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Aula 06

INSS (Técnico do Seguro Social) Direito


Previdenciário - 2022 (Pós-Edital) - Profº
Rubens Maurício

Autor:
Rubens Mauricio Corrêa

17 de Setembro de 2022

03792160439 - luis guilherme regis bezerril vita


Rubens Mauricio Corrêa
Aula 06

Índice
1) Dependentes do RGPS
..............................................................................................................................................................................................3

2) Prestações do RGPS
..............................................................................................................................................................................................
52

3) Aposentadoria por Incapacidade Permanente


..............................................................................................................................................................................................
62

4) Aposentadoria Programada
..............................................................................................................................................................................................
67

5) Aposentadoria por Idade e Tempo de Contribuição da Pessoa com Deficiência


..............................................................................................................................................................................................
76

6) Aposentadoria Especial
..............................................................................................................................................................................................
83

7) Auxílio por Incapacidade Temporária


..............................................................................................................................................................................................
91

8) Auxílio-Acidente
..............................................................................................................................................................................................
97

9) Salário-Maternidade
..............................................................................................................................................................................................
104

10) Salário-Família
..............................................................................................................................................................................................
114

11) Pensão por Morte


..............................................................................................................................................................................................
120

12) Auxílio-Reclusão
..............................................................................................................................................................................................
127

13) Assuntos Diversos - Benefícios Previdenciários


..............................................................................................................................................................................................
134

14) Habilitação e Reabilitação Profissional


..............................................................................................................................................................................................
137

15) Serviço Social


..............................................................................................................................................................................................
141

16) Carência
..............................................................................................................................................................................................
151

17) Questões - Benefícios - Parte 1


..............................................................................................................................................................................................
176

18) Resumo - Benefícios - Parte 1


..............................................................................................................................................................................................
295

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DEPENDENTES DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA

INTRODUÇÃO

Como já estudado, os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social – RGPS


são os segurados e seus dependentes.
Após termos feito o estudo detalhado de cada uma das espécies de segurados,
vamos agora estudar cada um dos dependentes.
Os dependentes são beneficiários do RGPS independentemente de qualquer
contribuição, pois seu vínculo com a Previdência Social decorre da contribuição do
segurado com o qual mantenha vínculo de dependência.
Nos termos do art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes dividem-se em três classes,
conforme segue:

• Classe I (1ª Classe) - também conhecido como dependentes preferenciais: o


cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de
qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual, mental ou deficiência grave;

• Classe II (2ª Classe): os pais;

• Classe III (3ª Classe): o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave.

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não comprovam dependência


econômica cônjuge, companheira (o)
filho não emancipado de qualquer
Classe 1 condição, menor de 21 anos
filho inválido ou que tenha deficiência
preferenciais intelectual ou mental ou deficiência grave,
nos termos do regulamento (de qualquer idade)
Dependentes enteado e menor sob tutela
(precisam comprovar dependência econômica)
pais
Classe 2 (precisam comprovar dependência econômica)
irmão de qualquer condição, menor de 21 anos
(precisam comprovar dependência econômica)
Classe 3 irmão inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave,
nos termos do regulamento (de qualquer idade)
(precisam comprovar dependência econômica)

PRESTAÇÕES DEVIDAS AOS DEPENDENTES

Os dependentes têm direito apenas a dois benefícios previdenciários, quais sejam:


• pensão por morte e
• auxílio-reclusão.
Além destes benefícios, os dependentes também terão direito aos serviços
oferecidos pela Previdência Social, conforme segue:
• Habilitação e reabilitação profissional; e
• Serviço Social.
Tais benefícios e serviços serão estudados em detalhes, junto com as demais
prestações previdenciárias, durante nosso curso.

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Direitos dos
Dependentes

Benefícios Serviços
Habilitação e
Pensão por morte
Reabilitação Profissional

Auxílio-reclusão Serviço Social

DEPENDENTES DE CLASSE I (PREFERENCIAIS)

CÔNJUGE

Consideram-se cônjuges aqueles matrimonialmente vinculados pelo casamento.


Assim sendo, cada um dos cônjuges é beneficiário do RGPS, na condição de
dependente, em relação ao outro cônjuge, quando estes forem segurados.
Como exemplo podemos afirmar que o marido é dependente da esposa, se ela
for segurada. Da mesma forma, a esposa será dependente do marido, se ele for
segurado.
O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, bem como o ex-
companheiro, que recebia pensão de alimentos, concorrerá em igualdade de
condições com os dependentes de Classe I.

Obs.: Equipara-se à percepção de pensão alimentícia o recebimento de


ajuda econômica ou financeira sob qualquer forma.

Apesar da legislação previdenciária considerar o recebimento da pensão de


alimentos ou ajuda econômica/financeira como fator determinante para a
manutenção da qualidade de dependente para o ex-cônjuge e ex-companheiro, o
STJ tem o seguinte entendimento:

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Súmula 336 – STJ: “A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito
à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica
superveniente.”

Apesar da súmula mencionar apenas a separação judicial, tal entendimento aplica-


se também aos casos de divórcio.
Para corroborar com tal entendimento, podemos citar parte da ementa de
Julgamento do STJ do Agravo Regimental no Agravo em Recurso Especial
101062/RJ:
STJ: “Consoante jurisprudência desta Corte, comprovada a dependência econômica em
relação ao de cujus, o cônjuge separado judicialmente faz jus ao benefício de pensão pós-
morte do ex-cônjuge, ainda que não receba pensão alimentícia.”

Na hipótese de o segurado estar, na data do seu óbito, obrigado por determinação


judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge ou a ex-companheiro ou ex-
companheira, a pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do
óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior do benefício.

CÔNJUGE
Consideram-se cônjuges aqueles matrimonialmente vinculados pelo
casamento. Assim sendo, cada um dos cônjuges é beneficiário do RGPS,
na condição de dependente, em relação ao outro cônjuge, quando estes
forem segurados.

O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, bem como


o ex-companheiro(a), que recebia pensão de alimentos, concorrerá em
igualdade de condições com os dependentes de 1ª Classe.

Súmula 336 – STJ: “A mulher que renunciou aos alimentos na separação


judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido,
comprovada a necessidade econômica superveniente.”.

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COMPANHEIROS

Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém


união estável com o segurado ou com a segurada.
Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e
duradoura entre pessoas, estabelecida com intenção de constituição de família,
exceto nos casos de impedimento legal de casamento, que também impedem a
constituição de união estável.
Outrossim, no caso em que um dos companheiros ou ambos sejam separados
apenas de fato, tal situação, apesar de impedir casamento, não impedirá a união
estável.
Assim sendo, podemos resumir as condições para que se reste caracterizada a
união estável em dois itens:
• convivência pública, contínua e duradoura entre pessoas, estabelecida com
intenção de constituição de família;
• ambos os companheiros sejam solteiros, separados judicialmente,
divorciados, viúvos ou separados de fato.

Para comprovação de dependência econômica e união estável, exige-se


início de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período
não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do
recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente
testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso
fortuito, conforme disposto no regulamento.

Obs.: Não é possível o reconhecimento da união estável, bem como dos


efeitos previdenciários correspondentes, quando um ou ambos os
pretensos companheiros forem menores de 16 anos.

Em se tratando de companheiro(a) maior de 16 anos e menor de 18 anos, dada a


incapacidade relativa, o reconhecimento da união estável está condicionado à
apresentação de declaração expressa dos pais ou representantes legais, atestando
que conheciam e autorizavam a convivência marital do menor.

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Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

(CESPE - Analista de Gestão Educacional – SEDF - 2017). Relativamente a


segurados, cumulação de benefícios e previdência complementar, julgue o
item a seguir.
Entende-se como companheiro ou companheira para efeito de proteção
previdenciária a pessoa com quem o segurado mantém união estável por
período superior a cinco anos, independentemente da existência de prole em
comum.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
As Classes de dependentes são definidas em três, e companheiros, desde que
comprovem união estável, são considerados como dependentes Classe I, portanto
automaticamente considerados como financeiramente dependentes do segurado,
não existindo um prazo legal para configurar uma união considerada estável,
conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
(...)
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém
união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da
Constituição Federal.
(Destaques Nossos).
Vamos conferir o Art. 226 da Constituição federal:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
[...]

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§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a


mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.

Gabarito: ERRADO.

(CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - 2017). A respeito da carência


e da condição de segurados e dependentes no regime geral da previdência
social (RGPS), julgue o item subsequente.
Para a concessão da pensão por morte na condição de companheira ou
companheiro, exige-se do interessado a prova da existência de filhos em
comum ou da convivência por, no mínimo, dois anos com o segurado falecido.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Assertiva incorreta. As Classes de dependentes, conforme estudamos, são
definidas em três e companheiros, desde que comprovem união estável, são
considerados como dependentes Classe I, sendo automaticamente considerados
como financeiramente dependentes do segurado, e não existindo um prazo legal
para configurar uma união considerada estável e, menos ainda a necessidade da
existência de filhos em comum, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
(...)
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém
união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da
Constituição Federal.
(Destaques Nossos).

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Vejamos o Art. 226 da Constituição federal:


Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
[...]
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a
mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.

Gabarito: ERRADO.

COMPANHEIROS HOMOSSEXUAIS
No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, as normas que tratam
de dependentes para fins previdenciários devem ser interpretadas de forma a
abranger a união estável entre pessoas do mesmo sexo.
O companheiro ou a companheira do mesmo sexo de segurado inscrito no RGPS
integra o rol dos dependentes e, desde que comprovada a união estável, concorre
com os dependentes preferenciais (dependentes de Classe I), para fins de
recebimento de pensão por morte e de auxílio-reclusão, independentemente de
comprovação de dependência econômica.

O STF já se posicionou reconhecendo a legitimidade da união homoafetiva como


entidade familiar. Vejamos o julgado a seguir:

RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO HOMOAFETIVA COMO ENTIDADE


FAMILIAR . - O Supremo Tribunal Federal - apoiando-se em valiosa hermenêutica construtiva
e invocando princípios essenciais (como os da dignidade da pessoa humana, da liberdade,
da autodeterminação, da igualdade, do pluralismo, da intimidade, da não discriminação e
da busca da felicidade) - reconhece assistir, a qualquer pessoa, o direito fundamental à
orientação sexual, havendo proclamado, por isso mesmo, a plena legitimidade ético-jurídica
da união homoafetiva como entidade familiar, atribuindo-lhe, em consequência, verdadeiro
estatuto de cidadania, em ordem a permitir que se extraiam, em favor de parceiros
homossexuais, relevantes consequências no plano do Direito, notadamente no campo
previdenciário, e, também, na esfera das relações sociais e familiares . - A extensão, às

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uniões homoafetivas, do mesmo regime jurídico aplicável à união estável entre pessoas de
gênero distinto justifica-se e legitima-se pela direta incidência, dentre outros, dos princípios
constitucionais da igualdade, da liberdade, da dignidade, da segurança jurídica e do
postulado constitucional implícito que consagra o direito à busca da felicidade, os quais
configuram, numa estrita dimensão que privilegia o sentido de inclusão decorrente da
própria Constituição da República (art. 1º, III, e art. 3º, IV), fundamentos autônomos e
suficientes aptos a conferir suporte legitimador à qualificação das conjugalidades entre
pessoas do mesmo sexo como espécie do gênero entidade familiar .(STF, RE 477554
AgR/MG, DJe-164, de 25/08/2011)

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

(CESPE - Auditor Fiscal de Controle Externo - TCE-SC – 2016). A seguridade


social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes
públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde,
à previdência e à assistência social. Acerca da seguridade social, julgue o item
subsequente.
O STF reconhece a união homoafetiva como entidade familiar e,
consequentemente, assegura ao(à) companheiro(a) da pessoa segurada a
qualidade de dependente para fins previdenciários.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Sabemos que os dependentes são divididos em 3 classes, segundo o Art. 16 da Lei
8.213/91, senão vejamos:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

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Na análise literal do dispositivo, podemos notar que nada se aborda na lei sobre os
relacionamentos homoafetivos. Contudo, o STF publicou diversas decisões neste
sentido, conforme segue:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. UNIÃO
HOMOAFETIVA. LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO RECONHECIMENTO E
QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO COMO ENTIDADE
FAMILIAR. DIREITO À PERCEPÇÃO DO BENEFÍCIO DA PENSÃO POR MORTE.
RECONHECIMENTO. APLICAÇÃO DAS REGRAS E CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS VÁLIDAS
PARA A UNIÃO ESTÁVEL HETEROAFETIVA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA
COM O ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DESTA CORTE. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-
PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
1. O preceito constante do art. 1.723 do Código Civil — “é reconhecida como entidade
familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública,
contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família” – não obsta
que a união de pessoas do mesmo sexo possa ser reconhecida como entidade familiar apta a
merecer proteção estatal. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, proferiu esse entendimento
no julgamento da ADI 4.277 e da ADPF 132, ambas da Relatoria do Ministro Ayres Britto,
Sessão de 5.5.11, utilizando a técnica da interpretação conforme a Constituição do referido
preceito do Código Civil, para excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da
união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar,
entendida esta como sinônimo perfeito de família. Reconhecimento este, que deve ser feito
segundo as mesmas regras e com idênticas consequências da união estável heteroafetiva.
2. Em recente pronunciamento, a Segunda Turma desta Corte, ao julgar caso análogo ao
presente, o RE n. 477.554-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 26.08.11, em que
se discutia o direito do companheiro, na união estável homoafetiva, à percepção do benefício
da pensão por morte de seu parceiro, enfatizou que “ninguém, absolutamente ninguém,
pode ser privado de direitos nem sofrer quaisquer restrições de ordem jurídica por motivo de
sua orientação sexual. Os homossexuais, por tal razão, têm direito de receber a igual proteção
tanto das leis quanto do sistema político-jurídico instituído pela Constituição da República,
mostrando-se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que puna, que exclua, que discrimine,
que fomente a intolerância, que estimule o desrespeito e que desiguale as pessoas em razão
de sua orientação sexual. (…) A família resultante da união homoafetiva não pode sofrer
discriminação, cabendo-lhe os mesmos direitos, prerrogativas, benefícios e obrigações que
se mostrem acessíveis a parceiros de sexo distinto que integrem uniões heteroafetivas.”
(Precedentes: RE n. 552.802, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 24.10.11; RE n. 643.229,
Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 08.09.11; RE n. 607.182, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 15.08.11; RE n. 590.989, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
24.06.11; RE n. 437.100, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 26.05.11, entre outros).(...)
(STF – RE 607562 AgR/PE – Relator Ministro LUIZ FUX – Primeira Turma – Julgamento em
18.09.2012 – Publicação em 03.10.2012)
(Destaques Nossos).

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Portanto podemos concluir que a assertiva está correta, pois o STF reconhece a
união homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente, assegura ao
companheiro(a) da pessoa segurada a qualidade de dependente para fins
previdenciários.
Estudar a Jurisprudência é essencial para diferenciar o candidato bem preparado.
Sobretudo em casos de assuntos que possuem uma razoável projeção na mídia.
Estes assuntos, o candidato tem que saber.

Gabarito: CERTO.

CONCUBINATO
Considera-se concubinato a relação não eventual entre pessoas, impedidas de
casar. Trata-se de uma relação impedida e que não pode ser considerada como
entidade familiar. No entanto, exclui-se da noção de concubinato a relação de
pessoas separadas judicialmente ou de fato que, apesar de serem impedidas para
novo casamento, podem estabelecer união estável, conforme previsão expressa em
lei.
Também se considera concubino(a) a pessoa com quem o cônjuge adúltero tem
encontros periódicos fora do lar.
A doutrina e a jurisprudência consideram as relações de concubinato excluídas do
conceito de união estável, por considerá-las ilegítimas, não alcançando a proteção
do Estado. Vejamos decisão do STF sobre o assunto:

STF - COMPANHEIRA E CONCUBINA - DISTINÇÃO. Sendo o Direito uma verdadeira


ciência, impossível é confundir institutos, expressões e vocábulos, sob pena de prevalecer a
babel. UNIÃO ESTÁVEL - PROTEÇÃO DO ESTADO. A proteção do Estado à união estável
alcança apenas as situações legítimas e nestas não está incluído o concubinato. PENSÃO -
SERVIDOR PÚBLICO - MULHER - CONCUBINA - DIREITO. A titularidade da pensão
decorrente do falecimento de servidor público pressupõe vínculo agasalhado pelo
ordenamento jurídico, mostrando-se impróprio o implemento de divisão a beneficiar, em
detrimento da família, a concubina. (STF - RE: 397762 BA, Relator: MARCO AURÉLIO, Data
de Julgamento: 03/06/2008)

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FILHOS
Os filhos também estão incluídos no rol de dependentes de Classe I (dependentes
preferenciais), quando não emancipados, de qualquer condição, quando menores
de 21 anos ou, em qualquer idade, quando inválidos ou que tenha deficiência
intelectual, mental ou deficiência grave.
Destaco aqui que os filhos adotivos não são classificados como equiparados a
filhos... Filhos adotivos SÃO FILHOS, sem qualquer distinção (não por equiparação,
mas por definição). A Constituição Federal de 1988 unificou o direito de igualdade
entre os filhos de qualquer condição (sejam adotados ou não).
Muitos alunos costumam confundir a dependência dos filhos para efeitos
previdenciários com a dependência para efeito de imposto de renda. Os filhos que
tenham entre 21 e 24 anos, quando universitários ou estejam cursando escola
técnica de 2º grau, apesar de dependentes para efeito de imposto de renda, não
são considerados dependentes para efeitos previdenciários.
O filho maior de 21 anos somente manterá a condição de dependente quando
inválido ou se tiver deficiência intelectual, mental ou deficiência grave.
Outro ponto que costuma causar confusão ocorreu após a redução da maioridade
promovida pelo Novo Código Civil, de 21 anos para 18 anos, para aquisição de
plena capacidade civil. Essa redução de maioridade civil para 18 anos em nada
altera a idade dos filhos, equiparados a filhos e irmãos para fins previdenciários,
que manterão a qualidade de dependente, quando não emancipados, até
completar 21 anos de idade.
A emancipação, cujo conceito jurídico é a aquisição de capacidade civil antes da
idade mínima definida em lei, ou seja, é a aptidão para exercer, por si só, os atos
da vida civil, poderá antecipar a perda da qualidade de dependente para idades
anteriores a 21 anos. Vejamos abaixo as causas de emancipação:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz,
ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

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V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de


emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos
tenha economia própria.
A cota do filho, do enteado, do menor tutelado ou do irmão dependente que se
tornar inválido ou pessoa com deficiência intelectual, mental ou grave antes de
completar vinte e um anos de idade não será extinta se confirmada a invalidez ou
a deficiência.
A invalidez será reconhecida pela Perícia Médica Federal.
A deficiência será reconhecida por meio de avaliação biopsicossocial realizada por
equipe multiprofissional e interdisciplinar.
Portanto, para efeitos de dependência previdenciária sem limite de idade, a
invalidez tem que existir quando o requisito exigido como condição para concessão
do benefício for implementado. Assim sendo, a pensão por morte somente será
devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha ocorrido antes da emancipação ou
antes de completar a idade de vinte e um anos, desde que reconhecida ou
comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da invalidez até a data
do óbito do segurado.

Exemplo 1: Abelardo , segurado do RGPS, faleceu deixando um filho de 25


anos chamado Paulo. Seis meses após a morte de Abelardo, Paulo sofreu um
acidente e ficou inválido. Nesta situação, apesar de inválido, Paulo não terá
direito à pensão por morte, pois sua invalidez ocorreu após a morte de seu pai
Abelardo e quando Paulo já possuía mais de 21 anos.

Exemplo 2: Agora vamos imaginar que Paulo, quando do falecimento de seu


pai Abelardo, tivesse 16 anos. Caso Paulo fique inválido antes de completar 21
anos, terá direito à manutenção dos benefícios de pensão por morte, enquanto
durar a invalidez, independentemente de ter ficado inválido antes ou após o
óbito do segurado.

O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de


microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte
individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com
deficiência grave.

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Aula 06

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

(CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO


ADAPTADA).
Ao filho maior de vinte e um anos de idade será garantida a prestação de
benefícios e serviços da previdência social, desde que comprove a matrícula
em instituição de ensino superior, até a data da sua formatura.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Filhos, com exceção dos inválidos ou deficientes, são dependentes Classe I e
possuem direito a pensão até os 21 anos, não sendo o exercício de tal direito
prorrogável pelo fato de estarem matriculados em universidade.
Conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave; (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.

Gabarito: ERRADO.

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Aula 06

(CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS, julgue


o item a seguir.
De acordo com o disposto na Lei n.º 8.213/1991, filho maior de vinte e um
anos de idade não portador de invalidez ou qualquer deficiência mantém a
condição de dependente do segurado do RGPS até completar vinte e quatro
anos, desde que seja estudante universitário.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Filhos fazem parte de dependentes da Classe I, como podemos ver no art. 16 da
Lei 8.213/91, mas como sabemos, há algumas condições para isto. Vejamos o
referido artigo:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
(...)
(Destaques Nossos).

Podemos ver que nada se fala sobre o filho ser estudante universitário ou não. A lei
apenas diz que filhos menores de 21 anos são considerados como dependentes,
com exceção aos filhos inválidos ou portadores de deficiências intelectuais ou
mentais, portanto assertiva incorreta.

Gabarito: ERRADO.

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Aula 06

(Questão Inédita) Julgue o item a seguir: De acordo com o disposto na Lei n.º
8.213/1991, o filho, ainda não emancipado, quando adquire a maioridade civil
e não é portador de invalidez ou qualquer deficiência, automaticamente perde
a condição de dependente do segurado do RGPS.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Filhos fazem parte de dependentes da Classe I e perdem tal condição quando
chegam a determinada idade. Mas será que esta idade coincide com a maioridade
civil? Vejamos o art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave; (...)

(Destaques Nossos).

Podemos ver, neste caso, que a idade considerada pela legislação previdenciária
para a perda da condição de dependente é de 21 anos. Isto é diferente da perda
da menoridade que, segundo o artigo 5º do Código Civil, cessa aos 18 anos.
Calma... Você não precisa saber todo o Código Civil para realizar uma prova de
direito previdenciário. Mas, neste tipo de contexto, uma informação que pode ser
considerada senso comum (a maioridade no Brasil inicia-se após os 18 anos
completos), pode cair na sua prova. Mas não confunda maioridade civil (18 anos)
com idade padrão para cessar a dependência do filho no RGPS (21 anos).

Gabarito: ERRADO.

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EQUIPARADOS A FILHOS

Equiparam-se aos filhos, na condição de dependente de Classe I (preferencial),


exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a
dependência econômica na forma prevista em Regulamento.

Enteado: considera-se enteado o filho de seu cônjuge ou companheiro


atual, proveniente de um relacionamento anterior.

Tutela: considera-se tutela um encargo conferido a uma pessoa


civilmente capaz, para que esta administre os bens e/ou a conduta de um
menor de idade, decorrente de falecimento dos pais ou estes decaírem
do poder familiar.

Os equipados a filhos, quando cumprirem os requisitos exigidos, estão incluídos no


rol de dependentes de Classe I (dependentes preferenciais), desde que sejam
menores de 21 anos ou, em qualquer idade, quando inválidos ou que tenha
deficiência intelectual, mental ou deficiência grave.

No caso de equiparado a filho, a inscrição será feita mediante a comprovação da


equiparação por:

• documento escrito do segurado falecido manifestando essa intenção;


• da dependência econômica; e
• da declaração de que não tenha sido emancipado.

A maior polêmica está na exclusão dos “menores sob guarda” do rol de


dependentes equiparados a filhos, conforme podemos verificar no art. 16, § 2º,da
Lei 8.213/91, com a redação dada pela Lei nº 9.528/97. Após a exclusão dos
menores sob guarda, restaram como equiparados a filhos apenas o enteado e o
menor tutelado.

No entanto, o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.090/90), em seu art. 33,


§1º, determina que:

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Aula 06

§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para


todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.

Como podemos perceber, existe um conflito entre a norma mais específica (Lei
8.213/91) e a norma mais genérica (Estatuto da Criança e do Adolescente) acerca
da equiparação a filho do “menor sob guarda”, para efeitos previdenciários.
Vejamos, resumidamente, cada entendimento:

Lei 8.213/91: Menor sob guarda não é dependente do RGPS.

Lei 8.090/90: Menor sob guarda é dependente do RGPS.

Para resolver tal conflito, a Emenda Constitucional 103/19 (Reforma da


Previdência), norma supralegal, determinou que se equiparam a filho, para fins de
recebimento da pensão por morte, exclusivamente o enteado e o menor tutelado,
desde que comprovada a dependência econômica. Nesse caso, como a
Constituição Federal prevalece sobre as leis, podemos concluir que o menor sob
guarda não é dependente do RGPS.

Não obstante, o STF julgou em 2021 a Ação Direta de Inconstitucionalidade 5083,


e decidiu que foi inconstitucional a exclusão do menor sob guarda como
equiparado a filho pela Lei 9.517/97. Portanto, a corte entendeu que o menor sob
guarda é considerado dependente para fins previdenciários.

Porém, esse entendimento deve ser levado para prova somente se a banca fizer
menção à jurisprudência no enunciado da questão. Isso porque a decisão
mencionada abrangeu somente a Lei 9.518/97 e não se estende à Emenda
Constitucional 103/19. Até agora, a última é considerada válida.

Dessa forma, a decisão do STF só vale para benefícios com fatos geradores até
13/11/2019, já que a partir dessa data entrou em vigor nova norma de hierarquia
constitucional que deixa claro que somente são dependentes o menor tutelado e
o enteado.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

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Aula 06

(CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - Auditoria de Contas Públicas


– 2017).
Acerca da filiação, acumulação de benefício e regimes próprios de previdência
social, julgue o item a seguir.
O adolescente que estiver sob dependência econômica da madrasta,
segurada do RGPS, poderá ser inscrito no INSS como dependente desta.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
As Classes de dependentes são definidas em três, e vimos que apenas os
dependentes de 1ª Classe são considerados como financeiramente dependentes
do segurado. O enteado do segurado é equiparado aos filhos, mas precisa
comprovar dependência econômica para ser considerado dependente e receber os
benefícios, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave; (...)

§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado


e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no
Regulamento.

(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é verdadeira.

Gabarito: CERTO.

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(CESPE - Defensor Público Federal – 2015).


Em relação aos segurados do RGPS e seus dependentes, julgue o item
subsecutivo.
A lei de benefícios previdenciários prevê expressamente que o menor sob
guarda do segurado filiado ao RGPS é seu dependente, havendo discussão
jurisprudencial a respeito do tema, dada a existência de normas contrárias no
ordenamento jurídico nacional.
( ) Certo
( ) Errado ==bc559==

COMENTÁRIOS:
A assertiva está incorreta, pois diferentemente do afirmado, a lei de benefícios
previdenciários NÃO prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado
filiado ao RGPS é seu dependente (não confundir menor sob guarda com menor
sob tutela). Esse também é o disposto no texto constitucional, conforme art. 28 do
ADCT, equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte,
exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a
dependência econômica.

Gabarito: ERRADO.

COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA

Os dependentes de Classe I, também conhecidos como dependentes preferenciais,


em regra, não precisam comprovar dependência econômica, uma vez que tal
dependência é presumida.

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Os únicos dependentes de Classe I que precisam comprovar dependência


econômica são os equiparados a filhos, conforme segue:

• Enteado; e
• Menor sob Tutela.

No caso dos demais dependentes de Classe I, mesmo que possuam bens


suficientes para garantir seu sustento e educação e não dependam
economicamente do segurado, farão jus às prestações previdenciárias na qualidade
de dependentes.

Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso,


deverão ser apresentados, no mínimo, dois documentos, os quais deverão ser
contemporâneos dos fatos, produzidos em período não superior aos vinte e quatro
meses anteriores à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não
admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de
força maior ou caso fortuito.

Os documentos que poderão ser aceitos, dentre outros, são:

• certidão de nascimento de filho havido em comum;


• certidão de casamento religioso;
• declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado
como seu dependente;
• disposições testamentárias;
• declaração especial feita perante tabelião;
• prova de mesmo domicílio;
• prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou
comunhão nos atos da vida civil;
• procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
• conta bancária conjunta;
• registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado
como dependente do segurado;
• anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados;

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• apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a


pessoa interessada como sua beneficiária;
• ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o
segurado como responsável;
• escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de
dependente;
• declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos;
ou
• quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar.

Obs.: O fato superveniente que importe em exclusão ou inclusão de dependente


deve ser comunicado ao Instituto Nacional do Seguro Social, com as provas
cabíveis.

Para comprovação de dependência econômica ou união estável, exige-se


início de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período
não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do
recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente
testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso
fortuito, conforme disposto no regulamento.

Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver


sido condenado criminalmente por sentença com trânsito em julgado,
como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa
desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os
absolutamente incapazes e os inimputáveis.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

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(CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO


ADAPTADA). Julgue a assertiva a seguir.
A prestação de benefícios e serviços da previdência social será garantida ao
cônjuge supérstite, desde que este comprove a dependência econômica do
cônjuge segurado que tiver falecido.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Cônjuge, como você sabe, são pertencentes à Classe I. Não se assuste com as
palavras que você não conheça, caso isto ocorra na prova. No caso, cônjuge
supérstite significa cônjuge sobrevivente (viúvo), pertence à Classe I. Sabemos que
dependentes Classe I, são considerados como financeiramente dependentes,
conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do
segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave; (...)

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais


deve ser comprovada.

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois o cônjuge não deverá
comprovar dependência econômica, uma vez que ela é presumida.

Gabarito: ERRADO.

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(CESPE - Analista Judiciário - TRT 7ª Região – 2017) (QUESTÃO ADAPTADA).


João, segurado obrigatório no RGPS, é casado com Fabiana, pelo regime da
separação total de bens, com quem tem dois filhos, Marcos, de dezesseis anos
de idade, e Felipe, de vinte e cinco anos de idade, portador de deficiência
mental grave desde criança.
Nessa situação hipotética, à luz da Lei n.º 8.213/1991, considera(m)-se
dependente(s) previdenciário(s) de João: Fabiana, Marcos e Felipe.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Cônjuges, filhos menores de 21 anos não emancipados ou filhos inválidos ou que
tenham deficiência intelectual ou mental (independentemente da idade), são
considerados como dependentes de 1ª Classe. Automaticamente, tais
dependentes têm sua dependência econômica presumida, conforme podemos
conferir no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave; (...)

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais


deve ser comprovada.

O fato de João ser casado com Fabiana pelo regime da separação total de bens
em nada altera a condição de dependente preferencial de Fabiana. Sendo assim
podemos concluir que a assertiva é verdadeira.
Gabarito: CERTO.

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Aula 06

(CESPE - Juiz Federal - TRF 1ª Região – 2015) (QUESTÃO ADAPTADA). Com


relação aos beneficiários do RGPS, julgue o item a seguir:
Para efeitos previdenciários, presume-se que o filho e o enteado com menos
de vinte e um anos são economicamente dependentes do segurado.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
O enteado do segurado, é equiparado aos filhos, mas precisa comprovar
dependência econômica para receber os benefícios, conforme podemos ver no art.
16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;

(...)

§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado


e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no
Regulamento.

(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois o enteado, apesar de
ser dependente de 1ª Classe, deverá comprovar a dependência econômica.

Gabarito: ERRADO.

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(CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS,


julgue o item a seguir.
É presumida a dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e
menos de vinte e um anos de idade em relação ao segurado da previdência
social, não sendo necessária a comprovação dessa dependência para que ele
se torne beneficiário do RGPS na condição de dependente do segurado.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Estudamos que os filhos são pertencentes à Classe I, no rol de dependentes (que
possui 3 classes). Dependentes Classe I são considerados como financeiramente
dependente, como podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;

(...)

(Destaques Nossos).

Note que a menção à idade é de 21 anos e não 18. Não confunda a maioridade
civil com a perda da condição de dependente.
Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta, pois é presumida a
dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e menos de vinte e um
anos de idade em relação ao segurado da previdência social. O fato de ser
presumida também a dependência econômica para os filhos menores de 18 anos,
não modifica a verdade contida na afirmação.

Gabarito: CERTO.

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DEPENDENTES DE CLASSE II (PAIS)

PAIS

Os pais (pai e a mãe) do segurado são seus dependentes de Classe II.

Importante lembrar que os dependentes de Classe II somente terão direito às


prestações previdenciárias (benefícios e serviços) caso não exista nenhum
dependente de Classe I (preferencial), uma vez que a existência de dependente de
qualquer das classes anteriores exclui do direito às prestações os das classes
seguintes.

COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA

Para fins de concessão de benefícios previdenciários, os pais (dependentes de


Classe II) devem comprovar dependência econômica, bem como a inexistência de
dependentes de Classe I (preferenciais).

Para comprovação de dependência econômica ou união estável, exige-se


início de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período
não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do
recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente
testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso
fortuito, conforme disposto no regulamento.

Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver


sido condenado criminalmente por sentença com trânsito em julgado,
como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa
desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os
absolutamente incapazes e os inimputáveis.

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Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

(CESPE - Defensor Público Federal - 2017). A respeito da condição de


segurados e dependentes no RGPS e da fonte de custeio desse regime, julgue
o item subsequente.
Para efeito de concessão de benefício aos dependentes, a dependência
econômica dos genitores do segurado é considerada presumida.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
As Classes de dependentes são definidas em três e apenas os dependentes Classe
I, em regra, são considerados, de forma presumida, como economicamente
dependentes do segurado. Os genitores do segurado (pai e mãe) são considerados
como dependentes de Classe II, precisando comprovar dependência econômica
para receber pensão, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave

II - os pais; (...)

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais


deve ser comprovada. (Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.

Gabarito: ERRADO.

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Aula 06

(CESPE - Analista de Administração Pública - TC-DF - 2014). No que se refere


ao regime geral de previdência social, julgue o item a seguir.
É presumida, por força de lei, a dependência econômica dos pais do segurado
para fins de atribuição da qualidade de dependentes.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Não é bem assim. Os pais do segurado são considerados como dependentes Classe
II, precisando comprovar dependência financeira para receber pensão, conforme
podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave

II - os pais; (...)

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais


deve ser comprovada. (Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois a dependência


econômica dos pais do segurado para fins de atribuição da qualidade de
dependentes deverá ser comprovada.

Gabarito: ERRADO.

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(CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho – 2013). No que se refere às normas que


regulamentam a condição de dependente no RGPS, julgue o item
subsequente.
Apesar de integrarem a segunda classe de dependentes, os pais poderão fazer
jus ao recebimento de pensão por morte, desde que comprovem a
dependência econômica do segurado a eles, ainda que existam dependentes
que integrem a primeira classe.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
As Classes de dependentes são definidas em três e apenas os dependentes Classe
I são, em regra, automaticamente considerados como economicamente
dependentes do segurado. Os pais do segurado são considerados como
dependentes de Classe II, precisando comprovar dependência financeira para
receber pensão, porém só poderão receber essa pensão caso não exista nenhum
beneficiário Classe I, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave

II - os pais; (...)

§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às


prestações os das classes seguintes. (...)

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais


deve ser comprovada.

Além do erro apontado acima, outro erro está inserido na questão. Quando a
assertiva afirma que os pais poderão fazer jus ao recebimento de pensão por morte,
desde que comprovem a dependência econômica do segurado a eles, temos uma
inversão técnica, pois não se deve comprovar a dependência econômica do
segurado aos pais, mas sim dos pais em relação aos segurados.

Gabarito: ERRADO.

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DEPENDENTES DE CLASSE III (IRMÃOS)

IRMÃOS

Os irmãos são dependentes de Classe III, quando não emancipados, de qualquer


condição, quando menores de 21 anos ou, em qualquer idade, quando inválidos
ou que tenha deficiência intelectual, mental ou deficiência grave.

Importante lembrar que os dependentes de Classe III somente terão direito às


prestações previdenciárias (benefícios e serviços) caso não exista qualquer
dependente de Classe I (preferenciais), nem tampouco qualquer dependente de
Classe II, uma vez que a existência de dependente de qualquer das classes
anteriores exclui do direito às prestações os das classes seguintes.

COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA

Como vimos, para fins de concessão de benefícios previdenciários, os irmãos


(dependentes de Classe III) devem comprovar dependência econômica, bem como
a inexistência de dependentes de Classe I (preferenciais) e de Classe II.

Para comprovação de dependência econômica ou união estável, exige-se


início de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período
não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do
recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente
testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso
fortuito, conforme disposto no regulamento.

Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver


sido condenado criminalmente por sentença com trânsito em julgado,
como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa
desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os
absolutamente incapazes e os inimputáveis.

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Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

(CESPE - Auditor Governamental - CGE PI –2015). A respeito do regime geral


de previdência social, julgue o item a seguir.
A dependência econômica do irmão menor de vinte e um anos de idade na
condição de dependente do segurado é presumida para fins de obtenção de
benefício previdenciário.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder a esta questão, recorramos ao art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.
(Destaques Nossos).

Portanto assertiva incorreta, pois a dependência dos irmãos, que são dependentes
da Classe III, não é presumida, devendo ser comprovada.

Gabarito: ERRADO.

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(CESPE - Analista Judiciário - TRT 10ª Região – 2013). O item a seguir


apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com
base nas disposições do direito previdenciário.
José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu
irmão mais velho, João, que é segurado da previdência social. Nessa situação,
José é considerado beneficiário do regime geral da previdência social, na
condição de dependente de João.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Como estudamos, temos três classes de dependentes. Irmãos pertencem a Classe
III, portanto, conforme podemos ver na legislação, transcrita abaixo, precisam
comprovar a dependência econômica. Vejamos o art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;

II - os pais;

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

(Destaques Nossos).

Nesse caso em específico, o irmão (José) tem 16 anos de idade, não é emancipado
e é economicamente dependente de seu irmão mais velho (João, que é segurado
RGPS). Portanto, José é considerado como beneficiário dependente de João, se
não houver dependentes de classes anteriores.

Gabarito: CERTO.

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REGRAS APLICÁVEIS AOS DEPENDENTES

Em relação aos dependentes, temos algumas regras básicas para que sejam
considerados beneficiários do RGPS, conforme segue:

• A existência de dependente de qualquer das classes exclui do direito às


prestações os das classes seguintes.

o Exemplo: Se houver algum cônjuge, companheiro, filho ou equiparado


a filho como dependentes, os pais e irmão não terão qualquer direito
ao benefício previdenciário.

• Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de


condições. Assim sendo, os benefícios dos dependentes (pensão por morte
e auxílio-reclusão), quando devidos, serão divididos em cotas iguais entre
cada um dos dependentes.

o Exemplo: Imaginemos uma pensão por morte a ser paga para cinco
dependentes, sendo uma esposa e quatro filhos menores. Se o valor
da renda mensal inicial da pensão por morte for R$ 2.000,00, cada um
dos cinco dependentes receberá R$ 400,00.

• Equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do segurado, e


comprovada a dependência econômica, exclusivamente o enteado e o
menor que esteja sob sua tutela.

o Enteado: considera-se enteado o filho de seu cônjuge ou companheiro


atual, proveniente de um matrimônio anterior.

o Tutela: considera-se tutela um encargo conferido a uma pessoa


civilmente capaz, para que esta administre os bens e/ou a conduta de
um menor de idade, decorrente de falecimento dos pais ou estes
decaírem dom poder familiar.

• O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado
mediante apresentação de termo de tutela.

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• Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união


estável com o segurado ou segurada.

o Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública,


contínua e duradoura entre pessoas, estabelecida com intenção de
constituição de família, inclusive na relação homoafetiva.

• A dependência econômica dos dependentes de Classe I é presumida e a das


demais deve ser comprovada.

Obs.: O enteado e menor sob tutela, apesar de considerados


dependentes de Classe I, deverão comprovar a dependência
econômica.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

(FCC - Analista Judiciário (TST)/Judiciária/2012). São beneficiários do Regime


Geral da Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência
econômica.
b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de
comprovação da dependência econômica.
c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência
econômica.
d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência
econômica.
e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de
dependência econômica.

COMENTÁRIOS:

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A resolução da presente questão tem por base o art. 16 da Lei 8.213/91, conforme
segue:
“Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;

II - os pais;

III - o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento.

§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às


prestações os das classes seguintes.

§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado


e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no
Regulamento.

§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém


união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da
Constituição Federal.

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais


deve ser comprovada.”

Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa:
a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência
econômica.
Ascendentes até o terceiro grau não são dependentes, mesmo que comprovada
dependência econômica. Apenas os pais, desde que comprovem dependência
econômica (ERRADA).

b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de comprovação


da dependência econômica.
O irmão de qualquer condição será dependente quando menor de 21 (vinte e um)
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave, nos termos do regulamento, desde que comprovem dependência
econômica. (ERRADA).

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c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência


econômica.
O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do
segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma
estabelecida no Regulamento. (ERRADA).

d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência econômica.


Cônjuge e companheira não precisam comprovar dependência econômica.
(ERRADA).

e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de


dependência econômica.
O filho não emancipado inválido será dependente independentemente da idade e
de qualquer comprovação de dependência econômica. (CORRETA).

RESPOSTA: E

(FCC - Analista Judiciário (TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem


Especialidade"/2012). Nos termos da Lei no 8.213/1991, NÃO são
beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
a) os seus pais.
b) o seu irmão inválido de 30 anos.
c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos.
d) o companheiro que mantém união estável.
e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do
segurado.

COMENTÁRIOS:

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A resolução da presente questão tem por base o art. 16 da Lei 8.213/91.


Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa:

a) os seus pais.
Os pais poderão ser dependentes, desde que comprovada dependência
econômica.

b) o seu irmão inválido de 30 anos.


Irmão inválido poderá ser dependente qualquer que seja sua idade, desde que
comprovada dependência econômica.

c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos.


Irmão não emancipado, menor de 21 anos, poderá ser dependente, desde que
comprovada dependência econômica.

d) o companheiro que mantém união estável.


Companheiro que mantém união estável é dependente econômico.

e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do


segurado.
O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do
segurado, desde que comprovada a dependência econômica. Se não for
comprovada a dependência econômica, não será dependente. Como a questão
pede para assinalarmos a questão onde aparece alguém que NÃO é beneficiários
do RGPS, esta é a alternativa que deverá ser marcada.

RESPOSTA: E

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Regra 1

Os dependentes de uma mesma classe


Dependentes
concorrem com igualdade de condições.

Regra 2

A existência de dependentes de qualquer


Dependentes das classes exclui do direito às prestações os
das classes seguintes.

Regra 3

A pensão por morte, havendo mais de um


Dependentes
pensionista, será rateada em partes iguais.

Regra 4
A dependência econômica das pessoas da
Dependentes Classe I é presumida* e das demais deve ser
comprovada. (*Exceção: enteado e menor sob
tutela devem comprovar dependência
econômica, apesar de ser de Classe I).

A MP 871/2019, convertida na lei 13.846/19, trouxe expressa


a regra de que, para comprovação de dependência
Regra 5 econômica ou união estável, exige-se início de prova
material contemporânea dos fatos, produzido em período
Dependentes não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do
óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida
a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência
de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme
disposto no regulamento.

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Regra 6
Equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do
segurado, comprovada a dependência econômica, o
Dependentes enteado e o menor que esteja sob sua tutela, desde
que não possuam bens suficientes para o próprio sustento
e educação.

Regra 7

O menor sob tutela somente poderá


Dependentes
equiparar-se aos filhos do segurado mediante
apresentação de termo de tutela.

Regra 8

Considera-se companheira ou companheiro a


Dependentes pessoa que mantenha união estável com o
segurado ou segurada, inclusive relação
homoafetiva.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

(FCC - Procurador Autárquico – MANAUSPREV – 2015). Após o falecimento


de Isis, seus familiares procuraram a Previdência Social a fim de requerer os
benefícios como dependentes do de cujus. Nessa situação, a dependência
econômica não será presumida, devendo ser comprovada para:

a) filho inválido com 30 anos.

b) companheiro que mantinha união estável com a segurada.

c) enteado menor de 21 anos.

d) filho não emancipado de 19 anos.

e) cônjuge.

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COMENTÁRIOS:

Os dependentes estão divididos em três classes, conforme podemos verificar no


Art. 16 da Lei 8.213/91:

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de


dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado
e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no
Regulamento.
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém
união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da
Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.

A partir destas informações, analisemos as assertivas:

a) filho inválido com 30 anos.

Incorreta, pois filho inválido, independentemente da idade, não precisa comprovar


dependência econômica.

b) companheiro que mantinha união estável com a segurada.

Incorreta, pois companheiro não precisa comprovar dependência econômica e sim


a união estável.

c) enteado menor de 21 anos.

Essa é a alternativa correta, pois enteado, apesar de ser equiparado ao filho, precisa
comprovar a dependência econômica, conforme vimos na legislação acima.

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d) filho não emancipado de 19 anos.

Incorreta, pois na realidade o filho até 21 anos, desde que não emancipado, é
dependente de 1ª Classe e não precisa comprovar dependência econômica.

e) cônjuge.

Incorreta, pois cônjuge pertence a 1ª Classe e sua dependência econômica é


presumida.

Gabarito: C.

(FCC - Auditor - TCE-CE – 2015). Afrodite é segurada do Regime Geral da


Previdência Social. Mantém união estável como entidade familiar com Thor e
possui um filho Hermes de 27 anos. Em sua residência também habitam o seu
pai Ulisses de 64 anos e a sua irmã Medusa, não emancipada, de 17 anos.
Considerando as regras contidas no Plano de Benefícios da Previdência Social,
será considerado segurado de primeira classe e será presumida a dependência
econômica, respectivamente, de

a) Thor e Thor.

b) Thor e Ulisses.

c) Ulisses e Medusa.

d) Hermes e Medusa.

e) Hermes e Hermes.

COMENTÁRIOS:

Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes de primeira


classe, nos termos da lei, são aqueles mais próximos do segurado, senão vejamos:

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Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de


dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave

Sendo assim, só temos como possibilidade a “alternativa A”, pois Thor é o cônjuge,
dependente de primeira classe e sua dependência econômica é presumida. Ulisses
é o pai, portanto dependente de classe II; Medusa é a irmã, portanto dependente
de classe III. Ademais, Ulisses e Medusa dependem de comprovação da
dependência econômica.

Gabarito: A.

(FCC - Procurador do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro –


2015). Dependente é toda pessoa física filiada ao Regime Geral da Previdência
Social em razão do seu vínculo com o segurado principal. Quanto aos
dependentes, não é necessária a comprovação dessa condição, em razão de
presunção legal de dependência econômica:

a) os filhos, enteados e tutelados até 25 anos de idade.

b) os pais desde que inválidos.

c) os netos, filhos ou enteados de qualquer idade, desde que universitários.

d) os irmãos desde que inválidos.

e) o cônjuge, companheiro ou filho não emancipado, menor de 21 anos ou


inválido.

COMENTÁRIOS:

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Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes de primeira


classe são aqueles que, em regra, se presume a dependência financeira, conforme
segue:

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de


dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave. (...)

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais


deve ser comprovada.

Visto isso, vamos às assertivas:

a) os filhos, enteados e tutelados até 25 anos de idade.

Incorreto, pois apenas os filhos menores de 21 anos ou inválidos ou que tenha


deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave fariam parte deste rol.
Enteados e tutelados, apesar de ser dependente de 1ª Classe, deverão comprovar
sua dependência econômica.

b) os pais desde que inválidos.

Incorreta, pois os pais fazem parte da Classe II e a dependência econômica deve


ser comprovada.

c) os netos, filhos ou enteados de qualquer idade, desde que universitários.

Incorreto. Filhos são dependentes, independentemente de comprovação de


dependência econômica, apenas até 21 anos de idade, salvo se inválidos ou que
tenham deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. Netos não fazem
parte do rol de dependentes. Enteados precisam comprovar dependência
econômica. O fato de ser universitário não altera em nada as regras de
dependência no direito previdenciário.

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d) os irmãos desde que inválidos.

Incorreta, irmãos devem comprovar dependência econômica, ainda que inválidos.

e) o cônjuge, companheiro ou filho não emancipado, menor de 21 anos ou inválido.

Correto, pois esses fazem parte da Classe I e sua dependência econômica é


presumida, não precisando, portanto, ser comprovada.

Gabarito: E.

(FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ – 2015). Em relação aos


dependentes dos segurados, nos termos previstos no Plano de Benefícios do
Regime Geral da Previdência Social,
a) os avós constam do rol dos dependentes que têm dependência econômica
legalmente presumida.
b) são benefícios previstos aos dependentes a pensão por morte, a
reabilitação profissional e o salário-maternidade.
c) o menor tutelado e o enteado não se equiparam aos filhos para efeitos
previdenciários.
d) a existência de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.
e) os irmãos menores de 21 anos, ainda que emancipados, são dependentes
de segunda classe.

COMENTÁRIOS:
Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave

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II - os pais;

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às


prestações os das classes seguintes.

§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado


e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no
Regulamento.

§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém


união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da
Constituição Federal.

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais


deve ser comprovada.

Agora, vamos às assertivas:


a) os avós constam do rol dos dependentes que têm dependência econômica
legalmente presumida.
Incorreta, pois avós não fazem parte do rol dos dependentes.

b) são benefícios previstos aos dependentes a pensão por morte, a reabilitação


profissional e o salário-maternidade.
Incorreta, conforme podemos verificar no Art. 18 Lei 8.213/91. Tal assunto ainda
será estudado em detalhes nesta aula.
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações,
devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em
benefícios e serviços:

II - quanto ao dependente:

a) pensão por morte;

b) auxílio-reclusão;

III - quanto ao segurado e dependente:

b) serviço social;

c) reabilitação profissional.

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Aula 06

Assim sendo, podemos verificar que a pensão por morte e a reabilitação


profissional são prestações devidas aos dependentes. No entanto, o salário-
maternidade é devido apenas aos segurados do RGPS.

c) o menor tutelado e o enteado não se equiparam aos filhos para efeitos


previdenciários.
Incorreto, pois menor tutelado e enteado equiparam-se ao filho e serão
dependentes de 1ª Classe, caso seja comprovada dependência financeira.

d) a existência de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às


prestações os das classes seguintes.
Correto, é exatamente isso que está previsto na lei, conforme podemos verificar no
art. 6º da Lei 8.213/91:
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.

e) os irmãos menores de 21 anos, ainda que emancipados, são dependentes de


segunda classe.
Incorreta, pois irmão são dependentes de terceira Classe.

Gabarito: D.

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PERDA DA QUALIDADE DE DEPENDENTE


A perda da qualidade de dependente ocorre:

• para o cônjuge, pela separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for
assegurada a prestação de alimentos, pela anulação do casamento, pelo
óbito ou por sentença judicial transitada em julgado;

• para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o


segurado ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de
alimentos;

• ao completar vinte e um anos de idade, para o filho, o irmão, o enteado ou


o menor tutelado, ou nas seguintes hipóteses, se ocorridas anteriormente a
essa idade:

o casamento;
o início do exercício de emprego público efetivo;
o constituição de estabelecimento civil ou comercial ou pela existência
de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com
dezesseis anos completos tenha economia própria; ou
o concessão de emancipação, pelos pais, ou por um deles na falta do
outro, por meio de instrumento público, independentemente de
homologação judicial, ou por sentença judicial, ouvido o tutor, se o
menor tiver dezesseis anos completos.

• para os dependentes em geral:

o pela cessação da invalidez ou da deficiência intelectual, mental ou


grave; ou
o pelo falecimento.

Também será excluído definitivamente da condição de dependente aquele que


tiver sido condenado criminalmente por sentença transitada em julgado, como
autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime,
cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e
os inimputáveis.

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INSCRIÇÃO DOS DEPENDENTES


A inscrição do dependente do segurado será promovida quando do requerimento
do benefício a que tiver direito, mediante a apresentação dos seguintes
documentos:

• para os dependentes preferenciais


o cônjuge e filhos: certidões de casamento e de nascimento;
o companheira ou companheiro: documento de identidade e
certidão de casamento com averbação da separação judicial ou
divórcio, quando um dos companheiros ou ambos já tiverem sido
casados, ou de óbito, se for o caso; e
o equiparado a filho (enteado e menor sob tutela): certidão judicial
de tutela e, em se tratando de enteado, certidão de casamento do
segurado e de nascimento do dependente.

• pais: certidão de nascimento do segurado e documentos de identidade


dos mesmos; e

• irmão: certidão de nascimento.

Assim sendo, não há inscrição prévia de dependente. Somente quando do


requerimento do benefício de pensão por morte ou auxílio-reclusão é que os
dependentes deverão comprovar sua qualidade de dependente.

INSCRIÇÃO DO DEPENDENTE
Incumbe ao dependente promover a sua inscrição quando do
requerimento do benefício a que estiver habilitado.

Assim sendo, não há inscrição prévia de dependente.


Somente quando do requerimento do benefício de pensão por
morte ou auxílio-reclusão é que os dependentes deverão
comprovar sua qualidade de dependente.

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PRESTAÇÕES DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA


SOCIAL - RGPS

INTRODUÇÃO

Prestação Previdenciária é gênero, dos quais são espécies os benefícios e serviços.

BENEFÍCIOS: são as prestações previdenciárias com conteúdo


pecuniário, ou seja, são pagas pelo INSS aos beneficiários (segurados e
dependentes)

SERVIÇOS: são as prestações previdenciárias sem conteúdo pecuniário,


ou seja, não são pagas, mas prestadas em favor dos beneficiários
(segurados e dependentes)

Espécies de
Prestações previdenciárias

Benefícios Serviços

Conteúdo Sem conteúdo


Pecuniário Pecuniário

ESPÉCIES DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

O Regime Geral de Previdência Social – RGPS, após a Reforma da Previdência,


compreende 10 benefícios, divididos em 4 aposentadorias, 3 auxílios, 2 salários e
1 pensão.

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São benefícios do RGPS:

• Aposentadoria por Incapacidade Permanente (antiga aposentadoria por


invalidez);
• Aposentadoria Programada (idade + tempo de contribuição);
• Aposentadoria por idade do trabalhador rural;
• Aposentadoria Especial (idade + tempo de contribuição);
• Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença)
• Auxílio-Acidente;
• Auxílio-Reclusão.
• Salário-Família;
• Salário-Maternidade;
• Pensão por Morte.

4 Aposentadorias

Benefícios
3 Auxílios

2 Salários
Regra “4-3-2-1”

1 Pensão

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- Aposentadoria por incapacidade permanente


- Aposentadoria programada (idade + tempo de contribuição)
4 Aposentadorias
- Aposentadoria por idade do trabalhador rural
- Aposentadoria especial

- Auxílio por incapacidade temporária


3 Auxílios - Auxílio-acidente
- Auxílio-reclusão (para dependentes)
- Salário-família
2 Salários
- Salário-maternidade

1 Pensão - Pensão por morte (para dependentes)

SERVIÇOS PRESTADOS PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL

O Regime Geral de Previdência Social – RGPS compreende os seguintes serviços.

São serviços do RGPS:

• Habilitação e Reabilitação Profissional;


• Serviço Social.

Serviços

Habilitação e
Serviço Social
Reabilitação Profissional

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PRESTAÇÕES DOS SEGURADOS E DEPENDENTES

Prestações dos Segurados

Dentre as prestações previdenciárias, os segurados fazem jus aos seguintes


benefícios e serviços:

➢ BENEFÍCIOS devidos a SEGURADOS do RGPS:


• Aposentadoria por Incapacidade Permanente (antiga aposentadoria por
invalidez);
• Aposentadoria Programada (idade + tempo de contribuição);
• Aposentadoria por idade do trabalhador rural;
• Aposentadoria Especial (idade + tempo de contribuição);
• Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença);
• Auxílio-Acidente;
• Salário-Família; e
• Salário-Maternidade.

➢ SERVIÇOS devido aos SEGURADOS do RGPS:


• Habilitação e Reabilitação Profissional; e
• Serviço Social.

Não são devidos aos SEGURADOS os seguintes BENEFÍCIOS:

- Pensão por Morte;


- Auxílio-Reclusão.

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Prestações dos Dependentes

Dentre as prestações previdenciárias, os dependentes fazem jus apenas aos


seguintes benefícios e serviços:

• BENEFÍCIOS devidos aos DEPENDENTES do RGPS:


• Pensão por Morte; e
• Auxílio-Reclusão.

• SERVIÇOS devidos aos DEPENDENTES do RGPS:


• Habilitação e Reabilitação Profissional; e
• Serviço Social.

Não são devidos a DEPENDENTES os seguintes BENEFÍCIOS:

- Aposentadoria por Incapacidade Permanente;


- Aposentadoria Programada;
- Aposentadoria por idade do trabalhador rural
- Aposentadoria Programada Especial;
- Auxílio por Incapacidade Temporária;
- Auxílio-Acidente;
- Salário-Família; e
- Salário-Maternidade.

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Nos termos do § 4º, do art. 18, da Lei 8.213/91, incluído pela Lei
13.846/19, os benefícios previdenciários poderão ser solicitados, pelos
interessados, aos Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais, que
encaminharão, eletronicamente, requerimento e respectiva
documentação comprobatória de seu direito para deliberação e análise
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nos termos do
regulamento.

==bc559==

Nos termos do art. 120, da Lei 8.213/91, com a redação dada pela Lei
13.846/19, a Previdência Social ajuizará ação regressiva contra os
responsáveis nos casos de:
I - negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do
trabalho indicadas para a proteção individual e coletiva;
II - violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da Lei nº
11.340, de 7 de agosto de 2006.

Nos termos do art. 121, da Lei 8.213/91, com a redação dada pela Lei
13.846/19, o pagamento de prestações pela Previdência Social em
decorrência dos casos previstos nos incisos I e II do caput do art. 120,
acima mencionados, não exclui a responsabilidade civil da empresa (no
caso de negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do
trabalho indicadas para a proteção individual e coletiva), ou do
responsável (no caso de violência doméstica e familiar contra a mulher).

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

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(FCC - Assessor Jurídico - TCE-PI – 2014). A lei que dispõe sobre o regime
geral da previdência social prevê como prestações expressas em benefícios e
serviços, devidas apenas aos dependentes dos segurados,

a) aposentadoria especial e serviço social.

b) salário-família e auxílio-reclusão.

c) reabilitação profissional e salário-maternidade.

d) pensão por morte e auxílio-reclusão.

e) pecúlio e abono de permanência em serviço.

COMENTÁRIOS:

Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 18, II e III da Lei 8.213/91.

Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas
inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios
e serviços: (...)

II - quanto ao dependente:

a) pensão por morte;

b) auxílio-reclusão;

III - quanto ao segurado e dependente:

a) pecúlios; (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995)

b) serviço social; (Revogado pela Medida Provisória 905 , de 2019)

c) reabilitação profissional

Agora vamos às assertivas:

a) aposentadoria especial e serviço social.

Incorreta, pois aposentadoria especial é apenas direito do segurado e o serviço


social não é prestado pelo RGPS.

b) salário-família e auxílio-reclusão.

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Incorreta, pois salário-família é direito do segurado.

c) reabilitação profissional e salário-maternidade.

Incorreta, pois salário-maternidade é apenas direito do segurado.

d) pensão por morte e auxílio-reclusão.

Essa é a alternativa correta, pois ambas são devidas apenas aos dependentes.

e) pecúlio e abono de permanência em serviços.

Incorreta. Ambos os benefícios foram revogados. O pecúlio está com a revogação


especificada na legislação transcrita acima. O abono de permanência em serviço
era exclusivo do segurado, mas foi excluído do rol de benefícios do RGPS.

Gabarito: D.

(CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho – 2013). No que se refere às normas que


regulamentam a condição de dependente no RGPS, julgue o item
subsequente.
O companheiro e a companheira, desde que comprovem a existência de
união estável, integram o rol de dependentes da primeira classe, o que lhes
permite receber pensão por morte ou auxílio-reclusão, conforme o caso.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
As classes de dependentes são definidas em três, e apenas os dependentes da
Classe I são considerados como financeiramente dependentes. Companheiros
precisam comprovar união estável para serem considerados como dependentes,
conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91. Sobre quais benefícios esses
dependentes terão direito, poderemos consultar o art. 18 da Lei 8.213/91:

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Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de


dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;

(...)

§3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém
união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da
Constituição Federal.

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais


deve ser comprovada.

Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações,


devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em
benefícios e serviços: [...]

II - quanto ao dependente:

a) pensão por morte;

b) auxílio-reclusão;

(Destaques nossos)

Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

(FCC - Analista Judiciário - TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem


Especialidade"/2012). Quanto aos dependentes, são consideradas prestações
previdenciárias compreendidas pelo Regime Geral de Previdência Social:
a) aposentadoria por invalidez e auxílio-doença.
b) auxílio-reclusão e aposentadoria por tempo de contribuição.
c) pensão por morte e aposentadoria especial.
d) auxílio-reclusão e pensão por morte.
e) aposentadoria por idade e auxílio-doença.

COMENTÁRIOS:

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A resolução da presente questão tem por base o art. 18 da Lei 8.213/91.

Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa:

a) aposentadoria por invalidez e auxílio-doença.


Aposentadoria por invalidez e auxílio-doença são benefícios devidos aos
segurados, não aos dependentes. (ERRADA).

b) auxílio-reclusão e aposentadoria por tempo de contribuição.


Auxílio-reclusão é devido aos dependentes e aposentadoria por tempo de
contribuição é benefícios devidos aos segurados. (ERRADA).

c) pensão por morte e aposentadoria especial.


Pensão por morte é devido aos dependentes e aposentadoria especial é benefício
devido aos segurados. (ERRADA).

d) auxílio-reclusão e pensão por morte.


Auxílio-reclusão e pensão por morte são benefícios devidos aos dependentes.
(CORRETA).

e) aposentadoria por idade e auxílio-doença.


Aposentadoria por idade e auxílio-doença são benefícios devidos aos segurados,
não aos dependentes. (ERRADA).

RESPOSTA: D

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APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE

Conceito

A Emenda Constitucional 103/19 chamou a antiga aposentadoria por invalidez de


aposentadoria por incapacidade permanente. Já o texto da Lei 8.213/91 ainda
utiliza a denominação anterior (aposentadoria por invalidez). É apenas uma questão
de terminologia, pois trata-se do mesmo benefício. Contudo, o nome correto
atualmente é “aposentadoria por incapacidade permanente”

A aposentadoria por incapacidade permanente, uma vez cumprida, quando for o


caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de
auxílio por incapacidade temporária, for considerado permanentemente incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a
subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

A concessão de aposentadoria por incapacidade permanente dependerá da


verificação da condição de incapacidade por meio de exame médico-pericial a
cargo da Perícia Médica Federal, de modo que o segurado possa, às suas expensas,
ser acompanhado por médico de sua confiança.

A concessão de aposentadoria por incapacidade permanente, inclusive quando


precedida de auxílio por incapacidade temporária, fica condicionada ao
afastamento do segurado de todas as suas atividades.

Total
da capacidade para
Perda o trabalho
Permanente

Sem possibilidade de reabilitação


Mediante perícia médica

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Beneficiários

Todos os segurados do RGPS têm direito à aposentadoria por incapacidade


permanente.

Aposentadoria por Incapacidade Permanente

Todas as categorias
de segurados
==bc559==

Informações Adicionais

IMPORTANTE: A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao


filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à
aposentadoria por incapacidade permanente, salvo quando a
incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa
doença ou lesão.

O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que


necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte
e cinco por cento) e atenderá o disposto a seguir:

• será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;

• será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;

• cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da


pensão.

O segurado aposentado por incapacidade permanente poderá ser convocado a


qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou
a aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente, bem como fica
obrigado, sob pena de suspensão do pagamento do benefício, a submeter-se a
exame médico-pericial pela Perícia Médica Federal, a processo de reabilitação

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profissional a cargo do INSS e a tratamento dispensado gratuitamente, exceto o


cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.

O aposentado por incapacidade permanente que não tenha retornado à atividade estará
isento do exame médico-pericial acima mencionado nos seguintes casos:

• após completar 55 anos de idade e quando decorridos quinze anos da data de


concessão da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por
incapacidade temporária que a tenha precedido; ou

• após completar sessenta anos de idade.

Tal isenção não se aplica quando o exame tem as seguintes finalidades:

• verificação da necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a


concessão do acréscimo de 25% sobre o valor do benefício;

• verificação da recuperação da capacidade laborativa, por meio de solicitação do


aposentado que se julgar apto; ou

• subsídios à autoridade judiciária na concessão de curatela.

O aposentado por incapacidade permanente, ainda que tenha implementado as condições


para a isenção do exame médico-pericial, será a ele submetido quando necessário para
apuração de fraude.

Obs.: O segurado com síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) fica dispensado da


avaliação médico-pericial, exceto quando necessário para apuração de fraude e nos demais
casos em que a isenção do exame seja afastada, como acabamos de estudar.

A Perícia Médica Federal terá acesso aos prontuários médicos do segurado registrados no
Sistema Único de Saúde - SUS, desde que haja anuência prévia do periciado e seja garantido
o sigilo sobre os seus dados.

O atendimento domiciliar e hospitalar é assegurado pela Perícia Médica Federal e pelo


serviço social ao segurado com dificuldade de locomoção, quando o seu deslocamento, em
razão de sua limitação funcional e de condições de acessibilidade, lhe impuser ônus
desproporcional e indevido.

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O aposentado por incapacidade permanente que se julgar apto a retornar à


atividade deverá solicitar ao INSS a realização de nova avaliação médico-pericial.
Na hipótese de a Perícia Médica Federal concluir pela recuperação da capacidade
laborativa, a aposentadoria do segurado será cancelada.

O segurado que retornar à atividade poderá requerer, a qualquer tempo, novo


benefício, tendo este processamento normal.

• Obs.: O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade


terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do
retorno.

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do


benefício, data da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de
estudo nos demais capítulos do nosso Curso de Direito Previdenciário.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

(CESPE - Analista Judiciário - TRT 17ª Região – 2013). Julgue o item seguinte,
relativo aos benefícios do regime geral de previdência social.
Considere que um indivíduo, antes de aderir ao regime geral de previdência
social, estivesse enfermo de uma moléstia incapacitante para o trabalho. Nessa
situação, se não tiver havido posterior progressão ou agravamento da
enfermidade, tal doença não dará a esse indivíduo o direito de obter a
aposentadoria por invalidez.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Essa é uma questão que demanda um pouquinho mais de tempo na hora da prova
para analisarmos a situação-problema. Para respondê-la vamos consultar o Art. 42
da Lei 8.213/91 que diz quais são as normas vigentes para a aposentadoria por
invalidez:

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Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência
exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for
considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe
garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de


incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o
segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.

§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de


Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a
incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.

(Destaques Nossos).

Sendo assim, uma vez que não houve agravamento ou progressão da doença,
podemos concluir que a assertiva está correta (não adianta fazer o seguro depois).

Gabarito: CERTO.

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Aula 06

APOSENTADORIA PROGRAMADA

Conceito

Antes da Reforma da Previdência ocorrida em 2019, um segurado do Regime Geral


de Previdência Social poderia se aposentar ou por idade ou por tempo de
contribuição. Após a reforma, em regra, não há mais a hipótese de uma pessoa
aposentar-se ou por idade ou por tempo de contribuição. Não existem mais esses
dois benefícios, salvo em casos de direito adquirido, regras de transição,
aposentadoria do trabalhador rural e aposentadoria da pessoa com deficiência
(que serão estudados nos próximos tópicos).

Agora, para se aposentar, o segurado deverá preencher, em regra, tanto o requisito


de idade como o requisito de tempo de contribuição.

Para os segurados que se filiaram ao RGPS após 13/11/19 (data em que entrou em
vigor a Emenda Constitucional 103/19), a aposentadoria programada será devida,
após cumprida a carência exigida na lei, ao segurado que cumprir,
cumulativamente, os seguintes requisitos:

• 65 anos de idade e 20 anos de contribuição, se homem; e


• 62 anos de idade e 15 anos de contribuição, se mulher.

65 anos de 20 anos de
Completar (Homem)
idade contribuição
a idade e o
tempo de
contribuição 62 anos de 15 anos de
(Mulher)
idade contribuição

Essas regras são aplicáveis para quem se filiar ao RGPS após a


entrada em vigor da EC 103/19.

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Aula 06

Vejamos o disposto no art. 201, § 7º, inciso II da CF/88:


art. 201 (...)

§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas
as seguintes condições:

I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se


mulher, observado tempo mínimo de contribuição;

(grifos nossos)

Vejamos o disposto no art. 51 do Decreto 3.048/99 (Regulamento da Previdência


Social):
Art. 51. A aposentadoria programada, uma vez cumprido o período de carência exigido, será devida
ao segurado que cumprir, cumulativamente, os seguintes requisitos: (Redação dada pelo Decreto
nº 10.410, de 2020).

I - sessenta e dois anos de idade, se mulher, e sessenta e cinco anos de idade, se homem; e
(Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

II - quinze anos de tempo de contribuição, se mulher, e vinte anos de tempo de contribuição, se


homem.

Essas regras são aplicáveis para quem se filiar ao RGPS após a entrada em vigor da
EC 103/19.

Obs.: Para fins de apuração do tempo de contribuição acima, é vedada a inclusão


de tempo fictício. Entende-se como tempo de contribuição fictício todo aquele
considerado em lei anterior como tempo de serviço, público ou privado,
computado para fins de concessão de aposentadoria sem que haja, por parte do
servidor ou segurado, cumulativamente:

a) a prestação de serviço; e
b) a correspondente contribuição social.

Obs.: O período pelo qual os segurados contribuinte individual e facultativo


tiverem contribuído segundo o Plano Simplificado de Inclusão Previdenciária (com
alíquota e base de cálculo reduzidas), será considerado como tempo de

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contribuição, desde que complementem a contribuição mensal por meio do


recolhimento da diferença entre o percentual pago e o de vinte por cento sobre o
valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário de contribuição em vigor
na competência a ser complementada, acrescido dos juros moratórios.

Ademais, a aposentadoria pode ser requerida compulsoriamente pela empresa,


desde que o segurado tenha cumprido o tempo de contribuição mínimo, quando
completar 70 anos de idade, se homem, ou 65 anos de idade, se mulher (art. 51 da
Lei 8.213/91).

Neste caso, a aposentadoria será compulsória, independentemente, portanto, da


vontade do segurado, sendo-lhe garantida a indenização prevista na legislação
trabalhista.

Obs.: A empresa, por sua vez, não é obrigada a requerer a aposentadoria do


segurado nas idades mencionadas. É um direito da empresa, porém não uma
obrigação. No entanto, se requerida a aposentadoria compulsória do segurado,
torna-se obrigatória (compulsória) para este segurado. Assim sendo, podemos
concluir que tal aposentadoria será compulsória para o segurado, mas não é
compulsória para a empresa.

70 anos
(Homem) • Requerida pela empresa
Compulsória
65 anos • Tenha cumprido carência
(Mulher)

Aposentadoria por idade do trabalhador rural

A aposentadoria por IDADE do trabalhador rural, uma vez cumprido o período de


carência exigido (180 contribuições), será devida aos segurados abaixo
relacionados, quando completarem 55 anos de idade, quando mulheres, e 60 anos
de idade, quando homens, conforme segue:

• segurado empregado rural;


• contribuinte individua que prestam serviços de natureza rural, em caráter
eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;

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• trabalhador avulso rural;


• segurado especial (pequeno produtor rural e pescador artesanal); e
• segurado garimpeiro que trabalhe, comprovadamente, em regime de
economia familiar

60 anos de 180
Completar (Homem)
idade contribuições
a idade e o
tempo de
contribuição 55 anos de 180
(Mulher)
idade contribuições

Vejamos o texto constitucional:

art. 201 (...)

§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei,


obedecidas as seguintes condições:

(...)

II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, para
os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar,
nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.

(grifos nossos)

Vejamos agora o texto do Decreto 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social):

Art. 56. A aposentadoria por idade do trabalhador rural, uma vez cumprido o período de carência
exigido, será devida aos segurados a que se referem a alínea “a” do inciso I, a alínea “j” do inciso V
e os incisos VI e VII do caput do art. 9º e aos segurados garimpeiros que trabalhem,
comprovadamente, em regime de economia familiar, conforme definido no § 5º do art. 9º, quando
completarem cinquenta e cinco anos de idade, se mulher, e sessenta anos de idade, se homem.

Para os segurados especiais, não se exige que eles comprovem o pagamento da


contribuição previdenciária para que tenham direito ao benefício. Deverá ser
comprovado o efetivo exercício de atividade rural pelo número de meses iguais ao
da carência do benefício.

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Aposentadoria programa do professor

Para o professor que comprove, exclusivamente, tempo de efetivo exercício em


função de magistério na educação infantil, ensino fundamental e ensino médio,
desde que cumprido o período de carência exigido, têm uma redução de 5 anos
na idade mínima para obter sua aposentadoria programada. Sendo assim, deverão
cumprir, cumulativamente, os seguintes requisitos:

• 57 anos de idade, se mulher, e 60 anos de idade, se homem; e


• 25 anos de contribuição, para ambos os sexos, em efetivo exercício na
função de magistério na educação infantil, ensino fundamental e ensino
médio.

60 anos de 25 anos de
Professor
idade contribuição

57 anos de 25 anos de
Professora
idade contribuição

Exemplo: Clóvis possui 35 anos de idade e trabalhava há 10 como motorista, mas


em dezembro de 2020, conseguiu um emprego como professor de matemática
no ensino fundamental de uma escola particular. Caso continue exercendo a
atividade de magistério, Clóvis conseguirá se aposentar pelo RGPS ao completar
60 anos de idade e 25 anos de professor.
Entretanto, caso Clóvis desista de ser professor e volte a ser motorista, sem
comprovar os 25 anos na atividade de magistério, ele estará sujeito às regrais
gerais de aposentadoria. Nesse caso, ele poderá se aposentar aos 65 anos de
idade, caso tenha no mínimo 15 anos de contribuição. Para ele será exigido 15 e
não 20 anos de contribuição porque ele ingressou no RGPS antes da EC 103/19.

O Supremo Tribunal federal – STF já firmou entendimento de que as atividades de


direção de unidade escolar, coordenação e assessoramento pedagógico também

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são consideradas funções de magistério e terão a idade reduzida em 5 anos, desde


que exercidas por professores na educação básica (educação infantil, ensino
fundamental e ensino médio).

Também tem decidido o STF que, para efeito de aposentadoria, não é possível
conversão de tempo de magistério em tempo de exercício comum. Ou seja, se o
professor não tiver tempo exclusivo de magistério que permita sua aposentadoria
com a redução de 5 anos, os anos de contribuição na condição de professor serão
contados sem nenhum acréscimo.

Beneficiários

Todas as categorias de segurados do RGPS têm direito à Aposentadoria


Programada.

Aposentadoria Programada
(inclusive a do trabalhador rural, garimpeiro,
professor e pessoa com deficiência)

Todas as categorias
de segurados

Vejamos como tais assuntos podem ser cobrados em prova:

(FCC - Analista Judiciário - TRT 2ª Região - Área Judiciária/Oficial de Justiça


Avaliador Federal/2014 - Adaptada). A aposentadoria por idade de um
trabalhador urbano (exceto pessoa com deficiência), no regime geral de
previdência social, será devida, desde que preenchida o tempo de
contribuição

a) 53 anos de idade, para homens, e aos 48 anos, para mulheres.

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b) 70 anos de idade, para homens, e aos 65 anos, para mulheres.

c) 65 anos de idade, para homens, e aos 62 anos, para mulheres.

d) 60 anos de idade, indistintamente para homens ou mulheres.

e) 65 anos de idade, indistintamente para homens ou mulheres.

COMENTÁRIOS:

A resolução da presente questão tem por base o texto da Constituição Federal,


conforme segue: ==bc559==

art. 201 (...)

§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas
as seguintes condições:

I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se


mulher, observado tempo mínimo de contribuição;

(grifos nossos)

Tomando por base o texto legal citado, podemos afirmar que a única alternativa
que atende ao enunciado é a ALTERNATIVA C.

GABARITO: C

(Questão Inédita) Emanuel se formou no curso de medicina, aos 25 anos, em


dezembro de 2019 e desde então começou a trabalhar como plantonista em um
hospital particular em sua cidade, filiando-se ao RGPS na qualidade de segurado
empregado. Nessas condições, podemos afirmar que Emanuel poderá se
aposentar ao completar 35 anos de contribuição.

( ) Certo

( ) Errado

COMENTÁRIOS:

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ERRADA. Para quem ingressou no RGPS após a promulgação da Emenda


Constitucional 103/19, não existe mais a hipótese de aposentadoria por tempo de
contribuição sem idade mínima. Para os homens, a regra geral para aposentadoria
é completar 65 anos de idade e 20 anos de contribuição. No caso de Emanuel,
apesar de ele já possuir o tempo mínimo de contribuição, ele possui 60 anos, idade
inferior aos 65 exigidos para aposentadoria no âmbito do RGPS.

Gabarito: ERRADO.

(Questão Inédita) Marli é estudante de curso superior e, preocupada com as


notícias sobre a Reforma da Previdência, começou a contribuir com o RGPS na
qualidade de segurada facultativa em dezembro de 2019, sendo esta sua primeira
contribuição para o sistema. Caso mantenha a regularidade de suas contribuições,
Marli poderá se aposentar pelo RGPS ao completar 60 anos de idade, desde que
tenha 15 anos de tempo de contribuição.

( ) Certo

( ) Errado

COMENTÁRIOS:

ERRADA. A regra geral de aposentadoria exige que as mulheres possuam 62 anos


de idade, e não 60 como afirmado na questão, além tempo mínimo de contribuição
de 15 anos.

Gabarito: ERRADO.

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(Questão Inédita) Gustavo filiou-se ao Regime Geral de Previdência Social em 2013,


pagando apenas uma contribuição como segurado facultativo. Querendo aprender
inglês, Gustavo foi então morar no exterior e retornou ao Brasil em dezembro de
2019, sendo contratado como empregado em uma grande multinacional. Podemos
afirmar que para se aposentar, salvo casos especiais, ele deverá possuir 65 anos de
idade e 15 anos de contribuição.

( ) Certo

( ) Errado

COMENTÁRIOS:

CORRETA. Mesmo que tenha pago apenas uma contribuição, Gustavo se filiou ao
RGPS antes da entrada em vigor da Reforma da Previdência. Deste modo, para a
aposentadoria ordinária, Gustavo não precisará comprovar 20 anos de
contribuição, mas 15. Além disso, ele deverá ter a idade mínima de 65 anos.

Gabarito: CERTO.

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APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

O §1º do art. 201 da CF/88 veda a vedada a adoção de requisitos ou critérios


diferenciados para concessão de benefícios, ressalvada, nos termos de lei
complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição
distintos da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor
dos segurados.

I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada


por equipe multiprofissional e interdisciplinar;

II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos,


físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a
caracterização por categoria profissional ou ocupação.

Obs.: A aposentadoria das pessoas com deficiência já foi prevista na Lei


Complementar 142/2013, não tendo sofrido alteração com a Reforma da
Previdência.

Antes da EC 103/19, o texto constitucional proibia, regra geral, a adoção de


requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria. Para os
demais benefícios não havia vedação.

Agora o § 1º do art. 201 ficou mais restritivo. A proibição não é somente para
aposentadorias, é para qualquer benefício.

Mas a norma faz uma ressalva: lei complementar pode prever idade e tempo de
contribuição distintos para aposentadorias exclusivamente em favor de segurados:

a) Com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial


realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar;
b) Cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos,
físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes,
vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.

No caso das pessoas com deficiência, a lei complementar é a 142/15 e continuam


sendo válidas suas previsões.

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Quanto aos segurados que exercem atividades expostos a agentes químicos, físicos
e biológicos prejudiciais à saúde, chamo a atenção para o fato de que é vedada a
categorização por categoria profissional ou ocupação.

Essa categorização já não havia antes da EC 103/19, mas agora ela é expressa
constitucionalmente. Então, não se pode prever requisitos diferenciados para a
profissão de médicos, por exemplo, e estendê-los para todos os profissionais da
categoria. É preciso avaliar, caso a caso, os agentes nocivos aos quais o profissional
está exposto.

Os agentes nocivos podem ser:

• químicos (ex: hidrocarbonetos, reagentes, gases tóxicos);


• físicos (ex: altas temperaturas, ruídos, postura inadequada); ou
• biológicos (ex: microrganismos, coronavírus).

Aposentadoria por Idade da Pessoa com Deficiência

É assegurada a concessão de aposentadoria por idade, ao segurado com


deficiência, com as idades mínimas a seguir:

• aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, independentemente do grau de


deficiência e

• aos 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, independentemente do


grau de deficiência.

Além das idades acima mencionadas, o segurado com deficiência, para poder se
aposentar por idade, deve contar com no mínimo 15 anos de tempo de
contribuição, cumpridos na condição de pessoa com deficiência,
independentemente do grau.

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Aposentadoria por idade


(segurado com deficiência)

60 anos de idade
(Homem)
Completar a
Regra
Idade
55 anos de idade
(Mulher)

Aposentadoria por Tempo de Contribuição da Pessoa com Deficiência

A aposentadoria por tempo de contribuição do segurado com deficiência,


cumprida a carência, é devida ao segurado empregado, empregado doméstico,
trabalhador avulso, contribuinte individual e facultativo, observados os seguintes
requisitos:

I - aos 25 anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência,


se homem, e 20 anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave;

II - aos 29 anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência,


se homem, e 24 anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada;

III - aos 33 anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência,


se homem, e 28 anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve.

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Aposentadoria por tempo de contribuição


(segurado com deficiência)

Deficiência 25 anos 20 anos


Grave (Homem) (Mulher)
Completar o
Tempo de Deficiência 29 anos 24 anos
Contribuição Moderada (Homem) (Mulher)

Deficiência 33 anos 28 anos


Leve (Homem) (Mulher)

Para o reconhecimento do direito à aposentadoria por tempo de contribuição


nestas condições, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem
impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial,
os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

O grau de deficiência será atestado por perícia própria do INSS, por meio de
instrumentos desenvolvidos para este fim.

A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao


segurado que tenha reconhecido, em avaliação médica e funcional realizada por
perícia própria do INSS, grau de deficiência leve, moderada ou grave, está
condicionada à comprovação da condição de pessoa com deficiência na data da
entrada do requerimento ou na data da implementação dos requisitos para o
benefício.

Todos os segurados com deficiência têm direito à Aposentadoria por Tempo de


Contribuição da pessoa com deficiência . No entanto, temos que ressalvar situações
específicas do segurado especial, contribuinte individual e segurado facultativo,
conforme segue:

• Segurado Especial: somente terá direito a aposentadoria por tempo de


contribuição da pessoa com deficiência se contribuir , facultativamente e
adicionalmente com alíquota de 20% sobre seu salário de contribuição (além

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do 1,3% recolhidos sobre a receita bruta da comercialização de sua produção


rural).

• Contribuinte Individual: não terá direito a aposentadoria por tempo de


contribuição da pessoa com deficiência quando trabalhe por conta própria,
sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, caso tenha optado por
contribuir com alíquota de 11% sobre o salário mínimo.

• Micro Empreendedor Individual (MEI): este contribuinte individual não terá


direito a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência
caso tenha optado por contribuir com alíquota de 5% sobre o salário mínimo.

• Segurado Facultativo: não terá direito a aposentadoria por tempo de


contribuição da pessoa com deficiência caso tenha optado por contribuir
com alíquota de 11% ou 5% sobre o salário mínimo, conforme o caso.

A critério do INSS, o segurado com deficiência deverá, a qualquer tempo,


submeter-se a perícia própria para avaliação ou reavaliação do grau de deficiência.

A existência de deficiência anterior à data da vigência da Lei Complementar


142/2013 deverá ser certificada, inclusive quanto ao seu grau, por ocasião da
primeira avaliação, sendo obrigatória a fixação da data provável do início da
deficiência.

A comprovação de tempo de contribuição na condição de segurado com


deficiência em período anterior à entrada em vigor Lei Complementar 142/2013
não será admitida por meio de prova exclusivamente testemunhal.

Para o segurado que, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou
tiver seu grau de deficiência alterado, o tempo de contribuição será
proporcionalmente ajustado e os respectivos períodos serão somados após
conversão, considerando o grau de deficiência preponderante, conforme as tabelas
constantes no Regulamento da Previdência Social – RPS.

Considera-se grau de deficiência preponderante aquele em que o segurado


cumpriu maior tempo de contribuição, antes da conversão, e servirá como
parâmetro para definir o tempo mínimo necessário para a aposentadoria por tempo
de contribuição da pessoa com deficiência e para a conversão.

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Quando o segurado contribuiu alternadamente na condição de pessoa sem


deficiência e com deficiência, os respectivos períodos poderão ser somados, após
aplicação da conversão.

A redução do tempo de contribuição da pessoa com deficiência não poderá ser


acumulada, no mesmo período contributivo, com a redução aplicada aos períodos
de contribuição relativos a atividades exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física, para efeito de aposentadoria especial
(Obs.: o conceito de aposentadoria especial será estudado ainda nesta aula).

É garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições


especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física do segurado, inclusive
==bc559==

da pessoa com deficiência, para fins da aposentadoria por tempo de contribuição


da pessoa com deficiência, se resultar mais favorável ao segurado.

Obs.: É vedada a conversão do tempo de contribuição da pessoa com


deficiência para fins de concessão da aposentadoria especial.

Obs.: É facultado ao segurado com deficiência optar pela percepção de


qualquer outra espécie de aposentadoria do RGPS que lhe seja mais
vantajosa.

Nos termos do § 3º, do art. 55, da Lei 8.213/91, com a redação dada pela
Lei 13.846/19, a comprovação do tempo de serviço, inclusive mediante
justificativa administrativa ou judicial, só produzirá efeito quando for
baseada em início de prova material contemporânea dos fatos, não
admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de
motivo de força maior ou caso fortuito, na forma prevista no regulamento.

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do


benefício, data da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de
estudo nos demais capítulos do nosso Curso de Direito Previdenciário.

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Beneficiários

Para o reconhecimento do direito às aposentadorias por idade ou tempo de


contribuição nessas condições, considera-se pessoa com deficiência aquela que
tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas.

A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao


segurado que tenha reconhecido, em avaliação médica e funcional realizada por
perícia própria do INSS, grau de deficiência leve, moderada ou grave, está
condicionada à comprovação da condição de pessoa com deficiência na data da
entrada do requerimento ou na data da implementação dos requisitos para o
benefício.

A critério do INSS, o segurado com deficiência deverá, a qualquer tempo,


submeter-se a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar.

Conceito
Física
Aquela que tem Mental
Pessoa com impedimentos de
longo prazo de Intelectual
Deficiência
natureza: Sensorial

Os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua


participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com
as demais pessoas.
A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade
ao segurado que tenha reconhecido, em avaliação médica e funcional
realizada por perícia própria do inss, grau de deficiência leve, moderada ou
grave, está condicionada à comprovação da condição de pessoa com
deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da
implementação dos requisitos para o benefício.

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do


benefício, data da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de
estudo nos demais capítulos do nosso Curso de Direito Previdenciário.

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APOSENTADORIA ESPECIAL

Conceito

A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência e idade mínima exigidas,


será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual
(no caso do contribuinte individual somente quando cooperado filiado a
cooperativa de trabalho ou de produção), que tenha trabalhado durante quinze,
vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais cujas
atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e
biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes.

Obs.: É vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.

Até que lei complementar disponha sobre a redução de idade mínima ou tempo
de contribuição prevista nos §§ 1º e 8º do art. 201 da Constituição Federal, será
concedida aposentadoria segundo as regras abaixo:

Tempo de
Idade
Exposição
Mínima
(de acordo com o
Regras de (homem e mulher)
agente nocivo)
Aposentadoria
Especial
55 ANOS 15 ANOS
(Enquanto não for publicada
lei complementar
prevendo as regras
para a concessão de 58 ANOS 20 ANOS
aposentadoria especial)

60 ANOS 25 ANOS

O tempo de contribuição e a idade mínima são os mesmos para segurados de


ambos os sexos na aposentadoria especial.

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A concessão da aposentadoria especial dependerá da comprovação, durante o


período mínimo de quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso:

• tempo de trabalho em condições especiais que atenda aos seguintes


requisitos:
o trabalho permanente,
▪ trabalho não ocasional,
▪ trabalho não intermitente,

• exposição do segurado aos seguintes agentes nocivos prejudiciais à saúde:


o agentes químicos,
o agentes físicos,
o agentes biológicos ou
o associação desses agentes.

Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não


ocasional e nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador
avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem
ou da prestação do serviço, ou seja, aquele em que o segurado, no exercício de
todas as suas funções, esteve efetivamente exposto a agentes nocivos físicos,
químicos e biológicos ou associação de agentes.

NÃO OCASIONAL: quando não ocorra eventualmente. Assim sendo, a


exposição aos referidos agentes nocivos não poderá ocorrer
eventualmente (ocasionalmente)

NÃO INTERMITENTE: algo que não sofre interrupções. Logo, para efeito
de aposentadoria especial, não poderá haver interrupção na exposição
aos referidos agentes nocivos previstos na legislação.

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Desta forma, trabalho não ocasional e não intermitente é aquele em que na jornada
de trabalho não houve interrupção ou suspensão do exercício de atividade com
exposição aos agentes nocivos, ou seja, não foi exercida de forma alternada, entre
atividade comum e atividade especial com exposição a agentes nocivos.

Considera-se também tempo de trabalho permanente os períodos de descanso


determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, aos de afastamento
decorrentes de gozo de benefícios de auxílio por incapacidade temporária ou
aposentadoria por incapacidade permanente acidentários, bem como aos de
percepção de salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado
estivesse exposto seguintes fatores de risco: agentes nocivos químicos, físicos,
biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde. No entanto, os períodos
==bc559==

de afastamento decorrentes de gozo de benefício por incapacidade de espécie não


acidentária não serão considerados como sendo de trabalho sob condições
especiais.

Obs.: A redução de jornada de trabalho por acordo, convenção coletiva de trabalho


ou sentença normativa não descaracteriza a atividade exercida em condições
especiais.

A efetiva exposição a agente prejudicial à saúde configura-se quando, mesmo após


a adoção das medidas de controle previstas na legislação trabalhista, a nocividade
não seja eliminada ou neutralizada.

Considera-se:

Eliminação - a adoção de medidas de controle que efetivamente impossibilitem a


exposição ao agente prejudicial à saúde no ambiente de trabalho; e

Neutralização - a adoção de medidas de controle que reduzam a intensidade, a


concentração ou a dose do agente prejudicial à saúde ao limite de tolerância
previsto neste Regulamento ou, na sua ausência, na legislação trabalhista.

A exposição aos agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou a


associação desses agentes, deverá superar os limites de tolerância estabelecidos
segundo critérios quantitativos ou estar caracterizada de acordo com os critérios
da avaliação qualitativa.

A avaliação qualitativa de riscos e agentes nocivos será comprovada mediante


descrição:

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• das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente nocivo


ou associação de agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho
durante toda a jornada;

• de todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes nocivos ou


associação de agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho;

• dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção,


a intensidade da exposição, a frequência e a duração do contato.

Para o segurado que houver exercido duas ou mais atividades sujeitas a agentes
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou a associação desses agentes,
sem completar em quaisquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria
especial, os respectivos períodos de exercício serão somados após conversão,
hipótese em que será considerada a atividade preponderante para efeito de
enquadramento.

A atividade preponderante será aquela pela qual o segurado tenha contribuído por
mais tempo, antes da conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo
mínimo necessário para a aposentadoria especial e para a conversão.

Aposentadoria especial

Químicos
Trabalhar
exposto Prejudiciais à saúde
Físicos
a agentes
nocivos
Biológicos

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A exposição Não ocasional Depende de


tem que ser comprovação da
permanente: Não intermitente efetiva exposição
(Não sofre interrupções)

“PPP” – Perfil Profissiográfico Previdenciário


Comprovação
(Elaborado pela empresa com base no “LTCAT”)

“LTCAT” – Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho


(Elaborado pelo médico do trabalho ou engenheiro de segurança)

Beneficiários

São beneficiários da aposentadoria especial:

• segurado empregado;
• trabalhador avulso; e
• contribuinte individual, exclusivamente quando cooperado filiado a
cooperativa de trabalho ou cooperativa de produção.

Aposentadoria Especial

Segurado empregado

Trabalhador avulso

Segurado cooperado

Informações Adicionais

Consideram-se condições especiais que prejudiquem a saúde aquelas nas quais a


exposição ao agente nocivo ou associação de agentes presentes no ambiente de
trabalho esteja acima dos limites de tolerância estabelecidos segundo critérios
quantitativos ou esteja caracterizada segundo os critérios da avaliação qualitativa.

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Após a reforma da previdência, os períodos de atividade especial não mais poderão


ser convertidos em atividade comum, aumentando o tempo de contribuição do
segurado. Essa nova regra se aplica aos períodos trabalhados a partir de
13/11/2019. Portanto, independente de quando for se aposentar, se um segurado
exerceu atividade especial até 12/11/2019, ainda poderá haver a conversão. Para
períodos posteriores, veda-se o procedimento.

A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de


agentes prejudiciais à saúde, considerados para fins de concessão de
aposentadoria especial, consta do Anexo IV do Regulamento da Previdência Social,
aprovado pelo Decreto 3.048/99.

A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia


promoverá a elaboração de estudos com base em critérios técnicos e científicos
para atualização periódica do disposto no Anexo IV do Regulamento da Previdência
Social.

A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita


mediante formulário emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo
técnico de condições ambientais do trabalho - LTCAT expedido por médico do
trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. No entanto, a constatação da
presença no ambiente de trabalho, com possibilidade de exposição a ser apurada
na forma da legislação previdenciária, de agentes nocivos reconhecidamente
cancerígenos em humanos, listados pela Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia, caso sejam adotadas as medidas de controle
previstas na legislação trabalhista que eliminem a nocividade, será descaracterizada
a efetiva exposição.

No laudo técnico de condições ambientais do trabalho, conterá informações sobre


a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual e sobre a sua eficácia
e será elaborado com observância às normas editadas pela Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho do Ministério Economia e aos procedimentos adotados pelo
INSS.

A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes
nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir
documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo
laudo estará sujeita às penalidades previstas na legislação.

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O INSS estabelecerá os procedimentos para fins de concessão de aposentadoria


especial, podendo, se necessário, confirmar as informações contidas nos
documentos destinados a comprovar a efetiva exposição do segurado aos agentes
nocivos.

A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico


previdenciário – PPP do trabalhador, contemplando as atividades desenvolvidas
durante o período laboral, documento que a ele deverá ser fornecido, por cópia
autêntica, no prazo de trinta dias da rescisão do seu contrato de trabalho, sob pena
de sujeição às sanções previstas na legislação aplicável.

Considera-se perfil profissiográfico previdenciário – PPP o documento com o


histórico laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo INSS, que, entre
outras informações, deve conter:

• o resultado das avaliações ambientais;

• o nome dos responsáveis pela monitoração biológica e das avaliações


ambientais;

• os resultados de monitoração biológica; e

• os dados administrativos correspondentes.

O trabalhador ou o seu preposto terá acesso às informações prestadas pela


empresa sobre o seu perfil profissiográfico previdenciário e poderá, inclusive,
solicitar a retificação de informações que estejam em desacordo com a realidade
do ambiente de trabalho, conforme orientação estabelecida em ato do Ministro de
Estado da Economia.

A cooperativa de trabalho e a empresa contratada para prestar serviços mediante


cessão ou empreitada de mão-de-obra atenderão às mesmas obrigações acessórias
acima citadas, com base nos laudos técnicos de condições ambientais de trabalho
emitidos pela empresa contratante, quando o serviço for prestado em
estabelecimento da contratante.

Nas avaliações ambientais deverão ser considerados, além do disposto no Anexo


IV do Regulamento da Previdência Social - RPS, a metodologia e os procedimentos

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de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança


e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO.

Na hipótese de não terem sido estabelecidos pela FUNDACENTRO a metodologia


e procedimentos de avaliação, caberá ao Ministério da Economia indicar outras
instituições para estabelecê-los.

A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais


obedecerão ao disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço,
ainda que posteriormente revogada ou modificada.

O STJ tem entendimento de que a classificação dos agentes nocivos constantes


dos decretos regulamentadores (Regulamento da Previdência Social – RPS, por
exemplo) são meramente exemplificativos, cabendo o enquadramento inclusive em
situações não previstas, desde que fique demonstrado a efetiva exposição a fatores
de risco. Como exemplo podemos citar a exposição do segurado à “eletricidade”.
Apesar de tal exposição não estar prevista nos decretos regulamentadores, tal
atividade exposta ao agente pode ser considerada especial.

Outrossim, o STJ também tem entendimento de que o fato da empresa fornecer


ao segurado equipamento de proteção individual – EPI, não afasta, por si só, o
direito à aposentadoria especial, devendo ser apreciado caso a caso.

Obs.: As demais informações sobre a aposentadoria especial serão objeto


de estudo nos demais capítulos do nosso Curso de Direito Previdenciário.

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AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA

Conceito

O auxílio por incapacidade temporária (antigamente denominado auxílio-doença)


será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência exigido em lei, ficar incapacitado temporariamente para o seu trabalho ou
para a sua atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos, conforme
definido em avaliação médico-pericial.

O benefício de auxílio por incapacidade temporária será devido quando o segurado


estiver temporariamente incapacitado para o trabalho por motivo tanto de doença,
como decorrente de acidente, relacionado ou não com o trabalho (não precisa ser
acidente do trabalho).

No entanto, se a incapacidade for permanente, o auxílio por incapacidade


temporária será convertido em aposentadoria por incapacidade permanente.

Se a invalidez for constatada de imediato, o segurado será aposentado diretamente


por incapacidade permanente, sem necessidade de receber previamente auxílio
por incapacidade temporária.

O auxílio por incapacidade temporária poderá ser concedido ao segurado


empregado a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade e, no caso
dos demais segurados, a contar da data do início da incapacidade e enquanto ele
permanecer incapaz, desde que o afastamento seja superior a quinze dias.

Quando auxílio por incapacidade temporária for requerido após o trigésimo dia do
afastamento da atividade, somente será devido a contar da data de entrada do
requerimento, para todos os segurados.

Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por


motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu
salário integral.

Se concedido novo benefício decorrente do mesma motivo que gerou a


incapacidade, dentro de sessenta dias contados da cessação do benefício anterior,
a empresa fica desobrigada do pagamento relativo aos quinze primeiros dias de

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afastamento, prorrogando-se o benefício anterior e descontando-se os dias


trabalhados, se for o caso.

Quando a incapacidade ultrapassar o período de quinze dias consecutivos, o


segurado será encaminhado ao INSS para avaliação médico-pericial.

Auxílio por Incapacidade Temporária

Doença
Incapacidade
Temporária
Acidente

Beneficiários

Todos os segurados têm direito ao benefício de auxílio por incapacidade


temporária.

Auxílio por Incapacidade Temporária

Todas as categorias
de segurados

Informações Adicionais

Não será devido auxílio por incapacidade temporária ao segurado que se filiar ao
Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada
como causa para o benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo
de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.

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Indevido
Não será devido auxílio por Já portador da doença ou
Auxílio por incapacidade temporária ao da lesão invocada como
incapacidade segurado que se filiar ao causa para o benefício
temporária RGPS :

Salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de


progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.

Segundo a MP nº 1.113, de 2022, o segurado em gozo de auxílio por incapacidade


temporária, auxílio-acidente ou aposentadoria por incapacidade permanente e o
pensionista inválido, cujos benefícios tenham sido concedidos judicial ou
administrativamente, estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a
submeter-se a:

I - exame médico a cargo da Previdência Social para avaliação das condições que
ensejaram sua concessão ou manutenção;

II - processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado; e

III - tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de


sangue, que são facultativos.

O segurado poderá recorrer do resultado da avaliação decorrente do exame


médico acima mencionado, no prazo de trinta dias, de competência da Secretaria
de Previdência do Ministério do Trabalho e Previdência, por meio da Subsecretaria
de Perícia Médica Federal.

Na impossibilidade de realização do exame médico-pericial inicial antes do término


do período de recuperação indicado pelo médico assistente em documentação, o
empregado é autorizado a retornar ao trabalho no dia seguinte à data indicada
pelo médico assistente, mantida a necessidade de comparecimento do segurado à
perícia na data agendada.

O segurado em gozo de auxílio por incapacidade temporária concedido judicial ou


administrativamente poderá ser convocado a qualquer tempo para avaliação das
condições que ensejaram sua concessão ou manutenção.

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Ato do Ministro de Estado do Trabalho e Previdência poderá estabelecer as


condições de dispensa da emissão de parecer conclusivo da perícia médica federal
quanto à incapacidade laboral, hipótese na qual a concessão do auxílio por
incapacidade temporária será feita por meio de análise documental, incluídos
atestados ou laudos médicos, realizada pelo INSS. (MP nº 1.113/2022).

O segurado que durante o gozo do auxílio por incapacidade temporária vier a


exercer atividade que lhe garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a
partir do retorno à atividade.

No entanto, caso o segurado, durante o gozo do auxílio por incapacidade


temporária, venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o benefício,
==bc559==

deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades exercidas.

O auxílio por incapacidade temporária do segurado que exercer mais de uma


atividade abrangida pela previdência social será devido mesmo no caso de
incapacidade apenas para o exercício de uma delas, devendo a perícia médica ser
conhecedora de todas as atividades que o segurado estiver exercendo. Neste caso,
o auxílio por incapacidade temporária será concedido em relação à atividade para
a qual o segurado estiver incapacitado, considerando-se para efeito de carência
somente as contribuições relativas a essa atividade.

Se nas várias atividades o segurado exercer a mesma profissão, será exigido de


imediato o afastamento de todas.

Na hipótese de o segurado exercer mais de uma atividade e não se afastar de


todas, o valor do auxílio por incapacidade temporária poderá ser inferior ao salário-
mínimo, desde que, se somado às demais remunerações recebidas, resulte em valor
superior ao salário-mínimo.

O segurado que, durante o gozo do auxílio por incapacidade temporária, vier a


exercer atividade remunerada que lhe garanta a subsistência poderá ter o benefício
cancelado a partir do retorno à atividade.

Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio por


incapacidade temporária, judicial ou administrativo, deverá fixar o prazo estimado
para a duração do benefício. Na ausência de fixação do prazo de duração, o
benefício cessará após cento e vinte dias, contado da data de concessão ou de
reativação do auxílio por incapacidade temporária, exceto se o segurado requerer
a sua prorrogação perante o INSS, na forma do regulamento.

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Quando insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, o segurado


afastado em gozo de auxílio por incapacidade temporária deverá submeter-se a
processo de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade. Neste
caso, o auxílio por incapacidade temporária será mantido até que o segurado seja
considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a
subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por
incapacidade permanente.

Obs.: No entanto, quando o segurado que exercer mais de uma atividade


se incapacitar definitivamente para uma delas, deverá o auxílio por
incapacidade temporária ser mantido indefinidamente, não cabendo sua
transformação em aposentadoria por incapacidade permanente,
enquanto essa incapacidade não se estender às demais atividades.

Nesse caso, o segurado somente poderá transferir-se das demais


atividades que exerce após o conhecimento da reavaliação médico-
pericial.

O segurado empregado, inclusive o doméstico, em gozo de auxílio por


incapacidade temporária, será considerado pela empresa e pelo empregador
doméstico como licenciado.

A empresa que garantir ao segurado licença remunerada ficará obrigada a pagar-


lhe durante o período de auxílio por incapacidade temporária a eventual diferença
entre o valor do benefício e a importância garantida pela licença remunerada.

A previdência social deve processar de ofício o benefício, quando tiver ciência da


incapacidade do segurado sem que este tenha requerido auxílio por incapacidade
temporária.

É facultado à empresa protocolar requerimento de auxílio por incapacidade


temporária ou documento dele originário de seu empregado ou de contribuinte
individual a ela vinculado ou a seu serviço, na forma estabelecida pelo INSS.

A empresa terá acesso às decisões administrativas de benefícios requeridos por


seus empregados, resguardadas as informações consideradas sigilosas, na forma
estabelecida em ato do INSS.

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Obs.: Não será devido auxílio por incapacidade temporária para o


segurado recluso em regime fechado. O segurado em gozo de auxílio por
incapacidade temporária na data de recolhimento à prisão terá seu
benefício suspenso por até 60 dias, contados da data de recolhimento à
prisão, cessado o benefício após o referido prazo. Na hipótese de o
segurado ser colocado em liberdade antes de 60 dias, o benefício será
restabelecido a partir da data de soltura.
Em caso de prisão declarada ilegal, o segurado terá direito à percepção
do benefício por todo o período devido, efetuado o encontro de contas
na hipótese de ter havido pagamento de auxílio-reclusão com valor
inferior ao do auxílio por incapacidade temporária no mesmo período.
O segurado recluso em cumprimento de pena em regime aberto ou
semiaberto fará jus ao auxílio por incapacidade temporária.

O STJ tem entendimento que o auxílio por incapacidade temporária é devido ao


segurado mesmo que seja considerado parcialmente incapaz para o trabalho,
desde que suscetível de reabilitação profissional para o exercício de outras
atividades laborais.

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do


benefício, data da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de estudo
nos demais capítulos do nosso Curso de Direito Previdenciário.

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AUXÍLIO-ACIDENTE

Conceito

O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado ao segurado


empregado, empregado doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial,
quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer
natureza, resultarem sequelas definitivas que impliquem redução da capacidade
para o trabalho que habitualmente exercia.

Para ter direito ao auxílio-acidente não é necessário que seja acidente do trabalho.
A lei refere-se a acidente de qualquer natureza.

No entanto, não basta a ocorrência do acidente de qualquer natureza para que o


benefício de auxílio-acidente seja concedido. Faz-se necessário a ocorrência das
circunstâncias a seguir:

1) segurado sofra um acidente de qualquer natureza;

2) ocorra a consolidação das lesões (quadro clínico tenha estabilizado);

3) do acidente, resulte sequelas definitivas;

4) haja redução da capacidade laborativa do segurado para o trabalho que


habitualmente exercia.

Enquanto as lesões não se consolidarem e o segurado estiver impossibilitado


temporariamente de voltar ao trabalho, receberá auxílio por incapacidade
temporária. Se a perícia constatar que a incapacidade é total e permanente, será
concedida a aposentadoria por incapacidade permanente.

Obs.: O ANEXO III do Regulamento da Previdência Social – RPS,


aprovado pelo Decreto 3.048/99, traz uma lista de situações que dão
direito ao auxílio-acidente .

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Pré-requisitos
Qualquer
Natureza Acidente Com redução
Ocorrido um parcial da
Consolidação
Acidente capacidade
Das lesões
Qualquer laborativa para a
Causa Sequelas
atividade habitual
Definitivas

Acidente de Constatado isso, cessa o auxílio por incapacidade


trabalho ou temporária e inicia o auxílio-acidente,
não com retorno ao trabalho
==bc559==

Beneficiários

Somente poderão beneficiar-se do auxílio-acidente os seguintes segurados:

• Empregado;
• Empregado doméstico;
• Trabalhador avulso; e
• Segurado especial

Portanto, não será devido auxílio-acidente ao contribuinte individual e ao segurado


facultativo.

Na hipótese de o trabalhador ter exercido, durante sua vida profissional, diversas


atividades, enquadrando-se em diferentes categorias de segurado, para fins de
concessão do auxílio-acidente, considerar-se-á a atividade exercida na data do
acidente.

Portanto, para que o benefício seja concedido é necessário que, na data do


acidente, o trabalhador esteja exercendo alguma atividade que o enquadre como:

• Empregado;
• Empregado doméstico;
• Trabalhador avulso; ou
• Segurado especial

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AUXÍLIO ACIDENTE

Segurado empregado

Empregado doméstico

Trabalhador avulso

Segurado especial

Na hipótese de o trabalhador ter exercido,


durante sua vida profissional, diversas
Auxílio atividades, enquadrando-se em diferentes
Acidente categorias de segurado, para fins de concessão
do auxílio-acidente, considerar-se-á a
atividade exercida na data do acidente.

Assim, para que o benefício seja concedido é necessário


que, na data do acidente, o trabalhador esteja exercendo
alguma atividade que o enquadre como:

Trabalhador Empregado Segurado


Empregado
Avulso Doméstico Especial

Informações Adicionais

O auxílio-acidente é recebido como uma indenização, a ser paga ao segurado


quando do seu retorno ao trabalho, como uma forma de compensação pelo esforço
adicional que deverá fazer por trabalhar com redução de sua capacidade laborativa.
Enquanto o trabalhador estiver afastado, recebe auxílio por incapacidade
temporária. O auxílio-acidente é devido a partir do retorno ao trabalho.

Em tratando-se de acidente do trabalho, além de devido o auxílio-acidente a ser


pago pela Previdência Social, não será excluída a responsabilidade civil da empresa
ou de terceiros.

Para fazer jus ao auxílio-acidente é necessária a confirmação, pela perícia médica


do INSS, da efetiva redução da capacidade laborativa do segurado, em decorrência
de acidente de qualquer natureza. Consequentemente, se não houver redução da
capacidade para o trabalho, o auxílio-acidente não deverá ser concedido.

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O STJ tem entendimento de que para fazer jus ao auxílio-acidente, não basta
apenas a comprovação do dado à saúde do segurado, mas é necessário que se
mostre configurado o comprometimento de sua capacidade laborativa. Vejamos
abaixo julgado neste sentido:

AGRAVO REGIMENTAL - RECURSO ESPECIAL - DIREITO PREVIDENCIÁRIO - AUXÍLIO-


ACIDENTE - REQUISITOS - INCAPACIDADE - REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA -
IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 7/STJ.

1. Esta Corte Superior de Justiça, no julgamento do REsp 1.108.298/SC, submetido ao rito


dos recursos repetitivos, firmou entendimento segundo o qual "o auxílio-acidente visa
indenizar e compensar o segurado que não possui plena capacidade de trabalho em razão
do acidente sofrido, não bastando, portanto, apenas a comprovação de um dano à saúde
do segurado, quando o comprometimento da sua capacidade laborativa não se mostre
configurado".

2. Hipótese em que a Corte a quo examinou a fundamentação à luz do trabalho pericial que,
diferentemente do aduzido pelo agravante, concluiu pela ausência de qualquer restrição
para o trabalho, considerando para tanto o grau extremamente leve da moléstia.(...)

(STJ, AgRg no AREsp 215287 / SP, Rel. Min. DIVA MALERBI, 2ª Turma, DJe 18/12/2012).

Também, no entendimento do STJ, exige-se, para concessão do auxílio-acidente,


a existência de lesão, decorrente de acidente do trabalho, que implique redução
da capacidade para o labor habitualmente exercido, independentemente do nível
do dano e do grau do aumento do esforço do segurado. O que importa é a redução
para a capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. Vejamos abaixo o
julgado neste sentido:

PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. AUXÍLIO-


ACIDENTE. LESÃO MÍNIMA. DIREITO AO BENEFÍCIO. 1. Conforme o disposto no art. 86,
caput, da Lei 8.213/91, exige-se, para concessão do auxílio-acidente, a existência de lesão,
decorrente de acidente do trabalho, que implique redução da capacidade para o labor
habitualmente exercido. 2. O nível do dano e, em consequência, o grau do maior esforço,
não interferem na concessão do benefício, o qual será devido ainda que mínima a lesão. 3.
Recurso especial provido. (STJ, REsp 1109591 / SC, Rel. Min. CELSO LIMONGI, 3ª SEÇÃO,
DJe 08/09/2010).

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O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de


aposentadoria, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente.
Assim sendo, é vedada sua acumulação do auxílio-acidente com qualquer
aposentadoria.

Abaixo, relaciono situações que, nos termos do Regulamento da Previdência Social


- RPS, não darão ensejo ao benefício de auxílio-acidente:

• Caso que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional


sem repercussão na capacidade laborativa; e

• Caso de mudança de função, mediante readaptação profissional promovida


pela empresa, como medida preventiva, em decorrência de inadequação do
local de trabalho.

A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do


auxílio-acidente quando, além do reconhecimento do nexo entre o trabalho e o
agravo, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o
trabalho que o segurado habitualmente exercia.

Assim sendo, para que a perda da audição, em qualquer grau, dê direito à


concessão de auxílio-acidente, é obrigatório que se cumpram, cumulativamente, os
requisitos abaixo:

• Nexo causal entre o trabalho exercido e a perda da audição;

• Redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia,


em decorrência da perda da audição.

Ou seja, não será devido o auxílio-acidente, em caso de redução ou perda da


audição, se não houver nexo causal entre o trabalho e a perda auditiva ou, ainda
que existente nexo causal, a perda da audição não provocar a redução ou perda da
capacidade laborativa.

O STJ tem manifestado entendimento neste sentido, senão vejamos:

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PREVIDENCIÁRIO. DISACUSIA. AUXÍLIO-ACIDENTE. REQUISITOS. NEXO CAUSALE


REDUÇÃO DA CAPACIDADE LABORATIVA. TABELA FOWLER.
INAPLICABILIDADE.TERMO INICIAL. CITAÇÃO. (PRECEDENTES). 1. De acordo com os
precedentes deste Superior Tribunal de Justiça, para concessão de auxílio-acidente
fundamentado na redução da capacidade laboral pela perda de audição, é necessário,
somente, que a sequela decorra da atividade exercida e acarrete, de fato, uma redução da
capacidade para o trabalho habitualmente exercido. 2. Conforme jurisprudência desta
Corte, na ausência de requerimento administrativo e prévia concessão do auxílio-doença, o
termo inicial do auxílio-acidente deve ser fixado na citação. 3. Agravo interno ao qual se
nega provimento.

(STJ - AgRg no Ag 1364221 SP 2010/0189380-9, DJe 25/05/2011

Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto de


mais de um auxílio-acidente. Desta forma, se o segurado em gozo de auxílio-
acidente fizer jus a um novo auxílio-acidente, decorrente de um outro acidente que
acarretou novas sequelas com perda parcial da capacidade para o trabalho, será
mantido apenas um auxílio-acidente, de valor mais vantajoso entre os dois.

No caso de reabertura de auxílio por incapacidade temporária pelo mesmo


acidente que tenha dado origem a auxílio-acidente, este (o auxílio-acidente) será
suspenso até a cessação do auxílio por incapacidade temporária reaberto, quando
será reativado o respectivo auxílio-acidente. No entanto, se o auxílio por
incapacidade temporária for decorrente de doença ou acidente diverso daquele
que deu origem ao auxílio-acidente concedido, é perfeitamente possível acumular
o auxílio-acidente com o auxílio por incapacidade temporária (apenas quando
decorrentes de causas diversas).

O STJ tem manifestado entendimento neste sentido, senão vejamos:

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-ACIDENTE E AUXÍLIO-DOENÇA. CUMULAÇÃO INDEVIDA.


DECISÃO MANTIDA. 1. A teor da jurisprudência assente no âmbito da Terceira Seção, é
indevida a cumulação dos benefícios de auxílio-acidente e auxílio-doença oriundos de uma
mesma lesão, ex vi do disposto nos arts. 59 e 60 combinados com o art. 86, § 2º, todos da
Lei n. 8.213/1991. 2. Agravo regimental improvido. (STJ - AgRg no AgRg no REsp: 1075918
SP, DJe 28/02/2011)

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Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do


benefício, data da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de
estudo nos demais capítulos do nosso Curso de Direito Previdenciário
Diagramado.

Regra 1

O recebimento de salário ou concessão de outro


Auxílio- benefício, exceto aposentadoria, não prejudicará o
Acidente recebimento do auxilio-acidente.

Assim, é vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria

Regra 2
Não é permitido acumular o recebimento de
AuxílioRegra 2mais de um auxílio-acidente. Mantém-se o
Acidente mais vantajoso.
Não é permitido acumular o recebimento de
Auxílio mais de um auxílio-acidente. Mantém-se o
Acidente
Regra 3mais vantajoso.

O auxílio-acidente não pode ser acumulado


AuxílioRegra 3
com o auxílio por incapacidade temporária,
Acidente quando decorrerem da mesma causa.
O auxílio-acidente não pode ser acumulado
Auxílio
com o auxílio por incapacidade temporária,
Acidente quando decorrerem da mesma causa.

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SALÁRIO-MATERNIDADE

Conceito

Salário-maternidade é um benefício previdenciário devido em função das seguintes


circunstâncias:

• Parto (inclusive se natimorto);


• Aborto não criminoso;
• Adoção; ou
• Guarda judicial para fins de adoção.

Seguem abaixo breves comentários introdutórios e conceituais acerca das


circunstâncias que são consideradas fatos geradores de salário-maternidade. Em
seguida, iremos aprofundar o estudo deste benefício previdenciário com mais
informações:

PARTO: O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social,


durante 120 (cento e vinte) dias, com início, em regra, 28 (vinte e oito) dias
antes da data prevista para o parto e término 91 (noventa e um) dias depois
do parto, podendo ser prorrogado. Como é impossível prever, com exatidão
a data do parto, caso ocorra nascimento antecipado ou natimorto, poderá
ter início no intervalo de 28 dias antes da data prevista para o parto até a
data do parto, iniciando-se a contagem dos 120 dias de salário-maternidade.
A partir da 23ª semana de gestação, mesmo que natimorto, será
considerado parto e dará direito a 120 dias de salário-maternidade.

Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto


podem ser aumentados de mais 2 (duas) semanas, mediante atestado
médico específico submetido à avaliação medico-pericial.

Em caso de parto antecipado ou não, a segurada tem direito aos 120 (cento
e vinte dias) previstos na legislação.

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ABORTO NÃO CRIMINOSO: Em caso de aborto não criminoso,


comprovado mediante atestado médico, a segurada terá direito ao salário-
maternidade correspondente a 2 (duas semanas). No entanto, se o aborto
for tipificado como crime, a segurada não terá direito ao salário-
maternidade.
Considera-se aborto não criminoso aquele ocorrido nas seguintes
circunstâncias:
1. Aborto involuntário;
2. Quando não há outro meio de salvar a vida da gestante;
3. Quando a gravidez resulta de estupro; e
4. Interrupção de gravidez de feto que apresenta anencefalia
(entendimento do STF)

ADOÇÃO e GUARDA JUDIAL PARA FINS DE ADOÇÃO: Ao segurado ou


segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para
fins de adoção de criança de até doze anos de idade é devido salário-
maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias.
Considera-se criança, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente,
a pessoa até 12 anos de idade incompletos. Já o adolescente é q pessoa
que tenha entre 12 anos e 18 anos de idade.
Assim sendo, terá direito ao salário-maternidade, o segurado ou segurada
que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança com
até 11 anos de idade completos (ou 12 anos de idade incompletos). Se a
pessoa adotada tiver 12 anos completos ou mais, não dará direito ao
benefício de salário-maternidade.

Parto Pode ser ampliado


(23ª semana 120 dias Em + 2 semanas
em diante) (Mediante atestado médico)

Aborto No início No final


não criminoso
2 semanas do período do período

No início e final
Adoção do período

Guarda judicial 120 dias Pode iniciar gozo 28 dias antes


para fins do parto, com término 91 dias
de adoção após.

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Para a segurada empregada, inclusive a doméstica, observar-se-á, no que couber,


as situações e condições previstas na legislação trabalhista relativas à proteção à
maternidade.

Beneficiários

No caso de parto e aborto não criminoso, são beneficiários do salário-maternidade:

• Todas as seguradas do RGPS.


o (apenas do sexo feminino*).

No caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança, são


beneficiários do salário-maternidade:

• Todos os segurados e seguradas do RGPS.


o (do sexo masculino ou feminino)

* Obs.: Ressalvadas as hipóteses de pagamento de salário-maternidade à mãe


biológica e de pagamento ao cônjuge ou companheiro sobrevivente, não poderá
ser concedido salário-maternidade a mais de um segurado ou segurada em
decorrência do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que o cônjuge ou
companheiro esteja vinculado a regime próprio de previdência social. Assim sendo,
caso ambos os adotantes forem segurados do RGPS e ou do RPPS, o salário-
maternidade somente será devido a um dos adotantes.

Obs.: No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao


recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou
pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente
que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de
seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade.

Exemplo: Irineu é casado com Adelaide, sendo ambos segurados empregados do


RGPS. Caso Adelaide venha a falecer durante o parto e o bebê sobreviva, Irineu
(por também ser segurado), terá direito ao recebimento do salário-maternidade
por 120 dias. Caso o bebê também venha a falecer ou seja abandonado por
Irineu, o benefício de salário-maternidade não será pago.

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Informações Adicionais

A percepção do salário-maternidade está condicionada ao afastamento do


segurado do trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de suspensão do
benefício.

Para efeito de concessão e pagamento do salário-maternidade, em caso de


gêmeos, não há qualquer alteração de valor ou duração do benefício, sendo devido
apenas um único salário-maternidade.

O salário-maternidade é devido à segurada independentemente de a mãe


biológica ter recebido o mesmo benefício quando do nascimento da criança.

Como vimos, em caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao


recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou
pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente
que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de
seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade, devendo
ser requerido até o último dia do prazo previsto para o término do salário-
maternidade originário. Neste caso, será pago diretamente pela Previdência Social
durante o período entre a data do óbito e o último dia do término do salário-
maternidade originário, aplicando-se, tais regras, também nos casos de segurado
que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção.

Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe biológica e o pagamento


no ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado
(no caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do
salário-maternidade), não poderá ser concedido o benefício a mais de um
segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os
cônjuges ou companheiros estejam submetidos a Regime Próprio de Previdência
Social.

Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada


gestante, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das contribuições
incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço. Neste caso, a empregada
deve dar quitação à empresa dos recolhimentos mensais do salário-maternidade na
própria folha de pagamento ou por outra forma admitida, de modo que a quitação
fique plena e claramente caracterizada.

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Para a comprovação das compensações acima mencionadas, a empresa deve


conservar, durante o prazo decadencial, comprovantes dos pagamentos e
atestados ou das certidões correspondentes para exame pela fiscalização.

O salário-maternidade devido ao segurado ou segurada da Previdência Social que


adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, devido pelo
período de 120 (cento e vinte) dias, será pago diretamente pela Previdência Social.

O salário-maternidade devido à empregada do microempreendedor individual, da


mesma forma, será pago diretamente pela Previdência Social.

O salário-maternidade devido à empregada intermitente também será pago


diretamente pela Previdência Social.

Também será paga diretamente pela Previdência Social para os segurados


empregado doméstico, trabalhador avulso, segurado especial, contribuinte
individual e segurado facultativo em relação a todos os fatos geradores do
benefício de salário-maternidade.

Obs.: O salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda não contiver a


observação de que é para fins de adoção ou só contiver o nome do cônjuge ou
companheiro.

Parto Segurada Empresa paga e se


Empregada compensa
Aborto Demais Pago diretamente
não criminoso Seguradas pela Previdência Social

Adoção
Previdência social paga diretamente
Guarda judicial para todos os tipos de segurados
para fins de adoção

Empregada do MEI

Empregada
Intermitente Previdência social paga diretamente
Empregada com
jornada parcial
(SC inferior ao limite mínimo mensal)

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Para a concessão do salário-maternidade é indispensável que conste da nova


certidão de nascimento da criança, ou do termo de guarda, o nome da segurada
adotante ou guardiã, bem como, deste último, tratar-se de guarda para fins de
adoção.

Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é
devido um único salário-maternidade relativo à criança de menor idade. No
entanto, no caso de empregos concomitantes, a segurada fará jus ao salário-
maternidade relativo a cada emprego.

Compete à interessada instruir o requerimento do salário-maternidade com os


atestados médicos necessários. ==bc559==

Quando o benefício for requerido após o parto, o documento comprobatório é a


Certidão de Nascimento, podendo, no caso de dúvida, a segurada ser submetida
à avaliação pericial junto ao Instituto Nacional do Seguro Social.

O início do afastamento do trabalho da segurada empregada (inclusive a


doméstica) será determinado com base em atestado médico ou certidão de
nascimento do filho.

Obs.: Nos meses de início e término do salário-maternidade da segurada empregada, o


salário-maternidade será proporcional aos dias de afastamento do trabalho.

IMPORTANTE: O salário-maternidade não pode ser acumulado com


benefício por incapacidade.

Quando ocorrer incapacidade em concomitância com o período de pagamento do


salário-maternidade, o benefício por incapacidade, conforme o caso, deverá ser
suspenso enquanto perdurar o referido pagamento, ou terá sua data de início
adiada para o primeiro dia seguinte ao término do período de cento e vinte dias.

IMPORTANTE: A segurada aposentada que retornar à atividade fará jus


ao recebimento do salário-maternidade.

Se a empregada gestante tiver seu contrato de trabalho extinto sem justa causa ou
em razão do encerramento do prazo de vigência inicialmente firmado entre
empregador e empregado ou no caso de contrato de trabalho com prazo

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determinado que tenha se encerrado pelo decurso do prazo pré-estipulado entre


as partes, o benefício será pago diretamente pela empresa, em forma de
indenização, quando a segurada estiver grávida na data do encerramento do
contrato de trabalho. Assim sendo, não caberá ao INSS a responsabilidade por tal
pagamento.

A segurada que estiver desempregada ou que cessar suas contribuições por


qualquer razão, bem como a segurada especial, terão direito ao salário-
maternidade desde que o parto, aborto não criminoso ou adoção (eventos
geradores do benefício) ocorram dentro do prazo de manutenção da qualidade de
segurada, conforme regras que serão estudadas oportunamente. Entretanto, se a
perda da qualidade de segurado vier a ocorrer no período de 28 (vinte e oito) dias
anteriores ao parto, ainda assim será devido o salário-maternidade.

OBSERVAÇÃO: A Lei 13.301/16, que dispõe sobre a adoção de medidas de


vigilância em saúde quando verificada situação de iminente perigo à saúde
pública pela presença do mosquito transmissor do vírus da dengue, do vírus
chikungunya e do vírus da zika, determina em seu §3º do art. 18 que a
licença-maternidade da empregada será de 180 dias no caso das mães de
crianças acometidas por sequelas neurológicas decorrentes de doenças
transmitidas pelo Aedes aegypti, assegurado, nesse período, o recebimento
de salário-maternidade por igual período, aplicando-se, no que couber, as
mesmas regras a segurada especial, contribuinte individual, facultativa e
trabalhadora avulsa. (apesar da lei não mencionar a empregada doméstica,
entendemos que ela também deverá ser abrangida nesta regra).

PROGRAMA EMPRESA CIDADÃ: A Lei 11.770/08 criou o Programa


Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da licença-maternidade mediante
concessão de incentivo fiscal às empresas participantes. A licença-
maternidade será prorrogada por 60 dias e será garantida à empregada da
pessoa jurídica que aderir ao Programa, desde que a empregada a requeira
até o final do primeiro mês após o parto, e será concedida imediatamente
após a fruição da licença-maternidade. Durante o período de prorrogação
da licença-maternidade a empregada terá direito à remuneração integral,
nos mesmos moldes devidos no período de percepção do salário-

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maternidade pago pelo RGPS. A prorrogação será garantida, na mesma


proporção, à empregada e ao empregado que adotar ou obtiver guarda
judicial para fins de adoção de criança. No período de prorrogação da
licença-maternidade, a empregada não poderá exercer nenhuma atividade
remunerada, e a criança deverá ser mantida sob seus cuidados. A pessoa
jurídica tributada com base no lucro real poderá deduzir do imposto devido,
em cada período de apuração, o total da remuneração integral da
empregada e do empregado pago nos dias de prorrogação de sua licença-
maternidade, vedada a dedução como despesa operacional. No entanto,
não podemos confundir a prorrogação da licença-maternidade com a
prorrogação do salário-maternidade. O Programa Empresa Cidadã apenas
aumenta o prazo da licença-maternidade. O prazo de duração do salário-
maternidade continua sendo o mesmo. Os valores pagos pela empresa
durante a prorrogação da licença-maternidade são considerados
remuneração e não benefício previdenciário.

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do


benefício, data da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de
estudo nos demais capítulos do nosso Curso de Direito Previdenciário.

Regra 1

Salário- É devido à mãe ou pai adotivos, mesmo que a mãe biológica


Maternidade tiver recebido o mesmo benefício por ocasião do nascimento da
criança.

Regra 2

Salário- Em caso de parto antecipado, o período de carência será


Maternidade reduzido em número de contribuições equivalente ao número
de meses em que o parto foi antecipado.

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Regra 3

Salário A partir da 23ª semana de gestação, mesmo que natimorto, será


Maternidade considerado parto e dará direito a 120 dias.

Regra 4

Salário Em caso de gêmeos, será devido sempre um único salário


Maternidade maternidade.

Regra 5

Salário Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais


Maternidade de uma criança, é devido um único salário-maternidade relativo à
criança de menor idade. No entanto, no caso de empregos
concomitantes, a segurada fará jus ao salário-maternidade relativo
a cada emprego.

Regra 6

Nos casos de adoção ou guarda em conjunto, se ambos os


Salário adotantes forem segurados da previdência social, o salário-
Maternidade maternidade somente será concedido a um dos adotantes.

Regra 7

Em caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção de


Salário criança, o segurado do sexo masculino também pode receber
Maternidade o salário-maternidade pelo período de 120 dias.

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Regra 8

No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus


ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago,
Salário por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito,
Maternidade ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a
qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho
ou de seu abandono.

Regra 9

Salário A percepção do salário-maternidade está condicionada ao


Maternidade afastamento do segurado do trabalho ou da atividade
desempenhada, sob pena de suspensão do benefício.

Regra 10

Salário O salário-maternidade não pode ser acumulado com benefício


Maternidade por incapacidade. Quando ocorrer incapacidade em
concomitância com o período de pagamento do salário-
maternidade, o benefício por incapacidade, conforme o caso,
deverá ser suspenso enquanto perdurar o referido pagamento, ou
terá sua data de início adiada para o primeiro dia seguinte ao
término do período de cento e vinte dias.

Regra11

Salário A segurada aposentada que retornar à atividade fará jus ao


Maternidade recebimento do salário-maternidade.

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SALÁRIO-FAMÍLIA

Conceito

O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, empregado


doméstico e ao trabalhador avulso, desde que sejam considerados segurados de
baixa renda, ou seja, que tenham salário-de-contribuição inferior ou igual a R$
1.655,98 (valor válido para 2022), na proporção do respectivo número de filhos ou
equiparados, de qualquer condição, até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer
idade.

Equiparam-se aos filhos, nos termos do art. 16, §3º do RPS, mediante declaração
escrita do segurado, comprovada a dependência econômica, o enteado e o menor
que esteja sob sua tutela.

A invalidez do filho, do enteado ou do menor tutelado, desde que comprovada a


dependência econômica dos dois últimos, maior de quatorze anos de idade será
verificada em exame médico-pericial realizado pela Perícia Médica Federal.

Ter filho até Segurado


14 anos Empregado
ou inválido Empregado
(ou equiparado) Doméstico + Aposentados

Apenas para Trabalhador


segurado de Avulso
baixa renda

Remuneração mensal
menor ou igual a
R$ 1.655,98 (ano de 2022)

Beneficiários

O salário-família será pago mensalmente:

• ao empregado, pela empresa, com o respectivo salário;


• ao empregador doméstico, pelo empregador doméstico, com o respectivo
salário;

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• ao trabalhador avulso, pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra,


mediante convênio;
• ao empregado, empregado doméstico e ao trabalhador avulso aposentado
por incapacidade permanente ou em gozo de auxílio por incapacidade
temporária, pelo INSS juntamente com o benefício;
• ao trabalhador rural (empregado ou trabalhador avulso) aposentado por
idade aos 60 (sessenta) anos, se do sexo masculino, ou 55 (cinquenta e cinco)
anos, se do sexo feminino, pelo INSS, juntamente com a aposentadoria; e
• aos demais empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos
aposentados aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, ou aos sessenta
anos, se mulher, pelo INSS, juntamente com a aposentadoria.

Obs. 1: Quando o salário do empregado não for mensal, o salário-família será pago
juntamente com o último pagamento relativo ao mês.

Obs. 2: O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias


trabalhados no mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da
cota.

Obs. 3: Quando o pai e a mãe são segurados empregados, empregados


domésticos ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao salário-família, desde
que sejam considerados segurados de baixa renda.

OBS. 4: As cotas do salário-família pagas pela empresa ou pelo empregador


doméstico serão deduzidas quando do recolhimento das contribuições.

Informações Adicionais

O valor da “cada cota” do salário-família por filho ou equiparado de qualquer


condição, até 14 (quatorze) anos de idade ou inválido de qualquer idade é de:

• R$ 56,47 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$


1.655,98 (valor válido para 2022).

Obs.: Valores válidos para 2022, nos termos da Portaria Interministerial


MTP/ME nº 12, de 17 de janeiro de 2022 – DOU de 20/01/2022.

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Os valores mencionados são corrigidos nas mesmas datas e pelos mesmos índices
de correção dos demais benefícios do RGPS.

O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da certidão de


nascimento do filho ou da documentação relativa ao enteado e ao menor tutelado,
desde que comprovada a dependência econômica dos dois últimos, e à
apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, até seis anos de idade,
e de comprovação semestral de frequência à escola do filho ou equiparado, a partir
dos quatro anos de idade.

Obs.: No caso do empregado doméstico, deve ser apresentado apenas


a certidão de nascimento ou a documentação relativa ao enteado e ao
menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica dos
dois últimos.

Se o segurado não apresentar o atestado de vacinação obrigatória e a


comprovação de frequência escolar do filho ou equiparado, nas datas definidas
pelo Instituto Nacional do Seguro Social, o benefício do salário-família será
suspenso, até que a documentação seja apresentada.

Não é devido salário-família no período entre a suspensão do benefício motivada


pela falta de comprovação da frequência escolar e o seu reativamento, salvo se
provada a frequência escolar regular no período.

A comprovação de frequência escolar será feita mediante apresentação de


documento emitido pela escola, na forma de legislação própria, em nome do aluno,
onde consta o registro de frequência regular ou de atestado do estabelecimento
de ensino, comprovando a regularidade da matrícula e frequência escolar do aluno.

As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo empregador


doméstico, mensalmente, junto com o salário, efetivando-se a compensação
quando do recolhimento das contribuições.

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Obs.: Por se tratar de um benefício previdenciário, o encargo financeiro deverá


recair sobre a Previdência Social. Desta forma, embora o valor seja pago pela
empresa ou pelo empregador doméstico, trata-se apenas de uma antecipação
compensável, que será reembolsado quando do recolhimento das contribuições
da empresa ou empregador doméstico, abatendo das respectivas contribuições
devidas.

A empresa e o empregador doméstico deverão conservar, durante o prazo


decadencial previsto em lei, os comprovantes dos pagamentos e as cópias das
certidões correspondentes, para exame pela fiscalização.

O salário-família devido ao trabalhador avulso não portuário poderá ser recebido


pelo sindicato de classe respectivo, que se incumbirá de elaborar as folhas
correspondentes e de distribuí-lo.

O salário-família correspondente ao mês de afastamento do trabalho será pago


integralmente pela empresa, pelo empregador doméstico ou pelo sindicato ou
pelo órgão gestor de mão de obra, conforme o caso, e, ao mês da cessação de
benefício, pelo INSS.

Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de


abandono legalmente caracterizado ou perda do pátrio-poder, o salário-família
passará a ser pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor, ou
a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido.

Para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o segurado firmará


termo de responsabilidade, no qual se comprometerá a comunicar à empresa, ao
empregador doméstico ou ao INSS, conforme o caso, qualquer fato ou
circunstância que determine a perda do direito ao benefício e ficará sujeito, em
caso de descumprimento, às sanções penais e trabalhistas.

A falta de comunicação oportuna de fato que implique cessação do salário-família


e a prática, pelo segurado, de fraude de qualquer natureza para o seu recebimento
autorizam a empresa, o empregador doméstico ou o INSS, conforme o caso, a
descontar dos pagamentos de cotas devidas com relação a outros filhos, enteados
ou menores tutelados ou, na falta delas, do próprio salário do segurado ou da renda
mensal do seu benefício, o valor das cotas indevidamente recebidas, sem prejuízo
das sanções penais cabíveis, devidamente atualizadas.

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O empregado, o empregado doméstico ou o trabalhador avulso deve dar quitação


à empresa ou ao empregador doméstico de cada recebimento mensal do salário-
família, na própria folha de pagamento ou por outra forma admitida, de modo que
a quitação fique claramente caracterizada.

Obs.: O valor do salário-família, por não substituir a remuneração mensal


do segurado, poderá ter valor inferior ao salário-mínimo.

As cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito,


ao salário ou ao benefício.
==bc559==

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do


benefício, data da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de
estudo nos demais capítulos do nosso Curso de Direito Previdenciário
Diagramado.

Regra 1
Salário
Família Para o segurado empregado é pago pela empresa.

Regra 2
Salário Para o empregado doméstico, pelo empregador
Família doméstico.

Regra 3
Salário Para o trabalhador avulso é pago pelo sindicato
Família ou OGMO.

Regra 4
Salário Aos aposentados, é pago pelo INSS junto com a
Família aposentadoria.

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Regra 5

Quando o pai e a mãe forem empregados,


Salário empregados domésticos ou trabalhadores
Família avulsos de baixa renda, ambos tem o direito ao
benefício de salário-família, por filho menor de 14
anos ou inválido.

Regra 6

Salário Quando o salário família é pago pela empresa ou


Família pelo empregador doméstico será deduzido
quando do recolhimento de suas contribuições.

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PENSÃO POR MORTE

Conceito

Trata-se a pensão por morte de um benefício previdenciário devido ao conjunto de


dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, nos seguintes casos:

• Morte do Segurado;

• Morte Presumida do Segurado.


o Mediante sentença declaratória de ausência
o Em caso de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe,
acidente ou desastre.

Morte do
Segurado
Decisão judicial de Se reaparecer,
declaração de ausência cessa o
Morte (após 6 meses desaparecido) benefício
presumida
do segurado Boa fé:
Comprovada a presença em
não devolve
grandes catástrofes,
É a morte do desastres ou acidentes Má fé:
segurado, não devolve
do dependente
Neste caso, comprovação
administrativa

Beneficiários

São beneficiários da pensão por morte os dependentes de todas as espécies de


segurados do Regime Geral de Previdência Social – RGPS.

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Pensão por Morte

Dependentes
de todos os
segurados

Informações Adicionais

O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, que recebia pensão


de alimentos, receberá a pensão em igualdade de condições com os demais
dependentes de Classe I.
==bc559==

A pensão poderá ser concedida, em caráter provisório, por morte presumida:

• mediante sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade


judiciária, a contar da data de sua emissão; ou

• em caso de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe,


acidente ou desastre, a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil.

Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa


imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores
recebidos, salvo má-fé.

Servirão como prova do desaparecimento, entre outras:

• Boletim de ocorrência lavrado junto a autoridade policial;


• Prova de sua presença no local da ocorrência;
• Noticiário nos meios de comunicação.

Caso exista nexo de causalidade entre a catástrofe e o trabalho do segurado,


configurar-se-á acidente do trabalho. Neste caso, será necessário, também, a
apresentação da Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT, com o respectivo
parecer médico-pericial para caracterização no nexo técnico.

Nas situações de morte presumida, a cada 6 meses o recebedor do benefício


deverá apresentar documento da autoridade competente, contendo informações
acerca do andamento do processo de declaração de ausência, até que seja
apresentada a certidão de óbito.

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A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que
falecer, aposentado ou não e, havendo mais de um pensionista, será rateada entre
todos em parte iguais.

Importante lembrar que os dependentes de uma mesma classe concorrem em


igualdade de condições. Além disso, os dependentes de Classe III somente terão
direito a pensão por morte caso não exista qualquer dependente de Classe I, nem
tampouco qualquer dependente de Classe II, uma vez que a existência de
dependente de qualquer das classes anteriores exclui do direito às prestações os
das classes seguintes. Desta forma, os pais ou irmãos deverão, para fins de
concessão de benefícios, comprovar a inexistência de dependentes preferenciais,
mediante declaração firmada perante o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.

Equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do segurado, comprovada a


dependência econômica, exclusivamente o enteado e o menor sob tutela.

O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado
mediante apresentação de termo de tutela.

No ato de inscrição, o dependente menor de 21 anos deverá apresentar declaração


de que não é emancipado. No caso de enteado e menor sob tutela, a inscrição será
feita, também, mediante a comprovação da equiparação, conforme segue:

• por documento escrito do segurado falecido manifestando essa intenção;


• da dependência econômica; e
• da declaração de que não tenha sido emancipado.

Perde o direito à pensão por morte o condenado criminalmente por sentença


transitada em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou
de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os
absolutamente incapazes e os inimputáveis.

IMPORTANTE: Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o


companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo,
simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização
desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário,
apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao
contraditório e à ampla defesa.

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O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a


companheira atuais do segurado, e somente fará jus ao benefício a partir da data
de sua habilitação e mediante prova de dependência econômica. Assim sendo,
podemos constatar que, apesar do cônjuge, em regra, não precisar comprovar
dependência econômica, excepcionalmente deverá comprovar essa dependência
econômica quando se tratar de cônjuge ausente, assim entendido aquele se, apesar
de não separado judicialmente, afasta-se do convívio conjugal por longo período.

O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de


alimentos concorrerá em igualdade de condições com os dependentes de Classe I.
Mesmo que houver renúncia dos alimentos, manterá o direito à pensão por morte
do ex-marido e ex-companheiro(a), comprovada a necessidade econômica
superveniente.

Vejamos o entendimento do STJ sobre o tema:

Súmula 336 do STJ: A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito
à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica
superveniente.

Se o segurado instituidor do benefício e/ou seu companheiro ou companheira


forem casados com terceiros, ainda assim poderá ser concedida pensão por morte
a este companheiro(a) dependente, desde que comprovada a separação de fato
ou judicial com os respectivos cônjuges e a vida em comum com o companheiro(a).

Se o segurado falecido estiver, na data de seu óbito, obrigado por determinação


judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-
companheira, a pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do
óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento ou cessação anterior do
benefício, como estudaremos adiante.

O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de


microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte
individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com
deficiência grave.

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Caso haja uma ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, este
poderá requerer a habilitação provisória ao benefício de pensão por morte,
exclusivamente para fins de rateio com outros dependentes, vedado o pagamento
da respectiva cota até o trânsito em julgado da decisão judicial que reconhecer a
qualidade de dependente, ressalvada a existência de decisão judicial que disponha
em sentido contrário.

Exemplo: Pedro ajuizou ação judicial para reconhecimento de que é filho


de João, após o falecimento deste. João era segurado do RGPS e deixou
como dependente Maria, seu cônjuge. Enquanto estiver em curso a ação
judicial, Pedro poderá se habilitar provisoriamente para o benefício da
pensão por morte, mas não receberá sua cota parte até que haja trânsito
em julgado da decisão judicial. Maria, por sua vez, em decorrência da
habilitação provisória de Pedro, receberá como cota parte 50% do valor
do benefício.

A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de
outro possível dependente, e qualquer habilitação posterior que importe em
exclusão ou inclusão de dependente somente produzirá efeito a contar da data da
habilitação.

Nas ações judiciais em que o INSS for parte, este poderá proceder, de ofício (por
conta própria), à habilitação excepcional da pensão objeto da ação apenas para
efeitos de rateio, descontados os valores referentes à habilitação das demais cotas,
vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da ação,
ressalvada a existência de decisão judicial que disponha em sentido contrário.

Julgada improcedente a ação de reconhecimento da condição de dependente, o


valor retido, corrigido pelos índices legais de reajustamento, será pago de forma
proporcional aos demais dependentes, de acordo com suas cotas e o tempo de
duração de seus benefícios.

Fica assegurada ao INSS a cobrança dos valores indevidamente pagos em


decorrência da habilitação.

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A pensão por morte será devida ao filho, ao enteado, ao menor tutelado e ao irmão,
desde que comprovada a dependência econômica (no caso do enteado, menor
tutelado e irmão), que sejam inválidos ou que tenham deficiência intelectual, mental
ou grave, observadas as condições a seguir:

• a invalidez ou deficiência tenha ocorrido antes da data do óbito;


• a invalidez ou a deficiência intelectual, mental ou grave tenha ocorrido antes
de completar 21 anos;
• a invalidez ou a deficiência intelectual, mental ou grave tenha ocorrido antes
da sua emancipação, se ocorrida anteriormente a essa idade.

A invalidez será reconhecida pela Perícia Médica Federal.

A deficiência será reconhecida por meio de avaliação biopsicossocial realizada por


equipe multiprofissional e interdisciplinar.

A condição do dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave


poderá ser reconhecida previamente ao óbito do segurado e, quando necessário,
ser reavaliada quando da concessão do benefício.

O pensionista inválido fica obrigado, sob pena de suspensão do benefício, a:

• submeter-se a exame médico a cargo da Perícia Médica Federal;


• processo de reabilitação profissional a cargo do INSS; e
• tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de
sangue, que são facultativos.

O pensionista inválido que não tenha retornado à atividade estará isento desse
exame a partir dos 60 anos de idade.

Contudo, a isenção do exame acima mencionada não se aplica quando o exame


tiver a finalidade de:

• verificar a recuperação da capacidade de trabalho, em razão de solicitação


do pensionista que se julgar apto; e

• subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela (em caso de


benefício devido a dependente civilmente incapaz).

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O pensionista inválido, ainda que tenha implementado a condição para a isenção


desse exame a partir dos 60 anos de idade, será submetido ao exame médico-
pericial quando necessário para apuração de fraude.

Obs.: Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que
falecer após a perda da qualidade de segurado salvo se preenchidos os requisitos
para obtenção da aposentadoria segundo a legislação em vigor à época da
implementação das condições para se aposentar.

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do


benefício, data da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de
estudo nos demais capítulos do nosso Curso de Direito Previdenciário.

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AUXÍLIO RECLUSÃO

Conceito

O auxílio-reclusão, respeitado o tempo mínimo de carência (vinte e quatro


contribuições mensais), será devido, nas mesmas condições da pensão por morte,
aos dependentes do segurado recolhido à prisão em regime fechado, que não
receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio por incapacidade
temporária, pensão por morte, salário-maternidade, aposentadoria ou abono de
permanência em serviço, desde que seja considerado segurado de baixa renda.

Para fins de concessão do benefício de auxílio-reclusão, considera-se segurado de


baixa renda aquele que tenha renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 1.655,98
(valor válido para 2022), corrigidos pelos mesmos índices de reajuste aplicados aos
benefícios do RGPS, calculada com base na média aritmética simples dos salários
de contribuição apurados no período dos doze meses anteriores ao mês do
recolhimento à prisão.

Segurado Se continuar
recolhido Regime recebendo a
à prisão remuneração
prisional que recebia,
fechado não recebe
Apenas para auxílio-reclusão
segurado de
baixa renda
Não precisa ser condenado,
Renda bruta mensal menor Basta ser preso
ou igual a R$ 1.655,98
(no ano de 2022)

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Beneficiários

São beneficiários do auxílio reclusão os dependentes dos segurados de baixa renda


de todas as espécies de segurados do Regime Geral de Previdência Social – RGPS.

Como vimos, segurado de baixa renda é aquele que tenha renda bruta mensal igual
ou inferior a R$ 1.655,98 (valor válido para 2022), corrigidos pelos mesmos índices
de reajuste aplicados aos benefícios do RGPS, calculada com base na média
aritmética simples dos salários de contribuição apurados no período dos doze
meses anteriores ao mês do recolhimento à prisão.

AUXÍLIO RECLUSÃO

Dependentes
de todos os
segurados
de baixa renda

A renda a ser considerada para efeito de concessão do benefício de auxílio-reclusão


é a renda do segurado recluso e não dos seus dependentes beneficiários. Neste
sentido, vejamos abaixo julgado do STF:

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUXÍLIO-


RECLUSÃO. ART. 201, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LIMITAÇÃO DO UNIVERSO
DOS CONTEMPLADOS PELO AUXÍLIO-RECLUSÃO. BENEFÍCIO RESTRITO AOS
SEGURADOS PRESOS DE BAIXA RENDA. RESTRIÇÃO INTRODUZIDA PELA EC 20/1998.
SELETIVIDADE FUNDADA NA RENDA DO SEGURADO PRESO. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. I - Segundo decorre do art. 201, IV, da Constituição, a renda
do segurado preso é que a deve ser utilizada como parâmetro para a concessão do benefício
e não a de seus dependentes. II - Tal compreensão se extrai da redação dada ao referido
dispositivo pela EC 20/1998, que restringiu o universo daqueles alcançados pelo auxílio-
reclusão, a qual adotou o critério da seletividade para apurar a efetiva necessidade dos

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beneficiários. III - Diante disso, o art. 116 do Decreto 3.048/1999 não padece do vício da
inconstitucionalidade. IV - Recurso extraordinário conhecido e provido.

(RE 587365, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado


em 25/03/2009, REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO. DJe-084 DIVULG 07-05-2009
PUBLIC 08-05-2009 EMENT VOL-02359-08 PP-01536)

Informações Adicionais

Os dependentes somente terão direito ao benefício de auxílio-reclusão se


presentes, cumulativamente, os requisitos abaixo:

• Segurado recolhido a prisão em regime fechado;

• Segurado não receba remuneração a empresa;

• Segurado não esteja em gozo de auxílio por incapacidade temporária,


pensão por morte, salário-maternidade, aposentadoria ou abono de
permanência em serviço;

• Seja segurado de baixa renda.

REGIME FECHADO: a execução da pena ocorre em estabelecimento


prisional de segurança máxima ou média.

O requerimento do auxílio-reclusão será instruído com certidão judicial que ateste


o recolhimento efetivo à prisão e será obrigatória a apresentação de prova de
permanência na condição de presidiário para a manutenção do benefício.

Os dependentes do segurado detido em prisão provisória (preventiva ou


temporária) terão direito ao benefício desde que comprovem o efetivo
recolhimento do segurado por meio de certidão judicial.

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A aferição da renda mensal bruta para enquadramento do segurado como de baixa


renda ocorrerá pela média dos salários de contribuição apurados no período de
doze meses anteriores ao mês do recolhimento à prisão. Ou seja, para verificar se
a renda do segurado é igual ou inferior a R$ 1.655,98 (valor válido para 2022), não
se olhará o último salário de contribuição do segurado. Será feita uma média dos
salários de contribuição apurados nos 12 meses anteriores ao mês de recolhimento
à prisão.

Obs: Se o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade em algum dos 12


meses utilizados para aferição da renda mensal bruta para enquadramento do
segurado como de baixa renda, sua duração será contada considerando-se como
salário de contribuição no período o salário de benefício que serviu de base para o
cálculo da renda mensal, reajustado na mesma época e com a mesma base dos
benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo.

É devido auxílio-reclusão aos dependentes do segurado inclusive quando não


houver salário-de-contribuição na data do seu efetivo recolhimento à prisão, desde
que mantida a qualidade de segurado e cujo valor da média dos salários de
contribuição apurados no período de doze meses anteriores ao mês do
recolhimento à prisão seja igual ou inferior ao valor para ser considerado de baixa
renda.

Equipara-se à condição de recolhido à prisão, a situação do maior de dezesseis e


menor de dezoito anos de idade que se encontre internado em estabelecimento
educacional ou congênere, sob custódia do Juizado da Infância e da Juventude.

Para o maior de dezesseis e menor de dezoito anos, serão exigidos certidão do


despacho de internação e o documento atestando seu efetivo recolhimento a
órgão subordinado ao Juiz da Infância e da Juventude.

Ao término da prisão provisória o auxílio-reclusão pago aos dependentes deverá


ser cessado e, caso nova prisão ocorra, ainda que em razão do mesmo evento
causador da primeira privação de liberdade, proceder-se-á à nova análise de
dependência, qualidade de segurado e renda, em novo requerimento de auxílio-
reclusão.

Não cabe a concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que esteja


em livramento condicional ou que cumpra pena em regime semiaberto ou aberto.

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O cumprimento de pena em prisão domiciliar não impede o recebimento do


benefício de auxílio-reclusão pelos dependentes, se o regime previsto for o
fechado.

A monitoração eletrônica do instituidor do benefício de auxílio-reclusão não


interfere no direito do dependente ao recebimento do benefício, uma vez que tem
a função de fiscalizar o preso, desde que mantido o regime de prisão domiciliar e
o regime prisional seja considerado fechado.

O exercício de atividade remunerada iniciada após a prisão do segurado


recluso em cumprimento de pena em regime fechado não acarreta a
==bc559==

perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão para seus


dependentes.

Em caso de morte de segurado recluso que tenha contribuído para a


previdência social durante o período de reclusão, o valor da pensão por
morte será calculado levando-se em consideração o tempo de
contribuição adicional e os correspondentes salários de contribuição,
facultada a opção pelo valor do auxílio-reclusão.

O auxílio-reclusão será mantido enquanto o segurado permanecer detento ou


recluso em regime fechado.

No caso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver recaptura do segurado,


será restabelecido a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja ainda
mantida a qualidade de segurado.

Se houver exercício de atividade dentro do período de fuga, será considerado para


a verificação da perda ou não da qualidade de segurado.

Falecendo o segurado detido ou recluso, o auxílio-reclusão que estiver sendo pago


será automaticamente convertido em pensão por morte.

Não havendo concessão de auxílio-reclusão, em razão da não comprovação da


baixa renda, será devida pensão por morte aos dependentes se o óbito do
segurado tiver ocorrido até doze meses após o livramento, pois estará mantida sua

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qualidade de segurado por este período, independentemente de qualquer


contribuição para o RGPS, como estudaremos oportunamente.

Obs.: Fica garantido o direito ao auxílio-reclusão ao companheiro ou


companheira do mesmo sexo.

Se a realização do casamento ou constituição de união estável ocorrer durante o


recolhimento do segurado à prisão, o auxílio-reclusão não será devido,
considerando a dependência superveniente ao fato gerador.

O filho nascido durante o recolhimento do segurado à prisão terá direito ao


benefício de auxílio-reclusão a partir da data do seu nascimento.

ATENÇÃO: É vedada a concessão do auxílio-reclusão após a soltura do segurado.

O INSS celebrará convênios com os órgãos públicos responsáveis pelo


cadastro dos presos para obter informações sobre o recolhimento à
prisão.

A certidão judicial e a prova de permanência da condição de recluso


poderão ser substituídas pelo acesso à base de dados, por meio
eletrônico, a ser disponibilizada pelo Conselho Nacional de Justiça, com
dados cadastrais que assegurem a identificação plena do segurado e da
sua condição de presidiário.

Até que o acesso à base de dados seja disponibilizado pelo Conselho Nacional de
Justiça, o beneficiário apresentará trimestralmente atestado de que o segurado
continua em regime fechado, que deverá ser firmado pela autoridade competente.

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Aula 06

O exercício de atividade remunerada do


segurado recluso em cumprimento de
pena em regime fechado, que contribuir
Auxílio-reclusão na condição de contribuinte individual ou
facultativo não acarreta a perda do
direito ao recebimento do auxílio-
reclusão para seus dependentes.

Aplicam-se ao auxílio-reclusão as normas referentes à pensão por morte e, no caso


de qualificação de cônjuge ou companheiro ou companheira após a prisão do
segurado, o benefício será devido a partir da data de habilitação, desde que
comprovada a preexistência da dependência econômica.

Vejam que nesse caso, apesar de se tratar de dependentes que, em regra, não
precisam comprovar dependência econômica, passarão a ter que efetuar tal
comprovação quando a qualificação de cônjuge, companheiro ou companheira
ocorrer após a prisão do segurado.

Obs.: As informações de carência, renda mensal inicial, data de início do


benefício, data da cessação do benefício, dentre outras, serão objeto de
estudo nos demais capítulos do nosso Curso de Direito Previdenciário.

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BENEFÍCIOS NÃO PROGRAMADOS (ART. 201, § 10)

Constituição Federal

Art. 201. (...)

§ 10. Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não


programados, inclusive os decorrentes de acidente do trabalho, a ser
atendida concorrentemente pelo Regime Geral de Previdência Social e
pelo setor privado

Antes da EC 103/19, a Constituição determinava que LEI (atenção, não era


necessário lei complementar) iria disciplinar a cobertura de risco de acidente de
trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo RGPS e pelo setor privado.

Após a EC 103/19, não basta mais uma lei ordinária para dispor de tal assunto. É
preciso LEI COMPLEMENTAR. Além disso, essa não irá disciplinar somente a
cobertura de benefícios decorrentes de acidente de trabalho. Foram incluídos
todos os benefícios não programados na previsão.

Os benefícios não programados são a aposentadoria por incapacidade


permanente, o benefício por incapacidade temporária e o auxílio-acidente. Agora,
mesmo que eles não decorram de acidente de trabalho, haverá uma lei
complementar disciplinando a cobertura concorrente pelo RGPS e pelo setor
privado.

Ou seja, o setor privado, antes só iria participar da cobertura do risco de acidente


de trabalho. Agora ele poderá atender inclusive quando o benefício não
programado não decorre de acidente de trabalho.

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ABONO ANUAL

Será devido abono anual (equivalente ao 13º salário) ao segurado e ao dependente


que, durante o ano, receberam:

• auxílio por incapacidade temporária;

• auxílio-acidente;

• aposentadoria (todos os tipos);

• salário-maternidade; ==bc559==

• pensão por morte; ou

• auxílio-reclusão.

Assim sendo, podemos concluir que não será devido abono anual em relação ao
pagamento do salário-família.

O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a gratificação
natalina dos trabalhadores (13º salário) e terá por base o valor da renda mensal do
benefício do mês de dezembro de cada ano e o seu pagamento será efetuado em
duas parcelas, da seguinte forma:

• a primeira parcela corresponderá a até cinquenta por cento do valor do


benefício devido no mês de agosto e será paga juntamente com os benefícios
dessa competência; e

• a segunda parcela corresponderá à diferença entre o valor total do abono


anual e o valor da primeira parcela e será paga juntamente com os benefícios
da competência de novembro.

O valor do abono anual correspondente ao período de duração do salário-


maternidade será pago, em cada exercício, juntamente com a última parcela do
benefício nele devida.

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PRESTAÇÃO DE SERVIÇO RURAL POR MENOR DE 12 A 14 ANOS

Segundo a Súmula 5, da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais


Federais, temos que:

Súmula 5: “A prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até o advento


da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, devidamente comprovada, pode ser
reconhecida para fins previdenciários.”

Dessa forma, a prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, quando


devidamente comprovada, poderá ser reconhecida para fins previdenciários.
Contudo, esse reconhecimento somente poderá ocorrer referente a períodos
anteriores à vigência da Lei 8.213/91.

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HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL

Conceito

A assistência (re)educativa e de (re)adaptação profissional, instituída sob a


denominação genérica de habilitação e reabilitação profissional, visa proporcionar
aos beneficiários, incapacitados parcial ou totalmente para o trabalho (em caráter
obrigatório), independentemente de carência, e às pessoas portadoras de
deficiência (em caráter facultativo), os meios indicados para proporcionar o
reingresso no mercado de trabalho e no contexto em que vivem.

A reabilitação profissional compreende:

• o fornecimento de aparelho de prótese, órtese e instrumentos de auxílio para


locomoção quando a perda ou redução da capacidade funcional puder ser
atenuada por seu uso e dos equipamentos necessários à habilitação e
reabilitação social e profissional;

• a reparação ou a substituição dos aparelhos mencionados no inciso anterior,


desgastados pelo uso normal ou por ocorrência estranha à vontade do
beneficiário;

• o transporte do acidentado do trabalho, quando necessário.

Beneficiários

Cabe ao Instituto Nacional do Seguro Social promover tal prestação aos segurados,
inclusive aposentados e, de acordo com as possibilidades administrativas, técnicas,
financeiras e as condições locais do órgão, aos seus dependentes,
preferencialmente mediante a contratação de serviços especializados.

As pessoas com deficiência serão atendidas mediante celebração de convênio de


cooperação técnico-financeira.

Informações Adicionais

O processo de habilitação e de reabilitação profissional do beneficiário será


desenvolvido por meio das funções básicas de:

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• avaliação do potencial laborativo;


• orientação e acompanhamento da programação profissional;
• articulação com a comunidade, inclusive mediante a celebração de convênio
para reabilitação física restrita a segurados que cumpriram os pressupostos
de elegibilidade ao programa de reabilitação profissional, com vistas ao
reingresso no mercado de trabalho; e
• acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de trabalho.

A execução das funções do processo de habilitação e de reabilitação


profissional dar-se-á, preferencialmente, mediante o trabalho de equipe
multiprofissional especializada em medicina, serviço social, psicologia, sociologia,
fisioterapia, terapia ocupacional e outras afins ao processo, sempre que possível na
localidade do domicílio do beneficiário, ressalvadas as situações excepcionais em
que este terá direito à reabilitação profissional fora dela.

A avaliação da elegibilidade do segurado para encaminhamento à reabilitação


profissional, a reavaliação da incapacidade de segurados em programa de
reabilitação profissional e a prescrição de órteses, próteses e meios auxiliares de
locomoção e acessórios serão realizadas pela Perícia Médica Federal.

Quando indispensáveis ao desenvolvimento do processo de reabilitação


profissional, o Instituto Nacional do Seguro Social fornecerá aos segurados,
inclusive aposentados, em caráter obrigatório, prótese e órtese, seu reparo ou
substituição, instrumentos de auxílio para locomoção, bem como equipamentos
necessários à habilitação e à reabilitação profissional, transporte urbano e
alimentação e, na medida das possibilidades do Instituto, aos seus dependentes.

No caso das pessoas com deficiência, a concessão dos recursos materiais


mencionados acima ficará condicionada à celebração de convênio de cooperação
técnico-financeira.

Obs.: O Instituto Nacional do Seguro Social não reembolsará as despesas


realizadas com a aquisição de órtese ou prótese e outros recursos
materiais não prescritos ou não autorizados por suas unidades de
reabilitação profissional.

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A programação profissional será desenvolvida mediante cursos e/ou treinamentos,


na comunidade, por meio de contratos, acordos e convênios com instituições e
empresas públicas ou privadas.

Nos casos de impossibilidade de instalação de órgão ou setor próprio competente


do Instituto Nacional do Seguro Social, assim como de efetiva incapacidade física
ou técnica de implementação das atividades e atendimento adequado à clientela
da previdência social, as unidades executivas de reabilitação profissional poderão
solicitar a celebração de convênios, contratos ou acordos com entidades públicas
ou privadas de comprovada idoneidade financeira e técnica, ou seu
credenciamento, para prestação de serviço, por delegação ou simples cooperação
técnica, sob coordenação e supervisão dos órgãos competentes do INSS.
==bc559==

IMPORTANTE: O treinamento do reabilitando, quando realizado em


empresa, não estabelece qualquer vínculo empregatício ou funcional
entre o reabilitando e a empresa, bem como entre estes e o INSS.

Compete ao reabilitando, além de acatar e cumprir as normas estabelecidas nos


contratos, acordos ou convênios, pautar-se no regulamento daquelas organizações.

Concluído o processo de reabilitação profissional, o INSS emitirá certificado


individual indicando a função para a qual o reabilitando foi capacitado
profissionalmente, sem prejuízo do exercício de outra para a qual se julgue
capacitado.

Não constitui obrigação da previdência social a manutenção do segurado no


mesmo emprego ou a sua colocação em outro para o qual foi reabilitado, cessando
o processo de reabilitação profissional com a emissão do respectivo certificado.

Cabe à previdência social a articulação com a comunidade, com vistas ao


levantamento da oferta do mercado de trabalho, ao direcionamento da
programação profissional e à possibilidade de reingresso do reabilitando no
mercado formal.

O acompanhamento e a pesquisa da fixação no mercado de trabalho são


obrigatórios e tem como finalidade a comprovação da efetividade do processo de
reabilitação profissional.

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A empresa com 100 ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% a 5%


de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência,
habilitadas, na seguinte proporção:

I - até 200 empregados, 2%;

II - de 201 a 500 empregados, 3%;

III - de 501 a 1000 empregados, 4%; ou

IV - mais de 1000 empregados, 5%.

A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado pela


previdência social ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 dias e
a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado somente poderão
ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário
reabilitado pela previdência social.

Para a reserva de cargos será considerada somente a contratação direta de pessoa


com deficiência, excluído o aprendiz com deficiência de que trata a Consolidação
das Leis do Trabalho.

À Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia


compete estabelecer a sistemática de fiscalização e gerar dados e estatísticas sobre
o total de empregados e as vagas preenchidas por pessoas com deficiência e por
beneficiários reabilitados pela previdência social, além de fornecê-los, quando
solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos empregados ou aos
cidadãos interessados.

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SERVIÇO SOCIAL

Introdução e Regras Legais

Previsto no art. 88 da Lei nº 8.213/91 e no art. 161 do Regulamento da Previdência


Social – RPS, o denominado serviço social constitui atividade auxiliar do seguro
social e visa prestar ao beneficiário orientação e apoio no que concerne à solução
dos problemas pessoais e familiares e à melhoria da sua inter-relação com a
previdência social, para a solução de questões referentes a benefícios, bem como,
quando necessário, à obtenção de outros recursos sociais da comunidade.

Compete também ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos
sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo
de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social,
tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica da sociedade.

A concessão do Serviço Social independe de carência.

Será dada prioridade aos segurados em benefício por incapacidade temporária e


atenção especial aos aposentados e pensionistas.

Para assegurar o efetivo atendimento dos usuários serão utilizadas intervenção


técnica, assistência de natureza jurídica, ajuda material, recursos sociais,
intercâmbio com empresas e pesquisa social, inclusive mediante celebração de
convênios, acordos ou contratos.

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O Serviço Social terá como diretriz a participação do beneficiário na implementação


e no fortalecimento da política previdenciária, em articulação com as associações e
entidades de classe.

O Serviço Social, considerando a universalização da Previdência Social, prestará


assessoramento técnico aos Estados, Distrito Federal e Municípios na elaboração e
implantação de suas respectivas propostas de trabalho relacionadas com a
previdência social.

O atendimento domiciliar e hospitalar é assegurado pela Perícia Médica Federal e


pelo serviço social ao segurado com dificuldade de locomoção, quando o seu
deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de condições de
acessibilidade, lhe impuser ônus desproporcional e indevido.

Consideram-se beneficiários do serviço social todos os segurados e seus


dependentes.

As ações do Serviço Social no INSS são realizadas pelos Assistentes Sociais e


desenvolvidas em consonância com as diretrizes e objetivos estratégicos adotados
pela instituição, da seguinte forma:

• Prestar atendimento individual e grupal aos usuários, esclarecendo-os quanto


ao acesso aos direitos previdenciários, tais como: benefícios e serviços,
condições e documentos necessários para o requerimento e concessão dos
benefícios previdenciários e assistenciais, manutenção e possibilidade da
perda da qualidade de segurado, entre outros;

• Realizar pesquisa social para identificação do perfil e das necessidades dos


usuários.

• Emitir parecer social fornecendo elementos para a concessão, manutenção,


recurso de benefícios e decisão médico-pericial, nos casos de segurados em
auxílio por incapacidade temporária previdenciário ou acidentário, cujas
situações sociais interfiram na origem, evolução ou agravamento de
determinadas doenças.

• Assessorar entidades governamentais e não governamentais em assuntos de


política e legislação previdenciária e assistencial.

• Realizar o cadastro dos Recursos Sociais e Grupos Organizados.

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Nos termos do art. 305 da IN INSS/PRES nº 128/2022, compete à Perícia Médica


Federal e ao Serviço Social do INSS, para efeito de concessão da aposentadoria da
pessoa com deficiência, reconhecer o grau de deficiência, que pode ser leve,
moderado ou grave, bem como fixar a data provável do início da deficiência e
identificar a ocorrência de variação no grau de deficiência.

A avaliação será efetuada por meio de instrumento desenvolvido especificamente


para esse fim, que poderá ser objeto de revalidação periódica.

A comprovação da deficiência somente se dará depois de finalizadas as avaliações


médica e do serviço social, sendo seu grau definido pela somatória das duas
avaliações e sua temporalidade subsidiada pela data do impedimento e alterações
==bc559==

fixadas pela perícia médica.

A atuação destes profissionais visa colaborar na articulação da política


previdenciária com as outras políticas sociais e proporcionar acesso qualificado da
população às informações previdenciárias e assistenciais.

O Serviço Social executa ações profissionais em conjunto com outras áreas do INSS,
com organizações da sociedade civil que favoreçam o acesso da população aos
benefícios e aos serviços do RGPS, e com organizações que favoreçam a
participação do usuário na implementação e no fortalecimento da política
previdenciária e de assistência social, com base nas demandas locais e nas diretrizes
estabelecidas pela Diretoria de Saúde do Trabalhador.

Os recursos técnicos utilizados pelo Assistente Social são, entre outros, o parecer
social, a pesquisa social, o estudo exploratório dos recursos sociais, a avaliação
social da pessoa com deficiência aos requerentes do Benefício de Prestação
Continuada - BPC/LOAS, estabelecida pelo Decreto n° 6.214, de 26 de setembro
de 2007, e a avaliação social da pessoa com deficiência em cumprimento ao
disciplinado na LC n° 142, de 2013.

O Parecer Social consiste no pronunciamento profissional do Assistente Social, com


base no estudo de determinada situação, podendo ser emitido na fase de
concessão, manutenção, recurso de benefícios ou para embasar decisão médico-
pericial, por solicitação do setor respectivo ou por iniciativa do próprio Assistente
Social, observado que:

• a elaboração do Parecer Social pautar-se-á em estudo social, de caráter


sigiloso, constante de prontuário do Serviço Social;

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• a escolha do instrumento a ser utilizado para elaboração do parecer (visitas,


entrevistas colaterais ou outros) é de responsabilidade do assistente social;

• o parecer social não se constituirá em instrumento de constatação de


veracidade de provas ou das informações prestadas pelo usuário;

• nas intercorrências sociais que interfiram na origem, na evolução e no


agravamento de patologias, o parecer social objetivará subsidiar decisão
médico-pericial; e

• deverá ser apresentado aos setores solicitantes por formulário específico


denominado Parecer Social.

A pesquisa social constitui-se recurso técnico fundamental para a realimentação do


saber e do fazer profissional, voltado para a busca do conhecimento crítico e
interpretativo da realidade, favorecendo a identificação e a melhor caracterização
das demandas do INSS e do perfil socioeconômico-cultural dos beneficiários como
recursos para a qualificação dos serviços prestados, o que propiciará:

• o conhecimento da realidade social na qual se inserem os usuários da política


de seguridade social, considerando o seu contexto político, cultural e
socioeconômico, em sua relação com a Previdência Social;

• a elaboração de planos, programas e projetos vinculados com a proposta


teórico-metodológica que embasa as ações do Serviço Social;

• a produção e divulgação de novos conhecimentos que possam contribuir


para a ampliação da proteção social e melhoria dos serviços prestados.

O Estudo Exploratório dos Recursos Sociais constitui instrumento que facilita a


necessária articulação da política previdenciária com a rede socioassistencial para
o desenvolvimento do trabalho do Serviço Social e atendimento aos usuários da
Previdência Social.

A avaliação social, em conjunto com a avaliação médica da pessoa com deficiência,


consiste num instrumento destinado à caracterização da deficiência, e considerará
os fatores ambientais, sociais, pessoais, a limitação do desempenho de atividades
e a restrição da participação social dos requerentes do Benefício de Prestação
Continuada da Assistência Social.

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Para assegurar o efetivo atendimento aos beneficiários, podem ser utilizados


mecanismos de intervenção técnica, ajuda material, articulação com a rede
socioassistencial, intercâmbio com empresas, instituições públicas e entidades da
sociedade civil, inclusive, mediante celebração de convênios, acordos ou termos de
cooperação técnica, conforme regulamentos do INSS.

O Serviço Social tem como diretriz a participação do beneficiário na implementação


e fortalecimento da Seguridade Social, especialmente no que tange à política
previdenciária e da assistência social, em articulação com as associações e
entidades de classe e com as outras áreas do INSS, entidades governamentais e
organizações da sociedade civil.

O Serviço Social presta assessoramento técnico aos Estados, Distrito Federal e


Municípios na elaboração de suas respectivas propostas de trabalho relacionadas
com a Previdência Social, bem como compor comitês intersetoriais de políticas
sociais.

Vejamos como tais assuntos podem ser cobrados em prova:

6. Com. Exam. (TRF 4) - Juiz Federal (TRF 4ª Região) - Dadas as assertivas


abaixo, assinale a alternativa correta.
A Lei nº 8.213/91, que dispôs sobre os Planos de Benefícios da Previdência
Social, dedicou especial atenção à questão dos Serviços, disciplinando o
chamado Serviço Social, bem como a Habilitação e a Reabilitação Profissional.
Seu decreto regulamentador (Decreto nº 3.048/99) dedicou os artigos 136 a
141 aos temas da Habilitação e da Reabilitação Profissional. Com relação aos
Serviços devidos aos segurados vinculados ao Regime Geral de Previdência
Social (RGPS) e aos seus respectivos dependentes, pode-se dizer que:
I. Compete ao Serviço Social prestar aos segurados e aos seus dependentes
todos os esclarecimentos relativos a seus direitos sociais e aos meios de
exercê-los, estabelecendo, em conjunto com os beneficiários, o processo de
solução dos problemas que surgirem no âmbito interno da instituição e na
dinâmica da sociedade.

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Aula 06

II. O Serviço Social deverá dar prioridade aos segurados em benefício por
incapacidade temporária e atenção especial aos aposentados e pensionistas.
III. A Reabilitação Profissional é devida em caráter obrigatório aos segurados
incapacitados de modo parcial ou total para o trabalho, inclusive aposentados.
Contudo, tal dever da Administração Previdenciária não compreende o
fornecimento de órteses, próteses ou outros instrumentos de auxílio à
locomoção, sob pena de ônus excessivo aos cofres da Previdência Social.
a) Está correta apenas a assertiva I.
b) Está correta apenas a assertiva II.
c) Estão corretas apenas as assertivas I e II.
d) Estão corretas apenas as assertivas II e III.
e) Estão corretas todas as assertivas.

COMENTÁRIOS:
Vamos analisar cada uma das assertivas do enunciado:
I. Compete ao Serviço Social prestar aos segurados e aos seus dependentes todos
os esclarecimentos relativos a seus direitos sociais e aos meios de exercê-los,
estabelecendo, em conjunto com os beneficiários, o processo de solução dos
problemas que surgirem no âmbito interno da instituição e na dinâmica da
sociedade.
Assertiva correta, nos termos do art. 88 da Lei nº 8.213/1991, conforme segue:
“Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais
e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de
solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social,
tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica da sociedade.”

II. O Serviço Social deverá dar prioridade aos segurados em benefício por
incapacidade temporária e atenção especial aos aposentados e pensionistas.
Assertiva correta, nos termos do § 1º, do art. 88, da Lei nº 8.213/1991, conforme
segue: “Será dada prioridade aos segurados em benefício por incapacidade
temporária e atenção especial aos aposentados e pensionistas.”

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Aula 06

III. A Reabilitação Profissional é devida em caráter obrigatório aos segurados


incapacitados de modo parcial ou total para o trabalho, inclusive aposentados.
Contudo, tal dever da Administração Previdenciária não compreende o
fornecimento de órteses, próteses ou outros instrumentos de auxílio à locomoção,
sob pena de ônus excessivo aos cofres da Previdência Social.
Assertiva errada, nos termos do art. 89, da Lei nº 8.213/1991, conforme segue:
“Art. 89. A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao
beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de
deficiência, os meios para a (re)educação e de (re)adaptação profissional e social indicados
para participar do mercado de trabalho e do contexto em que vive.
Parágrafo único. A reabilitação profissional compreende:
a) o fornecimento de aparelho de prótese, órtese e instrumentos de auxílio para locomoção
quando a perda ou redução da capacidade funcional puder ser atenuada por seu uso e dos
equipamentos necessários à habilitação e reabilitação social e profissional;
b) a reparação ou a substituição dos aparelhos mencionados no inciso anterior, desgastados
pelo uso normal ou por ocorrência estranha à vontade do beneficiário;
c) o transporte do acidentado do trabalho, quando necessário.”

Como podemos perceber pela leitura do artigo acima, temos alguns erros na
assertiva, pois a habilitação e a reabilitação profissional e social se destinam a
beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas
portadoras de deficiência, compreendendo, inclusive, fornecimento de órteses,
próteses ou outros instrumentos de auxílio à locomoção.

Gabarito: C

7. CESPE - Técnico de Nível Superior (Pref SL)/Assistência Social/2017 - No


âmbito da previdência social, compete ao serviço social:
a) incentivar os conselhos regionais de serviço social a prestar assessoria aos
municípios.
b) avaliar e assinar juntamente com a perícia médica o relatório de gestão
remetido ao Tribunal de Contas da União.
c) atuar no Conselho da Previdência Social como representante da sociedade
civil.

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d) priorizar os segurados em benefícios por incapacidade temporária.


e) priorizar intervenções técnicas, principalmente a visita domiciliar.

COMENTÁRIOS:

Nos termos do art. 88, da lei 8.213/91, temos que:

Art. 88. Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e
os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos
problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno
da instituição como na dinâmica da sociedade.
§ 1º Será dada prioridade aos segurados em benefício por incapacidade temporária e
atenção especial aos aposentados e pensionistas.
§ 2º Para assegurar o efetivo atendimento dos usuários serão utilizadas intervenção técnica,
assistência de natureza jurídica, ajuda material, recursos sociais, intercâmbio com empresas
e pesquisa social, inclusive mediante celebração de convênios, acordos ou contratos.
§ 3º O Serviço Social terá como diretriz a participação do beneficiário na implementação e
no fortalecimento da política previdenciária, em articulação com as associações e entidades
de classe.
§ 4º O Serviço Social, considerando a universalização da Previdência Social, prestará
assessoramento técnico aos Estados e Municípios na elaboração e implantação de suas
propostas de trabalho.

Como podemos perceber na leitura do artigo acima, no âmbito da previdência


social, compete ao serviço social, dentre outras coisas, priorizar os segurados em
benefício por incapacidade temporária e atenção especial aos aposentados e
pensionistas, conforme apresentado na alternativa “D”.

Gabarito: D

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8. FCC - Analista Previdenciário (MANAUSPREV)/Serviço Social/2015 - No


âmbito da Previdência Social, segundo a Lei nº 8.213/1991, o Serviço Social,
a) assegurará que somente as organizações sindicais e as associações
registradas a partir da Constituição Federal de 1988 sejam reconhecidas como
interlocutoras.
b) terá como diretriz a participação do beneficiário na implementação e no
fortalecimento da política previdenciária, em articulação com as associações e
entidades de classe.
c) organizará exclusivamente a associação dos usuários da previdência social
que tenham se tornado beneficiários por incapacidade temporária para que
estejam fortalecidos na requisição dos seus direitos.
d) reconhecerá legalmente apenas as organizações que tenham como seus
membros beneficiários de todas as modalidades (tempo de serviço;
incapacidade e velhice).
e) realizará um trabalho desvinculado de mobilização e participação, pois no
caso da previdência social, sua atuação restringe-se à oferta de benefícios já
configurados em lei.

COMENTÁRIOS:
Nos termos do art. 88, da lei 8.213/91, temos que:

Art. 88. Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e
os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos
problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno
da instituição como na dinâmica da sociedade.
§ 1º Será dada prioridade aos segurados em benefício por incapacidade temporária e
atenção especial aos aposentados e pensionistas.
§ 2º Para assegurar o efetivo atendimento dos usuários serão utilizadas intervenção técnica,
assistência de natureza jurídica, ajuda material, recursos sociais, intercâmbio com empresas
e pesquisa social, inclusive mediante celebração de convênios, acordos ou contratos.
§ 3º O Serviço Social terá como diretriz a participação do beneficiário na implementação e
no fortalecimento da política previdenciária, em articulação com as associações e entidades
de classe.

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§ 4º O Serviço Social, considerando a universalização da Previdência Social, prestará


assessoramento técnico aos Estados e Municípios na elaboração e implantação de suas
propostas de trabalho.
(grifos nossos)

Como podemos perceber na leitura do artigo acima, o Serviço Social terá como
diretriz a participação do beneficiário na implementação e no fortalecimento da
política previdenciária, em articulação com as associações e entidades de classe,
conforme apresentado na alternativa “B”.

Gabarito: B

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CARÊNCIA DAS PRESTAÇÕES DO RGPS

CONCEITO

Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de


contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício,
consideradas as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior
ao seu limite mínimo mensal. Ou seja, sem cumprir o período de carência do
benefício (quando existente), não terá direito ao seu recebimento.

Para o segurado especial, considera-se período de carência, para fins de concessão


dos benefícios a que façam jus, o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade
rural, ainda que de forma descontínua, igual à quantidade de meses necessária à
concessão do benefício requerido.

Não é computado para efeito de carência o tempo de atividade do trabalhador


rural anterior à competência novembro de 1991.

Para efeito de carência, considera-se presumido o recolhimento das contribuições


do segurado empregado, empregado doméstico e do trabalhador avulso.

Relativamente ao contribuinte individual, considera-se presumido o recolhimento


das contribuições descontadas pela empresa a partir da competência abril de 2003.

Para fins de carência, as contribuições anteriores à data de publicação da Emenda


à Constituição nº 103, de 12 de novembro de 2019 (Reforma da Previdência), serão
consideradas em conformidade com a legislação vigente à época.

O período de carência é contado:

• para o segurado empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso,


da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS;

• para o contribuinte individual e facultativo e o segurado especial (que


contribui adicionalmente com contribuição complementar de 20% sobre o
salário de contribuição por ele declarado, da mesma forma que o facultativo),
da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não

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sendo consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso


referentes a competências anteriores.

• Para o segurado especial (que não contribui com contribuição complementar


de 20% sobre o salário de contribuição por ele declarado), o período de
carência é contado a partir do efetivo exercício da atividade rural, mediante
comprovação feita mediante documentos que comprovem o exercício de
atividade nos períodos a serem contados, devendo esses documentos ser
contemporâneos dos fatos a comprovar e mencionar as datas de início e
término.

• Para os segurados contribuinte individual e facultativo optantes pelo


recolhimento trimestral, o período de carência é contado a partir do mês de
inscrição do segurado, desde que efetuado o recolhimento da primeira
contribuição no prazo estipulado.

Para os segurados contribuinte individual e facultativo, na hipótese de perda da


qualidade de segurado, somente serão consideradas, para fins de carência, as
contribuições efetivadas após novo recolhimento sem atraso. Contudo, deve-se
observar que a partir de 13 de novembro de 2019 (Reforma da Previdência), para
fins de carência, somente serão consideradas as competências cujo salário de
contribuição seja igual ou superior ao limite mínimo mensal do salário de
contribuição.

Nem todos os períodos considerados pela legislação previdenciária como tempo


de contribuição irão contar para como tempo de carência. Assim sendo, segue
alguns exemplos de períodos que, apesar de contarem como tempo de
contribuição, não são computados para efeito de carência:

• Tempo de serviço militar (voluntário ou obrigatório);

• Tempo de serviço do trabalhador rural anterior à competência


novembro/2011, quando ainda não contribuía para a Previdência Social;

• Contribuições recolhidas com atraso, relativas a competências anteriores à


data do recolhimento da primeira contribuição sem atraso dos segurados
contribuinte individual e facultativo.

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O STJ decidiu ser possível considerar o período em que o segurado esteve em


gozo de benefício por incapacidade (auxílio por incapacidade temporária ou
aposentadoria por incapacidade permanente) para fins de carência, desde que
intercalados com períodos contributivos, conforme segue:

PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.


VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. CÔMPUTO DO TEMPO DE BENEFÍCIO POR
INCAPACIDADE COMO PERÍODO DE CARÊNCIA. POSSIBILIDADE, DESDE QUE
INTERCALADO COM PERÍODO DE EFETIVO TRABALHO. POSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO
DA OBRIGAÇÃO DE FAZER ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO. EFEITOS ERGA OMNES
LIMITADOS À COMPETÊNCIA TERRITORIAL DO ÓRGÃO PROLATOR.

1. Ação civil pública que tem como objetivo obrigar o INSS a computar, como período de
carência, o tempo em que os segurados estão no gozo de benefício por incapacidade (auxílio-
doença ou aposentadoria por invalidez).

2. O acórdão recorrido julgou a lide de modo fundamentado e coerente, não tendo incorrido
em nenhum vício que desse ensejo aos embargos de declaração e, por conseguinte, à
violação do art. 535 do Código de Processo Civil.

3. É possível considerar o período em que o segurado esteve no gozo de benefício por


incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez) para fins de carência, desde que
intercalados com períodos contributivos.

4. Se o período em que o segurado esteve no gozo de benefício por incapacidade é


excepcionalmente considerado como tempo ficto de contribuição, não se justifica interpretar
a norma de maneira distinta para fins de carência, desde que intercalado com atividade
laborativa.

5. Possibilidade de execução da obrigação de fazer, de cunho mandamental, antes do


trânsito em julgado e independentemente de caução, a ser processada nos moldes do art.
461 do Código de Processo Civil.

6. Prevalece nesta Corte o entendimento de que a sentença civil fará coisa julgada erga omnes
nos limites da competência territorial do órgão prolator, nos termos do art. 16 da Lei n.
7.347/85, alterado pela Lei n. 9.494/97.

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7. O valor da multa cominatória fixada pelas instâncias ordinárias somente pode ser revisado
em sede de recurso especial se irrisório ou exorbitante, hipóteses não contempladas no caso
em análise. 8. Recurso especial parcialmente provido.

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

(CESPE - Advogado da União – 2015). Acerca do RGPS, julgue o item


subsequente.
Desde que tenha sido intercalado com o exercício de atividade laborativa, o
período em que o segurado se beneficiar de auxílio-doença deverá ser
considerado para fins de cômputo de carência e para o cálculo do tempo de
contribuição na concessão de aposentadoria por invalidez, conforme
entendimento do STF.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Esta já uma questão mais elaborada e que exige o conhecimento do candidato
sobre a Jurisprudência (não se esqueça, candidato que, depois de estudar as leis,
estuda também a jurisprudência é candidato diferenciado). Bom, conforme
solicitado pelo examinador, vejamos o que o STF tem a nos dizer sobre o assunto:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CÔMPUTO DO TEMPO DE GOZO
DE AUXÍLIO-DOENÇA PARA FINS DE CARÊNCIA. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. O
Supremo Tribunal Federal decidiu nos autos do RE nº 583.834/PR-RG, com repercussão
geral reconhecida, que devem ser computados, para fins de concessão de aposentadoria
por invalidez, os períodos em que o segurado tenha usufruído do benefício de auxílio-
doença, desde que intercalados com atividade laborativa. 2. A Suprema Corte vem-se
pronunciando no sentido de que o referido entendimento se aplica, inclusive, para fins de
cômputo da carência, e não apenas para cálculo do tempo de contribuição. Precedentes:
ARE 802.877/RS, Min. Teori Zavascki, DJe de 1/4/14; ARE 771.133/RS, Min. Luiz Fux, DJe
de 21/2/2014; ARE 824.328/SC, Min. Gilmar Mendes, DJe de 8/8/14; e ARE 822.483/RS,
Min. Cármem Lúcia, DJe de 8/8/14. 3. Agravo regimental não provido.

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(STF – ARE 746835 AgR/RS – Relator Ministro DIAS TOFFOLI – Primeira Turma – Julgamento
em 19.08.2014 – Publicação em 07.10.2014)

A assertiva nos traz exatamente o que é dito pelo STF, portanto assertiva correta.

Gabarito: CERTO.

APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE E AUXÍLIO POR


INCAPACIDADE TEMPORÁRIA

Carência

A concessão dos benefícios de aposentadoria por incapacidade permanente e


auxílio por incapacidade temporária dependem do cumprimento da carência de 12
contribuições mensais.

No entanto, Independe de carência a concessão destes benefícios nos seguintes


casos:

• Incapacidade decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa;

• Incapacidade decorrente de doença profissional ou do trabalho;

• segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças
e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da
Economia, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de
estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira
especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado.

OBSERVAÇÃO: Até que seja elaborada a lista de doenças e afecções


mencionada acima, independe de carência a concessão de auxílio por
incapacidade temporária e de aposentadoria por incapacidade
permanente ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das

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seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental,


esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira,
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado
avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da
deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação,
com base em conclusão da medicina especializada.

Em casos de acidente, a legislação previdenciária afirma que a dispensa da carência


==bc559==

será concedida para acidentes decorrentes de qualquer natureza ou causa,


independentemente de tratar-se ou não de acidente de trabalho. Assim sendo, até
mesmo uma lesão sofrida por segurado durante uma partida de futebol com os
amigos no final de semana, se resultar em perda ou redução permanente ou
temporária da capacidade laborativa, é motivo para concessão do benefício,
independente do cumprimento de qualquer carência.

Para o segurado especial, como já estudado, a contagem da carência não é


efetuada necessariamente com base no número de contribuições mensais
recolhidas, mas sim pela comprovação do exercício de atividade rural pelo período
equivalente ao número de meses correspondente à carência do benefício
requerido. Assim sendo, para ter direito a aposentadoria por incapacidade
permanente ou auxílio por incapacidade temporária, basta o segurado especial
comprovar 12 meses de efetivo exercício na respectiva atividade agropecuária ou
pesqueira (exceto nos casos em que a carência é dispensada).

Entende-se como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem


traumática e por exposição a agentes exógenos, físicos, químicos ou biológicos,
que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda
ou a redução permanente ou temporária da capacidade laborativa.

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Aposentadoria por Incapacidade Permanente


e Auxílio por Incapacidade Temporária

Regra 12 contribuições
incapacidade decorrente de acidente de
qualquer natureza ou causa
doença profissional ou do trabalho
Sem
segurado que, após filiar-se ao RGPS, for
carência acometido de alguma das doenças e afecções
especificadas em lista elaborada pelos
ministérios responsáveis pela saúde e pela
previdência social, atualizada a cada 3 (três) anos

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

(FCC - Analista Judiciário - TRF 3ª Região – 2014). De acordo com a Lei nº


8.213/91, em regra, a concessão do benefício do auxílio-doença:
a) não possui período de carência pré-estabelecido.
b) está sujeita a carência de doze contribuições mensais.
c) está sujeita a carência de seis contribuições mensais.
d) está sujeita a carência de quinze contribuições mensais.
e) só estará sujeita ao período de carência se a concessão inicial for de, no
mínimo, trinta dias.

COMENTÁRIOS:
Existem dois tipos de auxílio-doença: o auxílio doença acidentário e o auxílio-
doença comum. No caso de acidente de qualquer natureza ou causa, o segurado
pode receber o auxílio-doença acidentário independentemente de qualquer
carência. Na questão, o examinador refere-se ao auxílio doença comum (note que
ele usou a expressão “em regra”), o qual tem o período de carência de 12 meses.

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Portanto podemos concluir que a assertiva verdadeira é a B, as outras estão


erradas, inclusive para os dois gêneros de auxílio-doença apresentados. Vejamos
a legislação pertinente ao assunto:
Lei 8.213/91: Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de
Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no
art. 26:

I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;

II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial:


180 contribuições mensais;

III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art.
13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta
Lei.

Gabarito: B.

(CESPE - Defensor Público Federal- 2017). O item seguinte, acerca de


benefícios previdenciários, apresenta uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada.
Raul nunca havia contribuído para o RGPS. No entanto, após uma semana do
início de atividade laboral em determinado emprego, um acidente de trabalho
o tornou incapaz e insuscetível de reabilitação.
Nessa situação, Raul não faz jus ao benefício da aposentadoria por invalidez
porque não cumpriu o tempo de carência exigido.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:

I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;

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(Destaques Nossos).

Vamos conferir as exceções no Art. 26:


Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza


ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)
anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;

(Destaques Nossos).

Podemos concluir que apesar de existir uma carência de 12 meses para receber a
aposentadoria por invalidez, em caso de acidente de qualquer natureza essa
carência deixa de existir, o que torna a assertiva incorreta.

Gabarito: ERRADO.

(CESPE - Analista de Controle Externo - TCE-PE – 2017). No item a seguir, é


apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada
a respeito de benefício previdenciário e contribuição para o RGPS e regime
próprio de previdência social.
Flávio, que nunca havia contribuído para o RGPS, foi contratado como
empregado de uma empresa privada. No quinto dia de trabalho, ao conduzir
sua bicicleta rumo ao seu emprego, Flávio foi atropelado por um veículo, o
que o deixou absolutamente incapacitado. Nessa situação, Flávio não terá
direito à aposentadoria por invalidez concedida pelo RGPS, por não ter
cumprido o tempo mínimo de carência.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:

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Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:

I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais; (...)

(Destaques Nossos).

Vamos conferir as exceções no Art. 26:


Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza


ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)
anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;

(Destaques Nossos).

Podemos concluir que apesar de existir uma carência de 12 meses para receber a
aposentadoria por invalidez, quando em caso de acidente de qualquer natureza
essa carência deixa de existir. Portanto, assertiva incorreta.

Gabarito: ERRADO.

(CESPE - Técnico do Seguro Social – 2016). Com base no disposto na Lei n.º
8.213/1991, que trata dos planos de benefícios da previdência social e dá
outras providências, julgue o item seguinte.
Em regra, o período de carência para a concessão do benefício de auxílio-
doença é de doze contribuições mensais.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos novamente recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei
8.213/91:

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Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:

I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;

(Destaques Nossos).

Vamos conferir as exceções no Art. 26:


Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza


ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)
anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;

(Destaques Nossos).

Podemos concluir que, em regra, existe uma carência de 12 meses para receber o
auxílio-doença. Deixar de ter carência para este benefício é a exceção. Assim
sendo, podemos concluir que a assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

(CESPE - Inspetor de Controle Externo - TCE-RN – 2015). Julgue o item a


seguir, relativo à seguridade social e ao regime geral de previdência social.
A concessão de auxílio-doença independe de carência nos casos em que o
segurado ficar incapacitado para seu trabalho por mais de quinze dias
consecutivos devido a alguma doença profissional ou a um acidente de
qualquer natureza.
( ) Certo
( ) Errado

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COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão recorramos aos art. 26 da Lei 8.213/91, que aborda
os benefícios que são independentes de carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;

II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza


ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)
anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;

III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais
referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei;

IV - serviço social;

V - reabilitação profissional.

VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada


doméstica.

Especificamente sobre os 15 dias mencionados na questão, vamos recorrer ao Art.


59 da mesma lei referida acima.
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o
caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para
a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.

Gabarito: CERTO.

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APOSENTADORIA PROGRAMADA, APOSENTADORIA POR IDADE DO


TRABALHADOR RURAL E APOSENTADORIA ESPECIAL

Carência

A concessão dos benefícios de aposentadoria (exceto por incapacidade


permanente) depende do cumprimento da carência de 180 contribuições mensais.

No entanto, para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de julho


de 1991, a carência das aposentadorias (exceto por incapacidade permanente)
obedecerão uma regra de transição, levando-se em conta o ano em que o segurado
implementou todas as condições necessárias à obtenção do benefício, conforme
segue:

Ano de implementação das condições Meses de contribuição exigidos


1991 60 meses
1992 60 meses
1993 66 meses
1994 72 meses
1995 78 meses
1996 90 meses
1997 96 meses
1998 102 meses
1999 108 meses
2000 114 meses
2001 120 meses
2002 126 meses
2003 132 meses
2004 138 meses
2005 144 meses
2006 150 meses
2007 156 meses
2008 162 meses
2009 168 meses
2010 174 meses
2011 180 meses

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Para o segurado especial, como já estudado, a contagem da carência não é


necessariamente efetuada com base no número de contribuições mensais
recolhidas, mas sim pela comprovação do exercício de atividade rural pelo período
equivalente ao número de meses correspondente à carência do benefício
requerido. Assim sendo, para ter direito a aposentadoria programada e
aposentadoria especial, basta o segurado especial comprovar 180 meses de efetivo
exercício na respectiva atividade agropecuária ou pesqueira (exceto se sujeito à
regra de transição, em que o período de carência será menor).

Aposentadoria Programada
(idade + tempo de contribuição)
e
Aposentadoria especial

Carência 180 contribuições

Exceção segurados inscritos até 24/07/1991


(véspera da publicação da lei 8.213/91)

carência passou de
60 para 180 contribuições
(regra de transição – art. 142 da lei 8.213/91)

Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

(FCC - Procurador Autárquico – MANAUSPREV – 2015 - ADAPTADA). A


aposentadoria por idade e tempo de serviço, nos termos da Lei no 8.213/91,
como regra, exige o seguinte número de contribuições mensais:
a) 180.
b) 120.
c) 210.
d) 240.
e) 360.

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COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 25 da Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:

I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;

II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial:


180 contribuições mensais

III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art.
13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.

Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso
III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o
parto foi antecipado.

Dessa maneira podemos ver que a alternativa correta é a “A”, ou seja,


aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço (tempo de
contribuição) e aposentadoria especial exigem, no mínimo, 180 contribuições
mensais.
Obs.: Devemos lembrar que atualmente a aposentadoria por tempo de serviço foi
substituída por aposentadoria por tempo de contribuição.

Gabarito: A.

(FCC - Auditor - TCE-CE – 2015). A Lei no 8.213/1991 institui benefícios aos


segurados e seus dependentes, bem como requisitos para sua concessão,
dentre eles a carência relacionada à quantidade mínima de contribuições, que
nos casos de aposentadoria por invalidez comum e aposentadoria por idade,
para filiados após a edição da referida lei, são correta e respectivamente de:
a) 12 e 120.
b) 10 e 60.
c) 12 e 180.
d) 60 e 120.
e) dispensada e 180.

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COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 25 da Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:

I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;

II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial:


180 contribuições mensais

III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art.
13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta
Lei.

Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o


inciso III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em
que o parto foi antecipado.

(Destaques Nossos);

Podemos notar que existem 3 possibilidades de carência (10, 12 e 180


contribuições mensais), o que já descarta algumas das alternativas. O examinador
questiona sobre a carência por invalidez “comum” e por idade, que são
respectivamente 12 e 180 contribuições mensais.
Lembrando que em caso de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como
incapacidade decorrente de doença profissional ou do trabalho e doenças graves
previstas na legislação, esse tempo de carência para aposentadoria por invalidez
será dispensado, conforme podemos ver no Art.26 da Lei 8.213/91:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;

II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza


ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)
anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;

Portanto alternativa correta é a C, ou seja, 12 e 180 contribuições mensais


respectivamente.

Gabarito: C.

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SALÁRIO-MATERNIDADE

Carência

A concessão do salário-maternidade para o contribuinte individual, segurada


facultativa e segurada especial depende do cumprimento da carência de 10
contribuições mensais.

Será devido o salário-maternidade à segurada especial, no valor de um salário


mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural nos últimos 10 meses
imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do benefício,
quando requerido antes do parto, mesmo que de forma descontínua.

Para os segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso não há


carência a ser cumprida para recebimento do benefício de salário-maternidade.

IMPORTANTE: Em caso de parto antecipado, o período de carência do


salário-maternidade será reduzido em número de contribuições
equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.

Assim sendo, se o parto de uma segurada facultativa, segurada especial ou


contribuinte individual for antecipado em 3 meses, a carência será reduzida de 10
contribuições mensais para 7 contribuições mensais.

MUITO IMPORTANTE: Independe de carência a concessão de salário-


maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e
empregada doméstica.

Salário-maternidade
Empregada
Trabalhadora avulsa “sem carência”
Empregada doméstica

Contribuinte individual
Segurada facultativa 10 contribuições
Segurada especial

Obs.: para cada mês de antecipação do parto,


antecipa-se a carência na mesma quantidade de meses.

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Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova:

(CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE – 2017). A respeito da carência e da


condição de segurados e dependentes no regime geral da previdência social (RGPS),
julgue o item subsequente.

A concessão do salário-maternidade à segurada empregada independe de carência.

( ) Certo

( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos art. 26 da Lei 8.213/91, que nos
fala quais benefícios são independentes de carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: (...)

VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada


doméstica.

(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

(CESPE - Defensor Público Federal – 2015) (Questão Adaptada). Acerca da


carência, dos períodos de graça e da condição de segurado, julgue o item a
seguir.
O salário-maternidade pago à segurada empregada, à segurada doméstica e
à segurada avulsa prescinde de carência.
( ) Certo
( ) Errado

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COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos art. 26 da Lei 8.213/91, que nos
fala quais benefícios são independentes de carência:

Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: (...)

VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada


doméstica.

(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

AUXÍLIO-RECLUSÃO

Carência

A concessão do benefício de auxílio-reclusão depende do cumprimento da carência


de 24 contribuições mensais.

Essa é uma das principais alterações trazidas pela Medida Provisória 871/19,
convertida na Lei 13.846/19. Antes disso, não era exigido carência para a concessão
de auxílio reclusão.

Auxílio-reclusão

Carência 24 contribuições

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Vejamos como tal assunto já foi cobrado em prova:

(CESPE – Analista de Controle Externo- TCE-PE – 2019). Com relação aos


benefícios previdenciários em espécie, julgue o item.
O auxílio reclusão beneficia os dependentes do segurado recolhido à prisão e
independe de carência.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder à questão, vamos recorrer à Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: (...)

IV -auxílio-reclusão: vinte e quatro contribuições mensais. (...)

Art.80. O auxílio-reclusão será devido nas condições da pensão por morte, respeitado o
tempo mínimo de carência estabelecido no inciso IV do caput do art. 25, aos dependentes
do segurado de baixa renda recolhido à prisão em regime fechado, que não receber
remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, pensão por morte,
salário-maternidade, aposentadoria ou abono de permanência em serviço.

(destaques nossos)

Como podemos ver, o auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do


segurado recolhido à prisão, entretanto, conforme alteração trazida pela Medida
Provisória 871/19, convertida na Lei 13.846/19, é requerida uma carência de 24
meses para a concessão do auxílio-reclusão.

Na época da prova não era exigida a carência para a concessão do auxílio-reclusão,


tendo sido a questão considerada correta. Atualmente, a questão está incorreta
por dizer que independe de carência.

Gabarito: Errada.

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SEM CARÊNCIA – DEMAIS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS

Independem de carência a concessão das seguintes prestações do RGPS:

• pensão por morte;


• auxílio-acidente;
• salário-família;
• habilitação e reabilitação profissional.

Pensão por morte


Auxílio-acidente
Salário-família

“sem carência”

Habilitação e
Reabilitação Profissional

“sem carência”

Como já estudado, também independem de carência os seguintes benefícios, nas


condições abaixo especificadas:

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• auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria por incapacidade


temporária nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença
profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após
filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções
especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Economia,
atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma,
deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira
especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
• salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e
empregada doméstica.

CARÊNCIA EM CASO DE PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO

Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos


benefícios de auxílio por incapacidade temporária, de aposentadoria por
incapacidade permanente, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o
segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com
metade dos períodos de carência previstos para tais benefícios.

Carência em caso de perda da qualidade de segurado

Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da


concessão dos benefícios abaixo, o segurado deverá contar, a partir
da data da nova filiação à previdência social, com metade dos
períodos de carência previstos para tais benefícios:

Auxílio por incapacidade temporária (metade de 12 = 6 contribuições);

Aposentadoria por incapacidade permanente (metade de 12 = 6 contribuições);

Salário-maternidade (metade de 10 = 5 contribuições);

Auxílio-reclusão (metade de 24 = 12 contribuições).

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Vejamos como tal assunto já foi cobrado em prova:

(FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ – 2015). O período de


carência visa a garantir o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema. Para os
segurados que ingressaram no sistema após a vigência da Lei nº 8.213/1991,
em relação aos benefícios de aposentadoria especial, aposentadoria por
invalidez acidentária e salário-família, a carência, em número de contribuições
mensais, será respectivamente de
a) 180, nenhuma, nenhuma.
b) 180, 12, nenhuma.
c) 120, 12, 10.
d) 120, nenhuma, 10.
e) 180, 120, 12.

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão recorramos ao art. 26 da Lei 8.213/91, que assim
dispõe:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente

II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza


ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)
anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;

III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais
referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei;

V - reabilitação profissional

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VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada


doméstica.

(Destaques Nossos).

Sobre a carência da aposentadoria especial, vamos conferir o art. 25 da Lei


8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: (....)

II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial:


180 contribuições mensais (...). (Destaques Nossos).

Assim, podemos concluir que para a aposentadoria especial, a carência são 180
meses, já para a aposentadoria por invalidez acidentária e salário-família, ambos
são independentes de carência.

Gabarito: A.

(CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-RO – 2013). Considerando as


normas de concessão de benefícios pelo regime geral de previdência social
(RGPS), julgue o item a seguir.
De acordo com a legislação previdenciária, o período de carência corresponde
ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o
segurado faça jus ao recebimento de alguns benefícios, independendo, no
entanto, de carência a concessão dos benefícios de pensão por morte, auxílio-
reclusão, salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:

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Conforme podemos ver nos artigos 24 e 26 da Lei 8.213/91, alguns benefícios


precisam de um determinado período de carência para poderem ser solicitados
pelo segurado, já outros são dispensados de carência.
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis
para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro
dia dos meses de suas competências. (...)

Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente; (...)

Sendo assim, após a MP 871/2019, que incluiu carência de 24 contribuições


mensais para o auxílio-reclusão, podemos concluir que a assertiva está incorreta.

Gabarito: ERRADO.

(CESPE – Analista – SERPRO - 2013). Com base na legislação trabalhista e


previdenciária brasileira, julgue o item abaixo.
A concessão do auxílio-acidente previdenciário independe do cumprimento
do período de carência.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Conforme podemos ver no Art.26 da Lei 8.213/91, alguns benefícios são
independentes de carência para poderem ser solicitados pelo segurado, é o caso
do auxílio-acidente:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente; (...)

Conforme podemos concluir a assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

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QUESTÕES COMENTADAS

Exercícios para fixação

1 - (CESPE – SLU DF – 2019) Antônio, de sessenta e três anos de idade,


empregado celetista no cargo de auxiliar de serviços gerais havia dez anos em
uma empresa de limpeza urbana, compareceu ao serviço de emergência de
um hospital público, queixando-se de fortes dores de cabeça. Após primeiro
atendimento médico, ele foi encaminhado para internação, sem previsão de
alta, para investigação da causa das dores. Antônio é casado com Maria, de
quarenta e cinco anos de idade, com a qual tem dois filhos menores de idade.
Maria está desempregada e nunca contribuiu para a previdência social.
Apreensiva pela possibilidade de Antônio não poder retornar ao trabalho,
Maria buscou orientação no serviço social do hospital a respeito dos direitos
de Antônio e dos meios de exercê-los.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo, tendo como
referência a Lei Orgânica da Seguridade Social (Lei n.º 8.212/1991), os planos
de benefícios da previdência social (Lei n.º 8.213/1991) e o Estatuto do Idoso
(Lei n.º 10.741/2003).
Para fins previdenciários, a dependência econômica de Maria e de seus filhos
com Antônio deve ser comprovada.
Certo ( )
Errado ( )

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Vamos ver o que a Lei 8.213 dispõe a respeito:

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Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição


de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual
ou mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das
demais deve ser comprovada.
(grifos nossos)

Conforme os destaques, podemos afirmar que a dependência econômica do


cônjuge, do (a) companheiro (a) é presumida, não havendo necessidade de
comprovação. Portanto, a afirmação do enunciado está errada.

Gabarito: ERRADA.

2 - (CESPE – Analista Judiciário – STJ – 2018) A respeito do regime geral da


previdência social (RGPS), julgue o item que se segue, considerando a
jurisprudência dos tribunais superiores.
Os genitores de segurado do RGPS serão seus dependentes independentemente
de comprovação da dependência econômica.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
A questão nos pede para que assinalemos a alternativa correta em relação aos pais
como dependentes no RGPS. Vamos ver o que a Lei 8.213 dispõe a respeito:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição
de dependentes do segurado:

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I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual
ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.
(...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das
demais deve ser comprovada.
(grifos nossos)

Conforme o texto da Lei, os genitores do segurado (pais) serão seus dependentes


perante o RGPS, entretanto, é necessária a comprovação de dependência
econômica, ao contrário do que a questão afirma.

Gabarito: ERRADO.

3 - (CESPE – Procurador do Município de João Pessoa – 2018) À luz da Lei n.º


8.213/1991, é(são) dependente(s) do segurado do regime geral de previdência
social
a) os pais, desde que com idade superior a sessenta anos.
b) o irmão não emancipado e menor de vinte e quatro anos de idade.
c) a companheira ou o companheiro, desde que em união estável há mais de
dois anos.
d) o filho não emancipado e menor de vinte e quatro anos de idade.
e) os pais, em qualquer idade.

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A questão nos pede para que encontremos a alternativa correta em relação aos
dependentes no RGPS. Vejamos quem são os dependentes do RGPS conforme a
Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição
de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual
ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...)

a) os pais, desde que com idade superior a sessenta anos.


Conforme o inciso II do art. 16 da Lei 8.213/91, independentemente da idade, os
pais serão dependentes do RGPS. Alternativa ERRADA.

b) o irmão não emancipado e menor de vinte e quatro anos de idade.


Conforme o inciso III do art. 16 da Lei 8.213/91, o irmão não emancipado é
dependente do RGPS se menor de 21 anos, e não menor de 24 anos como afirma
a questão. Caso seja inválido ou tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência grave, não se aplica o limite de idade para o irmão. Alternativa ERRADA.

c) a companheira ou o companheiro, desde que em união estável há mais de


dois anos.
Podemos observar que no inciso I do art. 16 da Lei 8.213/91 não existe restrição de
tempo mínimo de união estável para que o companheiro ou companheira seja
considerado dependente perante o RGPS. Alternativa ERRADA.

d) o filho não emancipado e menor de vinte e quatro anos de idade.


Conforme o inciso I do art. 16 da Lei 8.213/91, o filho não emancipado é
dependente do RGPS se menor de 21 anos, e não menor de 24 anos como afirma
a questão. Caso seja inválido ou tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência grave, não se aplica o limite de idade. Alternativa ERRADA.
e) os pais, em qualquer idade.

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Conforme o inciso II do art. 16 da Lei 8.213/91, independentemente da idade, os


pais serão dependentes do RGPS. Alternativa CORRETA.

Gabarito: E.

4 - (CESPE – Auditor de Contas Públicas – TCE PB – 2018 – Adaptada) A prestação


de benefícios e serviços da previdência social será garantida ao dependente, no
caso do benefício de pensão por morte, desde a data do óbito, quando requerida
em até 180 (cento e oitenta) dias após o óbito, para os filhos menores de 16
(dezesseis) anos, ou em até 90 (noventa) dias após o óbito, para os demais
dependentes.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
Lei 8.213/91
Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que
falecer, aposentado ou não, a contar da data:
I - do óbito, quando requerida em até 180 (cento e oitenta) dias após o óbito, para os
filhos menores de 16 (dezesseis) anos, ou em até 90 (noventa) dias após o óbito, para os
demais dependentes;
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior;
III - da decisão judicial, no caso de morte presumida.

Assim sendo, quando requerida em até 180 (cento e oitenta) dias após o óbito,
para os filhos menores de 16 (dezesseis) anos, ou em até 90 (noventa) dias
após o óbito, para os demais dependentes, a pensão por morte será devida
desde a data do óbito.

Gabarito: CERTO.

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5 - (FCC – ANALISTA PREVIDENCIÁRIO – SEGEP MA – 2018) De acordo com a Lei


nº 8.213/91, os pais de um Segurado da Previdência Social

a) são considerados dependentes, inclusive se houver cônjuge, companheira,


companheiro, filho não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave.
b) podem ser considerados dependentes na inexistência de cônjuge, companheira,
companheiro, filho não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave.
c) não são considerados dependentes, em qualquer hipótese, por ausência de
disposição legal específica prevendo esta condição.
d) podem ser considerados dependentes somente quando não houver irmão não
emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido ou que
tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.
e) podem ser considerados dependentes somente quando não houver irmão não
emancipado, de qualquer condição, menor de dezoito anos ou inválido ou que
tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

COMENTÁRIOS:
A questão nos pede para que assinalemos a alternativa correta em relação aos pais
como dependentes no RGPS. Vamos ver o que a Lei 8.213 dispõe a respeito:

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição


de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual
ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.
(...)

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§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das


demais deve ser comprovada.
(grifos nossos)

Vamos às alternativas.

a) são considerados dependentes, inclusive se houver cônjuge, companheira,


companheiro, filho não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave.
Conforme o §1º A do art. 16 da Lei 8.213, a existência de dependente em qualquer
das classes exclui do direto ao benefício os dependentes das classes seguintes.
Portanto, a assertiva está incorreta uma vez que se houve cônjuge, companheira,
companheiro ou filho (que se enquadre nos requisitos), os pais não serão
considerados dependentes. Alternativa INCORRETA.

b) podem ser considerados dependentes na inexistência de cônjuge, companheira,


companheiro, filho não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave.
Alternativa correta, uma vez que se não houver dependentes previstos no inciso I
do art. 16 da Lei 8.213, os pais poderão ser considerados como dependentes desde
que comprovem dependência econômica do segurado. Alternativa CORRETA.

c) não são considerados dependentes, em qualquer hipótese, por ausência de


disposição legal específica prevendo esta condição.
Os pais poderão ser considerados dependentes se não houver pessoa que se
enquadre no inciso I do art. 16 da Lei 8.213 e desde que comprovem dependência
econômica do segurado. Alternativa INCORRETA.

d) podem ser considerados dependentes somente quando não houver irmão não
emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido ou que
tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

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A existência de dependente de qualquer uma das classes exclui do direito às


prestações os dependentes das classes seguinte. Os pais estão previstos no inciso
II do art. 16 da Lei 8.213 e os irmãos estão previstos no inciso III do mesmo artigo.
Portanto, os pais são classe anterior aos irmãos, podendo ser considerados
dependentes mesmo quando houver dependentes previstos no inciso III do art. 16.
Alternativa INCORRETA.

e) podem ser considerados dependentes somente quando não houver irmão não
emancipado, de qualquer condição, menor de dezoito anos ou inválido ou que
tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.
Incorreta pelos mesmos motivos que a alternativa “b”.

Gabarito: B.

6 – (FCC – Analista Previdenciário – SEGEP MA – 2018) São beneficiários do Regime


Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado, o cônjuge,
a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição,
menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência
a) grave; os pais; e o irmão emancipado, de qualquer condição, menor de 21
anos ou inválido ou que tenha apenas deficiência intelectual ou mental.
b) média; os pais; e o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de
18 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
média.
c) grave; os pais; e o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de
21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave.
d) média; os pais e os avós; e o irmão não emancipado, de qualquer condição,
menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência média.
e) grave; os pais; e o irmão emancipado, de qualquer condição, menor de 24
anos ou inválido ou que tenha apenas deficiência intelectual ou mental.

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COMENTÁRIOS:
Para respondermos à questão, devemos encontrar a questão correta, que é
aplicação simples e pura da Lei.
Lei 8.213/91
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição
de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual
ou mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(grifos nossos)

O nosso gabarito é a letra “C”:

c) grave; os pais; e o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de


21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave.
Vejamos o erro das demais assertivas:

a) grave; os pais; e o irmão emancipado, de qualquer condição, menor de 21


anos ou inválido ou que tenha apenas deficiência intelectual ou mental.

b) média; os pais; e o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de


18 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
média.

d) média; os pais e os avós; e o irmão não emancipado, de qualquer condição,


menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência média.

e) grave; os pais; e o irmão emancipado, de qualquer condição, menor de 24


anos ou inválido ou que tenha apenas deficiência intelectual ou mental.

Gabarito: C.

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7 – (FCC – Auditor Público Externo – TCE RS – 2018) Após o óbito de Hermes


ocorrido em dezembro de 2017, seus familiares procuraram o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) para se habilitarem como dependentes do falecido e
postularem os benefícios a que teriam direito.
Nessa hipótese, em conformidade com a Lei nº 8.213/1991,
a) o cônjuge goza de presunção relativa de dependência econômica.
b) a companheira que mantinha união estável com o segurado deverá
comprovar a dependência econômica.
c) o filho inválido com mais de 21 anos somente terá cobertura quando não
houver dependentes de primeira classe.
c) a pessoa designada, menor de 21 anos ou maior de 60 anos, será considerada
dependente de primeira classe.
d) o enteado menor de 21 anos precisa comprovar a dependência econômica.

COMENTÁRIOS:
a) o cônjuge goza de presunção relativa de dependência econômica.
Lei 8.213/91
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual
ou mental ou deficiência grave;
(...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das
demais deve ser comprovada.

Conforme vimos no texto da Lei 8.213/91, a dependência econômica do


cônjuge/companheiro (a), e do filho é presumida, sendo, portanto, absoluta e não
relativa, não havendo necessidade de comprovação. Para os demais dependentes,
a dependência econômica deve ser comprovada. Alternativa ERRADA.

b) a companheira que mantinha união estável com o segurado deverá


comprovar a dependência econômica.

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Conforme vimos no comentário da alternativa “a”, a dependência econômica da


companheira é presumida, não havendo necessidade de comprovação. Cumpre
ressaltar que não há necessidade de comprovação da dependência econômica, mas
há a necessidade de comprovação da união estável. Alternativa ERRADA.

c) o filho inválido com mais de 21 anos somente terá cobertura quando não
houver dependentes de primeira classe.
O filho, mesmo quando inválido e maior de 21 anos, será dependente de primeira
classe. Alternativa ERRADA.

d) a pessoa designada, menor de 21 anos ou maior de 60 anos, será considerada


dependente de primeira classe.
Não existe a figura da pessoa designada no rol de dependentes do RGPS. A pessoa
designada seria aquela que o segurado nomearia em vida para ser sua dependente
perante o RGPS. Os dependentes estão previstos em lei. Alternativa ERRADA.

e) o enteado menor de 21 anos precisa comprovar a dependência econômica.


Lei 8.213/91
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual
ou mental ou deficiência grave; (...)
§ 2º. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do
segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no
Regulamento.

Eis o nosso gabarito. O enteado é dependente do RGPS na qualidade de


equiparado a filho e, conforme art. 16, I, § 2º da Lei 8.213/91, é necessária a
comprovação de dependência econômica para o enteado. Alternativa CORRETA.

Gabarito: E.

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8 – (Inédita) Mário é segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social


e veio a falecer deixando como seu único dependente seu filho Mário Júnior, este
último é não inválido, possui 20 anos de idade e, devido a uma decisão judicial,
colou grau em ensino superior aos 19 anos. Nessas condições, podemos afirmar
que Mário Júnior fará jus a Pensão por Morte em decorrência do falecimento de
seu pai.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
Devemos avaliar se Mário fará jus ao benefício de pensão por morte.
Os filhos estão incluídos no rol de dependentes do RGPS desde que sejam não
emancipados, de qualquer condição, quando menores de 21 anos ou, em qualquer
idade, quando inválidos ou que tenha deficiência intelectual, mental ou deficiência
grave.
A colação de grau em curso de ensino superior é causa de emancipação. Então,
como a questão afirma que Mário Júnior não é inválido e colou grau em ensino
superior, ele não fará jus ao benefício uma vez que é emancipado.
Vale lembrar que se a emancipação decorrer da colação de grau científico em curso
de ensino superior, o filho inválido não perde a condição de dependente.

GABARITO: ERRADA.

9 – (Inédita) Carlos é segurado do RGPS e faleceu deixando como único


dependente seu filho Gustavo, que tinha 17 anos da data do óbito de seu pai e não
era emancipado. Aos 20 anos, Gustavo sofreu um acidente que o deixou inválido.
Tendo em vista estas informações, é correto afirmar que Gustavo fará jus à pensão
por morte enquanto durar sua invalidez.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:

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A pensão por morte é devida ao conjunto de dependentes do segurado,


independente de carência. Gustavo é dependente do RGPS, conforme a Lei
8.213, uma vez que é filho não emancipado menor de 21 anos:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave; (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das
demais deve ser comprovada.
(Destaques Nossos).

Portanto, na data do óbito do seu pai Gustavo fará jus à pensão por morte.
Entretanto, a questão informa que aos 20 anos Gustavo sofreu um acidente que o
tornou inválido. Agora devemos avaliar se Gustavo fará jus a pensão por morte sem
limite de idade na condição de inválido.

A pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha
ocorrido antes da emancipação ou de completar a idade de vinte e um anos, desde
que reconhecida ou comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da
invalidez até a data do óbito do segurado.

Na questão, como é informado que a invalidez de Gustavo se deu aos 20 anos de


idade, ele terá direito ao benefício enquanto durar a invalidez, validando a
assertiva.

Gabarito: CERTO.

10 – (Inédita) O enteado de segurado do RGPS é considerado seu dependente e


concorre em igualdade de condições com os filhos biológicos, sendo sua
dependência econômica presumida.
Certo ( )
Errado ( )

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COMENTÁRIOS:
A questão cobra conhecimento sobre o enteado como dependente do RGPS, o
qual é dependente e primeira classe, conforme art. 16 da lei 8.213:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave;
[...]
§2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do
segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida
no Regulamento.

Conforme o §2º do art. 16 da Lei 8213, é necessário que o dependente


comprove a dependência econômica. Como o enunciado informa que a
dependência econômica do enteado é presumida, está incorreta.
Vale lembrar que para os cônjuges, companheiros e filhos, a dependência
econômica é presumida.

Gabarito: ERRADO.

11- (Inédita) Nos termos da Lei 8.213, o menor sob guarda será considerado
dependente do RGPS na qualidade de equiparado a filho mediante declaração do
segurado e desde que comprovada a dependência econômica.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:

A questão afirma que nos termos da lei, o menor sob guarda equipara-se a filho.
Essa afirmação está incorreta porque a lei cita somente o enteado e o menor
tutelado na qualidade de equiparados a filho.

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Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de


dependentes do segurado: (...)
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado
e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no
Regulamento.

Sendo a assim, o menor sob guarda não é considerado dependente do RGPS de


acordo com a lei.

Gabarito: ERRADA.

12 – (Inédita) O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de


microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte
individual da pensão por morte do dependente com deficiência intelectual ou
mental ou com deficiência grave.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
A questão está correta, uma vez que para os beneficiários de pensão por morte
com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave, o exercício de
atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual,
não impede o recebimento do benefício.

Para memorizar, vejamos o artigo da Lei 8.213/91:

Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em
parte iguais. (...)
§ 6º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor
individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do
dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave.

Gabarito: CERTO.

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13 – (Inédito) Mário era segurado do RGPS na qualidade de contribuinte individual


e veio a falecer, deixando sua esposa Joana e dois filhos, Fábio e Sandra. Fábio
possui 23 anos e está cursando o ensino superior, já Sandra possui 19 anos e não é
emancipada. Além disso, Mário tinha uma irmã, Maria, que dependia
economicamente dele e possui 20 anos de idade. Nessas condições, podemos
afirmar que a pensão por morte será rateada em parte iguais por Joana, Fábio e
Sandra.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:

A questão envolve o conceito de dependentes do RGPS, primeiramente, vamos ver


o rol destes previsto na Lei 8.213/91:

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de


dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.

Joana será dependente de Mário por ser sua esposa. Além disso, também será
dependente Sandra, que é filha não emancipada menor de 21 anos. Já Fábio, não
será dependente, pois o filho maior de 21 anos não será mais dependente do
segurado, mesmo que esteja cursando ensino superior. Somente com essa análise
já podemos considerar a questão incorreta, uma vez que menciona que Fábio seria
dependente de Mário.
Para fins de aprofundar o conhecimento, vamos analisar se Maria entrará no rol de
dependentes.

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Conforme o texto legal, a existência de dependentes de qualquer das classes exclui


do direito os dependentes das classes seguintes, portanto, como Maria pertence à
terceira classe, ela não será dependente de Mário, mesmo que dependa
economicamente dele, porque existem dependentes de primeira classe: Joana e
Sandra.

Podemos concluir que a questão está incorreta pois são dependentes de Mário
apenas Joana e Sandra.

Gabarito: ERRADO.

14 – (Inédita) São exemplos de prestações sociais oferecidas pela Previdência Social


ao grupo de dependentes do segurado os benefícios de pensão por morte, auxílio-
reclusão e salário-família.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:

Nessa questão temos uma pegadinha comum em provas: o salário-família, apesar


de ser pago em razão dos dependentes do segurado do baixa-renda, é um
benefício que é devido ao próprio segurado e não aos dependentes. Já a pensão
por morte e o auxílio-reclusão são sim devidos aos dependentes do segurado. Para
confirmação, vejamos o texto da Lei 8.213/91:

Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações,


devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em
benefícios e serviços:
I - quanto ao segurado:
(…)
f) salário-família;

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II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;

Gabarito: ERRADO.

15 - (CESPE – Procurador do Município de Manaus – 2018) Considerando a


legislação aplicável e a jurisprudência dos tribunais superiores acerca do RGPS,
julgue o item que se segue.

Os benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença independem de


carência quando originários de causa acidentária de qualquer natureza.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
Em regra, a concessão de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença exigem um
período de carência de 12 contribuições mensais. Entretanto, como corretamente
afirmado, quando o benefício é decorrente de acidente de qualquer natureza, não
se exige a carência.
Lei 8.213/91
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
(...)
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza
ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas
em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3
(três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou
outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento
particularizado;
(grifos nossos)

Gabarito: CERTA.

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16 - (CESPE – Analista Portuário – EMAP - 2018) Acerca dos benefícios da


previdência social, julgue o item a seguir.
Independentemente de carência, a concessão das prestações de auxílio-doença é
garantida ao segurado acometido por tuberculose ativa, hanseníase ou hepatopatia
grave.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
Em regra, a carência exigida para a concessão de aposentadoria por invalidez e
auxílio-doença exige um período de carência de 12 contribuições mensais.
Entretanto, para algumas doenças especificadas, haverá isenção de carência.
Lei 8.213/91
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
(...)
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza
ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas
em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3
(três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou
outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento
particularizado;
(grifos nossos)

A própria Lei 8.213/91 já especifica algumas das doenças que isentam de carência,
e entre elas estão tuberculose ativa, hanseníase ou hepatopatia grave, confirmando
a correção da questão. Vejamos:
Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art.
26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez
ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose
ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia
maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de
Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou
contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.
(grifos nossos)

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Pessoal, antes de prosseguirmos, vamos discutir um ponto. Nós sabemos que o


Ministério da Previdência Social foi extinto, atualmente a Previdência Social está no
Ministério da Economia. Mas reparem que o texto da Lei não foi alterado, podem
entrar lá no site do planalto e pegar a versão mais atualizada possível da Lei
8.213/91: ainda se fala em Ministério da Previdência Social. Não vamos cair na
bobeira de considerar uma questão errada (principalmente se for CESPE) porque a
questão fala em Ministério da Previdência Social e o tal ministério não existe mais.
Se a questão cobrou como está na Lei, não vamos brigar, ok?

Gabarito: CERTA.

17 - (CESPE – Analista Legislativo Câmara dos Deputados – 2014) Tendo em


vista que, segundo a Constituição Federal de 1988 (CF), a previdência social
será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de
filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro
e atuarial, julgue o item subsequente.
A CF prevê a possibilidade da adoção de requisitos e critérios diferenciados
para a concessão de aposentadoria especial aos segurados portadores de
deficiência.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
Para respondermos essa questão, deveríamos entender um pouco o pensamento
da banca. Foi utilizado o termo aposentadoria especial não no sentido da
aposentadoria especial propriamente dito, ou seja, aquela aposentadoria em que
o segurado trabalhou em condições especiais que prejudiquem a saúde. Ao dizer
"aposentadoria especial" a banca quis dizer que é uma aposentadoria com critérios
diferenciados, a qual realmente está prevista, conforme art. 201 da CF:
Art. 201
(...)§ 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de
benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade
e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria
exclusivamente em favor dos segurados:

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I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe


multiprofissional e interdisciplinar;
II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e
biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por
categoria profissional ou ocupação.

Gabarito: CERTO.

18 - (CESPE – Delegado de Polícia Federal – 2018) Um segurado da previdência


social, filiado em 1.º/3/2010, sofreu acidente de trabalho em 1.º/4/2010. Em
1.º/5/2010, lhe foi concedido, pelo INSS, auxílio-doença, contabilizado desde a
data do seu acidente até o dia 1.º/4/2011. Em 1.º/8/2018, o INSS revisou o ato
administrativo de concessão desse benefício.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Considere que o INSS, após a revisão do ato administrativo, tenha decidido pela
sua anulação, sob o fundamento de que o segurado não haveria cumprido carência.
Nessa situação, o fundamento utilizado pelo INSS não é procedente, pois o auxílio-
doença independe de carência.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
Primeiramente, vamos entender a questão. O segurado sofreu um acidente de
trabalho após 1 mês de filiação ao INSS, lhe sendo concedido um auxílio-doença.
O auxílio-doença é devido para o segurado que, havendo cumprido, quando for o
caso, a carência exigida, ficar incapacitado temporariamente para o seu trabalho.
Em regra, a concessão de auxílio-doença exige um período de carência de 12
contribuições mensais. Entretanto, como no caso em tela, quando o benefício é
decorrente de acidente de qualquer natureza, não se exige a carência.
Lei 8.213/91
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
(...)

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II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza


ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas
em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3
(três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou
outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento
particularizado;
(grifos nossos)

Então, no ato concessório do benefício, o INSS fez correto, não exigiu a carência.
Entretanto, a questão afirma que em momento posterior a autarquia revisou o
benefício, decidindo pela anulação, sob o fundamento de que o segurado não havia
cumprido a carência. Está correta a ação do INSS?

Podemos dizer que a revisão até foi feita dentro do prazo, uma vez que o prazo
para revisão do ato concessório dos benefícios é de 10 anos. Mas o fundamento
utilizado pelo INSS não é procedente, uma vez que, no caso de acidente de
trabalho, não é exigida carência. Assim sendo, o fundamento utilizado pelo INSS
não é procedente, pois o auxílio-doença independe de carência, exatamente como
afirma o enunciado.

Gabarito: CERTO.

19 – (FCC – Técnico Previdenciário – SEGEP MA – 2018) Com relação ao período


de carência do salário-maternidade, em caso de parto antecipado,
a) o período de carência legal será reduzido em 80% do número de
contribuições necessárias, independentemente de quantos meses o parto foi
antecipado.
b) não haverá redução do período de carência por expressa disposição legal.
c) não haverá qualquer influência, já que a concessão do benefício do salário-
maternidade não está sujeita à carência, em qualquer hipótese.
d) o período de carência legal será reduzido em 50% do número de
contribuições necessárias, independentemente de quantos meses o parto foi
antecipado.

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e) o período de carência legal será reduzido em número de contribuições


equivalentes ao número de meses em que o parto foi antecipado.

COMENTÁRIOS:
Devemos encontrar a assertiva correta. Vamos analisar a Lei:
Lei nº 8.213/1991
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
(...)
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art.
13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta
Lei.
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso
III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o
parto foi antecipado.
(grifos nossos)

A título de recordação, carência é o número mínimo de contribuições mensais que


são necessárias para que o segurado faça jus ao benefício.
No salário-maternidade, a exigência de carência varia de acordo com a categoria a
que pertence a segurada:
• seguradas empregadas, trabalhadoras avulsas e empregadas domésticas:
não se exige carência;
• seguradas contribuintes individuais e facultativas: carência de 10 meses,
conforme art. 25, II da Lei 8.213/91, reproduzido acima;
• seguradas especiais: exige-se comprovação de atividade por 10 meses.
No caso das contribuintes individuais e facultativas, se houver antecipação no parto,
o período de carência de 10 meses será reduzido em número de contribuição
equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado. É esse
conhecimento que a questão nos exige, e que é apresentado corretamente na
alternativa “e”, nosso gabarito.

Gabarito: E.

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20 – (FCC – Técnico Previdenciário – SEGEP MA – 2018 - Adaptada)


Atenção: Para responder à questão, considere a Lei nº 8.213/1991, que dispõe
sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social.
Sobre os períodos de carência, considere:
I. Apenas a pensão por morte e o salário-família são devidos sem observância de
quaisquer períodos de carência.
II. O período de carência do auxílio-doença será sempre de 12 contribuições
mensais, independente da causa da doença.
III. O auxílio-reclusão será devido aos dependentes do segurado sem a exigência
de qualquer período de carência.
IV. A aposentadoria especial tem prazo de carência de 180 contribuições mensais.
Está correto o que consta APENAS em
a) II e IV.
b) IV.
c) I e II.
d) II e III.
e) I e IV.
COMENTÁRIOS:
Vamos avaliar cada proposição.
I. Apenas a pensão por morte e o salário-família são devidos sem observância de
quaisquer períodos de carência.
Vamos nos recordar dos benefícios previdenciários que são concedidos
independentemente de carência:
• Pensão por morte;
• Salário-família;
• Auxílio-acidente;
• auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de
qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem
como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de
alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos
Ministérios da Saúde e da Previdência Social;

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• salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e


empregada doméstica.
Já podemos responder com propriedade que a proposição está errada, não são só
a pensão por morte e o salário-família que são concedidos independentemente de
carência. Item FALSO.

II. O período de carência do auxílio-doença será sempre de 12 contribuições


mensais, independente da causa da doença.
Como vimos no comentário anterior, nos casos de acidente de qualquer natureza
ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de
segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e
afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da
Previdência Social, o auxílio-doença será concedido independentemente de
carência. Item FALSO.

III. O auxílio-reclusão será devido aos dependentes do segurado sem a exigência


de qualquer período de carência.
Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
(...)
IV - auxílio-reclusão: 24 (vinte e quatro) contribuições mensais.

A carência exigida para a concessão de auxílio-reclusão é de 24 contribuições


mensais. Portanto, o item é FALSO.

IV. A aposentadoria especial tem prazo de carência de 180 contribuições mensais.


Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
(...)
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial:
180 contribuições mensais.

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Realmente, a aposentadoria especial exige uma carência de 180 contribuições


mensais. O item está CORRETO.

O único item correto é o IV, portanto, nosso gabarito é letra “B”.

Gabarito: B.

21 – (FCC – Procurador do Estado do Amapá – 2018) Conforme a Lei nº 8.213/1991,


a concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende do seguinte período de carência:
a) 12 contribuições mensais para auxílio reclusão.
b) 18 contribuições mensais para salário-maternidade de trabalhadora avulsa.
c) 180 contribuições mensais para aposentadoria especial.
d) 12 contribuições mensais para pensão por morte.
e) 120 contribuições mensais para auxílio-acidente.

COMENTÁRIOS:
a) 12 contribuições mensais para auxílio reclusão.
Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos
seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
(...)
IV - auxílio-reclusão: 24 (vinte e quatro) contribuições mensais.

A carência exigida para a concessão de auxílio-reclusão é de 24 contribuições


mensais. Alternativa INCORRETA.

b) 18 contribuições mensais para salário-maternidade de trabalhadora avulsa.


Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
(...)

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VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.

Só com a leitura da lei já podemos afirmar que o item está errado, uma vez que
para a segurada trabalhadora avulsa não há exigência de carência no salário-
maternidade. Mas vamos nos recordar que no salário-maternidade, a exigência de
carência varia de acordo com a categoria a que pertence a segurada:

• seguradas empregadas, trabalhadoras avulsas e empregadas domésticas:


não se exige carência;
• seguradas contribuintes individuais e facultativas: carência de 10 meses,
conforme art. 25, II da Lei 8.213/91, reproduzido acima;
• seguradas especiais: exige-se comprovação de atividade por 10 meses.
Alternativa ERRADA.

c)180 contribuições mensais para aposentadoria especial.

Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos
seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
(...)
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180
contribuições mensais.

Realmente, a aposentadoria especial exige uma carência de 180 contribuições


mensais. A assertiva está CORRETA.

d) 12 contribuições mensais para pensão por morte.


Lei 8.213/91
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente.
(grifos nossos)

A pensão por morte independe de carência. Alternativa ERRADA.

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e) 120 contribuições mensais para auxílio-acidente.


Lei 8.213/91
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente.
(grifos nossos)

O auxílio-acidente independe de carência. Alternativa ERRADA.

Gabarito: C.

22 – (FCC – Consultor Técnico Legislativo – CL DF – 2018) O auxílio-doença e a


aposentadoria por invalidez nos casos de qualquer doença e acidente profissional
ou do trabalho são concedidos a todo trabalhador filiado ao Regime Geral da
Previdência Social. A revisão da lista específica de doenças e afecções elaborada
pelo Ministério da Saúde e da Previdência Social é realizada a cada
a) Semestre.
b) Um ano.
c) Dois anos.
d) Três anos.
e) Quatro anos.

COMENTÁRIOS:
A maior dificuldade nessa questão seria lembrar o prazo em que é revisada a lista
específica de doenças e afecções elaborada pelo Ministério da Saúde e Previdência
Social. Vamos ver na lei?
Lei 8.213/91
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: (...)
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa
e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS,
for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios
da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de
estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade
que mereçam tratamento particularizado;

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Conforme o texto legal, a lista é atualizada a cada três anos. Nosso gabarito é a
letra “d”. Mas antes de partirmos para a próxima questão, vamos comentar um
ponto que eu acho importante. Pessoal, nós sabemos que o Ministério da
Previdência Social foi extinto, atualmente a Previdência Social está no Ministério da
Economia. Mas reparem que o texto da Lei não foi alterado, podem entrar lá no
site do planalto e pegar a versão mais atualizada possível da Lei 8.213/91: ainda se
fala em Ministério da Previdência Social. Não vamos cair na bobeira de considerar
uma questão errada (principalmente se for CESPE) porque a questão fala em
Ministério da Previdência Social e o tal ministério não existe mais. Se a questão
cobrou como está na Lei, não vamos brigar, ok?

Gabarito: D .

23 – (FCC – Perito Médio – SEGEP MA - 2018) Levi foi empregado da empresa


Tudo Azul Ltda. por nove meses, exercendo a função de Encarregado Geral. Sofreu
um ataque cardíaco fulminante, no desempenho de suas funções, vindo a falecer.
Sua esposa, devidamente inscrita como dependente perante o INSS, pretende
solicitar o benefício da pensão por morte. Neste caso, ela
a) não terá direito, pois somente o auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-
acidente independem de carência para sua concessão.
b) não terá direito, uma vez que tal benefício depende de, no mínimo, doze
meses de contribuições para seu recebimento.
c) terá direito, uma vez que tal benefício depende de, no mínimo, seis meses
de contribuições para sua concessão.
d) terá direito, uma vez que tal benefício independe de carência para sua
concessão.
e) não terá direito, pois somente acidentes do trabalho que causam morte
permitem aos dependentes receber tal benefício.

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Para respondermos à questão, devemos identificar o enunciado correto. Vamos


analisar item a item.

a) não terá direito, pois somente o auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente


independem de carência para sua concessão.
Os benefícios previdenciários que independem de carência, são:
• pensão por morte;
• salário-família;
• auxílio-acidente;
• auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de
qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem
como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de
alguma das doenças e afecções especificadas;
• auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de
qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem
como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de
alguma das doenças e afecções especificadas;
Além disso, não é exigida carência para serviço social e reabilitação profissional. E
para a concessão de aposentadoria por idade para os segurados especiais, não se
exige carência, mas sim comprovação de exercício de atividade rural por 180
meses.
Feita essa pequena revisão, já podemos afirmar que o enunciado está incorreto.
Gabarito: ERRADO.

b) não terá direito, uma vez que tal benefício depende de, no mínimo, doze
meses de contribuições para seu recebimento.
Lei 8.213/91
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente.
(grifos nossos)

A pensão por morte independe de carência. Alternativa ERRADA.

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c) terá direito, uma vez que tal benefício depende de, no mínimo, seis meses
de contribuições para sua concessão.
Conforme vimos no comentário da alternativa “b”, a pensão por morte independe
de carência. Alternativa ERRADA.

d) terá direito, uma vez que tal benefício independe de carência para sua
concessão.
Exatamente. Conforme Lei 8.213/91, art. 26, “I”, a pensão por morte independe
de carência. Alternativa CERTA.

e) não terá direito, pois somente acidentes do trabalho que causam morte
permitem aos dependentes receber tal benefício.
Não é só em caso de acidente de trabalho que os dependentes do segurado terão
direito à pensão por morte. Alternativa ERRADA.

Gabarito: D.

24 - (CESPE – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2018)


Considerando o entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores, julgue
o item que se segue, quanto ao regime geral de previdência social (RGPS).

A idade do segurado, embora não configure requisito concessório, influencia


o cálculo da renda mensal inicial da aposentadoria por tempo de contribuição,
ainda que seja inaplicável, na hipótese, o fator previdenciário.

Certo ( )
Errado ( )

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Com a reforma da previdência, para a concessão de aposentadoria é


necessário tanto idade mínima quanto tempo de contribuição mínimo.
Vejamos o texto Constitucional:
art. 201 (...)
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei,
obedecidas as seguintes condições:
I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher,
observado tempo mínimo de contribuição;
(grifos nossos)

Para as mulheres, o tempo de contribuição mínimo é de 15 anos. Já para os


homens, exige-se 15 anos para aqueles que se filiaram ao RGPS até 12/11/19
e 20 anos para os demais.

Gabarito: ERRADO.

25 - (CESPE – Analista Judiciário – STJ -2018) A respeito do regime geral da


previdência social e do custeio da seguridade social, julgue o item que se
segue, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.
O segurado especial terá direito a aposentadoria por idade com requisito
diferenciado, desde que comprove o exercício da atividade rural por tempo
igual ao número de meses exigidos para a carência do benefício.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
A questão está correta, uma vez que o segurado especial terá direito à redução na
idade exigida para a aposentadoria, desde que comprova o exercício da atividade
rural por tempo igual ao número de meses exigidos para a carência do benefício.
Vejamos a previsão constitucional:
art. 201 (...) § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da
lei, obedecidas as seguintes condições:

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I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher,
observado tempo mínimo de contribuição;
II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, para
os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar,
nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.

Gabarito: CORRETA.

26- (CESPE – Procurador Municipal – Prefeitura Boa Vista – 2019 - ADAPTADA)


João, casado com Ana desde 10/1/2018, é segurado do regime geral de
previdência social desde 1.º/7/1989, na qualidade de contribuinte individual.
Ele pretende solicitar ao INSS, em 1.º/7/2020, dia do seu aniversário de
cinquenta anos, sua aposentadoria por tempo de contribuição e idade.
Considerando essa situação hipotética e as disposições legais vigentes acerca
de direito previdenciário, julgue o item que se segue.
Na data de seu referido aniversário, João ainda não terá cumprido os
requisitos para começar a receber aposentadoria por tempo de contribuição
e idade.
Certo ( )
Errado ( )
COMENTÁRIOS:
Com a reforma da previdência, exige-se tempo de contribuição e idade mínima
para aposentadoria. Para os homens que se filiaram ao RGPS antes da entrada em
vigor da EC 103/19, o tempo mínimo de contribuição é de 15 anos e a idade mínima
é 65 anos.
Na situação hipotética, João possui 30 anos de contribuição na data do seu
aniversário, tempo superior ao mínimo de 15 anos exigidos para aposentadoria no
RGPS, entretanto, ele não possui a idade mínima, que seria de 65 anos.

Gabarito: CERTA.

27- (CESPE – Delegado de Polícia Federal – 2018) Roberto é empregado da


empresa XYZ ME há trinta anos e pretende requerer ao INSS, em 1.º/10/2020,
a concessão de aposentadoria por tempo de contribuição.

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Com referência a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.


As informações fornecidas são suficientes para se concluir que Roberto tem
direito ao percebimento de aposentadoria por tempo de contribuição, por
haver cumprido integralmente os requisitos para o gozo do benefício.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
Com a reforma da previdência, exige-se tempo de contribuição e idade mínima
para aposentadoria. Para os homens que se filiaram ao RGPS antes da entrada em
vigor da EC 103/19, o tempo mínimo de contribuição é de 15 anos. Para aqueles
que se filiaram ao RGPS depois da entrada em vigor da EC 103/19, o tempo mínimo
de contribuição é de 20 anos. Como não sabemos a idade de Roberto, não
podemos afirmar se ele possui ou não direito ao benefício.

Gabarito: ERRADO.

28 - (CESPE – Procurador do Município de João Pessoa – 2018) Joana, filiada ao


regime geral de previdência social e contribuinte há dez meses, sofreu um acidente
de carro, que lhe causou incapacidade para o trabalho pelo período de quinze dias.
Nesse caso, Joana
a) receberá auxílio-acidente.
b) receberá auxílio-doença, independentemente do preenchimento do período de
carência.
c) não receberá auxílio-doença, porque não cumpriu o período de carência
correspondente a doze contribuições mensais.
d) receberá aposentadoria por invalidez caso a incapacidade seja constatada por
exame médico a cargo da previdência social.
e) não receberá benefício nenhum da previdência social.

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COMENTÁRIOS:
O auxílio-doença é devido para o segurado que, havendo cumprido, quando for o
caso, a carência exigida, ficar incapacitado temporariamente para o seu trabalho
por mais de 15 dias consecutivos.
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o
período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade
habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.

A questão afirma que Joana ficou incapacitada por 15 dias, então nesse caso, Joana
não poderá receber o auxílio-doença, pois ela ficou incapacitada por exatos 15 dias,
não preenchendo os requisitos do benefício. Dessa forma, ela não receberá
nenhum benefício da previdência social, de forma que nosso gabarito é a
alternativa “e”.
Vejamos os erros das demais alternativas:
a) receberá auxílio-acidente.
Lei 8.213/91
Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que
impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.

(grifos nossos)

O auxílio-acidente é devido se houver sequelas decorrentes do acidente de Joana


que reduzam sua capacidade para o trabalho. Enquanto ela estiver incapacitada
para o trabalho, o benefício devido não é o auxílio-acidente. Alternativa ERRADA.

b) receberá auxílio-doença, independentemente do preenchimento do período de


carência.
Essa alternativa poderia nos confundir. Em regra, a concessão de auxílio-doença
exige um período de carência de 12 contribuições mensais. Entretanto, como no
caso em tela, quando o benefício é decorrente de acidente de qualquer natureza,
não se exige a carência. Mas, de qualquer forma, Joana não terá direito ao auxílio-
doença pois não ficou incapacitada por mais de 15 dias. Alternativa ERRADA.

c) não receberá auxílio-doença, porque não cumpriu o período de carência


correspondente a doze contribuições mensais.

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Conforme comentário da alternativa anterior, ela não receberá auxílio-doença


porque não ficou incapacitada por mais de 15 dias. Alternativa ERRADA.

d) receberá aposentadoria por invalidez caso a incapacidade seja constatada por


exame médico a cargo da previdência social.

Lei 8.213/91
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida,
será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz
e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-
lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
(grifos nossos)

A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado que é considerado incapaz e


insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada, o que não
é o caso de Joana. Alternativa ERRADA.

Gabarito: E.

29 - (CESPE – Procurador Municipal – Prefeitura Boa Vista – 2019) Maria solicitou à


previdência social auxílio- acidente, não decorrente de acidente de trabalho, mas
seu pedido foi indeferido sob o fundamento de que ela não teria cumprido o tempo
de carência legalmente estabelecido. Seis anos depois do pedido, ela ingressou
com uma ação previdenciária para o recebimento do referido benefício.
Considerando essa situação hipotética, à luz das normas vigentes acerca de direito
previdenciário, julgue o item.
Como a concessão de auxílio-acidente independe de tempo de carência, a decisão
administrativa de indeferimento foi incorreta.
Certo ( )
Errado ( )

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O auxílio-acidente é concedido, como indenização, ao segurado quando, após


consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem
sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente
exercia.
O indeferimento do pedido de auxílio-acidente de Maria está incorreto, uma vez
que não é exigida carência para a concessão do benefício.
Lei 8.213/91
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente.
(grifos nossos)

Com essa análise, já podemos cravar que a questão está correta. Só para
complementação, vamos nos lembrar que o prazo decadencial para Maria ingressar
com ação judicial contra o indeferimento do INSS é de 10 anos.

Gabarito: CERTO.

30 - (CESPE – Analista Portuário – EMAP- 2018)


Considerando a legislação nacional sobre doença e acidente de trabalho no
contexto da seguridade social, julgue o item subsecutivo.
O trabalhador que sofrer perda de audição fará jus ao auxílio-acidente, bastando,
para isso, o reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
Vejamos a previsão do auxílio-acidente na Lei 8.213/91:
Lei 8.213/91
Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que
impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.

(grifos nossos)

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Como está disposto, o auxílio-acidente é uma indenização para um segurado que


tenha sofrido um acidente de qualquer natureza, e após esse acidente, ele ficou
com sequelas que reduziram a sua capacidade para o trabalho. Portanto, não basta
que o segurado comprove a causalidade entre o trabalho e a doença, conforme
afirmado na questão, mas é necessário comprovar que ficaram lesões, que essas
lesões já estão consolidadas e que em decorrência delas o segurado teve sua
capacidade para o trabalho diminuída.

Gabarito: ERRADO.

31 - (CESPE – Analista Portuário – EMAP – 2018) Maria, casada, sofreu acidente de


trabalho em 1.º/2/2018 e ficou afastada da empresa em que trabalha por três
meses, recebendo auxílio-doença até a data imediatamente anterior ao seu
retorno, que ocorreu em 2/5/2018. Na data do acidente, o cônjuge de Maria tinha
quarenta e quatro anos de idade.
Nessa situação hipotética, após o retorno ao trabalho, Maria poderá pleitear o
auxílio-acidente somente se persistirem sequelas que impliquem a redução de sua
capacidade laboral.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
Vejamos a previsão do auxílio-acidente na Lei 8.213/91:
Lei 8.213/91
Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que
impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.

(grifos nossos)

Como está disposto, o auxílio-acidente é uma indenização para um segurado que


tenha sofrido um acidente de qualquer natureza, e após esse acidente, ele ficou
com sequelas que reduziram a sua capacidade para o trabalho.

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Portanto, está correto afirmar que Maria poderá pleitear o auxílio-acidente após o
retorno ao trabalho somente se persistirem (se consolidarem) as sequelas que
impliquem a redução de sua capacidade laboral.

Gabarito: CERTO.

32 - (CESPE – Analista Judiciário de Procuradoria – PGE PE - 2019) No item a seguir


apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, a
respeito de benefícios previdenciários.
Arnaldo, solteiro, maior de idade e capaz, é gerente de uma loja há mais de sete
anos e recebe salário mensal equivalente a cinco salários mínimos. Por ter cometido
crime e ter sido condenado a pena de cinco anos de reclusão, ele iniciou, na
presente semana, o cumprimento dessa pena. Nessa situação, Arnaldo terá direito
de receber o benefício previdenciário denominado auxílio-reclusão durante todo o
período de cumprimento da pena.
Certo ( )
Errado ( )
COMENTÁRIOS:
A questão envolve o tema auxílio-reclusão. Vejamos o que a Lei 8.213/91 prevê
sobre o benefício:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos
seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: (...)
IV - auxílio-reclusão: 24 (vinte e quatro) contribuições mensais. (...)
Art. 80. O auxílio-reclusão, cumprida a carência prevista no inciso IV do caput do art. 25 desta Lei, será
devido, nas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido
à prisão em regime fechado que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de
auxílio-doença, de pensão por morte, de salário-maternidade, de aposentadoria ou de abono de
permanência em serviço.

O primeiro erro da questão está em afirmar que Arnaldo terá direito ao


recebimento do auxílio-reclusão. O auxílio-reclusão é devido aos dependentes, e
não ao segurado. Além do mais, o benefício é devido se o segurado for de baixa
renda na época da prisão, mas o enunciado afirma que Arnaldo recebia 5 salários
mínimo, o que não é considerado baixa-renda. Portanto, a questão está errada.

Gabarito: ERRADO.

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33 - (CESPE – Auditor Estadual – TCM BA – 2018 - ADAPTADA) O RGPS garante


aos segurados os benefícios
a) do salário-maternidade, do auxílio-acidente e da pensão por morte.
b) do auxílio-doença, do salário-família e do auxílio-reclusão.
c) da aposentadoria por idade e tempo de contribuição, do salário-maternidade e
da pensão por morte.
d) do auxílio-reclusão, do auxílio-acidente e da aposentadoria especial.
e) do auxílio-doença, do salário-maternidade e da aposentadoria por invalidez.

COMENTÁRIOS:
As prestações do RGPS estão previstas no art. 18 da Lei 8.213/91. Vejamos o artigo
na íntegra:
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas
inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios
e serviços:
I - quanto ao segurado:
a) aposentadoria por invalidez;
b) aposentadoria por idade;
c) aposentadoria por tempo de contribuição;
d) aposentadoria especial;
e) auxílio-doença;
f) salário-família;
g) salário-maternidade;
h) auxílio-acidente;

II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;

III - quanto ao segurado e dependente:


c) reabilitação profissional.
(grifos nossos)

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Obs.: com a Reforma da Previdência, não existem mais as aposentadorias por idade
e por tempo de contribuição, existindo apenas uma aposentadoria que exige os
dois requisitos.
Para acertarmos questão, devemos encontrar a alternativa que apresenta somente
benefícios que são devidos ao segurado.

a) do salário-maternidade, do auxílio-acidente e da pensão por morte.


A pensão por morte é devida aos dependentes. Alternativa ERRADA.

b) do auxílio-doença, do salário-família e do auxílio-reclusão.


O auxílio-reclusão é devido aos dependentes. Alternativa ERRADA.

c) da aposentadoria por idade e tempo de contribuição, do salário-maternidade e


da pensão por morte.
A pensão por morte é devida aos dependentes. Alternativa ERRADA.

d) do auxílio-reclusão, do auxílio-acidente e da aposentadoria especial.


O auxílio-reclusão é devido aos dependentes. Alternativa ERRADA.

e) do auxílio-doença, do salário-maternidade e da aposentadoria por invalidez


Esse é o nosso gabarito. Todos os benefícios listados são devidos ao segurado.

Gabarito: E.

34 - (CESPE – Analista Portuário – EMAP – 2018 – ADAPTADA) Acerca dos


benefícios da previdência social, julgue o item a seguir.
A perda da qualidade de segurado não impede a concessão de aposentadoria
por idade e tempo de contribuição e de aposentadoria especial.
Certo ( )
Errado ( )

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COMENTÁRIOS:
A assertiva está correta. Mesmo que o segurado tenha perdido a qualidade de
segurado, ele poderá requerer os benefícios de aposentadoria caso venha a
preencher os requisitos.

Lei 8.213/91
Art. 102. A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos inerentes
a essa qualidade.

§ 1º A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria para cuja


concessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a legislação em vigor à
época em que estes requisitos foram atendidos.

Gabarito: CORRETO.

35 – (FCC – Analista Previdenciário – SEGEP MA – 2018) O benefício de


aposentadoria especial previsto na Lei nº 8.213/1991, será financiado com os
recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II do Art. 22, cujas
alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a
atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de
aposentadoria especial após

a) vinte, vinte e cinco e trinta anos de contribuição, respectivamente.


b) vinte e cinco, vinte e quinze anos de contribuição, respectivamente.
c) quinze, vinte e trinta e cinco anos de contribuição, respectivamente.
d) vinte, vinte e cinco ou trinta e cinco anos de contribuição, respectivamente.
e) quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.

COMENTÁRIOS:

A questão trata sobre o benefício de aposentadoria especial. Vejamos o texto da


Lei:

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Lei 8.213/1991
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao
segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei.
(...)
§ 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da contribuição
de que trata o inciso II do art. 22 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas serão acrescidas
de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da
empresa permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de
contribuição, respectivamente.

(grifos nossos)

Veja que o §6º do art. 57 da Lei 8.213/91 diz que o benefício será financiado pelos
recursos da contribuição que trata o inciso II do art. 22 da Lei 8.212/91, a
contribuição para o GIL/RAT, com um acréscimo, que é chamado de adicional
GIL/RAT. Vejamos primeiro a contribuição para o GIL/RAT.

Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art.
23, é de
(...)
II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de
1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente
dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer
do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do
trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado
médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado
grave.

O GIL/RAT é uma contribuição paga por todas as empresas, de acordo com o grau
de risco de sua atividade preponderante, e será pago sobre a remuneração dos
segurados empregados e trabalhadores avulsos, independentemente de eles
estarem sujeitos a atividade sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou
a integridade física.

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Já o adicional GIL/RAT, que tem sua arrecadação destinada exclusivamente para


financiamento das aposentadorias especiais, é pago pelas empresas sobre a
remuneração dos seus empregados e trabalhadores avulsos que exerçam
atividades de risco que lhes dê direito à aposentadoria especial. O valor da alíquota
do adicional GIL/RAT será de acordo com as atividades que os empregados e
trabalhadores avulsos da empresa exercem.
• Será de 6% sobre a remuneração dos segurados que exerçam atividades
que os permita aposentar com 25 anos de contribuição.
• Será de 9% sobre a remuneração dos segurados que exerçam atividades
que os permita aposentar com 20 anos de contribuição.
• Será de 12% sobre a remuneração dos segurados que exerçam atividades
que os permita aposentar com 15 anos de contribuição.
Feita essa revisão, podemos responder a questão conhecendo as alíquotas do
adicional GIL/RAT. Nosso gabarito é a letra “E”:

e) quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.

Gabarito: E.

36 - (Inédita) Acerca dos princípios constitucionais da Previdência Social é correto


afirmar os requisitos de idade e tempo de contribuição serão reduzidos em cinco
anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício
das funções de magistério na educação infantil, no ensino fundamental, no ensino
médio e no ensino superior.
CERTO ( )
ERRADO ( )

COMENTÁRIOS:
CF/88
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:

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§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei,


obedecidas as seguintes condições:
I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher,
observado tempo mínimo de contribuição;
II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, para
os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar,
nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
§ 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos, para o
professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil
e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar.
(grifos nossos)

(grifos nossos)

Pegadinha! A redução de 5 anos no tempo de contribuição na aposentadoria por


tempo de contribuição para professor se aplica aos professores da educação
infantil, ensino fundamental e médio, e não se aplica aos professores de ensino
superior.

Gabarito: ERRADO.

37 – (Inédita) O auxílio-reclusão será devido nas condições da pensão por morte,


respeitado o tempo mínimo de carência de 24 meses, aos dependentes do
segurado de baixa renda recolhido à prisão em regime fechado, que não receber
remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, pensão por
morte, salário-maternidade, aposentadoria ou abono de permanência em serviço.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
A assertiva é a literalidade do Art. 80 da Lei 8.213:
Art. 80. O auxílio-reclusão será devido nas condições da pensão por morte, respeitado
o tempo mínimo de carência estabelecido no inciso IV do caput do art. 25, aos
dependentes do segurado de baixa renda recolhido à prisão em regime fechado, que
não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, pensão
por morte, salário-maternidade, aposentadoria ou abono de permanência em serviço.

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Vejamos o art. 25 da mesma Lei:

Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência
(...)
IV -auxílio-reclusão: vinte e quatro contribuições mensais.
(grifos nossos)

Portanto, todas as informações estão corretas.

Gabarito: CERTA.

38 – (Inédita) A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde
que o segurado empregado tenha cumprido o período de carência e completado
70 (setenta) anos de idade, se do sexo masculino, ou 65 (sessenta e cinco) anos, se
do sexo feminino, sendo compulsória para o segurado.
Certo ( )
Errado ( )
COMENTÁRIOS:

Questão que envolve a aposentadoria compulsória. Vejamos a literalidade da lei


8.213/91 sobre esse assunto:
Art. 51. A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o
segurado empregado tenha cumprido o período de carência e completado 70 (setenta)
anos de idade, se do sexo masculino, ou 65 (sessenta e cinco) anos, se do sexo
feminino, sendo compulsória, caso em que será garantida ao empregado a indenização
prevista na legislação trabalhista, considerada como data da rescisão do contrato de
trabalho a imediatamente anterior à do início da aposentadoria.

Lembrando que a aposentadoria é compulsória para o segurado e não para a


empresa, a qual poderá ou não a solicitar.

GABARITO: CERTO.

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39 – (Inédita) Leila é segurada do RGPS na qualidade de contribuinte individual e


após 6 anos de contribuições ininterruptas foi acometida por incapacidade
multiprofissional total e permanente para o trabalho. Nessas condições, é possível
se afirmar que Leila terá direito a receber do INSS o benefício de aposentadoria
por invalidez.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
A questão apresenta um caso concreto e devemos analisar se Leila terá ou não o
direito de benefício por invalidez.
A incapacidade multiprofissional total e permanente é um dos requisitos para a
concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, conforme podemos extrair
do texto da Lei 8.213:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência
exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for
considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe
garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
(grifos nossos)

Aquele que é acometido por incapacidade multiprofissional (para todas as


profissões) e permanente é considerado insusceptível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.
Além disso, Leila preenche o requisito de carência para a concessão de
aposentadoria por invalidez, uma vez que o enunciado afirma que ela contribuiu
por 6 anos ininterruptos para o RGPS e, em regra, para o benefício de
aposentadoria por invalidez é exigida carência de 12 contribuições mensais.
Pelo exposto, podemos afirmar que Leila terá o direito de receber o benefício de
aposentadoria por invalidez.

Gabarito: CERTA.

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Lista dos exercícios utilizados nesta aula (comentados)

40. (CESPE - Analista de Gestão Educacional – SEDF - 2017). Relativamente a


segurados, cumulação de benefícios e previdência complementar, julgue o item
a seguir.
Entende-se como companheiro ou companheira para efeito de proteção
previdenciária a pessoa com quem o segurado mantém união estável por
período superior a cinco anos, independentemente da existência de prole em
comum.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
As Classes de dependentes são definidas em três, e companheiros, desde que
comprovem união estável, são considerados como dependentes Classe I, portanto
automaticamente considerados como financeiramente dependentes do segurado,
não existindo um prazo legal para configurar uma união considerada estável,
conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave; (...)
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém
união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da
Constituição Federal.
(Destaques Nossos).
Vamos conferir o Art. 226 da Constituição federal:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. [...]
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a
mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.


Gabarito: ERRADO.

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41. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - 2017). A respeito da


carência e da condição de segurados e dependentes no regime geral da
previdência social (RGPS), julgue o item subsequente.
Para a concessão da pensão por morte na condição de companheira ou
companheiro, exige-se do interessado a prova da existência de filhos em comum
ou da convivência por, no mínimo, dois anos com o segurado falecido.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Assertiva incorreta. As Classes de dependentes, conforme estudamos, são
definidas em três e companheiros, desde que comprovem união estável, são
considerados como dependentes Classe I, sendo automaticamente considerados
como financeiramente dependentes do segurado, e não existindo um prazo legal
para configurar uma união considerada estável e, menos ainda a necessidade da
existência de filhos em comum, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
(...)
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém
união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da
Constituição Federal.
(Destaques Nossos).

Vejamos o Art. 226 da Constituição federal:


Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
[...]
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a
mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.


Gabarito: ERRADO.

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42. (CESPE - Auditor Fiscal de Controle Externo - TCE-SC – 2016). A seguridade


social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes
públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social. Acerca da seguridade social, julgue o item
subsequente.
O STF reconhece a união homoafetiva como entidade familiar e,
consequentemente, assegura ao(à) companheiro(a) da pessoa segurada a
qualidade de dependente para fins previdenciários.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Sabemos que os dependentes são divididos em 3 classes, segundo o Art. 16 da Lei
8.213/91, senão vejamos:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

Na análise literal do dispositivo, podemos notar que nada se aborda sobre os


relacionamentos homoafetivos, por isso o STF publicou uma nota onde muda isso,
conforme segue:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. UNIÃO
HOMOAFETIVA. LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO RECONHECIMENTO E
QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO COMO ENTIDADE
FAMILIAR. DIREITO À PERCEPÇÃO DO BENEFÍCIO DA PENSÃO POR MORTE.
RECONHECIMENTO. APLICAÇÃO DAS REGRAS E CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS
VÁLIDAS PARA A UNIÃO ESTÁVEL HETEROAFETIVA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM
CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DESTA CORTE. REEXAME DE
MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL.

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1. O preceito constante do art. 1.723 do Código Civil — “é reconhecida como entidade


familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública,
contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família” – não obsta
que a união de pessoas do mesmo sexo possa ser reconhecida como entidade familiar apta
a merecer proteção estatal. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, proferiu esse
entendimento no julgamento da ADI 4.277 e da ADPF 132, ambas da Relatoria do Ministro
Ayres Britto, Sessão de 5.5.11, utilizando a técnica da interpretação conforme a Constituição
do referido preceito do Código Civil, para excluir qualquer significado que impeça o
reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo
como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família. Reconhecimento
este, que deve ser feito segundo as mesmas regras e com idênticas consequências da união
estável heteroafetiva.
(...)
(STF – RE 607562 AgR/PE – Relator Ministro LUIZ FUX – Primeira Turma – Julgamento em
18.09.2012 – Publicação em 03.10.2012)

Portanto podemos concluir que a assertiva está correta, pois o STF reconhece a
união homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente, assegura ao
companheiro(a) da pessoa segurada a qualidade de dependente para fins
previdenciários.
Estudar a Jurisprudência é essencial para diferenciar o candidato bem preparado.
Sobretudo em casos de assuntos que possuem uma razoável projeção na mídia.
Estes assuntos, o candidato tem que saber.

Gabarito: CERTO.

43. (CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO


ADAPTADA).
Ao filho maior de vinte e um anos de idade será garantida a prestação de
benefícios e serviços da previdência social, desde que comprove a matrícula em
instituição de ensino superior, até a data da sua formatura.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:

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Filhos, com exceção dos inválidos ou deficientes, são dependentes Classe I e


possuem direito a pensão até os 21 anos, não sendo o exercício de tal direito
prorrogável pelo fato de estarem matriculados em universidade.
Conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave; (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.

Gabarito: ERRADO.

44. (CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS,


julgue o item a seguir.
De acordo com o disposto na Lei n.º 8.213/1991, filho maior de vinte e um anos
de idade não portador de invalidez ou qualquer deficiência mantém a condição
de dependente do segurado do RGPS até completar vinte e quatro anos, desde
que seja estudante universitário.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Filhos fazem parte de dependentes da Classe I, como podemos ver no art. 16 da
Lei 8.213/91, mas como sabemos, há algumas condições para isto. Vejamos o
referido artigo:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

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I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
(...)
(Destaques Nossos).

Podemos ver que nada se fala sobre o filho ser estudante universitário ou não. A lei
apenas diz que filhos menores de 21 anos são considerados como dependentes,
com exceção aos filhos inválidos ou portadores de deficiências intelectuais ou
mentais, portanto assertiva incorreta.

Gabarito: ERRADO.

45. (Inédita) Julgue o item a seguir: De acordo com o disposto na Lei n.º
8.213/1991, o filho, ainda não emancipado, quando adquire a maioridade civil e
não é portador de invalidez ou qualquer deficiência, automaticamente perde a
condição de dependente do segurado do RGPS.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Filhos fazem parte de dependentes da Classe I e perdem tal condição quando
chegam a determinada idade. Mas será que esta idade coincide com a maioridade
civil? Vejamos o art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave; (...)

Podemos ver, neste caso, que a idade considerada pela legislação previdenciária
para a perda da condição de dependente é de 21 anos. Isto é diferente da perda
da menoridade que, segundo o artigo 5º do Código Civil, cessa aos 18 anos.

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Calma... Você não precisa saber todo o Código Civil para realizar uma prova de
direito previdenciário. Mas, neste tipo de contexto, uma informação que pode ser
considerada senso comum (a maioridade no Brasil inicia-se após os 18 anos
completos), pode cair na sua prova. Mas não confunda maioridade civil (18 anos)
com idade padrão para cessar a dependência do filho no RGPS (21 anos).

Gabarito: ERRADO.

46. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - Auditoria de Contas


Públicas – 2017). Acerca da filiação, acumulação de benefício e regimes próprios
de previdência social, julgue o item a seguir.
O adolescente que estiver sob dependência econômica da madrasta, segurada
do RGPS, poderá ser inscrito no INSS como dependente desta.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
As Classes de dependentes são definidas em três, e vimos que apenas os
dependentes de 1ª Classe são considerados como financeiramente dependentes
do segurado. O enteado do segurado é equiparado aos filhos, mas precisa
comprovar dependência econômica para ser considerado dependente e receber os
benefícios, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave; (...)
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado
e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no
Regulamento.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é verdadeira.


Gabarito: CERTO.

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47. (CESPE - Defensor Público Federal – 2015). Em relação aos segurados do


RGPS e seus dependentes, julgue o item subsecutivo.
A lei de benefícios previdenciários prevê expressamente que o menor sob
guarda do segurado filiado ao RGPS é seu dependente, havendo discussão
jurisprudencial a respeito do tema, dada a existência de normas contrárias no
ordenamento jurídico nacional.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
A assertiva está incorreta, pois diferentemente do afirmado, a lei de benefícios
previdenciários NÃO prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado
filiado ao RGPS é seu dependente (não confundir menor sob guarda com menor
sob tutela). Esse também é o disposto no texto constitucional, conforme art. 28 do
ADCT, equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte,
exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a
dependência econômica.
Gabarito: ERRADO.

48. (CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO


ADAPTADA). Julgue a assertiva a seguir.
A prestação de benefícios e serviços da previdência social será garantida ao
cônjuge supérstite, desde que este comprove a dependência econômica do
cônjuge segurado que tiver falecido.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Cônjuge, como você sabe, são pertencentes à Classe I. Não se assuste com as
palavras que você não conheça, caso isto ocorra na prova. No caso, cônjuge
supérstite significa cônjuge sobrevivente (viúvo), pertence à Classe I. Sabemos que
dependentes Classe I, são considerados como financeiramente dependentes,
conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:

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Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de


dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave; (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois o cônjuge não deverá
comprovar dependência econômica, uma vez que ela é presumida.

Gabarito: ERRADO.

49. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 7ª Região – 2017) (QUESTÃO ADAPTADA).


João, segurado obrigatório no RGPS, é casado com Fabiana, pelo regime da
separação total de bens, com quem tem dois filhos, Marcos, de dezesseis anos
de idade, e Felipe, de vinte e cinco anos de idade, portador de deficiência mental
grave desde criança.
Nessa situação hipotética, à luz da Lei n.º 8.213/1991, considera(m)-se
dependente(s) previdenciário(s) de João: Fabiana, Marcos e Felipe.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Cônjuges, filhos menores de 21 anos não emancipados ou filhos inválidos ou que
tenham deficiência intelectual ou mental (independentemente da idade), são
considerados como dependentes de 1ª Classe. Automaticamente, tais
dependentes têm sua dependência econômica presumida, conforme podemos
conferir no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;

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(...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.
(Destaques Nossos).

O fato de João ser casado com Fabiana pelo regime da separação total de bens
em nada altera a condição de dependente preferencial de Fabiana. Sendo assim
podemos concluir que a assertiva é verdadeira.

Gabarito: CERTO.

50. (CESPE - Juiz Federal - TRF 1ª Região – 2015) (QUESTÃO ADAPTADA). Com
relação aos beneficiários do RGPS, julgue o item a seguir:
Para efeitos previdenciários, presume-se que o filho e o enteado com menos de
vinte e um anos são economicamente dependentes do segurado.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
O enteado do segurado, é equiparado aos filhos, mas precisa comprovar
dependência econômica para receber os benefícios, conforme podemos ver no art.
16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave; (...)
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado
e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no
Regulamento.

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois o enteado, apesar de
ser dependente de 1ª Classe, deverá comprovar a dependência econômica.

Gabarito: ERRADO.

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51. (CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS,


julgue o item a seguir.
É presumida a dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e
menos de vinte e um anos de idade em relação ao segurado da previdência
social, não sendo necessária a comprovação dessa dependência para que ele se
torne beneficiário do RGPS na condição de dependente do segurado.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Estudamos que os filhos são pertencentes à Classe I, no rol de dependentes (que
possui 3 classes). Dependentes Classe I são considerados como financeiramente
dependente, como podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
(...)
(Destaques Nossos).

Note que a menção à idade é de 21 anos e não 18. Não confunda a maioridade
civil com a perda da condição de dependente.
Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta, pois é presumida a
dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e menos de vinte e um
anos de idade em relação ao segurado da previdência social. O fato de ser
presumida também a dependência econômica para os filhos menores de 18 anos,
não modifica a verdade contida na afirmação.

Gabarito: CERTO.

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52. (CESPE - Defensor Público Federal - 2017). A respeito da condição de


segurados e dependentes no RGPS e da fonte de custeio desse regime, julgue
o item subsequente.
Para efeito de concessão de benefício aos dependentes, a dependência
econômica dos genitores do segurado é considerada presumida.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
As Classes de dependentes são definidas em três e apenas os dependentes Classe
I são considerados, de forma presumida, como economicamente dependentes do
segurado. Os genitores do segurado (pai e mãe) são considerados como
dependentes de Classe II, precisando comprovar dependência econômica para
receber pensão, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave
II - os pais; (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa.

Gabarito: ERRADO.

53. (CESPE - Analista de Administração Pública - TC-DF - 2014). No que se refere


ao regime geral de previdência social, julgue o item a seguir.
É presumida, por força de lei, a dependência econômica dos pais do segurado
para fins de atribuição da qualidade de dependentes.
( ) Certo
( ) Errado

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COMENTÁRIOS:
Não é bem assim. Os pais do segurado são considerados como dependentes Classe
II, precisando comprovar dependência financeira para receber pensão, conforme
podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave
II - os pais; (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.

Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois a dependência


econômica dos pais do segurado para fins de atribuição da qualidade de
dependentes deverá ser comprovada.

Gabarito: ERRADO.

54. (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho – 2013). No que se refere às normas que
regulamentam a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente.
Apesar de integrarem a segunda classe de dependentes, os pais poderão fazer
jus ao recebimento de pensão por morte, desde que comprovem a dependência
econômica do segurado a eles, ainda que existam dependentes que integrem a
primeira classe.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Conforme estudamos, as Classes de dependentes são definidas em três e apenas
os dependentes Classe I são, em regra, automaticamente considerados como
economicamente dependentes do segurado. Os pais do segurado são
considerados como dependentes de Classe II, precisando comprovar dependência
financeira para receber pensão, porém só poderão receber essa pensão caso não
exista nenhum beneficiário Classe I, conforme podemos ver no art. 16 da Lei
8.213/91:

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Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de


dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave
II - os pais;
(...)
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às
prestações os das classes seguintes. (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.

Além do erro apontado acima, outro erro está inserido na questão. Quando a
assertiva afirma que os pais poderão fazer jus ao recebimento de pensão por morte,
desde que comprovem a dependência econômica do segurado a eles, temos uma
inversão técnica, pois não se deve comprovar a dependência econômica do
segurado aos pais, mas sim dos pais em relação aos segurados.
Portanto, podemos concluir que a assertiva está duplamente incorreta.

Gabarito: ERRADO.

55. (CESPE - Auditor Governamental - CGE PI –2015). A respeito do regime geral


de previdência social, julgue o item a seguir.
A dependência econômica do irmão menor de vinte e um anos de idade na
condição de dependente do segurado é presumida para fins de obtenção de
benefício previdenciário.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder a esta questão, recorramos ao art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

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I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.

(Destaques Nossos).

Portanto assertiva incorreta, pois a dependência dos irmãos, que são dependentes
da Classe III, não é presumida, devendo ser comprovada.

Gabarito: ERRADO.

56. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 10ª Região – 2013). O item a seguir
apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com
base nas disposições do direito previdenciário.
José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu
irmão mais velho, João, que é segurado da previdência social. Nessa situação,
José é considerado beneficiário do regime geral da previdência social, na
condição de dependente de João.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Como estudamos, temos três classes de dependentes. Irmãos pertencem a Classe
III, portanto, conforme podemos ver na legislação, transcrita abaixo, precisam
comprovar a dependência econômica. Vejamos o art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:

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I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

(Destaques Nossos).

Nesse caso em específico, o irmão (José) tem 16 anos de idade, não é emancipado
e é economicamente dependente de seu irmão mais velho (João, que é segurado
RGPS). Portanto, José é considerado como beneficiário dependente de João, se
não houver dependentes de classes anteriores.

Gabarito: CERTO.

57. (FCC - Analista Judiciário (TST)/Judiciária/2012). São beneficiários do Regime


Geral da Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência
econômica.
b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de
comprovação da dependência econômica.
c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência
econômica.
d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência
econômica.
e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de
dependência econômica.

COMENTÁRIOS:
A resolução da presente questão tem por base o art. 16 da Lei 8.213/91, conforme
segue:

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“Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de


dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento.
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado
e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no
Regulamento.
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém
união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da
Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.”

Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa:
a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência
econômica.
Ascendentes até o terceiro grau não são dependentes, mesmo que comprovada
dependência econômica. Apenas os pais, desde que comprovem dependência
econômica (ERRADA).

b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de comprovação


da dependência econômica.
O irmão de qualquer condição será dependente quando menor de 21 (vinte e um)
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave, nos termos do regulamento, desde que comprovem dependência
econômica. (ERRADA).

c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência


econômica.

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O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do


segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma
estabelecida no Regulamento. (ERRADA).

d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência econômica.


Cônjuge e companheira não precisam comprovar dependência econômica.
(ERRADA).

e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de


dependência econômica.
O filho não emancipado inválido será dependente independentemente da idade e
de qualquer comprovação de dependência econômica. (CORRETA).

RESPOSTA: E

58. (FCC - Analista Judiciário (TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem


Especialidade"/2012). Nos termos da Lei no 8.213/1991, NÃO são beneficiários
do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do
segurado:
a) os seus pais.
b) o seu irmão inválido de 30 anos.
c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos.
d) o companheiro que mantém união estável.
e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do
segurado.

COMENTÁRIOS:
A resolução da presente questão tem por base o art. 16 da Lei 8.213/91.
Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa:

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a) os seus pais.
Os pais poderão ser dependentes, desde que comprovada dependência
econômica.

b) o seu irmão inválido de 30 anos.


Irmão inválido poderá ser dependente qualquer que seja sua idade, desde que
comprovada dependência econômica.

c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos.


Irmão não emancipado, menor de 21 anos, poderá ser dependente, desde que
comprovada dependência econômica.

d) o companheiro que mantém união estável.


Companheiro que mantém união estável é dependente econômico.

e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do


segurado.
O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do
segurado, desde que comprovada a dependência econômica. Se não for
comprovada a dependência econômica, não será dependente. Como a questão
pede para assinalarmos a questão onde aparece alguém que NÃO é beneficiários
do RGPS, esta é a alternativa que deverá ser marcada.

Gabarito: E

59. (FCC - Procurador Autárquico – MANAUSPREV – 2015). Após o falecimento


de Isis, seus familiares procuraram a Previdência Social a fim de requerer os
benefícios como dependentes do de cujus. Nessa situação, a dependência
econômica não será presumida, devendo ser comprovada para:
a) filho inválido com 30 anos.
b) companheiro que mantinha união estável com a segurada.
c) enteado menor de 21 anos.
d) filho não emancipado de 19 anos.
e) cônjuge.

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COMENTÁRIOS:
Os dependentes estão divididos em três classes, conforme podemos verificar no
Art. 16 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado
e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no
Regulamento.
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém
união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da
Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.

A partir destas informações, analisemos as assertivas:


a) filho inválido com 30 anos.
Incorreta, pois filho inválido, independentemente da idade, não precisa comprovar
dependência econômica.
b) companheiro que mantinha união estável com a segurada.
Incorreta, pois companheiro não precisa comprovar dependência econômica e sim
a união estável.
c) enteado menor de 21 anos.
Essa é a alternativa correta, pois enteado, apesar de ser equiparado ao filho, precisa
comprovar a dependência econômica, conforme vimos na legislação acima.
d) filho não emancipado de 19 anos.
Incorreta, pois na realidade o filho até 21 anos, desde que não emancipado, é
dependente de 1ª Classe e não precisa comprovar dependência econômica.

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e) cônjuge.
Incorreta, pois cônjuge pertence a 1ª Classe e sua dependência econômica é
presumida.
Gabarito: C.

60. (FCC - Auditor - TCE-CE – 2015). Afrodite é segurada do Regime Geral da


Previdência Social. Mantém união estável como entidade familiar com Thor e
possui um filho Hermes de 27 anos. Em sua residência também habitam o seu
pai Ulisses de 64 anos e a sua irmã Medusa, não emancipada, de 17 anos.
Considerando as regras contidas no Plano de Benefícios da Previdência Social,
será considerado segurado de primeira classe e será presumida a dependência
econômica, respectivamente, de
a) Thor e Thor.
b) Thor e Ulisses.
c) Ulisses e Medusa.
d) Hermes e Medusa.
e) Hermes e Hermes.

COMENTÁRIOS:
Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes de primeira
classe, nos termos da lei, são aqueles mais próximos do segurado, senão vejamos:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave

Sendo assim, só temos como possibilidade a “alternativa A”, pois Thor é o cônjuge,
dependente de primeira classe e sua dependência econômica é presumida. Ulisses
é o pai, portanto dependente de classe II; Medusa é a irmã, portanto dependente
de classe III. Ademais, Ulisses e Medusa dependem de comprovação da
dependência econômica.
Gabarito: A.

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61. (FCC - Procurador do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro –


2015). Dependente é toda pessoa física filiada ao Regime Geral da Previdência
Social em razão do seu vínculo com o segurado principal. Quanto aos
dependentes, não é necessária a comprovação dessa condição, em razão de
presunção legal de dependência econômica:
a) os filhos, enteados e tutelados até 25 anos de idade.
b) os pais desde que inválidos.
c) os netos, filhos ou enteados de qualquer idade, desde que universitários.
d) os irmãos desde que inválidos.
e) o cônjuge, companheiro ou filho não emancipado, menor de 21 anos ou
inválido.

COMENTÁRIOS:
Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes de primeira
classe são aqueles que, em regra, se presume a dependência financeira, conforme
segue:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave. (...)
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.

Visto isso, vamos às assertivas:


a) os filhos, enteados e tutelados até 25 anos de idade.
Incorreto, pois apenas os filhos menores de 21 anos ou inválidos ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave fariam parte deste rol.
Enteados e tutelados, apesar de ser dependente de 1ª Classe, deverão comprovar
sua dependência econômica.

b) os pais desde que inválidos.


Incorreta, pois os pais fazem parte da Classe II e a dependência econômica deve
ser comprovada.

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c) os netos, filhos ou enteados de qualquer idade, desde que universitários.


Incorreto. Filhos são dependentes, independentemente de comprovação de
dependência econômica, apenas até 21 anos de idade, salvo se inválidos ou que
tenham deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. Netos não fazem
parte do rol de dependentes. Enteados precisam comprovar dependência
econômica. O fato de ser universitário não altera em nada as regras de
dependência no direito previdenciário.

d) os irmãos desde que inválidos.


Incorreta, irmãos devem comprovar dependência econômica, ainda que inválidos.

e) o cônjuge, companheiro ou filho não emancipado, menor de 21 anos ou inválido.


Correto, pois esses fazem parte da Classe I e sua dependência econômica é
presumida, não precisando, portanto, ser comprovada.

Gabarito: E.

62. (FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ – 2015). Em relação aos


dependentes dos segurados, nos termos previstos no Plano de Benefícios do
Regime Geral da Previdência Social,
a) os avós constam do rol dos dependentes que têm dependência econômica
legalmente presumida.
b) são benefícios previstos aos dependentes a pensão por morte, a reabilitação
profissional e o salário-maternidade.
c) o menor tutelado e o enteado não se equiparam aos filhos para efeitos
previdenciários.
d) a existência de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.
e) os irmãos menores de 21 anos, ainda que emancipados, são dependentes de
segunda classe.

COMENTÁRIOS:
Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91:

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Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de


dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado
e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém
união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da
Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.

Agora, vamos às assertivas:


a) os avós constam do rol dos dependentes que têm dependência econômica
legalmente presumida.
Incorreta, pois avós não fazem parte do rol dos dependentes.

b) são benefícios previstos aos dependentes a pensão por morte, a reabilitação


profissional e o salário-maternidade.
Incorreta, conforme podemos verificar no Art. 18 Lei 8.213/91. Tal assunto ainda
será estudado em detalhes nesta aula.
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações,
devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em
benefícios e serviços:
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
III - quanto ao segurado e dependente:
b) serviço social;
c) reabilitação profissional.

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Assim sendo, podemos verificar que a pensão por morte e a reabilitação


profissional são prestações devidas aos dependentes. No entanto, o salário-
maternidade é devido apenas aos segurados do RGPS.

c) o menor tutelado e o enteado não se equiparam aos filhos para efeitos


previdenciários.
Incorreto, pois menor tutelado e enteado equiparam-se ao filho e serão
dependentes de 1ª Classe, caso seja comprovada dependência financeira.

d) a existência de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às


prestações os das classes seguintes.
Correto, é exatamente isso que está previsto na lei, conforme podemos verificar no
art. 6º da Lei 8.213/91:
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.

e) os irmãos menores de 21 anos, ainda que emancipados, são dependentes de


segunda classe.
Incorreta, pois irmão são dependentes de terceira Classe.

Gabarito: D.

63. (FCC - Assessor Jurídico - TCE-PI – 2014). A lei que dispõe sobre o regime
geral da previdência social prevê como prestações expressas em benefícios e
serviços, devidas apenas aos dependentes dos segurados,
a) aposentadoria especial e serviço social.
b) salário-família e auxílio-reclusão.
c) reabilitação profissional e salário-maternidade.
d) pensão por morte e auxílio-reclusão.
e) pecúlio e abono de permanência em serviço.

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COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 18, II e III da Lei 8.213/91.
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas
inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios
e serviços: (...)
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
III - quanto ao segurado e dependente:
a) pecúlios; (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995)
b) serviço social; (Revogado pela Medida Provisória 905 , de 2019)
c) reabilitação profissional

Agora vamos às assertivas:

a) aposentadoria especial e serviço social.


Incorreta, pois aposentadoria especial é apenas direito do segurado. Já o serviço
social não é prestado pelo RGPS.

b) salário-família e auxílio-reclusão.
Incorreta, pois salário-família é direito do segurado.

c) reabilitação profissional e salário-maternidade.


Incorreta, pois salário-maternidade é apenas direito do segurado.

d) pensão por morte e auxílio-reclusão.


Essa é a alternativa correta, pois ambas são devidas apenas aos dependentes.

e) pecúlio e abono de permanência em serviços.


Incorreta. Ambos os benefícios foram revogados. O pecúlio está com a revogação
especificada na legislação transcrita acima. O abono de permanência em serviço
era exclusivo do segurado, mas foi excluído do rol de benefícios do RGPS.
Gabarito: D.

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64. (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho – 2013). No que se refere às normas que
regulamentam a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente.
O companheiro e a companheira, desde que comprovem a existência de união
estável, integram o rol de dependentes da primeira classe, o que lhes permite
receber pensão por morte ou auxílio-reclusão, conforme o caso.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
As classes de dependentes são definidas em três, e apenas os dependentes da
Classe I são considerados como financeiramente dependentes. Companheiros
precisam comprovar união estável para serem considerados como dependentes,
conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91. Sobre quais benefícios esses
dependentes terão direito, poderemos consultar o art. 18 da Lei 8.213/91:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave;
(...)
§3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém
união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da
Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações,
devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em
benefícios e serviços: [...]
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;

Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

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65. (FCC - Analista Judiciário - TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem


Especialidade"/2012). Quanto aos dependentes, são consideradas prestações
previdenciárias compreendidas pelo Regime Geral de Previdência Social:
a) aposentadoria por invalidez e auxílio-doença.
b) auxílio-reclusão e aposentadoria por tempo de contribuição.
c) pensão por morte e aposentadoria especial.
d) auxílio-reclusão e pensão por morte.
e) aposentadoria por idade e auxílio-doença.

COMENTÁRIOS:
A resolução da presente questão tem por base o art. 18 da Lei 8.213/91.
Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa:

a) aposentadoria por invalidez e auxílio-doença.


Aposentadoria por invalidez e auxílio-doença são benefícios devidos aos
segurados, não aos dependentes. (ERRADA).

b) auxílio-reclusão e aposentadoria por tempo de contribuição.


Auxílio-reclusão é devido aos dependentes e aposentadoria por tempo de
contribuição é benefícios devidos aos segurados. (ERRADA).

c) pensão por morte e aposentadoria especial.


Pensão por morte é devido aos dependentes e aposentadoria especial é benefício
devido aos segurados. (ERRADA).

d) auxílio-reclusão e pensão por morte.


Auxílio-reclusão e pensão por morte são benefícios devidos aos dependentes.
(CORRETA).

e) aposentadoria por idade e auxílio-doença.


Aposentadoria por idade e auxílio-doença são benefícios devidos aos segurados,
não aos dependentes. (ERRADA).
RESPOSTA: D

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66. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 17ª Região – 2013). Julgue o item seguinte,
relativo aos benefícios do regime geral de previdência social.
Considere que um indivíduo, antes de aderir ao regime geral de previdência
social, estivesse enfermo de uma moléstia incapacitante para o trabalho. Nessa
situação, se não tiver havido posterior progressão ou agravamento da
enfermidade, tal doença não dará a esse indivíduo o direito de obter a
aposentadoria por invalidez.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Essa é uma questão que demanda um pouquinho mais de tempo na hora da prova
para analisarmos a situação-problema. Para respondê-la vamos consultar o Art. 42
da Lei 8.213/91 que diz quais são as normas vigentes para a aposentadoria por
invalidez:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência
exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for
considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe
garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de
incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o
segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de
Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a
incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
(Destaques Nossos).

Sendo assim, uma vez que não houve agravamento ou progressão da doença,
podemos concluir que a assertiva está correta (não adianta fazer o seguro depois).

Gabarito: CERTO.

67. (FCC - Analista Judiciário - TRT 2ª Região - Área Judiciária/Oficial de Justiça


Avaliador Federal/2014 - ADAPTADA). A aposentadoria por idade de um
trabalhador urbano (exceto pessoa com deficiência), no regime geral de
previdência social, será devida, desde que preenchido o tempo de contribuição
aos:

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a) 53 anos de idade, para homens, e aos 48 anos, para mulheres.


b) 70 anos de idade, para homens, e aos 65 anos, para mulheres.
c) 65 anos de idade, para homens, e aos 62 anos, para mulheres.
d) 60 anos de idade, indistintamente para homens ou mulheres.
e) 65 anos de idade, indistintamente para homens ou mulheres.
COMENTÁRIOS:
A resolução da presente questão tem por base o texto da Constituição Federal,
conforme segue:
art. 201 (...)
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei,
obedecidas as seguintes condições:
I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher,
observado tempo mínimo de contribuição;

Tomando por base o texto legal citado, podemos afirmar que a única alternativa
que atende ao enunciado é a ALTERNATIVA C.
GABARITO: C

68 - (Questão Inédita) Emanuel se formou no curso de medicina, aos 25 anos, em


dezembro de 2019 e desde então começou a trabalhar como plantonista em um
hospital particular em sua cidade, filiando-se ao RGPS na qualidade de segurado
empregado. Nessas condições, podemos afirmar que Emanuel poderá se
aposentar ao completar 35 anos de contribuição.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
ERRADA. Para quem ingressou no RGPS após a promulgação da Emenda
Constitucional 103/19, não existe mais a hipótese de aposentadoria por tempo de
contribuição sem idade mínima. Para os homens, a regra geral para aposentadoria
é completar 65 anos de idade e 20 anos de contribuição. No caso de Emanuel,
apesar de ele já possuir o tempo mínimo de contribuição, ele possui 60 anos, idade
inferior aos 65 exigidos para aposentadoria no âmbito do RGPS.

Gabarito: ERRADO.

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69 - (Questão Inédita) Marli é estudante de curso superior e, preocupada com as


notícias sobre a Reforma da Previdência, começou a contribuir com o RGPS na
qualidade de segurada facultativa em dezembro de 2019, sendo esta sua primeira
contribuição para o sistema. Caso mantenha a regularidade de suas contribuições,
Marli poderá se aposentar pelo RGPS ao completar 60 anos de idade, desde que
tenha 15 anos de tempo de contribuição.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
ERRADA. A regra geral de aposentadoria exige que as mulheres possuam 62 anos
de idade, e não 60 como afirmado na questão, além tempo mínimo de contribuição
de 15 anos.

Gabarito: ERRADO.

70 - (Questão Inédita) Gustavo filiou-se ao Regime Geral de Previdência Social em


2013, pagando apenas uma contribuição como segurado facultativo. Querendo
aprender inglês, Gustavo foi então morar no exterior e retornou ao Brasil em
dezembro de 2019, sendo contratado como empregado em uma grande
multinacional. Podemos afirmar que para se aposentar, salvo casos especiais, ele
deverá possuir 65 anos de idade e 15 anos de contribuição.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
CORRETA. Mesmo que tenha pago apenas uma contribuição, Gustavo se filiou ao
RGPS antes da entrada em vigor da Reforma da Previdência. Deste modo, para a
aposentadoria ordinária, Gustavo não precisará comprovar 20 anos de
contribuição, mas 15. Além disso, ele deverá ter a idade mínima de 65 anos.

Gabarito: CERTO.

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71. (CESPE - Advogado da União – 2015). Acerca do RGPS, julgue o item


subsequente.
Desde que tenha sido intercalado com o exercício de atividade laborativa, o
período em que o segurado se beneficiar de auxílio-doença deverá ser
considerado para fins de cômputo de carência e para o cálculo do tempo de
contribuição na concessão de aposentadoria por invalidez, conforme
entendimento do STF.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:

Esta já uma questão mais elaborada e que exige o conhecimento do candidato


sobre a Jurisprudência (não se esqueça, candidato que, depois de estudar as leis,
estuda também a jurisprudência é candidato diferenciado). Bom, conforme
solicitado pelo examinador, vejamos o que o STF tem a nos dizer sobre o assunto:

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.


PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CÔMPUTO DO TEMPO DE GOZO
DE AUXÍLIO-DOENÇA PARA FINS DE CARÊNCIA. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. O
Supremo Tribunal Federal decidiu nos autos do RE nº 583.834/PR-RG, com repercussão
geral reconhecida, que devem ser computados, para fins de concessão de aposentadoria
por invalidez, os períodos em que o segurado tenha usufruído do benefício de auxílio-
doença, desde que intercalados com atividade laborativa. 2. A Suprema Corte vem-se
pronunciando no sentido de que o referido entendimento se aplica, inclusive, para fins de
cômputo da carência, e não apenas para cálculo do tempo de contribuição. Precedentes:
ARE 802.877/RS, Min. Teori Zavascki, DJe de 1/4/14; ARE 771.133/RS, Min. Luiz Fux, DJe
de 21/2/2014; ARE 824.328/SC, Min. Gilmar Mendes, DJe de 8/8/14; e ARE 822.483/RS,
Min. Cármem Lúcia, DJe de 8/8/14. 3. Agravo regimental não provido.
(STF – ARE 746835 AgR/RS – Relator Ministro DIAS TOFFOLI – Primeira Turma – Julgamento
em 19.08.2014 – Publicação em 07.10.2014)

A assertiva nos traz exatamente o que é dito pelo STF, portanto assertiva correta.

Gabarito: CERTO.

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72. (FCC - Analista Judiciário - TRF 3ª Região – 2014). De acordo com a Lei nº
8.213/91, em regra, a concessão do benefício do auxílio-doença:
a) não possui período de carência pré-estabelecido.
b) está sujeita a carência de doze contribuições mensais.
c) está sujeita a carência de seis contribuições mensais.
d) está sujeita a carência de quinze contribuições mensais.
e) só estará sujeita ao período de carência se a concessão inicial for de, no
mínimo, trinta dias.

COMENTÁRIOS:
Existem dois tipos de auxílio-doença: o auxílio doença acidentário e o auxílio-
doença comum. No caso de acidente de qualquer natureza ou causa, o segurado
pode receber o auxílio-doença acidentário independentemente de qualquer
carência. Na questão, o examinador refere-se ao auxílio doença comum (note que
ele usou a expressão “em regra”), o qual tem o período de carência de 12 meses.
Portanto podemos concluir que a assertiva verdadeira é a B, as outras estão
erradas, inclusive para os dois gêneros de auxílio-doença apresentados. Vejamos
a legislação pertinente ao assunto:
Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial:
180 contribuições mensais;
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art.
13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta
Lei.

Gabarito: B.

73. (CESPE - Defensor Público Federal- 2017). O item seguinte, acerca de


benefícios previdenciários, apresenta uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada.

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Raul nunca havia contribuído para o RGPS. No entanto, após uma semana do
início de atividade laboral em determinado emprego, um acidente de trabalho o
tornou incapaz e insuscetível de reabilitação.
Nessa situação, Raul não faz jus ao benefício da aposentadoria por invalidez
porque não cumpriu o tempo de carência exigido.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
(Destaques Nossos).

Vamos conferir as exceções no Art. 26:


Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza
ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)
anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(Destaques Nossos).

Podemos concluir que apesar de existir uma carência de 12 meses para receber a
aposentadoria por invalidez, em caso de acidente de qualquer natureza essa
carência deixa de existir, o que torna a assertiva incorreta.

Gabarito: ERRADO.

74. (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE-PE – 2017). No item a seguir, é


apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada a
respeito de benefício previdenciário e contribuição para o RGPS e regime
próprio de previdência social.

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Flávio, que nunca havia contribuído para o RGPS, foi contratado como
empregado de uma empresa privada. No quinto dia de trabalho, ao conduzir sua
bicicleta rumo ao seu emprego, Flávio foi atropelado por um veículo, o que o
deixou absolutamente incapacitado. Nessa situação, Flávio não terá direito à
aposentadoria por invalidez concedida pelo RGPS, por não ter cumprido o
tempo mínimo de carência.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;

(Destaques Nossos).

Vamos conferir as exceções no Art. 26:


Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza
ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)
anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(Destaques Nossos).

Podemos concluir que apesar de existir uma carência de 12 meses para receber a
aposentadoria por invalidez, quando em caso de acidente de qualquer natureza
essa carência deixa de existir. Portanto, assertiva incorreta.

Gabarito: ERRADO.

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75. (CESPE - Técnico do Seguro Social – 2016). Com base no disposto na Lei n.º
8.213/1991, que trata dos planos de benefícios da previdência social e dá outras
providências, julgue o item seguinte.
Em regra, o período de carência para a concessão do benefício de auxílio-doença
é de doze contribuições mensais.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:

Para responder essa questão vamos novamente recorrer aos artigos 25 e 26 da Lei
8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
(Destaques Nossos).

Vamos conferir as exceções no Art. 26:


Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza
ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)
anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(Destaques Nossos).

Podemos concluir que, em regra, existe uma carência de 12 meses para receber o
auxílio-doença. Deixar de ter carência para este benefício é a exceção. Assim
sendo, podemos concluir que a assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

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76. (CESPE - Inspetor de Controle Externo - TCE-RN – 2015). Julgue o item a


seguir, relativo à seguridade social e ao regime geral de previdência social.
A concessão de auxílio-doença independe de carência nos casos em que o
segurado ficar incapacitado para seu trabalho por mais de quinze dias
consecutivos devido a alguma doença profissional ou a um acidente de qualquer
natureza.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão recorramos aos art. 26 da Lei 8.213/91, que aborda
os benefícios que são independentes de carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza
ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)
anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais
referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional.
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada
doméstica.

Especificamente sobre os 15 dias mencionados na questão, vamos recorrer ao Art.


59 da mesma lei referida acima.
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o
caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para
a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.

Dessa forma podemos concluir que a assertiva é verdadeira.

Gabarito: CERTO.

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77. (FCC - Procurador Autárquico – MANAUSPREV – 2015 - ADAPTADA). A


aposentadoria por tempo de serviço e idade, nos termos da Lei no 8.213/91,
como regra, exige o seguinte número de contribuições mensais:
a) 180.
b) 120.
c) 210.
d) 240.
e) 360.

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 25 da Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial:
180 contribuições mensais
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art.
13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta
Lei.
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o
inciso III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em
que o parto foi antecipado.
(Destaque Nosso).

Dessa maneira podemos ver que a alternativa correta é a “A”.

Gabarito: A.

78. (FCC - Auditor - TCE-CE – 2015). A Lei no 8.213/1991 institui benefícios aos
segurados e seus dependentes, bem como requisitos para sua concessão, dentre
eles a carência relacionada à quantidade mínima de contribuições, que nos casos
de aposentadoria por invalidez comum e aposentadoria por idade, para filiados
após a edição da referida lei, são correta e respectivamente de:

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a) 12 e 120.
b) 10 e 60.
c) 12 e 180.
d) 60 e 120.
e) dispensada e 180.
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer ao art. 25 da Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial:
180 contribuições mensais
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art.
13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta
Lei.
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o
inciso III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em
que o parto foi antecipado.

Podemos notar que existem 3 possibilidades de carência (10, 12 e 180


contribuições mensais), o que já descarta algumas das alternativas. O examinador
questiona sobre a carência por invalidez “comum” e por idade, que são
respectivamente 12 e 180 contribuições mensais.
Lembrando que em caso de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como
incapacidade decorrente de doença profissional ou do trabalho e doenças graves
previstas na legislação, esse tempo de carência para aposentadoria por invalidez
será dispensado, conforme podemos ver no Art.26 da Lei 8.213/91:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza
ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)
anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(...)

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Portanto alternativa correta é a C, ou seja, 12 e 180 contribuições mensais


respectivamente.
Gabarito: C.

79. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE – 2017). A respeito da


carência e da condição de segurados e dependentes no regime geral da
previdência social (RGPS), julgue o item subsequente.
A concessão do salário-maternidade à segurada empregada independe de
carência.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos art. 26 da Lei 8.213/91, que nos
fala quais benefícios são independentes de carência:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: (...)
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada
doméstica.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta.


Gabarito: CERTO.

80. (CESPE - Defensor Público Federal – 2015) (Questão Adaptada). Acerca da


carência, dos períodos de graça e da condição de segurado, julgue o item a
seguir.
O salário-maternidade pago à segurada empregada, à segurada doméstica e à
segurada avulsa prescinde de carência.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão vamos recorrer aos art. 26 da Lei 8.213/91, que nos
fala quais benefícios são independentes de carência:

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Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: (...)


VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada
doméstica.
(Destaques Nossos).

Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

81. (CESPE – Analista de Controle Externo TCE – PE – 2017). Com relação aos
benefícios previdenciários em espécie, julgue o item. O auxílio-reclusão beneficia
os dependentes do segurado recolhido à prisão e independe de carência.
( ) Certo
( ) Errado
COMENTÁRIOS:
Para responder à questão, vamos recorrer à Lei 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: (...)
IV -auxílio-reclusão: vinte e quatro contribuições mensais. (...)
Art.80. O auxílio-reclusão será devido nas condições da pensão por morte, respeitado o
tempo mínimo de carência estabelecido no inciso IV do caput do art. 25, aos dependentes
do segurado de baixa renda recolhido à prisão em regime fechado, que não receber
remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, pensão por morte,
salário-maternidade, aposentadoria ou abono de permanência em serviço.

Como podemos ver, o auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do


segurado recolhido à prisão, entretanto, conforme alteração trazida pela Medida
Provisória 871 de 18/01/19, é requerida uma carência de 24 meses para a
concessão do auxílio-reclusão.
Na época da prova não era exigida a carência para a concessão do auxílio-reclusão,
tendo sido a questão considerada correta. Atualmente, a questão está incorreta
por dizer que independe de carência.

Gabarito: Errada.

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82. (FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ – 2015). O período de


carência visa a garantir o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema. Para os
segurados que ingressaram no sistema após a vigência da Lei nº 8.213/1991, em
relação aos benefícios de aposentadoria especial, aposentadoria por invalidez
acidentária e salário-família, a carência, em número de contribuições mensais,
será respectivamente de
a) 180, nenhuma, nenhuma.
b) 180, 12, nenhuma.
c) 120, 12, 10.
d) 120, nenhuma, 10.
e) 180, 120, 12.

COMENTÁRIOS:
Para responder essa questão recorramos ao art. 26 da Lei 8.213/91, que assim
dispõe:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza
ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)
anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais
referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei;
V - reabilitação profissional
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada
doméstica.

Sobre a carência da aposentadoria especial, vamos conferir o art. 25 da Lei


8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: (....)
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial:
180 contribuições mensais (...).

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Assim, podemos concluir que para a aposentadoria especial, a carência são 180
meses, já para a aposentadoria por invalidez acidentária e salário-família, ambos
são independentes de carência.

Gabarito: A.

83. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-RO – 2013). Considerando as


normas de concessão de benefícios pelo regime geral de previdência social
(RGPS), julgue o item a seguir.
De acordo com a legislação previdenciária, o período de carência corresponde
ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o segurado
faça jus ao recebimento de alguns benefícios, independendo, no entanto, de
carência a concessão dos benefícios de pensão por morte, auxílio-reclusão,
salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:
Conforme podemos ver nos artigos 24 e 26 da Lei 8.213/91, alguns benefícios
precisam de um determinado período de carência para poderem ser solicitados
pelo segurado, já outros são dispensados de carência.
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis
para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro
dia dos meses de suas competências. (...)
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;
(...)
(Destaque Nosso).

Sendo assim, após a MP 871/2019, que incluiu carência de 24 contribuições


mensais para o auxílio-reclusão, podemos concluir que a assertiva está incorreta.

Gabarito: ERRADO.

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84. (CESPE – Analista – SERPRO - 2013). Com base na legislação trabalhista e


previdenciária brasileira, julgue o item abaixo.
A concessão do auxílio-acidente previdenciário independe do cumprimento do
período de carência.
( ) Certo
( ) Errado

COMENTÁRIOS:

Conforme podemos ver no Art.26 da Lei 8.213/91, alguns benefícios são


independentes de carência para poderem ser solicitados pelo segurado, é o caso
do auxílio-acidente:

Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:


I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;
(...)
(Destaques Nossos).

Conforme podemos concluir a assertiva está correta.

Gabarito: CERTO.

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LISTA DE EXERCÍCIOS

1 - (CESPE – SLU DF – 2019) Antônio, de sessenta e três anos de idade,


empregado celetista no cargo de auxiliar de serviços gerais havia dez anos em
uma empresa de limpeza urbana, compareceu ao serviço de emergência de
um hospital público, queixando-se de fortes dores de cabeça. Após primeiro
atendimento médico, ele foi encaminhado para internação, sem previsão de
alta, para investigação da causa das dores. Antônio é casado com Maria, de
quarenta e cinco anos de idade, com a qual tem dois filhos menores de idade.
Maria está desempregada e nunca contribuiu para a previdência social.
Apreensiva pela possibilidade de Antônio não poder retornar ao trabalho,
Maria buscou orientação no serviço social do hospital a respeito dos direitos
de Antônio e dos meios de exercê-los.

A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo, tendo como


referência a Lei Orgânica da Seguridade Social (Lei n.º 8.212/1991), os planos
de benefícios da previdência social (Lei n.º 8.213/1991) e o Estatuto do Idoso
(Lei n.º 10.741/2003).
Para fins previdenciários, a dependência econômica de Maria e de seus filhos
com Antônio deve ser comprovada.
Certo ( )
Errado ( )

2 - (CESPE – Analista Judiciário – STJ – 2018) A respeito do regime geral da


previdência social (RGPS), julgue o item que se segue, considerando a
jurisprudência dos tribunais superiores.
Os genitores de segurado do RGPS serão seus dependentes independentemente
de comprovação da dependência econômica.
Certo ( )
Errado ( )

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3 - (CESPE – Procurador do Município de João Pessoa – 2018) À luz da Lei n.º


8.213/1991, é(são) dependente(s) do segurado do regime geral de previdência
social
a) os pais, desde que com idade superior a sessenta anos.
b) o irmão não emancipado e menor de vinte e quatro anos de idade.
c) a companheira ou o companheiro, desde que em união estável há mais de
dois anos.
d) o filho não emancipado e menor de vinte e quatro anos de idade.
e) os pais, em qualquer idade.

4 - (CESPE – Auditor de Contas Públicas – TCE PB – 2018 – Adaptada) A prestação


de benefícios e serviços da previdência social será garantida ao dependente, no
caso do benefício de pensão por morte, desde a data do óbito, quando requerida
em até 180 (cento e oitenta) dias após o óbito, para os filhos menores de 16
(dezesseis) anos, ou em até 90 (noventa) dias após o óbito, para os demais
dependentes.
Certo ( )
Errado ( )

5 - (FCC – ANALISTA PREVIDENCIÁRIO – SEGEP MA – 2018) De acordo com a Lei


nº 8.213/91, os pais de um Segurado da Previdência Social
a) são considerados dependentes, inclusive se houver cônjuge, companheira,
companheiro, filho não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave.
b) podem ser considerados dependentes na inexistência de cônjuge, companheira,
companheiro, filho não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave.
c) não são considerados dependentes, em qualquer hipótese, por ausência de
disposição legal específica prevendo esta condição.

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d) podem ser considerados dependentes somente quando não houver irmão não
emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido ou que
tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.
e) podem ser considerados dependentes somente quando não houver irmão não
emancipado, de qualquer condição, menor de dezoito anos ou inválido ou que
tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

6 - (FCC – Analista Previdenciário – SEGEP MA – 2018) São beneficiários do Regime


Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado, o cônjuge,
a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição,
menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência
a) grave; os pais; e o irmão emancipado, de qualquer condição, menor de 21
anos ou inválido ou que tenha apenas deficiência intelectual ou mental.
b) média; os pais; e o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de
18 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
média.
c) grave; os pais; e o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de
21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave.
d) média; os pais e os avós; e o irmão não emancipado, de qualquer condição,
menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência média.
e) grave; os pais; e o irmão emancipado, de qualquer condição, menor de 24
anos ou inválido ou que tenha apenas deficiência intelectual ou mental.

7 – (FCC – Auditor Público Externo – TCE RS – 2018) Após o óbito de Hermes


ocorrido em dezembro de 2017, seus familiares procuraram o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) para se habilitarem como dependentes do falecido e
postularem os benefícios a que teriam direito.
Nessa hipótese, em conformidade com a Lei nº 8.213/1991,
a) o cônjuge goza de presunção relativa de dependência econômica.

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b) a companheira que mantinha união estável com o segurado deverá


comprovar a dependência econômica.
c) o filho inválido com mais de 21 anos somente terá cobertura quando não
houver dependentes de primeira classe.
d) a pessoa designada, menor de 21 anos ou maior de 60 anos, será considerada
dependente de primeira classe.
e) o enteado menor de 21 anos precisa comprovar a dependência econômica.

8 – (Inédita) Mário é segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social


e veio a falecer deixando como seu único dependente seu filho Mário Júnior, este
último é não inválido, possui 20 anos de idade e, devido a uma decisão judicial,
==bc559==

colou grau em ensino superior aos 19 anos. Nessas condições, podemos afirmar
que Mário Júnior fará jus a Pensão por Morte em decorrência do falecimento de
seu pai.
Certo ( )
Errado ( )

9 – (Inédita) Carlos é segurado do RGPS e faleceu deixando como único


dependente seu filho Gustavo, que tinha 17 anos da data do óbito de seu pai e não
era emancipado. Aos 20 anos, Gustavo sofreu um acidente que o deixou inválido.
Tendo em vista estas informações, é correto afirmar que Gustavo fará jus à pensão
por morte enquanto durar sua invalidez.
Certo ( )
Errado ( )

10 – (Inédita) O enteado de segurado do RGPS é considerado seu dependente e


concorre em igualdade de condições com os filhos biológicos, sendo sua
dependência econômica presumida.
Certo ( )
Errado ( )

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11- (Inédita) Nos termos da Lei 8.213, o menor sob guarda será considerado
dependente do RGPS na qualidade de equiparado a filho mediante declaração do
segurado e desde que comprovada a dependência econômica.
Certo ( )
Errado ( )

12 – (Inédita) O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de


microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte
individual da pensão por morte do dependente com deficiência intelectual ou
mental ou com deficiência grave.
Certo ( )
Errado ( )

13 – (Inédito) Mário era segurado do RGPS na qualidade de contribuinte individual


e veio a falecer, deixando sua esposa Joana e dois filhos, Fábio e Sandra. Fábio
possui 23 anos e está cursando o ensino superior, já Sandra possui 19 anos e não é
emancipada. Além disso, Mário tinha uma irmã, Maria, que dependia
economicamente dele e possui 20 anos de idade. Nessas condições, podemos
afirmar que a pensão por morte será rateada em parte iguais por Joana, Fábio e
Sandra.
Certo ( )
Errado ( )

14 – (Inédita) São exemplos de prestações sociais oferecidas pela Previdência Social


ao grupo de dependentes do segurado os benefícios de pensão por morte, auxílio-
reclusão e salário-família.
Certo ( )
Errado ( )

15 - (CESPE – Procurador do Município de Manaus – 2018) Considerando a


legislação aplicável e a jurisprudência dos tribunais superiores acerca do RGPS,
julgue o item que se segue.

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Os benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença independem


de carência quando originários de causa acidentária de qualquer natureza.
Certo ( )
Errado ( )

16 - (CESPE – Analista Portuário – EMAP - 2018) Acerca dos benefícios da


previdência social, julgue o item a seguir.
Independentemente de carência, a concessão das prestações de auxílio-doença é
garantida ao segurado acometido por tuberculose ativa, hanseníase ou hepatopatia
grave.
Certo ( )
Errado ( )

17 - (CESPE – Analista Legislativo Câmara dos Deputados – 2014) Tendo em


vista que, segundo a Constituição Federal de 1988 (CF), a previdência social
será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de
filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro
e atuarial, julgue o item subsequente.
A CF prevê a possibilidade da adoção de requisitos e critérios diferenciados
para a concessão de aposentadoria especial aos segurados portadores de
deficiência.
Certo ( )
Errado ( )

18 - (CESPE – Delegado de Polícia Federal – 2018) Um segurado da previdência


social, filiado em 1.º/3/2010, sofreu acidente de trabalho em 1.º/4/2010. Em
1.º/5/2010, lhe foi concedido, pelo INSS, auxílio-doença, contabilizado desde a
data do seu acidente até o dia 1.º/4/2011. Em 1.º/8/2018, o INSS revisou o ato
administrativo de concessão desse benefício.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Considere que o INSS, após a revisão do ato administrativo, tenha decidido pela
sua anulação, sob o fundamento de que o segurado não haveria cumprido carência.

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Nessa situação, o fundamento utilizado pelo INSS não é procedente, pois o auxílio-
doença independe de carência.
Certo ( )
Errado ( )

19 – (FCC – Técnico Previdenciário – SEGEP MA – 2018) Com relação ao período


de carência do salário-maternidade, em caso de parto antecipado,
a) o período de carência legal será reduzido em 80% do número de
contribuições necessárias, independentemente de quantos meses o parto foi
antecipado.
b) não haverá redução do período de carência por expressa disposição legal.
c) não haverá qualquer influência, já que a concessão do benefício do salário-
maternidade não está sujeita à carência, em qualquer hipótese.
d) o período de carência legal será reduzido em 50% do número de
contribuições necessárias, independentemente de quantos meses o parto foi
antecipado.
e) o período de carência legal será reduzido em número de contribuições
equivalentes ao número de meses em que o parto foi antecipado.

20 – (FCC – Técnico Previdenciário – SEGEP MA – 2018 - Adaptada)


Atenção: Para responder à questão, considere a Lei nº 8.213/1991, que dispõe
sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social.
Sobre os períodos de carência, considere:
I. Apenas a pensão por morte e o salário-família são devidos sem observância de
quaisquer períodos de carência.
II. O período de carência do auxílio-doença será sempre de 12 contribuições
mensais, independente da causa da doença.
III. O auxílio-reclusão será devido aos dependentes do segurado sem a exigência
de qualquer período de carência.
IV. A aposentadoria especial tem prazo de carência de 180 contribuições mensais.

Está correto o que consta APENAS em

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a) II e IV.
b) IV.
c) I e II.
d) II e III.
e) I e IV.

21 – (FCC – Procurador do Estado do Amapá – 2018) Conforme a Lei nº 8.213/1991,


a concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende do seguinte período de carência:
a) 12 contribuições mensais para auxílio reclusão.
b) 18 contribuições mensais para salário-maternidade de trabalhadora avulsa.
c) 180 contribuições mensais para aposentadoria especial.
d) 12 contribuições mensais para pensão por morte.
e) 120 contribuições mensais para auxílio-acidente.

22 – (FCC – Consultor Técnico Legislativo – CL DF – 2018) O auxílio-doença e a


aposentadoria por invalidez nos casos de qualquer doença e acidente profissional
ou do trabalho são concedidos a todo trabalhador filiado ao Regime Geral da
Previdência Social. A revisão da lista específica de doenças e afecções elaborada
pelo Ministério da Saúde e da Previdência Social é realizada a cada
a) Semestre.
b) Um ano.
c) Dois anos.
d) Três anos.
e) Quatro anos.

23 – (FCC – Perito Médio – SEGEP MA - 2018) Levi foi empregado da empresa


Tudo Azul Ltda. por nove meses, exercendo a função de Encarregado Geral. Sofreu
um ataque cardíaco fulminante, no desempenho de suas funções, vindo a falecer.
Sua esposa, devidamente inscrita como dependente perante o INSS, pretende
solicitar o benefício da pensão por morte. Neste caso, ela
a) não terá direito, pois somente o auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-
acidente independem de carência para sua concessão.
b) não terá direito, uma vez que tal benefício depende de, no mínimo, doze
meses de contribuições para seu recebimento.

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c) terá direito, uma vez que tal benefício depende de, no mínimo, seis meses
de contribuições para sua concessão.
d) terá direito, uma vez que tal benefício independe de carência para sua
concessão.
e) não terá direito, pois somente acidentes do trabalho que causam morte
permitem aos dependentes receber tal benefício.

24 - (CESPE – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2018)


Considerando o entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores, julgue
o item que se segue, quanto ao regime geral de previdência social (RGPS).
A idade do segurado, embora não configure requisito concessório, influencia
o cálculo da renda mensal inicial da aposentadoria por tempo de contribuição,
ainda que seja inaplicável, na hipótese, o fator previdenciário.
Certo ( )
Errado ( )

25 - (CESPE – Analista Judiciário – STJ -2018) A respeito do regime geral da


previdência social e do custeio da seguridade social, julgue o item que se
segue, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.
O segurado especial terá direito a aposentadoria por idade com requisito
diferenciado, desde que comprove o exercício da atividade rural por tempo
igual ao número de meses exigidos para a carência do benefício.
Certo ( )
Errado ( )

26- (CESPE – Procurador Municipal – Prefeitura Boa Vista – 2019 - ADAPTADA)


João, casado com Ana desde 10/1/2018, é segurado do regime geral de
previdência social desde 1.º/7/1989, na qualidade de contribuinte individual.
Ele pretende solicitar ao INSS, em 1.º/7/2020, dia do seu aniversário de
cinquenta anos, sua aposentadoria por tempo de contribuição e idade.
Considerando essa situação hipotética e as disposições legais vigentes acerca
de direito previdenciário, julgue o item que se segue. Na data de seu referido
aniversário, João ainda não terá cumprido os requisitos para começar a
receber aposentadoria por tempo de contribuição e idade.

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Certo ( )
Errado ( )

27- (CESPE – Delegado de Polícia Federal – 2018) Roberto é empregado da


empresa XYZ ME há trinta anos e pretende requerer ao INSS, em 1.º/10/2020,
a concessão de aposentadoria por tempo de contribuição.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
As informações fornecidas são suficientes para se concluir que Roberto tem
direito ao percebimento de aposentadoria por tempo de contribuição, por
haver cumprido integralmente os requisitos para o gozo do benefício.
Certo ( )
Errado ( )

28 - (CESPE – Procurador do Município de João Pessoa – 2018) Joana, filiada ao


regime geral de previdência social e contribuinte há dez meses, sofreu um acidente
de carro, que lhe causou incapacidade para o trabalho pelo período de quinze dias.
Nesse caso, Joana
a) receberá auxílio-acidente.
b) receberá auxílio-doença, independentemente do preenchimento do período de
carência.
c) não receberá auxílio-doença, porque não cumpriu o período de carência
correspondente a doze contribuições mensais.
d) receberá aposentadoria por invalidez caso a incapacidade seja constatada por
exame médico a cargo da previdência social.
e) não receberá benefício nenhum da previdência social.

29 - (CESPE – Procurador Municipal – Prefeitura Boa Vista – 2019) Maria solicitou à


previdência social auxílio- acidente, não decorrente de acidente de trabalho, mas
seu pedido foi indeferido sob o fundamento de que ela não teria cumprido o tempo
de carência legalmente estabelecido. Seis anos depois do pedido, ela ingressou
com uma ação previdenciária para o recebimento do referido benefício.

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Considerando essa situação hipotética, à luz das normas vigentes acerca de direito
previdenciário, julgue o item. Como a concessão de auxílio-acidente independe de
tempo de carência, a decisão administrativa de indeferimento foi incorreta.
Certo ( )
Errado ( )

30 - (CESPE – Analista Portuário – EMAP- 2018) Considerando a legislação nacional


sobre doença e acidente de trabalho no contexto da seguridade social, julgue o
item subsecutivo. O trabalhador que sofrer perda de audição fará jus ao auxílio-
acidente, bastando, para isso, o reconhecimento de causalidade entre o trabalho e
a doença.
Certo ( )
Errado ( )

31 - (CESPE – Analista Portuário – EMAP – 2018) Maria, casada, sofreu acidente de


trabalho em 1.º/2/2018 e ficou afastada da empresa em que trabalha por três
meses, recebendo auxílio-doença até a data imediatamente anterior ao seu
retorno, que ocorreu em 2/5/2018. Na data do acidente, o cônjuge de Maria tinha
quarenta e quatro anos de idade.
Nessa situação hipotética, após o retorno ao trabalho, Maria poderá pleitear o
auxílio-acidente somente se persistirem sequelas que impliquem a redução de sua
capacidade laboral.
Certo ( )
Errado ( )

32 - (CESPE – Analista Judiciário de Procuradoria – PGE PE - 2019) No item a seguir


apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, a
respeito de benefícios previdenciários.
Arnaldo, solteiro, maior de idade e capaz, é gerente de uma loja há mais de sete
anos e recebe salário mensal equivalente a cinco salários mínimos. Por ter cometido
crime e ter sido condenado a pena de cinco anos de reclusão, ele iniciou, na
presente semana, o cumprimento dessa pena. Nessa situação, Arnaldo terá direito
de receber o benefício previdenciário denominado auxílio-reclusão durante todo o
período de cumprimento da pena.

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Certo ( )
Errado ( )

33 - (CESPE – Auditor Estadual – TCM BA – 2018 - ADAPTADA) O RGPS garante


aos segurados os benefícios
a) do salário-maternidade, do auxílio-acidente e da pensão por morte.
b) do auxílio-doença, do salário-família e do auxílio-reclusão.
c) da aposentadoria por idade e tempo de contribuição, do salário-maternidade e
da pensão por morte.
d) do auxílio-reclusão, do auxílio-acidente e da aposentadoria especial.
e) do auxílio-doença, do salário-maternidade e da aposentadoria por invalidez.

34 - (CESPE – Analista Portuário – EMAP – 2018 – ADAPTADA) Acerca dos


benefícios da previdência social, julgue o item a seguir.
A perda da qualidade de segurado não impede a concessão de aposentadoria
por idade e tempo de contribuição e de aposentadoria especial.
Certo ( )
Errado ( )

35 – (FCC – Analista Previdenciário – SEGEP MA – 2018) O benefício de


aposentadoria especial previsto na Lei nº 8.213/1991, será financiado com os
recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II do Art. 22, cujas
alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a
atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de
aposentadoria especial após
a) vinte, vinte e cinco e trinta anos de contribuição, respectivamente.
b) vinte e cinco, vinte e quinze anos de contribuição, respectivamente.
c) quinze, vinte e trinta e cinco anos de contribuição, respectivamente.
d) vinte, vinte e cinco ou trinta e cinco anos de contribuição, respectivamente.
e) quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.

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36 - (Inédita) Acerca dos princípios constitucionais da Previdência Social é correto


afirmar os requisitos de idade e tempo de contribuição serão reduzidos em cinco
anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício
das funções de magistério na educação infantil, no ensino fundamental, no ensino
médio e no ensino superior.
Certo ( )
Errado ( )

37 – (Inédita) O auxílio-reclusão será devido nas condições da pensão por morte,


respeitado o tempo mínimo de carência de 24 meses, aos dependentes do
segurado de baixa renda recolhido à prisão em regime fechado, que não receber
remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, pensão por
morte, salário-maternidade, aposentadoria ou abono de permanência em serviço.
Certo ( )
Errado ( )

38 – (Inédita) A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde
que o segurado empregado tenha cumprido o período de carência e completado
70 (setenta) anos de idade, se do sexo masculino, ou 65 (sessenta e cinco) anos, se
do sexo feminino, sendo compulsória para o segurado.
Certo ( )
Errado ( )

39 – (Inédita) Leila é segurada do RGPS na qualidade de contribuinte individual e


após 6 anos de contribuições ininterruptas foi acometida por incapacidade
multiprofissional total e permanente para o trabalho. Nessas condições, é possível
se afirmar que Leila terá direito a receber do INSS o benefício de aposentadoria
por invalidez.
Certo ( )
Errado ( )

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40. (CESPE - Analista de Gestão Educacional – SEDF - 2017). Relativamente a


segurados, cumulação de benefícios e previdência complementar, julgue o item
a seguir.
Entende-se como companheiro ou companheira para efeito de proteção
previdenciária a pessoa com quem o segurado mantém união estável por
período superior a cinco anos, independentemente da existência de prole em
comum.
( ) Certo
( ) Errado

41. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - 2017). A respeito da


carência e da condição de segurados e dependentes no regime geral da
previdência social (RGPS), julgue o item subsequente.
Para a concessão da pensão por morte na condição de companheira ou
companheiro, exige-se do interessado a prova da existência de filhos em comum
ou da convivência por, no mínimo, dois anos com o segurado falecido.
( ) Certo
( ) Errado

42. (CESPE - Auditor Fiscal de Controle Externo - TCE-SC – 2016). A seguridade


social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes
públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social. Acerca da seguridade social, julgue o item
subsequente.
O STF reconhece a união homoafetiva como entidade familiar e,
consequentemente, assegura ao(à) companheiro(a) da pessoa segurada a
qualidade de dependente para fins previdenciários.
( ) Certo
( ) Errado

43. (CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO


ADAPTADA). Ao filho maior de vinte e um anos de idade será garantida a
prestação de benefícios e serviços da previdência social, desde que comprove a
matrícula em instituição de ensino superior, até a data da sua formatura.

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( ) Certo
( ) Errado

44. (CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS,


julgue o item a seguir. De acordo com o disposto na Lei n.º 8.213/1991, filho
maior de vinte e um anos de idade não portador de invalidez ou qualquer
deficiência mantém a condição de dependente do segurado do RGPS até
completar vinte e quatro anos, desde que seja estudante universitário.
( ) Certo
( ) Errado

45. (Questão Inédita) Julgue o item a seguir: De acordo com o disposto na Lei
n.º 8.213/1991, o filho, ainda não emancipado, quando adquire a maioridade civil
e não é portador de invalidez ou qualquer deficiência, automaticamente perde a
condição de dependente do segurado do RGPS.
( ) Certo
( ) Errado
46. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - Auditoria de Contas
Públicas – 2017). Acerca da filiação, acumulação de benefício e regimes próprios
de previdência social, julgue o item a seguir.
O adolescente que estiver sob dependência econômica da madrasta, segurada
do RGPS, poderá ser inscrito no INSS como dependente desta.
( ) Certo
( ) Errado

47. (CESPE - Defensor Público Federal – 2015). Em relação aos segurados do


RGPS e seus dependentes, julgue o item subsecutivo.
A lei de benefícios previdenciários prevê expressamente que o menor sob
guarda do segurado filiado ao RGPS é seu dependente, havendo discussão
jurisprudencial a respeito do tema, dada a existência de normas contrárias no
ordenamento jurídico nacional.
( ) Certo
( ) Errado

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48. (CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO


ADAPTADA). Julgue a assertiva a seguir.
A prestação de benefícios e serviços da previdência social será garantida ao
cônjuge supérstite, desde que este comprove a dependência econômica do
cônjuge segurado que tiver falecido.
( ) Certo
( ) Errado

49. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 7ª Região – 2017) (QUESTÃO ADAPTADA).


João, segurado obrigatório no RGPS, é casado com Fabiana, pelo regime da
separação total de bens, com quem tem dois filhos, Marcos, de dezesseis anos
de idade, e Felipe, de vinte e cinco anos de idade, portador de deficiência mental
grave desde criança.
Nessa situação hipotética, à luz da Lei n.º 8.213/1991, considera(m)-se
dependente(s) previdenciário(s) de João: Fabiana, Marcos e Felipe.
( ) Certo
( ) Errado

50. (CESPE - Juiz Federal - TRF 1ª Região – 2015) (QUESTÃO ADAPTADA). Com
relação aos beneficiários do RGPS, julgue o item a seguir:
Para efeitos previdenciários, presume-se que o filho e o enteado com menos de
vinte e um anos são economicamente dependentes do segurado.
( ) Certo
( ) Errado

51. (CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS,


julgue o item a seguir.
É presumida a dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e
menos de vinte e um anos de idade em relação ao segurado da previdência
social, não sendo necessária a comprovação dessa dependência para que ele se
torne beneficiário do RGPS na condição de dependente do segurado.
( ) Certo
( ) Errado

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52. (CESPE - Defensor Público Federal - 2017). A respeito da condição de


segurados e dependentes no RGPS e da fonte de custeio desse regime, julgue
o item subsequente.
Para efeito de concessão de benefício aos dependentes, a dependência
econômica dos genitores do segurado é considerada presumida.
( ) Certo
( ) Errado

53. (CESPE - Analista de Administração Pública - TC-DF - 2014). No que se refere


ao regime geral de previdência social, julgue o item a seguir.
É presumida, por força de lei, a dependência econômica dos pais do segurado
para fins de atribuição da qualidade de dependentes.
( ) Certo
( ) Errado

54. (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho – 2013). No que se refere às normas que
regulamentam a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente.
Apesar de integrarem a segunda classe de dependentes, os pais poderão fazer
jus ao recebimento de pensão por morte, desde que comprovem a dependência
econômica do segurado a eles, ainda que existam dependentes que integrem a
primeira classe.
( ) Certo
( ) Errado

55. (CESPE - Auditor Governamental - CGE PI –2015). A respeito do regime


geral de previdência social, julgue o item a seguir.
A dependência econômica do irmão menor de vinte e um anos de idade na
condição de dependente do segurado é presumida para fins de obtenção de
benefício previdenciário.
( ) Certo
( ) Errado

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56. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 10ª Região – 2013). O item a seguir
apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com
base nas disposições do direito previdenciário.
José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu
irmão mais velho, João, que é segurado da previdência social. Nessa situação,
José é considerado beneficiário do regime geral da previdência social, na
condição de dependente de João.
( ) Certo
( ) Errado

57. (FCC - Analista Judiciário (TST)/Judiciária/2012). São beneficiários do Regime


Geral da Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência
econômica.
b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de
comprovação da dependência econômica.
c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência
econômica.
d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência
econômica.
e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de
dependência econômica.

58. (FCC - Analista Judiciário (TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem


Especialidade"/2012). Nos termos da Lei no 8.213/1991, NÃO são beneficiários
do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do
segurado:
a) os seus pais.
b) o seu irmão inválido de 30 anos.
c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos.
d) o companheiro que mantém união estável.
e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do
segurado.

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59. (FCC - Procurador Autárquico – MANAUSPREV – 2015). Após o falecimento


de Isis, seus familiares procuraram a Previdência Social a fim de requerer os
benefícios como dependentes do de cujus. Nessa situação, a dependência
econômica não será presumida, devendo ser comprovada para:
a) filho inválido com 30 anos.
b) companheiro que mantinha união estável com a segurada.
c) enteado menor de 21 anos.
d) filho não emancipado de 19 anos.
e) cônjuge.

60. (FCC - Auditor - TCE-CE – 2015). Afrodite é segurada do Regime Geral da


Previdência Social. Mantém união estável como entidade familiar com Thor e
possui um filho Hermes de 27 anos. Em sua residência também habitam o seu
pai Ulisses de 64 anos e a sua irmã Medusa, não emancipada, de 17 anos.
Considerando as regras contidas no Plano de Benefícios da Previdência Social,
será considerado segurado de primeira classe e será presumida a dependência
econômica, respectivamente, de
a) Thor e Thor.
b) Thor e Ulisses.
c) Ulisses e Medusa.
d) Hermes e Medusa.
e) Hermes e Hermes.

61. (FCC - Procurador do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro –


2015). Dependente é toda pessoa física filiada ao Regime Geral da Previdência
Social em razão do seu vínculo com o segurado principal. Quanto aos
dependentes, não é necessária a comprovação dessa condição, em razão de
presunção legal de dependência econômica:
a) os filhos, enteados e tutelados até 25 anos de idade.
b) os pais desde que inválidos.
c) os netos, filhos ou enteados de qualquer idade, desde que universitários.
d) os irmãos desde que inválidos.
e) o cônjuge, companheiro ou filho não emancipado, menor de 21 anos ou
inválido.

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62. (FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ – 2015). Em relação aos


dependentes dos segurados, nos termos previstos no Plano de Benefícios do
Regime Geral da Previdência Social,
a) os avós constam do rol dos dependentes que têm dependência econômica
legalmente presumida.
b) são benefícios previstos aos dependentes a pensão por morte, a reabilitação
profissional e o salário-maternidade.
c) o menor tutelado e o enteado não se equiparam aos filhos para efeitos
previdenciários.
d) a existência de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.
e) os irmãos menores de 21 anos, ainda que emancipados, são dependentes de
segunda classe.

63. (FCC - Assessor Jurídico - TCE-PI – 2014). A lei que dispõe sobre o regime
geral da previdência social prevê como prestações expressas em benefícios e
serviços, devidas apenas aos dependentes dos segurados,
a) aposentadoria especial e serviço social.
b) salário-família e auxílio-reclusão.
c) reabilitação profissional e salário-maternidade.
d) pensão por morte e auxílio-reclusão.
e) pecúlio e abono de permanência em serviço.

64. (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho – 2013). No que se refere às normas que
regulamentam a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente.
O companheiro e a companheira, desde que comprovem a existência de união
estável, integram o rol de dependentes da primeira classe, o que lhes permite
receber pensão por morte ou auxílio-reclusão, conforme o caso.
( ) Certo
( ) Errado

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65. (FCC - Analista Judiciário - TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem


Especialidade"/2012). Quanto aos dependentes, são consideradas prestações
previdenciárias compreendidas pelo Regime Geral de Previdência Social:
a) aposentadoria por invalidez e auxílio-doença.
b) auxílio-reclusão e aposentadoria por tempo de contribuição.
c) pensão por morte e aposentadoria especial.
d) auxílio-reclusão e pensão por morte.
e) aposentadoria por idade e auxílio-doença.

66. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 17ª Região – 2013). Julgue o item seguinte,
relativo aos benefícios do regime geral de previdência social.
Considere que um indivíduo, antes de aderir ao regime geral de previdência
social, estivesse enfermo de uma moléstia incapacitante para o trabalho. Nessa
situação, se não tiver havido posterior progressão ou agravamento da
enfermidade, tal doença não dará a esse indivíduo o direito de obter a
aposentadoria por invalidez.
( ) Certo
( ) Errado

67. (FCC - Analista Judiciário - TRT 2ª Região - Área Judiciária/Oficial de Justiça


Avaliador Federal/2014 - ADAPTADA). A aposentadoria por idade de um
trabalhador urbano (exceto pessoa com deficiência), no regime geral de
previdência social, será devida, desde que preenchida o tempo de contribuição
a) 53 anos de idade, para homens, e aos 48 anos, para mulheres.
b) 70 anos de idade, para homens, e aos 65 anos, para mulheres.
c) 65 anos de idade, para homens, e aos 62 anos, para mulheres.
d) 60 anos de idade, indistintamente para homens ou mulheres.
e) 65 anos de idade, indistintamente para homens ou mulheres.

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68. (Questão Inédita) Emanuel se formou no curso de medicina, aos 25 anos, em


dezembro de 2019 e desde então começou a trabalhar como plantonista em um
hospital particular em sua cidade, filiando-se ao RGPS na qualidade de segurado
empregado. Nessas condições, podemos afirmar que Emanuel poderá se
aposentar ao completar 35 anos de contribuição.
( ) Certo
( ) Errado

69. (Questão Inédita) Marli é estudante de curso superior e, preocupada com as


notícias sobre a Reforma da Previdência, começou a contribuir com o RGPS na
qualidade de segurada facultativa em dezembro de 2019, sendo esta sua
primeira contribuição para o sistema. Caso mantenha a regularidade de suas
contribuições, Marli poderá se aposentar pelo RGPS ao completar 60 anos de
idade, desde que tenha 15 anos de tempo de contribuição.
( ) Certo
( ) Errado

70. (Questão Inédita) Gustavo filiou-se ao Regime Geral de Previdência Social


em 2013, pagando apenas uma contribuição como segurado facultativo.
Querendo aprender inglês, Gustavo foi então morar no exterior e retornou ao
Brasil em dezembro de 2019, sendo contratado como empregado em uma
grande multinacional. Podemos afirmar que para se aposentar, salvo casos
especiais, ele deverá possuir 65 anos de idade e 15 anos de contribuição.
( ) Certo
( ) Errado

71. (CESPE - Advogado da União – 2015). Acerca do RGPS, julgue o item


subsequente.
Desde que tenha sido intercalado com o exercício de atividade laborativa, o
período em que o segurado se beneficiar de auxílio-doença deverá ser
considerado para fins de cômputo de carência e para o cálculo do tempo de
contribuição na concessão de aposentadoria por invalidez, conforme
entendimento do STF.
( ) Certo
( ) Errado

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72. (FCC - Analista Judiciário - TRF 3ª Região – 2014). De acordo com a Lei nº
8.213/91, em regra, a concessão do benefício do auxílio-doença:
a) não possui período de carência pré-estabelecido.
b) está sujeita a carência de doze contribuições mensais.
c) está sujeita a carência de seis contribuições mensais.
d) está sujeita a carência de quinze contribuições mensais.
e) só estará sujeita ao período de carência se a concessão inicial for de, no
mínimo, trinta dias.

73. (CESPE - Defensor Público Federal- 2017). O item seguinte, acerca de


benefícios previdenciários, apresenta uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada.
Raul nunca havia contribuído para o RGPS. No entanto, após uma semana do
início de atividade laboral em determinado emprego, um acidente de trabalho o
tornou incapaz e insuscetível de reabilitação.
Nessa situação, Raul não faz jus ao benefício da aposentadoria por invalidez
porque não cumpriu o tempo de carência exigido.
( ) Certo
( ) Errado

74. (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE-PE – 2017). No item a seguir, é


apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada a
respeito de benefício previdenciário e contribuição para o RGPS e regime
próprio de previdência social.
Flávio, que nunca havia contribuído para o RGPS, foi contratado como
empregado de uma empresa privada. No quinto dia de trabalho, ao conduzir sua
bicicleta rumo ao seu emprego, Flávio foi atropelado por um veículo, o que o
deixou absolutamente incapacitado. Nessa situação, Flávio não terá direito à
aposentadoria por invalidez concedida pelo RGPS, por não ter cumprido o
tempo mínimo de carência.
( ) Certo
( ) Errado

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75. (CESPE - Técnico do Seguro Social – 2016). Com base no disposto na Lei n.º
8.213/1991, que trata dos planos de benefícios da previdência social e dá outras
providências, julgue o item seguinte.
Em regra, o período de carência para a concessão do benefício de auxílio-doença
é de doze contribuições mensais.
( ) Certo
( ) Errado

76. (CESPE - Inspetor de Controle Externo - TCE-RN – 2015). Julgue o item a


seguir, relativo à seguridade social e ao regime geral de previdência social.
A concessão de auxílio-doença independe de carência nos casos em que o
segurado ficar incapacitado para seu trabalho por mais de quinze dias
consecutivos devido a alguma doença profissional ou a um acidente de qualquer
natureza.
( ) Certo
( ) Errado

77. (FCC - Procurador Autárquico – MANAUSPREV – 2015 - ADAPTADA). A


aposentadoria por idade e tempo de serviço, nos termos da Lei no 8.213/91,
como regra, exige o seguinte número de contribuições mensais:
a) 180.
b) 120.
c) 210.
d) 240.
e) 360.

78. (FCC - Auditor - TCE-CE – 2015). A Lei no 8.213/1991 institui benefícios aos
segurados e seus dependentes, bem como requisitos para sua concessão, dentre
eles a carência relacionada à quantidade mínima de contribuições, que nos casos
de aposentadoria por invalidez comum e aposentadoria por idade, para filiados
após a edição da referida lei, são correta e respectivamente de:

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a) 12 e 120.
b) 10 e 60.
c) 12 e 180.
d) 60 e 120.
e) dispensada e 180.

79. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE – 2017). A respeito da


carência e da condição de segurados e dependentes no regime geral da
previdência social (RGPS), julgue o item subsequente.
A concessão do salário-maternidade à segurada empregada independe de
carência.
( ) Certo
( ) Errado

80. (CESPE - Defensor Público Federal – 2015) (Questão Adaptada). Acerca da


carência, dos períodos de graça e da condição de segurado, julgue o item a
seguir.
O salário-maternidade pago à segurada empregada, à segurada doméstica e à
segurada avulsa prescinde de carência.
( ) Certo
( ) Errado

81. (CESPE – Analista de Controle Externo TCE – PE – 2017). Com relação aos
benefícios previdenciários em espécie, julgue o item.
O auxílio-reclusão beneficia os dependentes do segurado recolhido à prisão e
independe de carência.
( ) Certo
( ) Errado

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82. (FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ – 2015). O período de


carência visa a garantir o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema. Para os
segurados que ingressaram no sistema após a vigência da Lei nº 8.213/1991, em
relação aos benefícios de aposentadoria especial, aposentadoria por invalidez
acidentária e salário-família, a carência, em número de contribuições mensais,
será respectivamente de
a) 180, nenhuma, nenhuma.
b) 180, 12, nenhuma.
c) 120, 12, 10.
d) 120, nenhuma, 10.
e) 180, 120, 12.

83. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-RO – 2013). Considerando as


normas de concessão de benefícios pelo regime geral de previdência social
(RGPS), julgue o item a seguir.
De acordo com a legislação previdenciária, o período de carência corresponde
ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o segurado
faça jus ao recebimento de alguns benefícios, independendo, no entanto, de
carência a concessão dos benefícios de pensão por morte, auxílio-reclusão,
salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza.
( ) Certo
( ) Errado

84. (CESPE – Analista – SERPRO - 2013). Com base na legislação trabalhista e


previdenciária brasileira, julgue o item abaixo.
A concessão do auxílio-acidente previdenciário independe do cumprimento do
período de carência.
( ) Certo
( ) Errado

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GABARITO GERAL

1 – ERRADO 2 – ERRADO 3- E 4 - CERTO 5–B 6–C

7- E 8 - ERRADO 9 - CERTO 10 - ERRADO 11 - ERRADO 12 - CERTO

13 - ERRADO 14 - ERRADO 15 – CERTO 16 – CERTO 17 - CERTO 18 - CERTO

19 - E 20 - B 21 – C 22 – D 23 - D 24 - ERRADO

25 - CERTO 26 - CERTO 27 - ERRADO 28 – E 29 - CERTO 30 - ERRADO

31 - CERTO 32 - ERRADO 33 - E 34 – CORRETO 35 - E 36 - ERRADO

37 - CERTO 38 – CERTO 39 - CERTO 40 – ERRADO 41 - ERRADO 42 - CERTO

43 - ERRADO 44 - ERRADO 45 – ERRADO 46 – CERTO 47 - ERRADO 48 - ERRADO

49 - CERTO 50 - ERRADO 51 - CERTO 52 – ERRADO 53 - ERRADO 54 – ERRADO

55 – ERRADO 56 - CERTO 57 - E 58 - E 59 - C 60 – A

61 - E 62 - D 63 - D 64 – CERTO 65- D 66- CERTO

67- C 68- ERRADO 69 – ERRADO 70- CERTO 71- CERTO 72 - B

73- ERRADO 74- ERRADO 75 CERTO 76 - CERTO 77- A 78- C

79 - CERTO 80- CERTO 81- ERRADO 82- A 83- ERRADO 84 - CERTO

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RESUMO DA AULA

✓ Dependentes:
o Classe I: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um)
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental
ou deficiência grave;
o Classe II: os pais;
o Classe III: o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e
um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento.

✓ Benefícios Previdenciários:
o 4 Aposentadorias:
▪ Aposentadoria por incapacidade permanente
▪ Aposentadoria programada (por idade e tempo de
contribuição)
▪ Aposentadoria por idade do trabalhador rural
▪ Aposentadoria especial

o 3 auxílios:
▪ Auxílio por incapacidade temporária
▪ Auxílio-acidente
▪ Auxílio reclusão (para dependentes)

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o 2 salários:
▪ Salário família
▪ Salário-maternidade

o 1 pensão:
▪ Pensão por morte

✓ Aposentadoria por Incapacidade Permanente:


o Perda total e permanente da capacidade para o trabalho;
o Mediante perícia médica;
o Sem possibilidade de Reabilitação
o Carência:
▪ 12 contribuições
▪ Sem carência:
• Incapacidade decorrente de acidente de qualquer
natureza ou causa;
• Doença profissional ou do trabalho;
• Segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da
Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos.

✓ Aposentadoria por Idade e Tempo de Contribuição


o 65 anos (homem) e 20 anos de contribuição;
o 62 anos (mulher) e 15 anos de contribuição.

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✓ Aposentadoria Rural
o 60 anos (homem);
o 55 anos (mulher);
o 180 contribuições de carência.

✓ Aposentadoria Professor
o 60 anos (homem) e 25 anos de contribuição;
o 57 anos (mulher) e 25 anos de contribuição;
o 180 contribuições de carência.

✓ Aposentadoria da Pessoa com Deficiência


o Por idade
▪ 60 anos (homem);
▪ 55 anos (mulher);
▪ 180 contribuições carência.

o Por tempo de contribuição:


▪ Deficiência Grave
• 25 anos (homem)
• 20 anos (mulher)
▪ Deficiência Moderada
• 29 anos (homem)
• 24 anos (mulher)
▪ Deficiência leve
• 33 anos (homem)
• 28 anos (mulher)
o Carência: 180 contribuições:

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✓ Aposentadoria Especial:
o Trabalhar exposto a agentes físicos, químicos ou biológicos;
o Prejudicial à saúde;
o Regras:
o 15 anos de exposição e idade mínima de 55 anos;
o 20 anos de exposição e idade mínima de 58 anos;
o 25 anos de exposição e idade mínima de 60 anos.
==bc559==

✓ Auxílio por incapacidade temporária:


o Incapacidade temporária para o trabalho, por motivo de doença
ou acidente;
o Carência:
▪ 12 contribuições
▪ Sem carência:
• Incapacidade decorrente de acidente de qualquer
natureza ou causa;
• Doença profissional ou do trabalho;
• Segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios

✓ Auxílio-Acidente:
o Após acorrer um acidente de qualquer natureza ou causa,
quando há consolidação das lesões com sequelas definitivas,
com redução parcial da capacidade laborativa;
o Sem carência

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✓ Salário-Maternidade:
o Parto;
o Aborto não criminoso;
o Adoção;
o Guarda judicial para fins de adoção
o Carência:
▪ Sem carência: Empregada, Doméstica e Trabalhadora
avulsa;
▪ 10 contribuições: Contribuinte Individual e segurada
facultativa;
▪ 10 meses de efetivo exercício na atividade agropecuária
ou pesqueira: segurada especial

✓ Salário-Família:
o Ter filho (ou equiparado) de até 14 anos (ou inválido de qualquer
idade);
o Segurado de baixa renda
o Sem carência

✓ Pensão por morte:


o Morte do segurado;
o Morte presumida do segurado:
▪ Declaração judicial de ausência;
▪ Comprovada presença em catástrofes, desastres ou
acidentes.
o Sem carência

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✓ Auxílio Reclusão:
o Segurado recolhido à prisão;
o Segurado de baixa renda;
o Regime prisional fechado;
o Carência: 24 contribuições mensais

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