos para uma reforma do modelo administrativo no Brasil. O golpe militar de 1964 abortou essa
iniciativa. Todavia, algumas ideias foram aproveitadas na reforma de 1967, através do Decreto-Lei nº200 do
mesmo ano1.
Antes de iniciar uma análise mais profunda da reforma em si, temos de entender o contexto que existia na
época. O governo militar assumiu com uma proposta modernizadora do Estado. A economia estava
desequilibrada e a inflação estava aumentando. Existia uma análise de que a inflação era causada pelos
aumentos salariais acima do aumento da produtividade e por gastos excessivos do governo2.
Desta forma, uma série de iniciativas modernizadoras foram implementadas buscando criar um ambiente
mais propício ao crescimento econômico e a uma administração pública mais moderna e eficiente.
O plano econômico que buscava estabilizar a economia foi chamado de Programa de Ação Econômica do
Governo (PAEG). Dentre outras medidas, destacamos: a restrição do crédito e dos aumentos salariais, uma
reforma tributária (que reduziu impostos em cascata), a instituição da correção monetária nos contratos, a
criação do Banco Central (para administrar a emissão de moeda), a criação do Sistema Nacional da Habitação
e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
A reforma de 67 apareceu, portanto, como uma resposta às dificuldades que a máquina pública tinha com
o modelo burocrático que vinha desde os anos 30. De acordo com Andrews e Bariani3:
“A reforma de 1967 introduziu na administração pública procedimentos gerenciais típicos do setor
privado, abriu espaço para a participação do capital privado em sociedades de economia mista e
esvaziou um dos emblemas do Estado populista, o Departamento Administrativo do Serviço Público
(DASP). ”
Desta forma, os proponentes da reforma se baseavam em uma noção de que haveria uma defasagem cada
vez maior entre as demandas de um país em desenvolvimento e as capacidades da máquina pública. A
excessiva centralização do governo e a falta de planejamento tornavam a administração pública ineficaz,
ineficiente e irresponsável4.
O planejamento passou a ser encarado como uma condição imprescindível para que a Administração
Pública alcançasse uma maior racionalidade em seus programas e ações. Assim, o diagnóstico era de que
as ações do Estado não eram planejadas.
Dentre os “gargalos” que tinham de ser solucionados para que este planejamento pudesse ocorrer, podemos
incluir: a falta de profissionais capacitados no governo, um sistema de controle insuficiente e a falta de
supervisão das atividades do governo.
1
(Junior, 1998)
2
(Resende, 1990)
3
(Andrews & Bariani, 2010)
4
(Andrews & Bariani, 2010)
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Desta maneira, buscou-se uma maior descentralização das ações governamentais. Os órgãos centrais
teriam de ser liberados da execução das tarefas para poderem planejar, controlar e coordenar as ações e
programas governamentais.
Esta descentralização foi feita com a transferência de responsabilidades dos órgãos centrais para a
administração indireta. Além da descentralização, buscou-se flexibilizar para a administração indireta certos
procedimentos burocráticos que existiam na administração direta.
De acordo com o DL200, a descentralização ocorreria em três planos principais:
“a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de execução;
b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante
convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.”
5
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del0200.htm
6
(Andrews & Bariani, 2010)
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Desta forma, neste período a administração indireta ganhou uma grande autonomia, podendo contratar
sem concursos públicos, tendo facilidades em sua gestão que não existiam na administração direta.
Entretanto, a reforma não alterou os procedimentos básicos da administração direta, criando cada vez mais
um fosso que separou a administração indireta – mais capacitada, mais ágil e flexível - da administração
direta, que continuava com práticas clientelistas aliadas a um modelo rígido da burocracia que se somava a
baixos salários.
Esta realidade levou a um enfraquecimento do núcleo estratégico do Estado e a uma constante tensão entre
os órgãos centrais e as empresas e autarquias da administração indireta.
Isto ocorria porque a administração direta pagava menos e oferecia menos oportunidades aos seus
servidores. Logo, acabava gerando uma situação de conflito com os empregados das autarquias e fundações,
que estavam ligados a estes mesmos órgãos públicos (onde eram mal pagos e tinham diversas “amarras” em
sua gestão).
Esta autonomia dada à administração indireta levou a uma grande expansão da intervenção do Estado na
economia, com a criação de diversas empresas públicas, sociedades de economia mista e autarquias.
7
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
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Infelizmente a reforma não atingiu seus objetivos e levou a consequências desagradáveis. A maior
autonomia dada à administração indireta tornou mais fácil a continuação de práticas clientelistas e
patrimonialistas.
De acordo com Andrews e Bariani8:
“A diferenciação entre administração direta e indireta flexibilizou os controles burocráticos, mas,
apesar de buscar a maior eficiência da administração pública, criou novas oportunidades para a
captura do Estado por interesses privados. ”
Em certo momento, os governos militares perderam o controle da máquina pública. A administração indireta
cresceu excessivamente até o fim da década de 70, com a criação de inúmeras subsidiárias das empresas
públicas e a atuação do Estado em áreas que não deveriam ser prioritárias. Segundo Bresser 9:
“A reforma administrativa embutida no Decreto-Lei 200 ficou pela metade e fracassou. A
crise política do regime militar, que se inicia já em meados dos anos 70, agrava ainda mais a
situação da administração pública, na medida que a burocracia estatal é identificada com o sistema
autoritário em pleno processo de degeneração”
As crises do Petróleo, em 1973 e 1979, acabaram inviabilizando a administração para o desenvolvimento,
que já vinha desde os anos 50. O processo de endividamento público, que “empurrava” os investimentos
públicos na economia passou a ser insustentável. Os juros internacionais subiram muito nesta época e a
liquidez do mercado financeiro internacional caiu muito. Com isso, tomar dinheiro emprestado ficou muito
difícil.
Desta forma, o Estado, em grave crise fiscal e administrativa, teria cada vez menos condições de ser o indutor
do crescimento nacional.
(CESPE – AGU - AGENTE ADM.) As reformas realizadas por meio do Decreto-lei n.o 200/1967 não
desencadearam mudanças no âmbito da administração burocrática central, o que possibilitou a
coexistência de núcleos de eficiência e de competência na administração indireta e formas arcaicas e
ineficientes no plano da administração direta ou central.
Comentários:
A questão está certa. A reforma foi focada principalmente na administração indireta, pois os militares
(a exemplo do governo JK) não queriam se “indispor” com o corpo burocrático existente, preferindo
criar novas estruturas com outro modelo mais flexível. Isso levou a uma crescente diferenciação entre
a administração direta e a indireta.
Gabarito: correta
8
(Andrews & Bariani, 2010)
9
(Bresser, 1996) apud (Costa, 2008)
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B está incorreta. O que ocorreu foi uma descentralização e não uma centralização.
A letra C não constitui um dos aspectos da reforma de 67, portanto está incorreta. A parceria que
ocorreu foi com a iniciativa privada com fins lucrativos, através das sociedades de economia mista (que
contém capital público e privado).
A letra D está correta. Já a alternativa E está equivocada, pois o Estado não se retirou da prestação
direta de serviços públicos. O que ocorreu foi uma descentralização administrativa.
Gabarito: letra D
Sem o crescimento econômico que sustentava a lógica do sistema, os governos militares iniciaram uma
distensão política que acabaria por levar a uma anistia dos perseguidos políticos e à transição para o primeiro
governo civil.
Este primeiro governo de transição, o primeiro civil desde 64, ocorreu com a vitória de Tancredo Neves sobre
Paulo Maluf na eleição indireta (através do colégio eleitoral) em 1985.
No plano da administração pública, já em 1979, aconteceram iniciativas visando rever algumas distorções do
modelo burocrático. Portanto, já no governo militar, existiram novas tentativas de alterar o modelo
burocrático.
Em 1979 foi criado o Programa Nacional de Desburocratização, que levaria depois à criação do Ministério
da Desburocratização. Sob o comando de Hélio Beltrão, o programa visava à simplificação e racionalização
de métodos, em busca de tornar os órgãos públicos menos rígidos 10.
Além disso, Beltrão buscava redirecionar a máquina pública para o atendimento das demandas dos cidadãos.
De acordo com Beltrão11:
10
(Martins, 1997)
11
(Beltrão) apud (Paludo, 2010)
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“Deve-se retirar o usuário da condição colonial de súdito para investi-lo na de cidadão, destinatário
de toda a atividade do Estado”.
Desta forma, pela primeira vez aparece em um programa governamental a noção de que se deveriam voltar
as atenções do Estado para o atendimento dos cidadãos12.
Além disso, o enxugamento da máquina pública também foi proposto. Esta ação foi focada principalmente
nas áreas onde havia superposição e duplicidades13.
Iniciou-se também o processo de privatizações, buscando a saída do Estado de áreas que claramente não
deveria estar presente (têxteis, por exemplo). Cabe lembrar que este período foi marcado pela crise da dívida
dos países latino americanos.
Desta forma, o Brasil se via cada vez mais incapacitado de induzir o crescimento econômico. O modelo
desenvolvimentista “fazia água”, ou seja, chegava ao seu limite.
(CESPE - TCE-AC - ADMINISTRAÇÃO) No início dos anos 80 do século passado, com a criação do
Ministério da Desburocratização e do Programa Nacional de Desburocratização, registrou-se uma nova
tentativa de reformar o Estado na direção da administração gerencial.
Comentários:
A criação do Ministério da Desburocratização foi uma tentativa de reformar o Estado visando dar mais
agilidade e flexibilidade à máquina pública. A centralização administrativa e a lentidão da
administração em tomar decisões e resolver problemas eram vistos como os principais problemas na
administração pública.
Uma das ideias inovadoras foi a noção de que era necessário “tirar o contribuinte da situação de súdito
para colocá-lo na situação de cidadão, destinatário de toda a atenção do Estado”, ou seja, tratar o
cidadão com respeito.
Desta maneira, o Estado deveria oferecer melhores serviços e acabar com diversos controles
ineficazes. Estes controles somente tornavam a vida da população mais difícil sem gerar nenhum ganho
efetivo ao Estado.
Gabarito: certa
12
(Paludo, 2010)
13
(Junior, 1998)
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RESUMO
Origem
Princípios
Delegação de
Planejamento Descentralização Coordenação Controle
autoridade
Leva a crescimento
Administração Indireta ganha desordenado
autonomia e flexibilidade
Expansão da intervenção estatal
Consequências Indesejadas
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Apesar de eleito, Tancredo não chega a assumir a presidência. Ele acabou ficando doente na véspera da
posse. O país passou então dias lutando a beira da televisão ao seu lado. Infelizmente, a doença saiu vitoriosa
e Tancredo não chegou a governar.
Desta forma, seu vice, José Sarney, foi empossado em seu lugar. O primeiro problema que ocorreu foi que o
ministério tinha sido escolhido por Tancredo. Desta forma, Sarney teria de governar com a “equipe”
escolhida por Tancredo.
Assim sendo, ele utilizou a máquina pública para “assentar” várias correntes que apoiaram a sua coligação
na eleição indireta, inchando mais uma vez a estrutura governamental. O velho “troca troca” político voltava
a mostrar sua cara. Estes fatores não eram tão visíveis nos governos militares.
Desta forma, a democratização trazia seu custo, pois levou a um aumento do populismo e a um
voluntarismo político – a percepção da sociedade de que só faltava “vontade” para que a realidade fosse
alterada, que o processo democrático resolveria todos os problemas1.
Apesar da crise econômica e fiscal que o Estado se via naquele momento, a sociedade ainda via como ideal
um Estado desenvolvimentista, que promoveria o crescimento nacional. Seria um Estado que seguiria uma
política econômica Keynesiana (de investimento pesado na economia, a base de déficits públicos).
Assim sendo, a Constituição acabou seguindo nesta linha, tornando a revisão de vários de seus dispositivos
uma necessidade na década que se seguiu.
Com a redemocratização, o poder político volta a se descentralizar, ganhando força os governos estaduais
e até as prefeituras. Esse maior poder levará a grandes mudanças na estrutura estatal na assembleia
constituinte.
A Constituição Federal de 1988 foi concebida em um ambiente de crise econômica, de retorno à vida política
de personagens políticos que tinham sido perseguidos por muitos anos, e refletiu esse contexto de forças.
No plano administrativo, a Constituição:
➢ Levou à centralização administrativa;
➢ Limitou enormemente a autonomia da administração indireta, praticamente igualando as condições
entre administração indireta e direta;
➢ Retomou os ideais burocráticos da reforma de 1930 - administração pública volta a ser hierárquica e
rígida;
➢ Criou o Regime Jurídico único, incorporando diversos celetistas como estatutários e engessando a
situação (“status quo” é mantido);
➢ Criou privilégios descabidos para servidores, como aposentadorias integrais sem a devida
contribuição e estabilidade para antigos celetistas.
Desta forma, se no plano político a Constituição Federal de 88 foi um avanço, no plano administrativo foi
considerada um retrocesso2, pois a máquina estatal foi engessada e voltou a aplicação de normas rígidas e
inflexíveis para toda a administração direta e indireta.
1
(Bresser Pereira, 2001)
2
(Bresser Pereira, 2001)
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Além disso, foram concedidos diversos benefícios (alguns extremamente caros) sem que houvesse a
preocupação com a capacidade real do estado de cumprir com esses gastos.
Uma das razões para esse retrocesso foi a noção (equivocada), muito comum na época, de que uma das
razões da crise do Estado estaria na excessiva descentralização e na autonomia concedida à administração
indireta através do DL2003.
==2852d7==
3
(Bresser Pereira, 2001)
Ministério do Trabalho (Auditor Fiscal do Trabalho - AFT) Administração Geral e Pública - 2023 (Pré-Edital) 20
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RESUMO
Redemocratização em 1985
Reação ao clientelismo
Retrocesso
Afirmação de privilégios corporativistas
Burocrático
Resultados
Estabilidade
Criação de privilégios
Aposentadoria integral
Ministério do Trabalho (Auditor Fiscal do Trabalho - AFT) Administração Geral e Pública - 2023 (Pré-Edital) 21
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Governo Collor
Estas mudanças ocorridas com a nova Constituição acabam gerando um número muito maior de demandas
para o Estado brasileiro. A CF/88 gerou despesas para o Estado sem se preocupar com o financiamento
destas.
Esse cenário vai levar a uma hiperinflação no final da década de 80, quando aconteceu a primeira eleição
para presidente da República em três décadas1.
O vencedor, Collor, concorreu tendo como slogan “acabar com os marajás” do serviço público. A percepção
da sociedade naquela época era extremamente ruim do papel do Estado e dos servidores públicos.
A reforma de Collor, de viés neoliberal (visando a um estado dito mínimo), desejava reduzir a presença do
Estado na vida social e econômica da nação. Dentre diversas mudanças econômicas (troca de moeda,
congelamento e bloqueio de dinheiro em contas bancárias), buscou-se um forte ajuste fiscal2.
Neste processo, foram demitidos, ou postos em disposição, mais de cem mil servidores (muitos depois
conseguiram ser readmitidos judicialmente). Collor não reajustou os salários dos servidores, levando a um
grande arrocho salarial (a inflação era imensa na época).
O processo de privatização foi acelerado, tendo como objetivo a diminuição do tamanho do Estado. De
acordo com Torres 3:
“A rápida passagem de Collor pela presidência provocou, na administração pública, uma
desagregação e um estrago cultural e psicológico impressionantes. A administração pública sentiu
profundamente os golpes desferidos pelo governo Collor, com os servidores descendo aos degraus
mais baixos da autoestima e valorização social, depois de serem alvos preferenciais em uma
campanha política altamente destrutiva e desagregadora”
Após o impeachment de Collor, o sucessor Itamar Franco teve uma atuação tímida, tendo readmitido alguns
servidores e revertido algumas das ações de Collor.
1
(Bresser Pereira, 2001)
2
(Costa, 2008)
3
(Torres, 2004)
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RESUMO
Governo Collor
Ministério do Trabalho (Auditor Fiscal do Trabalho - AFT) Administração Geral e Pública - 2023 (Pré-Edital) 23
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A Reforma de 1995
Após a introdução do primeiro plano econômico a “domar” a hiperinflação (o Plano Real), o presidente
Itamar Franco conseguiu eleger seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso. Cardoso, por sua vez, nomeou
para o Ministério da Administração e Reforma do Estado o ex-ministro da Fazenda de Sarney, Bresser
Pereira.
A reforma administrativa não havia sido uma promessa de campanha de Cardoso, mas ele autorizou Bresser
a fazer um diagnóstico dos problemas da Administração Pública brasileira e a propor reformas à sociedade.
Estas propostas foram apresentadas no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE)1.
O retrocesso burocrático que ocorreu na Constituição Federal de 1988 estava levando o Estado a perder sua
capacidade de governança. Entretanto, antes do PDRAE não havia ainda uma proposta consistente de
reforma, apenas ideias gerais, como a percepção de que a globalização diminuía a importância dos Estados
e a capacidade de exercer suas funções.
A ideia de estado mínimo tampouco era vista como a solução do problema, pois não era aceita como
legítima pela população, que desejava que o Estado continuasse provendo os antigos serviços públicos do
Estado de Bem-Estar Social, mas com eficiência. De acordo com Bresser 2:
“Não estava interessado em discutir com os neoliberais o grau de intervenção do Estado na
economia, já que acredito que hoje já se tenha chegado a um razoável consenso sobre a
inviabilidade do Estado mínimo e da necessidade da ação reguladora, corretora, e estimuladora do
Estado.”
Bresser Pereira, então, buscou nas experiências internacionais algumas ideias que pudessem reposicionar o
Estado brasileiro e desenvolver nele a capacidade de enfrentar os novos desafios.
A experiência inglesa de reforma da administração pública foi das mais relevantes para que ele e sua equipe
montassem o PDRAE. O Plano Diretor tinha como meta implantar a administração gerencial na
administração pública brasileira.
Segundo o PDRAE, o Estado não carecia de governabilidade, mas sim de governança 3:
“O governo brasileiro não carece de “governabilidade”, ou seja, de poder para governar,
dada sua legitimidade democrática e o apoio com que conta na sociedade civil. Enfrenta,
entretanto, um problema de governança, na medida em que sua capacidade de implementar
as políticas públicas estava limitada pela rigidez e ineficiência da máquina administrativa”
De acordo com Lustosa, o projeto de reforma do Estado tinha como pilares4:
➢ Ajustamento fiscal duradouro;
➢ Reformas econômicas orientadas para o mercado que, acompanhadas de uma política industrial e
tecnológica, garantissem a concorrência interna e criassem condições para o enfrentamento da
competição internacional;
➢ A reforma da previdência social;
1
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
2
(Bresser Pereira, 2001)
3
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
4
(Costa, 2008)
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5
(Bresser Pereira, 2001)
6
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
7
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
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Setores Descrição
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Assim sendo, o tipo de propriedade ideal de cada um dos setores e o tipo de gestão que deveria ser buscado
também foram estabelecidos no Plano Diretor. De acordo com o PDRAE 8:
Decorrente desta análise, o Estado procurou reduzir sua presença na execução direta dos serviços públicos
(serviços de água, energia, telefonia, etc.). Vários destes serviços foram privatizados ou licitados às empresas
privadas. Esse esforço teria de ser acompanhado de instituições que fiscalizassem os novos concessionários
privados. Isto levou à criação das agências reguladoras.
O Estado também buscou, através da reforma, deixar de ser o executor de alguns dos serviços públicos de
interesse coletivo (como serviços de saúde, de educação, cultura etc.) e passar a uma atividade de fomento
da iniciativa privada sem fins lucrativos (público não-estatal). Este movimento levou à criação das
organizações sociais (OSs) e das organizações das sociedades civis de interesse público (OSCIPs).
Em relação à mudança na gestão, saindo de um controle de procedimentos e passando gradativamente a
uma cobrança de resultados, foi necessária a criação de duas novas figuras administrativas: os contratos de
gestão e as agências executivas, de modo a fornecer mais autonomia aos órgãos e às instituições da
administração indireta que se comprometessem com o alcance de metas.
8
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
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Controle de processos ou
procedimentos = controle
a priori
Controle de
resultados =
controle a
posteriori
Assim, podemos ver que a Reforma de 1995 está centrada em três dimensões9: formas de propriedade, tipos
de administração pública e níveis de atuação do Estado.
Para Lustosa, a reforma, tal como preconizada pelo PDRAE, poderia ser interpretada por cinco diretrizes
principais10:
• Institucionalização, considera que a reforma só pode ser concretizada com a alteração da base legal,
a partir da reforma da própria Constituição;
• Racionalização, que busca aumentar a eficiência, por meio de cortes de gastos, sem perda de
“produção”, fazendo a mesma quantidade de bens ou serviços (ou até mesmo mais) com o mesmo
volume de recursos;
• Flexibilização, que pretende oferecer maior autonomia aos gestores públicos na administração dos
recursos humanos, materiais e financeiros colocados à sua disposição, estabelecendo o controle e
cobrança a posteriori dos resultados;
• Publicização, que constitui uma variedade de flexibilização baseada na transferência para
organizações públicas não-estatais de atividades não exclusivas do Estado (devolution), sobretudo
nas áreas de saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia e meio ambiente;
• Desestatização, que compreende a privatização, a terceirização e a desregulamentação.
A Emenda Constitucional n° 19/98 inseriu mais um princípio constitucional, o da eficiência, buscou reformar
o regime jurídico dos servidores públicos, aumentou o período do estágio probatório e da estabilidade dos
novos servidores (de 2 para 3 anos), permitiu o estabelecimento dos contratos de gestão, dentre outras
alterações.
9
(Costa, 2008)
10
(Costa, 2008)
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(PGE/RJ – AUDITOR) O Plano Diretor para a Reforma do Aparelho do Estado de 1995 definiu novos
modelos de organização para a Administração Pública Federal. São eles:
(A) as parcerias público-privadas, as autarquias e as fundações.
(B) os consórcios públicos, as organizações federais e as autarquias executivas.
(C) as organizações sociais, as agências reguladoras e as parcerias público-privadas.
(D) as organizações sociais, as agências executivas e as agências reguladoras.
(E) as agências executivas, as fundações e as organizações públicas não-estatais.
Comentários
Dentre as inovações trazidas pela reforma de 1995 se encontram as organizações sociais, as agências
executivas e as agências reguladoras. Assim sendo, a alternativa D está correta e é nosso gabarito.
As autarquias e fundações já existiam nesta época e as parcerias público-privadas não se enquadram
em um modelo de organização para o Estado.
Gabarito: letra D
(MI – ADMINISTRADOR) O modelo de reforma do Estado brasileiro, posto em prática sob a ótica
neoliberal, mostrou-se eficaz na solução dos problemas socioeconômicos do país, pois estava
orientado para o desenvolvimento e levou em consideração a necessidade do Estado e sua construção
em novas bases.
Comentários
Esta frase tem dois problemas. A primeira, mais óbvia, é a de que a reforma do Estado ocorrida nos
anos 90 não resolveu os problemas socioeconômicos do país.
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Além disso, a reforma não foi voltada para o desenvolvimento, pois o Estado naquela época estava
mais focado na estabilização econômica, no fim da inflação.
Outro ponto que é problemático é que o governo que é mais identificado com a “ótica neoliberal” é o
de Collor, não o de Fernando Henrique Cardoso.
Entretanto, quando resolvemos provas de concurso temos de tentar “mapear” as ideologias inseridas
nos questionamentos da banca. Este segundo ponto pode ser considerado correto ou incorreto de
acordo com a opinião política do questionador, infelizmente.
Gabarito: errada
11
(Pacheco Filho & Winckler, 2005)
12
(Cechin, 2002) apud (Pacheco Filho & Winckler, 2005)
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proventos de aposentadoria com valor maior do que o salário da ativa, maior duração dos
benefícios e menor prazo de carência”.
Tendo esse quadro como “pano de fundo”, o governo FHC via a reforma da previdência como
importantíssima para resolver a crise fiscal por que passava o governo federal (e também os governos
estaduais).
Entretanto, o governo não teve muito sucesso com a tramitação da reforma, tampouco com a comunicação
com a sociedade. Cabe lembrar que qualquer reforma deste tipo é extremamente difícil, pois causa prejuízos
grandes concentrados para uma parcela da população (os servidores e funcionários na ativa) e geram um
benefício difuso para a sociedade como um todo, que não se mobiliza para a sua aprovação.
De acordo com Melo & Anastasia13,
“Uma das características centrais da PEC apresentada por Fernando Henrique Cardoso estava na
sua multidimensionalidade. Subestimando a resistência a ser enfrentada no Congresso e na
sociedade, “a reforma implicava mudanças nos fundos de pensão, no regime geral da
previdência social, e no dos servidores públicos”.
Após uma tramitação complicada pelo Congresso Nacional, o governo acabou conseguindo uma reforma
bem menos abrangente do que a desejada. De acordo com Melo 14,
“A reforma aprovada em 1998 mantinha “pouca relação com a inicialmente divisada pelo
Executivo”.
Com a reforma de 1998, deixou de existir a aposentadoria proporcional, aos 25 anos de serviço, no caso de
mulheres, e aos 30 anos de serviço, para os homens, passando-se a exigir o mínimo de 30 e 35 anos,
respectivamente.
Além disso, transformou o tempo de serviço em tempo de contribuição, dificultando as formas de contagem
de tempo de contribuição fictícias.
Abaixo, temos os principais itens da Reforma de 1998 na previdência do setor público:
13
(Melo & Anastasia, 2005)
14
(Melo, 2002) apud (Melo & Anastasia, 2005)
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Tabela 1 - Reforma da previdência para o setor público. Adaptado de: (Pacheco Filho & Winckler, 2005)
15
Esse ponto só foi regulamentado em 2102, com a criação do Funpresp (no Governo Federal).
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Como a reforma da previdência foi menos abrangente do que o esperado, não mudou muito o quadro do
déficit naquele momento. Somente com a reforma de 2003 (Emenda Constitucional n° 41/2003) no governo
Lula é que maiores mudanças foram possíveis no regime de previdência dos servidores públicos.
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RESUMO
Essência
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Produção de Bens e
Privada Gerencial
Serviços para o Mercado
BIBLIOGRAFIA
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QUESTÕES COMENTADAS
Vamos preencher a coluna 2? A Reforma do DASP foi feita no governo de Getúlio Vargas nos anos 30 do
século passado e foi a primeira iniciativa que buscou implementar o modelo weberiano (do seu autor,
Weber) de burocracia.
A reforma de 1967, do Decreto Lei 200, foi considerada como a primeira experiência que buscava
implementar um modelo gerencial no Brasil. E a restruturação do aparelho do Estado mencionada
ocorreu na reforma de 1995, que foi capitaneada pelo MARE de Bresser Pereira.
Gabarito: letra C
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(A) corresponde à área de atuação das empresas, abrangendo atividades econômicas voltadas ao
lucro.
(B) representa as atividades concedidas à inciativa privada.
(C) corresponde às atividades em que sua presença é imprescindível, seja por comando constitucional
ou pela exigência da incidência do poder de império.
(D) equivale ao setor em que o estado atua simultaneamente com outras instituições privadas ou
públicas não estatais.
(E) é o responsável pela definição das políticas públicas.
Comentários
Setores Descrição
É o setor em que são prestados serviços que só o Estado pode realizar. São
serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado - o poder de
regulamentar, fiscalizar, fomentar.
Atividades exclusivas Como exemplos temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a
previdência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do
cumprimento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de
serviços de saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à
educação básica, o serviço de emissão de passaportes, etc.
1
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
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Gabarito: letra E
(A) definir claramente os objetivos a serem alcançados pelas unidades da administração pública.
(B) superar a rigidez burocrática do serviço público.
(C) combater as práticas patrimonialistas do período anterior de administração pública.
(D) gerir por contratos a administração pública.
Comentários
A definição clara de objetivos a serem alcançados pela administração pública era um objetivo da reforma
gerencial, não do DASP.
Já a letra B não faz sentido. A reforma do DASP buscava implementar o modelo burocrático. Ainda não
existiam seus problemas e disfunções, como a rigidez. Já a letra C está perfeita e é o nosso gabarito.
Finalmente, o contratualismo é associado ao modelo gerencial, não ao burocrático.
Gabarito: letra C
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I. Na década de noventa, o Plano de Reforma do Estado tinha por meta redimensionar importantes
segmentos na esfera da Administração Pública. Por exemplo, teve a intenção de diminuir da presença
direta do Estado na prestação dos serviços públicos, graças à implantação de privatizações e
desestatizações.
II. A administração pública gerencial tem por características o clientelismo, o corporativismo e a
ausência de controle institucional.
III. A figura da agência executiva relaciona-se com o modelo de administração pública burocrática.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas I e II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
Comentários
A primeira frase está certa. A reforma de 1995 tinha as privatizações e também o processo de
publicização como uma maneira de reposicionar o Estado e dar espaço a iniciativa privada e ao terceiro
setor.
Já a segunda frase é absurda. O modelo que poderia ser mais associado ao clientelismo e ausência de
controle institucional seria o patrimonialista. Finalmente, a terceira frase está errada. A criação de
agências reguladoras e executivas está associado ao modelo gerencial, não ao burocrático.
Gabarito: letra A
I. Definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade.
II. Limitação da autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros
que lhe forem colocados à disposição para atingimento dos objetivos contratados.
III. Controle ou cobrança a posteriori dos resultados.
IV. Deslocamento da ênfase dos resultados (fins) para os procedimentos (meios).
Quais estão corretas?
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A primeira afirmativa está certa. A definição clara de objetivos era um objetivo da reforma e está
alinhada ao controle de resultados. Já a segunda está errada. A gestão por resultados deveria implicar
em maior autonomia e não menor autonomia do gestor.
A terceira frase está certa. O controle posterior, ou de resultados, está no centro do modelo gerencial.
Finalmente, a quarta frase este equivocada. É o contrário que ocorre, um deslocamento da ênfase nos
meios para uma ênfase nos fins.
Gabarito: letra B
==2852d7==
(A) O planejamento.
(B) A coordenação.
(C) A descentralização.
(D) A delegação de competência.
(E) A qualificação.
Comentários
Uma questão bem “decoreba” sobre a reforma de 1967. De acordo com o Decreto Lei n° 200 2:
“Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais:
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Contrôle.”
Gabarito: letra E
2
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del0200.htm
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documento orientador do plano, um dos reflexos dessa transformação seria a mudança de controle
de resultados_________para controle de resultados___________.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
A reforma de 1995, do governo Fernando Henrique Cardoso, buscava implementar o modelo gerencial.
Naturalmente, esse modelo está associado ao controle de resultados (posterior).
Já o modelo burocrático é alinhado ao controle de procedimentos, um controle prévio ou à priori.
Gabarito: letra C
A reforma de 1967 buscou uma maior descentralização das ações governamentais . Os órgãos
centrais teriam de ser liberados da execução das tarefas para poderem planejar, controlar e coordenar
as ações e programas governamentais.
Esta descentralização foi feita com a transferência de responsabilidades dos órgãos centrais para a
administração indireta. Além da descentralização, buscou-se flexibilizar para a administração indireta
certos procedimentos burocráticos que existiam na administração direta.
De acordo com o DL200, a descentralização ocorreria em três planos principais:
“a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de
execução;
b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e
mediante convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.”
Portanto, a descentralização envolveria a transferência de atribuições “dentro” da própria
administração direta (mediante a delegação de poderes e responsabilidades para os níveis inferiores –
nível operacional), a transferência de atividades para os estados e municípios e até mesmo da
Administração Pública para a iniciativa privada (através de concessões e contratos).
Gabarito: certa
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A Reforma do DASP foi feita no governo de Getúlio Vargas nos anos 30 do século passado e foi a primeira
iniciativa que buscou implementar o modelo burocrático no Brasil.
Essa reforma buscou criar regras meritocráticas para os concursos públicos. De acordo com Lustosa da
Costa3:
“O Dasp foi efetivamente organizado em 1938, com a missão de definir e executar a política para o pessoal civil, inclusive
a admissão mediante concurso público e a capacitação técnica do funcionalismo, promover a racionalização de métodos
no serviço público e elaborar o orçamento da União.”
Gabarito: letra A
a) política.
b) administrativa.
c) da previdência.
d) da privatização.
e) fiscal.
Comentários
3
(Costa, 2008)
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A reforma dos anos 90 foi realizada em um contexto de crise fiscal. Assim, algumas das medidas
executadas naquela época (como as privatizações, o saneamento das instituições bancárias e as
mudanças nas leis de responsabilidade fiscal estão englobadas na dimensão fiscal da reforma.
Gabarito: letra E.
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QUESTÕES COMENTADAS
Beleza. O Governo de Getúlio buscou realmente implementar o modelo burocrático através da criação
do DASP. De acordo com Lustosa da Costa1:
“O Dasp foi efetivamente organizado em 1938, com a missão de definir e executar a política para o pessoal civil,
inclusive a admissão mediante concurso público e a capacitação técnica do funcionalismo, promover a racionalização de
métodos no serviço público e elaborar o orçamento da União.”
A profissionalização da Administração Pública só foi realmente adotada na Reforma dos anos 30, no
Governo de Getúlio Vargas, que buscou implantar o modelo burocrático.
Gabarito: errada
1
(Costa, 2008)
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Gabarito: correta
A reforma de 1967 realmente realizou uma descentralização administrativa. De acordo com o Plano
Diretor da Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE3:
“A reforma operada em 1967 pelo Decreto-Lei 200, entretanto, constitui um marco na tentativa de superação da rigidez
burocrática, podendo ser considerada como um primeiro momento da administração gerencial no Brasil. Mediante o
referido decreto-lei, realizou-se a transferência de atividades para autarquias, fundações, empresas públicas e
sociedades de economia mista, a fim de obter-se maior dinamismo operacional por meio da descentralização
funcional. Instituíram-se como princípios de racionalidade administrativa o planejamento e o orçamento, o
descongestionamento das chefias executivas superiores (desconcentração/descentralização), a tentativa de reunir
competência e informação no processo decisório, a sistematização, a coordenação e o controle. ”
Gabarito: correta
2
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
3
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
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O conceito de Reforma do Estado é mais amplo mesmo do que o de Reforma do Aparelho do Estado.
De acordo com o PDRAE4:
“Estes conceitos permitem distinguir a reforma do Estado da reforma do aparelho do Estado. A reforma do Estado é
um projeto amplo que diz respeito às várias áreas do governo e, ainda, ao conjunto da sociedade brasileira, enquanto
que a reforma do aparelho do Estado tem um escopo mais restrito: está orientada para tornar a administração pública
mais eficiente e mais voltada para a cidadania.”
Gabarito: certa
O modelo gerencial não é uma ruptura do modelo burocrático, mas sim uma evolução. Além disso, o
próprio PDRAE menciona que o Núcleo Estratégico deve ter um misto de modelo burocrático com o
modelo gerencial.
Além disso, o PDRAE não buscava ampliar o modelo de Bem-Estar Social, pois foi criado em um
momento de crise fiscal.
Gabarito: errada
A Reforma de 1995 buscava exatamente aumentar a eficiência da máquina pública. Uma das suas
medidas foi até a inclusão do princípio da eficiência na CF. A afirmativa de que o objetivo seria tornar a
administração menos eficiente não faz sentido.
Gabarito: errada
4
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
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Durante o governo de Juscelino Kubitschek (JK), visando dar maior agilidade ao alcance dos
objetivos do plano de metas, a administração indireta passou a participar ativamente da execução
das políticas de governo, uma vez que a administração direta era tida como lenta e defasada.
Comentários
O governo Jk ficou marcado pelo que se chamou de Administração Paralela5. Seu estilo era voltado a
evitar ao máximo os conflitos, portanto quando tinha um problema a resolver ele preferia criar outra
estrutura estatal (normalmente uma autarquia) do que reformar ou extinguir alguma já existente.
Com isso ele “contornava” a administração direta , evitando ter de lidar com a ineficiência gerada
pelas práticas patrimonialistas e clientelistas (que continuavam existindo, tendo ocorrido inclusive um
“trem da alegria” em 1946 – a Constituição promulgada neste ano incorporou como servidores efetivos
inúmeros funcionários que haviam entrado no governo sem concurso público), bem como as disfunções
da Burocracia que já se mostravam presentes, como o excesso de “papelada” e lentidão6.
Gabarito: certa
A questão é capciosa. Essas medidas são associadas ao modelo gerencial, mas foram implementadas
pela Reforma de 1967, não pela reforma administrativa de 1995, que é relacionada com o Plano Diretor
de Reforma do Aparelho do Estado.
Gabarito: errada
Temos aqui uma "pegadinha" na área. O PDRAE, da reforma gerencial de 1995, não introduziu o modelo
racional-legal (que é outro nome para o modelo burocrático).
A reforma administrativa que introduziu o modelo burocrático no Brasil foi a reforma do DASP, dos anos
30.
Gabarito: errada
5
(Martins, 1997)
6
(Junior, 1998)
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O plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado foi criado pelo então MARE, ministério existente na
época do governo do presidente FHC. Ele foi pensado, naturalmente, tendo o Governo Federal como
foco, mas tinha sim o objetivo de impactar nas estruturas dos governos estaduais e municipais. Muitas
de suas iniciativas acabaram sendo adotadas pelos governos subnacionais.
Gabarito: certa
A reforma de 1967 teve como um dos seus objetivos claros a descentralização administrativa. Desta
maneira, a Administração Indireta foi fortalecida, com uma maior autonomia para empresas públicas e
fundações.
Gabarito: correta
O erro da questão está no seguinte trecho: "reduzir o poder da ação gerencial do Estado". Ora, como o
próprio nome indica (modelo gerencial), o objetivo era de ampliar o poder da ação gerencial do Estado,
conferindo-se mais autonomia para seus gestores e buscando uma gestão para resultados.
Gabarito: errada
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O começo da frase está certo, pois a reforma de 67 buscava sim reduzir a rigidez burocrática. O problema
da frase é que as atividades da administração foram descentralizadas e houve um aumento das
instituições da Administração Indireta.
Gabarito: errada
Negativo. A Constituição Federal de 1988 não mudou o cenário "estatizante" da atuação do Estado, com
uma participação grande em diversos setores da economia e um aumento dos direitos sociais que esse
Estado teria de passar a prover.
Desse modo, a CF/88 ampliou esse papel do Estado, e não reduziu.
Gabarito: errada
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Comentários
Pessoal, essa questão foi tirada do texto de Bresser Pereira, senão vejamos:
“No plano da administração pública voltou-se, com a Constituição de 1988, aos anos 30, ou seja, à época em que foi
implantada a administração burocrática clássica no Brasil. A Constituição irá sacramentar os princípios de uma
administração pública arcaica, burocrática ao extremo. Uma administração pública altamente centralizada,
hierárquica, rígida, fundamentalmente baseada na ideia do controle por processo e não por resultados e objetivos,
quando sabemos que a administração pública e também a administração de empresas modernas estão hoje baseadas
na descentralização, na administração matricial, nos sistemas de autoridade funcional convivendo com os de linha, na
confiança e no controle dos resultados, e não dos processos”.
Portanto, essa frase indica uma crítica ao "retrocesso burocrático" da Constituição Federal de 1988.
Gabarito: correta
Infelizmente, isso não ocorreu, A evolução da administração pública no Brasil ao longo do tempo não
garantiu que o modelo patrimonialista desaparecesse com a introdução de um novo modelo.
O que vemos, atualmente, é a coexistência de práticas e dos modelos, isto é, observam-se práticas
patrimonialistas, como o nepotismo e a corrupção (indesejáveis) e práticas burocráticas, (como o
formalismo, a hierarquia funcional e a impessoalidade), bem como alguns aspectos da administração
gerencial (como a gestão por resultados).
Gabarito: errada
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Comentários
A questão está errada, pois o Decreto-Lei nº 200/1967 descentralizou a administração pública (reforma
administrativa de 1967), entretanto, não estabeleceu mecanismo de avaliação de desempenho dos
entes descentralizados. Isso foi uma proposta feita nos anos 90.
Esses mecanismos não existiam na reforma de 1967.
Gabarito: errada
A frase está correta. A reforma do DASP foi mesmo uma tentativa de implementar um modelo de gestão
alinhado com a teoria da burocracia.
A banca copiou o enunciado da questão do seguinte texto:
“Vale registrar que os princípios da administração burocrática clássica foram introduzidos no país por intermédio da
criação, em 1936, do Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP, que representou não apenas a primeira
reforma administrativa do país, mas também a sedimentação dos princípios centralizadores e hierárquicos da
burocracia clássica.
Já os princípios da reforma gerencial da administração pública brasileira só foram trazidos para o nosso meio com a
edição do Decreto-lei 200/67, que constituiu, em essência, uma tentativa de superação da rigidez burocrática
anteriormente praticada. Foi este, certamente, o primeiro momento que se tentou implantar uma administração
gerencial no Brasil”.
Gabarito: correta
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Durante o regime militar, a reforma da administração pública foi a estabelecida pelo Decreto-Lei nº
200/1967, que com a descentralização administrativa ocorreram duas consequências:
➢ Contratação sem concurso público, logo, sem previsão de estabilidade e permitindo o retorno
do clientelismo;
➢ Certo “esquecimento” com a administração direta, que perdeu importância e, em grande
medida, também deixou de realizar concursos e de desenvolver carreiras específicas.
A obrigatoriedade de realizar concursos públicos só veio com a Constituição Federal de 1988.
Gabarito: errada
Perfeito. De acordo com Paludo7, os principais objetivos do DASP seriam: centralizar e reorganizar a
administração pública, modernizando-a, e combater práticas patrimonialistas de gestão.
Gabarito: correta
A questão é um pouco complexa, mas a frase está correta. O planejamento é sim um dos princípios da
reforma de 1967 e está no decreto.
E o que seria essa visão "tecnicista" do planejamento? Seria um planejamento feito "dentro do Estado",
sem uma discussão de suas diretrizes com a população, com a sociedade civil. Seria a ideia de um
planejamento construído pelo corpo burocrático, pelos técnicos do governo, mais focada em métodos
e ferramentas. Daí seu nome "tecnicista".
Gabarito: certa
7
Idem
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Foi exatamente o contrário o que ocorreu. Se no plano político a Constituição Federal de 88 foi um
avanço, no plano administrativo foi considerada um retrocesso, pois a máquina estatal foi engessada e
voltou a aplicação de normas rígidas e inflexíveis para toda a administração direta e indireta.
Além disso, foram concedidos diversos benefícios (alguns extremamente caros) sem que houvesse a
preocupação com a capacidade real do estado de cumprir com esses gastos.
Uma das razões para esse retrocesso foi a noção (equivocada), muito comum na época, de que uma das
razões da crise do Estado estaria na excessiva descentralização e na autonomia concedida à
administração indireta através do DL2009.
Gabarito: errada
8
(Costa, 2008)
9
(Bresser Pereira, 2001)
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A questão está incorreta, pois Bresser Pereira não postulava que a estabilidade “generalizada” era
positiva para a eficiência organizacional. Lembre-se de que ele estava envolvido na Reforma de 1995 e
na época buscava flexibilizar a estabilidade do servidor público.
Gabarito: errada
Questão de elevada complexidade. A questão faz alusão ao tipo de treinamento que existia na
administração pública nos anos 50 e 60 do século passado.
O enunciado foi retirado de um texto que está em um livro de Bresser, escrito em conjunto com outro
autor. De acordo com Bresser e Spink, ao avaliar os movimentos de reformas administrativas no país:
"Na década de 50, são estruturadas instituições voltadas ao treinamento administrativo, segundo um modelo
racionalista de eficiência e uma clara separação entre política e administração. Eficiência, efetividade, boa gerência e
pessoal qualificado tornam-se questões básicas discutidas por estas instituições, subsidiando os debates que ocorreram
ao longo da década de 60. Nos anos 70, as abordagens passam a integrar a questão do desenvolvimento, e as reformas
adquirem a função de propiciar uma base de apoio aos planos nacionais. Na década seguinte, com a crise econômica
e financeira, surge a necessidade de ajustes estruturais e adequações do orçamento aos níveis de receita disponível, e
a consequente retirada do controle estatal de diversas atividades, levando à redução do papel do Estado. Na década
de 90, o enfoque passou a ser na chamada Administração Pública Gerencial."
Infelizmente, essa questão fugiu bastante do que a banca costuma cobrar deste tema. A banca
simplesmente fez um "ctrl-c e ctrl-v" do trecho do livro, sem uma maior contextualização.
Gabarito: certa
Questão extremamente difícil. A banca apresenta um conceito trabalhado por Spink no livro "Reforma
do Estado e Administração Pública Gerencial". Para ele, a visão "técnico-voluntarista" de reforma seria
uma abordagem técnica (determinando o que deveria ser feito) e que só necessitaria que os políticos e
servidores "comprassem" o que tinha sido prescrito pelos reformadores. Por isso o "voluntarismo", já
que indica que a reforma associaria a "melhor técnica" ao desejo de mudança dos atores.
Entretanto, Spink afirma que essa visão "técnico-voluntarista" não levaria em conta o aspecto político
das mudanças (o que pode ou não ser aprovado politicamente) e que essa seria a causa do fracasso de
muitas tentativas de reformas administrativas.
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O erro da questão está exatamente nessa associação que o enunciado da questão faz da visão "técnico-
voluntarista" com a esfera política. Na sua justificativa, o Cespe menciona esse ponto. De acordo com o
Cespe10:
“Na verdade, a visão técnica voluntarista da reforma pressupõe uma abordagem pura da administração, separando-a
da esfera governamental e da esfera política e, não associando-a como descrito no item, apesar de condicionar a sua
efetividade a vontade dos líderes e disposição dos funcionários públicos de endossar e colocar a abordagem prescrita
em prática."
Bom, sem dúvida o gabarito é realmente questão errada. Entretanto, penso que o enunciado não
apresenta elementos suficientes para que os alunos pudessem apontar a validade ou não da frase, pois
não cita seu autor ou o contexto da frase.
Gabarito: errada
Foi exatamente o contrário que ocorreu. A reforma de 1967, também conhecida como reforma do
DL200, buscou uma descentralização administrativa. O poder de decisão foi transferido para a
Administração Indireta, como as empresas estatais e as autarquias.
O objetivo foi exatamente o de conferir maior autonomia para estas entidades e remover alguns dos
problemas causados pelo modelo burocrático em nossa máquina estatal.
Gabarito: errada
Perfeito. A Constituição Federal de 1988 transferiu competências e recursos para os entes subnacionais,
principalmente os municípios. Este movimento foi decorrente de uma percepção de que a
descentralização pode aprimorar a qualidade das políticas públicas, pois o ente que executa estas
políticas estaria mais próximo dos cidadãos necessitados e entenderia melhor suas necessidades.
Gabarito: certa
10
Fonte:
http://www.cespe.unb.br/concursos/DPF_12_ESCRIVAO/arquivos/DPF_ESCRIV__O_JUSTIFICATIVAS_
DE_ALTERA____ES_DE_GABARITO.PDF
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Esta frase tem dois problemas. A primeira, mais óbvia, é a de que a reforma do Estado ocorrida nos anos
90 não resolveu os problemas socioeconômicos do país.
Além disso, a reforma não foi voltada para o desenvolvimento, pois o Estado naquela época estava mais
focado na estabilização econômica, no fim da inflação.
Outro ponto que é problemático é que o governo que é mais identificado com a “ótica neoliberal” é o de
Collor, não o de Fernando Henrique Cardoso.
Entretanto, quando resolvemos provas de concurso temos de tentar “mapear” as ideologias inseridas
nos questionamentos da banca. Este segundo ponto pode ser considerado correto ou incorreto de
acordo com a opinião política do questionador, infelizmente.
Gabarito: errada
Questão totalmente equivocada! Para “começo de conversa”, não tivemos nenhuma reforma
administrativa no momento da independência do Brasil. O modelo patrimonialista já existia e era
praticado desde o tempo do Brasil Colônia.
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Além desse fato, o modelo patrimonialista não é de “grande importância” no governo do país. Temos
resquícios deste modelo, é certo, mas estas práticas são condenáveis.
Gabarito: errada
Perfeito. O DASP foi o responsável por executar a reforma da burocrática da década de 30 no Brasil. Seu
objetivo era o de modernizar o setor público, aumentando a sua eficiência. Infelizmente, depois vimos
as deficiências deste modelo na prática.
Gabarito: certa
O erro desta questão é o seguinte: O DASP era centralizador, não descentralizador. Devemos lembrar
que esta reforma foi feita por um regime ditatorial (o Estado Novo de Vargas), que buscava centralizar
o poder no governo federal e padronizar as práticas administrativas.
Gabarito: errada
Nem pensar. A Reforma do período Vargas, que instituiu o DASP buscou implantar o modelo
burocrático no Brasil. Assim, não poderia estar combatendo a “burocracia estatal” ao mesmo tempo,
não é verdade?
Getúlio Vargas sabia que o Estado brasileiro, ainda baseado em práticas patrimonialistas, precisava ser
reformado para que o país crescesse e se industrializasse. Entretanto, os problemas do modelo
burocrático só apareceram mais tarde.
Gabarito: errada
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Esta questão tem uma “pegadinha” que a torna incorreta. Nós tivemos reformas burocráticas (como a
dos anos 30) e reformas gerenciais (como a dos anos 90), mas nunca tivemos reformas patrimonialistas!
O modelo patrimonialista foi implantado aqui junto com a colonização portuguesa.
Desta maneira, nunca tivemos uma reforma administrativa que tivesse o objetivo de implementar o
modelo patrimonial. Típica questão que tenta pegar o candidato menos concentrado.
Gabarito: errada
Perfeito! O DASP foi criado no Governo Getúlio Vargas como um instrumento de racionalização da
máquina estatal brasileira. O Brasil estava passando por uma fase de transição econômica: deixando de
ser um país rural para ser um país industrializado.
Para poder impulsionar este movimento e, além disso, passar a fornecer melhores serviços para seus
cidadãos, o Estado deveria passar por uma reforma estruturante.
Gabarito: certa
Exato. A reforma do DASP, ocorrida nos anos 30, buscou implementar o modelo burocrático no Brasil.
Ao contrário do que muitos pensam, a teoria da burocracia tem o profissionalismo e a impessoalidade
como seus pilares.
Deste modo, a ideia é a de que os melhores profissionais serão contratados e promovidos, tendo em
vista o melhor funcionamento possível da instituição. Assim, a instalação do mérito profissional como
um princípio da Administração Pública foi um dos objetivos da reforma do DASP.
Gabarito: certa
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Esta frase é uma confusão só de conceitos. Para começar, a moderna burocracia não é “fruto do
estamento burocrático patrimonialista”, pois veio exatamente para buscar encerrar este modelo de
gestão patrimonialista. O caráter aristocrático do patrimonialismo é combatido no modelo burocrático,
com sua base na racionalidade e na legalidade.
Além disso, o modelo burocrático de gestão não está restrito ao setor público. Muitas empresas o
utilizam ainda hoje.
Gabarito: errada
Perfeito. A criação do DASP por Getúlio Vargas na década de 30 teve, como objetivo primordial, a
substituição do modelo patrimonialista pela administração burocrática no Brasil.
Gabarito: correta
A questão está certa. A reforma foi focada principalmente na administração indireta, pois os militares
(a exemplo do governo JK) não queriam se “indispor” com o corpo burocrático existente, preferindo criar
novas estruturas com outro modelo mais flexível. Isso levou a uma crescente diferenciação entre a
administração direta e a indireta.
Gabarito: correta
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Beleza. Realmente, muitos autores consideram a reforma do DL 200 de 1967 como o primeiro passo
para a implementação do modelo gerencial no país. O Cespe mesmo já considerou esta afirmativa como
correta e diversos momentos.
Gabarito: certa
Esta questão do Cespe reflete corretamente o caráter descentralizador da Constituição Federal de 1988.
A centralização que ocorreu no período militar (1964-85) levou ao ímpeto descentralizador da
Assembleia Constituinte.
Assim, a CF/88, de certa forma, foi uma reação aos vinte anos de centralização política na União.
Gabarito: correta
A Constituição de 88 não concedeu mais flexibilidade ao aparelho estatal, muito pelo contrário. A CF88
engessou a administração pública ao conceder estabilidade a milhares de celetistas, ao passar a exigir
os mesmos procedimentos burocráticos da administração indireta que já eram cobrados da
administração direta e ao retirar sua autonomia (principalmente em gestão de pessoas e no processo de
compra).
Desta forma, ocorreu um aumento da centralização administrativa.
Gabarito: errada
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Gabarito: errada
O primeiro erro desta questão é o fato de que a “Nova Gestão Pública” e o modelo gerencial significam
a mesma coisa. São sinônimos. Portanto, a frase não faz sentido, pois a NGP não poderia reunir
características positivas de si mesma.
A segunda afirmativa equivocada é que o modelo patrimonial não serviu de inspiração ou base para o
modelo gerencial. O que poderia ser dito é que a Nova Gestão Pública reuniu características positivas
do modelo burocrático, como a profissionalização e a valorização do mérito.
Gabarito: errada
Nem pensar! Tivemos diversas reformas administrativas no Brasil. A última reforma foi a do modelo
gerencial de 1995, detalhada no Plano Diretor para a Reforma do Aparelho do Estado.
Gabarito: errada
Esta questão tem uma “pegadinha”. Este período dos anos 50, que teve, principalmente, os governos
de Dutra, Vargas e Juscelino, não é classificado como um período autoritário.
Existiam eleições livres, liberdade de expressão etc. Portanto, as reformas não se guiavam por princípios
autoritários.
Gabarito: errada
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Em relação às reformas administrativas empreendidas no Brasil nos anos de 1930 a 1967, julgue o
item a seguir.
Nesse período, a preocupação governamental direcionava-se mais ao caráter impositivo das
medidas que aos processos de internalização das ações administrativas.
Comentários
Esta questão está correta. Nestas reformas, o tipo de administração que se buscava implantar era a
administração burocrática, que se guia pelo formalismo e “legalismo”. Assim, o controle ocorre em
torno dos procedimentos que devem ser seguidos, ou seja, o servidor deve cumprir as normas, acima de
tudo.
Com isso, não existe tanta preocupação com os processos e com os resultados dentro deste modelo de
administração. O que “importa” é que o funcionário cumpra os regulamentos e leis.
Gabarito: correta
A questão foi considerada correta, apesar de nem todos os autores concordarem como válida a
afirmação de que a reforma de 67 pode ser considerada o começo da administração gerencial no Brasil.
Em provas do Cespe, portanto, aceitem como correta esta afirmação do PDRAE.
Gabarito: correta
A criação do Ministério da Desburocratização foi uma tentativa de reformar o Estado visando dar mais
agilidade e flexibilidade à máquina pública. A centralização administrativa e a lentidão da administração
em tomar decisões e resolver problemas eram vistos como os principais problemas na administração
pública.
Uma das ideias inovadoras foi a noção de que era necessário “tirar o contribuinte da situação de súdito
para colocá-lo na situação de cidadão, destinatário de toda a atenção do Estado”, ou seja, tratar o
cidadão com respeito.
Desta maneira, o Estado deveria oferecer melhores serviços e acabar com diversos controles ineficazes.
Estes controles somente tornavam a vida da população mais difícil sem gerar nenhum ganho efetivo ao
Estado.
Gabarito: certa
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Esta questão trouxe uma “pegadinha” do Cespe. Os serviços não exclusivos não são atividades-meio
(como a função de Recursos Humanos, por exemplo), mas atividades-fim, ou seja, relativos a setores
como os de Educação e Saúde.
Gabarito: errada
O Estado oligárquico (que existiu na república velha, até 1930) não se caracterizou por uma rede de
proteção social (legislação trabalhista, seguro-desemprego, renda mínima, saúde gratuita, etc.), nem
por uma preocupação com os mais pobres.
O Estado brasileiro passou a se preocupar mais com uma rede de proteção social na época de Getúlio
Vargas.
Gabarito: errada
A questão está correta mesmo. Na época do Estado oligárquico a ideologia que predominava era a do
liberalismo, que recomendava um Estado chamado mínimo, que se limitava a oferecer segurança
(interna e externa) e justiça.
Como o Estado não provia serviços básicos à população carente, e não tinha políticas sociais que
trabalhassem a redução das desigualdades, a população mais desprotegida tinha como alternativas de
atendimento a caridade e as instituições religiosas. Estas ofereciam auxílio e proteção aos mais pobres
naquela época.
Gabarito: correta
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Pessoal, a questão está incorreta porque o controle a posteriori, ou por resultados, não se iniciou com
o DASP (Governo de Getúlio Vargas). O DASP introduziu a burocracia no Brasil, e como sabemos a
burocracia tem como característica o controle de procedimentos (a priori) e não o controle de resultados
(ou a posteriori).
Gabarito: errada
Foi o DASP, nos anos 30, que introduziu a administração burocrática no Brasil. Entre outras iniciativas,
vinculou a função orçamentária ao planejamento. Portanto a questão está incorreta, porque essa
realidade (a vinculação do orçamento ao planejamento) não estava “consagrada” nesta época, e sim foi
introduzida nesta época.
Gabarito: errada
A Administração para o Desenvolvimento foi um conjunto de ideias que se formou nos anos 50, tendo
como objetivo o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Dentro de seus princípios, existia a ideia de capacitar a Administração Pública para torná-la indutora da
modernização da sociedade.
O desenvolvimento deveria ser planejado, buscando-se suprir as lacunas e gargalos que estivessem
impedindo o crescimento econômico (a ideia do plano de metas – crescimento de 50 anos em 5 vinha
nesta ótica).
Este conceito prosperou até a crise do Estado nos anos 80, e levou à criação de muitas empresas estatais
e sociedades de economia mista. Cabe lembrar que JK não era contra o capital privado ou estrangeiro,
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tendo trazido diversos investidores de peso, mas via o Estado como indutor do planejamento da
economia nacional.
Gabarito: correta
Os grupos executivos foram criados por JK exatamente para evitar utilizar a estrutura rígida e
burocrática que já existia na época, e tampouco reformar esta estrutura.
O DASP, que introduziu a administração burocrática no Brasil na década de 30, perdeu muito de sua
predominância após a saída de Getúlio Vargas em 1945.
Apesar do DASP somente ter sido extinto na década de 80, após 45 passou a cumprir tarefas mais
rotineiras e perdeu muitas de suas competências, tendo perdido o apoio de um regime autoritário. Desta
forma o DASP, apesar de existente na época de JK, não foi utilizado para estruturar os grupos
executivos, órgãos que tentavam evitar o modelo burocrático introduzido pelo DASP.
Gabarito: errada
Dentro da ótica do planejamento estatal incluída no plano de metas era necessária uma coordenação
das ações e esforços, visando o cumprimento das metas e objetivos.
Os grupos executivos eram nomeados diretamente pelo Presidente da República, contendo executivos
de empresas privadas, militares e profissionais capacitados, que tinham a missão de implementar o
plano de metas em cada setor.
Estes grupos evitavam os canais originais dentro da máquina pública, pois estes eram lentos, rígidos e
dominados por interesses clientelistas. Eram estruturas Ad-hoc porque eram formados caso a caso, de
acordo com a necessidade no momento e tinham muito mais flexibilidade e autonomia, não se
norteando pelos princípios da administração burocrática.
Gabarito: correta
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Esta questão está correta. A dúvida dos alunos nesta questão se concentrou no papel do Conselho de
Desenvolvimento, pois os grupos executivos já foram mencionados nas questões anteriores. Este
instrumento (Conselho de Desenvolvimento) foi utilizado por JK como uma estratégia para dar mais
autonomia aos gestores do plano de metas de seu governo. De acordo com Ribeiro:
“A estratégia de JK para enfrentar possíveis embates com a burocracia foi a constituição de estruturas paralelas para
proceder reformas. Criaram-se os Grupos Executivos e o Conselho de Desenvolvimento, que atuavam na linha da
formulação política, paralelamente às atividades de rotina sob a responsabilidade da burocracia tradicional.”
O Conselho de Desenvolvimento tinha como um de seus objetivos a coordenação do planejamento e da
execução do plano de metas.
Gabarito: correta
Esta questão está incorreta, pois o Decreto nº 200 de 1967 não fechou a porta para a contratação de
pessoal sem concurso para o serviço público, muito pelo contrário! A contratação de pessoal através da
Administração Indireta sem o instituto do concurso público foi incentivada, ficando os concursos
públicos restritos à Administração Direta. De acordo com Bresser:
“A reforma, teve, entretanto, duas consequências inesperadas e indesejáveis. De um lado, ao permitir a contratação
de empregados sem concurso público, facilitou a sobrevivência de práticas clientelistas ou fisiológicas. De outro lado,
ao não se preocupar com mudanças no âmbito da administração direta ou central, que foi vista pejorativamente como
‘burocrática’ ou rígida, deixou de realizar concursos e de desenvolver carreiras de altos administradores.”
Gabarito: errada
A questão está incorreta, pois não ocorreu uma centralização funcional com o Decreto-lei n°200/67. A
Descentralização foi um dos princípios norteadores da reforma. Veja o seu artigo n° 10 abaixo:
“Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada.
§ 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais:
a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de execução;
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b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e
mediante convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.”
Gabarito: errada
A questão está incorreta, pois o Decreto n°200 só flexibilizou as formalidades burocráticas para a
administração indireta! A administração direta continuou com os mesmos entraves burocráticos
instituídos pelo DASP.
Gabarito: errada
A constituição de 1988 não acabou com a rigidez burocrática, muito pelo contrário! Ela foi considerada
um retrocesso burocrático, pois reintroduziu “amarras” formais ao modelo de administração, e forçou a
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adoção pela administração indireta dos mesmos controles burocráticos que existiam na administração
direta.
O próprio regime jurídico único foi uma medida que levou uma redução da flexibilidade no modelo de
administração.
Gabarito: errada
Uma das características principais da transição democrática e da nova constituição de 88 foi a reversão
==2852d7==
Apesar de Collor discordar de muitas ideias e princípios da Constituição Federal de 1988, o regime
jurídico único (RJU) não se chocava com os ideais da CF88. Pelo contrário, o RJU já estava previsto em
seu artigo n°39:
“Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas. ”
Gabarito: errada
O governo Collor não buscou centralizar a gestão dos serviços públicos. O contexto no início de seu
governo era de grave crise fiscal, hiperinflação e baixa eficiência da máquina estatal na prestação dos
serviços públicos.
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Dentre as iniciativas de Collor nesta área podemos citar o contrato de gestão implantado no Hospital
Sarah Kubitschek em Brasília, que antecipou muitos aspectos de flexibilização, controle de resultados e
aumento de autonomia que seriam depois tratados no PDRAE.
Gabarito: errada
A questão já começa incorreta na sua primeira oração. O Plano Diretor não foi executado ao longo de
toda sua década, pois só foi lançado em 1995, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Além disso, o PDRAE previa sim ser possível a mudança da cultura administrativa ao mesmo tempo em
que fosse mudado o sistema legal existente. Veja o trecho abaixo, retirado do PDRAE:
“No esforço de diagnóstico da administração pública brasileira centraremos nossa atenção, de um lado, nas condições
do mercado de trabalho e na política de recursos humanos, e, de outro, na distinção de três dimensões dos problemas:
(1) a dimensão institucional-legal, relacionada aos obstáculos de ordem legal para o alcance de uma maior eficiência
do aparelho do Estado; (2) a dimensão cultural, definida pela coexistência de valores patrimonialistas e principalmente
burocráticos com os novos valores gerenciais e modernos na administração pública brasileira; e (3) a dimensão
gerencial, associada às práticas administrativas. As três dimensões estão inter-relacionadas. Há uma tendência a
subordinar a terceira à primeira, quando se afirma que é impossível implantar qualquer reforma na área da gestão
enquanto não forem modificadas as instituições, a partir da Constituição Federal. É claro que esta visão é falsa. Apesar
das dificuldades, é possível promover já a mudança da cultura administrativa e reformar a dimensão-gestão do Estado,
enquanto vai sendo providenciada a mudança do sistema legal.”
A reforma administrativa que foi implantada no Brasil nos anos 30 não foi inovadora, pois o modelo
racional-legal (ou Burocrático) já havia sido implantado nos países desenvolvidos décadas antes.
Ao contrário do que está descrito na questão, a reforma esteve sim alinhada aos princípios da
administração científica.
Gabarito: errada
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A pegadinha desta questão é que, pelo PDRAE, as atividades exclusivas do estado podem sim ser
exercidas pela administração indireta. Ou seja, não são exclusivas da administração direta como está
escrito na questão acima. De acordo com o PDRAE:
“Atividades exclusivas – É o setor em que são prestados serviços que só o Estado pode realizar. São serviços em que se
exerce o poder extroverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. Como exemplos, temos: a cobrança
e fiscalização dos impostos, a polícia, a previdência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do
cumprimento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de saúde pelo Estado, o controle do
meio ambiente, o subsídio à educação básica, o serviço de emissão de passaportes, etc.“
Gabarito: errada
A questão tem uma “pegadinha” em seu final. As atividades não exclusivas não deveriam ser
privatizadas, e sim “publicizadas”. A diferença básica entre privatização e publicização é que a primeira
é um processo de devolução à iniciativa privada de empreendimentos produtivos com fins lucrativos e
que podem ser controlados pelo mercado.
Este processo foi conduzido com o objetivo de liberar o Estado destas atividades e ajustar a situação
fiscal. Já a publicização é um processo de transferir para o setor não-governamental sem fins
lucrativos atividades que, apesar de não serem exclusivas do Estado, devem ser incentivadas pelo
Estado como saúde, educação, pesquisa científica, cultura, etc.
Veja como o PDRAE menciona esta diferença abaixo:
“Para realizar essa função redistribuidora ou realocadora o Estado coleta impostos e os destina aos objetivos clássicos
de garantia da ordem interna e da segurança externa, aos objetivos sociais de maior justiça ou igualdade, e aos
objetivos econômicos de estabilização e desenvolvimento. Para realizar esses dois últimos objetivos, que se tornaram
centrais neste século, o Estado tendeu a assumir funções diretas de execução. As distorções e ineficiências que daí
resultaram deixaram claro, entretanto, que reformar o Estado significa transferir para o setor privado as atividades
que podem ser controladas pelo mercado. Daí a generalização dos processos de privatização de empresas estatais.
Neste plano, entretanto, salientaremos um outro processo tão importante quanto, e que no entretanto não está tão
claro: a descentralização para o setor público não-estatal da execução de serviços que não envolvem o exercício do
poder de Estado, mas devem ser subsidiados pelo Estado, como é o caso dos serviços de educação, saúde, cultura e
pesquisa científica. Chamaremos a esse processo de “publicização”.”
Este processo de publicização faz sentido, pois este setor não governamental muitas vezes é mais
eficiente do que o setor estatal na execução destes serviços, possibilitando a melhoria do atendimento
da população a custos mais baixos.
Gabarito: incorreta.
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QUESTÕES COMENTADAS
(A) accountability.
(B) desestatização.
(C) governança.
(D) publicização.
(E) privatização.
Comentários
A questão trata da Publicização, que constitui uma variedade de flexibilização baseada na transferência
para organizações públicas não-estatais de atividades não exclusivas do Estado (devolution), sobretudo
nas áreas de saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia e meio ambiente.
Esse conceito difere do de desestatização, que compreende a privatização, a terceirização e a
desregulamentação.
Gabarito: letra D
I. Publicização, que corresponde à assunção, pelo Estado, dos serviços próprios do denominado
Núcleo Estratégico.
II. Flexibilização, oferecendo aos gestores maior autonomia e estabelecendo o controle e cobrança de
resultados a posteriori.
III. Desestatização, que compreende a privatização, a terceirização e a desregulamentação.
Está correto o que consta APENAS em
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(A) I.
(B) I e II.
(C) II.
(D) II e III.
(E) III.
Comentários
Podemos "matar" a questão com uma definição de Lustosa. Para ele, a reforma, tal como preconizada
pelo PDRAE, poderia ser interpretada por cinco diretrizes principais1:
• Institucionalização, considera que a reforma só pode ser concretizada com a alteração da base
legal, a partir da reforma da própria Constituição;
• Racionalização, que busca aumentar a eficiência, por meio de cortes de gastos, sem perda de
“produção”, fazendo a mesma quantidade de bens ou serviços (ou até mesmo mais) com o
mesmo volume de recursos;
• Flexibilização, que pretende oferecer maior autonomia aos gestores públicos na
administração dos recursos humanos, materiais e financeiros colocados à sua disposição,
estabelecendo o controle e cobrança a posteriori dos resultados ;
• Publicização, que constitui uma variedade de flexibilização baseada na transferência para
organizações públicas não-estatais de atividades não exclusivas do Estado (devolution),
sobretudo nas áreas de saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia e meio ambiente;
• Desestatização, que compreende a privatização, a terceirização e a desregulamentação .
Dessa forma, podemos ver que a primeira frase descreve incorretamente o conceito de publicização. Já
as definições de flexibilização e de desestatização estão corretas.
Gabarito: letra D
(A) explorar de forma direta atividades econômicas, como indutor do crescimento fiscal.
(B) adotar o modelo desenvolvimentista, por intermédio da denominada publicização.
(C) atuar mais fortemente nas atividades de fomento, regulação e controle.
(D) estabelecer parcerias com as entidades do terceiro setor, para a privatização de setores como
saúde e educação.
(E) implantar o modelo gerencial, que preconiza maior centralização das atividades pela União.
1
(Costa, 2008)
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Comentários
A questão aborda a reforma do PDRAE. Para Lustosa, a reforma de 1995, tal como preconizada pelo
PDRAE, poderia ser interpretada por cinco diretrizes principais2:
• Institucionalização, considera que a reforma só pode ser concretizada com a alteração da base
legal, a partir da reforma da própria Constituição;
• Racionalização, que busca aumentar a eficiência, por meio de cortes de gastos, sem perda de
“produção”, fazendo a mesma quantidade de bens ou serviços (ou até mesmo mais) com o
mesmo volume de recursos;
• Flexibilização, que pretende oferecer maior autonomia aos gestores públicos na administração
dos recursos humanos, materiais e financeiros colocados à sua disposição, estabelecendo o
controle e cobrança a posteriori dos resultados;
• Publicização, que constitui uma variedade de flexibilização baseada na transferência para
organizações públicas não-estatais de atividades não exclusivas do Estado (devolution),
sobretudo nas áreas de saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia e meio ambiente;
• Desestatização, que compreende a privatização, a terceirização e a desregulamentação.
A letra A está incorreta, pois o Estado queria exatamente o contrário: deixar de operar diretamente
alguns serviços públicos e atividades econômicas.
A letra B está incorreta, pois o conceito de publicização não está alinhado ao modelo
desenvolvimentista, que busca induzir o crescimento econômico através da atuação direta e indireta do
Estado na economia.
A letra C está correta. A reforma de 1995 buscava tornar o Estado um melhor regulador da sociedade,
reposicionando o Estado para regular ao invés de executar diretamente.
A letra D está errada, pois o que a reforma buscava era a publicização (e não privatização) dos serviços
públicos. Finalmente, o modelo gerencial não queria centralizar, mas sim descentralizar a atuação do
Estado.
Gabarito: letra C
(A) a publicização refere-se ao processo de dar publicidade a todos os atos da Administração pública.
(B) a publicização refere-se ao processo de transferência da execução dos serviços públicos não
exclusivos para as OSCIPS, apenas.
(C) a administração dos museus deveria ser realizada em parceria entre o setor público estatal e o
setor público não-estatal.
(D) o serviço público de Educação deveria ser ofertado exclusivamente pela Administração pública
direta.
2
(Costa, 2008)
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(E) a produção para o mercado deveria ser uma atividade exclusivamente estatal.
Comentários
A letra A está incorreta. A publicização está associada a transferência de atividades não exclusivas do
Estado para organizações públicas não estatais. O conceito descrito pela banca é o do princípio da
publicidade.
Já o erro da letra B é que a publicização não está restrita às OSCIPs, mas pode alcançar outras
organizações públicas não estatais. A letra C está certa, pois a administração de museus (setor de
cultura) poderia ser feita por parcerias entre o Estado e organizações sem fins lucrativos.
A letra D está equivocada, pois a área de Educação é vista, pelo PDRAE, como setor de atividade não
exclusiva do Estado. Ou seja, poderia (como ocorre hoje) ser executada por organizações não estatais.
Da mesma forma, a letra E está errada. O setor de produção de bens e serviços para o mercado deveria
ser executado por empresas privadas.
Gabarito: letra C
(A) transferência de serviços não exclusivos do Estado, como Saúde, do setor estatal para o setor
público não estatal, passando tais serviços a ser exercidos por entidades que assumem a forma de
Organizações Sociais.
(B) retomada, pelo Estado, de atividades anteriormente delegadas à iniciativa privada, em caráter
subsidiário, tais como Educação e Saúde.
(C) estatização de empresas consideradas estratégicas de acordo com as prioridades estabelecidas
nos planos governamentais para o setor correspondente.
(D) reavaliação do processo de privatização, deixando a cargo do setor privado apenas as atividades
que não envolvam prestação de serviços públicos essenciais.
(E) criação de agências reguladoras para atuarem na fiscalização e normatização de atividades que
passaram a ser desempenhadas pelo setor privado mediante concessão ou autorização.
Comentários
Mais uma questão que cobra o conceito de Publicização. De acordo com Lustosa, a publicização 3:
"constitui uma variedade de flexibilização baseada na transferência para organizações públicas não-estatais de atividades
não exclusivas do Estado (devolution), sobretudo nas áreas de saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia e meio
ambiente."
3
(Costa, 2008)
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Gabarito: letra A
A banca está cobrando fatos que ocorrerão nos seguintes períodos: Varguismo (década de 30 até 45),
regime militar (período 64-85, mas a banca fala de 1967), redemocratização (1988 até 1995) e reforma
de FHC (1995 até 2002).
A letra A logo está correta e é o gabarito da banca. O IBGE foi mesmo criado no governo de Getúlio
Vargas, em 1938. Já o Banco Central foi criado em 1964, dentro do regime militar. Como a banca citou
a data de 1967, a questão poderia ter sido anulada. A descentralização política foi mesmo um efeito da
nova Constituição Federal de 1988 e o MARE foi sim criado no período FHC. Esse ministério foi chefiado
pelo Bresser Pereira e gerou o PDRAE.
Já a letra B está equivocada. O Regime Jurídico Único foi criado somente na CF/88. Foi o primeiro
estatuto do servidor é que veio no Varguismo. A flexibilização da estabilidade aconteceu na reforma de
1995, com a EC 19 de 1998 (e não no governo militar). Já o Sistema Financeiro Nacional foi criado em
1964, no regime militar.
A letra C está errada, pois a proposta de extinção do RJU veio no período FHC, e não no regime militar.
Outra incorreção é que o Decreto-lei 200, que diferenciou a Administração Direta da Indireta é do
governo militar (1967), e não do governo FHC.
A letra D está incorreta apenas pelo programa de qualidade, pois esse foi criado no Governo Collor, e
não no governo FHC.
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A letra E está também errada, pois o juizado de pequenas causas só foi criado nos anos 80, não no
governo Vargas. O BNDE (sem o S) foi criado em 1952 (e não no governo militar). Já as agências
reguladoras foram mesmo criadas no período FHC.
Gabarito: letra A
O setor das atividades exclusivas engloba aquelas funções que só podem ser exercidas pelo Estado,
como: fiscalização, regulamentação, policiamento, etc. Já os serviços não exclusivos são aqueles em que
poderia existir a participação tanto do Estado quanto da iniciativa privada. Dentre as áreas, poderíamos
citar: saúde, educação, etc.
Desta maneira, a alternativa correta só pode ser a letra D. Nesta opção temos: fiscalização sanitária
(atividade exclusiva) e saúde e educação (atividades não exclusivas). Entretanto, muitos candidatos
reclamaram da vírgula mal colocada na questão, pois teria confundido. Apesar disso, a banca não mudou
seu entendimento e manteve o gabarito na letra D.
Gabarito: letra D
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Esta questão fugiu um pouco do que a FCC costuma cobrar, mas dá para ser respondida até mesmo por
“eliminação”. A letra A está incorreta porque a dificuldade de implementar as reformas não tem relação
com o a sustentabilidade social ou o meio ambiente, por exemplo.
Já a letra B aponta alguns fatores relevantes, como a falta de vontade política de alguns governos e as
rupturas propostas por várias reformas, que acabam gerando muitas resistências por parte de diversos
atores. Dessa maneira, o gabarito é a letra B.
A letra C já começa errada, pois a oscilação da cotação das moedas internacionais (câmbio) não é
reconhecida como um aspecto central na falha das reformas administrativas brasileiras.
A letra D também está equivocada. O servidor público, em média, tem uma capacitação superior aos
seus equivalentes no setor privado. Portanto, este também não pode ser o fator.
Finalmente, a letra E também está errada. O baixo índice de patentes nacionais obviamente não tem
nenhuma relação com o fracasso das reformas administrativas.
Gabarito: letra B
(A) burocrática.
(B) gerencial.
(C) estratégica.
(D) da nova gestão pública.
(E) funcional.
Comentários
Questão bem tranquila da FCC. A reforma de 1938 do DASP, no governo de Getúlio Vargas, introduziu
o modelo burocrático no Brasil.
Gabarito: letra A
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(A) da formulação de diretrizes gerais para um plano de carreiras para cargos de nível operacional.
(B) de reagrupamento de departamentos, divisões e serviços, visando a redução do número de
ministérios.
(C) da centralização dos processos de planejamento, coordenação e implementação das ações
governamentais.
(D) da expansão das empresas estatais e de órgãos da administração direta (secretarias).
(E) do fortalecimento e expansão do sistema de mérito por meio de concursos públicos.
Comentários
Gabarito: letra E
4
(Warlich, 1984) apud (Junior, 1998)
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A letra A está errada. Alguns autores realmente consideram o Decreto Lei 200 como o primeiro passo
ao encontro da Administração Gerencial, mas esta reforma não reduziu a autonomia das empresas. O
que ocorreu foi o contrário – uma ampliação da autonomia da Administração Indireta.
A letra B também está equivocada, pois a reforma do DASP buscou implantar o modelo burocrático no
Brasil, não o modelo gerencial.
Já a letra A está correta e é o nosso gabarito. Apesar de muitos autores considerarem o DL 200/67 como
o passo inicial do modelo gerencial, é inegável que o seu auge ocorreu com a reforma de 1995.
A letra D está toda confusa e não faz sentido. O modelo gerencial não apareceu nos anos 80. Além disso,
não foi orientado para a privatização das políticas sociais.
Finalmente, a letra E também está errada porque o modelo gerencial não apareceu no Programa
Nacional de Desburocratização dos anos 80. Além disso, o foco do modelo gerencial não está nos
processos, mas nos resultados.
Gabarito: letra C
A primeira frase não faz nenhum sentido, pois o PDRAE buscava uma mudança no aparelho do Estado,
não uma descentralização política. Desta maneira, a alternativa A está incorreta.
A letra B está correta. A gestão por resultados foi um dos principais pontos buscados pelo PDRAE. Para
que este modelo funcione, é necessário que se deixe de controlar os procedimentos para que se possa
controlar os resultados.
A letra C está incorreta, pois o PDRAE não objetivava aumentar a participação direta do Estado na
economia, muito pelo contrário. A alternativa D também está equivocada. Os controles burocráticos
não foram reforçados.
Da mesma maneira, o controle de processos não era um dos objetivos do PDRAE. O objetivo era o
controle de resultados. Assim sendo, a letra E também está errada.
Gabarito: letra B
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A primeira alternativa não se relaciona a uma diferença entre a reforma de 1967 e a de 1995, estando,
desta forma, incorreta. A letra B está correta e é nosso gabarito.
A reforma de 1995 não buscou ampliar a participação direta do Estado na economia. Desta maneira, a
letra C está incorreta. Mais uma vez a FCC inverte os conceitos de controle a priori e controle a posteriori
para confundir os candidatos. Os controles reforçados em 95 foram os controles de resultados (controle
a posteriori). Assim sendo, a letra D está incorreta.
A letra E está igualmente incorreta pelo mesmo motivo da letra D.
Gabarito: letra B
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A primeira alternativa está errada, pois o Decreto 200/67 fez exatamente o contrário, ou seja, ampliou a
autonomia destas entidades integrantes da Administração Indireta. Pelo mesmo motivo, a alternativa
B está incorreta. O que ocorreu foi uma descentralização e não uma centralização.
A letra C não constitui um dos aspectos da reforma de 67, portanto está incorreta. A parceria que
ocorreu foi com a iniciativa privada com fins lucrativos, através das sociedades de economia mista (que
contém capital público e privado).
A letra D está correta. Já a alternativa E está equivocada, pois o Estado não se retirou da prestação direta
de serviços públicos. O que ocorreu foi uma descentralização administrativa.
Gabarito: letra D
Dentre as inovações trazidas pela reforma de 1995 se encontram as organizações sociais, as agências
executivas e as agências reguladoras. Assim sendo, a alternativa D está correta e é nosso gabarito.
As autarquias e fundações já existiam nesta época e as parcerias público-privadas não se enquadram em
um modelo de organização para o Estado.
Gabarito: letra D
I. O Estado brasileiro deixou gradualmente de se orientar para a intervenção direta, deixando que as
atividades econômicas e as políticas sociais fossem operadas por mecanismos típicos de mercado
baseados na livre concorrência.
II. As Agências Reguladoras passaram a regular parte importante dos setores econômicos
privatizados.
III. A principal inovação proposta pelo Plano Diretor de Reforma do Aparelho de Estado foi a criação
das Agências Executivas, que iriam substituir as estruturas de implementação de políticas públicas
subordinadas aos ministérios.
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IV. O Núcleo Estratégico foi revalorizado através de políticas de recomposição salarial e concursos
dirigidos às carreiras de estado.
V. As Organizações Sociais, impostas aos ministérios da Saúde, Educação e Cultura, substituíram as
Autarquias e Fundações, a partir de 1995.
(A) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II.
(B) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V.
(C) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV.
(D) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV.
(E) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V.
Comentários
A primeira frase não está correta, pois a reforma não teve como um dos seus objetivos que as políticas
sociais fossem operadas por mecanismos de livre mercado. A alternativa B está correta, pois as agências
reguladoras efetivamente passaram a regular diversos setores (como o telefônico) que passaram pelo
processo de privatização.
Terceira frase é questionável, pois não consideramos a criação das agências executivas como a principal
inovação proposta pela reforma de 1995. De qualquer maneira, a banca considerou esta afirmação como
correta. Já a quarta afirmação é perfeita. O núcleo estratégico foi reforçado e as carreiras de Estado
voltaram a receber concursos de forma mais constante.
A quinta afirmação está incorreta, pois as OS´s não foram impostas aos ministérios, nem substituíram
as autarquias e fundações.
Gabarito: letra C
(A) pela retomada dos conceitos contidos no Decreto-Lei no 200, de 1967, buscando, assim, a atuação
administrativa centralizada, sem, no entanto, deixar de lado a dimensão política do governo.
(B) pela diminuição do peso das instituições burocráticas no serviço público, procurando retomar
alguns procedimentos tradicionais da rotina administrativa, não necessariamente alinhados com a
eficiência.
(C) pela implementação por meio de uma sólida base parlamentar de apoio, o que lhe forneceu
condições inéditas de sustentabilidade.
(D) por focalizar o usuário do serviço público e divulgar amplamente seus princípios norteadores,
concentrando-se na produção de mudanças no comportamento e na atuação da burocracia pública.
(E) pela introdução, no setor público, de alguns estilos gerenciais baseados nos modelos e princípios
administrativos do setor privado, conseguindo, assim, a ampla adesão de empresas estatais e dos
principais grupos financeiros do País.
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Comentários
A alternativa A está errada, pois Beltrão não buscou uma centralização administrativa, mas o contrário.
A letra B não faz nenhum sentido e está incorreta, pois a eficiência foi sim um objetivo e não foram
retomados procedimentos tradicionais da rotina administrativa (o objetivo foi exatamente rever estes
procedimentos).
A letra C também está incorreta, pois o Programa de Desburocratização buscava uma reforma
administrativa, e não política. Cabe lembrar que este foi um período em que o Brasil era comandado por
um governo militar. Não estávamos em uma democracia.
A letra D está correta e é nosso gabarito. Já a letra E está incorreta, pois um dos objetivos do Programa
era conter a expansão da Administração Indireta. Portanto, não contou com o apoio das empresas
estatais.
Gabarito: Letra D
A primeira frase não está correta, pois a reforma não trouxe a avaliação de desempenho como um dos
seus aspectos. A segunda alternativa também está incorreta, pois houve uma descentralização
administrativa, e não o contrário.
A terceira frase está incorreta, pois a reforma não introduziu uma política desenvolvimentista. A reforma
foi sim uma tentativa de adaptar a máquina pública a esta política desenvolvimentista.
Já a letra D está errada, pois o Decreto lei 200 teve abrangência somente no plano Federal, não nas
esferas dos estados e municípios, tampouco buscou formular planos regionalizados de fomento à
indústria.
Gabarito: Letra E
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(A) a generalização do procedimento licitatório também para os entes descentralizados, não obstante
a exclusão, em relação aos mesmos, da regra do concurso público.
(B) a transferência maciça de atribuições e recursos a Estados e Municípios.
(C) a subordinação dos entes descentralizados às mesmas regras de controle formal utilizadas na
Administração direta.
(D) a obrigatoriedade de isonomia salarial entre os diversos poderes.
(E) a não delimitação das atribuições e competências da União, Estados e Municípios, gerando
sobreposição de órgãos nas diversas esferas de governo.
Comentários
A Constituição de 1988 não retirou a exigência de concursos públicos, pelo contrário. Desta forma, a
alternativa A está errada. A transferência de recursos e atribuições a municípios e estados não se
relaciona com o enrijecimento burocrático. Portanto, a frase também está incorreta.
A letra C está perfeita. A alternativa D descreve uma das mudanças trazidas pela CF/88. Alguns autores
ligam esta isonomia salarial entre os poderes como um exemplo de enrijecimento da máquina pública.
A banca, entretanto, não considerou desta forma.
A letra E também se relaciona com a reforma política e não com o enrijecimento burocrático. Desta
forma, a letra E está errada.
Gabarito: letra C
(A) o núcleo estratégico, onde se exercem as atividades de definição de políticas públicas, regulação,
fiscalização e fomento dos setores de atuação exclusiva do estado, como os de prestação de serviços
de grande relevância social, sendo imprescindível a atuação direta do setor público em ambos os
setores.
(B) o núcleo estratégico, assim considerado o governo, em sentido lato, a quem cabe definir as
políticas públicas dos setores de regulamentação, fiscalização e fomento, sendo mais adequado para
a gestão das atividades deste último o estabelecimento de parcerias com a iniciativa privada.
(C) os setores de atividades exclusivas, onde se exerce o poder extroverso do Estado − de fiscalizar e
regulamentar −; dos setores de serviços não exclusivos, onde o Estado atua simultaneamente com
organizações públicas não-estatais e privadas, como, por exemplo, nas áreas da saúde e educação.
(D) os setores próprios da atuação do Estado, denominado núcleo estratégico − definição de políticas
públicas, regulação, fiscalização e prestação de serviços públicos − dos setores que devem ser
reservados à atuação exclusiva do setor privado, como o de intervenção direta no domínio econômico.
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(E) os setores de atuação preferencial do estado, denominado núcleo estratégico, dos setores de
atuação preferencial do setor privado, consistente na intervenção direta no domínio econômico e
desempenho de serviços públicos não-exclusivos, cabendo ao Estado também fomentar a atuação do
privado na função de agente regulador.
Comentários
A alternativa A está errada, pois o núcleo estratégico não se relaciona com as atividades de regulação,
fiscalização e fomento. Estas atividades estão ligadas ao setor de atividades exclusivas.
A letra B também está incorreta, pois além dos motivos já citados, o núcleo estratégico não deve buscar
a parceria com a iniciativa privada na execução de suas atividades específicas.
A letra C está correta e é o nosso gabarito. A alternativa D está absurda, pois o núcleo estratégico não
abrange todas aquelas atividades, nem o setor privado deve ter atuação exclusiva na intervenção no
domínio econômico.
A letra E está errada também está equivocada, pois as atividades não exclusivas não são destinadas
preferencialmente ao setor privado.
Gabarito: letra C
(A) propiciar a reforma do Aparelho do Estado, estabelecendo condições para que o Governo possa
aumentar sua governança, fortalecendo as funções de coordenação e regulação.
(B) aumentar a eficiência da gestão pública, privilegiando e fortalecendo os sistemas de controle a
priori da atividade administrativa.
(C) a profissionalização dos setores estratégicos da Administração e a ampliação da participação
direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia.
(D) a reforma do Estado, mediante a substituição do modelo burocrático pela administração
gerencial, com foco no cidadão, prescindindo, assim, de sistemas de controles a priori e a posteriori.
(E) o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, com a modernização das estruturas
organizacionais, ampliando e fortalecendo os sistemas centralizados de controle de processos.
Comentários
A alternativa A está correta e é nosso gabarito. A letra B está incorreta, pois os controles que foram
fortalecidos foram os “a posteriori”, ou seja, controles de resultados.
O PDRAE não buscou a ampliação da participação do Estado na economia. Desta forma, a letra C
também está equivocada. A letra D tem uma “pegadinha”, pois a reforma de 95 não buscava acabar
com o controle a posteriori, somente o controle a priori, ok?
Já a letra E também afirma que o PDRAE amplia o controle de processos (ou a priori), o que, como já
vimos acima, não ocorreu!
Gabarito: letra A
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QUESTÕES COMENTADAS
a) estatização.
b) privatização.
c) nacionalização.
d) publicização.
e) coletivização.
Comentários
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e) controle imediato pela chefia competente para execução e observância de normas, bem como por
meio da especificação do TCU como órgão de controle externo.
Comentários
Todas as alternativas estão corretas, com exceção da letra D, pois a publicização foi uma iniciativa da
reforma de 1995, com o PDRAE. A publicização é um conceito relacionado com a transferência para o
terceiro setor de serviços públicos considerados não exclusivos, através da criação das Organizações
Sociais (OS).
Gabarito: letra D
A letra A está relacionada com o modelo burocrático, não com o modelo gerencial. Está errada,
portanto. A letra B está também incorreta, pois o modelo gerencial estava preocupado com a crise fiscal
do Estado, não tinha como objetivo aumentar os custos da máquina administrativa, pelo contrário.
As letras C e E também estão associadas ao modelo burocrático. Já a letra D está certa.
Gabarito: letra D
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d) geração da expansão da administração direta, concentrando nessa a maior parte dos investimentos
do governo federal.
e) manutenção de relações pluralistas entre poderes, facilitando a aprovação dos orçamentos
submetidos pelo Executivo ao Congresso.
Comentários
A Reforma de 1967 é conhecida mesmo pela ampliação da Administração Indireta. Um dos seus efeitos
foi o crescimento acelerado, ocorrido principalmente nos anos 70, dessa Administração Indireta. Foram
criadas centenas de empresas estatais na época.
Um dos problemas decorridos disso foi a contratação de pessoas sem qualificação para desempenhar
suas funções e a perda do controle sobre as operações nessas empresas. O crescimento do nepotismo e
do clientelismo foram consequência desse crescimento desordenado.
Desta forma, o gabarito da banca só pode mesmo ser a letra B. A letra A está errada, pois o núcleo
estratégico perdeu importância relativa nessa época. A carreira de gestor (EPPGG) só foi criada no final
dos anos 80.
A letra C está incorreta, pois a Administração Indireta ganhou autonomia nessa época e houve uma
descentralização administrativa. A letra D está equivocada, pois quem cresceu foi a Administração
Indireta (não a Direta).
Finalmente, a letra E está errada. O período era de ditadura militar, com um predomínio claro do Poder
Executivo sobre os demais.
Gabarito: letra B
a) Institucional-Legal.
b) Núcleo Estratégico.
c) Atividades Exclusivas.
d) Serviços Não-Exclusivos.
e) Bens e Serviços para o Mercado.
Comentários
A publicização foi uma iniciativa da PDRAE na reforma de 1995, que buscava a transferência para o
terceiro setor de serviços públicos considerados não exclusivos, através da criação das Organizações
Sociais (OS).
Gabarito: letra D
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(A) facilitar o ajuste fiscal, mas reduzindo a idade mínima para aposentadoria;
(B) construir uma administração pública voltada para o atendimento dos cidadãos, mas reduzindo o
número de funcionários públicos;
(C) facilitar o ajuste fiscal, mas criando o incentivo financeiro por tempo de serviço (anuênio);
(D) facilitar o ajuste fiscal, mas mantendo a aposentadoria integral independente do tempo de
contribuição;
(E) construir uma administração pública voltada para o atendimento dos cidadãos, mas mantendo a
inexistência de um teto remuneratório para os servidores.
Comentários
A letra A está errada, pois a reforma de 1995 não buscava reduzir a idade mínima para aposentadoria,
pelo contrário. Uma redução da idade mínima iria piorar o déficit da previdência, naturalmente.
Já a letra B está correta. Uma contradição das reformas de 1995, segundo seus críticos, seria exatamente
o fato de que a redução nos quadros de servidores poderia piorar a qualidade dos serviços públicos, uma
das metas da reforma.
O anuênio, uma gratificação por tempo trabalhado, foi retirado na reforma, não criado por ela. Assim, a
letra C está equivocada. O mesmo ocorreu com a aposentadoria integral, independentemente de
contribuição. A letra D está igualmente equivocada.
Finalmente, o teto constitucional foi criado pela emenda constitucional 41/2003. De qualquer forma, a
alternativa está incorreta porque o teto salarial não tem relação direta com a qualidade dos serviços aos
cidadãos.
Gabarito: letra B
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A primeira frase foi considerada como correta pela banca, mas parece que a frase tem um problema. Do
jeito que está colocada (serviços prestados ao Estado), a frase não faz muito sentido. Para estar correta,
a frase deveria dizer “serviços prestados pelo Estado”.
Bresser acreditava que um dos problemas enfrentados pelo Estado era o caráter de monopólio em que
vários serviços públicos eram prestados. Para ele, deveriam ser criados mecanismos de “quase-
mercado” para que os órgãos públicos prestassem esses serviços de forma competitiva.
A letra B está incorreta, pois a estabilidade dos servidores deveria, para Bresser, ser flexibilizada, não
ampliada. O mesmo pode ser dito dos concursos públicos, que deveriam ser flexibilizados,
possibilitando a contratação direta em certos casos. Assim, a letra C também está errada.
A letra D está equivocada, pois Bresser acreditava que a iniciativa privada deveria ter um papel maior na
economia. Finalmente, para Bresser o núcleo estratégico do Estado deveria compor apenas o setor onde
as decisões estratégicas são tomadas e corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério
Público e, no poder executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos seus auxiliares e
assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e formulação das políticas públicas. O gabarito foi,
portanto, a letra A. Entretanto, a questão deveria ter sido anulada, pelo erro de redação.
Gabarito: letra A
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Comentários
Questão diferente essa da FGV. Não trata de nenhuma reforma específica, mas sim do conceito de
reformas administrativas em geral. Todas as afirmativas estão corretas. O objetivo das reformas
administrativas é, em geral, a construção de um Estado que seja capaz de responder aos desejos e
necessidades de seus cidadãos.
Além disso, o Estado e seus agentes devem ser responsivos e responsáveis com os recursos públicos. É
o que chamamos de accountability. Finalmente, o Estado deve construir ferramentas que possibilitem
aos representantes do povo, os políticos, fiscalizar a atuação dos burocratas, bem como forçar esse
corpo burocrático a ser transparente.
Gabarito: letra E
A primeira frase está errada, pois a privatização do Estado, como podemos inferir pelo próprio
enunciado, significa uma ideia de Estado mínimo, que não se mostrou viável nas reformas dos anos 80
no mundo.
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Já a segunda afirmativa está correta. A reformulação do Estado era sim vista como uma solução para a
crise que se enfrentava nos anos 90. Bresser falava de um reposicionamento do Estado, focando nas
áreas em que este seria mais necessário.
Finalmente, a terceira frase foi considerada incorreta pela banca, mas fica difícil entender o raciocínio
que levou a isso. Um Estado que vise não ao lucro, mas à satisfação do interesse público está de acordo
com o que desejamos de um Estado atualmente. Talvez a banca tenha invalidado esta frase por que esse
conceito não está nos trabalhos de Bresser. O gabarito da banca foi mesmo a letra B, mas creio que a
questão poderia ter sido anulada.
Gabarito: letra B
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QUESTÕES COMENTADAS
As principais reformas brasileiras ocorreram em 1938 (DASP), em 1967 (DL200), 1988 (Constituição Federal
de 1988) e 1995 (PDRAE do governo FHC). Cabe ressaltar que alguns autores consideram que a reforma do
Dasp ocorreu em 1936.
De qualquer forma, a única alternativa correta mesmo é a letra D.
Gabarito: letra D
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Comentários
Questão interessante e que sai um pouco do padrão comum de questões sobre as reformas administrativas.
A primeira alternativa está errada, pois o controle governamental pode ocorrer em organizações privadas
também, como ocorre quando elas recebem recursos públicos.
A letra B está errada. Essas organizações são sim reconhecidas, como as OS, por exemplo. Já no caso da
letra C, o PDRAE indica que esse setor deveria ser ocupado pela iniciativa privada.
A letra D também está equivocada, pois essas organizações visam ao lucro. Finalmente, a letra E está
perfeita.
Gabarito: letra E
A letra A está errada, pois o modelo gerencial buscava a descentralização administrativa. Já a letra B está
errada porque o modelo não desejava substituir a sociedade civil, pelo contrário. O controle social, por
exemplo, buscava ser fortalecido.
Já a letra C está perfeita e é o gabarito da banca. A letra D tem uma redação confusa, mas no final menciona
a incorporação e institucionalização dos “canais de gestão burocrática”.
Finalmente, a letra E é absurda.
Gabarito: letra C
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A gestão pública, até o início dos anos de 1980, caracterizava-se pela centralização decisória e
financeira na esfera federal. Atribui-se ao Decreto-Lei n° 200/67 o marco inicial da reforma
administrativa gerencial na Administração Pública brasileira e esse processo culmina na reforma
administrativa ocorrida em 1995. Em relação a esse modelo gerencial, é correto afirmar:
A adm. Pública Burocrática surge para combater o Nepotismo e a corrupção do Modelo Patrimonialista e
implementa o DASP inspirado no modelo weberiano para implementar a Burocracia. Uma das caraterísticas
desse modelo é o controle a priori (antes de acontecer).
A adm. pub gerencial surge para combater problemas da burocracia como morosidade. O DL 200 em 1967
inicia a adm. pub. gerencial com foco na eficiência, controle a posteriori e descentralização.
Gabarito: letra C
(A) redução de custos de transação e garantia da heterogeneidade de interesses nas decisões tomadas
pelo poder público.
(B) envolvimento de mais atores no processo decisório e, assim, eliminação de pontos de veto.
(C) aceleração dos processos decisórios, reduzindo custos de transação para o poder público.
(D) promoção de decisões mais efetivas tomadas com maior rapidez pelo poder público em discussão
com atores privados.
(E) heterogeneidade de atores envolvidos no processo decisório e contribuição para antecipação da
contestabilidade.
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Comentários
Se analisarmos as experiências de participação social aqui no Brasil, podemos ver que ocorreu um aumento
da participação, com maior diversidade de “atores” envolvidos no processo de decisão e discussão dos
temas.
Esse aumento de atores envolvidos tornou o processo, naturalmente, mais lento e mais caro. Ocorreu um
aumento dos custos de transação e uma maior dificuldade de construir consensos. Com isso, já podemos
eliminar as letras A, C e D.
O aumento da participação nos debates permitiu a antecipação dos pontos problemáticos, a
contestabilidade. Os pontos de veto não foram eliminados. Com isso, a letra B está errada.
Finalmente, a letra E está certa. O aumento da participação nos debates permitiu a antecipação dos pontos
problemáticos, a contestabilidade.
Gabarito: letra E
A reforma de 1995 é relacionada com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) e buscava
implementar o modelo gerencial na administração pública brasileira.
De acordo com Lustosa, o projeto de reforma do Estado tinha como pilares1:
➢ Ajustamento fiscal duradouro;
➢ Reformas econômicas orientadas para o mercado que, acompanhadas de uma política industrial e
tecnológica, garantissem a concorrência interna e criassem condições para o enfrentamento da
competição internacional;
➢ A reforma da previdência social;
➢ A inovação dos instrumentos de política social, proporcionando maior abrangência e promovendo
melhor qualidade para os serviços sociais;
➢ A reforma do aparelho de Estado, com vistas a aumentar sua “governança”, ou seja, sua capacidade
de implementar de forma eficiente políticas públicas.
1
(Costa, 2008)
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(A) centralizador.
(B) descentralizador.
(C) democrático.
(D) desenvolvimentista.
(E) conservador.
Comentários
O Federalismo no Brasil é realmente diferente do federalismo de outros países, como os Estados Unidos.
No caso norte-americano, os estados têm mais poder e autonomia. Seria um federalismo mais
descentralizador.
No caso brasileiro, a União detém mais força, centralizando poder e competências no governo federal.
Gabarito: letra A
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A letra A está errada, pois de acordo com o PDRAE, esses setores não seriam de atividades exclusivas do
estado. A letra B está errada, pois o PDRAE não tinha essa visão do Estado.
Já a letra C menciona a inclusão social, que não era um objetivo explícito ou princípio do modelo gerencial.
A letra D foi apontada como correta pela banca, mas na minha opinião ela está errada. O PDRAE
mencionava, por exemplo, o setor de atividades não exclusivas (que engloba educação e saúde). O estado
executa diretamente esses serviços em alguns casos e o PDRAE não buscava transferi-los todos para o setor
privado.
Finalmente, a letra E foi apontada como errada, mas deveria ter sido considerada correta. O aumento de
participação dos diferentes atores era sim um objetivo da reforma. O gabarito foi mesmo letra D, mas a
questão deveria ter sido objeto de recurso.
Gabarito: letra D
Esta questão menciona a Lei 8.031/1990, que criou o Programa Nacional de Desestatização. De acordo com,
essa lei2:
Art. 1° É instituído o Programa Nacional de Desestatização, com os seguintes objetivos
fundamentais:
I - reordenar a posição estratégica do Estado na economia, transferindo à iniciativa privada
atividades indevidamente exploradas pelo setor público;
II - contribuir para a redução da dívida pública, concorrendo para o saneamento das finanças do
setor público;
III - permitir a retomada de investimentos nas empresas e atividades que vierem a ser transferidas
à iniciativa privada;
IV - contribuir para modernização do parque industrial do País, ampliando sua competitividade e
reforçando a capacidade empresarial nos diversos setores da economia;
V - permitir que a administração pública concentre seus esforços nas atividades em que a presença
do Estado seja fundamental para a consecução das prioridades nacionais;
2
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8031.htm
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Setores Descrição
3
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
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Como podemos ver, o terceiro setor era o dos serviços não exclusivos.
Gabarito: letra B
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LISTA DE QUESTÕES
(A) corresponde à área de atuação das empresas, abrangendo atividades econômicas voltadas ao
lucro.
(B) representa as atividades concedidas à inciativa privada.
(C) corresponde às atividades em que sua presença é imprescindível, seja por comando constitucional
ou pela exigência da incidência do poder de império.
(D) equivale ao setor em que o estado atua simultaneamente com outras instituições privadas ou
públicas não estatais.
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(A) definir claramente os objetivos a serem alcançados pelas unidades da administração pública.
(B) superar a rigidez burocrática do serviço público.
(C) combater as práticas patrimonialistas do período anterior de administração pública.
(D) gerir por contratos a administração pública.
==2852d7==
I. Na década de noventa, o Plano de Reforma do Estado tinha por meta redimensionar importantes
segmentos na esfera da Administração Pública. Por exemplo, teve a intenção de diminuir da presença
direta do Estado na prestação dos serviços públicos, graças à implantação de privatizações e
desestatizações.
II. A administração pública gerencial tem por características o clientelismo, o corporativismo e a
ausência de controle institucional.
III. A figura da agência executiva relaciona-se com o modelo de administração pública burocrática.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas I e II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
I. Definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade.
II. Limitação da autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros
que lhe forem colocados à disposição para atingimento dos objetivos contratados.
III. Controle ou cobrança a posteriori dos resultados.
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(A) O planejamento.
(B) A coordenação.
(C) A descentralização.
(D) A delegação de competência.
(E) A qualificação.
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Na década de 1930, com o nascimento da República Nova, houve uma tentativa de profissionalizar
a Administração Pública brasileira com a criação do Departamento de Administração do Serviço
Público – DASP. Por intermédio do DASP, promoveu-se a estruturação básica do aparelho
administrativo instituindo- se, por exemplo, o concurso público e as regras para admissão. Tal
modelo buscou modernizar a máquina pública e ficou conhecido como
a) política.
b) administrativa.
c) da previdência.
d) da privatização.
e) fiscal.
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GABARITO
1. C 5. B 9. A
2. E 6. E 10. E
3. C 7. C
4. A 8. C
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LISTA DE QUESTÕES
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O movimento conhecido como nova gestão pública foi introduzido no Brasil no governo de
Fernando Henrique Cardoso (1995!2002) com o objetivo de tornar a administração pública
mais efetiva, embora menos eficiente.
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De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (1995), os serviços não-
exclusivos constituem um dos setores correspondentes às atividades-meio, que deveriam
ser executadas apenas por organizações privadas, sem aporte de recursos orçamentários,
exceto pela aquisição de bens e serviços produzidos.
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GABARITO
26. C 52. C
1. C
27. E 53. C
2. E
28. E 54. C
3. C
29. C 55. E
4. C
30. E 56. E
5. C
31. E 57. C
6. E
32. C 58. E
7. E
33. E 59. E
8. C
34. E 60. C
9. E
35. E 61. E
10. E
36. C 62. C
11. C
37. E 63. C
12. C
38. E 64. E
13. E
39. E 65. E
14. E
40. C 66. E
15. E
41. C 67. E
16. E
42. E 68. E
17. C
43. C 69. C
18. E
44. C 70. E
19. E
45. C 71. E
20. E
46. C 72. E
21. E
47. E 73. E
22. C
48. E 74. E
23. E
49. E 75. E
24. C
50. E
25. C
51. E
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LISTA DE QUESTÕES
(A) accountability.
(B) desestatização.
(C) governança.
(D) publicização.
(E) privatização.
(A) I.
(B) I e II.
(C) II.
(D) II e III.
(E) III.
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(A) explorar de forma direta atividades econômicas, como indutor do crescimento fiscal.
(B) adotar o modelo desenvolvimentista, por intermédio da denominada publicização.
(C) atuar mais fortemente nas atividades de fomento, regulação e controle.
(D) estabelecer parcerias com as entidades do terceiro setor, para a privatização de setores
como saúde e educação.
(E) implantar o modelo gerencial, que preconiza maior centralização das atividades pela
União.
pública.
(B) a publicização refere-se ao processo de transferência da execução dos serviços públicos
não exclusivos para as OSCIPS, apenas.
(C) a administração dos museus deveria ser realizada em parceria entre o setor público estatal
e o setor público não-estatal.
(D) o serviço público de Educação deveria ser ofertado exclusivamente pela Administração
pública direta.
(E) a produção para o mercado deveria ser uma atividade exclusivamente estatal.
(A) transferência de serviços não exclusivos do Estado, como Saúde, do setor estatal para o
setor público não estatal, passando tais serviços a ser exercidos por entidades que assumem a
forma de Organizações Sociais.
(B) retomada, pelo Estado, de atividades anteriormente delegadas à iniciativa privada, em
caráter subsidiário, tais como Educação e Saúde.
(C) estatização de empresas consideradas estratégicas de acordo com as prioridades
estabelecidas nos planos governamentais para o setor correspondente.
(D) reavaliação do processo de privatização, deixando a cargo do setor privado apenas as
atividades que não envolvam prestação de serviços públicos essenciais.
(E) criação de agências reguladoras para atuarem na fiscalização e normatização de atividades
que passaram a ser desempenhadas pelo setor privado mediante concessão ou autorização.
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(A) burocrática.
(B) gerencial.
(C) estratégica.
(D) da nova gestão pública.
(E) funcional.
(A) da formulação de diretrizes gerais para um plano de carreiras para cargos de nível
operacional.
(B) de reagrupamento de departamentos, divisões e serviços, visando a redução do número
de ministérios.
(C) da centralização dos processos de planejamento, coordenação e implementação das ações
governamentais.
(D) da expansão das empresas estatais e de órgãos da administração direta (secretarias).
(E) do fortalecimento e expansão do sistema de mérito por meio de concursos públicos.
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(D) propor a substituição do modelo burocrático pela administração gerencial, com foco no
cidadão, reforçando os sistemas de controles a priori.
(E) enfatizar o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, ampliando e fortalecendo os
sistemas centralizados de controle de processos.
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III. A principal inovação proposta pelo Plano Diretor de Reforma do Aparelho de Estado foi a
criação das Agências Executivas, que iriam substituir as estruturas de implementação de
políticas públicas subordinadas aos ministérios.
IV. O Núcleo Estratégico foi revalorizado através de políticas de recomposição salarial e
concursos dirigidos às carreiras de estado.
V. As Organizações Sociais, impostas aos ministérios da Saúde, Educação e Cultura,
substituíram as Autarquias e Fundações, a partir de 1995.
(A) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II.
(B) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V.
(C) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV.
(D) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV.
(E) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V.
(A) pela retomada dos conceitos contidos no Decreto-Lei no 200, de 1967, buscando, assim, a
atuação administrativa centralizada, sem, no entanto, deixar de lado a dimensão política do
governo.
(B) pela diminuição do peso das instituições burocráticas no serviço público, procurando
retomar alguns procedimentos tradicionais da rotina administrativa, não necessariamente
alinhados com a eficiência.
(C) pela implementação por meio de uma sólida base parlamentar de apoio, o que lhe forneceu
condições inéditas de sustentabilidade.
(D) por focalizar o usuário do serviço público e divulgar amplamente seus princípios
norteadores, concentrando-se na produção de mudanças no comportamento e na atuação da
burocracia pública.
(E) pela introdução, no setor público, de alguns estilos gerenciais baseados nos modelos e
princípios administrativos do setor privado, conseguindo, assim, a ampla adesão de empresas
estatais e dos principais grupos financeiros do País.
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(A) propiciar a reforma do Aparelho do Estado, estabelecendo condições para que o Governo
possa aumentar sua governança, fortalecendo as funções de coordenação e regulação.
(B) aumentar a eficiência da gestão pública, privilegiando e fortalecendo os sistemas de
controle a priori da atividade administrativa.
(C) a profissionalização dos setores estratégicos da Administração e a ampliação da
participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia.
(D) a reforma do Estado, mediante a substituição do modelo burocrático pela administração
gerencial, com foco no cidadão, prescindindo, assim, de sistemas de controles a priori e a
posteriori.
(E) o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, com a modernização das estruturas
organizacionais, ampliando e fortalecendo os sistemas centralizados de controle de
processos.
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GABARITO
1. D 8. B 15. D
2. D 9. A 16. C
3. C 10. E 17. D
4. C 11. C 18. E
5. A 12. B 19. C
6. A 13. B 20. C
7. D 14. D 21. A
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LISTA DE QUESTÕES
a) estatização.
b) privatização.
c) nacionalização.
d) publicização.
e) coletivização.
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a) Institucional-Legal.
b) Núcleo Estratégico.
c) Atividades Exclusivas.
d) Serviços Não-Exclusivos.
e) Bens e Serviços para o Mercado.
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Estados e Municípios, onde existe um claro problema de excesso de quadros; a médio prazo,
tornar mais eficiente e moderna a administração pública, voltando-a para o atendimento
dos cidadãos” (Bresser Pereira, 1996, p. 17). O texto do autor enseja uma possível
contradição inerente à teoria da nova administração pública, que pode ser percebida ao
analisar que esta buscava:
(A) facilitar o ajuste fiscal, mas reduzindo a idade mínima para aposentadoria;
(B) construir uma administração pública voltada para o atendimento dos cidadãos, mas
reduzindo o número de funcionários públicos;
(C) facilitar o ajuste fiscal, mas criando o incentivo financeiro por tempo de serviço (anuênio);
(D) facilitar o ajuste fiscal, mas mantendo a aposentadoria integral independente do tempo de
contribuição;
(E) construir uma administração pública voltada para o atendimento dos cidadãos, mas
==2852d7==
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Ministério do Trabalho (Auditor Fiscal do Trabalho - AFT) Administração Geral e Pública - 2023 (Pré-Edital) 132
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GABARITO
1. D 4. B 7. A
2. D 5. D 8. E
3. D 6. B 9. B
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LISTA DE QUESTÕES
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(A) redução de custos de transação e garantia da heterogeneidade de interesses nas decisões tomadas
pelo poder público.
(B) envolvimento de mais atores no processo decisório e, assim, eliminação de pontos de veto.
(C) aceleração dos processos decisórios, reduzindo custos de transação para o poder público.
(D) promoção de decisões mais efetivas tomadas com maior rapidez pelo poder público em discussão
com atores privados.
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(A) centralizador.
(B) descentralizador.
(C) democrático.
(D) desenvolvimentista.
(E) conservador.
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(E) O Estado deve valorizar a eficiência e a eficácia e, além disso, a participação de diferentes atores
nas decisões da Administração Pública.
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GABARITO
1. D 5. E 9. B
2. E 6. D 10. B
3. C 7. A
4. C 8. D
Ministério do Trabalho (Auditor Fiscal do Trabalho - AFT) Administração Geral e Pública - 2023 (Pré-Edital) 138
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