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Aula 03

Concursos da Área Fiscal - Curso Básico


de Direito Civil - 2023

Autor:
Paulo H M Sousa

05 de Dezembro de 2022

19147624795 - Vitória dos santosPereira


Paulo H M Sousa
Aula 03

Índice
1) Bens - Dos bens imóveis e móveis
..............................................................................................................................................................................................4

2) Questões Comentadas - Bens - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................9

3) Lista de Questões - Bens - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
19

4) Questões Comentadas - Bens - FCC


..............................................................................................................................................................................................
22

5) Lista de Questões - Bens - FCC


..............................................................................................................................................................................................
58

6) Questões Comentadas - Bens - Vunesp


..............................................................................................................................................................................................
68

7) Lista de Questões - Bens - Vunesp


..............................................................................................................................................................................................
74

8) Questões Comentadas - Bens - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
80

9) Lista de Questões - Bens - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
103

10) Questões Comentadas - Bens - FGV


..............................................................................................................................................................................................
114

11) Lista de Questões - Bens - FGV


..............................................................................................................................................................................................
125

12) Bens - Dos bens imóveis e móveis


..............................................................................................................................................................................................
130

13) Bens - Dos bens tangíveis e intengíveis


..............................................................................................................................................................................................
135

14) Bens - Dos bens consumíveis e inconsumíveis


..............................................................................................................................................................................................
136

15) Bens - Dos bens divisíveis


..............................................................................................................................................................................................
137

16) Bens - Dos bens singulares e coletivos


..............................................................................................................................................................................................
139

17) Questões comentadas - Bens - Demais Bens Considerados Em Si Mesmos - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
141

18) Lista de Questões - Bens - Demais Bens Considerados Em Si Mesmos - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
147

19) Questões comentadas - Bens - Demais Bens Considerados Em Si Mesmos - FCC


..............................................................................................................................................................................................
153

20) Lista de Questões - Bens - Demais Bens Considerados Em Si Mesmos - FCC


..............................................................................................................................................................................................
159

21) Questões comentadas - Bens - Demais Bens Considerados Em Si Mesmos - FGV


..............................................................................................................................................................................................
163

22) Lista de Questões - Bens - Demais Bens Considerados Em Si Mesmos - FGV


..............................................................................................................................................................................................
169

23) Bens - Dos bens reciprocamente considerados


..............................................................................................................................................................................................
171

24) Questões comentadas - Bens - Dos bens reciprocamente considerados - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
175

25) Lista de Questões - Bens - Dos bens reciprocamente considerados - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
190

26) Questões comentadas - Bens - Dos bens reciprocamente considerados - FCC


..............................................................................................................................................................................................
196

27) Lista de Questões - Bens - Dos bens reciprocamente considerados - FCC


..............................................................................................................................................................................................
209

28) Questões comentadas - Bens - Dos bens reciprocamente considerados - Vunesp


..............................................................................................................................................................................................
213

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Índice
29) Lista de Questões - Bens - Dos bens reciprocamente considerados - Vunesp
..............................................................................................................................................................................................
216

30) Questões comentadas - Bens - Dos bens reciprocamente considerados - FGV


..............................................................................................................................................................................................
217

31) Lista de Questões - Bens - Dos bens reciprocamente considerados - FGV


..............................................................................................................................................................................................
225

32) Bens - Dos bens públicos


..............................................................................................................................................................................................
229

33) Questões comentadas - Bens - Dos bens públicos - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
232

34) Lista de Questões - Bens - Dos bens públicos - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
233

35) Questões comentadas - Bens - Dos bens públicos - FCC


..............................................................................................................................................................................................
234

36) Lista de Questões - Bens - Dos bens públicos - FCC


..............................................................................................................................................................................................
252

37) Questões comentadas - Bens - Dos bens públicos - Vunesp


..............................................................................................................................................................................................
257

38) Lista de Questões - Bens - Dos bens públicos - Vunesp


..............................................................................................................................................................................................
271

39) Questões comentadas - Bens - Dos bens públicos - FGV


..............................................................................................................................................................................................
275

40) Lista de Questões - Bens - Dos bens públicos - FGV


..............................................................................................................................................................................................
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Capítulo I – Bens considerados em si mesmos

Comum que se use, mesmo no Direito Civil, o conceito de coisa e de bem de maneira equívoca. A doutrina
se divide a respeito da distinção técnico-jurídica. Uns estabelecem que bem é gênero, no qual se insere
a espécie coisa, específica porque dotada de materialidade. Outros, porém, invertem a classificação,
estabelecendo que coisa seria gênero do qual bem seria espécie.

Por isso, é difícil afirmar categoricamente que o CC/2002 adotou essa ou aquela
postura. A Parte Geral indica a adoção da segunda corrente (coisa como gênero e bem
como espécie), mas a Parte Especial, o Direito das Coisas, indica a adoção da primeira
corrente (bem como gênero e coisa como espécie).

Antes de ver as classificações, é de se lembrar que a categoria das res extra commercium,
os dos bens que estão fora do comércio, apesar da revogação do art. 69 do CC/1916, ainda continua
vigente, já que o bem precisa, para circular, de apropriabilidade. Eis o art. 69 revogado:

São coisas fora de comércio as insuscetíveis de apropriação, e as legalmente inalienáveis.

Assim, não estão sujeitas ao comércio, à circulação, os bens insuscetíveis de apropriação. São
inapropriáveis os bens por sua própria natureza, como o ar, o mar, o espaço, a luz solar. Os bem
legalmente inalienáveis, por sua vez, também são insuscetíveis de apropriação, mas o CC/1916
achou por bem deixar isso mais claro.

Atenção com as res nullius lato sensu. Em sentido amplo, as res nullius, as coisas de ninguém, abarcam
tanto as res extra commercium quanto as res derelictae, que são as coisas abandonadas, como uma
bicicleta ou o lixo, e as res publicae, as coisas públicas.

Assim, um peixe em águas internacionais é “coisa de ninguém”. Sendo efetivamente de


ninguém, a coisa é apropriável, porque não possui titular (res nullius stricto sensu).
Agora, se a “coisa de ninguém” tem um dono, ainda que não aparente ter ou não tenha
dono porque não pode ter, ela é inapropriável, como a res extra commercium, a res
publicae e a coisa perdida.

Novamente, atenção aqui! Res derelictae e coisa perdida apenas parecem a mesma
coisa. A res derelictae é apropriável e não enseja aplicação da lei penal; inversamente, a coisa
perdida é inapropriável e enseja aplicação da lei penal. Como distinguir uma coisa da outra? Pela
intenção do dono de se despojar da coisa, ainda que não exista declaração explícita de vontade. Talvez
o exemplo mais evidente seja jogar algo no lixo: res derelictae. Já deixar um objeto sobre a mesa não
enseja o mesmo raciocínio, já que parece evidente que a pessoa esqueceu a coisa, exceto se houve
manifestação de vontade em contrário.

Por fim, inapropriáveis, não por impossibilidade material, mas por vedação jurídica, são os bens
juridicamente inalienáveis. O art. 1.911 estabelece claramente que a cláusula de inalienabilidade,
imposta aos bens por ato de liberalidade, implica também (ex vi lege) impenhorabilidade e
incomunicabilidade.

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O STJ (REsp 1.155.547), inclusive, aduz que o inverso não se verifica. A inserção exclusiva de
impenhorabilidade e/ou incomunicabilidade não gera a presunção da inalienabilidade, bem como a
instituição autônoma de impenhorabilidade não pressupõe a incomunicabilidade e vice-versa.

BENS INAPROPRIÁVEIS/FORA DO COMÉRCIO

Bens inapropriáveis
==2b92ae==

Coisa perdida Res extra commercium Bens inalienáveis


pela própria natureza

No entanto, quanto à impenhorabilidade voluntária, o CC/2002 estabeleceu


grandes restrições em relação ao CC/1916. Nesse sentido, o art. 1.848 estabelece que
apenas se houver justa causa, declarada no testamento, pode o testador
estabelecer cláusula de inalienabilidade, de impenhorabilidade e de
incomunicabilidade sobre os bens da legítima.

A inalienabilidade é excepcional no direito brasileiro, assim como a inapropriabilidade


dos bens em geral. A inapropriabilidade é excepcional, e precisa de justificativa jurídica bastante
sólida. Daí a inserção de cláusula de inalienabilidade, num bem que materialmente é plenamente
circulável, não ser recomendável; um bem sujeito ao trânsito é, por vontade individual de alguém,
retirado da circulação, o que prejudica o sistema como um todo.

Por outro lado, os demais bens postos fora do comércio também precisam ter
justificativa para tanto. O exemplo mais elementar é o do corpo humano, em sua
inteireza. Ele é inapropriável por razões de ordem moral (a sacralidade do corpo
como princípio) e mesmo bem pragmáticas (evitar a comercialização de cadáveres
e partes destacáveis, o que causaria mais problemas criminais, imagina-se).
Determinadas partes destacáveis, porém, como o cabelo, podem ser livremente
alienadas, sem que isso signifique violação à regra.

No entanto, mesmo os bens postos fora do comércio podem a ele voltar, como fica bem
evidente com as res derelictae. Abandonada, por ocupação pode ela voltar ao comércio. No
mesmo sentido, as res nullius, que inclusive sofrem proteção, muitas vezes internacional,
para evitar que as pessoas explorem de maneira inconsequente tais bens (como as críticas
que muitos países sofrem contra a pesca excessiva em águas internacionais). Esse é um
tema muito relevante para o Direito Ambiental e para o Direito Internacional.

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Regra Exceção

Apropriabilidade dos bens Inapropriabilidade dos bens


• Razões jurídicas (corpo humano etc.);
• Justificativa na cláusula de
inalienabilidade

Feita essa introdução, a classificação dos bens é o ponto mais relevante nas provas, pois a aplicação das
regras jurídicas variará em função dessa classificação que se faz. Hora de classificar os bens!

1 – Bens imóveis

A noção de bens imóveis está no art. 79 do CC/2002: o solo e tudo quanto se lhe
incorporar natural ou artificialmente. Igualmente, ainda que não sejam, na
prática, imóveis, consideram-se imóveis para os efeitos legais outros bens e
direitos relativos a imóveis, segundo os arts. 80 e 81:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;


II - o direito à sucessão aberta.
III - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
IV - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

Cesar Fiúza (Direito Civil, 18ª ed., p. 237) categoriza os bens imóveis em quatro:

1.ª bens imóveis por sua natureza. São o solo e suas adjacências naturais,
compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo;

2.ª bens imóveis por acessão física ou artificial. É tudo aquilo que o homem incorpora
permanentemente ao solo, como sementes e edifícios;
3.ª bens imóveis por acessão intelectual. É tudo aquilo que se mantém intencionalmente
no imóvel para sua exploração, aformoseamento ou comodidade. A categoria dos bens
imóveis por acessão intelectual foi retirada do Código, que a substituiu pela categoria
das pertenças.
4.ª bens imóveis por força de lei. São aqueles que, por sua própria natureza, não se
podem classificar como móveis ou imóveis. Nessa categoria se incluem os direitos reais
sobre imóveis e as ações que os asseguram, além do direito à sucessão aberta.

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BENS IMÓVEIS

• O solo e tudo o que nele se incorporar


• Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram
• O direito à sucessão aberta
• As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem
removidas para outro local
• Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem

2 – Bens móveis

Já no conceito do art. 82 do CC/2002, são móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de


remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.

Ao lado dos bens móveis por natureza ou essência, existem os bens móveis por antecipação. Os bens
móveis por antecipação são aqueles que eram imóveis, mas foram mobilizados por ação humana,
como a maçã retirada da árvore ou a soja colhida. O mesmo acontece com a demolição de um imóvel,
passando os bens à categoria de móveis (art. 84, visto adiante). Nesses casos, ocorre exatamente o
oposto dos bens tornados imóveis por acessão física ou artificial (tijolo, móvel, que se imobiliza).

Ademais, ainda que não sejam visivelmente móveis, consideram-se móveis para os efeitos legais
(bens móveis por força de lei), segundo os arts. 83 e 84:

I - as energias que tenham valor econômico;


II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
IV - os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade
de móveis;
V - os materiais provenientes da demolição de algum prédio.

BENS MÓVEIS

• Os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem


alteração da substância ou da destinação econômico-social
• As energias que tenham valor econômico
• Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes
• Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações
• Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados,
conservam sua qualidade de móveis
• Os materiais provenientes da demolição de algum prédio

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A letra da Lei

Agora, trago a você os dispositivos de lei referentes à nossa aula. Lembro que, ao longo do texto, eu não
trato de todos os dispositivos legais aqui citados, propositadamente. Isso porque meu objetivo não é
tornar o material um comentário à lei, mas, sim, fazer você compreender os institutos jurídicos que são
importantes à prova.

Agora, ao contrário, o objetivo é trazer todos os dispositivos legais, para que você possa ao menos passar
os olhos. Não se preocupe em compreender em detalhe cada um deles; eu objetivo apenas trazer o texto
legal para que você não precise procurá-los fora do material. Trata-se da letra da lei com grifos nos
principais pontos da norma, para ajudar na fixação dos conteúdos.

Vamos lá!

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local;

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem
alteração da substância ou da destinação econômico-social.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

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CEBRASPE

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

1. (CEBRASPE – SEFAZ/AL – 2020) Com base no Código Civil, julgue os itens a seguir.

O direito à sucessão aberta é considerado, para os efeitos legais, bem imóvel, ainda que os bens deixados
pela pessoa falecida sejam todos móveis.

Resolução: CORRETA

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

II - o direito à sucessão aberta.

O direito à sucessão aberta se refere ao complexo de bens que se transmite do de cujus (falecido) os
seus sucessores, sendo este complexo compreendido em sua universalidade. Sendo assim, pouco
importa se os bens deixados são todos imóveis ou todos móveis, ou mistos, pois serão considerados
imóveis até que se dê a partilha dos bens.

2. (CEBRASPE – TJAM – 2019) De acordo com o Código Civil, julgue os próximos itens, acerca de
classes de bens, associações, fundações, prova do fato jurídico e atos jurídicos.

O espólio e a massa falida são exemplos de bens coletivos classificados como universalidade de fato.

JUSTIFICATIVA: INCORRETA

A assertiva está incorreta, pois o espólio e a massa falida são considerados universalidade de direito, e
não de fato, conforme disposto pelo art. 91:“Constitui universalidade de direito o complexo de relações
jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico”.

A universalidade de fato se configura como um complexo de bens corpóreos qual o titular resolve reunir
de forma que seja tratado como um todo ou de forma individual, por exemplo: uma biblioteca, uma
coleção ou um rebanho.

Por sua vez, a universalidade de direito se configura como um conjunto de relações jurídicas que
envolvem bens corpóreos ou incorpóreos e, consequentemente, os direitos e obrigações que forem
apreciáveis economicamente. Por exemplo: o espólio e a massa falida.

3. (CESPE / TJ-BA – 2019) De acordo com o Código Civil, são bens móveis
(A) os direitos à sucessão aberta.
(B) os materiais que estejam separados provisoriamente de um prédio, para nele serem reempregados.
(C) os materiais provenientes da demolição de um prédio.
(D) as edificações que, estando separadas do solo, puderem ser movimentadas para outro local,
conservando sua unidade.

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(E) os materiais empregados em alguma construção.

Comentários:

A alternativa errada, pois para os casos de alienação e pleitos judiciais, a legislação considera o direito
à sucessão aberta como bem imóvel, ainda que a herança só seja formada por bens móveis ou abranja
apenas direitos pessoais. São bens Imóveis os direitos à sucessão aberta, conforme dispõe o art. 80, inc.
II do Código Civil, art. 80: "Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II - o direito à sucessão aberta".

A alternativa errada, já que, considerar-se-á imóvel qualquer material retirado provisoriamente de


uma construção, como tijolo, telha, madeira etc., para ser nela reempregado após o conserto ou reparo.
São bens Imóveis os materiais que estejam separados provisoriamente de um prédio, para nele serem
reempregados, conforme dispõe o art. 81, inc. II do Código Civil, art. 81, II: "Não perdem o caráter de
imóveis: II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem".

A alternativa C correta, pois os materiais empregados numa construção, como madeiras, telhas,
azulejos, tijolos, enquanto não aderirem ao prédio, constituindo parte integrante do imóvel,
conservarão a natureza de bens móveis por natureza. São bens Móveis os materiais provenientes da
demolição de um prédio, conforme dispõe o art. 84 do Código Civil: "Os materiais destinados a alguma
construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa
qualidade os provenientes da demolição de algum prédio".

A alternativa D errada, já que, a edificação que, apesar de separada do solo, conservar sua unidade e
for removida para outro local, não perderá seu caráter de bem imóvel. São bens Imóveis as edificações
que, estando separadas do solo, puderem ser movimentadas para outro local, conservando sua unidade,
conforme dispõe o art. 81, inc. I do Código Civil: "Não perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que,
separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local".

A alternativa errada, porque, o material que já está empregado em bem imóvel, também é considerado
bem imóvel, conforme dispõe o art. 79 do Código Civil: "São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe
incorporar natural ou artificialmente". Os bens imóveis são aqueles que não se podem transportar, sem
destruição, de um lugar para outro, ou seja, são os que não podem ser removidos sem alteração de sua
substância.

4. (CEBRASPE – MPPI – ANALISTA – 2018) Julgue os itens a seguir acerca de direitos da


personalidade, de registros públicos, de obrigações e de bens.

O uso comum dos bens públicos deve ser sempre gratuito; por isso, a cobrança de valores por sua
utilização caracteriza violação ao interesse social.

JUSTIFICATIVA: INCORRETA

A assertiva está incorreta, dado que é permitida a cobrança pela utilização de um bem público. Ocorre,
nesses casos, o "uso anormal ou especial", mais especificamente "utilização especial privativa". Exemplo
disso é a utilização, de modo particular, de certa área de uma praia para a celebração de casamento.
Nesse caso, a autorização poderá ser feita a título gratuito ou oneroso.

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Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

Conforme o dispositivo, expressar que o uso dos bens públicos de uso comum é livre e indiscriminado,
significa apenas que esse uso não depende de nenhuma autorização ou licença administrativa para
tanto. No entanto, isso não significa que o uso desses ambientes não possa ser restringido ou cobrado.
Na maioria dos casos, a manutenção e conservação de tais locais públicos são a justificativa para a
onerosidade da utilização.

5. (CESPE / PC-MA – 2018) Determinado indivíduo tinha direito de usufruto de uma casa. Tal
direito era transmissível a seus sucessores que com ele habitassem à época de sua morte.
Além disso, ele era proprietário de um pequeno barco. Quando de seu falecimento, foi aberta
a sucessão. De acordo com o Código Civil, os referidos bens — direito real de usufruto; direito
real sobre o barco; direito à sucessão aberta — são classificados, respectivamente, como bens
(A) imóvel, móvel e imóvel.
(B) móvel, imóvel e móvel.
(C) imóvel, imóvel e imóvel.
(D) móvel, móvel e móvel.
(E) imóvel, móvel e móvel.

Comentários:

A alternativa A correta, pois de acordo com o Código Civil, os referidos bens — direito real de usufruto;
direito real sobre o barco; direito à sucessão aberta — são classificados, respectivamente, como bens
imóvel, móvel e imóvel. Direito real de usufruto – imóvel, conforme dispõe o art. 80, inc. I do Código
Civil: "Consideram-se Imóveis para os efeitos legais: I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os
asseguram". Os direitos reais sobre imóveis, de gozo (servidão, usufruto etc.) ou de garantia (penhor,
hipoteca), são considerados imóveis pela lei, bem como as ações que os asseguram. Direito real sobre o
barco – Móvel, conforme dispõe o art. 83, inc. II do Código Civil: "Consideram-se móveis para os efeitos
legais: II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes" Os direitos reais ,
mencionados no inc. II do citado art. 83 do Código Civil, compreendem tanto os de gozo e fruição sobre
objetos móveis (propriedade, usufruto etc.), como os de garantia (penhor, hipoteca etc.) e as ações a
eles correspondentes. Os navios e as aeronaves são bens móveis propriamente ditos. Direito a sucessão
aberta – Imóvel, conforme dispõe o art. 80, inc. II do Código Civil: "Consideram-se imóveis para os efeitos
legais: II - o direito à sucessão aberta". Para os casos de alienação e pleitos judiciais a legislação
considera o direito à sucessão aberta como bem imóvel, ainda que a herança só seja formada por bens
móveis ou abranja apenas direitos pessoais.

As alternativas B, C, D e E estão incorretas, portanto.

6. (CESPE / TCE-PB – 2018) Bens que podem ser deslocados de posição sem perda de sua
constituição física e não podem ser transformados em produtos finais para o mercado são
classificados como bens
(A) intangíveis.

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(B) móveis.
(C) semoventes.
(D) imóveis.
(E) depreciados.

Comentários:

A alternativa A errada, eis que, os bens intangíveis são aqueles incorpóreos, que possuem uma
existência abstrata. Enquanto os bens finais são aqueles que já sofreram as transformações necessárias
para seu uso ou consumo. Embora não contemplada na lei com dispositivos específicos, a classificação
dos bens em corpóreos e incorpóreos tem a sua importância, porque a relação jurídica pode ter por
objeto uma coisa de existência material ou um bem de existência abstrata.

A alternativa B correta, pois os bens móveis são os que, sem deterioração na substância ou na forma,
podem ser transportados de um lugar para outro, por força própria (animais) ou estranha (coisas
inanimadas). Bens que podem ser deslocados de posição sem perda de sua constituição física e não
podem ser transformados em produtos finais para o mercado são classificados como bens móveis,
conforme dispõe o art. 82 do Código Civil: "São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de
remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social". Os bens
finais são aqueles que já sofreram as transformações necessárias para seu uso ou consumo.

A alternativa C errada, já que, os bens semoventes são aqueles susceptíveis de movimento próprio,
como os animais. É uma das classificações possíveis para os bens móveis.

A alternativa D errada, pois os bens imóveis são aqueles que não se podem transportar, sem destruição,
de um lugar para outro, ou seja, são os que não podem ser removidos sem alteração de sua substância,
conforme dispõe o art. 79 do Código Civil: "São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar
natural ou artificialmente".

A alternativa E errada, porque esta classificação não faz parte da matéria de bens. A depreciação é a
perda de valor de um bem decorrente de seu uso, do desgaste natural ou de sua obsolescência.

7. (CEBRASPE – PGM/Fortaleza – 2017) A respeito da Lei de Introdução às Normas do Direito


Brasileiro, das pessoas naturais e jurídicas e dos bens, julgue os itens a seguir.

Por não se admitir a posse dos bens incorpóreos, tais bens são insuscetíveis de aquisição por usucapião.

JUSTIFICATIVA: INCORRETA

O gabarito oficial da banca aponta a afirmativa como sendo correta, pois, aparentemente foi levado em
consideração o expresso na Súmula 228 do STJ: "É inadmissível a utilização de interdito proibitório para
a proteção do direito autoral".

Ou seja, é proibida a utilização de interdito probatório - ações que defendem a posse - em se tratando
de direito autoral - bem incorpóreo -.

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Contudo, o gabarito oficial da banca, em termos de direito civil é, na verdade, INCORRETO, dado que é
possível ocorrer a usucapião de bens incorpóreos.

Súmula 193 do STJ: “O direito de uso de linha telefônica pode ser adquirido por usucapião”.

Os bens incorpóreos são bens abstratos que não possuem existência física, ou seja, não são concretos.

A usucapião é o direito adquirido por um indivíduo em relação à posse de um bem móvel ou imóvel em
decorrência da utilização do bem por determinado tempo, contínuo e incontestadamente.

Diante disto, ainda que haja uma proibição, como é o caso da Súmula 228, uma vez que há a existência
de uma outra Súmula, que permite a usucapião de bens incorpóreos, é possível, portanto, que bens
incorpóreos sejam objeto da ação de usucapião.

8. (CESPE / DPE-AL– 2017) Assinale a opção que apresenta exemplo de bem imóvel.
==2b92ae==

(A) tijolo de casa demolida


(B) hipoteca de um navio
(C) penhor de joia rara
(D) energia elétrica de uma fábrica de cimento
(E) maçã pendente de colheita

Comentários:

A alternativa A errada, pois o tijolo que foi tirado de uma casa demolida, readquire seu estado de bem
móvel, conforme art. 84 do Código Civil: "Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não
forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes
da demolição de algum prédio". Os materiais empregados numa construção, como madeiras, telhas,
azulejos, tijolos, enquanto não aderirem ao prédio, constituindo parte integrante do imóvel,
conservarão a natureza de bens móveis por natureza. Se alguma edificação for demolida, os materiais
de construção readquirirão a qualidade de móveis, porque não mais participarão da natureza do
principal.

A alternativa B errada, já que, o navio é bem móvel. E, apesar de admitir hipoteca, não será considerado,
por este motivo, um bem imóvel, conforme art. 83, inc. II do Código Civil: "Consideram-se móveis para
os efeitos legais: II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes".

A alternativa C errada, pois uma joia também é bem móvel, conforme art. 83, inc. II do Código Civil:
"Consideram-se móveis para os efeitos legais: II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações
correspondentes". Penhor é direito real que vincula uma coisa ao pagamento de uma dívida como por
exemplo joias = bens móveis. Aos direitos reais, mencionados no inc. II do citado art. 83 do Código Civil,
compreendem tanto os de gozo e fruição sobre objetos móveis (propriedade, usufruto etc.), como os de
garantia (penhor, hipoteca etc.) e as ações a eles correspondentes.

A alternativa D errada, eis que, a energia elétrica, como possui valor econômico, é considerada bem
móvel para os efeitos legais, conforme art. 83, inc. I do Código Civil: "Consideram-se Móveis para os
efeitos legais: I - as energias que tenham valor econômico".

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A alternativa E correta, porque, como a maçã ainda está presa na árvore, e a árvore está presa ao solo,
é bem imóvel, conforme art. 79 do Código Civil: "São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar
natural ou artificialmente". Os bens imóveis são aqueles que não se podem transportar, sem destruição,
de um lugar para outro, ou seja, são os que não podem ser removidos sem alteração de sua substância.

9. (CESPE / TJDFT – 2015) A respeito de bens, julgue o item que se segue.


A energia elétrica é bem de uso comum do povo, divisível e imóvel, conforme determinação legal.

Comentários:

A assertiva está errada, pois energia elétrica é divisível e móvel, conforme determinação legal: Art. 82:
"São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração
da substância ou da destinação econômico-social". Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
"I - as energias que tenham valor econômico". São divisíveis os bens que puderem ser fracionados em
partes homogêneas e distintas, sem alteração das qualidades essenciais do todo, sem desvalorização e
sem prejuízo ao uso a que se destinam, formando um todo perfeito, conforme dispõe o art. 87 do Código
Civil: "Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam". A energia elétrica não é bem de uso comum
do povo, conforme dispõe o art. 99, I do Código Civil: "São bens públicos: I - os de uso comum do povo,
tais como rios, mares, estradas, ruas e praças".

10. (CESPE / TRE-RS – 2015) No que diz respeito às diferentes espécies de bens e as suas
classificações, assinale a opção correta.
(A) Os bens públicos de uso comum são considerados bens públicos por natureza, diferentemente dos
bens públicos de uso especial e dos dominicais que são equiparados aos bens privados.
(B) Os animais, também denominados semoventes, são considerados espécies de bens móveis por
natureza, já que possuem movimento próprio.
(C) A energia elétrica, embora possua valor econômico, não pode ser considerada como bem móvel ou
imóvel, sendo considerada res nullius.
(D) Consideram-se bens incorpóreos aqueles bens que podem ser incorporados ao patrimônio pessoal,
pois, além de serem concretos, podem ser palpáveis e mensuráveis economicamente.
(E) Diz-se infungíveis aqueles bens que podem ser substituídos por outros da mesma quantidade,
qualidade e espécie, como é o caso do dinheiro.

Comentários:

A alternativa A errada, pois os bens públicos de uso comum, de uso especial e dos dominicais são
considerados bens públicos por natureza, conforme dispõe o art. 99 do Código Civil: "São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais
como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual,
territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o patrimônio
das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas
entidades". Os bens públicos são os que pertencem ao domínio nacional, ou seja, à União, aos Estados
ou aos municípios. Os bens particulares são os que tiverem como titular de seu domínio pessoa natural
ou jurídica de direito privado, conforme dispõe o art. 98 do Código Civil: "São públicos os bens do

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domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são
particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem".

A alternativa B correta, eis que, os animais, também denominados semoventes, são considerados
espécies de bens móveis por natureza, já que possuem movimento próprio, conforme dispõe o art. 82
do Código Civil: "São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia,
sem alteração da substância ou da destinação econômico-social". Bens móveis são aqueles bens que
podem ser transportados de um lugar para outro, por força própria ou de terceiro, sem prejudicar sua
substância e sem alterar sua destinação econômico-social. Podem ser: semoventes – são os que se
movimentam por sua própria força, como os animais; e móveis propriamente ditos – são os que
precisam da força alheia para se locomover, como moedas, mercadorias, produtos agrícolas.

A alternativa C errada, dado que, as energias que tenham valor econômico são consideradas como bem
móvel, conforme dispõe o art. 83, I do Código Civil: "Consideram-se móveis para os efeitos legais: I - as
energias que tenham valor econômico". Quanto ao inciso I, as energias são: o gás – que pode ser
transportado por tubulação ou em botijão, e a energia elétrica, que embora não tenha a mesma
corporalidade do gás, é bem móvel. No direito moderno qualquer energia natural, elétrica inclusive,
que tenha valor econômico, considera-se bem móvel. A energia elétrica é um bem móvel suscetível de
apropriação alheia (ex. “gato” de luz) e por isso passível de causar dano patrimonial.

A alternativa D errada, pois integram o patrimônio das pessoas (física ou jurídica) tanto os bens
corpóreos – os que têm existência física (material) e podem ser tocados ou sentidos pelo homem, a
exemplo dos bens imóveis por natureza - como os bens incorpóreos – que são aqueles que têm
existência abstrata ou ideal, são, portanto, entendidos como abstrações do direito, possuem existência
jurídica mas não física, a exemplo das propriedades literária, científica ou artística.

A alternativa E errada, já que, diz-se infungíveis aqueles bens que não podem ser substituídos por
outros da mesma quantidade, qualidade e espécie, como uma escultura de alguém famoso. A
fungibilidade é característica dos bens móveis, conforme dispõe o art. 85 do Código Civil: "São fungíveis
os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade". Os bens
infungíveis são os que, pela sua qualidade individual, têm valor especial, não podendo, por este motivo,
ser substituídos sem que isso acarrete a alteração de seu conteúdo, como um quadro de Renoir. A
infungibilidade pode apresentar-se em bens imóveis e móveis.

11. (CESPE / TCE-RN – 2015) Com relação a bens, fato e negócio jurídico, julgue o item seguinte.
A energia elétrica, considerada um bem móvel, é suscetível de apropriação alheia e passível de causar
dano patrimonial.

Comentários:

A assertiva está certa, pois a energia elétrica, considerada um bem móvel, é suscetível de apropriação
alheia e passível de causar dano patrimonial, conforme dispõe o art. 83, I do Código Civil: "Consideram-
se móveis para os efeitos legais: I - as energias que tenham valor econômico". A energia elétrica é um
bem móvel é suscetível de apropriação alheia (ex. “gato” de luz) e por isso passível de causar dano
patrimonial.

12. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.
O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel para os efeitos legais.

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Comentários:

A assertiva está certa, já que, o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel para os efeitos
legais, conforme dispõe o art. 80, II do Código Civil: "Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II - o
direito à sucessão aberta". Para os casos de alienação e pleitos judiciais a legislação considera o direito
à sucessão aberta como bem imóvel, ainda que a herança só seja formada por bens móveis ou abranja
apenas direitos pessoais.

13. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.
Os bens móveis são divididos em três categorias: móveis por natureza, móveis por antecipação e móveis
por determinação legal, sendo exemplo desses últimos as energias que tenham valor econômico, tais
como a elétrica e a nuclear, e os direitos reais sobre objetos móveis.

Comentários:

A assertiva está certa, pois os bens móveis são divididos em três categorias: móveis por natureza,
móveis por antecipação e móveis por determinação legal, sendo exemplo desses últimos as energias que
tenham valor econômico, tais como a elétrica e a nuclear, e os direitos reais sobre objetos móveis. O art.
82 do Código Civil considera móveis, coisas corpóreas que podem se movimentar (por força própria ou
alheia) sem que esta capacidade de movimentação prejudique ou altere a sua essência ou o seu valor
comercial: "São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem
alteração da substância ou da destinação econômico-social". Trata -se dos móveis por natureza, que se
dividem em semoventes e propriamente ditos. Ambos são corpóreos. Outros são móveis para os efeitos
legais (art. 83 do Código Civil), sendo que a doutrina menciona ainda a existência de móveis por
antecipação. Art. 83: "Consideram-se móveis para os efeitos legais: I - as energias que tenham valor
econômico; II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III - os direitos
pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações". Móveis Por Natureza: é o mesmo conceito de bem
móvel utilizado acima, de acordo com o art. 82. São aqueles bens que podem ser transportados de um
lugar para outro, por força própria ou de terceiro, sem prejudicar sua substância e sem alterar sua
destinação econômico-social. Móveis Por Determinação Legal: são aqueles relacionados no art. 83 do
Código Civil. Móveis Por Antecipação: são aqueles bens que foram incorporados ao solo, mas com a
intenção de oportunamente separá-los, transformando-os, assim, em bens móveis (isto em função da
finalidade econômica).

14. (CESPE / ANCINE – 2013) Julgue o item a seguir, no que se refere aos bens e ao negócio
jurídico.
Para efeitos legais, são considerados bens móveis os direitos pessoais de caráter patrimonial e bem
imóvel, o direito à sucessão aberta.

Comentários:

A assertiva está certa, pois para efeitos legais, são considerados bens móveis os direitos pessoais de
caráter patrimonial, conforme dispõe o art. 83, III do Código Civil: "Consideram-se móveis para os
efeitos legais: III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações". O inc. III refere -se
aos direitos pessoais ou direitos de obrigação, de caráter patrimonial, que são suscetíveis de circulação
jurídica, e respectivas ações. E bem imóvel, o direito à sucessão aberta, conforme dispõe o art. 80, II do
Código Civil: "Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II - o direito à sucessão aberta". Para os

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casos de alienação e pleitos judiciais a legislação considera o direito à sucessão aberta como bem imóvel,
ainda que a herança só seja formada por bens móveis ou abranja apenas direitos pessoais.

15. (CESPE / TJ-ES– 2013) Considerando a ampla proteção jurídica conferida aos bens no Código
Civil, assinale a opção correta

(A) Os bens incorpóreos podem ser defendidos por meio da tutela possessória.

(B) Consideram-se benfeitorias os acréscimos sobrevindos ao bem, ainda que em decorrência de


fenômenos da natureza.

(C) Os direitos autorais são bens móveis.

(D) Tanto os bens móveis quanto os imóveis podem ser objeto de mútuo.

(E) O direito à sucessão aberta é considerado bem móvel.

Comentários:

A alternativa A errada, já que, bens corpóreos são os que têm existência física, material e podem ser
tangidos pelo homem. Enquanto os Bens incorpóreos são os que têm existência abstrata ou ideal e valor
econômico. Atente para a seguinte súmula 228 do STJ: “É inadmissível o interdito proibitório para a
proteção do direito autoral”. Os bens incorpóreos não contam com tutela possessória, nos termos da
Súmula 228 do Superior Tribunal de Justiça. Segundo o entendimento cimentado pela jurisprudência
superior, “é inadmissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral”, deixando antever
que a proteção dos direitos incorpóreos é realizada através de ação indenizatória, obviamente com a
possibilidade de apoio nas medidas que caracterizam a tutela específica, permitindo, dentre outras
hipóteses, a fixação de multa pelo juiz, inclusive de ofício, para a hipótese de o réu não atender ao
comando decisório.

A alternativa B errada, eis que, benfeitorias são obras e despesas feitas pelo homem na coisa, com o
intuito de conservá-la, melhorá-la ou embelezar, claro está que não abrangem os melhoramentos
(acessões naturais) sobrevindos àquela coisa sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor
por ocorrerem de um fato natural (p. ex., o aumento de urna área de terra em razão de desvio natural
de um rio). Art. 97 Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao
bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

A alternativa C correta, pois os direitos autorais são bens móveis, conforme dispõe o art. 3º da lei
9610/98: "Os direitos autorais reputam-se, para os efeitos legais, bens móveis". O direito autoral é a
propriedade do autor sobre sua obra. os direitos autorais são considerados bens móveis, ou seja, podem
ser deslocados ou simplesmente distribuídos. Desta forma, eles podem ser vendidos, transferidos ou
até mesmo cedidos para terceiros. Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: III - os direitos
pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações".

A alternativa D errada, porque ser fungível é atributo exclusivo dos bens móveis. O mútuo (espécie de
empréstimo) é um exemplo do emprego de um bem fungível. A compensação (forma de pagamento
especial de pagamento) também deverá englobar coisa fungível. Contrato de mútuo é aquele que trata
da transferência de bens fungíveis, móveis, que podem ser substituídos por outros de mesma espécie,
qualidade e quantidade, conforme dispõe o art. 586 do Código Civil: "O mútuo é o empréstimo de coisas

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fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero,
qualidade e quantidade".

A alternativa E errada, eis que, se acordo com o Código Civil, art. 80: "Consideram-se imóveis para os
efeitos legais: II - o direito à sucessão aberta". Para os casos de alienação e pleitos judiciais a legislação
considera o direito à sucessão aberta como bem imóvel, ainda que a herança só seja formada por bens
móveis ou abranja apenas direitos pessoais.

16. (CESPE / TRF - 5ª REGIÃO – 2013) Considerando a teoria geral do direito civil, julgue o item a
seguir.
Para efeitos do direito à sucessão aberta, considera-se bem móvel ou imóvel, conforme o caso concreto.

Comentários:

A assertiva está errada, pois para efeitos do direito à sucessão aberta, considera-se bem imóvel,
conforme dispõe o art. 80, II do Código Civil: "Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II - o direito
à sucessão aberta". Para os casos de alienação e pleitos judiciais a legislação considera o direito à
sucessão aberta como bem imóvel, ainda que a herança só seja formada por bens móveis ou abranja
apenas direitos pessoais.

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CEBRASPE

Bens Móveis e Imóveis (Art. 79 Ao 84)

1. (CEBRASPE – SEFAZ/AL – 2020) Com base no Código Civil, julgue os itens a seguir.

O direito à sucessão aberta é considerado, para os efeitos legais, bem imóvel, ainda que os bens deixados
pela pessoa falecida sejam todos móveis.

2. (CEBRASPE – TJAM – 2019) De acordo com o Código Civil, julgue os próximos itens, acerca de
classes de bens, associações, fundações, prova do fato jurídico e atos jurídicos.

O espólio e a massa falida são exemplos de bens coletivos classificados como universalidade de fato.

3. (CESPE / TJ-BA – 2019) De acordo com o Código Civil, são bens móveis
(A) os direitos à sucessão aberta.
(B) os materiais que estejam separados provisoriamente de um prédio, para nele serem reempregados.
(C) os materiais provenientes da demolição de um prédio.
(D) as edificações que, estando separadas do solo, puderem ser movimentadas para outro local,
conservando sua unidade.
(E) os materiais empregados em alguma construção.

4. (CEBRASPE – MPPI – ANALISTA – 2018) Julgue os itens a seguir acerca de direitos da


personalidade, de registros públicos, de obrigações e de bens.

O uso comum dos bens públicos deve ser sempre gratuito; por isso, a cobrança de valores por sua
utilização caracteriza violação ao interesse social.

5. (CESPE / PC-MA – 2018) Determinado indivíduo tinha direito de usufruto de uma casa. Tal
direito era transmissível a seus sucessores que com ele habitassem à época de sua morte.
Além disso, ele era proprietário de um pequeno barco. Quando de seu falecimento, foi aberta
a sucessão. De acordo com o Código Civil, os referidos bens — direito real de usufruto; direito
real sobre o barco; direito à sucessão aberta — são classificados, respectivamente, como bens
(A) imóvel, móvel e imóvel.
(B) móvel, imóvel e móvel.
(C) imóvel, imóvel e imóvel.
(D) móvel, móvel e móvel.
(E) imóvel, móvel e móvel.

6. (CESPE / TCE-PB – 2018) Bens que podem ser deslocados de posição sem perda de sua
constituição física e não podem ser transformados em produtos finais para o mercado são
classificados como bens

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(A) intangíveis.
(B) móveis.
(C) semoventes.
(D) imóveis.
(E) depreciados.

7. (CEBRASPE – PGM/Fortaleza – 2017) A respeito da Lei de Introdução às Normas do Direito


Brasileiro, das pessoas naturais e jurídicas e dos bens, julgue os itens a seguir.

Por não se admitir a posse dos bens incorpóreos, tais bens são insuscetíveis de aquisição por usucapião.

8. (CESPE / DPE-AL– 2017) Assinale a opção que apresenta exemplo de bem imóvel.
(A) tijolo de casa demolida ==2b92ae==

(B) hipoteca de um navio


(C) penhor de joia rara
(D) energia elétrica de uma fábrica de cimento
(E) maçã pendente de colheita

9. (CESPE / TJDFT – 2015) A respeito de bens, julgue o item que se segue.


A energia elétrica é bem de uso comum do povo, divisível e imóvel, conforme determinação legal.

10. (CESPE / TRE-RS – 2015) No que diz respeito às diferentes espécies de bens e as suas
classificações, assinale a opção correta.
(A) Os bens públicos de uso comum são considerados bens públicos por natureza, diferentemente dos
bens públicos de uso especial e dos dominicais que são equiparados aos bens privados.
(B) Os animais, também denominados semoventes, são considerados espécies de bens móveis por
natureza, já que possuem movimento próprio.
(C) A energia elétrica, embora possua valor econômico, não pode ser considerada como bem móvel ou
imóvel, sendo considerada res nullius.
(D) Consideram-se bens incorpóreos aqueles bens que podem ser incorporados ao patrimônio pessoal,
pois, além de serem concretos, podem ser palpáveis e mensuráveis economicamente.
(E) Diz-se infungíveis aqueles bens que podem ser substituídos por outros da mesma quantidade,
qualidade e espécie, como é o caso do dinheiro.

11. (CESPE / TCE-RN – 2015) Com relação a bens, fato e negócio jurídico, julgue o item seguinte.
A energia elétrica, considerada um bem móvel, é suscetível de apropriação alheia e passível de causar
dano patrimonial.

Comentários:

A assertiva está certa, pois a energia elétrica, considerada um bem móvel, é suscetível de apropriação
alheia e passível de causar dano patrimonial, conforme dispõe o art. 83, I do Código Civil: "Consideram-
se móveis para os efeitos legais: I - as energias que tenham valor econômico". A energia elétrica é um

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bem móvel é suscetível de apropriação alheia (ex. “gato” de luz) e por isso passível de causar dano
patrimonial.

12. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.
O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel para os efeitos legais.

13. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.
Os bens móveis são divididos em três categorias: móveis por natureza, móveis por antecipação e móveis
por determinação legal, sendo exemplo desses últimos as energias que tenham valor econômico, tais
como a elétrica e a nuclear, e os direitos reais sobre objetos móveis.

14. (CESPE / ANCINE – 2013) Julgue o item a seguir, no que se refere aos bens e ao negócio
jurídico.
Para efeitos legais, são considerados bens móveis os direitos pessoais de caráter patrimonial e bem
imóvel, o direito à sucessão aberta.

15. (CESPE / TJ-ES– 2013) Considerando a ampla proteção jurídica conferida aos bens no Código
Civil, assinale a opção correta

(A) Os bens incorpóreos podem ser defendidos por meio da tutela possessória.

(B) Consideram-se benfeitorias os acréscimos sobrevindos ao bem, ainda que em decorrência de


fenômenos da natureza.

(C) Os direitos autorais são bens móveis.

(D) Tanto os bens móveis quanto os imóveis podem ser objeto de mútuo.

(E) O direito à sucessão aberta é considerado bem móvel.

16. (CESPE / TRF - 5ª REGIÃO – 2013) Considerando a teoria geral do direito civil, julgue o item a
seguir.
Para efeitos do direito à sucessão aberta, considera-se bem móvel ou imóvel, conforme o caso concreto.

GABARITO
1. SEFAZ/AL C 10. TRE-RS B
2. TJAM E 11. TCE-RN C
3. TJ-BA C 12. Câm. dos Deputados C
4. MPPI E 13. Câm. dos Deputados C
5. PC-MA A 14. ANCINE C
6. TCE-PB B 15. TJ-ES C
7. PGM/Fortaleza E 16. TRF - 5ª REGIÃO E
8. DPE-AL E
9. TJDFT E

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FCC

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

1. (FCC - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal- 2018)
Em relação aos bens,

a) os materiais destinados a alguma construção, mesmo que ainda não empregados, já são considerados
imóveis em razão de sua finalidade.

b) consideram-se imóveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta.

c) são consumíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

d) os naturalmente divisíveis conservam sua divisibilidade em qualquer situação, nada obstante a lei ou
a vontade das partes em sentido contrário.

e) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal como regra abrangem as pertenças, salvo
disposição da lei ou do contrato em sentido diverso.

Comentários:

A alternativa A está incorreta.

Art. 84, CC: Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam
sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O art. 80 do Código Civil, traz em seu texto o rol
do que é considerado como imóveis para os efeitos legais, trazendo que:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

A alternativa C está incorreta. Os bens consumíveis são os que se destinam a alienação de forma a
destruir-se imediatamente a própria forma, assim versa o art. 86 trazendo que: "São consumíveis os
bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados
tais os destinados à alienação.".

A alternativa D está incorreta. Os bens naturalmente divisíveis são os que não perdem sua
característica ou qualidade com a divisão, sendo ainda naturalmente divisíveis para esse sentido, no
entanto, podem tornar-se bens indivisíveis por determinação da lei ou acordo entre as partes. Assim, de
acordo com o art. 88 do Código Civil: "Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por
determinação da lei ou por vontade das partes.".

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A alternativa E está incorreta. Temos que as pertenças são acessório da coisa, fazendo sorte desta,
mesmo que separados, pertencendo ambos ao mesmo proprietário, havendo exceções no entanto do
que trata a literalidade do texto do art. 94 do Código Civil, mas sendo parte integrante no caso de
convenção das partes. O art. 94 do Código Civil traz que: “Os negócios jurídicos que dizem respeito ao
bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de
vontade, ou das circunstâncias do caso.”.

2. (FCC / CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – 2018) Em relação aos bens, sua
classificação e espécies,

a) consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta.

b) conservam sua qualidade de bens móveis os materiais destinados a alguma construção, enquanto
não forem empregados; readquirem essa qualidade de bens móveis os provenientes da demolição de
algum prédio.

c) não perdem o caráter de bens móveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando sua
unidade, forem removidas para outro local.

d) entre outros, consideram-se bens imóveis para efeitos legais os direitos pessoais de caráter
patrimonial e ações respectivas.

e) são divisíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo
também considerados tais os destinados à alienação.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, não os
móveis, de acordo com o Art. 80, inciso II:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

II - O direito à sucessão aberta.

O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre
um complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade.
Dados os fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha
de bens, tais bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a
partilha os bens retomam a ser novamente considerados separadamente.

A alternativa B está correta, dado o fato de que é certo afirmar que conservam sua qualidade de bens
móveis os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, como previsto
no Art. 84:

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os

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materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel.

A alternativa C está incorreta, pois o correto seria afirmar que estes não perdem o caráter de bens
imóveis, como disposto pelo Art. 81:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local;

O Art. 81 dispõe acerca da imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados de
um prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Eventualmente os demais
bens contidos podem ser destacados do solo sem serem destruídos, dando a este bem um caráter móvel
até que seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como bem imóvel. No
entanto, nessa hipótese trazida pelo Art. 81 os referidos bens, mesmo se descartados do solo, não
perdem seu caráter de bem imóvel.

A alternativa D está incorreta, pois o correto seria afirmar que os direitos pessoais são bens móveis, e
não imóveis, de acordo com o Art. 83:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito
pessoal (direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os
direitos pessoais que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os
direitos de personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico.

A alternativa E está incorreta, o correto é dizer que são consumíveis os bens cujo uso importa em
destruição imediata da própria substância, e a alternativa traz tais bens como divisíveis deixando assim
a mesma inválida.

Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância,
sendo também considerados tais os destinados à alienação.

De acordo com o Art. 86, se faz importante acrescentar na definição de bens consumíveis que a
destruição imediata de sua própria substância deve ser analisada de acordo com a utilização do bem de
acordo com os fins que lhe são conferidos. Por exemplo, um vinho que foi bebido cumpriu seu fim como
bem consumível, mas uma garrafa de vinho ser utilizada como decoração não implica em seu consumo,
ou destruição.

3. (FCC / CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – 2018) Em relação aos bens, sua
classificação e espécies,

a) consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta.

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b) conservam sua qualidade de bens móveis os materiais destinados a alguma construção, enquanto
não forem empregados; readquirem essa qualidade de bens móveis os provenientes da demolição de
algum prédio.

c) não perdem o caráter de bens móveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando sua
unidade, forem removidas para outro local.

d) entre outros, consideram-se bens imóveis para efeitos legais os direitos pessoais de caráter
patrimonial e ações respectivas.

e) são divisíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo
também considerados tais os destinados à alienação.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, não os
móveis, de acordo com o Art. 80, inciso II:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

II - O direito à sucessão aberta.

O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre
um complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade.
Dados os fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha
de bens, tais bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a
partilha os bens retomam a ser novamente considerados separadamente.

A alternativa B está correta, dado o fato de que é certo afirmar que conservam sua qualidade de bens
móveis os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, como previsto
no Art. 84:

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os
materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel.

A alternativa C está incorreta, pois o correto seria afirmar que estes não perdem o caráter de bens
imóveis, como disposto pelo Art. 81:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local;

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O Art. 81 dispõe acerca da imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados de
um prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Eventualmente os demais
bens contidos podem ser destacados do solo sem serem destruídos, dando a este bem um caráter móvel
até que seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como bem imóvel. No
entanto, nessa hipótese trazida pelo Art. 81 os referidos bens, mesmo se desatados do solo, não perdem
seu caráter de bem imóvel.

A alternativa D está incorreta, pois o correto seria afirmar que os direitos pessoais são bens móveis, e
não imóveis, de acordo com o Art. 83:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito
pessoal (direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os
direitos pessoais que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os
direitos de personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico.

A alternativa E está incorreta, o correto é dizer que são consumíveis os bens cujo uso importa em
destruição imediata da própria substância, e a alternativa traz tais bens como divisíveis deixando assim
a mesma inválida.

Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância,
sendo também considerados tais os destinados à alienação.

De acordo com o Art. 86, se faz importante acrescentar na definição de bens consumíveis que a
destruição imediata de sua própria substância deve ser analisada de acordo com a utilização do bem de
acordo com os fins que lhe são conferidos. Por exemplo, um vinho que foi bebido cumpriu seu fim como
bem consumível, mas uma garrafa de vinho ser utilizada como decoração não implica em seu consumo,
ou destruição.

4. (FCC / TRT - 15ª REGIÃO – 2018) Em relação aos bens,

a) consideram-se como benfeitorias mesmo os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem


a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

b) os naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis somente por vontade das partes.

c) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal como regra abrangem as pertenças, salvo
as exceções legais.

d) os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

e) são consumíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

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Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois o Código Civil esclarece que não se consideram benfeitorias os atos
descritos na alternativa.

Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

O art. 97 considera como benfeitorias apenas os melhoramentos e acréscimos feitos ao bem por força
da ação humana. Melhoramentos ou acréscimos decorrentes de eventos naturais ficam excluídos desse
conceito.

A alternativa B está incorreta, pois não é se tornam indivisíveis somente por vontade das partes, se
tornam também por determinação legal.

Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por
vontade das partes.

O art. 88 admite o legislador que a vontade das partes ou mesmo a lei determine que um bem
naturalmente divisível torne-se indivisível. Porém é mais comum que a indivisibilidade do bem decorra
de sua própria natureza.

A alternativa C está incorreta, pois os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal, como
regra não abrangem as pertenças, salvo as exceções legais.

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se
o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

O art. 94 faz uma inversão da regra de que o acessório segue o principal. Pois a relação que se estabelece
entre a pertença e o principal não é lógica, mas sim econômica, diferente do que ocorre com os bens
acessórios. A simples existência de um bem acessório já pressupõe a existência de um bem principal. O
mesmo não ocorre com as pertenças.

A alternativa D está correta, uma vez que está em concordância com a redação do art. 84 do Código Civil.

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os
materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel.

A alternativa E está incorreta, visto que a definição que se traz é dos bens fungíveis, não dos
consumíveis.

Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância,
sendo também considerados tais os destinados à alienação.

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De acordo com o Art. 86, se faz importante acrescentar na definição de bens consumíveis que a
destruição imediata de sua própria substância deve ser analisada de acordo com a utilização do bem de
acordo com os fins que lhe são conferidos. Por exemplo, um vinho que foi bebido cumpriu seu fim como
bem consumível, mas uma garrafa de vinho ser utilizada como decoração não implica em seu consumo,
ou destruição.

5. (FCC / TRF - 5ª REGIÃO – 2017) Considera-se bem imóvel, para os efeitos legais,

a) o direito à sucessão aberta.

b) o automóvel que, por defeito irreparável do motor, é insuscetível de movimento próprio.

c) a energia que tenha valor econômico.

d) o direito pessoal de caráter patrimonial.

e) o direito real sobre objetos móveis.

Comentários:

A alternativa A está correta, em virtude de que se considera bem imóvel, para os efeitos legais, o direito
à sucessão aberta.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

II - o direito à sucessão aberta.

O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre
um complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade.
Dados os fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha
de bens, tais bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a
partilha os bens retomam a ser novamente considerados separadamente.

A alternativa B está incorreta, uma vez que o automóvel com defeito no motor, continua sendo um bem
móvel, pois pode ser removido por força alheia sem alteração na sua substância.

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem
alteração da substância ou da destinação econômico-social.

Segundo o art. 82 são bens móveis por sua própria natureza, aqueles as coisas inanimadas que podem
ser movidas sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.

A alternativa C está incorreta, visto que as energias que tenham valor econômico consideram-se bem
móvel, para os efeitos legais.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

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De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico
(independentemente das eventuais dificuldades de quantificar esse valor), tem a natureza jurídica de
bem móvel.

A alternativa D está incorreta, porque considera-se bem móvel, para os efeitos legais, o direito pessoal
de caráter patrimonial.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito
pessoal (direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os
direitos pessoais que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os
direitos de personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico.

A alternativa E está incorreta, já que se considera bem móvel, para os efeitos legais, o direito real sobre
objetos móveis.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

Os direitos reais podem incidir tanto sobre os bens móveis quanto sobre os bens imóveis. Da mesma
forma, portanto, que o legislador atribui a natureza de bens imóveis aos direitos reais sobre bens
imóveis (CC, art. 80, inc. I), optou por atribuir aos direitos reais e às respectivas ações relativas a bens
móveis a natureza jurídica de bens móveis

6. (FCC / TRT - 14ª REGIÃO – 2016) Nos termos preconizados pelo Código Civil são considerados
bens imóveis para os efeitos legais, dentre outros,

a) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

b) O direito à sucessão aberta.

c) Os direitos reais sobre objetos móveis e respectivas ações.

d) As energias que tenham valor econômico.

e) Os materiais provenientes da demolição de algum prédio.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois, de acordo com o art. 83 do CC, os direitos pessoais de caráter
patrimonial e respectivas ações são bens móveis.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

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III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito
pessoal (direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os
direitos pessoais que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os
direitos de personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico

A alternativa B está correta, pois, de acordo com o art. 80 do CC, o direito a sucessão aberta é imóvel.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

II – o direito à sucessão aberta

O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre
um complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade.
Dados os fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha
de bens, tais bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a
partilha os bens retomam a ser novamente considerados separadamente.

A alternativa C está incorreta, pela literalidade do art. 83 do Código Civil: “Consideram-se móveis para
os efeitos legais: II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;”.

A alternativa D está incorreta, pois, de acordo com o art. 83, as energias que tenham valor econômico
são móveis.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - As energias que tenham valor econômico;

De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico, tem a natureza
jurídica de bem móvel.

A alternativa E está incorreta, pois, segundo o art. 84 do CC, os materiais provenientes da demolição
de algum prédio são bens móveis.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

Os direitos reais podem tratar sobre os bens móveis e também sobre os bens imóveis. Sendo assim, o
legislador atribui a natureza de bens imóveis aos direitos reais sobre bens imóveis (CC, art. 80, inc. I),
decidiu conferir aos direitos reais e às respectivas ações relativas a bens móveis a natureza jurídica de
bens móveis

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

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Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os
materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel.

7. (FCC / TRT - 9ª REGIÃO – 2015) De acordo com o Código Civil,

a) É considerado imóvel o direito à sucessão aberta.

b) São considerados imóveis as energias que tenham valor econômico.

c) São considerados imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial.

d) São considerados imóveis os direitos reais sobre objetos móveis.


==2b92ae==

e) São consideradas imóveis as ações correspondentes a direitos reais sobre objetos móveis ou imóveis.

Comentários:

A alternativa A está correta, pois, de acordo com o art. 80 do CC, o direito a sucessão aberta é um bem
imóvel.

Art. 80 do Código Civil: " Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.”.

O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre
um complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade.
Dados os fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha
de bens, tais bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a
partilha os bens retomam a ser novamente considerados separadamente.

A alternativa B está incorreta, pois está explicito no Art. 83 do CC que energias que tenham valor
econômico são consideradas móveis:

Art. 83 - “Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;”.

De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico, tem a natureza
jurídica de bem móvel.

A alternativa C está incorreta, de forma clara no Art. 83 do Código Civil está que os direitos pessoais de
caráter patrimonial são considerados móveis:

Art. 83 - “Consideram-se móveis para os efeitos legais:

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Aula 03

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.”.

O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito
pessoal (direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os
direitos pessoais que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os
direitos de personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico.

A alternativa D está incorreta, evidente no Art. 83 do CC está que os direitos reais sobre objetos móveis
são móveis.

Art. 83 - “Consideram-se móveis para os efeitos legais:

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;”.

Os direitos reais podem incidir tanto sobre os bens móveis quanto sobre os bens imóveis. Da mesma
forma, portanto, que o legislador atribui a natureza de bens imóveis aos direitos reais sobre bens
imóveis (CC, art. 80, inc. I), optou por atribuir aos direitos reais e às respectivas ações relativas a bens
móveis a natureza jurídica de bens móveis

A alternativa E está incorreta, pois está nítido nos artigos 80 e 83 do CC, que as ações correspondentes
a direitos reais sobre objetos imóveis são imóveis e os direitos reais sobre objetos móveis são móveis.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram

Art. 83 - “Consideram-se móveis para os efeitos legais:

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;”.

8. (FCC / TRE-SE – 2015) No tocante as diferentes classes de bens, considere:

I. Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens imóveis
para os efeitos legais.

II. As energias que possuam valor econômico são consideradas bens móveis para os efeitos
legais.

III. Os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens móveis para os
efeitos legais.

IV. As árvores e os frutos pendentes não destinados ao corte são considerados bens imóveis por
acessão natural.

De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em

a) I e III.

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Aula 03

b) II, III e IV

c) I e IV.

d) I, II e IV.

e) II e III.

Comentários:

Afirmativa I está incorreta, pois, segundo o art. 83 do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial e
respectivas ações são considerados bens móveis para os efeitos legais.

Art. 83 do Código Civil: “Consideram-se móveis para os efeitos legais:

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.”.

O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito
pessoal (direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os
direitos pessoais que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os
direitos de personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico.

Afirmativa II está correta, é o que dispõe a literalidade do Art. 83 do Código Civil: “Consideram-se
móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;”.

De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico, tem a natureza
jurídica de bem móvel.

Afirmativa III está correta, os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens
móveis para os efeitos legais, pois são bens móveis propriamente ditos.

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem
alteração da substância ou da destinação econômico-social

Segundo o art. 82 são bens móveis propriamente ditos, aqueles que podem ser aqueles que podem
sofrer movimentação se que haja a alteração da sua substância ou sua destinação econômico-social.

Afirmativa IV está correta, pois, de acordo com o art. 79 do CC, são imóveis por acessão natural: as
árvores com seus frutos, desde que ainda pendentes (enquanto não se destacarem da árvore); as águas,
as pedras, as fontes (naturais). Enfim, tudo que for ligado ao solo de forma natural entra nesta
classificação.

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Segundo o art. 79 são bens imóveis os bens que sofrem alteração de sua substância caso sejam
transportados, são caracterizados pela imobilidade.

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Aula 03

A alternativa A está incorreta, pois a afirmativa I está incorreta.

A alternativa B está correta.

A alternativa C está incorreta, visto que a afirmativa I está incorreta.

A alternativa D está incorreta, já que a afirmativa I está incorreta.

A alternativa E está incorreta, porque além das afirmativas II e III, a afirmativa IV também está correta.

9. (FCC / TRT - 1ª REGIÃO – 2015) Relativamente aos bens, o Código Civil estabelece que

a) Constituem-se em bens móveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se


reempregarem.

b) Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas
ações.

c) São consumíveis os bens móveis destinados à alienação.

d) Consideram-se móveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta.

e) Os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis pela vontade das partes, mas
apenas por força de lei.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois conforme o expresso no art. 81, inciso II do Código Civil, os materiais
provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, constituem-se em bens imóveis:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

O Art. 81 dispõe acerca da imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados de
um prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Eventualmente os demais
bens contidos podem ser destacados do solo sem serem destruídos, dando a este bem um caráter móvel
até que seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como bem imóvel.

A alternativa B está incorreta, dado que os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações,
consideram-se móveis para os efeitos legais, como disposto pelo Art. 83 do código civil:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito
pessoal (direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os

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direitos pessoais que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os
direitos de personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico.

A alternativa C está correta, dado que o art. 86 do Código Civil dispõe que são consumíveis os bens
móveis destinados à alienação:

Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância,
sendo também considerados tais os destinados à alienação.

Deste conceito podemos perceber que existem duas espécies de bens consumíveis:

Os consumíveis de fato: aqueles que no seu primeiro uso já serão consumidos, ou seja, há a destruição
imediata da própria substância, como um picolé J, por exemplo;

Os consumíveis de direito: São aqueles bens destinados à venda (alienação), como os remédios de uma
farmácia, um livro posto em uma loja, enfim os bens enquanto destinados à alienação.

A alternativa D está incorreta, pois conforme dispõe o art. 80, inciso II do Código Civil, o direito à
sucessão aberta é considerado imóvel para os efeitos legais:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

II - o direito à sucessão aberta.

E a alternativa traz móveis, invertendo os conceitos, ficando assim invalida.

A alternativa E está incorreta, pois consta a afirmativa de que os bens divisíveis só podem tornar-se
indivisíveis por força da lei, mas isto é errôneo, porque podem além dessa opção, se tornarem
indivisíveis por vontade das partes, conforme disposto pelo art. 88 do Código Civil” os bens
naturalmente divisíveis podem se tornar indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das
partes”.

10. (FCC / TCM-GO – 2015) Quanto aos bens

a) Materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

b) Naturalmente divisíveis, podem tornar-se indivisíveis somente por determinação da lei.

c) Imóveis, adquirem esta qualidade as energias que tenham valor econômico para os efeitos legais.

d) Móveis ou imóveis, são fungíveis os que podem ser substituídos por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.

e) Imóveis, perdem este caráter as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade,
forem removidas para outro local.

Comentários:

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A alternativa A está correta, conforme dispõe a literalidade do art. 84 do Código Civil:

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os
materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel.

A alternativa B está incorreta, pois de acordo com o Código Civil:

Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por
vontade das partes.

Portanto, de acordo com o artigo, os bens podem ser indivisíveis por:

Sua própria natureza, sendo aqueles bens que não podem ser partidos sem alteração na sua substância
ou no seu valor, como por exemplo, um quadro de Picasso.

Por determinação legal, ocorrendo quando a lei de forma expressa proíbe que determinado bem seja
dividido.

Por vontade das partes, ocorrendo quando as partes fazem um acordo para tornar alguma coisa
indivisível.

A alternativa C está incorreta, pois levam a classificação de móveis as energias que tenha valor
econômico.

De acordo com o Código Civil:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

As energias são: o gás – que pode ser transportado por tubulação ou em botijão, e também a energia
elétrica, que embora não tenha a mesma corporalidade do gás, é bem móvel. Neste sentido, Caio Mário
da Silva Pereira afirmava: “No direito moderno qualquer energia natural, elétrica inclusive, que tenha
valor econômico, considera-se bem móvel”.

O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis.

A alternativa D está incorreta, pois os bens imóveis não podem ser fungíveis.

Ser fungível é atributo exclusivo dos bens móveis, como expresso no Art. 85 do Código Civil:

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

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A alternativa E está incorreta, dado que as edificações que separadas do solo, mas conservadas a sua
unidade, forem removidas para outro lugar não perdem o caráter de imóveis.

De acordo com o Código Civil:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local;

Considera-se, para saber se um bem é móvel ou imóvel, sua finalidade. Por exemplo, quando uma casa
vai ser demolida e dela são retiradas as portas e as janelas, quando isso acontece as portas e as janelas
readquirem sua qualidade de bem móvel, quando forem reutilizados, em outra casa, serão novamente
bens imóveis.

O inciso I se refere, por exemplo, àquelas situações mais comuns em outros países, onde uma casa
(normalmente de madeira) é transportada com toda a sua estrutura (conservando a sua unidade).

11. (FCC / TCM-GO – 2015) Em relação aos bens, considere as afirmativas:

I. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

II. Consideram-se bens imóveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta, bem como os
direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram.

III. Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico,
os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, bem como os direitos
pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

Está correto o que se afirma em

a) I e III, apenas.

b) II e III, apenas.

c) I, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I, II e III.

Comentários

Afirmativa I é correta, pois são considerados bens imóveis o solo e tudo o que lhe for acrescentado, de
forma natural ou artificial, de acordo com o Código Civil:

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

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Deste modo, os bens imóveis são os que não podemos transportar ou remover, sem alteração de sua
substância.

Afirmativa II é correta, pois de acordo com o art. 80, incisos I e II, consideram-se bens imóveis, para os
efeitos legais, o direito à sucessão aberta, bem como os direitos reais sobre imóveis e as ações que os
asseguram.

De acordo com o Código Civil:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

O direito a sucessão aberta dispõe sobre um complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este
compreendido em sua universalidade. Dados os fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens
móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais bens se enquadram todos no Art. 80, sendo
considerados imóveis. Obviamente, após a partilha os bens retomam a ser novamente considerados
separadamente.

Afirmativa III é correta, pois de acordo com o art. 83 e seus incisos I, II e III, consideram-se bens móveis,
para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico, os direitos reais sobre objetos móveis e
as ações, como disposto no Código Civil:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

A alternativa A está incorreta, pois não contém a afirmativa II.

A alternativa B está incorreta, pois não são apenas a II e III que estão corretas, a I também está.

A alternativa C está incorreta, pois traz apenas a afirmativa I, faltando a II e III.

A alternativa D está incorreta, pois exclui a III.

A alternativa E está correta, pois apresenta as três afirmativas.

12. (FCC / TJ-AP – 2014) Carlos construiu uma casa em terreno que recebeu de seu pai.
Posteriormente, empreendeu reforma na casa, retirando-lhe as portas a fim de pintá-las e
reempregá-las na construção. No terreno, incorporou-se, naturalmente, uma goiabeira.
Consideram-se imóveis

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a) A casa e a goiabeira.

b) O terreno, a casa e a goiabeira.

c) O terreno, apenas.

d) O terreno e a casa.

e) O terreno, a casa, as portas e a goiabeira.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, visto que falta acrescentar o terreno e as portas.

A alternativa B está incorreta, em razão de que falta acrescentar as portas.

As portas (neste caso) é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 do Código Civil:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

As portas a fim de pintá-las e reempregá-las na construção não pedem a qualidade de imóveis.

O dispositivo rege acerca da imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados
de um prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Eventualmente os
demais bens contidos podem ser destacados do solo ou do imóvel em si, como no caso apresentado, sem
serem destruídos, dando a este bem um caráter móvel até que seja novamente aderido em outro lugar,
recuperando sua natureza como bem imóvel.

A alternativa C está incorreta, pois diz que o terreno apenas é imóvel, contudo a casa, as portas e a
goiabeira também são caracterizadas como bens imóveis.

A alternativa D está incorreta, pois falta acrescentar as portas e a goiabeira.

A alternativa E está correta, pois consideram-se imóveis o terreno, a casa, as portas e a goiabeira.

A casa é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 do Código Civil:

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Consideram-se imóveis por acessão artificial ou industrial: tudo que o homem incorporar
permanentemente ao solo. Por isso chama-se artificial, porque não veio da natureza e sim do homem.

A goiabeira é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 do Código Civil:

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

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Consideram-se imóveis por acessão natural: aqui estão incluídas as árvores com seus frutos, desde que
ainda pendentes (enquanto não se destacarem da árvore); as águas, as pedras, as fontes (naturais).
Enfim, tudo que for ligado ao solo de forma natural entra nesta classificação.

O terreno é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 do Código Civil:

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Consideram-se imóveis por natureza: o solo, incluídos a sua superfície o seu subsolo e o seu espaço
aéreo.

A porta, neste caso, é um bem imóvel, de acordo com o art. 81 do Código Civil:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

As portas retiradas para pintá-las, sabendo-se que serão reempregadas novamente na construção não
perdem a qualidade de imóveis.

13. (FCC / TRF - 4ª REGIÃO – 2014) Considere as seguintes hipóteses:

I. Mario removeu sua casa pré-fabricada para outro local, retirando-a do solo e colocando-a em
veículo especial.

II. Maria possui direito real sobre o veículo marca X, modelo Y, ano 2012.

III. Carmelita possui direito à sucessão aberta.

IV. Marta removeu as janelas de sua moradia e colocou-as, durante a realização de outros
serviços, em um depósito para posterior recolocação no local em que se encontravam.

Nestes casos, de acordo com o Código Civil brasileiro, são exemplos de bens imóveis os indicados
APENAS em

a) I, III e IV.

b) II e IV.

c) I e II.

d) II, III e IV.

e) I e III.

Comentários:

Hipótese I é correta, dado que Mario removeu sua casa pré-fabricada para outro local, retirando-a do
solo e colocando-a em veículo especial. De acordo com o Código Civil brasileiro, são exemplos de bens

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imóveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para
outro local:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local;

O inciso I se refere, por exemplo, àquelas situações mais comuns em outros países, onde uma casa
(normalmente de madeira) é transportada com toda a sua estrutura (conservando a sua unidade).

Hipótese II é errada, pois, de acordo com o Código Civil, em seu Art. 80, são exemplos de bens imóveis
os direitos reais:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

No art. 80 temos a atribuição da característica de bem imóvel a um bem que por sua natureza não o é.
Os direitos são coisas imateriais e, por este motivo, não entram diretamente na classificação de bens
móveis ou imóveis. Entretanto, tendo em vista a segurança das relações jurídicas, os direitos reais sobre
imóveis são tratados como se fossem imóveis.

Hipótese III é correta, pois, de acordo com o Código Civil, são exemplos de bens imóveis o direito à
sucessão aberta:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

II - o direito à sucessão aberta.

“O direito abstrato à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que os bens deixados pelo de
cujus sejam todos móveis. Neste caso, o que se considera imóvel não é o direito aos bens componentes
da herança, mas o direito a esta, como uma unidade. A lei não cogita das coisas que estão na herança,
mas do direito a esta”.

Hipótese IV é correta, pois de acordo com o Código Civil, são exemplos de bens imóveis os materiais
provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

Segundo o inciso II do art. 81, os materiais nem chegam a perder a qualidade de imóveis desde que a
finalidade seja o reemprego no mesmo prédio.

A alternativa A está correta, pois traz as hipóteses I, III e IV todas corretas.

Alternativa B, C, D e E estão incorretas consequentemente.

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14. (FCC / MPC-MS – 2013) A colheita de uma plantação é considerada bem

a) Móvel por antecipação.

b) Imóvel por natureza.

c) Móvel por natureza ou essência.

d) Móvel por destinação legal.

e) Imóvel por destinação legal

Comentários:

A alternativa A está correta, pois são móveis por antecipação os bens que foram incorporados ao solo,
mas com a intenção de oportunamente separá-los, transformando-os, assim, em bens móveis, com
finalidade econômica.

Da mesma forma que as árvores, também os frutos, pedras e metais enquanto aderentes ao imóvel são
imóveis, e uma vez que forem separados para fins humanos tornam-se móveis. São estes os chamados
bens móveis por antecipação.

A alternativa B está incorreta, pois os bens móveis por natureza são os bens que podem ser
transportados sem qualquer dano, por força própria ou alheia¸ ou seja não é o caso em questão visto
que nele foi antecipado que ele era imóvel, mas foi mobilizado por uma atividade humana.

A alternativa C está incorreta, dado que os bens móveis por natureza são os bens que podem ser
transportados sem causar-lhes dano, por força alheia ou própria, não sendo o caso da questão, pois nele
foi antecipado que era um bem imóvel que foi mobilizado pela ação humana.

A alternativa D está incorreta, dado que os bens móveis por determinação legal são dados em situações
em que a lei determina que o bem é móvel, como expresso pelo art. 83, envolvendo os direitos reais e
as ações respectivas que recaiam sobre bens móveis, caso do penhor, em regra; as energias com valor
econômico, como a energia elétrica; os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações, caso
dos direitos autorais, nos termos do art. 3.º da Lei 9.610/1998.

A alternativa E está incorreta, dado que imóvel por destinação legal, segundo o Art. 80 são:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

O direitos reais são: a propriedade, a servidão, o usufruto, o uso, a habitação, o direito do promitente
comprador do imóvel, o penhor, a hipoteca, a anticrese, a concessão de uso especial para fins de
moradia, a concessão de direito real de uso e as enfiteuses ainda existentes, bem como as ações que os
asseguram, como as ações possessórias, as reividicatórias, as hipotecárias, as pignoratícias, etc.

O direito a sucessão aberta dispõe sobre um complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este
compreendido em sua universalidade. Dados os fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens

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Aula 03

móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais bens se enquadram todos no Art. 80, sendo
considerados imóveis. Obviamente, após a partilha os bens retomam a ser novamente considerados
separadamente.

15. (FCC / TRT - 18ª REGIÃO – 2013) Livro contendo dedicatória de um de seus autores é um bem

a) Móvel, infungível, indivisível e singular.

b) Imóvel por equiparação, fungível, indivisível e singular.

c) Móvel, infungível, divisível e coletivo.

d) Móvel, fungível, divisível e singular.

e) Imóvel por equiparação, infungível, indivisível e coletivo.

Comentários:

A alternativa A está correta, pois o livro é um bem móvel, infungível, indivisível e singular, de acordo
com o art. 82 do CC, que dispõe:

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem
alteração da substância ou da destinação econômico-social.

É infungível, pois por ser um livro autografado não pode ser substituído por outro.

É bem indivisível, pois que se for fracionado perde sua substância.

É singular, pois de acordo com o art. 89 do CC:

Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos
demais.

A alternativa B está incorreta, o livro não é imóvel por equiparação e não é fungível dado que não pode
ser substituído por ter o autógrafo de um de seus autores.

A alternativa C está incorreta, pois o livro não é um bem divisível, visto que os bens indivisíveis são
aqueles que, quando fracionados, não perdem a identidade e não sofrem desvalorização, não sendo o
caso do livro já que se este for fracionado irá perder sua identidade, e sofrerá desvalorização, de acordo
com o Art. 87:

Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.

O livro também não é um bem coletivo, pois não é composto de várias coisas singulares que se
consideram um conjunto, ele é um único bem, e sendo singular deve ser considerado
independentemente.

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Aula 03

A alternativa D está incorreta, dado que o livro não é fungível (substituível) em virtude de conter um
autógrafo de um de seus autores e também não é divisível.

A alternativa E está incorreta, pois o livro não é imóvel por equiparação, nem coletivo

16. (FCC / TRT - 12ª REGIÃO – 2013) Em relação aos bens:

a) Pertenças são bens que constituem partes de outros bens móveis ou imóveis, para incremento de sua
utilidade.

b) São móveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

c) Infungíveis são os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

d) Não perdem o caráter de bens imóveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando sua
unidade, forem removidas para outro local.

e) As benfeitorias podem ser principais, acessórias, singulares e coletivas.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, dado que as pertenças não são bens que constituem partes de outros
bens móveis ou imóveis, para incremento de sua utilidade. De acordo com o disposto pelo Art. 93 do
Código Civil:

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

As pertenças são caracterizadas como bens que se acrescem como acessórios à coisa principal, daí
serem consideradas como coisa anexada. Portanto, são bens acessórios sui generis destinados, de modo
duradouro, a conservar ou facilitar o uso ou prestar serviço, ou servir de adorno do bem principal sem
se integrar a ele.

A alternativa B está incorreta, pois não são móveis os materiais provisoriamente separados de um
prédio, para nem se reempregarem, eles continuam sendo imóveis.

De acordo com o Código Civil:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

O Art. 81 dispõe acerca da imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados de
um prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Eventualmente os demais
bens contidos podem ser destacados do solo sem serem destruídos, dando a este bem um caráter móvel
até que seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como bem imóvel.

A alternativa C está incorreta, pois é apresentado de forma errônea o conceito de “bens infungíveis”.

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De acordo com o Código Civil:

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

A respeito dos bens infungíveis não há definição no código, portanto se consideram infungíveis os bens
opostos aos citados no Art. 85

A alternativa D está correta, pois sua redação está em perfeita sintonia com o artigo 81 do CC, que
dispõe:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local;

O Art. 81 rege sobre a imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados de um
prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. De forma eventual, os demais
bens contidos podem ser destacados do solo sem serem destruídos, dando a este bem um caráter móvel
até que seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como bem imóvel.

A alternativa E está incorreta, pois é errôneo o que afirma a respeito das benfeitorias, dado que de
acordo com o Código Civil:

Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

17. (FCC / MPE-CE – 2013) Consideram-se bens móveis para os efeitos legais:

a) As edificações que, separadas do solo, mas conservando sua unidade, forem removidas para outro
local.

b) O direito à sucessão aberta.

c) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

d) As energias que tenham valor econômico

e) Tudo quanto se incorporar ao solo artificialmente.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, dado que as edificações que, separadas do solo, mas conservada sua
unidade, forem removidas para outro lugar continuam sendo bens imóveis, como disposto pelo Art. 81:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local;

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No Art. 81 pode-se entender que ocorre a imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais
separados de um prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Podem os
demais bens contidos podem ser destacados do solo sem serem destruídos, dando a este bem um caráter
móvel até que seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como bem imóvel.

A alternativa B está incorreta, pois o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel para efeitos
legais.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

II - o direito à sucessão aberta.

O direito a sucessão aberta rege acerca de um complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este
compreendido em sua universalidade. Assim sendo, não importa se a pessoa falecida deixou bens
móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais bens se enquadram todos no Art. 80, sendo
considerados imóveis, mas após a partilha os bens retomam a ser novamente considerados
separadamente.

A alternativa C está incorreta, em virtude que os materiais provisoriamente separados de um prédio,


para que nele se reempreguem, não perdem ser caráter de bens imóveis.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

O dispositivo supracitado rege a imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais


separados de um prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Pode ocorrer
de os demais bens contidos serem destacados do solo sem acarretar na sua destruição, dando a este
bem um caráter móvel até que seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como
bem imóvel.

A alternativa D está correta, as energias que tenham valor econômico de acordo com o Código Civil são
consideradas bens móveis por efeitos legais.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis.

18. (FCC / TRF - 4ª REGIÃO – 2013) Em relação aos bens, assinale a alternativa INCORRETA.

a) São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao
uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

b) Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertencentes à mesma


pessoa, tenham destinação unitária.

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c) Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade
das partes.

d) Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos reais sobre imóveis e as ações que os
asseguram, bem como o direito à sucessão aberta.

e) Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

Comentários:

A alternativa A está correta, pois sua redação está de acordo com o Art. 93 do Código Civil, que dispõe
que:

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

As pertenças são bens acrescidos como acessórios da coisa principal, sendo considerados, portanto,
uma coisa anexada, podendo ser de modo duradouro ou servindo apenas de adorno sem se integrar à
coisa principal.

A alternativa B está incorreta, pois inverte os conceitos de direito e de fato, e inverte também a palavra
pertinentes para pertencentes.

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma
pessoa, tenham destinação unitária.

A alternativa C está correta, de acordo com o Código Civil

Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por
vontade das partes.

A alternativa D está correta, pois de acordo com o Art. 80 do CC:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

Os direitos reais são: a propriedade, a superfície, as servidões, o usufruto, o uso, a habitação, direito do
promitente comprador do imóvel, o penhor, a hipoteca, a anticrese, a concessão de uso especial para
fins de moradia, a concessão de direito real de uso e as enfiteuses ainda existentes, bem como as ações
que os asseguram, como as ações possessórias, as reivindicatórias, as hipotecárias, etc.

No segundo inciso, temos o direito a sucessão aberta, que é definido como sendo um complexo de bens
que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade. Sendo assim, não importa
se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais bens se

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enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a partilha os bens retomam
a ser novamente considerados separadamente.

A alternativa E está correta, pois sua redação está em concordância com o Art. 81 do CC:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local;

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

No dispositivo citado, dispõe-se sobre a imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais
separados de um prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. É fato que
os demais bens contidos podem ser destacados do solo sem serem destruídos, dando a este bem um
caráter móvel até que seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como bem
imóvel.

19. (FCC / TJ-PE – 2013) No tocante aos bens, é correto afirmar:

a) Perdem o caráter de imóveis as edificações separadas do solo e removidas para outro local, ainda que
conservando sua unidade.

b) Consideram-se imóveis, para efeitos legais, os direitos reais sobre imóveis e as ações que os
asseguram, bem como o direito à sucessão aberta.

c) Tornam-se móveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se


reempregarem.

d) São bens consumíveis aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria substância, salvo se
destinados à alienação.

e) Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa,
tenham destinação unitária.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, de acordo com Art. 81 do Código Civil:

Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local.

A alternativa B está correta, pois está plenamente em conformidade com o Art. 80 do Código Civil:
“Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

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II - o direito à sucessão aberta.”.

A alternativa C está incorreta, pois a redação da alternativa está contrária ao inciso II do Art. 81 do
Código Civil, que dispõe:

Não perdem o caráter de imóveis:

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

A alternativa D está incorreta, pois contradiz o Art. 86 do CC quando dispõe que são “salvos os bens
consumíveis destinados à alienação”, devendo estes serem inclusos:

Art. 86 - São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância,
sendo também considerados tais os destinados à alienação.

A alternativa E está incorreta, pois o que constitui a universalidade de direito é o complexo de relações
jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico, conforme disposto pelo Art. 91 do CC:

Art. 91 - constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas
de valor econômico.

O conceito trazido pela alternativa dispõe a respeito do artigo 90, qual rege sobre a universalidade de
fato, sendo este:

Art. 90 - constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma
pessoa, tenham destinação unitária.

20. (FCC / MPE-AL – 2012) Nos termos do Código Civil brasileiro, considera-se bem imóvel:

a) A energia que tenha valor econômico.

b) O direito à sucessão aberta.

c) Material de construção proveniente de demolição.

d) Direito pessoal de caráter patrimonial.

e) Aeronave.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois como é expresso no Art. 83 do CC:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

O Art. 83 dispõe acerca dos bens que não são móveis em sua natureza (seguindo o atributo de
mobilidade), mas ainda são conferidos com a natureza de bens móveis

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A alternativa B está correta, pois sua redação está de acordo com o Art. 80 do Código Civil, que dispõe:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

II - o direito à sucessão aberta.

O direito a sucessão aberta dispõe sobre um complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este
compreendido em sua universalidade. Dados os fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens
móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais bens se enquadram todos no Art. 80, sendo
considerados imóveis. Obviamente, após a partilha os bens retomam a ser novamente considerados
separadamente.

A alternativa C está incorreta, pois o correto seria ser considerado móvel e está embasado no Art. 84
do Código Civil, que rege:

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os
materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este prédio um bem
imóvel.

A alternativa D está incorreta, pois os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são
considerados móveis para efeitos legais, assim como está disposto no Art. 83 inciso III:

Art. 83 - Consideram-se móveis para os efeitos legais

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito
pessoal (direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os
direitos pessoais que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os
direitos de personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico.

A alternativa E está incorreta, pois é considerada um bem móvel, de acordo com o disposto põe Art. 82
do Código Civil:

São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração
da substância ou da destinação econômico-social.

21. (FCC / TRE-PR – 2012) Considera-se imóvel para efeitos legais

a) O direito à sucessão aberta.

b) Apenas a ação que assegura os direitos reais sobre imóveis.

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c) Tudo o que se incorporar natural ou artificialmente ao solo.

d) Somente o que se incorporar artificialmente ao solo.

e) Somente o direito real sobre os imóveis alheios.

Comentários:

A A alternativa A está correta, dado que o direito à sucessão aberta é considerado imóvel para os efeitos
legais, de acordo com o Código Civil:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

II - o direito à sucessão aberta.

O direito a sucessão aberta expressa um complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este
compreendido em sua universalidade. Desta forma, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis
ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados
imóveis, e após a partilha os bens retomam a ser novamente considerados separadamente.

A alternativa B está incorreta, pois não é apenas a ação que assegura os direitos dos imóveis, sendo
também os direitos reais sobre imóveis, de acordo com o Código Civil:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

A alternativa C está incorreta, dado que tudo que se incorpora naturalmente ou artificialmente ao solo
é imóvel, não imóvel por determinação legal, de acordo com o Art. 79:

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

A alternativa D está incorreta, o que se incorpora artificialmente ao solo é bem imóvel, e ainda na
classificação de bem imóvel também está errada por diz somente o que se incorpora artificialmente,
sendo que o artigo 79, traz que é bem imóvel o que se incorpora naturalmente também, ou seja questão
totalmente errônea.

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

A alternativa E está incorreta, pois o correto seria os direitos reais sobre imóveis e as ações que os
asseguram.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram.

22. (FCC / TRT - 11ª REGIÃO – 2012) Podem ser considerados bens imóveis para os efeitos legais,

a) As cisternas e as energias que tenham valor econômico.

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b) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e as energias que tenham valor econômico.

c) O direito à sucessão aberta e os direitos pessoais de caráter patrimonial.

d) Os direitos reais sobre imóveis, as máquinas de uma indústria e o direito à sucessão aberta.

e) Os direitos personalíssimos e o carvão.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, dado o fato de que a cisterna é um bem imóvel e as energias que tenham
valor econômico é considerada um bem móvel por determinação legal, de acordo com o Art. 83:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

A alternativa B está incorreta, dado que os direitos pessoais de caráter patrimonial e as energias que
tenham valor econômico são bens móveis para os efeitos legais, como disposto pelo Art. 83 do código
civil:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

A alternativa C está incorreta, pois os direitos pessoais de caráter patrimonial são bens móveis para
efeitos legal, de acordo com o Art. 83:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

A alternativa D está correta, visto que de acordo com o Código Civil:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

A alternativa E está incorreta, dado que nem o carvão, nem os direitos personalíssimos são
considerados bens imóveis para efeitos legais. São considerados bens imóveis para efeitos legais, de
acordo com o Art. 83:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

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23. (FCC / TRT - 11ª REGIÃO – 2012) Considere as seguintes hipóteses:

I. Na reforma da residência de Otávio, foi retirada toda a lareira da sala para pintura das paredes
e teto para posterior recolocação.

II. Márcia comprou sementes e as plantou para fins de cultivo.

Nestes casos, a lareira

a) É considerada bem móvel e as sementes bens imóveis.

b) E as sementes são considerados bens imóveis.

c) E as sementes são considerados bens móveis.

d) É considerada bem imóvel e as sementes bens móveis.

e) E as sementes são considerados bens insuscetíveis de classificação momentânea.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, já que a lareira foi retirada apenas para possibilitar a pintura das
paredes, posteriormente será recolocada, não perdendo assim o caráter de imóvel, como disposto pelo
Art. 81:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

A alternativa B está correta, pois a lareira se enquadra no art.81, inciso II, sendo um bem imóvel e as
sementes se encaixam no art. 79, sendo um bem imóvel.

De acordo com os Arts. 71 e 81 do Código Civil:

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local;

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

A alternativa C está incorreta, pois ambos são bens imóveis, de acordo com o que foi explicado na
alternativa B, com base nos Arts. 79 e 81:

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

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I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local;

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

A alternativa D está incorreta, pois as sementes também são bens imóveis, dado que elas são para fins
de cultivo, de acordo com o Art. 79, que dispõe:

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

A alternativa E está incorreta, visto que ambos são considerados bens imóveis, não bens insuscetíveis
de classificação momentânea.

24. (FCC / TRT - 20ª REGIÃO – 2011) Considere:

I. A hipoteca de um terreno.

II. Os direitos autorais.

III. Uma floresta.

São bens imóveis os indicados APENAS em

a) I.

b) I e II.

c) I e III.

d) II.

e) II e III.

Comentários:

O item I está correto, pois a hipoteca de um terreno é um bem imóvel, como disposto pelo Art. 80 do
Código Civil:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

O item II está errado, pois os direitos autorais são considerados bens móveis, de acordo com o Art. 83
do código civil:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

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O item III está correto, pois uma floresta é considerada um bem imóvel, como disposto pelo Art. 79 do
código civil:

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

As alternativas A, B, D e E incorretas.

A alternativa C correta, visto que traz os dois itens que apresentam bem imóvel.

25. (FCC / TRT - 23ª REGIÃO – 2011) Considera-se, dentre outros, bem imóvel:

a) A energia térmica.

b) A energia elétrica.

c) O direito autoral.

d) O direito hereditário.

e) O direito de patente.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois a energia térmica é um bem móvel, como disposto no Código Civil,
em seu artigo 83:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

A alternativa B está incorreta, pois a energia elétrica é um bem móvel, de acordo com o código civil:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

Os bens citados pelo artigo 83 são os que não são móveis em sua natureza (se analisados segundo o
atributo de mobilidade, mas ainda assim são classificados como móveis.

A alternativa C está incorreta, porque o direito autoral é um bem móvel.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito
pessoal (direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os

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direitos pessoais que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os
direitos de personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico.

A alternativa D está correta, em virtude de que o direito hereditário é um bem imóvel


Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

II - o direito à sucessão aberta.

O direito a sucessão aberta é conceituado acerca de um complexo de bens que é transferido de cujus,
sendo este compreendido em sua universalidade. Desta forma, não importa se a pessoa falecida deixou
bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais bens se enquadram todos no Art. 80, sendo
considerados imóveis, e após a partilha os bens retomam a ser novamente considerados
separadamente.

A alternativa E está incorreta, já que o direito de patente é um bem imóvel.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

26. (FCC / TRT - 14ª REGIÃO – 2011) José adquiriu uma área de terras e nela construiu uma
pequena casa. Adquiriu cinquenta cabeças de gado, um trator, madeira para construção de
um curral e diversas ferramentas para agricultura. Consideram-se bens móveis

a) As cabeças de gado e a madeira para construção do curral, somente.

b) O trator e as ferramentas para agricultura, somente.

c) As cabeças de gado, o trator, a madeira para construção do curral e as ferramentas para agricultura.

d) As ferramentas para agricultura, somente.

e) O trator, a madeira para construção do curral e as ferramentas para agricultura, somente.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, dado que é errôneo utilizar a palavra “somente”, pois as cabeças de gado
e a madeira são bens móveis, mas não somente eles, porque o trator e as ferramentas para a agricultura
também devem ser classificados como bens móveis.

A alternativa B está incorreta, pois esta não considera as cabeças de gado e a madeira.

A alternativa C está correta, dado cabeças de gado são bens móveis, na modalidade semoventes por
irem de um local para outro por força própria.

A madeira para construção é bem móvel enquanto não é empregada na construção de um bem imóvel,
de acordo com o Art. 84, que dispõe:” Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem
empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da
demolição de algum prédio.”
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O trator e as ferramentas para agricultura são bens móveis considerados em si mesmos, de acordo com
o Art. 82 do Código Civil:

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem
alteração da substância ou da destinação econômico-social.

A alternativa D está incorreta, pois é errôneo afirmar que as ferramentas para agricultura são os únicos
bens móveis, pois o trator, as cabeças de gado e madeira para a construção do curral também são bens
móveis.

A alternativa E está incorreta, pois faltou acrescentar as cabeças de gado.

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FCC

Bens Móveis e Imóveis (Art. 79 Ao 84)

1. (FCC - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal- 2018)
Em relação aos bens,

a) os materiais destinados a alguma construção, mesmo que ainda não empregados, já são considerados
imóveis em razão de sua finalidade.

b) consideram-se imóveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta.

c) são consumíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

d) os naturalmente divisíveis conservam sua divisibilidade em qualquer situação, nada obstante a lei ou
a vontade das partes em sentido contrário.

e) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal como regra abrangem as pertenças, salvo
disposição da lei ou do contrato em sentido diverso.

2. (FCC / CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – 2018) Em relação aos bens, sua
classificação e espécies,

a) consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta.

b) conservam sua qualidade de bens móveis os materiais destinados a alguma construção, enquanto
não forem empregados; readquirem essa qualidade de bens móveis os provenientes da demolição de
algum prédio.

c) não perdem o caráter de bens móveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando sua
unidade, forem removidas para outro local.

d) entre outros, consideram-se bens imóveis para efeitos legais os direitos pessoais de caráter
patrimonial e ações respectivas.

e) são divisíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo
também considerados tais os destinados à alienação.

3. (FCC / CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – 2018) Em relação aos bens, sua
classificação e espécies,

a) consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta.

b) conservam sua qualidade de bens móveis os materiais destinados a alguma construção, enquanto
não forem empregados; readquirem essa qualidade de bens móveis os provenientes da demolição de
algum prédio.

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c) não perdem o caráter de bens móveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando sua
unidade, forem removidas para outro local.

d) entre outros, consideram-se bens imóveis para efeitos legais os direitos pessoais de caráter
patrimonial e ações respectivas.

e) são divisíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo
também considerados tais os destinados à alienação.

4. (FCC / TRT - 15ª REGIÃO – 2018) Em relação aos bens,

a) consideram-se como benfeitorias mesmo os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem


a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

b) os naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis somente por vontade das partes.

c) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal como regra abrangem as pertenças, salvo
as exceções legais.

d) os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

e) são consumíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

5. (FCC / TRF - 5ª REGIÃO – 2017) Considera-se bem imóvel, para os efeitos legais,

a) o direito à sucessão aberta.

b) o automóvel que, por defeito irreparável do motor, é insuscetível de movimento próprio.

c) a energia que tenha valor econômico.

d) o direito pessoal de caráter patrimonial.

e) o direito real sobre objetos móveis.

6. (FCC / TRT - 14ª REGIÃO – 2016) Nos termos preconizados pelo Código Civil são considerados
bens imóveis para os efeitos legais, dentre outros,

a) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

b) O direito à sucessão aberta.

c) Os direitos reais sobre objetos móveis e respectivas ações.

d) As energias que tenham valor econômico.

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e) Os materiais provenientes da demolição de algum prédio.

7. (FCC / TRT - 9ª REGIÃO – 2015) De acordo com o Código Civil,

a) É considerado imóvel o direito à sucessão aberta.

b) São considerados imóveis as energias que tenham valor econômico.

c) São considerados imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial.

d) São considerados imóveis os direitos reais sobre objetos móveis.

e) São consideradas imóveis as ações correspondentes a direitos reais sobre objetos móveis ou imóveis.

8. (FCC / TRE-SE – 2015) No tocante as diferentes classes de bens, considere:

I. Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens imóveis
para os efeitos legais.

II. As energias que possuam valor econômico são consideradas bens móveis para os efeitos
legais.

III. Os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens móveis para os
efeitos legais.

IV. As árvores e os frutos pendentes não destinados ao corte são considerados bens imóveis por
acessão natural.

De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em

a) I e III.

b) II, III e IV

c) I e IV.

d) I, II e IV.

e) II e III.

9. (FCC / TRT - 1ª REGIÃO – 2015) Relativamente aos bens, o Código Civil estabelece que

a) Constituem-se em bens móveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se


reempregarem.

b) Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas
ações.

c) São consumíveis os bens móveis destinados à alienação.

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d) Consideram-se móveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta.

e) Os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis pela vontade das partes, mas
apenas por força de lei.

10. (FCC / TCM-GO – 2015) Quanto aos bens

a) Materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

b) Naturalmente divisíveis, podem tornar-se indivisíveis somente por determinação da lei.

c) Imóveis, adquirem esta qualidade as energias que tenham valor econômico para os efeitos legais.

d) Móveis ou imóveis, são fungíveis os que podem ser substituídos por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.

e) Imóveis, perdem este caráter as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade,
forem removidas para outro local.

11. (FCC / TCM-GO – 2015) Em relação aos bens, considere as afirmativas:

I. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

II. Consideram-se bens imóveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta, bem como os
direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram.

III. Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico,
os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, bem como os direitos
pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

Está correto o que se afirma em

a) I e III, apenas.

b) II e III, apenas.

c) I, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I, II e III.

12. (FCC / TJ-AP – 2014) Carlos construiu uma casa em terreno que recebeu de seu pai.
Posteriormente, empreendeu reforma na casa, retirando-lhe as portas a fim de pintá-las e
reempregá-las na construção. No terreno, incorporou-se, naturalmente, uma goiabeira.
Consideram-se imóveis

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a) A casa e a goiabeira.

b) O terreno, a casa e a goiabeira.

c) O terreno, apenas.

d) O terreno e a casa.

e) O terreno, a casa, as portas e a goiabeira.

13. (FCC / TRF - 4ª REGIÃO – 2014) Considere as seguintes hipóteses:

I. Mario removeu sua casa pré-fabricada para outro local, retirando-a do solo e colocando-a em
veículo especial.
==2b92ae==

II. Maria possui direito real sobre o veículo marca X, modelo Y, ano 2012.

III. Carmelita possui direito à sucessão aberta.

IV. Marta removeu as janelas de sua moradia e colocou-as, durante a realização de outros
serviços, em um depósito para posterior recolocação no local em que se encontravam.

Nestes casos, de acordo com o Código Civil brasileiro, são exemplos de bens imóveis os indicados
APENAS em

a) I, III e IV.

b) II e IV.

c) I e II.

d) II, III e IV.

e) I e III.

14. (FCC / MPC-MS – 2013) A colheita de uma plantação é considerada bem

a) Móvel por antecipação.

b) Imóvel por natureza.

c) Móvel por natureza ou essência.

d) Móvel por destinação legal.

e) Imóvel por destinação legal

15. (FCC / TRT - 18ª REGIÃO – 2013) Livro contendo dedicatória de um de seus autores é um bem

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a) Móvel, infungível, indivisível e singular.

b) Imóvel por equiparação, fungível, indivisível e singular.

c) Móvel, infungível, divisível e coletivo.

d) Móvel, fungível, divisível e singular.

e) Imóvel por equiparação, infungível, indivisível e coletivo.

16. (FCC / TRT - 12ª REGIÃO – 2013) Em relação aos bens:

a) Pertenças são bens que constituem partes de outros bens móveis ou imóveis, para incremento de sua
utilidade.

b) São móveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

c) Infungíveis são os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

d) Não perdem o caráter de bens imóveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando sua
unidade, forem removidas para outro local.

e) As benfeitorias podem ser principais, acessórias, singulares e coletivas.

17. (FCC / MPE-CE – 2013) Consideram-se bens móveis para os efeitos legais:

a) As edificações que, separadas do solo, mas conservando sua unidade, forem removidas para outro
local.

b) O direito à sucessão aberta.

c) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

d) As energias que tenham valor econômico

e) Tudo quanto se incorporar ao solo artificialmente.

18. (FCC / TRF - 4ª REGIÃO – 2013) Em relação aos bens, assinale a alternativa INCORRETA.

a) São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao
uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

b) Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertencentes à mesma


pessoa, tenham destinação unitária.

c) Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade
das partes.

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d) Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos reais sobre imóveis e as ações que os
asseguram, bem como o direito à sucessão aberta.

e) Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

19. (FCC / TJ-PE – 2013) No tocante aos bens, é correto afirmar:

a) Perdem o caráter de imóveis as edificações separadas do solo e removidas para outro local, ainda que
conservando sua unidade.

b) Consideram-se imóveis, para efeitos legais, os direitos reais sobre imóveis e as ações que os
asseguram, bem como o direito à sucessão aberta.

c) Tornam-se móveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se


reempregarem.

d) São bens consumíveis aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria substância, salvo se
destinados à alienação.

e) Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa,
tenham destinação unitária.

20. (FCC / MPE-AL – 2012) Nos termos do Código Civil brasileiro, considera-se bem imóvel:

a) A energia que tenha valor econômico.

b) O direito à sucessão aberta.

c) Material de construção proveniente de demolição.

d) Direito pessoal de caráter patrimonial.

e) Aeronave.

21. (FCC / TRE-PR – 2012) Considera-se imóvel para efeitos legais

a) O direito à sucessão aberta.

b) Apenas a ação que assegura os direitos reais sobre imóveis.

c) Tudo o que se incorporar natural ou artificialmente ao solo.

d) Somente o que se incorporar artificialmente ao solo.

e) Somente o direito real sobre os imóveis alheios.

22. (FCC / TRT - 11ª REGIÃO – 2012) Podem ser considerados bens imóveis para os efeitos legais,

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a) As cisternas e as energias que tenham valor econômico.

b) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e as energias que tenham valor econômico.

c) O direito à sucessão aberta e os direitos pessoais de caráter patrimonial.

d) Os direitos reais sobre imóveis, as máquinas de uma indústria e o direito à sucessão aberta.

e) Os direitos personalíssimos e o carvão.

23. (FCC / TRT - 11ª REGIÃO – 2012) Considere as seguintes hipóteses:

I. Na reforma da residência de Otávio, foi retirada toda a lareira da sala para pintura das paredes
e teto para posterior recolocação.

II. Márcia comprou sementes e as plantou para fins de cultivo.

Nestes casos, a lareira

a) É considerada bem móvel e as sementes bens imóveis.

b) E as sementes são considerados bens imóveis.

c) E as sementes são considerados bens móveis.

d) É considerada bem imóvel e as sementes bens móveis.

e) E as sementes são considerados bens insuscetíveis de classificação momentânea.

24. (FCC / TRT - 20ª REGIÃO – 2011) Considere:

I. A hipoteca de um terreno.

II. Os direitos autorais.

III. Uma floresta.

São bens imóveis os indicados APENAS em

a) I.

b) I e II.

c) I e III.

d) II.

e) II e III.

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25. (FCC / TRT - 23ª REGIÃO – 2011) Considera-se, dentre outros, bem imóvel:

a) A energia térmica.

b) A energia elétrica.

c) O direito autoral.

d) O direito hereditário.

e) O direito de patente.

26. (FCC / TRT - 14ª REGIÃO – 2011) José adquiriu uma área de terras e nela construiu uma
pequena casa. Adquiriu cinquenta cabeças de gado, um trator, madeira para construção de
um curral e diversas ferramentas para agricultura. Consideram-se bens móveis

a) As cabeças de gado e a madeira para construção do curral, somente.

b) O trator e as ferramentas para agricultura, somente.

c) As cabeças de gado, o trator, a madeira para construção do curral e as ferramentas para agricultura.

d) As ferramentas para agricultura, somente.

e) O trator, a madeira para construção do curral e as ferramentas para agricultura, somente.

GABARITO
1. TRT - 6ª Região (PE) B
2. Câm. Legislativa do DF B
3. Câm. Legislativa do DF B
4. TRT - 15ª REGIÃO D
5. TRF - 5ª REGIÃO A
6. TRT - 14ª REGIÃO B
7. TRT - 9ª REGIÃO A
8. TRE-SE B
9. TRT - 1ª REGIÃO C
10. TCM-GO A
11. TCM-GO E
12. TJ-AP E
13. TRF - 4ª REGIÃO A
14. MPC-MS A
15. TRT - 18ª REGIÃO A
16. TRT - 12ª REGIÃO D
17. MPE-CE D

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18. TRF - 4ª REGIÃO B


19. TJ-PE B
20. MPE-AL B
21. TRE-PR A
22. TRT - 11ª REGIÃO D
23. TRT - 11ª REGIÃO B
24. TRT - 20ª REGIÃO C
25. TRT - 23ª REGIÃO D
26. TRT - 14ª REGIÃO C

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VUNESP

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

1. (VUNESP - Prefeitura de Osasco - SP - Fiscal Tributário – 2019) No que diz respeito às


diferentes classes de bens, assinale a alternativa que corresponde às suas respectivas
características.

a) Para os efeitos legais, consideram-se bens imóveis o direito à sucessão aberta e bens móveis os
direitos pessoais de caráter patrimonial e suas respectivas ações.

b) São fungíveis os bens móveis ou imóveis que podem substituir-se por outros de mesma espécie,
qualidade e quantidade e consumíveis aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria
substância, não sendo assim considerados os destinados à alienação.

c) Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam. Estes bens só podem tornar-se indivisíveis
por determinação legal.

d) São singulares os bens que, embora dependam dos demais, reunidos, consideram-se de per si. São
coletivos os bens que constituem universalidade de fato ou de direito, sendo que estes podem ser objeto
de relações jurídicas próprias.

e) Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência
supõe a do principal; e são pertenças os bens que, constituindo partes integrantes, destinam-se, de
modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

Comentários

A alternativa A está correta, dado que, de fato, para os efeitos legais são considerados bens imóveis o direito à
sucessão aberta e bens móveis os direitos pessoais de caráter patrimonial e suas respectivas ações. Dispõe deste
modo os Arts. 80 e 83 do CC:

80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

Conforme o dispositivo supracitado, são conferidos os bens que o legislador deu a natureza de imóveis. Os
direitos são bens imateriais, não lhes cabendo a condição de bens imóveis. No entanto, diante das formalidades,
ser atribuído aos direitos a natureza de imóveis gerou uma maior segurança jurídica nas relações em que tais
direitos sejam objeto.

O direito à sucessão aberta se refere ao complexo de bens que o de cujus (falecido) deixou, sendo considerado de
forma universal. Sendo assim, não importa se são móveis ou imóveis os bens deixados. Somente após a partilha
os bens serão individualmente considerados.

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83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

III - os direitos pessoais de caráter

patrimonial e respectivas ações.

O Art. 83 descreve bens que não seriam móveis conforme o atributo de mobilidade, mas foram conferidos com
tal natureza pelo legislador. Os direitos pessoais de caráter patrimonial é um desses bens, ficando excluídos os
direitos pessoais que não concernem a família, os direitos da personalidade e os demais direitos que não tiverem
conteúdo econômico.

A alternativa B está incorreta, visto que os bens fungíveis os bens móveis, não podendo ser imóveis que podem
substituir-se por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade. Já os consumíveis são aqueles cujo uso
importa destruição imediata da própria substância, podendo ser considerados os destinados à alienação. Dispõe
deste modo os Arts. 85 e 86 do CC:

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

A fungibilidade é o resultado da comparação entre duas coisas, que se consideram equivalentes. Os bens fungíveis
são substituíveis porque são idênticos, econômica, social e juridicamente. A fungibilidade é característica dos
bens móveis, no entanto pode ocorrer que em certos negócios venha a alcançar os bens imóveis.

Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo
também considerados tais os destinados à alienação.

A alternativa C está incorreta, pois os bens divisíveis podem se tornar indivisíveis também por vontade das
partes, não somente por determinação legal.

Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor,
ou prejuízo do uso a que se destinam. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por
determinação da lei ou por vontade das partes.

A alternativa D está incorreta, dado que são considerados singulares os bens que, mesmo quando reunidos, não
sendo dependentes dos demais, consideram-se de per si. São coletivos os bens que constituem universalidade de
fato ou de direito, sendo que estes podem ser objeto de relações jurídicas próprias (no caso de serem universais
de fato). Dispõe acerca dos bens singulares o Art. 80 e acerca dos bens coletivos os Arts. 90 e 91 do CC:

Art. 89. Bens singulares são os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos
demais.

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa,
tenham destinação unitária.

Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.

Bens coletivos são os resultantes da união de diferentes objetos, em um só todo, sem que desapareça a condição
particular de cada um.

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A alternativa E está incorreta, pois são pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, destinam-se,
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Dispõe deste modo o Art. 93 do CC:

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso,
ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

As afirmações acerca do bem principal e acessório estão corretas, conforme o Art. 92 do CC:

Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe
a do principal.

Bens principais sãos bens que tem existência própria, autônoma, que existe por si só, abstrata ou concretamente.
Bens acessórios, por sua vez, são aqueles cuja existência depende do principal.

2. (VUNESP/ CÂMARA MUNICIPAL DE POÁ-SP – 2016) As telhas da igreja matriz no centro de


Poá foram retiradas para reforma e restauração. Diante dessa situação, acerca da tutela de
bens jurídicos, é correto afirmar que as telhas do caso

(A) Serão sempre consideradas bens móveis, independentemente de estarem fora da construção
durante a reforma.

(B) Serão consideradas como bens móveis somente durante o prazo da restauração.

(C) Retiradas do teto da igreja, caso se resolva descartá-las na qualidade de materiais de demolição,
serão consideradas bens móveis.

(D) Serão sempre consideradas bens fungíveis.

(E) Serão sempre consideradas bens móveis, mesmo que já estivessem recolocadas após a restauração.

Comentários:

As telhas que foram retiradas para serem recolocadas na igreja, de acordo com o CC/2002 não perderão
o caráter de imóveis, quando forem separadas da igreja provisoriamente e, desde que posteriormente
sejam reempregadas. Agora, se as telhas forem descartadas, elas perdem seu caráter de imóveis,
readquirindo, assim, a características de móveis. Além do mais, as telhas ainda podem ser consideradas
como bens infungíveis, contudo, desde que não possam ser substituídas por outras, pois, o CC/2002
determina como sendo fungíveis, aqueles bens móveis que podem ser substituídos por outro da mesma
espécie, qualidade e quantidade, sendo assim, os infungíveis são insubstituíveis. No caso, para
exemplificar, suponhamos que a telha seja de louça e alaranjada, neste caso, fungível seria esta telha
pudesse ser substituída por qualquer outra alaranjada e de louça. Infungível, portanto, seria a telha que
não poderia ser substituída por nenhuma outra em hipótese alguma. Vejamos os artigos do código
normativo que representam as situações descritas: Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: II - os
materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Art. 84. Os materiais
destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis;
readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. Art. 85. São fungíveis os
móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

Sendo assim:

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A alternativa A está incorreta. De acordo com o CC/2002, as telhas, quando na construção ou quando
retiradas temporariamente para depois serem reempregadas não perdem seu caráter de imóveis,
contudo, caso o prédio seja demolido ou, não sejam reempregadas, adquirem novamente o caráter de
móveis.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, as telhas, quando na construção ou quando
retiradas temporariamente para depois serem reempregadas não perdem seu caráter de imóveis,
contudo, caso o prédio seja demolido ou, não sejam reempregadas, adquirem novamente o caráter de
móveis.

A alternativa C está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, as telhas, quando na
construção ou quando retiradas temporariamente para depois serem reempregadas não perdem seu
caráter de imóveis, contudo, caso o prédio seja demolido ou, não sejam reempregadas, adquirem
novamente o caráter de móveis.

A alternativa D está incorreta. Nem sempre as telhas serão consideradas fungíveis, uma vez que, após
alocadas em determinado local, de modo a não mais ser possível a sua substituição, podem adquirir
caráter infungível.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, as telhas, quando na construção ou quando
retiradas temporariamente para depois serem reempregadas não perdem seu caráter de imóveis,
contudo, caso o prédio seja demolido ou, não sejam reempregadas, adquirem novamente o caráter de
móveis.

Gabarito: Letra C.

3. (VUNESP/ TJ-SP – 2011) Assinale a alternativa que não contém bem imóvel para efeitos
legais.

(A) Os materiais oriundos da demolição de um prédio e que serão destinados à venda.

(B) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local.

(C) As energias que tenham valor econômico.

(D) O direito à sucessão aberta.

Comentários:

A alternativa A está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, os materiais oriundos
da demolição de um prédio e que serão destinados à venda voltam a ter o caráter de bens móveis, porém,
não para fins legais, vejamos: art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem
empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da
demolição de algum prédio.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, as edificações que, separadas do solo, mas
conservando a sua unidade, foram removidas para outro local, como por exemplo uma casa removida
por inteiro, mas permanecendo integra, permanecem com caráter de imóveis, vejamos: art. 81. Não

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perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade,
forem removidas para outro local.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, as energias que tenham valor econômico (ou
seja, as energias que serão transmitidas, seja elétrica, eólica, etc., desde que possuam valor econômico),
são consideradas para fins legais, bens móveis, vejamos: Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos
legais: I - as energias que tenham valor econômico;

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, o direito a sucessão aberta (direito a
herança), é, para fins legais, considerado bem imóvel, vejamos: Art. 80. Consideram-se imóveis para os
efeitos legais: II - o direito à sucessão aberta.

Gabarito: Letra A.

4. (VUNESP/ TJ-SP – 2011) As utilidades que se retiram da coisa e lhe diminuem a quantidade,
==2b92ae==

pois não se reproduzem periodicamente, são:

(A) Frutos civis (rendimentos).

(B) Frutos percipiendos.

(C) Pertenças.

(D) Produtos.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Os frutos civis (rendimentos) são aqueles que provêm de uma relação
jurídica, como exemplo, pode-se citar o arrendamento, são, então, os rendimentos produzidos a partir
da utilização econômica da coisa principal, que decorrem da concessão do uso da coisa, por exemplo,
prestações periódicas decorrentes da concessão do uso e gozo do bem.

A alternativa B está incorreta. Os frutos precipiendos são aqueles frutos que já deveriam ter sido
colhidos, mas, ainda estão acoplados ao principal, como por exemplo, laranjas que já estão maduras,
prontas para serem colhidas, mas, que ainda estão na laranjeira.

A alternativa C está incorreta. As pertenças, de acordo com o CC/2002, são os bens que, não
constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao
aformoseamento de outro, por exemplo, um jogo de quatro rodas de modelo esportivo colocadas em um
carro, com a finalidade de deixa-lo mais formoso. Vejamos a literalidade da lei: Art. 93. São pertenças os
bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou
ao aformoseamento de outro.

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. O conceito de produto parte da ideia de algo que
pode ser retirado do principal diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem
periodicamente. Como os metais, por exemplo, que são retirados das minas, tem seu volume diminuído,
pois não são como as frutas que, periodicamente se reproduzem, uma vez que aquele metal for retirado,
não haverá outro naquele local novamente.

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Gabarito: Letra D.

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Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

1. (VUNESP - Prefeitura de Osasco - SP - Fiscal Tributário – 2019) No que diz respeito às


diferentes classes de bens, assinale a alternativa que corresponde às suas respectivas
características.

a) Para os efeitos legais, consideram-se bens imóveis o direito à sucessão aberta e bens móveis os
direitos pessoais de caráter patrimonial e suas respectivas ações.

b) São fungíveis os bens móveis ou imóveis que podem substituir-se por outros de mesma espécie,
qualidade e quantidade e consumíveis aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria
substância, não sendo assim considerados os destinados à alienação.

c) Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam. Estes bens só podem tornar-se indivisíveis
por determinação legal.

d) São singulares os bens que, embora dependam dos demais, reunidos, consideram-se de per si. São
coletivos os bens que constituem universalidade de fato ou de direito, sendo que estes podem ser objeto
de relações jurídicas próprias.

e) Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência
supõe a do principal; e são pertenças os bens que, constituindo partes integrantes, destinam-se, de
modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

Comentários

A alternativa A está correta, dado que, de fato, para os efeitos legais são considerados bens imóveis o direito à
sucessão aberta e bens móveis os direitos pessoais de caráter patrimonial e suas respectivas ações. Dispõe deste
modo os Arts. 80 e 83 do CC:

80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

Conforme o dispositivo supracitado, são conferidos os bens que o legislador deu a natureza de imóveis. Os
direitos são bens imateriais, não lhes cabendo a condição de bens imóveis. No entanto, diante das formalidades,
ser atribuído aos direitos a natureza de imóveis gerou uma maior segurança jurídica nas relações em que tais
direitos sejam objeto.

O direito à sucessão aberta se refere ao complexo de bens que o de cujus (falecido) deixou, sendo considerado de
forma universal. Sendo assim, não importa se são móveis ou imóveis os bens deixados. Somente após a partilha
os bens serão individualmente considerados.

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83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

III - os direitos pessoais de caráter

patrimonial e respectivas ações.

O Art. 83 descreve bens que não seriam móveis conforme o atributo de mobilidade, mas foram conferidos com
tal natureza pelo legislador. Os direitos pessoais de caráter patrimonial é um desses bens, ficando excluídos os
direitos pessoais que não concernem a família, os direitos da personalidade e os demais direitos que não tiverem
conteúdo econômico.

A alternativa B está incorreta, visto que os bens fungíveis os bens móveis, não podendo ser imóveis que podem
substituir-se por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade. Já os consumíveis são aqueles cujo uso
importa destruição imediata da própria substância, podendo ser considerados os destinados à alienação. Dispõe
deste modo os Arts. 85 e 86 do CC:

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

A fungibilidade é o resultado da comparação entre duas coisas, que se consideram equivalentes. Os bens fungíveis
são substituíveis porque são idênticos, econômica, social e juridicamente. A fungibilidade é característica dos
bens móveis, no entanto pode ocorrer que em certos negócios venha a alcançar os bens imóveis.

Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo
também considerados tais os destinados à alienação.

A alternativa C está incorreta, pois os bens divisíveis podem se tornar indivisíveis também por vontade das
partes, não somente por determinação legal.

Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor,
ou prejuízo do uso a que se destinam. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por
determinação da lei ou por vontade das partes.

A alternativa D está incorreta, dado que são considerados singulares os bens que, mesmo quando reunidos, não
sendo dependentes dos demais, consideram-se de per si. São coletivos os bens que constituem universalidade de
fato ou de direito, sendo que estes podem ser objeto de relações jurídicas próprias (no caso de serem universais
de fato). Dispõe acerca dos bens singulares o Art. 80 e acerca dos bens coletivos os Arts. 90 e 91 do CC:

Art. 89. Bens singulares são os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos
demais.

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa,
tenham destinação unitária.

Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.

Bens coletivos são os resultantes da união de diferentes objetos, em um só todo, sem que desapareça a condição
particular de cada um.

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A alternativa E está incorreta, pois são pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, destinam-se,
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Dispõe deste modo o Art. 93 do CC:

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso,
ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

As afirmações acerca do bem principal e acessório estão corretas, conforme o Art. 92 do CC:

Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe
a do principal.

Bens principais sãos bens que tem existência própria, autônoma, que existe por si só, abstrata ou concretamente.
Bens acessórios, por sua vez, são aqueles cuja existência depende do principal.

2. (VUNESP/ CÂMARA MUNICIPAL DE POÁ-SP – 2016) As telhas da igreja matriz no centro de


==2b92ae==

Poá foram retiradas para reforma e restauração. Diante dessa situação, acerca da tutela de
bens jurídicos, é correto afirmar que as telhas do caso

(A) Serão sempre consideradas bens móveis, independentemente de estarem fora da construção
durante a reforma.

(B) Serão consideradas como bens móveis somente durante o prazo da restauração.

(C) Retiradas do teto da igreja, caso se resolva descartá-las na qualidade de materiais de demolição,
serão consideradas bens móveis.

(D) Serão sempre consideradas bens fungíveis.

(E) Serão sempre consideradas bens móveis, mesmo que já estivessem recolocadas após a restauração.

Comentários:

As telhas que foram retiradas para serem recolocadas na igreja, de acordo com o CC/2002 não perderão
o caráter de imóveis, quando forem separadas da igreja provisoriamente e, desde que posteriormente
sejam reempregadas. Agora, se as telhas forem descartadas, elas perdem seu caráter de imóveis,
readquirindo, assim, a características de móveis. Além do mais, as telhas ainda podem ser consideradas
como bens infungíveis, contudo, desde que não possam ser substituídas por outras, pois, o CC/2002
determina como sendo fungíveis, aqueles bens móveis que podem ser substituídos por outro da mesma
espécie, qualidade e quantidade, sendo assim, os infungíveis são insubstituíveis. No caso, para
exemplificar, suponhamos que a telha seja de louça e alaranjada, neste caso, fungível seria esta telha
pudesse ser substituída por qualquer outra alaranjada e de louça. Infungível, portanto, seria a telha que
não poderia ser substituída por nenhuma outra em hipótese alguma. Vejamos os artigos do código
normativo que representam as situações descritas: Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: II - os
materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Art. 84. Os materiais
destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis;
readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. Art. 85. São fungíveis os
móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

Sendo assim:

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A alternativa A está incorreta. De acordo com o CC/2002, as telhas, quando na construção ou quando
retiradas temporariamente para depois serem reempregadas não perdem seu caráter de imóveis,
contudo, caso o prédio seja demolido ou, não sejam reempregadas, adquirem novamente o caráter de
móveis.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, as telhas, quando na construção ou quando
retiradas temporariamente para depois serem reempregadas não perdem seu caráter de imóveis,
contudo, caso o prédio seja demolido ou, não sejam reempregadas, adquirem novamente o caráter de
móveis.

A alternativa C está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, as telhas, quando na
construção ou quando retiradas temporariamente para depois serem reempregadas não perdem seu
caráter de imóveis, contudo, caso o prédio seja demolido ou, não sejam reempregadas, adquirem
novamente o caráter de móveis.

A alternativa D está incorreta. Nem sempre as telhas serão consideradas fungíveis, uma vez que, após
alocadas em determinado local, de modo a não mais ser possível a sua substituição, podem adquirir
caráter infungível.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, as telhas, quando na construção ou quando
retiradas temporariamente para depois serem reempregadas não perdem seu caráter de imóveis,
contudo, caso o prédio seja demolido ou, não sejam reempregadas, adquirem novamente o caráter de
móveis.

Gabarito: Letra C.

3. (VUNESP/ TJ-SP – 2011) Assinale a alternativa que não contém bem imóvel para efeitos
legais.

(A) Os materiais oriundos da demolição de um prédio e que serão destinados à venda.

(B) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local.

(C) As energias que tenham valor econômico.

(D) O direito à sucessão aberta.

Comentários:

A alternativa A está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, os materiais oriundos
da demolição de um prédio e que serão destinados à venda voltam a ter o caráter de bens móveis, porém,
não para fins legais, vejamos: art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem
empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da
demolição de algum prédio.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, as edificações que, separadas do solo, mas
conservando a sua unidade, foram removidas para outro local, como por exemplo uma casa removida
por inteiro, mas permanecendo integra, permanecem com caráter de imóveis, vejamos: art. 81. Não

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perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade,
forem removidas para outro local.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, as energias que tenham valor econômico (ou
seja, as energias que serão transmitidas, seja elétrica, eólica, etc., desde que possuam valor econômico),
são consideradas para fins legais, bens móveis, vejamos: Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos
legais: I - as energias que tenham valor econômico;

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, o direito a sucessão aberta (direito a
herança), é, para fins legais, considerado bem imóvel, vejamos: Art. 80. Consideram-se imóveis para os
efeitos legais: II - o direito à sucessão aberta.

Gabarito: Letra A.

4. (VUNESP/ TJ-SP – 2011) As utilidades que se retiram da coisa e lhe diminuem a quantidade,
pois não se reproduzem periodicamente, são:

(A) Frutos civis (rendimentos).

(B) Frutos percipiendos.

(C) Pertenças.

(D) Produtos.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Os frutos civis (rendimentos) são aqueles que provêm de uma relação
jurídica, como exemplo, pode-se citar o arrendamento, são, então, os rendimentos produzidos a partir
da utilização econômica da coisa principal, que decorrem da concessão do uso da coisa, por exemplo,
prestações periódicas decorrentes da concessão do uso e gozo do bem.

A alternativa B está incorreta. Os frutos precipiendos são aqueles frutos que já deveriam ter sido
colhidos, mas, ainda estão acoplados ao principal, como por exemplo, laranjas que já estão maduras,
prontas para serem colhidas, mas, que ainda estão na laranjeira.

A alternativa C está incorreta. As pertenças, de acordo com o CC/2002, são os bens que, não
constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao
aformoseamento de outro, por exemplo, um jogo de quatro rodas de modelo esportivo colocadas em um
carro, com a finalidade de deixa-lo mais formoso. Vejamos a literalidade da lei: Art. 93. São pertenças os
bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou
ao aformoseamento de outro.

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. O conceito de produto parte da ideia de algo que
pode ser retirado do principal diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem
periodicamente. Como os metais, por exemplo, que são retirados das minas, tem seu volume diminuído,
pois não são como as frutas que, periodicamente se reproduzem, uma vez que aquele metal for retirado,
não haverá outro naquele local novamente.

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Gabarito: Letra D.

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BANCAS DIVERSAS

CETRO

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

1. (CONSULPAM/PREF VIANA-ES – 2019) De acordo com o Código Civil, no que se refere à


classificação dos bens, assinale a alternativa CORRETA:
a) As edificações que, separadas do solo, mesmo que conservando a sua unidade, forem removidas para
outro local perdem o caráter de bens imóveis.
b) Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de bens móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
c) São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, não
sendo considerados tais os destinados à alienação.
d) Em hipótese alguma os bens públicos dominicais poderão ser alienados.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. De acordo com o CC/2002, as edificações que, separadas do solo, de
modo que seja conservada a sua unidade, forem removidas para outro local, não perdem seu caráter de
imóvel, por exemplo, uma casa, que é um bem imóvel, casos seja removida de um local para o outro, sem
ser destruída, ou sem sofrer alteração, permanece sendo imóvel, mesmo que separada do chão, vejamos:
art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a
sua unidade, forem removidas para outro local.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, os materiais quando
destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de bens
móveis, de maneira que readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio, por
exemplo, uma janela na loja, ou seja, que não faz parte de nenhum edifico ainda, é considerada um bem
móvel. Caso ela venha a fazer parte de um prédio, ela adquire a característica de imóvel. Contudo, se
esse prédio vier a ser demolido e a janela removida dele, ela readquire o caráter de bem móvel, vejamos:
art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

A alternativa C está incorreta. São consumíveis os bens que terão destruição imediata, como por
exemplo uma fruta, é um bem móvel que logo será destruído, pois, será consumido. Contudo, a lei atribui
aos bens alienáveis tal característica, como é possível perceber no art. 86, do CC/2002, vejamos: art. 86.
São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo
também considerados tais os destinados à alienação.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens dominicais são passíveis de serem
alienados, vejamos: art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as
exigências da lei.

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2. (CONSULPAM/ADV-PREF OLINDA-2015) São móveis os bens suscetíveis de movimento


próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação
econômico-social. Consideram-se móveis para os efeitos legais, EXCETO:
a) Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes.
b) As energias que tenham valor econômico.
c) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
d) O direito à sucessão aberta.

Comentários:

A alternativa A está correta. De acordo com o CC/2002, os direitos reais sobre objetos móveis e as
ações correspondentes fazem parte do rol dos bens móveis, vejamos: art. 83. Consideram-se móveis
para os efeitos legais: II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes.

A alternativa B está correta. De acordo com o CC/2002, as energias que tenham valor econômico fazem
parte do rol de bens móveis, vejamos: art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I - as energias
que tenham valor econômico.

A alternativa C está correta. De acordo com o CC/2002, os direitos pessoais de caráter patrimonial e
respectivas ações fazem parte do rol de bens móveis, vejamos: art. 83. Consideram-se móveis para os
efeitos legais: III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, o direito à sucessão
aberta faz parte do rol dos bens imóveis, vejamos: Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
II - o direito à sucessão aberta.

CONSULPLAN

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

3. (CONSULPLAN - MPE-PA - Estagiário - Direito- 2019) Os bens jurídicos podem ser definidos,
na lição de Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, “como toda a utilidade física ou
ideal, que seja objeto de um direito subjetivo”. Segundo o Código Civil, tais bens podem ser
classificados de diferentes maneiras. Acerca dessas classificações, assinale a alternativa
correta.

(A) Os bens infungíveissão aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie,
quantidade e qualidade. Desta forma, apenas os bens imóveis podem ser classificados como bens
infungíveis.

(B) Os bens fungíveissão aqueles que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade
e quantidade. Desta forma, pode-se afirmar que um automóvel não é bem fungível, por se tratar de bem
complexo e possuir número de identificação (chassi).

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(C) Os bens imóveis são aqueles que não podem ser removidos ou transportados sem a sua deterioração
ou destruição. Desta forma, a edificação que, separada do solo, conservando-se a sua unidade, for
removida para outro local, perde temporariamente sua natureza de bem imóvel.

(D) Os bens móveis são aqueles que podem ser transportados, por força própria ou de terceiro, sem a
deterioração, destruição e alteração da substância ou da destinação econômico-social. Desta forma, os
materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade
de móveis. Uma vez empregados ao bem imóvel, em caso de demolição, não readquirem a qualidade de
bens móveis.

Comentário:

A alternativa A está incorreta. Quando se fala de bens infungíveis, fala-se, na verdade, de bens que são
móveis, porém, que não podem ser substituídos por outro na mesma qualidade e quantidade, pois,
possuem alguma característica que os torna únicos, como por exemplo, uma moeda para um
colecionador, cada moeda terá um valor e uma característica que a torna insubstituível e valiosa.
Portanto, não há o que se falar na necessidade de bens infungíveis serem imóveis.

A alternativa B está correta e, é o gabarito da questão. Como se pode perceber, a afirmativa traz a
definição correta de bens fungíveis, ou seja, aqueles que podem ser substituídos por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade. Por esse motivo é que o automóvel não pode ser considerado com
fungível, pois, a numeração do chassi o torna único.

A alternativa C está incorreta. CC/2002 traz que os bens imóveis são aqueles que não podem ser
removidos ou transportados sem a sua deterioração ou destruição, contudo, as edificações que,
separadas do solo, conservando-se a sua unidade, for removida para outro local, não perde sua natureza
de imóvel, vejamos: Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo,
mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens móveis são aqueles que podem ser
transportados, por força própria ou de terceiro, sem a deterioração, destruição e alteração da substância
ou da destinação econômico-social. Desta forma, os materiais destinados a alguma construção,
enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis, contudo, readquirem sim a
qualidade de móveis quando forem retirados de um bem imóvel por conta de uma demolição, vejamos:
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

4. (CONSULPLAN / TJ-MG – 2018) Uma casa modular, que pode ser retirada de seus alicerces,
para ser fixada em local diferente do original, sem perder sua natureza e finalidade é
considerada

(A) bem imóvel.

(B) bem semovente.

(C) bem móvel por natureza.

(D) bem móvel por antecipação.

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Comentários:

A alternativa A está correta. A edificação que, apesar de separada do solo, conservar sua unidade e for
removida para outro local, de acordo com o CC/2002, não perderá seu caráter de bem imóvel, vejamos:
art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a
sua unidade, forem removidas para outro local.

A alternativa B está incorreta. Um bem semovente, é aquele que pode se mover por si só, ou seja, é um
bem móvel passível de movimento próprio, como por exemplo, o gado de um fazendeiro.

A alternativa C está incorreta. Um bem móvel por natureza é aquele que, sem a deterioração de sua
substância, podem ser deslocados de um lugar para outro, como por exemplo, uma cadeira. Assim dita
o CC/2002: Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força
alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.

A alternativa D está incorreta. Um bem móvel por antecipação são aqueles suscetíveis a movimento de
acordo com a vontade humana, se modo a atender uma finalidade econômica. Normalmente são bens
que eram aderidos a bens imóveis, que quando separados do imóvel, tornam-se móveis, desde que
atendam a finalidade a que se destinam.

5. (CONSULPLAN / PREFEITURA DE SABARÁ - MG – 2017) O Código Civil Brasileiro trata das


diferentes classes de bens. NÃO é(são) considerado(s) móvel(is) para efeitos legais:

(A) O direito à sucessão aberta

(B) As energias que tenham valor econômico.

(C) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

(D) Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes.

Comentários:

A alternativa A está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, o direito à sucessão
aberta é considerado um bem imóvel, vejamos: art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II
- o direito à sucessão aberta.

As demais alternativas estão incorretas, pois se enquadram no rol dos bens móveis do art. 83 do
CC/2002, vejamos: art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I - as energias que tenham valor
econômico; II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III - os direitos
pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

6. (CONSULPLAN / TJ-MG – 2015) Nos termos do Código Civil, consideram-se imóveis para os
efeitos legais, ou não perdem o caráter de imóveis, EXCETO:

(A) Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram.

(B) O direito à sucessão aberta.

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(C) As energias que tenham valor econômico.

(D) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

Comentários:

A alternativa A está correta. De acordo com o CC/2002, os direitos reais sobre imóveis e as ações que
os asseguram são considerados para efeitos legais imóveis, vejamos: art. 80. Consideram-se imóveis
para os efeitos legais: I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram.

A alternativa B está correta. De acordo com CC/2002, o direito à sucessão aberta e considerado, para
fins legais, um bem imóvel, vejamos: art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II - o direito
à sucessão aberta.

A alternativa C está incorreta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, as energias que
tenham valor econômico são consideradas, para efeitos legais bens móveis, vejamos: art. 83.
Consideram-se móveis para os efeitos legais: I - as energias que tenham valor econômico.

A alternativa D está correta. De acordo com o CC/2002, os materiais provisoriamente separados de um


prédio, para nele se reempregarem, continuam sendo bens imóveis, vejamos: art. 81. Não perdem o
caráter de imóveis: II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se
reempregarem.

COPS-UEL

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

7. (COPS-UEL /PC-PR – 2013) Sobre as diferentes classes de bens previstas no Código Civil,
considere as afirmativas a seguir.
I. São bens imóveis os direitos reais sobre imóveis, as ações que os asseguram, a sucessão aberta
e os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
II. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma
pessoa, tenham destinação unitária. Esses bens podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
III. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou mediante retribuição, conforme for
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
IV. Os bens públicos dominicais são insuscetíveis de cessão, doação, constituição de garantia e
alienação. Por serem essenciais ao serviço público, seu uso por particular deve ser temporário
e mediante remuneração.
Assinale a alternativa correta.
a)Somente as afirmativas I e II são corretas.
b)Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c)Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d)Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

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e)Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Comentários

Aafirmativa Iestá correta, visto que, de fato, são bens imóveis os direitos reais sobre imóveis, as ações
que os asseguram, a sucessão aberta e os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele
se reempregarem, conforme o Art. 80 e 81 do CC:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

Os direitos são bens imateriais, e portanto não lhe caberiam a condição de bens móveis. Entretanto, é
desta forma considerado para que haja maior segurança jurídica nas relações que tenham por objeto
tais direitos.

O direito à sucessão aberta é referente a conjunto de bens transmitido pelo de cujus, sendo considerado
em sua universalidade. Pouco importa se a pessoa deixa bens móveis, imóveis ou ambos, sendo feita a
distinção conceitual apenas depois de feita a partilha.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

Sendo ressalvado o solo e os bens imóveis por atribuição legal, os demais bens podem ser destacados
do solo ou de um prédio sem que sejam destruídos, sendo considerados bens móveis.

Aafirmativa IIestá correta, dado que realmente constitui universalidade de fato a pluralidade de bens
singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Esses bens podem ser objeto
de relações jurídicas próprias, conforme os Arts. 90 e 91 do CC:

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma
pessoa, tenham destinação unitária.

É formada a universalidade de fato pela reunião de bens homogêneos, pertencentes a uma mesma
pessoa, tendo uma só finalidade econômica. É necessário que a reunião de bens homogêneos esteja
coordenada, organizada pela vontade humana para a realização de uma mesma finalidade.

Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de
valor econômico.

As relações jurídicas também podem adquirir valor econômico, sendo comum que as relações jurídicas
sejam objeto de negócios jurídicos.

Aafirmativa IIIestá correta, pois realmente o uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou
mediante retribuição, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração
pertencerem, conforme o Art. 103 do CC:

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Aula 03

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

Quando se configura os bens públicos como “livres e indiscriminados” não é implicado que não possa
sofrer restrições ou que não possa haver cobrança para seu uso, somente se implica que a utilização não
depende de autorização ou licença administrativa para tal.

Aafirmativa IVestá incorreta, dado que os bens públicos dominicais podem ser alienados.

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

Quando livres de destinação específica, pode a administração pública fazer desses bens uso que melhor
lhe aprouver, inclusive podendo dispor de tais bens, como se fossem bens particulares.

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmentepela entidade a cuja administração pertencerem.

A disposição dos bens públicos como “livres e indiscriminados” não implica que não possa sofrer
restrições ou que não possa haver cobrança para seu uso, somente se implica que a utilização não
depende de autorização ou licença administrativa para tal.

A alternativa D está correta.

As alternativa A, B, Ce Eestão incorretas, consequentemente.

FAURGS

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

8. (FAURGS - HCPA - Advogado I (Trabalhista) – 2016) Sobre os bens no Código Civil, assinale a
alternativa que apresenta afirmação correta.
(A) São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
(B) Considera-se bem móvel para os efeitos legais o direito à sucessão aberta.
(C) Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos reais sobre objetos móveis e as ações
correspondentes.
(D) São consumíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.
(E) Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, desprovidas
de valor econômico.

Comentários:

A alternativa A está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, o solo e tudo quanto
se lhe incorporar natural ou artificialmente, são bens imóveis: art. 79 São bens imóveis o solo e tudo
quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

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A alternativa B está incorreta. O direito à sucessão aberta, de acordo com o CC/2002, para fins legais,
é considerado como sendo bem imóvel, como expressa o art. 80: art. 80. Consideram-se imóveis para os
efeitos legais:

II - o direito à sucessão aberta.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, os direitos reais sobre objetos móveis e as
ações correspondentes são considerados, para efeitos legais como sendo bens imóveis: art. 80.
Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os
asseguram;

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, são consumíveis, na verdade, os bens
móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais
os destinados à alienação, vejamos: art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição
imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.

A alternativa E está incorreta. De acordo com o CC/2002, constitui universalidade de direito o


complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas e, não desprovidas, de valor econômico: art. 91.
Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.

9. (FAURGS / TJ-RS – 2013) Assinale a alternativa que apresenta afirmação correta a respeito
da disciplina dos bens no Código Civil.

a) São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

b) Consideram-se móveis, para os efeitos legais, os direitos reais sobre imóveis e as ações que os
asseguram.

c) Consideram-se imóveis, para os efeitos legais, os direitos pessoais de caráter patrimonial e


respectivas ações.

d) São consumíveis os móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

e) Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa,
tenham destinação unitária.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 79 do Código Civil consagra a conceituação
de bem aceita pelo código, trazendo em sua redação que: "São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe
incorporar naturalmente ou artificialmente.".

A alternativa B está incorreta. O art. 80 do Código Civil, acrescentando ao que foi exposto pelo art. 79,
traz em seu texto o rol do que é considerado como imóveis para os efeitos legais, trazendo que:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

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I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local;

A alternativa C está incorreta. O art. 83 do Código Civil traz o rol e conceituação do que se consideram
bens móveis, ao dizer que:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

A alternativa D está incorreta. Moveis fungíveis são os que podem ser substituídos por outros de
mesma qualidade, ao contrário dos infungíveis que são únicos, não podendo ser substituídos pois não
contemplam as mesmas características ou mesmo apreço. De acordo com o art. 85 do Código Civil: "São
fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.". Já
os bens consumíveis, são os que se destinam a alienação de forma a destruir-se imediatamente a própria
forma, assim versa o art. 86 trazendo que: "São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição
imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.".

A alternativa E está incorreta. A universalidade de fato contempla os bens singulares destinados ou


pertencentes a uma pessoa que tenham destinação unitária, podendo ser objeto de relações jurídicas
próprias como traz o art. 90, caput e Parágrafo Único do Código Civil. Já a universalidade de direito se
dá no conjunto de relações jurídicas com valor econômico conforme exposto no art. 91: "Constitui
universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.".

10. (FAURGS / TJ– 2010) Assinale a afirmação correta em relação aos bens, de acordo com o
Código Civil.

a) Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade
das partes.

b) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local são consideradas bens móveis.

c) São fungíveis os bens imóveis que se pode substituir por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

d) São consumíveis os bens capazes de configurar uma relação jurídica como de consumo, sujeita ao
Código de Defesa do Consumidor.

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e) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações são considerados bens imóveis para
efeitos legais.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Os bens naturalmente divisíveis são os que não
perdem sua característica ou qualidade com a divisão, sendo ainda naturalmente divisíveis para esse
sentido, no entanto, podem tornar-se bens indivisíveis por determinação da lei ou acordo entre as
partes. Assim, de acordo com o art. 88 do Código Civil: "Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-
se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.".

A alternativa B está incorreta. O art. 81 traz as hipóteses em que os bens não perdem o caráter de
imóvel, entre estas estão as edificações separadas do solo:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local;

A alternativa C está incorreta. A característica de fungibilidade se dispõe a compreender bens móveis


pela própria definição e não bens imóveis, portanto está errada a alternativa em considerar essa
hipótese.

A alternativa D está incorreta. Os bens consumíveis, são os que se destinam a alienação de forma a
destruir-se imediatamente a própria forma, assim versa o art. 86 trazendo que: "São consumíveis os
bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados
tais os destinados à alienação.".

A alternativa E está incorreta. Traz o texto do art. 83 do Código Civil o rol e conceituação do que se
consideram bens móveis, ao dizer que:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

11. (FAURGS / TJ– 2010) Assinale a afirmação INCORRETA sobre bens públicos, segundo o Código
Civil.

a) Os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno são
públicos.

b) Os bens de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças, são bens públicos.

c) Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas
de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

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d) Os bens de uso especial são inalienáveis enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei
determinar.

e) Os bens públicos do domínio nacional podem ser alienados, observadas as exigências da lei, e estão
sujeitos a usucapião.

Comentários

A alternativa E está incorreta e é o gabarito da questão. Não podem ser usucapidos os bens públicos,
mesmo os dominicais, anteriormente permitidos, foram vedados pelo código vigente, contemplando os
bens públicos como um todo nesta definição. (Súmula 340, STF). Assim traz o texto do art. 102 do Código
Civil, que deixa claro: "Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.".

IADES

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

12. (IADES/ AL-GO – 2019) Com relação ao regramento dos bens, assinale a alternativa correta.

(A) Consideram-se móveis, para os efeitos legais, os direitos reais sobre imóveis e as ações que os
asseguram.

(B) São infungíveis os móveis que podem se substituir por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

(C) Os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis por vontade das partes

(D) Consideram-se móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico.

(E) São necessárias as benfeitorias que aumentam ou facilitam o uso do bem.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. De acordo com o CC/2002, para os efeitos legais, os direitos reais
sobre imóveis e as ações que os asseguram, são considerados como bens imóveis e, não móveis,
vejamos: art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I - os direitos reais sobre imóveis e
as ações que os asseguram.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, os móveis que podem se substituir por
outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, são, na verdade, considerados como fungíveis e,
não infungíveis, vejamos: art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens naturalmente divisíveis, na


verdade, podem sim se tornar indivisíveis por vontade das partes, vejamos: art. 88. Os bens
naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das
partes.

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A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão, De acordo com o CC/2002, consideram-se


móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico, vejamos: art. 83.
Consideram-se móveis para os efeitos legais: I - as energias que tenham valor econômico.

A alternativa E está incorreta. De acordo com o CC/2002, as benfeitorias que aumentam ou


facilitam o uso do bem são classificadas como úteis e não necessárias, vejamos: art. 96. §2º. São
úteis as benfeitorias que aumentam ou facilitam o uso do bem.

13. (IADES/ METRÔ-DF – 2014) A respeito da disciplina dos bens no Código Civil e na
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, assinale a alternativa correta.

(A) Separados da coisa que os tiver produzido, os frutos são considerados pertenças.

(B) O direito à sucessão aberta é considerado bem móvel.

(C) Quando pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de
direito privado, são classificados, em regra, como bens de uso especial.

(D) São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

(E) A vaga de garagem, ainda que possua matrícula própria no registro de imóveis, constitui bem
de família para efeito de penhora.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Quando separados da coisa que os tiver produzido, os frutos são
considerados, na verdade bens acessórios e não pertenças.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, o direito à sucessão aberta é considerado
bem imóvel e, não móvel, vejamos: art. 80. Consideram-se IMÓVEIS para os efeitos legais: II - o
direito à sucessão aberta.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, quando pertencentes às pessoas jurídicas
de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado, são classificados, em regra,
como bens dominicais e, não de uso especial, vejamos: art. 99. São bens públicos: Parágrafo único.
Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. A assertiva é a transcrição do art. 79, do


CC/2002, vejamos: art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente.

A alternativa E está incorreta. De acordo com entendimento do STJ, a vaga de garagem, ainda que
possua matrícula própria no registro de imóveis, na verdade, não constitui bem de família para
efeito de penhora, vejamos: Súmula nº 449 do STJ: "A vaga de garagem que possui matrícula própria
no registro de imóveis não constitui bem de família para efeito de penhora."

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IBFC

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

14. (IBFC / SAEB-BA – 2015) Considerando as disposições do código civil brasileiro sobre os bens,
assinale a alternativa correta.

(A) São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar, desde que seja de forma natural.

(B) Considera-se imóvel para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta.

(C) Os direitos reais sobre imóveis são considerados móveis.

(D) As edificações, separadas do solo sempre perdem o caráter de imóveis.

(E) Os materiais separados de um prédio, ainda que provisoriamente para nele se reempregarem,
perdem o caráter de imóveis.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. De acordo com o CC/2002, são bens móveis o solo e tudo quanto se lhe
incorporar natural ou artificialmente, e não de forma natural, vejamos: art. 79. São bens imóveis o solo
e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

A alternativa B está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, realmente considera-
se imóvel para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta, vejamos: art. 80. Consideram-se imóveis
para os efeitos legais: II - o direito à sucessão aberta.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, os direitos reais sobre imóveis são
considerados bens imóveis, vejamos: art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I - os direitos
reais sobre imóveis e as ações que os asseguram.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, as edificações, separadas do solo, na verdade,
não perde, o caráter de imóveis, vejamos: art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I - as edificações
que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local.

A alternativa E está incorreta. De acordo com o CC/2002, os materiais separados de um prédio, ainda
que provisoriamente para nele se reempregarem, na verdade, não perdem o caráter de imóveis,
vejamos: art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: II - os materiais provisoriamente separados de um
prédio, para nele se reempregarem.

15. (IBFC / TRE-AM – 2014) Analise as seguintes afirmativas:

I. São bens públicos de uso comum do povo, os edifícios destinados a serviço da administração
federal, inclusive os de suas autarquias.

II. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

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Aula 03

III. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

NÃO está correto o que se afirma em:

(A) I, apenas.

(B) II, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas.

Comentários:

A afirmativa I está incorreta. De acordo com o CC/2002, são bens públicos de uso comum do povo os
rios, mares, estradas, ruas e praças, enquanto que os edifícios destinados a serviço da administração
federal, inclusive os de suas autarquias são considerados como sendo bens públicos de uso especial,
vejamos: art. 99. São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e
praças. II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.

A afirmativa II está correta. De acordo com o CC/2002, os bens públicos dominicais podem ser
alienados, observadas as exigências da lei, vejamos: art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser
alienados, observadas as exigências da lei.

A afirmativa III está correta. De acordo com o CC/2002, o uso comum dos bens públicos pode ser
gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração
pertencerem, vejamos: art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído,
conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

UFMT

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

16. (UFMT / TJ-MT – 2016) A coluna da esquerda apresenta o conceito de diferentes classes de
bens e a da direita, a denominação de cada classe, em conformidade com a Lei n.º 10.406, de
10 de janeiro de 2002, Código Civil. Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.

1 - São bens o solo e tudo quanto se lhe incorporar artificialmente.

2 - São bens os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

3 - Bens que, embora reunidos, se considerem de per si, independente dos demais.

4 - Bens que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor.

( ) Bens divisíveis

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Aula 03

( ) Bens singulares

( ) Bens imóveis

( ) Bens fungíveis

Assinale a sequência correta.

(A) 3, 4, 2, 1

(B) 1, 3, 2, 4

(C) 2, 1, 4, 3

(D) 4, 3, 1, 2

Comentários:

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. A assertiva traz a sequência correta, uma vez
que, de acordo com o CC/2002:

4 - Os bens que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor,
são bens divisíveis: art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua
substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.

3 – Os bens que, embora reunidos, se considerem de per si, independente dos demais, são bens
singulares: art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si,
independentemente dos demais.

1 - O solo e tudo quanto se lhe incorporar artificialmente, são bens imóveis: art. 79. São bens imóveis o
solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

2 - Os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, são
bens fungíveis: art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.

17. (UFMT / TJ-MT – 2016) Sobre as espécies de bens, analise as seguintes afirmativas.

I - São bens imóveis as edificações que, separadas do solo, conservam sua unidade, ainda que
removidas para outro local.

II - São bens móveis os materiais destinados à construção, ainda que empregados para tal
finalidade.

III - São bens divisíveis os que podem ser fracionados sem prejuízo do uso a que se destinam.

IV - São bens públicos os de domínio nacional que pertencem às pessoas jurídicas de direito
público, sujeitos à usucapião.

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Aula 03

Estão corretas as afirmativas

(A) I, II e IV, apenas.

(B) I e III, apenas.

(C) III e IV, apenas.

(D) I, II e III, apenas.

Comentários:

A afirmativa I está correta. De acordo com o CC/2002, são bens imóveis as edificações que, separadas
do solo, conservam sua unidade, ainda que removidas para outro local, vejamos: art. 81. Não perdem o
caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem
removidas para outro local.

A afirmativa II está incorreta. De acordo com o CC/2002, os materiais destinados à construção, ainda
que empregados para tal finalidade, na verdade, não perdem o caráter de imóveis, vejamos: art. 81. Não
perdem o caráter de imóveis: II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se
reempregarem.

A afirmativa III está correta. De acordo com o CC/2002, são bens divisíveis os que podem ser
fracionados sem prejuízo do uso a que se destinam, vejamos: art. 87. Bens divisíveis são os que se podem
fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que
se destinam.

A afirmativa IV está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens públicos de domínio nacional que
pertencem às pessoas jurídicas de direito público, na verdade, não são sujeitos à usucapião, vejamos:
art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Sendo assim, a alternativa B está correta e, é o gabarito da questão.

18. (UFMT / TJ-MT – 2012) Considerando o que dispõe o Código Civil em vigor sobre bens
imóveis e bens móveis, analise as assertivas.

I - Não perdem o caráter de bens imóveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando
a sua unidade, forem removidas para outro local.

II - Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam


sua qualidade de bens móveis, readquirindo essa qualidade os provenientes da demolição de
algum prédio.

III - Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações consideram-se bens imóveis.

IV - Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, são


considerados bens móveis.

Estão corretas as afirmativas

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(A) I e III, apenas.

(B) III e IV, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I e II, apenas.

Comentários:

A afirmativa I está correta. De acordo com o CC/2002, não perdem o caráter de bens imóveis as
edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local,
vejamos: art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo, mas
conservando a sua unidade, forem removidas para outro local.

A afirmativa II está correta. De acordo com o CC/2002, os materiais destinados a alguma construção,
==2b92ae==

enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de bens móveis, readquirindo essa
qualidade os provenientes da demolição de algum prédio, vejamos: art. 84. Os materiais destinados a
alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem
essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

A alternativa III está incorreta. De acordo com o CC/2002, os direitos pessoais de caráter patrimonial
e respectivas ações consideram-se, na verdade, bens móveis, vejamos: art. 83. Consideram-se móveis
para os efeitos legais: III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

A afirmativa IV está incorreta. De acordo com o CC/2002, os materiais provisoriamente separados de


um prédio, para nele se reempregarem, são considerados, na verdade, bens imóveis, vejamos: art. 81.
Não perdem o caráter de imóveis: II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele
se reempregarem.

Sendo assim, a alternativa D está correta e, é o gabarito da questão.

CETAP

19. (CETAP / AL-RR – 2010) Quanto aos bens, assinale a alternativa CORRETA:
a) Os direitos reais sobre imóveis são considerados bens imóveis por determinação legal. Todavia, as
ações que os asseguram são consideradas bens móveis.
b) Os materiais provisoriamente separados de uma construção, ainda que estejam destinados a nela se
reempregarem, perdem a qualidade de bens imóveis.
c) As energias que tenham valor econômico são consideradas bens móveis.
d) O direito brasileiro somente admite a consuntibilidade física dos bens, sendo, portanto, impossível
falar em consuntibilidade jurídica.
e) As pertenças são bens imóveis por acessão intelectual.
Comentários

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A alternativa A está incorreta, segundo o art. 80, inc. I: “Consideram-se imóveis para os efeitos legais
os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram”.

A alternativa B está incorreta, conforme o art. 81, inc. II: “Não perdem o caráter de imóveis os materiais
provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem”.

A alternativa C está correta, consoante o art. 83, inc. I: “Consideram-se móveis para os efeitos legais as
energias que tenham valor econômico”.

A alternativa D está incorreta, de acordo com o art. 86: “São consumíveis os bens móveis cujo uso
importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à
alienação”. Disso se conclui que a consuntibilidade jurídica existe porque são consumíveis os bens
destinados à alienação.

A alternativa E está incorreta, segundo dispõe o art. 93: “São pertenças os bens que, não constituindo
partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de
outro”. De outro lado, “bem imóvel por acessão intelectual”, de acordo com Cesar Fiúza, “É tudo aquilo
que se mantém intencionalmente no imóvel para sua exploração, aformoseamento ou comodidade. A
categoria dos bens imóveis por acessão intelectual foi retirada do Código, que a substituiu pela categoria
das pertenças”. Ou seja, a categoria pertenças é mais recente, oriunda do atual Código Civil. Além disso,
de acordo com o Enunciado 11 da I Jornada de Direito Civil: “Não persiste no novo sistema legislativo a
categoria dos bens imóveis por acessão intelectual”.

UFPR

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

20. (UFPR / COREN-PR – 2018) Acerca da classificação de bens no Direito Civil brasileiro, assinale
a alternativa INCORRETA.

a) São bens móveis para os efeitos legais os direitos reais sobre objetos móveis e as ações
correspondentes.

b) Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.

c) Tanto os bens públicos de uso especial quanto os dominicais podem ser alienados sem o
procedimento de desafetação.

d) Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o
contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

e) Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade
das partes.

Comentários

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A alternativa A está correta. Traz o art. 83, caput e Inc. II: "Consideram-se móveis para os efeitos
legais:". "[...] os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes".

Direitos reais: de modo geral, abrange todos os bens materiais e diz respeito a propriedade e as relações
jurídicas que emanam destes. O principal rol de direitos reais encontra-se elencado no art. 1225 do
Código Civil.

A alternativa B está correta. Não apenas as coisas, mas também as relações jurídicas podem conter
valor econômico, assim o Código Civil busca facilitar, através da universalidade de direito, conferir
unidade ao complexo de direitos, como herança, patrimônio, etc. Institui assim o art. 91 do Código Civil
"Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico."

A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. Quanto aos bens de uso comum e especial, o
art. 100 do Código Civil traz que: "Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.". Porém, traz o
art. 101, sobre os bens dominicais: "Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as
exigências da lei.". Sobre a classificação de bens públicos versa o art. 99:

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

A alternativa D está correta. Quanto a pertença (bem de uso duradouro) trata o art. 94 do Código Civil,
dispondo que: "Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças,
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso."

Em regra geral, a obrigação de dar a coisa certa comtempla o bem principal e seus acessórios, no
entanto, este é regido por um princípio, o da gravitação jurídica, dispondo que o bem acessório segue a
sorte do principal, desde que não haja disposição em contrário.

A alternativa E está correta. Bem divisível é aquele que quanto segregado não perde sua identidade,
característica constitutiva ou valor. Para os bens que, embora divisíveis, percam sua forma ou
desvalorizem no ato de fraciona-los, são abarcados pelo art. 88 do Código Civil, que diz: "Os bens
naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das
partes."

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QUADRIX

Bens móveis e imóveis (79 ao 84)

21. (Quadrix - CODHAB-DF - Analista - Direito e Legislação- 2018) Considerando as normas


referentes aos bens, aos negócios jurídicos e aos contratos, julgue o item.

As energias que tenham valor econômico são consideradas como bens imóveis.
Comentários:

A afirmativa está incorreta. Conforme dispõe o CC/2002, as energias que tenham valor econômico são
consideradas como bens móveis e, não imóveis:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

22. (Quadrix - CODHAB-DF - Analista - Direito e Legislação- 2018) Considerando as normas


referentes aos bens, aos negócios jurídicos e aos contratos, julgue o item.

São considerados como bens as coisas materiais, concretas, úteis aos homens, de expressão econômica
e suscetíveis de apropriação, bem como as de existência imaterial economicamente apreciáveis.
Comentário:

A afirmativa está correta. Como é possível depreender, a questão traz aquilo que o doutrinador Carlos
Roberto Gonçalves dita:

“Bens, portanto, são coisas materiais, concretas, úteis aos homens e de expressão econômica,
suscetíveis de apropriação, bem como as de existência imaterial economicamente apreciáveis.”.

CESGRANRIO

Bens móveis e imóveis (79 ao 84)

23. (CESGRANRIO - EPE - Advogado- 2012) À luz do paradigma da essencialidade, quanto aos
bens, constata-se que a(o)
(A) transcendência, ou seja, a existência de um valor para além do valor de troca não tem relevo para
a teoria dos contratos.
(B) utilidade dos bens contratados é critério juridicamente relevante para o exame das questões
contratuais.
(C) essencialidade impede a classificação dos bens, reciprocamente considerados, em ordem de
relevância.
(D) valor de troca só é garantido para os bens que atendem aos interesses creditícios.
(E) valor de uso não se confunde com o valor de troca, sendo este último o que preserva o paradigma
da essencialidade.
Comentários:

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A alternativa B está correta e, é o gabarito da questão. O paradigma da essencialidade é uma vertente


do pensamento doutrinário acerca dos bens e dos contratos. A partir da interpretação do raciocínio
desenvolvido por Teresa Negreiros, tal paradigma tem como objetivo principal, alterar o eixo seguido
pelo direito civil clássico cujo enfoque principal decai sobre as questões patrimoniais, enquanto que o
moderno deveria recair sobre questões existenciais, especialmente aquelas relacionada à dignidade da
pessoa humana. Com base nessa teoria, os bens devem ser avaliados, portanto, não apenas com base em
seus valores patrimoniais, como também em seu valor, função e utilidade social. Assim, seria possível a
efetivação do princípio da função social do contrato.

Sendo assim, as alternativas A, C, D e E estão incorretas.

AOCP

Bens móveis e imóveis (79 ao 84)

24. (AOCP - FUNDASUS - Analista - Advogado- 2015) Em relação ao regime civil de bens,
assinale a alternativa correta.
A) Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos pessoais de caráter patrimonial e
respectivas ações.
B) Considera-se bem móvel, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta.
C) Perdem o caráter de imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, ainda que
para nele se reempregarem.
D) São consumíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.
E) Não dispondo a lei em contrário, consideram-se de uso especial os bens pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Comentários:

A alternativa A está correta e, é o gabarito da questão. De fato, o CC/2002 classifica os direitos pessoais
de caráter patrimonial e respectivas ações como sendo bens móveis:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

A alternativa B está incorreta. Conforme expressa o CC/2002, o direito real à sucessão é considerado
bem IMÓVEL e, não móvel:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais

II - o direito à sucessão aberta.

A alternativa C está incorreta. Os materiais provisoriamente separados de um prédio, que nele se


reempregarem, conforme o CC, NÃO perdem a característica de imóvel:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

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II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem

A alternativa D está incorreta. Os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade são denominados fungíveis e, não consumíveis, conforme determina o CC/2002:

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade

A alternativa E está incorreta. Os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se
tenha dado estrutura de direito privado são os dominicais, conforme dita o CC/2002:

Art. 99 Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

25. (AOCP - BRDE - Analista de Projetos - Jurídica- 2012) Consideram-se imóveis, para os
efeitos legais,
(A) as energias que tenham valor econômico.
(B) os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes.
(C) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
(D) o direito à sucessão aberta.
(E) os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados.
Comentários:

A alternativa A está incorreta. De acordo com o CC/2002, as energias que tenham valor econômico são
consideradas, para efeitos legais, bens móveis:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

A alternativa B está incorreta. Para o CC os direitos reais sobre objetos móveis e as ações
correspondentes, são considerados, para os efeitos legais, bens móveis:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

A alternativa C está incorreta. O CC determina que os direitos pessoais de caráter patrimonial e


respectivas ações, são, para os efeitos legais, considerados bens móveis:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. Eis que o CC determina que o direito à sucessão
aberta é considerado, para os efeitos legais, bem imóvel:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

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II - o direito à sucessão aberta.

A alternativa E está incorreta. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem
empregados, conforme expresso no CC, são considerados bens materiais:

IDIB

Bens móveis e imóveis (79 ao 84)

26. (IDIB - CREMERJ - Advogado- 2019) Acerca dos bens imóveis, móveis e públicos, assinale
a alternativa correta:
(A) Consideram-se bens imóveis, para os efeitos legais, os direitos reais sobre objetos móveis e as
ações correspondentes.
(B) Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico.
(C) Perdem o caráter de imóveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua
unidade, forem removidas para outro local.
(D) Os bens públicos dominicais estão sujeitos a usucapião especial.
Comentário:

A alternativa A está incorreta. De acordo com o CC/2002, os direitos reais sobre objetos móveis e as
ações correspondentes são bens móveis:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

A alternativa B está correta e, é o gabarito da questão. Conforme se depreende a partir da dicção do


art. 80, inc. I:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, os imóveis as edificações que, separadas do
solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local:
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local;

A alternativa D está incorreta. Os bens públicos dominicais, pelo fato de serem bens públicos, não estão
sujeitos à usucapião, conforme o CC determina:

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

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BANCAS DIVERSAS

CETRO

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

1. (CONSULPAM/PREF VIANA-ES – 2019) De acordo com o Código Civil, no que se refere à


classificação dos bens, assinale a alternativa CORRETA:
a) As edificações que, separadas do solo, mesmo que conservando a sua unidade, forem removidas para
outro local perdem o caráter de bens imóveis.
b) Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de bens móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
c) São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, não
sendo considerados tais os destinados à alienação.
d) Em hipótese alguma os bens públicos dominicais poderão ser alienados.
2. (CONSULPAM/ADV-PREF OLINDA-2015) São móveis os bens suscetíveis de movimento
próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação
econômico-social. Consideram-se móveis para os efeitos legais, EXCETO:
a) Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes.
b) As energias que tenham valor econômico.
c) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
d) O direito à sucessão aberta.

CONSULPLAN

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

3. (CONSULPLAN - MPE-PA - Estagiário - Direito- 2019) Os bens jurídicos podem ser definidos,
na lição de Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, “como toda a utilidade física ou
ideal, que seja objeto de um direito subjetivo”. Segundo o Código Civil, tais bens podem ser
classificados de diferentes maneiras. Acerca dessas classificações, assinale a alternativa
correta.

(A) Os bens infungíveissão aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie,
quantidade e qualidade. Desta forma, apenas os bens imóveis podem ser classificados como bens
infungíveis.

(B) Os bens fungíveissão aqueles que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade
e quantidade. Desta forma, pode-se afirmar que um automóvel não é bem fungível, por se tratar de bem
complexo e possuir número de identificação (chassi).

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(C) Os bens imóveis são aqueles que não podem ser removidos ou transportados sem a sua deterioração
ou destruição. Desta forma, a edificação que, separada do solo, conservando-se a sua unidade, for
removida para outro local, perde temporariamente sua natureza de bem imóvel.

(D) Os bens móveis são aqueles que podem ser transportados, por força própria ou de terceiro, sem a
deterioração, destruição e alteração da substância ou da destinação econômico-social. Desta forma, os
materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade
de móveis. Uma vez empregados ao bem imóvel, em caso de demolição, não readquirem a qualidade de
bens móveis.

4. (CONSULPLAN / TJ-MG – 2018) Uma casa modular, que pode ser retirada de seus alicerces,
para ser fixada em local diferente do original, sem perder sua natureza e finalidade é
considerada

(A) bem imóvel.

(B) bem semovente.

(C) bem móvel por natureza.

(D) bem móvel por antecipação.

Comentários:

A alternativa A está correta. A edificação que, apesar de separada do solo, conservar sua unidade e for
removida para outro local, de acordo com o CC/2002, não perderá seu caráter de bem imóvel, vejamos:
art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a
sua unidade, forem removidas para outro local.

A alternativa B está incorreta. Um bem semovente, é aquele que pode se mover por si só, ou seja, é um
bem móvel passível de movimento próprio, como por exemplo, o gado de um fazendeiro.

A alternativa C está incorreta. Um bem móvel por natureza é aquele que, sem a deterioração de sua
substância, podem ser deslocados de um lugar para outro, como por exemplo, uma cadeira. Assim dita
o CC/2002: Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força
alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.

A alternativa D está incorreta. Um bem móvel por antecipação são aqueles suscetíveis a movimento de
acordo com a vontade humana, se modo a atender uma finalidade econômica. Normalmente são bens
que eram aderidos a bens imóveis, que quando separados do imóvel, tornam-se móveis, desde que
atendam a finalidade a que se destinam.

5. (CONSULPLAN / PREFEITURA DE SABARÁ - MG – 2017) O Código Civil Brasileiro trata das


diferentes classes de bens. NÃO é(são) considerado(s) móvel(is) para efeitos legais:

(A) O direito à sucessão aberta

(B) As energias que tenham valor econômico.

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(C) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

(D) Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes.

Comentários:

A alternativa A está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, o direito à sucessão
aberta é considerado um bem imóvel, vejamos: art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II
- o direito à sucessão aberta.

As demais alternativas estão incorretas, pois se enquadram no rol dos bens móveis do art. 83 do
CC/2002, vejamos: art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I - as energias que tenham valor
econômico; II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III - os direitos
pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

6. (CONSULPLAN / TJ-MG – 2015) Nos termos do Código Civil, consideram-se imóveis para os
efeitos legais, ou não perdem o caráter de imóveis, EXCETO:

(A) Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram.

(B) O direito à sucessão aberta.

(C) As energias que tenham valor econômico.

(D) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

COPS-UEL

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

7. (COPS-UEL /PC-PR – 2013) Sobre as diferentes classes de bens previstas no Código Civil,
considere as afirmativas a seguir.
I. São bens imóveis os direitos reais sobre imóveis, as ações que os asseguram, a sucessão aberta
e os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
II. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma
pessoa, tenham destinação unitária. Esses bens podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
III. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou mediante retribuição, conforme for
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
IV. Os bens públicos dominicais são insuscetíveis de cessão, doação, constituição de garantia e
alienação. Por serem essenciais ao serviço público, seu uso por particular deve ser temporário
e mediante remuneração.
Assinale a alternativa correta.
a)Somente as afirmativas I e II são corretas.
b)Somente as afirmativas I e IV são corretas.

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c)Somente as afirmativas III e IV são corretas.


d)Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e)Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

FAURGS

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

8. (FAURGS - HCPA - Advogado I (Trabalhista) – 2016) Sobre os bens no Código Civil, assinale a
alternativa que apresenta afirmação correta.
(A) São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
(B) Considera-se bem móvel para os efeitos legais o direito à sucessão aberta.
(C) Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos reais sobre objetos móveis e as ações
correspondentes.
(D) São consumíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.
(E) Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, desprovidas
de valor econômico.
9. (FAURGS / TJ-RS – 2013) Assinale a alternativa que apresenta afirmação correta a respeito
da disciplina dos bens no Código Civil.

a) São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

b) Consideram-se móveis, para os efeitos legais, os direitos reais sobre imóveis e as ações que os
asseguram.

c) Consideram-se imóveis, para os efeitos legais, os direitos pessoais de caráter patrimonial e


respectivas ações.

d) São consumíveis os móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

e) Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa,
tenham destinação unitária.

10. (FAURGS / TJ– 2010) Assinale a afirmação correta em relação aos bens, de acordo com o
Código Civil.

a) Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade
das partes.

b) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local são consideradas bens móveis.

c) São fungíveis os bens imóveis que se pode substituir por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

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d) São consumíveis os bens capazes de configurar uma relação jurídica como de consumo, sujeita ao
Código de Defesa do Consumidor.

e) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações são considerados bens imóveis para
efeitos legais.

11. (FAURGS / TJ– 2010) Assinale a afirmação INCORRETA sobre bens públicos, segundo o Código
Civil.

a) Os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno são
públicos.

b) Os bens de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças, são bens públicos.

c) Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas
de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

d) Os bens de uso especial são inalienáveis enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei
determinar.

e) Os bens públicos do domínio nacional podem ser alienados, observadas as exigências da lei, e estão
sujeitos a usucapião.

IADES

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

12. (IADES/ AL-GO – 2019) Com relação ao regramento dos bens, assinale a alternativa correta.

(A) Consideram-se móveis, para os efeitos legais, os direitos reais sobre imóveis e as ações que os
asseguram.

(B) São infungíveis os móveis que podem se substituir por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

(C) Os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis por vontade das partes

(D) Consideram-se móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico.

(E) São necessárias as benfeitorias que aumentam ou facilitam o uso do bem.

13. (IADES/ METRÔ-DF – 2014) A respeito da disciplina dos bens no Código Civil e na
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, assinale a alternativa correta.

(A) Separados da coisa que os tiver produzido, os frutos são considerados pertenças.

(B) O direito à sucessão aberta é considerado bem móvel.

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Aula 03

(C) Quando pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de
direito privado, são classificados, em regra, como bens de uso especial.

(D) São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

(E) A vaga de garagem, ainda que possua matrícula própria no registro de imóveis, constitui bem
de família para efeito de penhora.

IBFC

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

14. (IBFC / SAEB-BA – 2015) Considerando as disposições do código civil brasileiro sobre os bens,
assinale a alternativa correta.

(A) São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar, desde que seja de forma natural.

(B) Considera-se imóvel para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta.

(C) Os direitos reais sobre imóveis são considerados móveis.

(D) As edificações, separadas do solo sempre perdem o caráter de imóveis.

(E) Os materiais separados de um prédio, ainda que provisoriamente para nele se reempregarem,
perdem o caráter de imóveis.

15. (IBFC / TRE-AM – 2014) Analise as seguintes afirmativas:

I. São bens públicos de uso comum do povo, os edifícios destinados a serviço da administração
federal, inclusive os de suas autarquias.

II. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

III. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

NÃO está correto o que se afirma em:

(A) I, apenas.

(B) II, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas.

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UFMT

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

16. (UFMT / TJ-MT – 2016) A coluna da esquerda apresenta o conceito de diferentes classes de
bens e a da direita, a denominação de cada classe, em conformidade com a Lei n.º 10.406, de
10 de janeiro de 2002, Código Civil. Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.

1 - São bens o solo e tudo quanto se lhe incorporar artificialmente.

2 - São bens os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

3 - Bens que, embora reunidos, se considerem de per si, independente dos demais.

4 - Bens que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor.

( ) Bens divisíveis

( ) Bens singulares

( ) Bens imóveis

( ) Bens fungíveis

Assinale a sequência correta.

(A) 3, 4, 2, 1

(B) 1, 3, 2, 4

(C) 2, 1, 4, 3

(D) 4, 3, 1, 2

17. (UFMT / TJ-MT – 2016) Sobre as espécies de bens, analise as seguintes afirmativas.

I - São bens imóveis as edificações que, separadas do solo, conservam sua unidade, ainda que
removidas para outro local.

II - São bens móveis os materiais destinados à construção, ainda que empregados para tal
finalidade.

III - São bens divisíveis os que podem ser fracionados sem prejuízo do uso a que se destinam.

IV - São bens públicos os de domínio nacional que pertencem às pessoas jurídicas de direito
público, sujeitos à usucapião.

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Estão corretas as afirmativas

(A) I, II e IV, apenas.

(B) I e III, apenas.

(C) III e IV, apenas.

(D) I, II e III, apenas.

18. (UFMT / TJ-MT – 2012) Considerando o que dispõe o Código Civil em vigor sobre bens imóveis
e bens móveis, analise as assertivas.

I - Não perdem o caráter de bens imóveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando
a sua unidade, forem removidas para outro local. ==2b92ae==

II - Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam


sua qualidade de bens móveis, readquirindo essa qualidade os provenientes da demolição de
algum prédio.

III - Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações consideram-se bens imóveis.

IV - Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, são


considerados bens móveis.

Estão corretas as afirmativas

(A) I e III, apenas.

(B) III e IV, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I e II, apenas.

CETAP

19. (CETAP / AL-RR – 2010) Quanto aos bens, assinale a alternativa CORRETA:
a) Os direitos reais sobre imóveis são considerados bens imóveis por determinação legal. Todavia, as
ações que os asseguram são consideradas bens móveis.
b) Os materiais provisoriamente separados de uma construção, ainda que estejam destinados a nela se
reempregarem, perdem a qualidade de bens imóveis.
c) As energias que tenham valor econômico são consideradas bens móveis.
d) O direito brasileiro somente admite a consuntibilidade física dos bens, sendo, portanto, impossível
falar em consuntibilidade jurídica.
e) As pertenças são bens imóveis por acessão intelectual.

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UFPR

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

20. (UFPR / COREN-PR – 2018) Acerca da classificação de bens no Direito Civil brasileiro, assinale
a alternativa INCORRETA.

a) São bens móveis para os efeitos legais os direitos reais sobre objetos móveis e as ações
correspondentes.

b) Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.

c) Tanto os bens públicos de uso especial quanto os dominicais podem ser alienados sem o
procedimento de desafetação.

d) Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o
contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

e) Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade
das partes.

QUADRIX

Bens móveis e imóveis (79 ao 84)

21. (Quadrix - CODHAB-DF - Analista - Direito e Legislação- 2018) Considerando as normas


referentes aos bens, aos negócios jurídicos e aos contratos, julgue o item.

As energias que tenham valor econômico são consideradas como bens imóveis.
22. (Quadrix - CODHAB-DF - Analista - Direito e Legislação- 2018) Considerando as normas
referentes aos bens, aos negócios jurídicos e aos contratos, julgue o item.

São considerados como bens as coisas materiais, concretas, úteis aos homens, de expressão econômica
e suscetíveis de apropriação, bem como as de existência imaterial economicamente apreciáveis.

CESGRANRIO

Bens móveis e imóveis (79 ao 84)

23. (CESGRANRIO - EPE - Advogado- 2012) À luz do paradigma da essencialidade, quanto aos
bens, constata-se que a(o)
(A) transcendência, ou seja, a existência de um valor para além do valor de troca não tem relevo para
a teoria dos contratos.
(B) utilidade dos bens contratados é critério juridicamente relevante para o exame das questões
contratuais.

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(C) essencialidade impede a classificação dos bens, reciprocamente considerados, em ordem de


relevância.
(D) valor de troca só é garantido para os bens que atendem aos interesses creditícios.
(E) valor de uso não se confunde com o valor de troca, sendo este último o que preserva o paradigma
da essencialidade.

AOCP

Bens móveis e imóveis (79 ao 84)

24. (AOCP - FUNDASUS - Analista - Advogado- 2015) Em relação ao regime civil de bens,
assinale a alternativa correta.
A) Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos pessoais de caráter patrimonial e
respectivas ações.
B) Considera-se bem móvel, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta.
C) Perdem o caráter de imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, ainda que
para nele se reempregarem.
D) São consumíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.
E) Não dispondo a lei em contrário, consideram-se de uso especial os bens pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

25. (AOCP - BRDE - Analista de Projetos - Jurídica- 2012) Consideram-se imóveis, para os
efeitos legais,
(A) as energias que tenham valor econômico.
(B) os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes.
(C) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
(D) o direito à sucessão aberta.
(E) os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados.

IDIB

Bens móveis e imóveis (79 ao 84)

26. (IDIB - CREMERJ - Advogado- 2019) Acerca dos bens imóveis, móveis e públicos, assinale
a alternativa correta:
(A) Consideram-se bens imóveis, para os efeitos legais, os direitos reais sobre objetos móveis e as
ações correspondentes.
(B) Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico.
(C) Perdem o caráter de imóveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua
unidade, forem removidas para outro local.
(D) Os bens públicos dominicais estão sujeitos a usucapião especial.

GABARITO

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1. B 14. B
2. D 15. D
3. B 16. D
4. A 17. B
5. A 18. D
6. C 19. C
7. D 20. C
8. A 21. C
9. A 22. A
10. A 23. B
11. E 24. A
12. D 25. D
13. D 26. B

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FGV

Bens Móveis E Imóveis (Art. 79 Ao 84)

1. (FGV - TJ-RO - Técnico Judiciário – 2021) Gilvan resolveu adaptar um antigo moinho para,
mantendo-o com sua arquitetura histórica, transformá-lo também em uma turbina eólica.
Para tanto, chamou a restauradora de vidros de janelas antigas Maria, que os retirou para
depois reinseri-los nas mesmas janelas, realizando a sua manutenção. Contratou também
Roberto para fabricar tijolos artesanais idênticos aos originais, mas no final não foi
necessário empregá-los na construção. No que concerne à classificação dos bens
considerados em si mesmos, a energia eólica, os vidros em restauração e os tijolos artesanais
podem ser classificados, respectivamente, como:

A) bem imóvel, bens imóveis, bens móveis;

B) bem móvel, bens móveis, bens imóveis;

C) bem imóvel, bens imóveis, bens imóveis;

D) bem móvel, bens imóveis e bens móveis;

E) bem móvel, bens móveis e bens móveis.

Comentários:

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o Código Civil, a identificação
dos bens será a seguinte:

1. Energia eólica: trata-se de bem móvel, conforme inciso I do art. 83 do CC: " Art. 83. Consideram-se
móveis para os efeitos legais: I - as energias que tenham valor econômico"

2. Vidros em restauração: trata-se de vidros que foram retirados das janelas do moinho (imóvel), para
serem restaurados e na sequência, reinseridos no imóvel, portanto, são bens imóveis, nos termos do art.
81, inc. II, do CC: " Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: II - os materiais provisoriamente separados
de um prédio, para nele se reempregarem".

3. Tijolos artesanais: serão fabricados para serem incorporados ao imóvel, logo, trata-se de bens móveis,
até que sejam incorporados, nos termos do art. 84 do CC: "Art. 84. Os materiais destinados a alguma
construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa
qualidade os provenientes da demolição de algum prédio".

Assim, a ordem correta é bens móveis, bens imóveis e bens móveis.

2. (TJ/SC – Juiz Substituto - 2022) Tício decidiu modernizar sua fazenda. Seus planos consistem
em: instalar energia elétrica; empenhar um relógio de família para obter um empréstimo;
demolir o antigo celeiro, não mais utilizado, e doar aos empregados os materiais resultantes

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da demolição, que não serão reutilizados; e contratar uma equipe especializada para retirar
os vitrais da capela construída há dois meses para limpeza e, posteriormente, os recolocar.
Para passar as informações à sua advogada para providenciar as contratações, quer
determinar a natureza jurídica de tais bens. Assim, no que concerne aos bens considerados
em si mesmos, com relação à classificação quanto à mobilidade, a energia elétrica, o penhor,
os materiais resultantes da demolição do antigo celeiro e os vitrais da capela são,
respectivamente:

a) bem móvel, bem imóvel, bem móvel e bem móvel;

b) bem móvel, bem móvel, bem imóvel e bem móvel;

c) bem imóvel, bem imóvel, bem móvel e bem móvel;

d) bem imóvel, bem móvel, bem imóvel e bem imóvel;

e) bem móvel, bem móvel, bem móvel e bem imóvel.

Comentários

A alternativa A está incorreta, porque, o penhor é classificado como bem móvel (“Art. 83. Consideram-
se móveis para os efeitos legais: II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes”).
Já os vitrais são considerados pelo CC como sendo bens imóveis (“Art. 81. Não perdem o caráter de
imóveis: II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem”).

A alternativa B está incorreta, pois os materiais resultantes de demolição são classificados como bens
móveis (“Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados,
conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de
algum prédio”). Já os vitrais são considerados pelo CC como sendo bens imóveis (“Art. 81. Não perdem
o caráter de imóveis: II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se
reempregarem”).

A alternativa C está incorreta, pois as energias são consideradas pelo CC como bem móvel (“Art. 83.
Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico”). Assim
também é classificado o penhor (“Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: II – os direitos
reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes”). Já os vitrais são considerados pelo CC como
sendo bens imóveis (“Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: II – os materiais provisoriamente
separados de um prédio, para nele se reempregarem”).

A alternativa D está incorreta, pois as energias são consideradas pelo CC como bem móvel (“Art. 83.
Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico”). Assim
também são classificados os materiais resultantes de demolição (“Art. 84. Os materiais destinados a
alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem
essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio”).

A alternativa E está correta, pois as energias são consideradas pelo CC como bem móvel (“Art. 83.
Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econômico”). Assim

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também é classificado o penhor (“Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: II – os direitos
reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes”) e os materiais resultantes de demolição (“Art.
84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio”). Já os
vitrais são considerados pelo CC como sendo bens imóveis (“Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem”).

3. (FGV - TJ-TO - Técnico Judiciário – 2022) Após ganhar uma soma em dinheiro inesperada,
Ademir decidiu realizar uma reforma completa na sua casa. Em primeiro lugar, plantou uma
cerca-viva nos limites do terreno, para aumentar sua privacidade. Colocou também vários
vasos de plantas na entrada da casa. Em seguida, mandou construir uma piscina no quintal.
Por fim, retirou cuidadosamente todas as telhas que revestiam o telhado da casa, descartou
as que estavam quebradas e armazenou as demais provisoriamente na garagem, para colocá-
las de volta assim que acabar de reforçar a estrutura do telhado, o que está fazendo no
momento. À luz do direito civil brasileiro, é correto considerar como bens imóveis nesse caso,
entre outros:

(A) a cerca-viva e as plantas nos vasos, mas não as telhas armazenadas;

(B) a piscina no quintal e as telhas quebradas, mas não as plantas nos vasos;

(C) a cerca-viva e as telhas armazenadas, mas não as telhas quebradas;

(D) a piscina no quintal e o terreno da casa, mas não as telhas armazenadas;

(E) o terreno da casa e as telhas quebradas, mas não a cerca viva.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois as plantas nos vasos consideram-se bens móveis, uma vez que são
imóveis tudo o que for incorporado ao solo, natural ou artificialmente, segundo o art. 79 do CC/2002:
“Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente”. Ademais,
as telhas armazenadas são consideradas bens imóveis, por força do inc. II do art. 81 do CC/2002: “Art.
81. Não perdem o caráter de imóveis: II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para
nele se reempregarem”.

A alternativa B está incorreta, pois as telhas quebradas são consideradas bens móveis, uma vez que
foram separadas do prédio com o intuito de descarte. Isso ocorre por força do art. 84 do CC/2002: “Art.
84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio”.

A alternativa C está correta, pois conforme já analisado, a cerca viva tal qual as telhas, consideram-se
bens imóveis, por força do expresso pelo art. 79 e 81 inc. II, do CC/2002. Já os vasos, por não estarem
incorporados ao solo e estarem suscetíveis ao movimento, porém, sem perderem a sua substância,
consideram-se bens móveis, por força do art. 82 do CC/2002: “Art. 82. São móveis os bens suscetíveis
de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação
econômico-social”.

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A alternativa D está incorreta, pois conforme já analisado, as telhas armazenadas consideram-se bens
imóveis.

A alternativa E está incorreta, pois conforme já analisado, a cerca viva considera-se bem imóvel.

4. (X Exame da OAB) Os vitrais do Mercado Municipal de São de Paulo, durante a reforma feita
em 2004, foram retirados para limpeza e restauração da pintura. Considerando a hipótese e
as regras sobre bens jurídicos, assinale a afirmativa correta.

A) Os vitrais, enquanto separados do prédio do Mercado Municipal durante as obras, são classificados
como bens móveis.

B) Os vitrais retirados na qualidade de material de demolição, considerando que o Mercado Municipal


resolva descartar-se deles, serão considerados bens móveis.

C) Os vitrais do Mercado Municipal, considerando que foram feitos por grandes artistas europeus, são
classificados como bens fungíveis.

D) Os vitrais retirados para restauração, por sua natureza, são classificados como bens móveis.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois como os vitrais foram retirados apenas temporariamente para as
obras, presume-se que serão recolocados no lugar, pelo que não perdem o caráter de imóveis (art. 81,
inc. II: “Não perdem o caráter de imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para
nele se reempregarem”).

A alternativa B está correta, pois se os vitrais foram retirados definitivamente como material de
demolição e não serão recolocados no lugar, perdem o caráter de imóveis (art. 81, inc. II: “Não perdem
o caráter de imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se
reempregarem”).

A alternativa C está incorreta, pois, como veremos adiante, se os vitrais foram feitos por grandes
artistas, não podem ser substituídos por outros iguais, pelas peculiaridades (art. 85)

A alternativa D está incorreta, pois como os vitrais foram retirados para restauração, presume-se que
serão recolocados no lugar, pelo que não perdem o caráter de imóveis (art. 81, inc. II: “Não perdem o
caráter de imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem”).

Gabarito: B

5. (FGV - TCE-AM - Auditor Técnico de Controle Externo – 2021) Quando os credores de Mariana
investigaram o seu patrimônio, identificaram os seguintes bens: crédito decorrente de
contrato de empréstimo feito a sua irmã; automóvel ano 2018 placa XXX9999; material de
construção que adquirira para construir um casebre no terreno de sua irmã; direito à
sucessão aberta de sua mãe, pois ainda se encontra em andamento o respectivo inventário e

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partilha; usufruto de ações de titularidade de sua irmã. Entre esses bens, considera-se
imóvel:

A) o crédito decorrente de contrato de empréstimo feito a sua irmã;

B) o automóvel ano 2018 placa XXX9999;

C) o material de construção que adquirira para construir um casebre no terreno de sua irmã;

D) o direito à sucessão aberta de sua mãe, pois ainda se encontra em andamento o respectivo inventário
e partilha;

E) o usufruto de ações de titularidade de sua irmã.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois o crédito decorrente de contrato de empréstimo é considerado bem
móvel nos art. 83, inc. III do CC: “Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: III - os direitos
pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações”.

A alternativa B está incorreta, pois o automóvel ano 2018 placa XXX9999 é um bem móvel, de acordo
com o art. 82 do CC: “Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por
força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social”.

A alternativa C está incorreta, pois o material de construção que adquirira para construir um casebre
no terreno de sua irmã é considerado bem móvel, conforme dispõe o art. 84 do CC: “Art. 84. Os materiais
destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis;
readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio”.

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. O direito à sucessão aberta tem natureza jurídica
de bem imóvel, segundo o art. 80, II do CC: “Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II - o
direito à sucessão aberta”.

A alternativa E está incorreta, pois as ações são consideradas bens móveis, incorpóreos. O usufruto de
ações, por sua vez, é considerado bem móvel, de acordo com o art. 83, II do CC: “Art. 83. Consideram-se
móveis para os efeitos legais: II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes”.

6. (FGV / PREFEITURA DE SALVADOR-BA – 2019) Gilberto, divorciado, pai de três filhos, faleceu
aos 81 anos, deixando três imóveis e dois veículos.

Segundo o Código Civil,

(A) apenas os imóveis, individualmente considerados, são bens imóveis, diferentemente da totalidade
do patrimônio do falecido.

(B) todos os bens do patrimônio do falecido, inclusive os imóveis, são considerados bens fungíveis.

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(C) não se considera o patrimônio total do falecido uma universalidade de direitos dotada de valor
econômico.

(D) o direito à sucessão aberta, atribuído aos herdeiros de Gilberto em relação à universalidade de
patrimônio deste, é considerado bem imóvel.

(E) não se pode dizer que os imóveis, considerados em si, são bens singulares.

Comentários:

Antes de iniciar a análise das alternativas, é importante entender o que são bens imóveis para o
CC/2002. O art. 79, classifica bens imóveis como o solo e tudo quanto de lhe incorpora natural ou
artificialmente, como por exemplo uma casa, um prédio, ou até mesmo o próprio solo. O art. 80, traz que
para efeitos legais, considera-se imóveis os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram,
bem como, o direito à sucessão aberta.

É importante também, definir sucessão aberta. Esta caracteriza-se como sendo o início da sucessão, ou
seja, quando uma pessoa que tem herdeiros, vem a óbito, inicia-se a sucessão, sendo assim, a sucessão
está aberta e os bens que a integram, sejam móveis ou imóveis, passam a integrar uma universalidade
de direitos dotada de valor econômico.

A alternativa A está incorreta. Não há o que se falar em diferença entre os bens móveis e imóveis,
quando estes compõem a totalidade da herança de alguém, pois, nestes casos, o CC/2002 determina que
para fins legais, estes são bens imóveis, já que como passam a integrar uma herança, passam a ser uma
universalidade de direitos, que serão chamados de direito a sucessão aberta a partir do falecimento de
Gilberto. Vejamos: Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II - o direito à sucessão aberta.

A alterativa B está incorreta. O CC/2002 em seu art. 85, classifica como fungíveis os bens móveis que
podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Sendo assim, não é
possível afirmar que os bens que, agora integram uma herança, são fungíveis, já que, a partir da morte
de Gilberto e, aberta a sucessão, tais bens passam a ser classificados, pelo mesmo código, como bens
imóveis, vejamos: Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II - o direito à sucessão aberta.

A alternativa C está incorreta. O correto é na verdade o contrário do que afirma a assertiva. Quando se
fala em herança, o patrimônio total do falecido passa a ser uma universalidade de direitos dotados de
valor econômico, pois, instaurou-se o direito a sucessão aberta, considerada pelo CC/2002 como bens
imóveis, mesmo que dentre o total, existam bens móveis. Vejamos: Art. 80. Consideram-se imóveis para
os efeitos legais: II - o direito à sucessão aberta.

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. O direito à sucessão aberta, atribuído aos
herdeiros de Gilberto em relação à universalidade de patrimônio deste, é considerado bem imóvel como
determina o art. 80, Inc. II do CC/2002: “Consideram-se imóveis para os efeitos legais: o direito à
sucessão aberta”.

A alternativa E está incorreta. Os imóveis, quando considerados em si, ou seja, quando analisados
apenas como imóveis, mesmo que parte de uma herança, direito universal, podem sim ser considerados
bens singulares, uma vez que, a definição destes, de acordo com o art. 89 do CC/2002 é: bens que,
embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. Ou seja, uma casa, mesmo

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que faça parte de um único bem, que é o direito a sucessão aberta, ainda assim será uma casa,
independente dos demais bens que integram a herança.

Gabarito: Letra D.

7. (FGV / PREFEITURA DE SALVADOR-BA – 2019) A concessionária WYZ instalou algumas torres


em imóvel concedido pelo Estado, as quais têm utilidade de transmitir energia para as
residências de determinado bairro.

A energia transmitida, segundo o que dispõe o Código Civil, é considerada

(A) bem móvel.

(B) bem dominical.

(C) bem acessório às torres.

(D) bem público de uso comum.

(E) bem imóvel.

Comentários:

A alternativa A está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o art. 82 do CC/2002, “são
considerados bens móveis aqueles suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia,
sem alteração da subsistência ou da destinação econômico-social”, e, para efeitos legais, o art. 83
determina que são consideram-se móveis, dentre outros, as energias que tenham valor econômico.
Sendo assim, a energia transmitida pelas torres são bens móveis.

A alternativa B está incorreta. São bens dominicais, de acordo com o art. 99, Inc. III do CC/2002 os bens
públicos que “constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como o objetivo de
direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades”. Ou seja, os bens dominicais são aqueles que
fazem parte dos bens das pessoas jurídicas de direito público, como por exemplo os Estados, Municípios,
etc., que possuem a finalidade de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades, como por
exemplo, os terrenos de marinha, as terras devolutas, título de dívida pública, dentre outros. A partir do
exposto, não há como dizer que as energias distribuídas são bens dominicais, quando na verdade, além
de não se enquadrarem em tal definição, o CC/2002 ainda o determina como sendo um bem móvel.

A alternativa C está incorreta. O CC/2002, em seu art. 92, classifica os bens acessórios como sendo
aqueles cuja existência supõe a de um principal, um exemplo simples e, muito utilizado pela doutrina, é
o solo e uma árvore, neste caso, fica claro que a árvore depende do solo para poder existir, não sendo
possível desvincular a ideia da existência da árvore sem o solo. No caso em tela, não se pode falar que a
energia é um bem acessório das torres, pois a existência dela não depende da existência das torres de
energia.

A alternativa D está incorreta. Os bens públicos de uso comum, de acordo com o art. 99, Inc. I do
CC/2002 são tais como os rios, mares, estradas, ruas e praças. Dado o exposto, não há o que se falar que
as energias transmitidas são bens públicos de uso comum.

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A alternativa E está incorreta. Bens imóveis de acordo com o art. 79 do CC/2002, são “o solo e tudo
quanto se lhe incorpora natural ou artificialmente”. Sendo assim, frente ao exposto, as energias não
podem ser consideradas como imóveis e, sim móveis, já que possuem movimento próprio, sem alteração
de substancia ou da destinação econômica-social.

Gabarito: Letra A.

8. (FGV / PREFEITURA DE SALVADOR-BA – 2019) Um determinado prédio histórico de Salvador


passa por reformas. Para tanto, são retiradas algumas de suas janelas e partes do piso de
algumas áreas. Após determinados procedimentos, tais materiais serão reintegrados ao
imóvel. Segundo o Código Civil, essas janelas e partes do piso são bens

(A) móveis

(B) imóveis.
==2b92ae==

(C) consumíveis

(D) imóveis, mas, durante o período de retirada, móveis.

(E) Coletivos

Comentários:

A alternativa B está correta e, é o gabarito da questão. O CC/2002, em seu art. 81, Inc. II, determina que
os materiais separados provisoriamente de um prédio, para nele se reempregarem, não perdem o
caráter de imóveis. Sendo assim, frente ao caso em tela, as janelas e partes do piso de algumas áreas,
quando retirados para reforma, de maneira que há a intenção de serem reempregados, continuarão
sendo considerados imóveis. Dessa forma, não há o que se falar na possibilidade de serem considerados
móveis; nem consumíveis, já que não sofrerão destruição imediata de sua substancia; nem móveis no
período de retirada; nem coletivos.

Gabarito: Letra B.

9. (FGV / TJ-PI – 2015) Margarida, artista plástica, contratou a compra de madeira de


demolição, proveniente de um prédio do centro histórico de Teresina. Sobre a situação
narrada, é correto afirmar que os bens são considerados:

(A) Imóveis, pois são materiais de obra pertencentes ao prédio histórico;

(B) Móveis, pois, por serem provenientes de demolição, não mais integram o prédio;

(C) Fora do comércio por falta de valor econômico;

(D) Coisas abandonadas, e é possível adquiri-los por ocupação;

(E) Imóveis, pois adquirem a natureza do prédio, bem principal.

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Comentários:

A alternativa B está correta e, é o gabarito da questão. São considerados móveis, porque os materiais
que vieram de alguma demolição readquirem a qualidade de móveis. Quando estão integrados em um
prédio, são imóveis, mas quando são retirados, readquirem a qualidade de bens móveis. Assim dita o
art. 84 do CC/2002, vejamos: art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem
empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da
demolição de algum prédio.

Gabarito: Letra B.

10. (FGV / PREFEITURA DE PAULÍNIA -SP – 2015) Quanto à teoria dos bens, é correto afirmar
que:

(A) São considerados bens móveis tudo aquilo que acede ao solo;

(B) São indivisíveis os bens que, compostos por outros bens destacáveis, não têm comprometida sua
funcionalidade, quando separados;

(C) O solo é considerado um bem imóvel artificial;

(D) São considerados bens móveis as ações referentes à propriedade imobiliária;

(E) São considerados bens móveis as ações que se referem a direito pessoal.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Bens móveis, na verdade são aqueles suscetíveis de movimento próprio,
ou de remoção por força alheia, sem que haja alteração da substância ou ainda da destinação econômica-
social, sendo assim, não há o que se falar em solo, como sendo um bem móvel, tendo em vista este não
está suscetível a movimento próprio, ou de remoção por força alheia. Vejamos a literalidade da lei: art.
82 do CC/2002: “São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia,
sem alteração da substância ou da destinação econômico-socia”.

A alternativa B está incorreta. Levando-se em consideração a literalidade da lei, os bens divisíveis são
os que podem ser fracionados sem alteração de sua substância. Sendo assim, não há como atribuir essa
característica a bens indivisíveis. Vejamos: art. 87 do CC/2002: “Bens divisíveis são os que se podem
fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que
se destinam”.

A alternativa C está incorreta. Em se tratando do solo, este é considerado, na verdade, bem imóvel
natural. Vejamos: art. 79 do CC/2002: “São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural
ou artificialmente”.

A alternativa D está incorreta. As ações referentes à propriedade imobiliária são, na verdade,


consideradas pelo art. 80, Inc. I, do CC/2002, como sendo bens imóveis, vejamos: art. 80. Consideram-
se imóveis para os efeitos legais: I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

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A alternativa E está correta e, e o gabarito da questão. As ações que se referem à propriedade


imobiliária são consideradas pelo art. 83, Inc. III, do CC/2002, como sendo bens móveis. Vejamos: art.
83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e
respectivas ações.

Gabarito: Letra E.

11. (FGV / PREFEITURA DE OSASCO – SP – 2014) É uma hipótese de imóvel para os efeitos legais:

(A) O veículo automotor de porte médio;

(B) O veículo automotor de porte grande;

(C) O direito à sucessão aberta;

(D) As pessoas interditadas;

(E) O direito autoral.

Comentários:

A alternativa C está correta está correta e, é o gabarito da questão, uma vez que, de acordo com o art.
80, Inc. II, do CC/2002, para fins legais, consideram-se imóveis, o direito à sucessão aberta. Sendo assim,
não se pode afirmar que os automóveis de porte médio, nem os de porte grande, são imóveis, uma vez
que o mesmo código normativo os considera como bens móveis. Agora, em se tratando de pessoas
interditadas, estas não são consideradas bens móveis nem imóveis. E, por fim, o direito autoral é
considerado, de acordo com o CC/2002, é considerado bem móvel.

Gabarito: Letra C.

12. (FGV / SEFAZ-RJ – 2010) Para os efeitos legais, consideram-se bens móveis:

(A) As energias que tenham valor econômico.

(B) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local.

(C) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

(D) O direito à sucessão aberta.

(E) As coisas artificialmente incorporadas ao solo.

Comentários:

A alternativa A está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, art. 83, Inc. I, as
energias que tenham valor econômico são consideradas como bens móveis. Vejamos: Art. 83.
Consideram-se móveis para os efeitos legais: I - as energias que tenham valor econômico;

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A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, as edificações que, separadas do solo, mas
conservadas a sua unidade, forem removidas para outro local permanecem com a classificação de
imóveis. Vejamos: Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo,
mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, os materiais provisoriamente separados de


um prédio, para nele se reempregarem, não perdem a característica de imóveis. Vejamos: Art. 81. Não
perdem o caráter de imóveis: II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se
reempregarem.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, o direito a sucessão aberta é, na verdade,
considerado como sendo um bem imóvel. Vejamos: Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos
legais: II - o direito à sucessão aberta.

A alternativa E está incorreta. De acordo com o CC/2002, a coisa artificialmente incorporada ao solo é,
na verdade, denominada como sendo um bem imóvel. Vejamos: Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo
quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Gabarito: Letra A.

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FGV

Bens Móveis e Imóveis (Art. 79 Ao 84)

1. (FGV - TJ-RO - Técnico Judiciário – 2021) Gilvan resolveu adaptar um antigo moinho para,
mantendo-o com sua arquitetura histórica, transformá-lo também em uma turbina eólica.
Para tanto, chamou a restauradora de vidros de janelas antigas Maria, que os retirou para
depois reinseri-los nas mesmas janelas, realizando a sua manutenção. Contratou também
Roberto para fabricar tijolos artesanais idênticos aos originais, mas no final não foi
necessário empregá-los na construção. No que concerne à classificação dos bens
considerados em si mesmos, a energia eólica, os vidros em restauração e os tijolos artesanais
podem ser classificados, respectivamente, como:

A) bem imóvel, bens imóveis, bens móveis;

B) bem móvel, bens móveis, bens imóveis;

C) bem imóvel, bens imóveis, bens imóveis;

D) bem móvel, bens imóveis e bens móveis;

E) bem móvel, bens móveis e bens móveis.

2. (TJ/SC – Juiz Substituto - 2022) Tício decidiu modernizar sua fazenda. Seus planos consistem
em: instalar energia elétrica; empenhar um relógio de família para obter um empréstimo;
demolir o antigo celeiro, não mais utilizado, e doar aos empregados os materiais resultantes
da demolição, que não serão reutilizados; e contratar uma equipe especializada para retirar
os vitrais da capela construída há dois meses para limpeza e, posteriormente, os recolocar.
Para passar as informações à sua advogada para providenciar as contratações, quer
determinar a natureza jurídica de tais bens. Assim, no que concerne aos bens considerados
em si mesmos, com relação à classificação quanto à mobilidade, a energia elétrica, o penhor,
os materiais resultantes da demolição do antigo celeiro e os vitrais da capela são,
respectivamente:

a) bem móvel, bem imóvel, bem móvel e bem móvel;

b) bem móvel, bem móvel, bem imóvel e bem móvel;

c) bem imóvel, bem imóvel, bem móvel e bem móvel;

d) bem imóvel, bem móvel, bem imóvel e bem imóvel;

e) bem móvel, bem móvel, bem móvel e bem imóvel.

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3. (FGV - TJ-TO - Técnico Judiciário – 2022) Após ganhar uma soma em dinheiro inesperada,
Ademir decidiu realizar uma reforma completa na sua casa. Em primeiro lugar, plantou uma
cerca-viva nos limites do terreno, para aumentar sua privacidade. Colocou também vários
vasos de plantas na entrada da casa. Em seguida, mandou construir uma piscina no quintal.
Por fim, retirou cuidadosamente todas as telhas que revestiam o telhado da casa, descartou
as que estavam quebradas e armazenou as demais provisoriamente na garagem, para colocá-
las de volta assim que acabar de reforçar a estrutura do telhado, o que está fazendo no
momento. À luz do direito civil brasileiro, é correto considerar como bens imóveis nesse caso,
entre outros:

(A) a cerca-viva e as plantas nos vasos, mas não as telhas armazenadas;

(B) a piscina no quintal e as telhas quebradas, mas não as plantas nos vasos;

(C) a cerca-viva e as telhas armazenadas, mas não as telhas quebradas;

(D) a piscina no quintal e o terreno da casa, mas não as telhas armazenadas;

(E) o terreno da casa e as telhas quebradas, mas não a cerca viva.

4. (X Exame da OAB) Os vitrais do Mercado Municipal de São de Paulo, durante a reforma feita
em 2004, foram retirados para limpeza e restauração da pintura. Considerando a hipótese e
as regras sobre bens jurídicos, assinale a afirmativa correta.

A) Os vitrais, enquanto separados do prédio do Mercado Municipal durante as obras, são classificados
como bens móveis.

B) Os vitrais retirados na qualidade de material de demolição, considerando que o Mercado Municipal


resolva descartar-se deles, serão considerados bens móveis.

C) Os vitrais do Mercado Municipal, considerando que foram feitos por grandes artistas europeus, são
classificados como bens fungíveis.

D) Os vitrais retirados para restauração, por sua natureza, são classificados como bens móveis.

5. (FGV - TCE-AM - Auditor Técnico de Controle Externo – 2021) Quando os credores de Mariana
investigaram o seu patrimônio, identificaram os seguintes bens: crédito decorrente de
contrato de empréstimo feito a sua irmã; automóvel ano 2018 placa XXX9999; material de
construção que adquirira para construir um casebre no terreno de sua irmã; direito à
sucessão aberta de sua mãe, pois ainda se encontra em andamento o respectivo inventário e
partilha; usufruto de ações de titularidade de sua irmã. Entre esses bens, considera-se
imóvel:

A) o crédito decorrente de contrato de empréstimo feito a sua irmã;

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B) o automóvel ano 2018 placa XXX9999;

C) o material de construção que adquirira para construir um casebre no terreno de sua irmã;

D) o direito à sucessão aberta de sua mãe, pois ainda se encontra em andamento o respectivo inventário
e partilha;

E) o usufruto de ações de titularidade de sua irmã.

6. (FGV / PREFEITURA DE SALVADOR-BA – 2019) Gilberto, divorciado, pai de três filhos, faleceu
aos 81 anos, deixando três imóveis e dois veículos.

Segundo o Código Civil,

(A) apenas os imóveis, individualmente considerados, são bens imóveis, diferentemente da totalidade
==2b92ae==

do patrimônio do falecido.

(B) todos os bens do patrimônio do falecido, inclusive os imóveis, são considerados bens fungíveis.

(C) não se considera o patrimônio total do falecido uma universalidade de direitos dotada de valor
econômico.

(D) o direito à sucessão aberta, atribuído aos herdeiros de Gilberto em relação à universalidade de
patrimônio deste, é considerado bem imóvel.

(E) não se pode dizer que os imóveis, considerados em si, são bens singulares.

7. (FGV / PREFEITURA DE SALVADOR-BA – 2019) A concessionária WYZ instalou algumas torres


em imóvel concedido pelo Estado, as quais têm utilidade de transmitir energia para as
residências de determinado bairro.

A energia transmitida, segundo o que dispõe o Código Civil, é considerada

(A) bem móvel.

(B) bem dominical.

(C) bem acessório às torres.

(D) bem público de uso comum.

(E) bem imóvel.

8. (FGV / PREFEITURA DE SALVADOR-BA – 2019) Um determinado prédio histórico de Salvador


passa por reformas. Para tanto, são retiradas algumas de suas janelas e partes do piso de
algumas áreas. Após determinados procedimentos, tais materiais serão reintegrados ao
imóvel. Segundo o Código Civil, essas janelas e partes do piso são bens

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(A) móveis

(B) imóveis.

(C) consumíveis

(D) imóveis, mas, durante o período de retirada, móveis.

(E) Coletivos

9. (FGV / TJ-PI – 2015) Margarida, artista plástica, contratou a compra de madeira de


demolição, proveniente de um prédio do centro histórico de Teresina. Sobre a situação
narrada, é correto afirmar que os bens são considerados:

(A) Imóveis, pois são materiais de obra pertencentes ao prédio histórico;

(B) Móveis, pois, por serem provenientes de demolição, não mais integram o prédio;

(C) Fora do comércio por falta de valor econômico;

(D) Coisas abandonadas, e é possível adquiri-los por ocupação;

(E) Imóveis, pois adquirem a natureza do prédio, bem principal.

10. (FGV / PREFEITURA DE PAULÍNIA -SP – 2015) Quanto à teoria dos bens, é correto afirmar
que:

(A) São considerados bens móveis tudo aquilo que acede ao solo;

(B) São indivisíveis os bens que, compostos por outros bens destacáveis, não têm comprometida sua
funcionalidade, quando separados;

(C) O solo é considerado um bem imóvel artificial;

(D) São considerados bens móveis as ações referentes à propriedade imobiliária;

(E) São considerados bens móveis as ações que se referem a direito pessoal.

11. (FGV / PREFEITURA DE OSASCO – SP – 2014) É uma hipótese de imóvel para os efeitos legais:

(A) O veículo automotor de porte médio;

(B) O veículo automotor de porte grande;

(C) O direito à sucessão aberta;

(D) As pessoas interditadas;

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(E) O direito autoral.

12. (FGV / SEFAZ-RJ – 2010) Para os efeitos legais, consideram-se bens móveis:

(A) As energias que tenham valor econômico.

(B) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local.

(C) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

(D) O direito à sucessão aberta.

(E) As coisas artificialmente incorporadas ao solo.

GABARITO
1. TJ-RO D
2. TJ/SC E
3. TJ-TO C
4. X Exame da OAB C
5. TCE-AM C
6. Pref. de Salvador/BA D
7. Pref. de Salvador/BA A
8. Pref. de Salvador/BA B
9. TJ-PI B
10. Prefeitura de Paulínia -SP E
11. Prefeitura de Paulínia -SP C
12. SEFAZ-RJ A

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Aula 03

Capítulo I – Bens considerados em si mesmos

Comum que se use, mesmo no Direito Civil, o conceito de coisa e de bem de maneira equívoca. A doutrina
se divide a respeito da distinção técnico-jurídica. Uns estabelecem que bem é gênero, no qual se insere
a espécie coisa, específica porque dotada de materialidade. Outros, porém, invertem a classificação,
estabelecendo que coisa seria gênero do qual bem seria espécie.

Por isso, é difícil afirmar categoricamente que o CC/2002 adotou essa ou aquela
postura. A Parte Geral indica a adoção da segunda corrente (coisa como gênero e bem
como espécie), mas a Parte Especial, o Direito das Coisas, indica a adoção da primeira
corrente (bem como gênero e coisa como espécie).

Antes de ver as classificações, é de se lembrar que a categoria das res extra commercium,
os dos bens que estão fora do comércio, apesar da revogação do art. 69 do CC/1916, ainda continua
vigente, já que o bem precisa, para circular, de apropriabilidade. Eis o art. 69 revogado:

São coisas fora de comércio as insuscetíveis de apropriação, e as legalmente inalienáveis.

Assim, não estão sujeitas ao comércio, à circulação, os bens insuscetíveis de apropriação. São
inapropriáveis os bens por sua própria natureza, como o ar, o mar, o espaço, a luz solar. Os bem
legalmente inalienáveis, por sua vez, também são insuscetíveis de apropriação, mas o CC/1916
achou por bem deixar isso mais claro.

Atenção com as res nullius lato sensu. Em sentido amplo, as res nullius, as coisas de ninguém, abarcam
tanto as res extra commercium quanto as res derelictae, que são as coisas abandonadas, como uma
bicicleta ou o lixo, e as res publicae, as coisas públicas.

Assim, um peixe em águas internacionais é “coisa de ninguém”. Sendo efetivamente de


ninguém, a coisa é apropriável, porque não possui titular (res nullius stricto sensu).
Agora, se a “coisa de ninguém” tem um dono, ainda que não aparente ter ou não tenha
dono porque não pode ter, ela é inapropriável, como a res extra commercium, a res
publicae e a coisa perdida.

Novamente, atenção aqui! Res derelictae e coisa perdida apenas parecem a mesma
coisa. A res derelictae é apropriável e não enseja aplicação da lei penal; inversamente, a coisa
perdida é inapropriável e enseja aplicação da lei penal. Como distinguir uma coisa da outra? Pela
intenção do dono de se despojar da coisa, ainda que não exista declaração explícita de vontade. Talvez
o exemplo mais evidente seja jogar algo no lixo: res derelictae. Já deixar um objeto sobre a mesa não
enseja o mesmo raciocínio, já que parece evidente que a pessoa esqueceu a coisa, exceto se houve
manifestação de vontade em contrário.

Por fim, inapropriáveis, não por impossibilidade material, mas por vedação jurídica, são os bens
juridicamente inalienáveis. O art. 1.911 estabelece claramente que a cláusula de inalienabilidade,
imposta aos bens por ato de liberalidade, implica também (ex vi lege) impenhorabilidade e
incomunicabilidade.

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Aula 03

O STJ (REsp 1.155.547), inclusive, aduz que o inverso não se verifica. A inserção exclusiva de
impenhorabilidade e/ou incomunicabilidade não gera a presunção da inalienabilidade, bem como a
instituição autônoma de impenhorabilidade não pressupõe a incomunicabilidade e vice-versa.

BENS INAPROPRIÁVEIS/FORA DO COMÉRCIO

Bens inapropriáveis
Coisa perdida Res extra commercium Bens inalienáveis
pela própria natureza

No entanto, quanto à impenhorabilidade voluntária, o CC/2002 estabeleceu


grandes restrições em relação ao CC/1916. Nesse sentido, o art. 1.848 estabelece que
apenas se houver justa causa, declarada no testamento, pode o testador
estabelecer cláusula de inalienabilidade, de impenhorabilidade e de
incomunicabilidade sobre os bens da legítima.

A inalienabilidade é excepcional no direito brasileiro, assim como a inapropriabilidade


dos bens em geral. A inapropriabilidade é excepcional, e precisa de justificativa jurídica bastante
sólida. Daí a inserção de cláusula de inalienabilidade, num bem que materialmente é plenamente
circulável, não ser recomendável; um bem sujeito ao trânsito é, por vontade individual de alguém,
retirado da circulação, o que prejudica o sistema como um todo.

Por outro lado, os demais bens postos fora do comércio também precisam ter
justificativa para tanto. O exemplo mais elementar é o do corpo humano, em sua
inteireza. Ele é inapropriável por razões de ordem moral (a sacralidade do corpo
como princípio) e mesmo bem pragmáticas (evitar a comercialização de cadáveres
e partes destacáveis, o que causaria mais problemas criminais, imagina-se).
Determinadas partes destacáveis, porém, como o cabelo, podem ser livremente
alienadas, sem que isso signifique violação à regra.

No entanto, mesmo os bens postos fora do comércio podem a ele voltar, como fica bem
evidente com as res derelictae. Abandonada, por ocupação pode ela voltar ao comércio. No
mesmo sentido, as res nullius, que inclusive sofrem proteção, muitas vezes internacional,
para evitar que as pessoas explorem de maneira inconsequente tais bens (como as críticas
que muitos países sofrem contra a pesca excessiva em águas internacionais). Esse é um
tema muito relevante para o Direito Ambiental e para o Direito Internacional.

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Regra Exceção

Apropriabilidade dos bens Inapropriabilidade dos bens


• Razões jurídicas (corpo humano etc.);
• Justificativa na cláusula de
inalienabilidade

Feita essa introdução, a classificação dos bens é o ponto mais relevante nas provas, pois a aplicação das
regras jurídicas variará em função dessa classificação que se faz. Hora de classificar os bens!
==2b92ae==

1 – Bens imóveis

A noção de bens imóveis está no art. 79 do CC/2002: o solo e tudo quanto se lhe
incorporar natural ou artificialmente. Igualmente, ainda que não sejam, na
prática, imóveis, consideram-se imóveis para os efeitos legais outros bens e
direitos relativos a imóveis, segundo os arts. 80 e 81:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;


II - o direito à sucessão aberta.
III - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
IV - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

Cesar Fiúza (Direito Civil, 18ª ed., p. 237) categoriza os bens imóveis em quatro:

1.ª bens imóveis por sua natureza. São o solo e suas adjacências naturais,
compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo;

2.ª bens imóveis por acessão física ou artificial. É tudo aquilo que o homem incorpora
permanentemente ao solo, como sementes e edifícios;
3.ª bens imóveis por acessão intelectual. É tudo aquilo que se mantém intencionalmente
no imóvel para sua exploração, aformoseamento ou comodidade. A categoria dos bens
imóveis por acessão intelectual foi retirada do Código, que a substituiu pela categoria
das pertenças.
4.ª bens imóveis por força de lei. São aqueles que, por sua própria natureza, não se
podem classificar como móveis ou imóveis. Nessa categoria se incluem os direitos reais
sobre imóveis e as ações que os asseguram, além do direito à sucessão aberta.

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BENS IMÓVEIS

• O solo e tudo o que nele se incorporar


• Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram
• O direito à sucessão aberta
• As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem
removidas para outro local
• Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem

2 – Bens móveis

Já no conceito do art. 82 do CC/2002, são móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de


remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.

Ao lado dos bens móveis por natureza ou essência, existem os bens móveis por antecipação. Os bens
móveis por antecipação são aqueles que eram imóveis, mas foram mobilizados por ação humana,
como a maçã retirada da árvore ou a soja colhida. O mesmo acontece com a demolição de um imóvel,
passando os bens à categoria de móveis (art. 84, visto adiante). Nesses casos, ocorre exatamente o
oposto dos bens tornados imóveis por acessão física ou artificial (tijolo, móvel, que se imobiliza).

Ademais, ainda que não sejam visivelmente móveis, consideram-se móveis para os efeitos legais
(bens móveis por força de lei), segundo os arts. 83 e 84:

I - as energias que tenham valor econômico;


II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
IV - os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade
de móveis;
V - os materiais provenientes da demolição de algum prédio.

BENS MÓVEIS

• Os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem


alteração da substância ou da destinação econômico-social
• As energias que tenham valor econômico
• Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes
• Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações
• Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados,
conservam sua qualidade de móveis
• Os materiais provenientes da demolição de algum prédio

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Paulo H M Sousa
Aula 03

A letra da Lei

Agora, trago a você os dispositivos de lei referentes à nossa aula. Lembro que, ao longo do texto, eu não
trato de todos os dispositivos legais aqui citados, propositadamente. Isso porque meu objetivo não é
tornar o material um comentário à lei, mas, sim, fazer você compreender os institutos jurídicos que são
importantes à prova.

Agora, ao contrário, o objetivo é trazer todos os dispositivos legais, para que você possa ao menos passar
os olhos. Não se preocupe em compreender em detalhe cada um deles; eu objetivo apenas trazer o texto
legal para que você não precise procurá-los fora do material. Trata-se da letra da lei com grifos nos
principais pontos da norma, para ajudar na fixação dos conteúdos.

Vamos lá!

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro
local;

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem
alteração da substância ou da destinação econômico-social.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

5
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Paulo H M Sousa
Aula 03

6 – Bens corpóreos e incorpóreos

Bens corpóreos, também chamados de materiais ou tangíveis, são os bens que têm
existência material, física; são, portanto, palpáveis aos sentidos humanos. Já os bens
incorpóreos, chamados de imateriais ou intangíveis, ao contrário, não têm existência
material, física, ainda que possam ser materializados, sem que, contudo, sua essência
possa ser materializada. A matéria, nesse caso, é mero instrumento do bem.

São exemplos de bens corpóreos: os veículos automotores, uma residência, uma pintura
famosa, uma camiseta comum, uma maçã, um cavalo, uma coleção de livros etc. Contrariamente, são
bens incorpóreos: o direito autoral, os direitos de personalidade, o direito de ação, a saúde, a intimidade,
o crédito, o débito, a liberdade etc.

==2b92ae==

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Paulo H M Sousa
Aula 03

B) Consumíveis e inconsumíveis

São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância,
segundo leciona o art. 86, noção essa bem próxima dos bens não duráveis previstos pelo CDC. Ao lado
dessa consuntibilidade fática ou física, o CC/2002 também prevê o caso de consuntibilidade jurídica.
Consideram-se consumíveis os bens destinados à alienação.

Desse conceito, pode-se perceber que existem duas espécies de bens


consumíveis, os consumíveis de fato e os consumíveis de direito.

Inconsumíveis faticamente/fisicamente, por consequência, são os bens cuja fruição os mantém hígidos,
sem destruição, algo também próximo dos produtos duráveis do CDC. Inconsumíveis juridicamente
são os bens inalienáveis.

Portanto, curiosamente, um mesmo bem pode ser, ao mesmo tempo, consumível e inconsumível. Será
consumível juridicamente um veículo comum, que pode ser alienado, mas inconsumível, faticamente, já
que seu uso não importa destruição imediata da própria substância. Contrariamente, será inconsumível
juridicamente uma garrafa rara de vinho, clausulada de inalienabilidade, que é consumível faticamente.

Novamente, veja que a classificação natural vale somente para os bens móveis, já que os bens
imóveis são, essencialmente, inconsumíveis, já que seu uso não importará em destruição de sua
substância. A classificação jurídica, por sua vez, se aplica tanto a bens móveis quanto imóveis.

A letra da Lei

Agora, trago a você os dispositivos de lei referentes à nossa aula. Lembro que, ao longo do texto, eu não
trato de todos os dispositivos legais aqui citados, propositadamente. Isso porque meu objetivo não é
tornar o material um comentário à lei, mas, sim, fazer você compreender os institutos jurídicos que são
importantes à prova.

Agora, ao contrário, o objetivo é trazer todos os dispositivos legais, para que você possa ao menos passar
os olhos. Não se preocupe em compreender em detalhe cada um deles; eu objetivo apenas trazer o texto
legal para que você não precise procurá-los fora do material. Trata-se da letra da lei com grifos nos
principais pontos da norma, para ajudar na fixação dos conteúdos.

Vamos lá!

Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.

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Aula 03

4 – Bens divisíveis

Os bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam, consoante o art. 87. Além disso, os bens
naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes
(art. 88).

De outro lado, bem indivisível é aquele que perde a identidade ou o valor, quando fracionado. A
parte não é capaz de manter as mesmas características do todo. Como um diamante, que perde parte do
seu valor se for dividido. Os bens indivisíveis por determinação legal são aqueles que a lei não
admite divisão (exemplos são a herança, as servidões, as hipotecas etc.).

Assim, classifica-se o cavalo como indivisíveis, já que o pensamos como animal de tração,
de esporte ou mesmo de estimação. Nada impede, porém, que sejam eles considerados,
em algum momento, divisíveis, a depender das circunstâncias; é o caso do animal depois
do abate, destinado ao consumo humano.
==2b92ae==

Primeiro, essa divisão vale tanto para bens móveis quanto para bens imóveis; uns e outros podem, ou
não, ser divididos. No entanto, a divisibilidade não significa divisibilidade no sentido físico do
termo, dado que praticamente tudo o que existe no Universo é divisível, à exceção do Bóson de Higgs.

Pode-se classificar os bens indivisíveis da seguinte forma: a. naturalmente


indivisíveis (uma escultura); b. legalmente indivisíveis (a herança); c.
convencionalmente indivisíveis (uma carga específica).

A indivisibilidade pode ser oposta a um bem por escolha das partes, ou seja, ainda que
divisível, podem as partes optar pela indivisibilidade, por numerosas razões. É o caso
da indústria que escolhe receber um carregamento de tomates de vinte caminhões; a
entrega deve ser feita numa única oportunidade, por razões logísticas, não se podendo dividir a entrega.

A letra da Lei

Agora, trago a você os dispositivos de lei referentes à nossa aula. Lembro que, ao longo do texto, eu não
trato de todos os dispositivos legais aqui citados, propositadamente. Isso porque meu objetivo não é
tornar o material um comentário à lei, mas, sim, fazer você compreender os institutos jurídicos que são
importantes à prova.

Agora, ao contrário, o objetivo é trazer todos os dispositivos legais, para que você possa ao menos passar
os olhos. Não se preocupe em compreender em detalhe cada um deles; eu objetivo apenas trazer o texto
legal para que você não precise procurá-los fora do material. Trata-se da letra da lei com grifos nos
principais pontos da norma, para ajudar na fixação dos conteúdos.

Vamos lá!

Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.

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Aula 03

Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por
vontade das partes.

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Paulo H M Sousa
Aula 03

5 – Bens singulares e coletivos

A regra do art. 89 do CC/2002 estabelece que são singulares, ou individuais, os bens que, embora
reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. Podem os bens singulares serem
simples ou compostos. Simples são os bens singulares cujos elementos se ligam naturalmente, como ocorre
com uma árvore; compostos são os bens singulares cujos elementos estão unidos pela vontade humana,
como um veículo.

Já os bens coletivos ou universais são os bens singulares – iguais ou diferentes – reunidos em um todo
individualizado. Passa-se a considerar o todo, ainda que não desapareça a peculiaridade individual de cada
um. É o caso de um pomar ou uma frota de veículos.

Os bens coletivos podem obter essa característica por consequência fática ou jurídica. A universalidade de
fato constitui uma pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham
destinação unitária, conforme o art. 90. ==2b92ae==

Já a universalidade de direito, como o nome diz, não constitui uma totalidade na prática. Porém, para
efeitos jurídicos, um complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de valor econômico,
constitui uma unitariedade, segundo o art. 91. É o caso, por exemplo, da herança ou do patrimônio.
Ambos, ainda que na prática constituam diversas singularidades, são tomados como uma universalidade,
juridicamente falando.

Bens

Singulares Coletivos

Universalidade de direito

Universalidade de fato

A letra da Lei

Agora, trago a você os dispositivos de lei referentes à nossa aula. Lembro que, ao longo do texto, eu não
trato de todos os dispositivos legais aqui citados, propositadamente. Isso porque meu objetivo não é tornar

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Aula 03

o material um comentário à lei, mas, sim, fazer você compreender os institutos jurídicos que são importantes
à prova.

Agora, ao contrário, o objetivo é trazer todos os dispositivos legais, para que você possa ao menos passar
os olhos. Não se preocupe em compreender em detalhe cada um deles; eu objetivo apenas trazer o texto
legal para que você não precise procurá-los fora do material. Trata-se da letra da lei com grifos nos principais
pontos da norma, para ajudar na fixação dos conteúdos.

Vamos lá!

Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si , independentemente dos
demais.

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma
pessoa, tenham destinação unitária.

Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.

Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de
valor econômico.

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Aula 03

CEBRASPE

Demais Bens Considerados Em Si Mesmos (Art. 85 Ao 91)

1. (CESPE / MPE-PI – 2019) A respeito da classificação dos bens, é correto afirmar que
(A) são fungíveis os bens móveis ou imóveis que possam ser substituídos por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.
(B) os bens podem ser divididos em consumíveis e não consumíveis; contudo, esses últimos, quando
sofrem deteriorações devido ao uso, passam a ser incluídos no conceito de bens consumíveis.
(C) os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis apenas por determinação legal, não se
admitindo, assim, que um negócio jurídico estabeleça a indivisibilidade da coisa.
(D) a lei, ao tratar dos bens reciprocamente considerados, determina que os seus frutos e produtos
possam ser objeto de negócio jurídico desde que separados do bem principal.
(E) a aquisição de bens móveis se dá por simples tradição, enquanto a de bens imóveis exige escritura
pública e registro em cartório, com exceção daqueles cujo valor atinja até trinta vezes o maior salário
mínimo do país.

Comentários:

A alternativa A errada, pois são fungíveis os bens Móveis que possam ser substituídos por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade, conforme dispõe o art. 85 I do Código Civil: "São fungíveis os
móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade". A fungibilidade
é própria dos bens móveis. Os bens fungíveis são os que podem ser substituídos por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade (p. ex., dinheiro, café, lenha etc.). Os bens infungíveis são os que, pela
sua qualidade individual, têm valor especial, não podendo, por este motivo, ser substituídos sem que
isso acarrete a alteração de seu conteúdo, como um quadro de Renoir. A infungibilidade pode
apresentar-se em bens imóveis e móveis.

A alternativa B está errada, já que, os bens podem não consumíveis, quando sofrem deteriorações
devido ao uso, não perdem sua característica de inconsumíveis. Enquanto os bens consumíveis, o uso
importa em destruição imediata da própria substância, conforme dispõe o art. 86 do Código Civil: "São
consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também
considerados tais os destinados à alienação". Os bens consumíveis são os que terminam logo com o
primeiro uso, havendo imediata destruição de sua substância (p. ex., os alimentos, o dinheiro etc.). Os
bens inconsumíveis, por sua vez, são os que podem ser usados continuadamente, possibilitando que se
retirem todas as suas utilidades sem atingir sua integridade.

A alternativa C errada, dado que, os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis apenas
por determinação da lei OU por vontade das partes, conforme dispõe o art. 88 do Código Civil: "Os bens
naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das
partes". Os bens serão indivisíveis: 1por natureza, se não puderem ser partidos sem alteração na sua
substância ou no seu valor (p. ex., um cavalo vivo dividido ao meio deixa de ser semovente); 2 por
determinação legal, se a lei estabelecer sua indivisibilidade; 3por vontade das partes, pois uma coisa
divisível poderá transformar-se em indivisível se assim o acordarem as partes, mas a qualquer tempo
poderá voltar a ser divisível.

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Paulo H M Sousa
Aula 03

A alternativa D errada, pois os frutos e produtos, mesmo não separados do bem principal, podem ser
objeto de negócio jurídico, conforme dispõe o art. 95 do Código Civil: "Apesar de ainda não separados
do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico".

A alternativa E correta, porque um negócio jurídico que vise constituir, transferir , modificar ou
renunciar direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente
no País, exige-se que ele se efetive mediante escritura pública, sob pena de invalidade, desde que inscrita
em registro competente para dar-lhe publicidade e oponibilidade contra terceiro, conforme dispõe o
art. 108 do Código Civil: "Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos
negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais
sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País". A tradição é o
ato da entrega da coisa vendida, conforme dispõe o art. 1.267 do Código Civil: "A propriedade das coisas
não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição". É modo de aquisição da propriedade móvel.
No caso de bens imóveis, a aquisição da propriedade móvel com o registro do título aquisitivo no
Registro Imobiliário competente.

2. (CESPE / TJ-AM – 2016) A propósito dos bens, julgue o item a seguir com fundamento nos
dispositivos legais, na doutrina e no entendimento jurisprudencial pátrio.
O atributo da fungibilidade de um bem decorre exclusivamente de sua natureza.

Comentários:

A assertiva está errada, eis que, o atributo da fungibilidade de um bem pode decorrer da sua natureza
ou da vontade das partes, conforme dispõe o art. 85 do Código Civil: "São fungíveis os móveis que podem
substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade". ATENÇÃO: para saber se um bem
possui a característica da fungibilidade, devemos comparar com outro que seja equivalente. Pois a
fungibilidade deriva da própria natureza do bem. No entanto, pode acontecer de um bem, que por sua
natureza seja fungível, tornar-se infungível por vontade das partes. Pode ser o exemplo de uma moeda
que é um bem fungível, mas que para um colecionador pode tornar-se infungível. Outro exemplo, uma
cesta de frutas é coisa fungível, mas, emprestada ad pompam vel ostentationem, ou seja, para
ornamentação, transformar-se-á em coisa infungível.

3. (CESPE / TCU – 2015) No que se refere aos bens, julgue o item a seguir.
A fungibilidade dos bens está diretamente relacionada à consuntibilidade, pois não há bem consumível
que seja infungível.

Comentários:

A assertiva está errada, dado que, geralmente os bens consumíveis são fungíveis. No entanto, a
afirmativa está errada porque generaliza. Existem casos de bens consumíveis (recebem esta
característica porque foram postos a venda) e ao mesmo tempo infungíveis, como a obra de arte, que é
personalizada/individualizada por ter sido feita por um pintor célebre. Art. 85: "São fungíveis os móveis
que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade". Art. 86: "São
consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também
considerados tais os destinados à alienação".

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Aula 03

4. (CESPE / TJ-DFT – 2015) A respeito dos bens, assinale a opção correta à luz da jurisprudência
pertinente.
(A) Os bens naturalmente divisíveis não se podem tornar indivisíveis.
(B) É possível a cobrança de retribuição pecuniária pelo uso comum dos bens públicos.
(C) Considera-se bem infungível a produção agrícola tanto de pessoa física quanto de pessoa jurídica.
(D) Com a abertura da sucessão, a herança incorpora-se ao patrimônio do herdeiro na qualidade de bem
imóvel divisível.
(E) São considerados bens imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações.

Comentários:

A alternativa A errada, pois os bens naturalmente divisíveis podem tornar indivisíveis, conforme
dispõe o art. 88 do Código Civil: "Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por
determinação da lei ou por vontade das partes". Os bens serão indivisíveis quando por natureza não
puderem ser partidos sem alteração na sua substância ou no seu valor (p. ex., um cavalo vivo dividido
ao meio deixa de ser semovente); por determinação legal, se a lei estabelecer sua indivisibilidade ou
por vontade das partes, pois uma coisa divisível poderá transformar-se em indivisível se assim o
acordarem as partes, mas a qualquer tempo poderá voltar a ser divisível.

A alternativa B correta, porque, é possível a cobrança de retribuição pecuniária pelo uso comum dos
bens públicos, conforme dispõe o art. 103 do Código Civil: "O uso comum dos bens públicos pode ser
gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração
pertencerem". O Poder Público pode exigir o pagamento de tarifas para a utilização de eventuais bens
públicos. É o chamado pagamento de retribuição, contemplado no art. 103, de que é exemplo o pedágio
em estradas ou a cobrança de ingresso em museus, para contribuir para sua conservação ou custeio. Os
bens podem ser utilizados gratuita ou onerosamente, conforme for estabelecido, por lei, pela entidade
a cuja administração pertencerem. A regra geral é o seu uso gratuito, dado que são destinados ao serviço
do povo ou da comunidade, que para tanto paga impostos. Todavia, não perderão a natureza de bens
públicos se leis ou regulamentos administrativos condicionarem ou restringirem o seu uso a certos
requisitos ou mesmo se instituírem pagamento de retribuição.

A alternativa C errada, pois a produção agrícola é considerada bem fungível, conforme dispõe o art. 85
do Código Civil: "São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade". Os bens fungíveis são os que podem ser substituídos por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade.

A alternativa D errada, eis que, com a abertura da sucessão, a herança incorpora-se ao patrimônio do
herdeiro na qualidade de bem imóvel indivisível, conforme dispõe o art. 80, II do Código Civil:
"Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II - o direito à sucessão aberta". Para os casos de
alienação e pleitos judiciais a legislação considera o direito à sucessão aberta como bem imóvel, ainda
que a herança só seja formada por bens móveis ou abranja apenas direitos pessoais. Ter-se-á a abertura
da sucessão no instante da morte do de cujus; daí, então, seus herdeiros poderão ceder seus direitos
hereditários, que são tidos como imóveis. O direito abstrato à sucessão aberta é considerado bem
imóvel, ainda que os bens deixados pelo de cujus sejam todos móveis. Neste caso, o que se considera
imóvel não é o direito aos bens componentes da herança, mas o direito a esta, como uma unidade. A lei
não cogita das coisas que estão na herança, mas do direito a esta. Somente depois da partilha é que se
poderá cuidar dos bens individualmente. Ainda, consoante ao STJ: "PROCESSO CIVIL. AÇÃO DE

3
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Aula 03

EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. PENHORA DOS DIREITOS HEREDITÁRIOS DO DEVEDOR NO ROSTO DOS


AUTOS DO INVENTÁRIO. ADJUDICAÇÃO PELOS ALIMENTANDOS. POSSIBILIDADE. COMPETÊNCIA.
JUÍZO DA FAMÍLIA. ART. ANALISADO: 876, NCPC. 1. Ação de execução de alimentos distribuída em
22/08/1996, da qual foi extraído o presente recurso especial, concluso ao Gabinete em 30/05/2012. 2.
Discute-se a possibilidade de adjudicação, pelos credores de alimentos, dos direitos hereditários do
devedor, penhorados no rosto dos autos de inventário, bem como qual o Juízo competente para fazê-lo.
3. Considerando-se que "O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o
cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei”. (art. 789 do NCPC); que,
desde a abertura da sucessão, a herança incorpora-se ao patrimônio do herdeiro, como bem imóvel
indivisível; e que a adjudicação de bem imóvel é técnica legítima de pagamento, produzindo o mesmo
resultado esperado com a entrega de certa quantia; exsurge, como corolário, a conclusão de que os
direitos hereditários do recorrido podem ser adjudicados para a satisfação do crédito dos recorrentes.
4. Ante a natureza universal da herança, a adjudicação dos direitos hereditários não pode ser de um ou
alguns bens determinados do acervo, senão da fração ideal que toca ao herdeiro devedor. 5. Na espécie,
a adjudicação do quinhão hereditário do recorrido, até o quanto baste para o pagamento do débito,
autoriza a participação dos recorrentes no processo de inventário, sub-rogando-se nos direitos do
herdeiro, e se dá pro soluto até o valor do bem adjudicado. 6. Assim como o Juízo de Família determinou,
por carta precatória, a penhora dos direitos hereditários no rosto dos autos do inventário, que tramita
perante o Juízo de Órfãos e Sucessões, incumbe-lhe o prosseguimento da execução, com a prática dos
demais atos necessários à satisfação do crédito, adjudicando aos credores, se o caso, a cota-parte do
devedor de alimentos, limitado ao valor do débito. 7. Recurso especial conhecido e provido.(STJ, Relator:
Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 13/05/2014, T3 - TERCEIRA TURMA)".

A alternativa E errada, porque são considerados bens móveis os direitos pessoais de caráter
patrimonial e as respectivas ações, conforme dispõe o art. 83, III do Código Civil: "Consideram-se móveis
para os efeitos legais: III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações".

5. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.
A indivisibilidade de um bem naturalmente divisível pode ser estabelecida por meio de negócio jurídico.

Comentários:

A assertiva está certa, pois sim, a indivisibilidade de um bem naturalmente divisível pode ser
estabelecida por vontade das partes, ou seja, por meio de negócio jurídico. De acordo com o Código Civil:
"Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade
das partes".

6. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.
Um dos pressupostos para a fungibilidade de um bem é que esse seja móvel, pois, do contrário, seria
materialmente inviável a sua substituição. Excepcionalmente, entretanto, um bem imóvel pode ser
fungível.

Comentários:

A assertiva está certa, dado que, os bens fungíveis são os que podem ser substituídos por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade, conforme dispõe o art. 85 do Código Civil: "São fungíveis os
móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade". Os bens
fungíveis são os que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

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Paulo H M Sousa
Aula 03

Excepcionalmente um bem imóvel pode ser considerado fungível, como por exemplo, um negócio
jurídico que prevê a entrega de dois lotes de um terreno. A fungibilidade é característica dos bens
móveis, no entanto, em certos negócios, que venha a alcançar os imóveis.

7. (CESPE / TRF - 1ª REGIÃO – 2013) A respeito da classificação dos bens, assinale a opção
correta.
(A) Uma universalidade de fato é um bem coletivo cuja natureza não pode ser alterada pela vontade de
seu titular.
(B) As pertenças são bens acessórios, embora não acompanhem, como regra, o principal.
(C) A fungibilidade de um bem é determinada por sua natureza, portanto um bem fungível não pode se
tornar infungível por ato de vontade.
(D) Um bem é consumível quando o seu uso importa imediata perda de sua substância, podendo-se
afirmar que o conceito não guarda relação com a possibilidade de alienação.
==2b92ae==

(E) A indivisibilidade é decorrente da natureza ou da lei, sendo impossível a indivisibilidade por força
da vontade.

Comentários:

A alternativa A errada, dado que, universalidade de fato é um conjunto de bens singulares, corpóreos
e homogêneos, ligados entre si pela vontade humana para a consecução de um fim (p. ex., uma biblioteca,
um rebanho, uma galeria de quadros). Art. 90: "Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens
singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária". Como exemplo, temos uma
galeria de obras de arte, onde, dependendo da vontade de seu dono, pode ser vendida a totalidade da
universalidade, ou ainda, de acordo com o § único do art. 90, cada bem pode ser considerado
individualmente e vendido separadamente. Art. 90. § único: "Os bens que formam essa universalidade
podem ser objeto de relações jurídicas próprias".

A alternativa B correta, pois as pertenças são bens acessórios, embora não acompanhem, como regra,
o principal. Art. 94: "Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do
caso". As pertenças não obedecem à regra de que o acessório segue o principal, porque são coisas que
não formam partes integrantes e não são fundamentais para a utilização do bem principal.

A alternativa C errada, porque, pode acontecer de um bem, que por sua natureza seja fungível, tornar-
se infungível por vontade das partes. Pode ser o exemplo de uma moeda que é um bem fungível, mas
que para um colecionador pode tornar-se infungível. Outro exemplo, uma cesta de frutas é coisa
fungível, mas, emprestada ad pompam vel ostentationem, ou seja, para ornamentação, transformar-se-
á em coisa infungível.

A alternativa D errada, eis que, os bens consumíveis podem ser de fato (cujo uso importa destruição
imediata) ou de direito (destinados à alienação,), conforme dispõe o art. 86 do Código Civil: "São
consumíveis ¹os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, ²sendo
também considerados tais os destinados à alienação". Os consumíveis de fato – que são aqueles que no
seu primeiro uso já serão consumidos, ou seja, há a destruição imediata da própria substância, como um
picolé ☺, por exemplo. Enquanto os consumíveis de direito – que decorrem de uma classificação
jurídica. São aqueles bens destinados à venda (alienação), como os remédios de uma farmácia, um livro
posto em uma loja, enfim os bens enquanto destinados à alienação.

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Aula 03

A alternativa E errada, dado que, a indivisibilidade pode decorrer da natureza, da lei ou da vontade das
partes, conforme dispõe o art. 88 do Código Civil: "Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se
indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes". Sua própria natureza (indivisibilidade
física ou material) - são aqueles bens que não podem ser partidos sem alteração na sua substância ou
no seu valor, como por exemplo, um quadro de Picasso. Por determinação legal (indivisibilidade
jurídica), quando a lei de forma expressa proíbe que determinado bem seja dividido. Por vontade das
partes (indivisibilidade convencional), quando as partes fazem um acordo para tornar alguma coisa
indivisível.

8. (CESPE / TRF - 2ª REGIÃO – 2013) Com relação a bens, negócios jurídicos e obrigações, e às
regras de prescrição em favor da fazenda pública, assinale a opção correta à luz do Código
Civil e da jurisprudência do STJ.
Será considerada uma universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma
pessoa, tenham destinação unitária, não sendo possível, todavia, que os bens formadores dessa
universalidade possam ser objeto de relações jurídicas próprias.

Comentários:

A assertiva está errada, eis que, será considerada uma universalidade de fato a pluralidade de bens
singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária, sendo possível, todavia, que
os bens formadores dessa universalidade possam ser objeto de relações jurídicas próprias.
Universalidade de fato é um conjunto de bens singulares, corpóreos e homogêneos, ligados entre si pela
vontade humana para a consecução de um fim. Mencione-se, como exemplo, uma biblioteca, um
rebanho, uma galeria de quadros. Determinados bens só têm valor econômico e jurídico quando
agregados: um par de sapatos ou de brincos, por exemplo. Art. 90: "Constitui universalidade de fato a
pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária".
Acrescenta o parágrafo único do artigo supracitado que: "Os bens que formam essa universalidade
podem ser objeto de relações jurídicas próprias". A universalidade de fato distingue -se dos bens
compostos pelo fato de ser uma pluralidade de bens autônomos a que o proprietário dá uma destinação
unitária, podendo ser alienados conjuntamente, em um único ato, ou individualmente, na forma do
citado parágrafo único.

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Aula 03

CEBRASPE

Bens Reciprocamente Considerados (Art. 92 Ao 97)

1. (CEBRASPE/ ISS- Aracajú - 2021) De acordo com o Código Civil, os bens quem não
constituindo partes integrantes, se destinem, de modo duradouro, ao uso de outros são

a) acessórios.

b) imóveis, para os efeitos legais.

c) pertenças

d) não fungíveis.

e) singulares.

2. (CESPE / PGE-SE – 2017) De acordo com a classificação doutrinária dos bens, o valor pago a
título de aluguel ao proprietário de um imóvel é denominado
(A) fruto.
(B) pertença.
(C) benfeitoria.
(D) imóvel por acessão.
(E) produto.

3. (CESPE / TCE-PA – 2016) A respeito dos bens, julgue o item a seguir.

Para serem objeto de negócio jurídico, os frutos devem estar já separados do bem principal.

4. (CESPE / TCE-SC – 2016) Com relação à vigência das leis, às pessoas naturais, às pessoas
jurídicas e aos bens, julgue o item subsequente.

O valor decorrente do aluguel de determinado imóvel é considerado bem acessório.

5. (CESPE / TRT - 8ª REGIÃO – 2016) Com referência aos bens, assinale a opção correta.
(A) As benfeitorias úteis são aquelas indispensáveis à conservação do bem ou para evitar sua
deterioração, acarretando ao mero possuidor que as realize o direito à indenização e retenção do bem
principal.
(B) Um bem divisível por natureza não pode ser considerado indivisível pela simples vontade das
partes, devendo tal indivisibilidade ser determinada por lei.
(C) O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que todos os bens deixados pelo
falecido sejam móveis.
(D) Bens infungíveis são aqueles cujo uso importa sua destruição.

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Aula 03

(E) Os frutos são as utilidades que não se reproduzem periodicamente; por isso, se os frutos são
retirados da coisa, a sua quantidade diminui.

6. (CESPE / TJ-AM – 2016) A propósito dos bens, julgue o item a seguir com fundamento nos
dispositivos legais, na doutrina e no entendimento jurisprudencial pátrio.

Pelo princípio da gravitação jurídica, a propriedade dos bens acessórios segue a sorte do bem principal,
podendo, entretanto, haver disposição em contrário pela vontade da lei ou das partes.

7. (CESPE / TJ-AM – 2016) A propósito dos bens, julgue o item a seguir com fundamento nos
dispositivos legais, na doutrina e no entendimento jurisprudencial pátrio.

Os rendimentos são considerados produto da coisa, já que sua extração e sua utilização não diminuem
a substância do bem principal.

8. (CESPE / TCE-PA – 2016) A respeito da aplicação da lei civil, da pessoa natural e dos bens,
julgue o item a seguir.
Para serem objeto de negócio jurídico, os frutos devem estar já separados do bem principal.

9. (CESPE / TCE-RN – 2015) A respeito das pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos, julgue o item
a seguir.

As pertenças, em regra, não seguem o bem principal posto que não se constituem em partes integrantes.

10. (CESPE / TJ-PB – 2015) Julgue o item com relação a bens.

A infungibilidade de um bem pode decorrer da manifestação de vontade da parte.

11. (CESPE / TJ-PB – 2015) Julgue o item com relação a bens.

Os produtos são acessórios produzidos com periodicidade, e sua retirada não prejudica a substância da
coisa principal.

12. (CESPE / TRF - 5ª REGIÃO – 2015) No que se refere a bens, assinale a opção correta.
(A) Os bens dominicais, diferentemente dos demais bens públicos, se submetem primordialmente às
regras do direito privado.
(B) Os bens incorpóreos não admitem usucapião, mas, como regra, admitem tutela possessória.
(C) A consuntibilidade que um bem gera é incompatível com a infungibilidade.
(D) A divisibilidade, ou não, de uma coisa, sob o aspecto jurídico, decorre de um critério utilitarista.
(E) Os bens acessórios são aqueles que, não sendo partes integrantes do bem principal, se destinam de
modo duradouro ao uso de outro.

13. (CESPE / DPU – 2015) Considerando a existência de relação jurídica referente a determinado
objeto envolvendo dois sujeitos, julgue o próximo item.

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Aula 03

Caso a referida relação jurídica consista em um negócio jurídico de compra e venda e seu objeto seja um
bem imóvel, não havendo declaração expressa em contrário, será considerado integrante desse imóvel
seu mobiliário, uma vez que o acessório deve seguir o principal.

14. (CESPE / TJ-SE – 2014) Acerca dos bens considerados em si mesmos e dos reciprocamente
considerados, assinale a opção correta.
(A) Desde que separados do bem principal, os frutos e os produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
(B) Não se pode, por simples negócio jurídico, alterar a característica da divisibilidade do bem.
(C) O direito à sucessão aberta será considerado bem móvel se o acervo deixado pelo falecido for
composto apenas por bens móveis.
(D) Os materiais separados de um prédio em decorrência de demolição readquirem a qualidade de bens
móveis.
(E) São considerados bens fungíveis os móveis e os imóveis que possam ser substituídos por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade.

15. (CESPE / TJ-SE – 2014) Julgue os itens a seguir, relativos a pessoas, bens e negócios jurídicos.

Pertenças são bens individuais que podem ser produtos, frutos ou benfeitorias do bem principal.

16. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

Os frutos e os produtos, para que possam ser objeto de negócio jurídico, devem estar separados do bem
principal.

17. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

Os acréscimos sobrevindos ao bem são considerados benfeitorias e passíveis de indenização, ainda que
não haja a intervenção do proprietário, do possuidor ou do detentor.

18. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

As chamadas pertenças são os bens que, considerados parte integrante de outro bem, se destinem ao
uso, serviço ou aformoseamento desse bem.

19. (CESPE / TCE-PB – 2014) Julgue o item a seguir.

Consideram-se benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem, ainda que não


decorram da intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

20. (CESPE / TRT - 8ª REGIÃO – 2013) Separados da coisa que os tiver produzido, os frutos são
considerados
(A) percipiendos.
(B) produtos.
(C) pertenças.

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Aula 03

(D) percebidos.
(E) estantes.

21. (CESPE / TJ-MA – 2013) Julgue o item a seguir no que se refere a disposições gerais do Código
Civil.

Entre os bens reciprocamente considerados, o bem principal é o que existe sobre si, absoluta e
concretamente, e acessório, aquele cuja existência supõe a do principal; assim, quando se vende um
imóvel, o vendedor, de acordo com essa regra, não pode retirar, por exemplo, o condicionador de ar
instalado em um dos cômodos da casa se a retirada não estiver previamente pactuada, uma vez que o
acessório segue o principal.

22. (CESPE / SEFAZ-RS – 2019) De acordo com o Código Civil, terreno destinado ao
estabelecimento de uma autarquia em determinado estado federado é um bem público
==2b92ae==

(A) de uso especial, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.


(B) singular, que é alienável desde que observada a forma como a lei determinar que ocorra esse ato.
(C) dominical, que é alienável desde que observada a forma como a lei determinar que ocorra esse ato.
(D) de uso comum, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.
(E) de uso restrito, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.

23. (CESPE / MPE-PI – 2018) Julgue o item a seguir acerca de direitos da personalidade, de
registros públicos, de obrigações e de bens.

O uso comum dos bens públicos deve ser sempre gratuito; por isso, a cobrança de valores por sua
utilização caracteriza violação ao interesse social.

24. (CESPE / TRF - 1ª REGIÃO – 2017) A respeito de bens públicos, julgue o item subsequente.

Os bens públicos dominicais são inalienáveis.

25. (CESPE / TCE-PA – 2016) Julgue o item subsequente com base nas disposições do Código Civil
acerca de bens, fatos jurídicos e prescrição.

São considerados bens particulares aqueles pertencentes a pessoas jurídicas de direito público interno
às quais se tenha dado estrutura de direito privado.

26. (CESPE / PGE-AM – 2016) Com relação a pessoas jurídicas de direito privado e bens públicos,
julgue o item a seguir.

Consideram-se bens públicos dominicais aqueles que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de
direito público como objeto de direito pessoal ou real, tais como os edifícios destinados a sediar a
administração pública.

27. (CESPE / TJDFT – 2015) A respeito de bens, julgue o item que se segue.

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Aula 03

Os mares classificam-se como bens públicos de uso comum do povo.

28. (CESPE / TJ-SE – 2014) Considerando que Francisco, José e Luiz tenham-se reunido, em
janeiro de 2014, para criar a Associação X, com a finalidade de auxiliar pessoas carentes em
projetos para aquisição de moradia, além de ajudar a executar projetos de construção e
cadastramento dos demais associados, no âmbito de programas governamentais e
assistenciais, julgue os itens subsequentes.

Em regra, os bens vinculados à Associação X adquiridos por Francisco, José e Luiz não serão
considerados bens públicos, ainda que a entidade venha a desenvolver atividade de cunho social.

29. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

Há entendimento pacífico no Supremo Tribunal Federal no sentido de que os bens dominicais não
podem ser adquiridos por usucapião, contudo, observadas as exigências de lei, podem ser alienados.

30. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

Os bens de uso especial, como escolas públicas, delegacias e fóruns, podem ser alienados; ao passo que
os bens dominicais são inalienáveis, enquanto conservarem sua qualificação.

31. (CESPE / TCE-PB – 2014) A respeito dos Bens Públicos, julgue o item a seguir.

O uso comum dos bens públicos é sempre gratuito.

32. (CESPE / ANCINE – 2013) A respeito dos bens públicos e dos negócios jurídicos, julgue o item
a seguir.

A escola pública é exemplo de bem de uso comum do povo.

33. (CESPE /AGU – 2009) A praça, exemplo típico de bem de uso comum do povo, perderá tal
característica se o poder público tornar seu uso oneroso, instituindo uma taxa de uso, por
exemplo.
34. (CESPE / AGU – 2009) O imóvel público onde esteja localizada uma Procuradoria Regional da
União é considerado bem de uso especial, qualificação que impede a sua alienação.

GABARITO
1. ISS- Aracajú C 6. TJ-AM C
2. PGE-SE A 7. TJ-AM E
3. TCE-PA E 8. TCE-PA E
4. TCE-SC C 9. TCE-RN C
5. TRT - 8ª REGIÃO C 10. TJ-PB C

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11. TJ-PB E 23. MPE-PI E


12. TRF - 5ª REGIÃO D 24. TRF - 1ª REGIÃO E
13. DPU E 25. TCE-PA E
14. TJ-SE D 26. PGE-AM E
15. TJ-SE E 27. TJDFT C
16. Câm. dos Deputados E 28. TJ-SE C
17. Câm. dos Deputados E 29. Câm. dos Deputados C
18. Câm. dos Deputados E 30. Câm. dos Deputados E
19. TCE-PB E 31. TCE-PB E
20. TRT - 8ª REGIÃO D 32. ANCINE E
21. TJ-MA E 33. AGU E
22. SEFAZ-RS A 34. AGU C

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Aula 03

FCC

Demais Bens Considerados Em Si Mesmos (Art. 85 Ao 91)

1. (FCC / TRT - 20ª REGIÃO – 2016) Marcos ganhou como presentes de casamento, um quadro
assinado por seu autor; um liquidificador de marca conhecida e disponível no mercado, um
relógio de parede, único, que havia pertencido a seu bisavô, e certa quantia em dinheiro. São
considerados bens infungíveis o

a) quadro, o relógio e o dinheiro.

b) dinheiro, apenas.

c) relógio, apenas.

d) relógio e o liquidificador.

e) quadro e o relógio.

Comentários:

São considerados bens infungíveis apenas o quadro e o relógio de parede.

O Código Civil em seu art. 85 nos fala o que são os bens fungíveis:

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

A alternativa A está incorreta, visto que o dinheiro é um bem fungível.

De acordo com o disposto no artigo 85 do Código Civil, serão equivalentes entre si os bens que forem da
mesma espécie, qualidade e quantidade.

A alternativa B está incorreta, pois cita um único bem, esse por sua vez, o qual é fungível já que pode
ser substituído por outro.

A fungibilidade se caracteriza como atributo dos bens que possibilitam ser substituídos por outros
equivalentes.

A alternativa C está incorreta, o relógio é um bem infungível, porém, na questão há mais de um bem
infungível.

A alternativa D está incorreta, pois o liquidificador é um bem fungível, podendo ser substituído por
outro equivalente.

A alternativa E está correta, segundo o art. 85 do CC, ambos são considerados bens infungíveis, já que
o quadro assinado pelo autor é considerado insubstituível e individualizado e o relógio de parede, único,
que pertencia ao seu bisavô é um bem insubstituível.

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Aula 03

2. (FCC / TCE-PI – 2014) Considere:

I. Dinheiro.

II. Sacos de Arroz.

III. Dois kilos de banana prata.

IV. Quadro do Pintor “X” já falecido.

De acordo com o Código Civil brasileiro, são considerados bens fungíveis os indicados APENAS
em

a) I, II e IV.

b) II e III.

c) I e IV.

d) I, II e III.

e) III e IV.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois o quadro do pinto já falecido, não pode ser substituído sendo assim
um bem infungível.

A alternativa B está incorreta, pois faltou acrescentar o dinheiro uma vez que este também é fungível,
ele pode ser substituído por outro da mesma espécie, quantia e qualidade.

A alternativa C está incorreta, pois acrescenta o quadro do pintor morto que é infungível, e não
acrescenta o saco de arroz nem os dois kg de banana o quais são fungíveis.

A alternativa D está correta, de acordo com o Código Civil:

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

Desta forma são bens fungíveis: dinheiro, sacos de arroz, dois kg de banana prata.

A alternativa E está incorreta, pois acrescenta a IV e exclui a I e II.

3. (FCC / TRT - 19ª REGIÃO – 2014) Por ocasião da morte de Benedita, um de seus herdeiros,
Bento, propõe que seu anel de noivado, que compõe um dos bens da herança, seja dividido
entre ele e o irmão, Sebastião, com o derretimento do ouro e o fracionamento de um grande
diamante que o ornamenta. Sebastião se opõe, no que

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Aula 03

a) Não está certo, pois os bens móveis são divisíveis por natureza.

b) Está certo, pois os bens infungíveis não podem ser alienados.

c) Não está certo, pois, com o emprego da técnica correta, este anel pode ser dividido em partes iguais.

d) Está certo, pois este anel é um bem indivisível, vez que o fracionamento causaria diminuição
considerável de seu valor.

e) Não está certo, pois, com a morte de Benedita, este anel passou a ser um bem fungível.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, a única coisa que podemos afirmar é que os bens móveis são fungíveis
por natureza, podendo, por vontade das partes ou da lei, tornar-se assim de outro modo.

A alternativa B está incorreta, pois quando dizemos que um bem é consumível, este deve sofrer
destruição logo que utilizado. Ele pode ter consuntibilidade física ou jurídica. Por sua vez, um par de
tênis é móvel, mas não é consuntível, porque não sofre destruição imediata. A Consuntibilidade Jurídica
fica por conta dos bens que podem ser alienados. No mundo jurídico, bens que não podem ser alienados
jamais possuirão consuntibilidade.

A alternativa C está incorreta, pois não é possível conservar o anel da Benedita em partes iguais.

A alternativa D está correta, segundo o Código civil, em seu Art. 87:

Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.

Desta forma, pode-se dizer que bens divisíveis são aqueles que podem ser partidos, ou repartidos, sem
que com isso se perca sua substância, e importa que esta divisão também não implique a sua
desvalorização econômica. A divisibilidade jurídica não se confunde com a divisibilidade física.

Os bens Indivisíveis são os bens que se opõem à definição de bens divisíveis.

Portanto, ao dividir o anel, como foi proposto por Bento, este perderia o uso a que se destina (deixaria
de ser um anel). Além do que, a divisão do diamante, acarretaria a perda de seu valor.

Assim, temos que o anel é um bem indivisível, uma vez que dividi-lo em partes causaria diminuição
considerável de seu valor.

A alternativa E está incorreta, dado que a morte não transforma um bem de fungível para infungível e
vice-versa. O que determina se um bem é infungível é fato de ele não poder ser substituído por outro de
mesma qualidade, quantidade e mesma espécie.

4. (FCC / MPE-MA – 2013) Quanto aos bens, considera-se fungível

a) A joia de família.

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Aula 03

b) A obra de arte de um determinado artista famoso.

c) O dinheiro.

d) Um livro com edição esgotada.

e) Um gado reprodutor.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, dado que uma joia de família é um bem infungível, pois não pode ser
substituído por outro da mesma espécie, quantidade e qualidade.

A respeito dos bens infungíveis não há definição no código, portanto se consideram infungíveis os bens
opostos aos citados no Art. 85: ==2b92ae==

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

A alternativa B está incorreta, pois a obra de arte de um determinado artista famoso não é fungível
(não pode ser substituída) pois só existe uma.

A alternativa C está correta, nos termos do Código Civil:

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

Para um bem ser fungível deve ter a possibilidade de ser substituído por outro, no caso ambos
apresentando as mesmas características, sendo da mesma espécie, qualidade e quantidade.

Alternativa D incorreta, pois a alternativa deixa claro que o livro em questão é um livro com edição
esgotada, ou seja, ele não pode ser substituído, sendo desta forma um bem infungível.

A alternativa E está incorreta, pois o gado reprodutor é um bem infungível.

5. (FCC / TJ-PE – 2013) Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis

a) Por disposição expressa de lei ou pela vontade das partes, desde que, neste caso, o prazo de
obrigatoriedade da indivisão não ultrapasse dez anos.

b) Apenas pela vontade das partes.

c) Por vontade das partes, não podendo exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou
pelo testador.

d) Por vontade das partes, que não poderão acordá-la por prazo maior de cinco anos, insuscetível de
prorrogação ulterior.

e) Apenas por disposição expressa de lei.

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Aula 03

Comentários:

A alternativa A está incorreta, dado que a obrigatoriedade da indivisão estabelecida pelas partes não
pode ultrapassar cinco anos, conforme Art. 1.320 do Código Civil:

Art. 1320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o
quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão. § 2º Não poderá exceder de cinco anos a
indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador.”.

A alternativa B está incorreta, não apenas pela vontade das partes, mas também pela determinação da
Lei, fundado no Art. 88 - Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação
da lei ou por vontade das partes.

A alternativa C está correta, pois está em conformidade com o Art. 88 e 1.230 do Código Civil:

Art. 88 - Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por
vontade das partes.

Art. 1.320 - A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o
quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão.

§ 2º. Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador.

A alternativa D está incorreta, dado que o prazo estabelecido é suscetível de prorrogação ulterior, como
é exposto no Art. 1.320:

Art. 1320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o
quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão.

§ 1º Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de cinco anos,
suscetível de prorrogação ulterior.

A alternativa E está incorreta, pois os bens naturalmente divisíveis não se tornam indivisíveis apenas
por determinação da lei, mas também pela vontade das partes, de acordo com o Art. 88 do Código Civil,
que rege:

Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por
vontade das partes.

6. (FCC / TRT - 11ª REGIÃO – 2012) Um fundo de comércio, uma biblioteca e um rebanho são
uma universalidade de

a) Direito, direito e de fato, respectivamente.

b) Direito.

c) Fato.

d) Fato, fato e de direito, respectivamente.

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e) Fato, direito e de direito, respectivamente.

Comentários:

A alternativa C está correta, pois de acordo com o Código Civil, temos que:

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma
pessoa, tenham destinação unitária.

Art. 90. Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas
próprias.

Forma-se a universalidade de fato pela reunião de bens homogêneos, pertencentes a uma mesma
pessoa, que tenham uma só finalidade econômica. Não é toda simples reunião de bens que tem a aptidão
de configurar uma universalidade de fato. É necessário que esses bens homogêneos estejam
coordenados, orientados e organizados pela vontade humana para a realização de uma mesma
finalidade econômica.

Alternativas B, C, D e E incorretas, consequentemente.

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FCC

Bens Reciprocamente Considerados (Art. 92 Ao 97)

1. (FCC / DPE-RS – 2018) Sobre os bens, é correto afirmar:

a) O direito de habitação é um bem móvel.

b) Segundo o Superior Tribunal de Justiça, os aparelhos de adaptação para direção por deficiente físico
são pertenças.

c) A energia extraída de uma usina hidrelétrica é um bem imóvel.

d) Não é possível convencionar a indivisibilidade de bens naturalmente divisíveis e fungíveis.

e) O imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação, de titularidade da Caixa Econômica


Federal, mas ocupado por particular há mais de 15 (quinze) anos, considera-se bem particular,
consoante jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.

2. (FCC / TRT - 11ª REGIÃO – 2017) A respeito dos bens, é correto afirmar que

a) constitui universalidade de fato o complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.

b) os materiais provisoriamente separados de um prédio, mesmo que sejam nele reempregados,


perdem o caráter de imóveis.

c) constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa,
tenham destinação unitária.

d) os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade
das partes.

e) as energias que tenham valor econômico são consideradas bens imóveis para os efeitos legais.

3. (FCC / SEGEP-MA – 2016) Um diamante de formato e brilho únicos, exposto em museu de


artes, e uma piscina que adorna uma casa de veraneio são considerados, pelo Código Civil,
respectivamente, um bem

a) Fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.

b) Fungível e divisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.

c) Fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina.

d) Infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina.

e) Infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.

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4. (FCC / PREFEITURA DE TERESINA – PI – 2016) Os bens que, não constituindo partes


integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de
outro bem, denominam-se

a) Benfeitorias voluptuárias.

b) Produtos.

c) Benfeitorias necessárias.

d) Benfeitorias úteis.

e) Pertenças.

5. (FCC / TRT - 1ª REGIÃO – 2016) Sobre os bens reciprocamente considerados, e de acordo com
o que estabelece o Código Civil, considere:

I. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

II. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal abrangem as pertenças de acordo
com as circunstâncias do caso.

III. As benfeitorias úteis são aquelas que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o
tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

IV. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a


intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) II, III e IV.

b) I e II.

c) I e IV.

d) I, II e III.

e) I, II e IV.

6. (FCC / TRT - 18ª REGIÃO – 2013) Árvore frutífera incorporada artificialmente ao solo é um
bem;

a) Móvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais não podem ser objeto
de negócio jurídico enquanto estiverem agregados à árvore.

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b) Imóvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais podem ser objeto de
negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore.

c) Imóvel, se considerado em si mesmo, e acessório, em relação aos frutos, os quais podem ser objeto
de negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore.

d) Móvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais podem ser objeto de
negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore.

e) Imóvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais não podem ser objeto
de negócio jurídico enquanto estiverem agregados ao principal.

7. (FCC / TRT - 6ª REGIÃO – 2012) São benfeitorias úteis

a) As que aumentam ou facilitam o uso do bem. ==2b92ae==

b) As que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

c) As de deleite ou recreio, embora não aumentem o uso habitual.

d) Somente aquelas que, sem aumentar o uso habitual, tornem mais agradável o bem.

e) As indispensáveis à conservação do bem.

8. (FCC / TRF - 2ª REGIÃO – 2012) No tocante à classificação de bens, segundo o Código Civil
brasileiro, considere as seguintes benfeitorias realizadas em um apartamento tipo cobertura
com trinta anos de construção visando a habitação de um casal de meia idade, sem filhos:

I. Impermeabilização do terraço com a aplicação de manta e colocação de pisos novos.

II. Substituição da fiação elétrica do apartamento.

III. Colocação de tela nas varandas.

IV. Criação de painel de pastilhas azuis com mosaico na entrada do apartamento visando
diferenciá-la do apartamento vizinho.

V. Construção de um lavabo em parte da sala de almoço.

Com relação aos bens reciprocamente considerados, são benfeitorias úteis as indicadas APENAS
em

a) IV e V.

b) I, II, III e V.

c) I, III e V.

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d) III e V.

e) I, II e III.

GABARITO
1. DPE-RS B
2. TRT - 11ª REGIÃO D
3. SEGEP-MA E
4. Pref. de Teresina/PI E
5. TRT - 1ª REGIÃO C
6. TRT - 18ª REGIÃO B
7. TRT - 6ª REGIÃO A
8. TRF - 2ª REGIÃO D

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FGV

Demais Bens Considerados Em Si Mesmos (Art. 85 Ao 91)

1. (FGV - TJ-RS - Oficial de Justiça- 2020) O direito civil identifica e classifica os diferentes tipos
de bens, com o objetivo de facilitar a aplicação do direito ao caso concreto. De acordo com o
Código Civil brasileiro, é correto afirmar que os bens:

(A) fungíveis e móveis podem ser substituídos por outros de mesma espécie e quantidade;

(B) singulares incluem os que se consideram de per si independentemente dos demais, embora
reunidos;

(C) imóveis incluem tudo que for incorporado ao solo, desde que seja de forma natural, inclusive o
próprio solo;

(D) móveis são suscetíveis de movimento próprio sem alteração da substância ou destinação econômica
e social, exceto os bens de remoção por força alheia;

(E) divisíveis podem ser fracionados sem alterar sua substância, mesmo com diminuição considerável
de valor, desde que sem prejuízo do uso a que se destina.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. O art. 85 do Código Civil traz a definição do que se considera bem
fungível, trazendo que: “São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.”. Ou seja, são bens substituíveis por bens de mesma natureza.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 89 do Código Civil: “São
singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.”. Ou
seja, mesmo reunidos mantém sua independência, sua autonomia. Essa classificação se dá para
distinção dos bens simples, que são os que dependem de um todo para tornar-se identificável.

A alternativa C está incorreta. O art. 79 do Código Civil consagra a conceituação bem aceita pelo código,
trazendo em sua redação que: "São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar naturalmente
ou artificialmente.".

A alternativa D está incorreta. O art. 82 do Código Civil define os bens móveis ao dizer que: “São móveis
os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância
ou da destinação econômico-social.”. Dividem-se em bens móveis propriamente ditos, como os trazidos
pelo artigo; e semoventes, categoria de bens que tem movimentação própria, como animais.

A alternativa E está incorreta. Diferentemente da fungibilidade, que trata da possibilidade de


substituição do bem, ou seja, de ser único ou não. A Indivisibilidade trata da substância do item, sendo
que o bem indivisível perde sua essência ao ser fracionado, causando perda de valor, prejuízo ou
impossibilidade ao que se destinava. De acordo com o art. 87 do Código Civil: “Bens divisíveis são os que

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se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do
uso a que se destinam.”.

GABARITO: B

2. (FGV / PREFEITURA DE PAULÍNIA – SP – 2015) Quanto à classificação dos bens, é correto


afirmar que:

(A) Um veículo é considerado uma universalidade de fato;

(B) Um jogo de pneus é considerado uma universalidade de direito;

(C) Uma frota de veículos, coletivamente considerada, é uma universalidade de fato;

(D) Um veículo emplacado e cadastrado individualmente, é um bem fungível;

(E) Um caminhão é considerado consumível.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Em se tratando de veículo este na verdade é considerado, de acordo com
o art. 89 do CC/2002 como sendo um bem singular, já que é considerado per si, independente dos
demais, vejamos: art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si,
independentemente dos demais.

A alternativa B está incorreta. Os pneus são uma universalidade de fato, uma vez que constituem um
conjunto de bens singulares, como dita o art. 90 do CC/2002, vejamos: art. 90. Constitui universalidade
de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

A alternativa C está correta. Uma frota de veículos, quando coletivamente considerados, constituem
uma universalidade de fato. Como exemplo, pode-se citar uma galeria de obras de arte, onde,
dependendo da vontade de seu dono, pode ser vendida a totalidade da universalidade, ou ainda, de
acordo com o parágrafo único do art. 90, do CC/2002, cada bem pode ser considerado individualmente
e vendido separadamente. Vejamos: Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens
singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Parágrafo único. Os bens que
formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.

A alternativa D está incorreta. Neste ponto, a doutrina diverge em alguns aspectos. Alguns autores
defendem que os carros são considerados infungíveis por conta de sua numeração de chassi e/ou de
motor, outros afirmam que um carro pode ser fungível, se for de série normal, mas que pode, também,
ser infungível se tiver “certa preparação de motor, certas adaptações e certos acessórios” (Venosa). De
toda sorte, o CC/2002 descreve os bens fungíveis como sendo aqueles móveis que podem substituir-se
por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Vejamos: art. 85. São fungíveis os móveis que
podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

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A alternativa E está incorreta. Um caminhão é considerado inconsumível. Bens inconsumíveis são


aqueles bens que podem ser usados de forma continuada e mesmo assim não perderão sua substância,
nem serão destruídos. Claro que, se analisarmos rigorosamente, toda coisa um dia irá se consumir,
acabar-se, mas, aqui, o que levamos em consideração é se esta destruição se dá no primeiro uso ou não.
Sendo assim, de acordo com o art. 86 do CC/2002, são consumíveis, na verdade, “os bens móveis cujo
uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados
à alienação”.

Gabarito: Letra C.

3. (FGV / PROCEMPA – 2014) Segundo o Código Civil, os bens móveis que podem ser
substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade são denominados

(A) Bens consumíveis.

(B) Bens fungíveis.

(C) Bens reciprocamente considerados.

(D) Bens singulares.

(E) Bens públicos.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Bens consumíveis, segundo o art. 86, do CC/2002: “São consumíveis os
bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados
tais os destinados à alienação”. Um exemplo básico, são bens comestíveis, frutas, comidas, etc.

A alternativa B está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, em seu art. 85: “São
fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade”.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, bens reciprocamente considerados são
aqueles presentes no capítulo II do Livro II, o qual abarca os arts. 92 a 97, vejamos:

Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja
existência supõe a do principal.

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Um exemplo básico presente no dia a
dia, seria o rádio de um carro.

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se
o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de
negócio jurídico.

Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

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§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda
que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. Um exemplo básico do dia a dia seria uma
piscina colocada em uma casa alugada.

§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. Por exemplo, uma cobertura em uma garagem
em uma casa.

§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. Por exemplo, a piscina colocada em uma casa
alugada pelo inquilino.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, em seu art. 89: “São singulares os bens que,
embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais”.

A alternativa E está incorreta. De acordo com o CC/2002, em seu art. 98: “São públicos os bens do
domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são
particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem”.

Gabarito: Letra B.

4. (FGV / PREFEITURA DE OSASCO – SP – 2014) São considerados bens fungíveis:

(A) Os imóveis estabelecidos por Lei ou pela vontade das partes contratantes;

(B) Os consumíveis;

(C) Os divisíveis;

(D) Os que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade;

(E) Os que podem ser fracionados sem que haja dano ou alteração em sua substância.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Os imóveis estabelecidos por Lei ou pela vontade das partes
contratantes, como o próprio nome já indica, são imóveis, enquanto que fungíveis. De acordo com o art.
85, do CC/2002: são os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade
e quantidade.

A alternativa B está incorreta. Os bens consumíveis de acordo com o art. 86 do CC/2002, são os bens
móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais
os destinados à alienação, por exemplo, uma fruta, que logo é consumida, enquanto que os fungíveis são
os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, por
exemplo, uma moeda de dez centavos que não seja item de colecionador, pode ser substituída por
qualquer outra moeda de dez centavos.

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A alternativa C está incorreta. Os bens divisíveis de acordo com o art. 87 do CC/2002, são os que se
podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso
a que se destinam, como por exemplo, uma herança, mesmo que se dividam os bens, permanecerá sendo
herança, enquanto que os fungíveis são os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade, como por exemplo, uma moeda de dez centavos que não seja item de
colecionador, pode facilmente ser substituída por outra moeda de dez centavos.

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, em seu art. 85,
fungíveis são os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade. Vejamos: art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade.

A alternativa E está incorreta. Os bens que podem ser fracionados sem que haja dano ou alteração em
sua substância, de acordo com o art. 87, do CC/2002 são os bens denominados como divisíveis, vejamos:
art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam, como por exemplo uma herança, apesar da
==2b92ae==

divisão dos bens, permanecerá sendo herança.

Gabarito: Letra D.

5. (FGV / SEFAZ-MS – 2006) Como se chamam os bens que podem ser substituídos por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade?

(A) Fungíveis.

(B) Infungíveis.

(C) Consumíveis.

(D) Não-consumíveis.

(E) Permutáveis.

Comentários:

A alternativa A está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, art. Art. 85, os bens
que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade são denominados
bens fungíveis, como se observa na literalidade da lei: “São fungíveis os móveis que podem substituir-
se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade”.

A alternativa B está incorreta. São infungíveis os bens que não podem ser substituídos por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade, como por exemplo um quadro de um pintor ilustre, este possui
características impares que o distinguem de outros quadros, ou seja, apesar e ser um quadro, não
poderá ser substituído por qualquer outro.

A alternativa C está incorreta. Consumíveis, de acordo com o CC/2002, são os bens móveis, os quais o
uso significará a destruição imediata da própria substância, de maneira que são considerados também
aqueles destinados a venda. Vejamos: Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa
destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.

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A alternativa D está incorreta. Não-consumíveis são os bens móveis cujo seu uso não implica sua
destruição, diferentemente dos bens consumíveis analisados na assertiva anterior, estes bens são
destinados a durabilidade.

A alternativa E está incorreta. Bens permutáveis são aqueles destinados a troca ou venda. Dada tal
característica, não há o que se falar sobre esta qualidade de bens serem bens que podem ser substituídos
por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade

Gabarito: Letra A.

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Demais Bens Considerados Em Si Mesmos (Art. 85 Ao 91)

1. (FGV - TJ-RS - Oficial de Justiça- 2020) O direito civil identifica e classifica os diferentes tipos
de bens, com o objetivo de facilitar a aplicação do direito ao caso concreto. De acordo com o
Código Civil brasileiro, é correto afirmar que os bens:

(A) fungíveis e móveis podem ser substituídos por outros de mesma espécie e quantidade;

(B) singulares incluem os que se consideram de per si independentemente dos demais, embora
reunidos;

(C) imóveis incluem tudo que for incorporado ao solo, desde que seja de forma natural, inclusive o
==2b92ae==

próprio solo;

(D) móveis são suscetíveis de movimento próprio sem alteração da substância ou destinação econômica
e social, exceto os bens de remoção por força alheia;

(E) divisíveis podem ser fracionados sem alterar sua substância, mesmo com diminuição considerável
de valor, desde que sem prejuízo do uso a que se destina.

2. (FGV / PREFEITURA DE PAULÍNIA – SP – 2015) Quanto à classificação dos bens, é correto


afirmar que:

(A) Um veículo é considerado uma universalidade de fato;

(B) Um jogo de pneus é considerado uma universalidade de direito;

(C) Uma frota de veículos, coletivamente considerada, é uma universalidade de fato;

(D) Um veículo emplacado e cadastrado individualmente, é um bem fungível;

(E) Um caminhão é considerado consumível.

3. (FGV / PROCEMPA – 2014) Segundo o Código Civil, os bens móveis que podem ser
substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade são denominados

(A) Bens consumíveis.

(B) Bens fungíveis.

(C) Bens reciprocamente considerados.

(D) Bens singulares.

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(E) Bens públicos.

4. (FGV / PREFEITURA DE OSASCO – SP – 2014) São considerados bens fungíveis:

(A) Os imóveis estabelecidos por Lei ou pela vontade das partes contratantes;

(B) Os consumíveis;

(C) Os divisíveis;

(D) Os que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade;

(E) Os que podem ser fracionados sem que haja dano ou alteração em sua substância.

5. (FGV / SEFAZ-MS – 2006) Como se chamam os bens que podem ser substituídos por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade?

(A) Fungíveis.

(B) Infungíveis.

(C) Consumíveis.

(D) Não-consumíveis.

(E) Permutáveis.

GABARITO
1. TJ-RS B
2. Pref. de Paulínia/SP C
3. PROCEMPA B
4. Pref. de Osasco/SP D
5. SEFAZ-MS A

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Capítulo II – Bens reciprocamente considerados

Segundo o CC/2002, os bens podem ser considerados de maneira recíproca, ou seja, uns em relação aos
outros. O art. 92 estabelece que principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente.
Exemplo é o solo, ou um veículo automotor. Já o bem acessório é aquele cuja existência pressupõe a
existência do principal, como, por exemplo, a casa que se liga ao solo ou os pneus do carro.

Relativamente aos bens reciprocamente considerados se vê um princípio geral do Direito


Civil: accessorium sequitur principale, ou seja, o acessório segue o principal. Trata-se do
princípio da gravitação jurídica, que determina que o bem acessório segue a sorte
do principal, salvo disposição em contrário. Assim, quando eu vendo o terreno, vendo a
casa; quando vendo o carro, vendo os pneus.

Seguindo a “lógica” do CC/2002, os bens acessórios se dividem em partes integrantes e


pertenças. As partes integrantes, por sua vez, se subdividem em benfeitorias, frutos e produtos.

A. Pertenças

Segundo dispõe o art. 93, são pertenças, também conhecidas como res annexa, os bens que, não
constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao
aformoseamento de outro. É o caso, por exemplo, de um rádio destacável do veículo ou de um piano
numa casa.

Uma característica das pertenças é que elas conservam sua autonomia, de modo que sua caracterização
como acessório é de mera conveniência econômico-jurídica. Isso porque a pertença não se incorpora ao
bem principal.

Em regra, o negócio estipulado entre as partes não abrange as pertenças, salvo se o contrário
resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso, segundo o art. 94 do CC/2002.
Trata-se de exceção ao princípio da gravitação jurídica.

Por isso, quando vendo o carro, não vendo o equipamento de adaptação veicular para pessoa com
deficiência, ou quando vendo a casa não vendo o piano. Claro, se eu quiser, posso, mas isso tem de estar
claramente fixado no negócio jurídico (no contrato de venda da casa está escrito “vai o piano”).

Lembre-se que, em regra, acessório é subordinado à existência do principal. A pertença não é


subordinada à existência do principal, a rigor

B. Partes integrantes

São bens acessórios que se ligam de tal modo ao principal, que sua remoção tornaria o bem
principal incompleto; estão unidos de tal modo ao bem principal que com ele formam um todo
independente. É o caso da fiação elétrica numa casa ou das rodas e pneus de um veículo. Lendo os arts.
93 e 94 em reverso, chagamos à conclusão de que as partes integrantes seguem a coisa principal.

É o caso da fiação elétrica numa casa ou das rodas e pneus de um veículo. Você não pensa numa casa
sem a fiação elétrica, nem pensa num carro sem os pneus. Nada impede que o negócio jurídico
estabeleça o inverso: “vendo o carro, mas sem as rodas”.

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Veja-se que tratar de frutos, produtos e benfeitorias dentro das partes integrantes é mais adequado.
Isso porque esses três bens acessórios se enquadram à perfeição no conceito de parte integrante.

1. Frutos

São os bens que se derivam periodicamente do bem principal, sem que ele se destrua, ainda que
parcialmente, diminua sua substância ou quantidade. O art. 95 do CC/2002 estabelece que, apesar de
ainda não separados do bem principal, os frutos podem ser objeto de negócio jurídico.

Os frutos podem ser classificados como: a. frutos naturais: decorrem da essência de um bem
principal (como as frutas de uma árvore); b. industriais: decorrem da atividade humana (como os
produtos de uma fábrica); c. civis: decorrem de uma situação jurídica (como o aluguel de um imóvel).

Os frutos ainda podem ser classificados como: a. pendentes (ainda ligados ao bem principal); b.
percipiendos (poderiam ter sido percebidos, mas não o foram); c. percebidos (colhidos, separados do
==2b92ae==

bem principal); d. estantes (colhidos e armazenados); e. consumidos (já não existem mais).

2. Produtos

Ao contrário dos frutos, sua obtenção significa redução do valor, quantidade ou qualidade do bem
principal, pois não são produzidos periodicamente, como, por exemplo, a madeira da árvore ou o
petróleo de um campo. O art. 95 do CC/2002 estabelece que, apesar de ainda não separados do bem
principal, os produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

3. Benfeitorias

As benfeitorias são acréscimos realizados num bem preexistente, com diversas


finalidades. Ao contrário dos frutos e produtos, que se originam do bem principal, as
benfeitorias são a ele agregadas. Segundo o art. 96, as benfeitorias podem ser voluptuárias,
úteis ou necessárias.

São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda
que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor, como, exemplificativamente, uma piscina
residencial ou uma cornija de uma lareira.

São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem, como a construção de uma calçada ou a
substituição de esquadrias de ferro por esquadrias de alumínio.

São necessárias as benfeitorias que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore, como,
por exemplo, a recolocação de uma viga deteriorada pela chuva ou a reconstrução de um muro de
arrimo.

C. Acessões

Diferentemente das benfeitorias, as acessões não agregam alguma coisa a algo preexistente, elas
são criações – naturais ou artificiais – de bens. É o caso, por exemplo, a edificação de uma casa num
terreno baldio.

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Na dicção do art. 97 do CC/2002, não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos ou


acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

Diferentemente das benfeitorias, as acessões não agregam alguma coisa a algo preexistente. São, na
verdade, criações – naturais ou artificiais – de bens. É o caso, por exemplo, a edificação de uma casa
num terreno baldio. Na linguagem comum, especialmente na área rural, as acessões são chamadas de
benfeitorias. Por isso, você pode ficar bem tranquilo(a).

Relembre, na distinção entre os bens principais e os bens acessórios, as subcategorias de bens


acessórios: 1

Frutos
• Derivam periodicamente do bem principal

Produtos
• A obtenção reduz o valor do bem principal

Benfeitorias
• Acréscimos num bem preexistente

Acessões
• Criações - artificiais ou naturais - de bens

Pertenças
• Destinadas de modo duradouro ao uso, serviço ou aformoseamento, sem ser parte
integrante

Partes integrantes
• Ligados de tal modo ao principal que sua remoção tornaria ele incompleto

A letra da Lei

Agora, trago a você os dispositivos de lei referentes à nossa aula. Lembro que, ao longo do texto, eu não
trato de todos os dispositivos legais aqui citados, propositadamente. Isso porque meu objetivo não é
tornar o material um comentário à lei, mas, sim, fazer você compreender os institutos jurídicos que são
importantes à prova.

Agora, ao contrário, o objetivo é trazer todos os dispositivos legais, para que você possa ao menos passar
os olhos. Não se preocupe em compreender em detalhe cada um deles; eu objetivo apenas trazer o texto

1 Para arrematar, não precisa se preocupar com categorias e subcategorias. Nem o Código Civil estabelece as divisões entre os bens de
maneira adequada. Nem mesmo a doutrina, que é muito ruim neste ponto, diga-se. Eu estabeleci aqui uma divisão mais didática, apenas
para que você compreenda as coisas de maneira mais adequada. Não se preocupe em aprofundar demais o tema, ou de ficar pensando em
situações concretas; se você consegue encontrar situações problemáticas, será que o examinador vai questionar o ponto? Não...

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legal para que você não precise procurá-los fora do material. Trata-se da letra da lei com grifos nos
principais pontos da norma, para ajudar na fixação dos conteúdos.

Vamos lá!

Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja
existência supõe a do principal.

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo
se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de
negócio jurídico.

Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

§ 1 o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda
que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

§ 2 o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

§ 3 o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

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CEBRASPE

Bens Reciprocamente Considerados (Art. 92 Ao 97)

1. (CEBRASPE/ ISS- Aracajú - 2021) De acordo com o Código Civil, os bens quem não
constituindo partes integrantes, se destinem, de modo duradouro, ao uso de outros são

a) acessórios.

b) imóveis, para os efeitos legais.

c) pertenças

d) não fungíveis.

e) singulares.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois bens acessórios são aqueles cuja existência supõe a do principal,
conforme art. 92 do CC/2002: “Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente;
acessório, aquele cuja existência supõe a do principal”.

A alternativa B está incorreta, já que são imóveis, para os efeitos legais, apenas os direitos reais sobre
imóveis e as ações que os asseguram e, o direito à sucessão aberta, conforme o art. 80, caput e incisos,
do CC/2002: “Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: os direitos reais sobre imóveis e as
ações que os asseguram; o direito à sucessão aberta”.

A alternativa C está correta, uma vez que o enunciado traz exatamente a descrição de pertenças,
conforme o art. 93 do CC/2002: “São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro”.

A alternativa D está incorreta, porque infungíveis são os bens móveis que não podem ser substituídos
por outro, ainda que na mesma quantidade, qualidade e espécie. É o que se depreende da dicção do art.
85 do CC/2002: “São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade”.

A alternativa E está incorreta, tendo em vista que os bens singulares são aqueles que, ainda que
reunidos, são considerados em sua individualidade, conforme art. 89 do CC/2002: “São singulares os
bens que, embora reunidos, se consideram de per si , independentemente dos demais”.

2. (CESPE / PGE-SE – 2017) De acordo com a classificação doutrinária dos bens, o valor pago a
título de aluguel ao proprietário de um imóvel é denominado
(A) fruto.
(B) pertença.
(C) benfeitoria.

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(D) imóvel por acessão.


(E) produto.

Comentários:

A alternativa A certa, pois o valor pago a título de aluguel ao proprietário de um imóvel é denominado
fruto, mais especificamente um fruto civil. O aluguel é um exemplo de bem acessório. Considerados uns
em relação aos outros, os bens podem ser principais e acessórios. Os bens principais são os que existem
por si, os bens acessórios são aqueles que cuja existência depende do bem principal. Por exemplo, o solo
é bem principal, porque existe por si próprio, a árvore é bem acessório, porque sua existência depende
do bem principal, que no caso é o solo. Dentre as classes de bens acessórios temos os frutos e produtos.
Os frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente produz sem, com isso, sofrer alteração em sua
substância. Como exemplos, o leite das vacas e as frutas que uma árvore dá. Para se reconhecer um fruto
devemos observar três elementos: periodicidade; inalterabilidade da substância da coisa principal e a
separabilidade desta. O conceito de produto parte da ideia de algo que pode ser retirado do principal
diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente. Como os metais, por
exemplo.

A alternativa B errada, dado que, pertença é um bem que é acrescido a outro, que é o principal, sem, no
entanto, ser parte integrante deste. São coisas móveis que são postas de modo estável a serviço de
outras coisas móveis ou, então, imóveis. Como exemplos, podemos citar: a moldura de um quadro que
é usado na sala de uma residência; os tratores que são usados para melhorar a exploração de
propriedade rural.

A alternativa C errada, pois benfeitorias são obras ou despesas feitas em bem já existente.

A alternativa D errada, pois os imóveis por acessão natural é tudo que se adere naturalmente ao solo,
como as árvores, os frutos pendentes, os acessórios etc. E imóveis por acessão artificial ou industrial é
a aderência de um bem ao solo por força humana, como as construções e as plantações.

A alternativa E errada, pois os produtos são as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo -lhe a
quantidade, porque não se reproduzem periodicamente, como as pedras e os metais, que se extraem
das pedreiras e das minas.

3. (CESPE / TCE-PA – 2016) A respeito dos bens, julgue o item a seguir.

Para serem objeto de negócio jurídico, os frutos devem estar já separados do bem principal.

Comentários:

A assertiva está errada, eis que, os frutos e produtos não precisam estar separados do bem principal
para que sejam objeto de negócio jurídico, conforme art. 95 do Código Civil: "Apesar de ainda não
separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico". Os frutos e
produtos, mesmo não separados do bem principal, podem ser objeto de negócio jurídico.

4. (CESPE / TCE-SC – 2016) Com relação à vigência das leis, às pessoas naturais, às pessoas
jurídicas e aos bens, julgue o item subsequente.

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O valor decorrente do aluguel de determinado imóvel é considerado bem acessório.

Comentários:

A assertiva está certa, pois o valor decorrente do aluguel de determinado imóvel é considerado bem
acessório, de acordo com o art. 95 do Código Civil: "Apesar de ainda não separados do bem principal, os
frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico". Bem principal é o bem que tem existência
própria, autônoma, que existe por si. Enquanto o Bem acessório é aquele cuja existência depende do
principal. Os frutos são as utilidades produzidas com periodicidade pela coisa principal, cuja percepção
mantém intacta a substância do bem. Como exemplos, o leite das vacas e as frutas que uma árvore dá.
Para se reconhecer um fruto devemos observar três elementos: periodicidade; inalterabilidade da
substância da coisa principal e a separabilidade desta. Podem ser civis, naturais ou industriais, a
depender da sua origem. Os frutos civis nada mais são do que verdadeiros rendimentos, como um
aluguel, enquanto os frutos industriais decorrem da atuação humana e os frutos naturais proveem da
força animal ou vegetal da natureza. Importante registrar que os frutos naturais e industriais são
adquiridos com a simples separação da coisa (salvo na hipótese de colheita antecipatória, quando o
==2b92ae==

possuidor deverá indenizar o proprietário por ter colhido antecipadamente fruto que ainda não estava
no tempo de ser separado), enquanto os frutos civis são colhidos dia a dia, com o seu vencimento.
Rendimentos são os frutos civis, as prestações periódicas em dinheiro, decorrentes da concessão do uso
e gozo, de que é exemplo o aluguel.

5. (CESPE / TRT - 8ª REGIÃO – 2016) Com referência aos bens, assinale a opção correta.
(A) As benfeitorias úteis são aquelas indispensáveis à conservação do bem ou para evitar sua
deterioração, acarretando ao mero possuidor que as realize o direito à indenização e retenção do bem
principal.
(B) Um bem divisível por natureza não pode ser considerado indivisível pela simples vontade das
partes, devendo tal indivisibilidade ser determinada por lei.
(C) O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que todos os bens deixados pelo
falecido sejam móveis.
(D) Bens infungíveis são aqueles cujo uso importa sua destruição.
(E) Os frutos são as utilidades que não se reproduzem periodicamente; por isso, se os frutos são
retirados da coisa, a sua quantidade diminui.

Comentários:

A alternativa A errada, eis que, conforme dispõe o art. 96 do Código Civil: "As benfeitorias podem ser
voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não
aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor § 2º
São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. § 3º São necessárias as que têm por fim conservar
o bem ou evitar que se deteriore". Logo, as benfeitorias NECESSÁRIAS são aquelas indispensáveis à
conservação do bem ou para evitar sua deterioração, acarretando ao mero possuidor que as realize o
direito à indenização e retenção do bem principal.

A alternativa B errada, uma vez que, um bem divisível por natureza pode ser considerado indivisível
pela simples vontade das partes ou por determinação da lei. Indivisíveis são os bens que se opõe a
definição de bens divisíveis, além disso, o art. 88 do código civil dispõe o seguinte: "Os bens

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naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis ¹por determinação da lei ou ²por vontade das
partes".

A alternativa C correta, porque o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que todos
os bens deixados pelo falecido sejam móveis, conforme dispõe o art. 80 do Código Civil: "Consideram-
se imóveis para os efeitos legais: II - o direito à sucessão aberta".

A alternativa D errada, pois são os bens fungíveis, conforme dispõe o art. 85 do Código Civil: "São
fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade".
Como principal exemplo de coisa fungível, nós temos o dinheiro – que é o bem fungível por excelência.
Qualquer nota de R$ 10,00 pode ser substituída por outra de R$ 10,00. Ambas apresentam as mesmas
características, são da mesma espécie, qualidade e quantidade. Outro exemplo é o atribuído aos gêneros
alimentícios em geral. A contrário sensu dos bens fungíveis, temos que os bens infungíveis são aqueles
que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Ou seja, são
aqueles que são únicos, são personalizados. Como exemplo, temos um determinado quadro ou uma
escultura de alguém famoso.

A alternativa E errada dado que, os frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente produz sem,
com isso, sofrer alteração em sua substância. Como exemplos, o leite das vacas e as frutas que uma
árvore dá. Para se reconhecer um fruto devemos observar três elementos: periodicidade;
inalterabilidade da substância da coisa principal e a separabilidade desta. O conceito de produto parte
da ideia de algo que pode ser retirado do principal diminuindo-lhe a quantidade, porque não se
reproduzem periodicamente. Como os metais, por exemplo.

6. (CESPE / TJ-AM – 2016) A propósito dos bens, julgue o item a seguir com fundamento nos
dispositivos legais, na doutrina e no entendimento jurisprudencial pátrio.

Pelo princípio da gravitação jurídica, a propriedade dos bens acessórios segue a sorte do bem principal,
podendo, entretanto, haver disposição em contrário pela vontade da lei ou das partes.

Comentários:

A assertiva está certa, pois pelo princípio da gravitação jurídica, a propriedade dos bens acessórios
segue a sorte do bem principal, podendo, entretanto, haver disposição em contrário pela vontade da lei
ou das partes conforme dispõe o art. 92 do Código Civil: "Principal é o bem que existe sobre si, abstrata
ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal". A natureza do acessório é a
mesma natureza do principal, princípio da gravitação jurídica, onde, um bem atrai o outro para sua
órbita estabelecendo o mesmo regime jurídico (bonito isso, né? ☺). Assim, se o solo é imóvel a casa que
está ligada a ele também o é. No entanto, pode ser convencionado pela vontade das partes que isso não
ocorra. O princípio da gravitação jurídica - “o acessório segue o principal, salvo disposição especial em
contrário”.

7. (CESPE / TJ-AM – 2016) A propósito dos bens, julgue o item a seguir com fundamento nos
dispositivos legais, na doutrina e no entendimento jurisprudencial pátrio.

Os rendimentos são considerados produto da coisa, já que sua extração e sua utilização não diminuem
a substância do bem principal.

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Comentários:

A assertiva está errada, dado que, quanto à sua origem os frutos podem ser naturais – quando se
desenvolvem e se renovam periodicamente pela própria força orgânica da própria coisa; industriais –
são aqueles que têm a sua origem vinculada a alguma ação humana sobre a natureza; civis – quando se
tratar de rendimentos oriundos da utilização de coisa frutífera por outrem que não o proprietário. Como
exemplos de frutos naturais, citamos: os ovos e as crias dos animais. Dos frutos industriais temos a
produção de uma fábrica. Como exemplo de frutos civis, temos o aluguel. Em suma, os frutos civis nada
mais são do que verdadeiros rendimentos, como um aluguel, enquanto os frutos industriais decorrem
da atuação humana e os frutos naturais proveem da força animal ou vegetal da natureza.

8. (CESPE / TCE-PA – 2016) A respeito da aplicação da lei civil, da pessoa natural e dos bens,
julgue o item a seguir.
Para serem objeto de negócio jurídico, os frutos devem estar já separados do bem principal.

Comentários

O item está incorreto, a teor do art. 95: “Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem
ser objeto de negócio jurídico”.

9. (CESPE / TCE-RN – 2015) A respeito das pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos, julgue o item
a seguir.

As pertenças, em regra, não seguem o bem principal posto que não se constituem em partes integrantes.

Comentários:

A assertiva está certa, eis que, as pertenças não se confundem com as coisas acessórias, visto que a
definição de pertença não pressupõe que sua existência esteja subordinada à do principal. O art. 94 traz
a distinção entre parte integrante e pertenças: "Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem
principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da ¹lei, da ²manifestação de vontade,
ou das ³circunstâncias do caso". Assim, as pertenças não obedecem à regra de que o acessório segue o
principal, porque são coisas que não formam partes integrantes e não são fundamentais para a
utilização do bem principal. Parte integrante é o acessório que, unido ao principal, forma com ele um
todo, sendo desprovida de existência material própria, embora mantenha sua identidade. Exemplo de
parte integrante já citado em provas foi o dos dutos e estações de compressão de um gasoduto.

10. (CESPE / TJ-PB – 2015) Julgue o item com relação a bens.

A infungibilidade de um bem pode decorrer da manifestação de vontade da parte.

Comentários:

A assertiva está certa, já que, pode acontecer de um bem, que por sua natureza seja fungível, tornar-se
infungível por vontade das partes. Pode ser o exemplo de uma moeda que é um bem fungível, mas que
para um colecionador pode tornar-se infungível. Outro exemplo, uma cesta de frutas é coisa fungível,
mas, emprestada ad pompam vel ostentationem, ou seja, para ornamentação, transformar-se-á em coisa
infungível.

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11. (CESPE / TJ-PB – 2015) Julgue o item com relação a bens.

Os produtos são acessórios produzidos com periodicidade, e sua retirada não prejudica a substância da
coisa principal.

Comentários:

A assertiva está errada, eis que, o conceito de produto parte da ideia de algo que pode ser retirado do
principal diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente. Como os metais,
por exemplo.

12. (CESPE / TRF - 5ª REGIÃO – 2015) No que se refere a bens, assinale a opção correta.
(A) Os bens dominicais, diferentemente dos demais bens públicos, se submetem primordialmente às
regras do direito privado.
(B) Os bens incorpóreos não admitem usucapião, mas, como regra, admitem tutela possessória.
(C) A consuntibilidade que um bem gera é incompatível com a infungibilidade.
(D) A divisibilidade, ou não, de uma coisa, sob o aspecto jurídico, decorre de um critério utilitarista.
(E) Os bens acessórios são aqueles que, não sendo partes integrantes do bem principal, se destinam de
modo duradouro ao uso de outro.

Comentários:

A alternativa A errada, pois os bens públicos são bens de titularidade do Estado, necessários ao
desempenho de funções públicas, submetidos a um regime jurídico de direito público. Os Bens públicos
são os que pertencem ao domínio nacional, ou seja, à União, aos Estados ou aos municípios, conforme
dispõe o art. 98 do Código Civil: "São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencerem". Bens dominicais são os que pertencem ao Estado, conforme dispõe o art. 99, III do Código
Civil: Art. 99. São bens públicos: "III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas
de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades".

A alternativa B errada, dado que, os bens incorpóreos, como os direitos autorais, por exemplo, não
admitem usucapião e nem a tutela possessória. Bens incorpóreos – que são aqueles que têm existência
abstrata ou ideal, são, portanto, entendidos como abstrações do direito, possuem existência jurídica,
mas não física, a exemplo das propriedades literária, científica ou artística. Atente para a seguinte
súmula 228 do STJ: “É inadmissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral”.

A alternativa C errada, pois no geral, temos que os bens consumíveis são também fungíveis, tendo em
vista os alimentos. No entanto, podemos ter bens consumíveis e infungíveis como uma obra de arte que
foi posta à venda. Os bens consumíveis são os que terminam logo com o primeiro uso, havendo imediata
destruição de sua substância (p. ex., os alimentos, o dinheiro etc.). Enquanto os bens fungíveis são os
que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

A alternativa D correta, porque, a divisibilidade é própria de todos os corpos, admitindo-se,


fisicamente, o fracionamento das coisas até a partícula do átomo. Juridicamente, no entanto, a
divisibilidade, ou não, de uma coisa decorre de um critério utilitarista, ou seja, da manutenção do seu
valor econômico proporcionalmente às coisas divididas. Art. 87: "Bens divisíveis são os que se podem

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fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que
se destinam".

A alternativa E errada, pois as pertenças são aquelas que, não sendo partes integrantes do bem
principal, se destinam de modo duradouro ao uso de outro, conforme dispõe o art. 93 do Código Civil:
"São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao
uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro". Pertenças são coisas auxiliares das outras.
Diferentemente do que ocorre na regra do acessório, as pertenças não estão abrangidas nos negócios
jurídicos pertinentes ao bem principal. Não se confundem necessariamente, com as coisas acessórias,
visto que a definição de “pertença” não pressupõe que sua existência esteja subordinada à do principal.

13. (CESPE / DPU – 2015) Considerando a existência de relação jurídica referente a determinado
objeto envolvendo dois sujeitos, julgue o próximo item.

Caso a referida relação jurídica consista em um negócio jurídico de compra e venda e seu objeto seja um
bem imóvel, não havendo declaração expressa em contrário, será considerado integrante desse imóvel
seu mobiliário, uma vez que o acessório deve seguir o principal.

Comentários:

A assertiva está errada, já que, o mobiliário de um imóvel é considerado pertença, art. 93: "São
pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso,
ao serviço ou ao aformoseamento de outro". Pertenças são coisas auxiliares das outras. Diferentemente
do que ocorre na regra do acessório, as pertenças não estão abrangidas nos negócios jurídicos
pertinentes ao bem principal. Deste modo, não seguem a sorte do bem principal, art. 94: "Os negócios
jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar
da ¹lei, da ²manifestação de vontade, ou das ³circunstâncias do caso".

14. (CESPE / TJ-SE – 2014) Acerca dos bens considerados em si mesmos e dos reciprocamente
considerados, assinale a opção correta.
(A) Desde que separados do bem principal, os frutos e os produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
(B) Não se pode, por simples negócio jurídico, alterar a característica da divisibilidade do bem.
(C) O direito à sucessão aberta será considerado bem móvel se o acervo deixado pelo falecido for
composto apenas por bens móveis.
(D) Os materiais separados de um prédio em decorrência de demolição readquirem a qualidade de bens
móveis.
(E) São considerados bens fungíveis os móveis e os imóveis que possam ser substituídos por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade.

Comentários:

A alternativa A errada, pois os frutos e produtos, mesmo não separados do bem principal, podem ser
objeto de negócio jurídico, conforme dispõe o art. 95 do Código Civil: "Apesar de ainda não separados
do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico". Frutos são utilidades que
a coisa produz periodicamente, cuja percepção mantém intacta a substância do bem que as gera. São, os
produtos que periodicamente nascem e renascem da coisa, sem acarretar-lhe a destruição no todo ou

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em parte, como o algodão, a lã, o leite etc. Produtos são utilidades que se pode retirar da coisa, alterando
sua substância, com a diminuição da quantidade até o esgotamento, porque não se reproduzem
periodicamente (p. ex., pedras de uma pedreira, petróleo de um poço).

A alternativa B errada, pois uma coisa divisível poderá transformar-se em indivisível se assim o
acordarem as partes, mas a qualquer tempo poderá voltar a ser divisível, conforme dispõe o art. 88 do
Código Civil: "Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou
por vontade das partes".

A alternativa C errada, dado que, o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel para os efeitos
legais, mesmo que seja composto apenas por bens móveis, conforme dispõe o art. 80, II do Código Civil:
"Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II - o direito à sucessão aberta". O direito à sucessão
aberta é considerado bem imóvel, ainda que a herança só seja formada por bens móveis ou abranja
apenas direitos pessoais. Ter-se-á a abertura da sucessão no instante da morte do de cujus; daí, então,
seus herdeiros poderão ceder seus direitos hereditários, que são tidos como imóveis. Logo, para aquela
cessão, será imprescindível a escritura pública.

A alternativa D correta, porque, os materiais vindos da demolição de um prédio readquirem a


qualidade de bens móveis, entretanto, quando a separação for provisória, estes não perderão sua
característica de bem imóvel quando a intenção for reutilizá-los na reconstrução do prédio. O que vale
é a intenção do dono da coisa (isto deverá estar bem explicado na questão da prova). Os materiais
separados de um prédio em decorrência de demolição readquirem a qualidade de bens móveis,
conforme dispõe o art. 81, II do Código Civil. Art. 81. "Não perdem o caráter de imóveis: II - os materiais
provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem".

A alternativa E errada, pois são considerados bens fungíveis os móveis que possam ser substituídos
por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, conforme dispõe o art. 85 do Código Civil: "São
fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade". Os
bens fungíveis são os que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

15. (CESPE / TJ-SE – 2014) Julgue os itens a seguir, relativos a pessoas, bens e negócios jurídicos.

Pertenças são bens individuais que podem ser produtos, frutos ou benfeitorias do bem principal.

Comentários:

A assertiva está errada, já que, os bens acessórios são os frutos, produtos e as benfeitorias. As pertenças
são coisas auxiliares das outras. Diferentemente do que ocorre na regra do acessório, as pertenças não
estão abrangidas nos negócios jurídicos pertinentes ao bem principal. Não se confundem
necessariamente, com as coisas acessórias, visto que a definição de “pertença” não pressupõe que sua
existência esteja subordinada à do principal. Art. 93: "São pertenças os bens que, não constituindo
partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de
outro". Pertença é, portanto, um bem que é acrescido a outro, que é o principal, sem, no entanto, ser
parte integrante deste. São pertenças, todos os bens móveis ajudantes, que o dono, por sua vontade e
querer, colocar na exploração industrial ou econômica de um imóvel, no seu embelezamento ou na sua
comodidade. São coisas auxiliares das outras. São coisas móveis que são postas de modo estável a
serviço de outras coisas móveis ou, então, imóveis. Como exemplos, podemos citar: a moldura de um
quadro que é usado na sala de uma residência; os tratores que são usados para melhorar a exploração
de propriedade rural.

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16. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

Os frutos e os produtos, para que possam ser objeto de negócio jurídico, devem estar separados do bem
principal.

Comentários:

A assertiva está errada, pois os frutos e produtos, mesmo não separados do bem principal, podem ser
objeto de negócio jurídico, conforme dispõe o art. 95 do Código Civil: "Apesar de ainda não separados
do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico".

17. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

Os acréscimos sobrevindos ao bem são considerados benfeitorias e passíveis de indenização, ainda que
não haja a intervenção do proprietário, do possuidor ou do detentor.

Comentários:

A assertiva está errada, eis que, as acessões naturais são acréscimos decorrentes de fatos naturais e
fortuitos. São, portanto, obras exclusivas da natureza, quem lucra é o dono da coisa, conforme dispõe o
art. 97 do Código Civil: "Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos
ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor". Nessas hipóteses, “não há
benfeitorias, mas acréscimos decorrentes de fatos eventuais e inteiramente fortuitos. Não são
indenizáveis, porque, para a sua realização, não ocorre qualquer esforço do possuidor ou detentor.
Sendo obra exclusiva da natureza, quem lucra é o proprietário do imóvel, sem compensação alguma
para quem quer que seja.

18. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

As chamadas pertenças são os bens que, considerados parte integrante de outro bem, se destinem ao
uso, serviço ou aformoseamento desse bem.

Comentários:

A assertiva está errada, já que, as chamadas pertenças são os bens que, não constituindo partes
integrantes, se destinem ao uso, serviço ou aformoseamento desse bem, de modo duradouro, conforme
dispõe o art. 93 do Código Civil: "São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro". Pertença é um bem
que é acrescido a outro, que é o principal, sem, no entanto, ser parte integrante deste. São pertenças,
todos os bens móveis ajudantes, que o dono, por sua vontade e querer, colocar na exploração industrial
ou econômica de um imóvel, no seu embelezamento ou na sua comodidade. São coisas auxiliares das
outras. São coisas móveis que são postas de modo estável a serviço de outras coisas móveis ou, então,
imóveis. Como exemplos, podemos citar: a moldura de um quadro que é usado na sala de uma
residência; os tratores que são usados para melhorar a exploração de propriedade rural.

19. (CESPE / TCE-PB – 2014) Julgue o item a seguir.

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Consideram-se benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem, ainda que não


decorram da intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

Comentários:

A assertiva está errada, eis que, as benfeitorias são obras e despesas feitas pelo homem na coisa, com
o intuito de conservá-la, melhorá-la ou embelezar, claro está que não abrangem os melhoramentos
(acessões naturais) sobrevindos àquela coisa sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor
por ocorrerem de um fato natural (p. ex., o aumento de urna área de terra em razão de desvio natural
de um rio). Art. 97: "Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao
bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor".

20. (CESPE / TRT - 8ª REGIÃO – 2013) Separados da coisa que os tiver produzido, os frutos são
considerados
(A) percipiendos.
(B) produtos.
(C) pertenças.
(D) percebidos.
(E) estantes.

Comentários:

A alternativa A errada, pois os percipiendos são os frutos que deveriam ter sido percebidos ou colhidos,
mas não foram.

A alternativa B errada, já que, os produtos são as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a
quantidade, porque não se reproduzem periodicamente, como as pedras e os metais, que se extraem
das pedreiras e das minas.

A alternativa C errada, pois as pertenças são os bens móveis que, não constituindo partes integrantes
(como o são os frutos, produtos e benfeitorias), estão afetados por forma duradoura ao serviço ou
ornamentação de outro, como os tratores destinados a uma melhor exploração de propriedade agrícola
e os objetos de decoração de uma residência.

A alternativa D correta, já que, percebidos ou colhidos são os frutos já separados da coisa que os
produziu.

A assertiva E incorreta, porque, estantes são os frutos que foram separados e estão armazenados ou
acondicionados para a venda.

21. (CESPE / TJ-MA – 2013) Julgue o item a seguir no que se refere a disposições gerais do Código
Civil.

Entre os bens reciprocamente considerados, o bem principal é o que existe sobre si, absoluta e
concretamente, e acessório, aquele cuja existência supõe a do principal; assim, quando se vende um
imóvel, o vendedor, de acordo com essa regra, não pode retirar, por exemplo, o condicionador de ar

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instalado em um dos cômodos da casa se a retirada não estiver previamente pactuada, uma vez que o
acessório segue o principal.

Comentários:

A assertiva está errada, pois entre os bens reciprocamente considerados, o bem principal é o que existe
sobre si, absoluta e concretamente, e acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. Art. 92:
"Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência
supõe a do principal". Principal é o bem que tem existência própria, autônoma, que existe por si.
Enquanto acessório é aquele cuja existência depende do principal. Assim, o solo é bem principal, porque
existe por si, concretamente, sem qualquer dependência. A árvore, por sua vez, é acessório, porque sua
existência supõe a do solo onde foi plantada. Quando se vende um imóvel, o vendedor, de acordo com
essa regra, pode retirar, por exemplo, o condicionador de ar instalado em um dos cômodos da casa se o
contrário não estiver previamente pactuado, uma vez que as pertenças não fazem parte do negócio
principal, salvo manifestação da vontade em sentido contrário. Art. 93: "São pertenças os bens que, não
constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao
aformoseamento de outro". São pertenças todos os bens móveis que o proprietário, intencionalmente,
empregar na exploração industrial de um imóvel, no seu aformoseamento ou na sua comodidade. Art.
94: "Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o
contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso".

22. (CESPE / SEFAZ-RS – 2019) De acordo com o Código Civil, terreno destinado ao
estabelecimento de uma autarquia em determinado estado federado é um bem público
(A) de uso especial, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.
(B) singular, que é alienável desde que observada a forma como a lei determinar que ocorra esse ato.
(C) dominical, que é alienável desde que observada a forma como a lei determinar que ocorra esse ato.
(D) de uso comum, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.
(E) de uso restrito, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.

Comentários:

A assertiva A correta, já que, terreno destinado ao estabelecimento de uma autarquia em determinado


estado federado é um bem público de uso especial, que é inalienável enquanto conservar sua
qualificação, de acordo com o art. 99, inc. II do Código Civil: "São bens públicos: II - os de uso especial,
tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal,
estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias".

A alternativa B errada, pois as coisas singulares são as que, embora reunidas, se consideram de per si,
independentemente das demais, de acordo com o art. 89 do Código Civil: "São singulares os bens que,
embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais".

A alternativa C errada, pois os bens dominicais são os bens que integram o patrimônio disponível
estatal, compondo as relações apreciáveis economicamente da União, dos Estados, do Distrito Federal
e Territórios ou dos Municípios, como objeto do direito pessoal ou real dessas pessoas respectivas de
direito público interno, de acordo com o art. 99, inc. III do Código Civil: "São bens públicos: III - os
dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades".

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A alternativa D errada, porque os bens de uso comum do povo, embora pertencentes a pessoa jurídica
de direito público interno, podem ser utilizados, sem restrição e gratuita ou onerosamente, por todos,
de acordo com o art. 99, inc. I do Código Civil: "São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais
como rios, mares, estradas, ruas e praças".

A alternativa E errada, pois os bens de uso restrito são aqueles considerados pela doutrina como sendo
de uso especial restrito à determinada categoria de pessoas. Integram a categoria dos bens utilizados
pelo próprio poder público para instalações do próprio serviço público, como os prédios que servem
para os tribunais ou escolas, de acordo com o art. 99, inc. II do Código Civil.

23. (CESPE / MPE-PI – 2018) Julgue o item a seguir acerca de direitos da personalidade, de
registros públicos, de obrigações e de bens.

O uso comum dos bens públicos deve ser sempre gratuito; por isso, a cobrança de valores por sua
utilização caracteriza violação ao interesse social.

Comentários:

A assertiva está errada, dado que, os bens públicos podem ser utilizados gratuita ou onerosamente,
conforme for estabelecido, por lei, pela entidade a cuja administração pertencerem, conforme dispõe o
art. 103 do Código Civil: "O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem". A regra geral é o seu uso
gratuito, dado que são destinados ao serviço do povo ou da comunidade, que para tanto paga impostos.
Todavia, não perderão a natureza de bens públicos se leis ou regulamentos administrativos
condicionarem ou restringirem o seu uso a certos requisitos ou mesmo se instituírem pagamento de
retribuição. Por exemplo, pedágio nas estradas, venda de ingresso em museus, para contribuir para sua
conservação ou custeio

24. (CESPE / TRF - 1ª REGIÃO – 2017) A respeito de bens públicos, julgue o item subsequente.

Os bens públicos dominicais são inalienáveis.

Comentários:

A assertiva está errada, já que, qualquer bem público dominical pode ser alienado, desde que sejam
observadas as exigências legais, conforme dispõe o art. 101 do Código Civil: "Os bens públicos
dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei". Os bens dominicais são os bens que
compõem o patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Abrangem tanto
bens imóveis quanto bens móveis. Admitem, excepcionalmente, alienação, através de autorização
legislativa. Aliás, por força de lei também, os bens dominicais podem ser convertidos em de uso especial,
ficando livres de alienação, através de procedimento denominado afetação.

25. (CESPE / TCE-PA – 2016) Julgue o item subsequente com base nas disposições do Código Civil
acerca de bens, fatos jurídicos e prescrição.

São considerados bens particulares aqueles pertencentes a pessoas jurídicas de direito público interno
às quais se tenha dado estrutura de direito privado.

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Comentários:

A assertiva está errada, pois são considerados bens públicos, mais precisamente, bens dominicais, de
acordo com o art. 99, inc. III do Código Civil: "São bens públicos: III - os dominicais, que constituem o
patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma
dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado".
Os bens dominicais são os bens que integram o patrimônio disponível estatal, compondo as relações
apreciáveis economicamente da União, dos Estados, do Distrito Federal e Territórios ou dos Municípios,
como objeto do direito pessoal ou real dessas pessoas respectivas de direito público interno.

26. (CESPE / PGE-AM – 2016) Com relação a pessoas jurídicas de direito privado e bens públicos,
julgue o item a seguir.

Consideram-se bens públicos dominicais aqueles que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de
direito público como objeto de direito pessoal ou real, tais como os edifícios destinados a sediar a
administração pública.

Comentários:

A assertiva está errada, já que, De acordo com o Código Civil, os bens públicos de uso especial são os
utilizados pelo próprio Poder Público, constituindo-se por imóveis aplicados ao serviço ou
estabelecimento federal, estadual ou municipal, como prédios onde funcionam tribunais, escolas
públicas, secretarias, ministérios, quartéis etc. São os que têm destinação especial, conforme dispõe o
art. 99, II do Código Civil: "São bens públicos: II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos
destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias". Como o próprio nome diz bens de uso especial são os bens que possuem
uma destinação especial, bens que são utilizados pelo próprio poder público para a execução de seus
serviços públicos. Por exemplo, os prédios onde estão instaladas repartições públicas e os prédios de
escolas públicas. Os bens dominicais abrangem bens móveis ou imóveis, como no exemplo dos títulos
de dívidas, dos terrenos de marinha, faixas de fronteira e das ilhas formadas em mares territoriais, entre
outros, conforme dispõe o art. 99, III do Código Civil: "São bens públicos: III - os dominicais, que
constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou
real, de cada uma dessas entidades".

27. (CESPE / TJDFT – 2015) A respeito de bens, julgue o item que se segue.

Os mares classificam-se como bens públicos de uso comum do povo.

Comentários:

A assertiva está certa, pois os mares classificam-se como bens públicos de uso comum do povo,
conforme dispõe o art. 99, I do Código Civil: "São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como
rios, mares, estradas, ruas e praças".

28. (CESPE / TJ-SE – 2014) Considerando que Francisco, José e Luiz tenham-se reunido, em
janeiro de 2014, para criar a Associação X, com a finalidade de auxiliar pessoas carentes em
projetos para aquisição de moradia, além de ajudar a executar projetos de construção e

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cadastramento dos demais associados, no âmbito de programas governamentais e


assistenciais, julgue os itens subsequentes.

Em regra, os bens vinculados à Associação X adquiridos por Francisco, José e Luiz não serão
considerados bens públicos, ainda que a entidade venha a desenvolver atividade de cunho social.

Comentários:

A assertiva está certa, pois trata-se de uma associação particular, prevista no art. 44, I do CC, tendo em
vista que os bens foram adquiridos por particulares, não podem ser considerados públicos, ainda que a
associação desenvolva atividade social, conforme dispõe o art. 98 do Código Civil: "São ¹públicos os bens
do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são
²particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem". Deste modo, são bens públicos os de domínio
nacional pertencentes à União, aos Estados, aos Territórios ou aos Municípios e às outras pessoas
jurídicas de direito público interno. Todos os outros, os que tiverem, por exemplo, como titular de seu
domínio pessoa natural ou pessoa jurídica de direito privado, serão bens particulares.

29. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

Há entendimento pacífico no Supremo Tribunal Federal no sentido de que os bens dominicais não
podem ser adquiridos por usucapião, contudo, observadas as exigências de lei, podem ser alienados.

Comentários:

A assertiva está certa, de acordo com o Código Civil, art. 101: "Os bens públicos dominicais podem ser
alienados, observadas as exigências da lei". A venda ocorre em hasta pública ou por meio de
concorrência administrativa. Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, conforme
dispõe o art. 102 do Código Civil, art. 102: "Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião". A Súmula
340 do Supremo Tribunal Federal: “Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os
demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião”. Ou seja, TODOS os bens públicos não
estão sujeitos a chamada prescrição aquisitiva. Encontra-se hoje totalmente superada a discussão que
outrora se travou no País a respeito da possibilidade de bens públicos serem adquiridos por usucapião,
mormente os dominicais, visto que a Constituição de 1988 veda expressamente, nos arts. 183, § 3º, e
191, parágrafo único, tal possibilidade, tanto no que concerne aos imóveis urbanos como aos rurais.

30. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

Os bens de uso especial, como escolas públicas, delegacias e fóruns, podem ser alienados; ao passo que
os bens dominicais são inalienáveis, enquanto conservarem sua qualificação.

Comentários:

A assertiva está errada, pois os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, desde que destinados ao uso comum do povo ou para fins administrativos, ou seja,
enquanto guardarem a afetação pública, conforme dispõe o art. 100 do Código Civil: "Os bens públicos
de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação,
na forma que a lei determinar". Qualquer bem público dominical pode ser alienado, desde que sejam

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Aula 03

observadas as exigências legais, conforme dispõe o art. 101 do Código Civil: "Os bens públicos
dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei".

31. (CESPE / TCE-PB – 2014) A respeito dos Bens Públicos, julgue o item a seguir.

O uso comum dos bens públicos é sempre gratuito.

Comentários:

A assertiva está errada, pois os bens podem ser utilizados gratuita ou onerosamente, conforme for
estabelecido, por lei, pela entidade a cuja administração pertencerem, conforme dispõe o art. 103 do
Código Civil: "O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem".

32. (CESPE / ANCINE – 2013) A respeito dos bens públicos e dos negócios jurídicos, julgue o item
a seguir.

A escola pública é exemplo de bem de uso comum do povo.

Comentários:

A assertiva está errada, já que, a escola pública é exemplo de bem de uso especial, conforme dispõe o
art. 99, II do Código Civil: "São bens públicos: II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos
destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias". Os bens públicos de uso especial são os utilizados pelo próprio Poder
Público, constituindo-se por imóveis aplicados ao serviço ou estabelecimento federal, estadual ou
municipal, como prédios onde funcionam tribunais, escolas públicas, secretarias, ministérios, quartéis
etc. São os que têm destinação especial.

33. (CESPE /AGU – 2009) A praça, exemplo típico de bem de uso comum do povo, perderá tal
característica se o poder público tornar seu uso oneroso, instituindo uma taxa de uso, por
exemplo.
Comentários

O item está incorreto, já que o bem público é assim definido por sua natureza pública, não pela
gratuidade ou onerosidade de seu uso.

34. (CESPE / AGU – 2009) O imóvel público onde esteja localizada uma Procuradoria Regional da
União é considerado bem de uso especial, qualificação que impede a sua alienação.

Comentários

O item está correto, na forma do art. 99, inc. II: “os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos
destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias”.

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Aula 03

CEBRASPE

Bens Reciprocamente Considerados (Art. 92 Ao 97)

1. (CEBRASPE/ ISS- Aracajú - 2021) De acordo com o Código Civil, os bens quem não
constituindo partes integrantes, se destinem, de modo duradouro, ao uso de outros são

a) acessórios.

b) imóveis, para os efeitos legais.

c) pertenças

d) não fungíveis.

e) singulares.

2. (CESPE / PGE-SE – 2017) De acordo com a classificação doutrinária dos bens, o valor pago a
título de aluguel ao proprietário de um imóvel é denominado
(A) fruto.
(B) pertença.
(C) benfeitoria.
(D) imóvel por acessão.
(E) produto.

3. (CESPE / TCE-PA – 2016) A respeito dos bens, julgue o item a seguir.

Para serem objeto de negócio jurídico, os frutos devem estar já separados do bem principal.

4. (CESPE / TCE-SC – 2016) Com relação à vigência das leis, às pessoas naturais, às pessoas
jurídicas e aos bens, julgue o item subsequente.

O valor decorrente do aluguel de determinado imóvel é considerado bem acessório.

5. (CESPE / TRT - 8ª REGIÃO – 2016) Com referência aos bens, assinale a opção correta.
(A) As benfeitorias úteis são aquelas indispensáveis à conservação do bem ou para evitar sua
deterioração, acarretando ao mero possuidor que as realize o direito à indenização e retenção do bem
principal.
(B) Um bem divisível por natureza não pode ser considerado indivisível pela simples vontade das
partes, devendo tal indivisibilidade ser determinada por lei.
(C) O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que todos os bens deixados pelo
falecido sejam móveis.
(D) Bens infungíveis são aqueles cujo uso importa sua destruição.

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Aula 03

(E) Os frutos são as utilidades que não se reproduzem periodicamente; por isso, se os frutos são
retirados da coisa, a sua quantidade diminui.

6. (CESPE / TJ-AM – 2016) A propósito dos bens, julgue o item a seguir com fundamento nos
dispositivos legais, na doutrina e no entendimento jurisprudencial pátrio.

Pelo princípio da gravitação jurídica, a propriedade dos bens acessórios segue a sorte do bem principal,
podendo, entretanto, haver disposição em contrário pela vontade da lei ou das partes.

7. (CESPE / TJ-AM – 2016) A propósito dos bens, julgue o item a seguir com fundamento nos
dispositivos legais, na doutrina e no entendimento jurisprudencial pátrio.

Os rendimentos são considerados produto da coisa, já que sua extração e sua utilização não diminuem
a substância do bem principal.

8. (CESPE / TCE-PA – 2016) A respeito da aplicação da lei civil, da pessoa natural e dos bens,
julgue o item a seguir.
Para serem objeto de negócio jurídico, os frutos devem estar já separados do bem principal.

9. (CESPE / TCE-RN – 2015) A respeito das pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos, julgue o item
a seguir.

As pertenças, em regra, não seguem o bem principal posto que não se constituem em partes integrantes.

10. (CESPE / TJ-PB – 2015) Julgue o item com relação a bens.

A infungibilidade de um bem pode decorrer da manifestação de vontade da parte.

11. (CESPE / TJ-PB – 2015) Julgue o item com relação a bens.

Os produtos são acessórios produzidos com periodicidade, e sua retirada não prejudica a substância da
coisa principal.

12. (CESPE / TRF - 5ª REGIÃO – 2015) No que se refere a bens, assinale a opção correta.
(A) Os bens dominicais, diferentemente dos demais bens públicos, se submetem primordialmente às
regras do direito privado.
(B) Os bens incorpóreos não admitem usucapião, mas, como regra, admitem tutela possessória.
(C) A consuntibilidade que um bem gera é incompatível com a infungibilidade.
(D) A divisibilidade, ou não, de uma coisa, sob o aspecto jurídico, decorre de um critério utilitarista.
(E) Os bens acessórios são aqueles que, não sendo partes integrantes do bem principal, se destinam de
modo duradouro ao uso de outro.

13. (CESPE / DPU – 2015) Considerando a existência de relação jurídica referente a determinado
objeto envolvendo dois sujeitos, julgue o próximo item.

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Aula 03

Caso a referida relação jurídica consista em um negócio jurídico de compra e venda e seu objeto seja um
bem imóvel, não havendo declaração expressa em contrário, será considerado integrante desse imóvel
seu mobiliário, uma vez que o acessório deve seguir o principal.

14. (CESPE / TJ-SE – 2014) Acerca dos bens considerados em si mesmos e dos reciprocamente
considerados, assinale a opção correta.
(A) Desde que separados do bem principal, os frutos e os produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
(B) Não se pode, por simples negócio jurídico, alterar a característica da divisibilidade do bem.
(C) O direito à sucessão aberta será considerado bem móvel se o acervo deixado pelo falecido for
composto apenas por bens móveis.
(D) Os materiais separados de um prédio em decorrência de demolição readquirem a qualidade de bens
móveis.
(E) São considerados bens fungíveis os móveis e os imóveis que possam ser substituídos por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade.

15. (CESPE / TJ-SE – 2014) Julgue os itens a seguir, relativos a pessoas, bens e negócios jurídicos.

Pertenças são bens individuais que podem ser produtos, frutos ou benfeitorias do bem principal.

16. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

Os frutos e os produtos, para que possam ser objeto de negócio jurídico, devem estar separados do bem
principal.

17. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

Os acréscimos sobrevindos ao bem são considerados benfeitorias e passíveis de indenização, ainda que
não haja a intervenção do proprietário, do possuidor ou do detentor.

18. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

As chamadas pertenças são os bens que, considerados parte integrante de outro bem, se destinem ao
uso, serviço ou aformoseamento desse bem.

19. (CESPE / TCE-PB – 2014) Julgue o item a seguir.

Consideram-se benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem, ainda que não


decorram da intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

20. (CESPE / TRT - 8ª REGIÃO – 2013) Separados da coisa que os tiver produzido, os frutos são
considerados
(A) percipiendos.
(B) produtos.
(C) pertenças.

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(D) percebidos.
(E) estantes.

21. (CESPE / TJ-MA – 2013) Julgue o item a seguir no que se refere a disposições gerais do Código
Civil.

Entre os bens reciprocamente considerados, o bem principal é o que existe sobre si, absoluta e
concretamente, e acessório, aquele cuja existência supõe a do principal; assim, quando se vende um
imóvel, o vendedor, de acordo com essa regra, não pode retirar, por exemplo, o condicionador de ar
instalado em um dos cômodos da casa se a retirada não estiver previamente pactuada, uma vez que o
acessório segue o principal.

22. (CESPE / SEFAZ-RS – 2019) De acordo com o Código Civil, terreno destinado ao
estabelecimento de uma autarquia em determinado estado federado é um bem público
==2b92ae==

(A) de uso especial, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.


(B) singular, que é alienável desde que observada a forma como a lei determinar que ocorra esse ato.
(C) dominical, que é alienável desde que observada a forma como a lei determinar que ocorra esse ato.
(D) de uso comum, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.
(E) de uso restrito, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.

23. (CESPE / MPE-PI – 2018) Julgue o item a seguir acerca de direitos da personalidade, de
registros públicos, de obrigações e de bens.

O uso comum dos bens públicos deve ser sempre gratuito; por isso, a cobrança de valores por sua
utilização caracteriza violação ao interesse social.

24. (CESPE / TRF - 1ª REGIÃO – 2017) A respeito de bens públicos, julgue o item subsequente.

Os bens públicos dominicais são inalienáveis.

25. (CESPE / TCE-PA – 2016) Julgue o item subsequente com base nas disposições do Código Civil
acerca de bens, fatos jurídicos e prescrição.

São considerados bens particulares aqueles pertencentes a pessoas jurídicas de direito público interno
às quais se tenha dado estrutura de direito privado.

26. (CESPE / PGE-AM – 2016) Com relação a pessoas jurídicas de direito privado e bens públicos,
julgue o item a seguir.

Consideram-se bens públicos dominicais aqueles que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de
direito público como objeto de direito pessoal ou real, tais como os edifícios destinados a sediar a
administração pública.

27. (CESPE / TJDFT – 2015) A respeito de bens, julgue o item que se segue.

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Os mares classificam-se como bens públicos de uso comum do povo.

28. (CESPE / TJ-SE – 2014) Considerando que Francisco, José e Luiz tenham-se reunido, em
janeiro de 2014, para criar a Associação X, com a finalidade de auxiliar pessoas carentes em
projetos para aquisição de moradia, além de ajudar a executar projetos de construção e
cadastramento dos demais associados, no âmbito de programas governamentais e
assistenciais, julgue os itens subsequentes.

Em regra, os bens vinculados à Associação X adquiridos por Francisco, José e Luiz não serão
considerados bens públicos, ainda que a entidade venha a desenvolver atividade de cunho social.

29. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

Há entendimento pacífico no Supremo Tribunal Federal no sentido de que os bens dominicais não
podem ser adquiridos por usucapião, contudo, observadas as exigências de lei, podem ser alienados.

30. (CESPE / CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) Com relação aos bens, julgue o item seguinte.

Os bens de uso especial, como escolas públicas, delegacias e fóruns, podem ser alienados; ao passo que
os bens dominicais são inalienáveis, enquanto conservarem sua qualificação.

31. (CESPE / TCE-PB – 2014) A respeito dos Bens Públicos, julgue o item a seguir.

O uso comum dos bens públicos é sempre gratuito.

32. (CESPE / ANCINE – 2013) A respeito dos bens públicos e dos negócios jurídicos, julgue o item
a seguir.

A escola pública é exemplo de bem de uso comum do povo.

33. (CESPE /AGU – 2009) A praça, exemplo típico de bem de uso comum do povo, perderá tal
característica se o poder público tornar seu uso oneroso, instituindo uma taxa de uso, por
exemplo.
34. (CESPE / AGU – 2009) O imóvel público onde esteja localizada uma Procuradoria Regional da
União é considerado bem de uso especial, qualificação que impede a sua alienação.

GABARITO
1. ISS- Aracajú C 6. TJ-AM C
2. PGE-SE A 7. TJ-AM E
3. TCE-PA E 8. TCE-PA E
4. TCE-SC C 9. TCE-RN C
5. TRT - 8ª REGIÃO C 10. TJ-PB C

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11. TJ-PB E 23. MPE-PI E


12. TRF - 5ª REGIÃO D 24. TRF - 1ª REGIÃO E
13. DPU E 25. TCE-PA E
14. TJ-SE D 26. PGE-AM E
15. TJ-SE E 27. TJDFT C
16. Câm. dos Deputados E 28. TJ-SE C
17. Câm. dos Deputados E 29. Câm. dos Deputados C
18. Câm. dos Deputados E 30. Câm. dos Deputados E
19. TCE-PB E 31. TCE-PB E
20. TRT - 8ª REGIÃO D 32. ANCINE E
21. TJ-MA E 33. AGU E
22. SEFAZ-RS A 34. AGU C

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FCC

Bens Reciprocamente Considerados (Art. 92 Ao 97)

1. (FCC / DPE-RS – 2018) Sobre os bens, é correto afirmar:

a) O direito de habitação é um bem móvel.

b) Segundo o Superior Tribunal de Justiça, os aparelhos de adaptação para direção por deficiente físico
são pertenças.

c) A energia extraída de uma usina hidrelétrica é um bem imóvel.

d) Não é possível convencionar a indivisibilidade de bens naturalmente divisíveis e fungíveis.

e) O imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação, de titularidade da Caixa Econômica


Federal, mas ocupado por particular há mais de 15 (quinze) anos, considera-se bem particular,
consoante jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois o direito de habitação é um direito real, e estes direitos são
considerados bens imóveis.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. Acerca dos direitos reais sobre imóveis
e as ações que os asseguram, temos um rol disposto pelo Art. 1225, sendo os bens imóveis: A
propriedade, a superfície, as servidões, o usufruto, o uso, a habitação, o direito do promitente
comprador do imóvel, o penhor, a hipoteca, a anticrese, a concessão de uso especial para fins de
moradia, a concessão de direito real de uso e as enfiteuses ainda existentes. Bem como as ações que os
asseguram, sendo elas: as ações promissórias, as reivindicatórias, as hipotecários, as pignoratícias, etc.

A alternativa B está correta, visto que o Informativo 594 do STJ: “Havendo adaptação de veículo, em
momento posterior à celebração do pacto fiduciário, com aparelhos para direção por deficiente físico, o
devedor fiduciante tem direito a retirá-los quando houver o descumprimento do pacto e a consequente
busca e apreensão do bem”. STJ. 4ª Turma. REsp 1.305.183-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado
em 18/10/2016

Quanto as pertenças, existe uma certa divergência na doutrina. Alguns autores consideram que as
pertenças são coisas acessórias que conservam sua individualidade e autonomia, mas tem com a coisa
principal, de modo duradouro, uma subordinação econômica, para atingir uma finalidade.

No entanto, a pertença não segue a sorte do bem principal, como os bens acessórios. Vide art. 94 do CC:

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se
o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

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Aula 03

A regra é o que está no caput do artigo. O “salvo se” é uma exceção. Desta forma, a afirmativa II não
poderia afirmar que “Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal abrangem as pertenças
de acordo com as circunstâncias do caso”.

O correto seria dizer que os negócios jurídicos podem abranger as pertenças.

Quanto as pertenças o que você tem que saber é que o termo “não pressupõe” foi empregado mais para
diferenciar as pertenças dos bens acessórios. É importante que você entenda que as pertenças não são
bens acessórios. Pertenças recebem a denominação de res anexa (coisa anexada).

Bens acessórios ≠ Pertenças

1. Bens acessórios.

Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja
existência supõe a do principal.

Não há bem acessório sem o principal, a sua existência supõe a do principal. O bem acessório depende
do principal. Dentre os bens acessórios, por exemplo, estão os frutos e os produtos.

Existe um princípio utilizado no direito civil (princípio da gravitação jurídica) que estabelece que o bem
acessório segue o principal, salvo disposição especial em contrário.

2. Pertenças.

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se
o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

A existência deste bem não está subordinada a existência de um bem principal. Um trator destinado à
exploração de atividade agrícola em uma fazenda é um exemplo de uma pertença. (Veja que o trator
pode existir independentemente da fazenda). Na presença de pertenças pode ou não haver um bem tido
como principal (lembrando apenas que pertenças não são consideradas bens acessórios).

Memorize esta associação:

Acessório = subordinado à existência do principal.

Pertenças = não subordinado à existência do principal.

A alternativa C está incorreta, dado que o Código Civil dispõe em seu art. 83 que as energias que tenham
valor econômico são consideradas bens móveis.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

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A alternativa D está incorreta, porque por determinação da lei ou por vontade das partes um bem pode
se tonar indivisível.

Indivisíveis por determinação legal

Os bens indivisíveis por determinação legal são aqueles que a lei não admite divisão (ex.: as servidões,
as hipotecas etc.). A indivisibilidade, nessa hipótese, é jurídica.

Indivisíveis por vontade das partes

Os bens indivisíveis por vontade das partes são os transformados em indivisíveis por convenção das
partes.

Nesse caso, a indivisibilidade é convencional e o acordo tornará a coisa indivisa por prazo não superior
a 5 anos, suscetível de prorrogação ulterior (art. 1.320, §1º - cc).

Se a indivisão for estabelecida pelo doador ou testador, não poderá exceder de 5 anos (art. 1320, §2º -
cc).

Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por
vontade das partes.

A alternativa E está incorreta, pois o informativo 594 do STJ: “O imóvel da Caixa Econômica Federal
vinculado ao Sistema Financeiro de Habitação, como está afetado à prestação de um serviço público,
deve ser tratado como bem público, sendo, pois, imprescritível (insuscetível de usucapião)”. STJ. 3ª
Turma. REsp 1.448.026-PE, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 17/11/2016

2. (FCC / TRT - 11ª REGIÃO – 2017) A respeito dos bens, é correto afirmar que

a) constitui universalidade de fato o complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.

b) os materiais provisoriamente separados de um prédio, mesmo que sejam nele reempregados,


perdem o caráter de imóveis.

c) constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa,
tenham destinação unitária.

d) os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade
das partes.

e) as energias que tenham valor econômico são consideradas bens imóveis para os efeitos legais.

Comentários

A alternativa A está incorreta, visto que a inversão da palavra direito por fato, invalidando assim a
alternativa.

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Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de
valor econômico.

De acordo com o art. 91 não só as coisas, mas também as relações jurídicas podem adquirir valor
econômico, sendo comum que as relações jurídicas venham a ser objeto de negócios jurídicos.
Igualmente como fez com as universalidades de fato, buscando desenvolver mais facilmente os negócios
jurídicos que apresentem essas universalidades de direito como objeto.

A alternativa B está incorreta, uma vez que não perderão o caráter de imóveis.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

O Art. 81 dispõe acerca da imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados de
um prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Eventualmente os demais
bens contidos podem ser destacados do solo sem serem destruídos, dando a este bem um caráter móvel
até que seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como bem imóvel.

A alternativa C está incorreta, visto que apresentou o conceito de universalidade de fato e não
universalidade do direito.

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma
pessoa, tenham destinação unitária.

Forma-se a universalidade de fato pela reunião de bens homogêneos, pertencentes a uma mesma
pessoa, que tenham uma só finalidade econômica. Não sendo toda reunião de bens capazes de
configurar uma universalidade de fato. Sendo necessários que esses bens homogêneos estejam
coordenados, orientados, organizados pela vontade humana para a realização de uma mesma finalidade
econômica.

A alternativa D está correta, dado que está em sintonia com o Código Civil.

Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por
vontade das partes.

O art. 88 admite o legislador que a vontade das partes ou mesmo a lei determine que um bem
naturalmente divisível torne-se indivisível. Porém é mais comum que a indivisibilidade do bem decorra
de sua própria natureza

A alternativa E está incorreta, porque as energias com valor econômico são consideradas bens móveis
para efeitos legais.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico, tem a natureza
jurídica de bem móvel.

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3. (FCC / SEGEP-MA – 2016) Um diamante de formato e brilho únicos, exposto em museu de


artes, e uma piscina que adorna uma casa de veraneio são considerados, pelo Código Civil,
respectivamente, um bem

a) Fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.

b) Fungível e divisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.

c) Fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina.

d) Infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina.

e) Infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, uma vez que o diamante não é fungível ele não pode ser substituído por
outro devido ao seu formato e brilho único, as demais definições estão corretas.

Os Bens Infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade. Ou seja, são aqueles que são únicos, são personalizados. Diferente dos bens
fungíveis, especificados no art. 85 que trata dos bens que podem ser substituídos por outros
equivalentes.

A alternativa B está incorreta, dado que o diamante não pode ser fungível nem divisível.

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

De acordo com o disposto no artigo 85 do Código Civil, serão equivalentes entre si os bens que forem da
mesma espécie, qualidade e quantidade.

Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.

Segundo o art. 87 são bens divisíveis aqueles que mesmo estando fracionados não perdem e nem
alteram a sua substância, sendo assim não há uma considerável diminuição de valor ou prejuízo do uso
a que se destinam.

A alternativa C está incorreta, como já visto o diamante não pode ser fungível, pois este é insubstituível,
outro erro está ao classificar a piscina como benfeitoria útil uma vez que está é benfeitoria voluptuária.

Art. 96. § 2º. São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

Benfeitoria útil é a benfeitoria que não é necessária e que aumente o valor do bem. Tem o caráter de
melhoramento do uso, não apenas por prazer. A construção de um novo quarto ou banheiro é um
exemplo.

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Art. 96. § 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

De acordo com o art. 96 as benfeitorias voluptuárias, diferente das benfeitorias úteis e necessárias, são
feitas para o prazer, mesmo que o valor da coisa seja elevado e torne a coisa mais agradável, o seu uso
habitual não é alterado.

A alternativa D está incorreta, a classificação do diamante está correta, mas a da piscina está incorreta
pois está classificada como benfeitoria útil e o correto é benfeitoria voluptuária.

Art. 96. § 2º. São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

Benfeitoria útil é a benfeitoria que não é necessária e que aumente o valor do bem. Tem o caráter de
melhoramento do uso, não apenas por prazer. A construção de um novo quarto ou banheiro é um
exemplo.

Art. 96. § 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

De acordo com o art. 96 as benfeitorias voluptuárias, diferente das benfeitorias úteis e necessárias, são
feitas para o prazer, mesmo que o valor da coisa seja elevado e torne a coisa mais agradável, o seu uso
habitual não é alterado.

A alternativa E está correta, porque é correto afirmar que o diamante é infungível e indivisível, e a
piscina é uma benfeitoria voluptuária.

Os Bens Infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade. Ou seja, são aqueles que são únicos, são personalizados. Diferente dos bens
fungíveis, especificados no art. 85 que trata dos bens que podem ser substituídos por outros
equivalentes.

Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.

Segundo o art. 87 são bens divisíveis aqueles que mesmo estando divididos não perdem e nem há a
alteração de sua substância, sendo assim não há uma considerável diminuição de valor ou prejuízo do
uso a que se destinam. Sendo assim o diamante é indivisível pois perde parte do seu valor se fracionado.

Art. 96. § 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

De acordo com o art. 96 as benfeitorias voluptuárias, diferente das benfeitorias úteis e necessárias, são
feitas para o prazer, mesmo que o valor da coisa seja elevado e torne a coisa mais agradável, o seu uso
habitual não é alterado.

4. (FCC / PREFEITURA DE TERESINA – PI – 2016) Os bens que, não constituindo partes


integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de
outro bem, denominam-se

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a) Benfeitorias voluptuárias.

b) Produtos.

c) Benfeitorias necessárias.

d) Benfeitorias úteis.

e) Pertenças.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois o art. 96. §1º do CC, caracteriza como benfeitorias voluptuárias as
obras realizadas apenas para a satisfação do prazer, sem que haja elevação do uso habitual.

Art. 96. § 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

De acordo com o art. 96 as benfeitorias voluptuárias, diferente das benfeitorias úteis e necessárias, são
feitas para o prazer, mesmo que o valor da coisa seja elevado e torne a coisa mais agradável, o seu uso
habitual não é alterado.

A alternativa B está incorreta, de acordo com o art. 95, os produtos, que é caracterizado como resultado
de uma produção e tenha finalidade de comercialização, mesmo que não separado do bem, pode ser
objeto de negócio jurídico.

Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de
negócio jurídico.

Os produtos, diferentemente dos frutos, podem sofrer esgotamento com a sua constante retirada, pois
não são produzidos constantemente ou periodicamente por determinados bens.

A alternativa C está incorreta, pois, como dispõe o art. 96 do CC, as benfeitorias necessárias têm caráter
de preservação do imóvel ou o fim de evitar sua deterioração.

Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias

§3 São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

De acordo com o art. 96 quando se tem a finalidade de conservação ou impedir a deterioração do bem,
é caracterizado uma benfeitoria necessária.

A alternativa D está incorreta, pois, segundo o art. 96 do CC, benfeitoria útil é caracterizada por
aumentar o valor do bem e melhorar o uso dele.

Art. 96. § 2º. São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

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Aula 03

Benfeitoria útil é a benfeitoria que não é necessária e que aumente o valor do bem. Tem o caráter de
melhoramento do uso, não apenas por prazer. A construção de um novo quarto ou banheiro é um
exemplo.

A alternativa E está correta, pois, de acordo com o art. 93 do CC, pertenças não constituem partes
integrantes, mas são coisas que auxiliam as outras.

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se
o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

De acordo com o art. 93 e art. 94, as pertenças não seguem a regra dos acessórios, pois não é abrangida
pelos negócios jurídicos que são pertinentes ao bem principal. As pertenças não integram o bem
principal, apenas o auxilia.

5. (FCC / TRT - 1ª REGIÃO – 2016) Sobre os bens reciprocamente considerados, e de acordo com
o que estabelece o Código Civil, considere:

I. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

II. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal abrangem as pertenças de acordo
com as circunstâncias do caso.

III. As benfeitorias úteis são aquelas que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o
tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

IV. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a


intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) II, III e IV.

b) I e II.

c) I e IV.

d) I, II e III.

e) I, II e IV.

Comentários:

Afirmativa I está correta, de acordo com o art. 93, as pertenças não fazem parte integrante do bem
principal, mas são auxiliares do bem.

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Paulo H M Sousa
Aula 03

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro

De acordo com o art. 93, as pertenças não seguem a regra dos acessórios, pois não é abrangida pelos
negócios jurídicos que são pertinentes ao bem principal. As pertenças não integram o bem principal,
apenas o auxilia.

Afirmativa II está incorreta, de acordo com o art. 94 do CC, as pertenças não obedecem à regra de que o
acessório segue o principal, pois não são partes integrantes do bem.

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se
o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

O art. 94 faz uma inversão da regra de que o acessório segue o principal. Pois a relação que se estabelece
entre a pertença e o principal não é lógica, mas sim econômica, diferente do que ocorre com os bens
acessórios. A simples existência de um bem acessório já pressupõe a existência de um bem principal. O
==2b92ae==

mesmo não ocorre com as pertenças.

Afirmativa III está incorreta, pois, de acordo com o art. 96 do CC, essa descrição cabe às benfeitorias
voluptuárias.

Art. 96. § 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

De acordo com o art. 96 as benfeitorias voluptuárias, diferente das benfeitorias úteis e necessárias, são
feitas para o prazer, mesmo que o valor da coisa seja elevado e torne a coisa mais agradável, o seu uso
habitual não é alterado.

Afirmativa IV está correta, pois, segundo o art. 97 do CC, melhoramentos ou acréscimos sem a
intervenção humana não são benfeitorias.

Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor

De acordo com o art. 97, qualquer melhoramento ou acréscimo que tenha sido feito ao bem sem a
intervenção humana, não é considerado benfeitoria, impedindo que as acessões naturais façam parte
de um objeto de indenização.

A alternativa A está incorreta, pois os itens II e III estão incorretos.

A alternativa B está incorreta, pois o item II está incorreto.

A alternativa C está correta.

A alternativa D está incorreta, pois os itens II e III estão incorretos.

A alternativa E está incorreta, pois o item II está incorreto.

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Aula 03

6. (FCC / TRT - 18ª REGIÃO – 2013) Árvore frutífera incorporada artificialmente ao solo é um
bem;

a) Móvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais não podem ser objeto
de negócio jurídico enquanto estiverem agregados à árvore.

b) Imóvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais podem ser objeto de
negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore.

c) Imóvel, se considerado em si mesmo, e acessório, em relação aos frutos, os quais podem ser objeto
de negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore.

d) Móvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais podem ser objeto de
negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore.

e) Imóvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais não podem ser objeto
de negócio jurídico enquanto estiverem agregados ao principal.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois a árvore é um bem imóvel, como disposto pelo Código Civil:

Art. 79: São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

É errônea também a afirmativa de que os frutos não podem ser objeto de negócio jurídico enquanto
estiverem incorporados na árvore, como dispõe o Art. 95:

Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de
negócio jurídico.

A alternativa B está correta, pois a árvore é considerada imóvel de acordo com o art.79, e os frutos
podem ser objeto de negócio jurídico mesmo que estes não estejam separados da árvore, como prevê o
art. 95.

Como disposto pelo Código Civil:

Art. 79: São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Art. 95: Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de
negócio jurídico.

A alternativa C está incorreta, pois a classificação da árvore é realmente como imóvel, mas ela não é
acessório em relação ao fruto e sim o bem principal, sendo os frutos produzidos seus acessórios.

A alternativa D está incorreta, visto que a árvore é bem imóvel, não bem móvel como traz a alternativa,
de acordo com o disposto pelo Art. 79:

Art. 79: São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

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Aula 03

A alternativa E está incorreta, pois é errônea a afirmativa de que os frutos não podem ser objeto de
negócio jurídico enquanto estiverem incorporados na árvore, pois apesar de ainda não separados da
árvore eles podem, como dispõe o Art. 95:

Art. 95: Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de
negócio jurídico.

7. (FCC / TRT - 6ª REGIÃO – 2012) São benfeitorias úteis

a) As que aumentam ou facilitam o uso do bem.

b) As que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

c) As de deleite ou recreio, embora não aumentem o uso habitual.

d) Somente aquelas que, sem aumentar o uso habitual, tornem mais agradável o bem.

e) As indispensáveis à conservação do bem.

Comentários:

A A alternativa A está correta, pois como está explícito no parágrafo segundo do Art. 96 do CC:

Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

A alternativa B está incorreta, dado que se caracteriza benfeitoria necessária, de acordo com o disposto
pelo Art. 96 do CC:

Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

§ 3º. São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

A alternativa C está incorreta, pois se caracteriza benfeitoria voluptuária, como disposto no Art. 96 do
CC:

As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

§ 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda
que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

A alternativa D está incorreta, dado que caracteriza benfeitoria voluptuária conforme disposto no Art.
96 do Código Civil:

Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

§ 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda
que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

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Aula 03

A alternativa E está incorreta, dado que se enquadra nas benfeitorias necessárias, como expresso no
Art. 96 do CC:

Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

§ 3º. São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

8. (FCC / TRF - 2ª REGIÃO – 2012) No tocante à classificação de bens, segundo o Código Civil
brasileiro, considere as seguintes benfeitorias realizadas em um apartamento tipo cobertura
com trinta anos de construção visando a habitação de um casal de meia idade, sem filhos:

I. Impermeabilização do terraço com a aplicação de manta e colocação de pisos novos.

II. Substituição da fiação elétrica do apartamento.

III. Colocação de tela nas varandas.

IV. Criação de painel de pastilhas azuis com mosaico na entrada do apartamento visando
diferenciá-la do apartamento vizinho.

V. Construção de um lavabo em parte da sala de almoço.

Com relação aos bens reciprocamente considerados, são benfeitorias úteis as indicadas APENAS
em

a) IV e V.

b) I, II, III e V.

c) I, III e V.

d) III e V.

e) I, II e III.

Comentários:

I. A Impermeabilização do terraço com a aplicação de manta e colocação de pisos novos é uma


Benfeitoria Necessária, que são aquelas destinadas a conservação do bem, para evitar que este se
deteriore. Como disposto no § 3º do art. 96:

Art. 96. § 3º. São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

II. Substituição da fiação elétrica do apartamento é uma Benfeitoria Necessária, sendo estas Benfeitorias
Necessárias aquelas destinadas a conservação do bem, para evitar que este se deteriore. Sendo
expressas no § 3º do art. 96:

Art. 96. § 3º. São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

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Aula 03

III. Colocação de tela nas varandas é uma Benfeitoria Útil.

As Benfeitorias Úteis são as que aumentam ou facilitam o uso da coisa, e estão previstas no § 2º do art.
96:

Art. 96. § 2º. São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

O que não for benfeitoria necessária e que aumente o valor do bem será considerado benfeitoria útil.

IV. Criação de painel de pastilhas azuis com mosaico na entrada do apartamento visando diferenciá-la
do apartamento vizinho é uma Benfeitoria Voluptuária, sendo estas aquelas benfeitorias feitas para o
prazer, que não aumentam o uso habitual da coisa, mas a tornam mais agradável e seu valor é elevado.
São as benfeitorias voluptuárias dispostas no § 1º do art. 96:

Art. 96. § 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

V. Construção de um lavabo em parte da sala de almoço é uma benfeitoria útil, sendo as Benfeitorias
Úteis as que aumentam ou facilitam o uso da coisa, podendo também ter tão somente o intuito de
melhorar a qualidade ou conforto. A benfeitoria útil é expressa no § 2º do art. 96:

Art. 96. § 2º. São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

O que não for benfeitoria necessária e que aumente o valor do bem será considerado benfeitoria útil.

A alternativa A está incorreta, uma vez que o item IV traz uma benfeitoria voluptuária.

A alternativa B está incorreta, dado que I e II benfeitorias necessárias.

A alternativa C está incorreta, porque traz o item I que é uma benfeitoria necessária.

A alternativa D está correta, visto que tanto o item III, quanto V são benfeitorias úteis

A alternativa E está incorreta, já que os itens I e II são benfeitorias necessárias.

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Aula 03

FCC

Bens Reciprocamente Considerados (Art. 92 Ao 97)

1. (FCC / DPE-RS – 2018) Sobre os bens, é correto afirmar:

a) O direito de habitação é um bem móvel.

b) Segundo o Superior Tribunal de Justiça, os aparelhos de adaptação para direção por deficiente físico
são pertenças.

c) A energia extraída de uma usina hidrelétrica é um bem imóvel.

d) Não é possível convencionar a indivisibilidade de bens naturalmente divisíveis e fungíveis.

e) O imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação, de titularidade da Caixa Econômica


Federal, mas ocupado por particular há mais de 15 (quinze) anos, considera-se bem particular,
consoante jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.

2. (FCC / TRT - 11ª REGIÃO – 2017) A respeito dos bens, é correto afirmar que

a) constitui universalidade de fato o complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.

b) os materiais provisoriamente separados de um prédio, mesmo que sejam nele reempregados,


perdem o caráter de imóveis.

c) constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa,
tenham destinação unitária.

d) os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade
das partes.

e) as energias que tenham valor econômico são consideradas bens imóveis para os efeitos legais.

3. (FCC / SEGEP-MA – 2016) Um diamante de formato e brilho únicos, exposto em museu de


artes, e uma piscina que adorna uma casa de veraneio são considerados, pelo Código Civil,
respectivamente, um bem

a) Fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.

b) Fungível e divisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.

c) Fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina.

d) Infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina.

e) Infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.

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Aula 03

4. (FCC / PREFEITURA DE TERESINA – PI – 2016) Os bens que, não constituindo partes


integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de
outro bem, denominam-se

a) Benfeitorias voluptuárias.

b) Produtos.

c) Benfeitorias necessárias.

d) Benfeitorias úteis.

e) Pertenças.

5. (FCC / TRT - 1ª REGIÃO – 2016) Sobre os bens reciprocamente considerados, e de acordo com
==2b92ae==

o que estabelece o Código Civil, considere:

I. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

II. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal abrangem as pertenças de acordo
com as circunstâncias do caso.

III. As benfeitorias úteis são aquelas que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o
tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

IV. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a


intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) II, III e IV.

b) I e II.

c) I e IV.

d) I, II e III.

e) I, II e IV.

6. (FCC / TRT - 18ª REGIÃO – 2013) Árvore frutífera incorporada artificialmente ao solo é um
bem;

a) Móvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais não podem ser objeto
de negócio jurídico enquanto estiverem agregados à árvore.

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Aula 03

b) Imóvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais podem ser objeto de
negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore.

c) Imóvel, se considerado em si mesmo, e acessório, em relação aos frutos, os quais podem ser objeto
de negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore.

d) Móvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais podem ser objeto de
negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore.

e) Imóvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais não podem ser objeto
de negócio jurídico enquanto estiverem agregados ao principal.

7. (FCC / TRT - 6ª REGIÃO – 2012) São benfeitorias úteis

a) As que aumentam ou facilitam o uso do bem.

b) As que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

c) As de deleite ou recreio, embora não aumentem o uso habitual.

d) Somente aquelas que, sem aumentar o uso habitual, tornem mais agradável o bem.

e) As indispensáveis à conservação do bem.

8. (FCC / TRF - 2ª REGIÃO – 2012) No tocante à classificação de bens, segundo o Código Civil
brasileiro, considere as seguintes benfeitorias realizadas em um apartamento tipo cobertura
com trinta anos de construção visando a habitação de um casal de meia idade, sem filhos:

I. Impermeabilização do terraço com a aplicação de manta e colocação de pisos novos.

II. Substituição da fiação elétrica do apartamento.

III. Colocação de tela nas varandas.

IV. Criação de painel de pastilhas azuis com mosaico na entrada do apartamento visando
diferenciá-la do apartamento vizinho.

V. Construção de um lavabo em parte da sala de almoço.

Com relação aos bens reciprocamente considerados, são benfeitorias úteis as indicadas APENAS
em

a) IV e V.

b) I, II, III e V.

c) I, III e V.

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d) III e V.

e) I, II e III.

GABARITO
1. DPE-RS B
2. TRT - 11ª REGIÃO D
3. SEGEP-MA E
4. Pref. de Teresina/PI E
5. TRT - 1ª REGIÃO C
6. TRT - 18ª REGIÃO B
7. TRT - 6ª REGIÃO A
8. TRF - 2ª REGIÃO D

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VUNESP

Bens Reciprocamente Considerados (Art. 92 Ao 97)

1. (VUNESP/ PC-SP – 2018) Sobre as diferentes classes de bens, assinale a alternativa correta.

(A) Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma
pessoa, tenham destinação unitária.

(B) Os bens naturalmente divisíveis só podem tornar-se indivisíveis por determinação legal.

(C) São bens imóveis o solo, o subsolo e o espaço aéreo e apenas o que se lhe incorporar artificialmente.

(D) Consideram-se bens móveis as energias que tenham valor econômico e o direito à sucessão aberta.

(E) Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio
jurídico.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. De acordo com o CC/2002, constitui universalidade de direito, na


verdade, o complexo de relações jurídicas, ou seja, o conjunto de relações jurídicas (vínculo entre duas
ou mais pessoas, ao qual as normas jurídicas acarretam efeitos) que pertencem a uma pessoa, porém,
não as que tenham destinação unitária e, sim econômico, como determina o art. 91. Constitui
universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens naturalmente divisíveis (aqueles que
podem ser divididos naturalmente sem perder a sua substancia, por exemplo, herança), podem tornar-
se indivisíveis (aqueles que naturalmente não pode ser divisíveis, pois, perderiam a sua substancia, por
exemplo uma mesa, um computador, etc.), por determinação legal, ou seja, quando a lei assim o ordenar
ou ainda, por vontade das partes, como seria o caso de as partes requererem a alteração de modalidade
dos bens, vejamos: Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por
determinação da lei ou por vontade das partes.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, são considerados bens imóveis o solo e tudo
aquilo que o incorpora natural ou artificialmente, não havendo o que se falar em espaço aéreo e o que
lhe incorpora natural ou artificialmente. Vejamos: art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe
incorporar natural ou artificialmente.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, as energias que possuem valor econômico
(ou seja, as energias que geram valor econômico, como hidrelétrica, eólica, etc.), realmente são
consideradas como sendo bens móveis, contudo, o direito à sucessão aberta (ou seja, o direito à herança)
é caracterizada como sendo bens imóveis para fins legais, vejamos: Art. 80. Consideram-se imóveis para
os efeitos legais: II - o direito à sucessão aberta. Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I -
as energias que tenham valor econômico.

A alternativa E está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, mesmo que ainda
não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de um negócio jurídico, como
por exemplo, uma laranjeira (bem principal), pode ter seus frutos (laranjas) como sendo objetos de uma

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Aula 03

negociação de compra e venda. Vejamos: Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os
frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

Gabarito: Letra E.

2. (VUNESP/ PGM-SP – 2014) Gustavo e sua família passaram a ocupar bem público dominical
de 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados), em área urbana, utilizando-o como
moradia da família e realizando diversas benfeitorias úteis e voluptuárias. O bem estava sem
utilização pela Administração Pública, mas, passados 5 (cinco) anos, o município pretendia
utilizá-lo para determinadas funções. Assim, foi ajuizada ação com o objetivo de retirar a
família do local. Nesse panorama, partindo da premissa que a família sabia se tratar de bem
público, é correto afirmar que

(A) de acordo com as características do imóvel, o instituto da usucapião beneficia a família.


==2b92ae==

(B) o município deverá indenizar pelas benfeitorias úteis, mas não pelas voluptuárias.

(C) a retirada da família do imóvel urbano só é possível após as indenizações pelas benfeitorias
realizadas.

(D) o município tem pretensão de retomada do bem, independentemente de qualquer indenização.

(E) de acordo com as características do imóvel, o instituto da usucapião beneficia a família tão somente
se não forem proprietários de outro imóvel.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens dominicais, por exemplo, terrenos
da marinha, terras devolutas, prédios de renda, etc., são considerados como sendo bens públicos,
portanto, não estão sujeitos a usucapião. Vejamos: Art. 99. São bens públicos: III - os dominicais, que
constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou
real, de cada uma dessas entidades. Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa B está incorreta. Gustavo e sua família, no caso em tela, são considerados meros
detentores que, de acordo com a doutrina “são aqueles que, achando-se em relação de dependência para
com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. Aquele
que começou a comportar-se do modo especificado, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se
detentor, até que prove o contrário”, por isso não terão direito de retenção pelas benfeitorias realizadas,
tampouco direito a indenização pelas acessões, ainda que as benfeitorias tenham sido realizadas de boa-
fé, como determina o CC/2002, vejamos: Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou
acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

A alternativa C está incorreta. Gustavo e sua família, no caso em tela, são considerados meros
detentores, de acordo com a doutrina “são aqueles que, achando-se em relação de dependência para
com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. Aquele
que começou a comportar-se do modo especificado, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se
detentor, até que prove o contrário”, por isso não terão direito de retenção pelas benfeitorias realizadas,

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tampouco direito a indenização pelas acessões, ainda que as benfeitorias tenham sido realizadas de boa-
fé, como determina o CC/2002, vejamos: Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou
acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. Ademais, a
retirada da família, pode ser em qualquer tempo, desde que a entidade pública responsável pelo bem
ocupado assim o requeira.

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. Gustavo e sua família, no caso em tela, são
considerados meros detentores que, de acordo com a doutrina “são aqueles que, achando-se em relação
de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou
instruções suas. Aquele que começou a comportar-se do modo especificado, em relação ao bem e à outra
pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário”, por isso não terão direito de retenção pelas
benfeitorias realizadas, tampouco direito a indenização pelas acessões, ainda que as benfeitorias
tenham sido realizadas de boa-fé, como determina o CC/2002, vejamos: Art. 97. Não se consideram
benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário,
possuidor ou detentor.

A alternativa E está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens dominicais, são considerados como
sendo bens públicos, portanto, não estão sujeitos a usucapião. Vejamos: Art. 99. São bens públicos: III -
os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de
direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a
usucapião.

Gabarito: Letra D.

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VUNESP

Bens Reciprocamente Considerados (Art. 92 Ao 97)

1. (VUNESP/ PC-SP – 2018) Sobre as diferentes classes de bens, assinale a alternativa correta.

(A) Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma
pessoa, tenham destinação unitária.

(B) Os bens naturalmente divisíveis só podem tornar-se indivisíveis por determinação legal.

(C) São bens imóveis o solo, o subsolo e o espaço aéreo e apenas o que se lhe incorporar artificialmente.

(D) Consideram-se bens móveis as energias que tenham valor econômico e o direito à sucessão aberta.

(E) Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio
jurídico.

2. (VUNESP/ PGM-SP – 2014) Gustavo e sua família passaram a ocupar bem público dominical
de 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados), em área urbana, utilizando-o como
moradia da família e realizando diversas benfeitorias úteis e voluptuárias. O bem estava sem
utilização pela Administração Pública, mas, passados 5 (cinco) anos, o município pretendia
utilizá-lo para determinadas funções. Assim, foi ajuizada ação com o objetivo de retirar a
família do local. Nesse panorama, partindo da premissa que a família sabia se tratar de bem
público, é correto afirmar que

(A) de acordo com as características do imóvel, o instituto da usucapião beneficia a família.

(B) o município deverá indenizar pelas benfeitorias úteis, mas não pelas voluptuárias.

(C) a retirada da família do imóvel urbano só é possível após as indenizações pelas benfeitorias
realizadas.

(D) o município tem pretensão de retomada do bem, independentemente de qualquer indenização.

(E) de acordo com as características do imóvel, o instituto da usucapião beneficia a família tão somente
se não forem proprietários de outro imóvel.

GABARITO
1. PC-SP E
2. PGM-SP D

1
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Paulo H M Sousa
Aula 03

FGV

Demais Bens Considerados Em Si Mesmos (Art. 85 Ao 91)

1. (FGV - MPE-BA - Estagiário de Direito - 2022) Araújo ficou admirado com o caminhão de um
colega e fez uma proposta para comprá-lo, que foi prontamente aceita pelo vendedor. Ocorre
que, quando o veículo foi entregue, não estava mais com o equipamento de monitoramento
eletrônico por GPS, que, quando examinado por Araújo, estava encaixado no painel. Como
eles não tinham combinado nada sobre o equipamento, o vendedor o retirou antes de fazer a
entrega do bem. O vendedor agiu:

A) corretamente, pois o equipamento é uma pertença;

B) corretamente, pois o equipamento é um fruto;

C) equivocadamente, pois o equipamento é uma parte integrante;

D) equivocadamente, pois o equipamento é um produto;

E) equivocadamente, pois o equipamento é um acessório.

Comentários:

A alternativa A está correta e, é o gabarito da questão pois o GPS é uma pertença, haja vista que não
constitui parte integrante, ou seja, não é indispensável para a integridade do caminhão e, se destina ao
serviço do mesmo, conforme dita o art. 93 do CC (“Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo
partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de
outro”). Sendo assim, levando-se em consideração que as partes não acordaram nada sobre o
equipamento, a alienação não abrange a pertença, nos termos do art. 94 do CC: “Art. 94. Os negócios
jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar
da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso”.

A alternativa B está incorreta, pois não se trata de fruto, mas sem de uma pertença.

A alternativa C está incorreta, pois o equipamento GPS não é parte integrante do caminhão, haja vista
que não é indispensável para a manutenção da integridade do caminhão.

A alternativa D está incorreta, pois o equipamento GPS é uma pertença e não um fruto ou produto.

A alternativa E está incorreta, pois não se trata de acessório, uma vez que o equipamento GPS não
pressupõe a existência de nenhum bem principal, conforme determinação do art. 92 do CC: “Art. 92.
Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe
a do principal”.

1
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Paulo H M Sousa
Aula 03

2. (FGV / TJDFT – Oficial de Justiça Avaliador Federal- 2022) Matos, animado com a herança que
recebeu, decidiu realizar algumas obras na sua casa: construiu uma piscina no jardim, trocou
a fiação elétrica deteriorada da cozinha, com risco de curto-circuito, construiu um banheiro
no quarto da filha, instalou corrimãos nas escadas e, por fim, ia construir um lago, mas
desistiu quando verificou que um já havia se formado naturalmente, com a depressão natural
da terra e as águas das intensas chuvas dos últimos meses. Diante disso, é correto afirmar
que:

(A) o lago e a piscina, por tornarem mais agradável o uso do bem, são considerados benfeitorias
voluptuárias;

(B) a troca da fiação elétrica e a construção do banheiro no quarto da filha são consideradas benfeitorias
necessárias;

(C) o banheiro construído no quarto da filha e a instalação de corrimãos são considerados benfeitorias
úteis;

(D) a piscina e a troca da fiação elétrica podem ser consideradas benfeitorias necessárias;

(E) o lago e a instalação de corrimãos podem ser considerados benfeitorias úteis.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois apenas a piscina é uma benfeitoria voluptuária conforme o art. 96,
§1º do CC (Art. 96. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual
do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor), no entanto, o lago, como não
teve intervenção do proprietário, não é considerado benfeitoria, nos termos do art. 97 do CC/2002: “Art.
97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor”.

A alternativa B está incorreta, pois somente a troca da fiação pode ser considerada benfeitoria
necessária, uma vez que era imprescindível para a manutenção do imóvel (“Art. 96. §3º São necessárias
as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore”). Já o banheiro construído trata-se de
benfeitoria útil, uma vez que fora construído para aumentar e/ou facilitar o uso do imóvel (“Art. 96. §2º
São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem”).

A alternativa C está correta, pois a construção de ambos os bens aumenta e facilita o uso do imóvel,
caracterizando-se, portanto, como benfeitorias úteis, nos termos do art. 96, §2º do CC: “Art. 96. § 2º São
úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem”.

A alternativa D está incorreta, pois como já analisado, apenas a troca dos fios pode ser considerada
uma benfeitoria necessária, enquanto a piscina trata-se de uma benfeitoria voluptuária.

A alternativa E está incorreta, pois apenas a instalação dos corrimões é uma benfeitoria útil, quanto ao
lago, este não pode ser considerado uma benfeitoria.

2
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Aula 03

3. (FGV/TJDFT - Técnico Judiciário – 2022) Viriato é proprietário de uma casa de vila na cidade
de Teresina. Desde quando se mudou para o imóvel, há cerca de vinte anos, realizou algumas
melhorias no local. Logo de início, plantou uma árvore frutífera no quintal da casa. Alguns
anos depois, após uma infiltração, trocou o piso do banheiro por lajotas novas. Há três anos,
instalou na esquadria da janela da sala um aparelho de arcondicionado. Recentemente,
Viriato recebeu um visitante interessado em comprar o imóvel; após conhecer a casa, o
comprador ofereceu um preço atrativo e ambos celebraram o contrato de compra e venda.
Considerando que nenhum acordo específico tenha sido feito entre as partes a respeito das
melhorias feitas por Viriato, é correto considerar que, antes de entregar a casa ao comprador,
Viriato poderá, se quiser:

(A) derrubar a árvore do quintal e desinstalar o aparelho de arcondicionado;

(B) desinstalar o aparelho de ar-condicionado e quebrar as lajotas do piso do banheiro;

(C) quebrar as lajotas do piso do banheiro e colher para si os frutos já maduros da árvore;

(D) colher para si os frutos já maduros da árvore e em seguida derrubá-la;

(E) desinstalar o aparelho de ar-condicionado e colher para si os frutos já maduros da árvore.

Comentários:

A alternativa E está correta. Segundo o CC/2002, consideram-se imóveis os bens incorporados artificial
ou naturalmente ao solo, logo, a árvore deve ser considerada imóvel, nos termos do art. 79: “Art.
79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente”. Assim, ela deve
integrar o negócio jurídico como parte do imóvel alienado. Ao contrário, seus frutos podem ou não fazer
parte do negócio, em razão do expresso pelo art. 95: “Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem
principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico”. Logo, Viriato poderia
ocasionalmente, colhê-los. Quanto ao ar-condicionado, este trata-se de pertença, conforme o art. 93:
“Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro”. Sendo pertença e não uma benfeitoria
necessária, poderá, portanto, ser retirado do imóvel. Quanto as demais benfeitorias, como o piso do
banheiro, estas são benfeitorias necessárias (Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou
necessárias. § 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore”),
devendo, portanto, integrar o bem.

Assim, Viriato poderá somente desinstalar o ar-condicionado e colher para si os frutos já maduros da
árvore.

4. (FGV - TJ-RS - Oficial de Justiça- 2020) O direito civil identifica e classifica os diferentes tipos
de bens, com o objetivo de facilitar a aplicação do direito ao caso concreto. De acordo com o
Código Civil brasileiro, é correto afirmar que os bens:

(A) fungíveis e móveis podem ser substituídos por outros de mesma espécie e quantidade;

3
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Aula 03

(B) singulares incluem os que se consideram de per si independentemente dos demais, embora
reunidos;

(C) imóveis incluem tudo que for incorporado ao solo, desde que seja de forma natural, inclusive o
próprio solo;

(D) móveis são suscetíveis de movimento próprio sem alteração da substância ou destinação econômica
e social, exceto os bens de remoção por força alheia;

(E) divisíveis podem ser fracionados sem alterar sua substância, mesmo com diminuição considerável
de valor, desde que sem prejuízo do uso a que se destina.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. O art. 85 do Código Civil traz a definição do que se considera bem
fungível, trazendo que: “São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.”. Ou seja, são bens substituíveis por bens de mesma natureza.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 89 do Código Civil: “São
singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.”. Ou
seja, mesmo reunidos mantém sua independência, sua autonomia. Essa classificação se dá para
distinção dos bens simples, que são os que dependem de um todo para tornar-se identificável.

A alternativa C está incorreta. O art. 79 do Código Civil consagra a conceituação bem aceita pelo código,
trazendo em sua redação que: "São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar naturalmente
ou artificialmente.".

A alternativa D está incorreta. O art. 82 do Código Civil define os bens móveis ao dizer que: “São móveis
os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância
ou da destinação econômico-social.”. Dividem-se em bens móveis propriamente ditos, como os trazidos
pelo artigo; e semoventes, categoria de bens que tem movimentação própria, como animais.

A alternativa E está incorreta. Diferentemente da fungibilidade, que trata da possibilidade de


substituição do bem, ou seja, de ser único ou não. A Indivisibilidade trata da substância do item, sendo
que o bem indivisível perde sua essência ao ser fracionado, causando perda de valor, prejuízo ou
impossibilidade ao que se destinava. De acordo com o art. 87 do Código Civil: “Bens divisíveis são os que
se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do
uso a que se destinam.”.

GABARITO: B

5. (FGV / PREFEITURA DE PAULÍNIA – SP – 2015) Quanto à classificação dos bens, é correto


afirmar que:

(A) Um veículo é considerado uma universalidade de fato;

4
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Aula 03

(B) Um jogo de pneus é considerado uma universalidade de direito;

(C) Uma frota de veículos, coletivamente considerada, é uma universalidade de fato;

(D) Um veículo emplacado e cadastrado individualmente, é um bem fungível;

(E) Um caminhão é considerado consumível.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Em se tratando de veículo este na verdade é considerado, de acordo com
o art. 89 do CC/2002 como sendo um bem singular, já que é considerado per si, independente dos
demais, vejamos: art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si,
independentemente dos demais.

A alternativa B está incorreta. Os pneus são uma universalidade de fato, uma vez que constituem um
conjunto de bens singulares, como dita o art. 90 do CC/2002, vejamos: art. 90. Constitui universalidade
de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

A alternativa C está correta. Uma frota de veículos, quando coletivamente considerados, constituem
uma universalidade de fato. Como exemplo, pode-se citar uma galeria de obras de arte, onde,
dependendo da vontade de seu dono, pode ser vendida a totalidade da universalidade, ou ainda, de
acordo com o parágrafo único do art. 90, do CC/2002, cada bem pode ser considerado individualmente
e vendido separadamente. Vejamos: Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens
singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Parágrafo único. Os bens que
formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.

A alternativa D está incorreta. Neste ponto, a doutrina diverge em alguns aspectos. Alguns autores
defendem que os carros são considerados infungíveis por conta de sua numeração de chassi e/ou de
motor, outros afirmam que um carro pode ser fungível, se for de série normal, mas que pode, também,
ser infungível se tiver “certa preparação de motor, certas adaptações e certos acessórios” (Venosa). De
toda sorte, o CC/2002 descreve os bens fungíveis como sendo aqueles móveis que podem substituir-se
por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Vejamos: art. 85. São fungíveis os móveis que
podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

A alternativa E está incorreta. Um caminhão é considerado inconsumível. Bens inconsumíveis são


aqueles bens que podem ser usados de forma continuada e mesmo assim não perderão sua substância,
nem serão destruídos. Claro que, se analisarmos rigorosamente, toda coisa um dia irá se consumir,
acabar-se, mas, aqui, o que levamos em consideração é se esta destruição se dá no primeiro uso ou não.
Sendo assim, de acordo com o art. 86 do CC/2002, são consumíveis, na verdade, “os bens móveis cujo
uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados
à alienação”.

Gabarito: Letra C.

6. (FGV / PROCEMPA – 2014) Segundo o Código Civil, os bens móveis que podem ser
substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade são denominados

(A) Bens consumíveis.

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Aula 03

(B) Bens fungíveis.

(C) Bens reciprocamente considerados.

(D) Bens singulares.

(E) Bens públicos.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Bens consumíveis, segundo o art. 86, do CC/2002: “São consumíveis os
bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados
tais os destinados à alienação”. Um exemplo básico, são bens comestíveis, frutas, comidas, etc.

A alternativa B está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, em seu art. 85: “São
fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade”.
==2b92ae==

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, bens reciprocamente considerados são
aqueles presentes no capítulo II do Livro II, o qual abarca os arts. 92 a 97, vejamos:

Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja
existência supõe a do principal.

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Um exemplo básico presente no dia a
dia, seria o rádio de um carro.

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se
o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de
negócio jurídico.

Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda
que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. Um exemplo básico do dia a dia seria uma
piscina colocada em uma casa alugada.

§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. Por exemplo, uma cobertura em uma garagem
em uma casa.

§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. Por exemplo, a piscina colocada em uma casa
alugada pelo inquilino.

6
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Aula 03

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, em seu art. 89: “São singulares os bens que,
embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais”.

A alternativa E está incorreta. De acordo com o CC/2002, em seu art. 98: “São públicos os bens do
domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são
particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem”.

Gabarito: Letra B.

7. (FGV / PREFEITURA DE OSASCO – SP – 2014) São considerados bens fungíveis:

(A) Os imóveis estabelecidos por Lei ou pela vontade das partes contratantes;

(B) Os consumíveis;

(C) Os divisíveis;

(D) Os que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade;

(E) Os que podem ser fracionados sem que haja dano ou alteração em sua substância.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Os imóveis estabelecidos por Lei ou pela vontade das partes
contratantes, como o próprio nome já indica, são imóveis, enquanto que fungíveis. De acordo com o art.
85, do CC/2002: são os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade
e quantidade.

A alternativa B está incorreta. Os bens consumíveis de acordo com o art. 86 do CC/2002, são os bens
móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais
os destinados à alienação, por exemplo, uma fruta, que logo é consumida, enquanto que os fungíveis são
os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, por
exemplo, uma moeda de dez centavos que não seja item de colecionador, pode ser substituída por
qualquer outra moeda de dez centavos.

A alternativa C está incorreta. Os bens divisíveis de acordo com o art. 87 do CC/2002, são os que se
podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso
a que se destinam, como por exemplo, uma herança, mesmo que se dividam os bens, permanecerá sendo
herança, enquanto que os fungíveis são os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade, como por exemplo, uma moeda de dez centavos que não seja item de
colecionador, pode facilmente ser substituída por outra moeda de dez centavos.

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, em seu art. 85,
fungíveis são os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade. Vejamos: art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade.

A alternativa E está incorreta. Os bens que podem ser fracionados sem que haja dano ou alteração em
sua substância, de acordo com o art. 87, do CC/2002 são os bens denominados como divisíveis, vejamos:

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Aula 03

art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam, como por exemplo uma herança, apesar da
divisão dos bens, permanecerá sendo herança.

Gabarito: Letra D.

8. (FGV / SEFAZ-MS – 2006) Como se chamam os bens que podem ser substituídos por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade?

(A) Fungíveis.

(B) Infungíveis.

(C) Consumíveis.

(D) Não-consumíveis.

(E) Permutáveis.

Comentários:

A alternativa A está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, art. Art. 85, os bens
que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade são denominados
bens fungíveis, como se observa na literalidade da lei: “São fungíveis os móveis que podem substituir-
se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade”.

A alternativa B está incorreta. São infungíveis os bens que não podem ser substituídos por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade, como por exemplo um quadro de um pintor ilustre, este possui
características impares que o distinguem de outros quadros, ou seja, apesar e ser um quadro, não
poderá ser substituído por qualquer outro.

A alternativa C está incorreta. Consumíveis, de acordo com o CC/2002, são os bens móveis, os quais o
uso significará a destruição imediata da própria substância, de maneira que são considerados também
aqueles destinados a venda. Vejamos: Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa
destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.

A alternativa D está incorreta. Não-consumíveis são os bens móveis cujo seu uso não implica sua
destruição, diferentemente dos bens consumíveis analisados na assertiva anterior, estes bens são
destinados a durabilidade.

A alternativa E está incorreta. Bens permutáveis são aqueles destinados a troca ou venda. Dada tal
característica, não há o que se falar sobre esta qualidade de bens serem bens que podem ser substituídos
por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade

Gabarito: Letra A.

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Demais Bens Considerados Em Si Mesmos (Art. 85 Ao 91)

1. (FGV - MPE-BA - Estagiário de Direito - 2022) Araújo ficou admirado com o caminhão de um
colega e fez uma proposta para comprá-lo, que foi prontamente aceita pelo vendedor. Ocorre
que, quando o veículo foi entregue, não estava mais com o equipamento de monitoramento
eletrônico por GPS, que, quando examinado por Araújo, estava encaixado no painel. Como
eles não tinham combinado nada sobre o equipamento, o vendedor o retirou antes de fazer a
entrega do bem. O vendedor agiu:

A) corretamente, pois o equipamento é uma pertença;

B) corretamente, pois o equipamento é um fruto;

C) equivocadamente, pois o equipamento é uma parte integrante;

D) equivocadamente, pois o equipamento é um produto;

E) equivocadamente, pois o equipamento é um acessório.

2. (FGV / TJDFT – Oficial de Justiça Avaliador Federal- 2022) Matos, animado com a herança que
recebeu, decidiu realizar algumas obras na sua casa: construiu uma piscina no jardim, trocou
a fiação elétrica deteriorada da cozinha, com risco de curto-circuito, construiu um banheiro
no quarto da filha, instalou corrimãos nas escadas e, por fim, ia construir um lago, mas
desistiu quando verificou que um já havia se formado naturalmente, com a depressão natural
da terra e as águas das intensas chuvas dos últimos meses. Diante disso, é correto afirmar
que:

(A) o lago e a piscina, por tornarem mais agradável o uso do bem, são considerados benfeitorias
voluptuárias;

(B) a troca da fiação elétrica e a construção do banheiro no quarto da filha são consideradas benfeitorias
necessárias;

(C) o banheiro construído no quarto da filha e a instalação de corrimãos são considerados benfeitorias
úteis;

(D) a piscina e a troca da fiação elétrica podem ser consideradas benfeitorias necessárias;

(E) o lago e a instalação de corrimãos podem ser considerados benfeitorias úteis.

3. (FGV/TJDFT - Técnico Judiciário – 2022) Viriato é proprietário de uma casa de vila na cidade
de Teresina. Desde quando se mudou para o imóvel, há cerca de vinte anos, realizou algumas

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melhorias no local. Logo de início, plantou uma árvore frutífera no quintal da casa. Alguns
anos depois, após uma infiltração, trocou o piso do banheiro por lajotas novas. Há três anos,
instalou na esquadria da janela da sala um aparelho de arcondicionado. Recentemente,
Viriato recebeu um visitante interessado em comprar o imóvel; após conhecer a casa, o
comprador ofereceu um preço atrativo e ambos celebraram o contrato de compra e venda.
Considerando que nenhum acordo específico tenha sido feito entre as partes a respeito das
melhorias feitas por Viriato, é correto considerar que, antes de entregar a casa ao comprador,
Viriato poderá, se quiser:

(A) derrubar a árvore do quintal e desinstalar o aparelho de arcondicionado;

(B) desinstalar o aparelho de ar-condicionado e quebrar as lajotas do piso do banheiro;


==2b92ae==

(C) quebrar as lajotas do piso do banheiro e colher para si os frutos já maduros da árvore;

(D) colher para si os frutos já maduros da árvore e em seguida derrubá-la;

(E) desinstalar o aparelho de ar-condicionado e colher para si os frutos já maduros da árvore.

4. (FGV - TJ-RS - Oficial de Justiça- 2020) O direito civil identifica e classifica os diferentes tipos
de bens, com o objetivo de facilitar a aplicação do direito ao caso concreto. De acordo com o
Código Civil brasileiro, é correto afirmar que os bens:

(A) fungíveis e móveis podem ser substituídos por outros de mesma espécie e quantidade;

(B) singulares incluem os que se consideram de per si independentemente dos demais, embora
reunidos;

(C) imóveis incluem tudo que for incorporado ao solo, desde que seja de forma natural, inclusive o
próprio solo;

(D) móveis são suscetíveis de movimento próprio sem alteração da substância ou destinação econômica
e social, exceto os bens de remoção por força alheia;

(E) divisíveis podem ser fracionados sem alterar sua substância, mesmo com diminuição considerável
de valor, desde que sem prejuízo do uso a que se destina.

5. (FGV / PREFEITURA DE PAULÍNIA – SP – 2015) Quanto à classificação dos bens, é correto


afirmar que:

(A) Um veículo é considerado uma universalidade de fato;

(B) Um jogo de pneus é considerado uma universalidade de direito;

(C) Uma frota de veículos, coletivamente considerada, é uma universalidade de fato;

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(D) Um veículo emplacado e cadastrado individualmente, é um bem fungível;

(E) Um caminhão é considerado consumível.

6. (FGV / PROCEMPA – 2014) Segundo o Código Civil, os bens móveis que podem ser
substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade são denominados

(A) Bens consumíveis.

(B) Bens fungíveis.

(C) Bens reciprocamente considerados.

(D) Bens singulares.

(E) Bens públicos.

7. (FGV / PREFEITURA DE OSASCO – SP – 2014) São considerados bens fungíveis:

(A) Os imóveis estabelecidos por Lei ou pela vontade das partes contratantes;

(B) Os consumíveis;

(C) Os divisíveis;

(D) Os que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade;

(E) Os que podem ser fracionados sem que haja dano ou alteração em sua substância.

8. (FGV / SEFAZ-MS – 2006) Como se chamam os bens que podem ser substituídos por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade?

(A) Fungíveis.

(B) Infungíveis.

(C) Consumíveis.

(D) Não-consumíveis.

(E) Permutáveis.

GABARITO
1. MPE-BA A
2. TJDFT C

3
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Paulo H M Sousa
Aula 03

3. TJDFT E
4. TJ-RS B
5. Pref. de Paulínia/SP C
6. PROCEMPA B
7. Prefeitura De Osasco/SP D
8. SEFAZ-MS A

4
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Paulo H M Sousa
Aula 03

Capítulo III – Bens públicos

São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público
interno, segundo o art. 98 do CC/2002. Nesse sentido, constituem bens públicos, na dicção do art. 99:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Os bens públicos de uso comum do povo e os bens dominicais são bem fáceis de visualizar. Mas, quais
são os bens públicos dominicais? É dominical, por exemplo, a sede da Caixa, em Brasília, porque a
instituição é uma empresa pública e a sede é um imóvel (direito real). Igualmente, as ações (direito
pessoal) que o Banco do Brasil, sociedade de economia mista, tem em relação a uma sociedade
empresarial são bens dominicais.

Por exclusão, todos os demais bens são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. O
Enunciado 287 da IV Jornada de Direito Civil, no entanto, admite que essa classificação não é exaustiva,
dado que podem ser classificados como bens públicos aqueles pertencentes a pessoa jurídica de
direito privado que estejam afetados à prestação de serviços públicos.

Consequência dessa distinção é que os bens públicos em geral não estão


sujeitos a usucapião, conforme regra do art. 102. Nesse sentido, inclusive a
Súmula 619 do STJ reconhece que a ocupação indevida de bem público
configura mera detenção, de natureza precária, insuscetível de retenção ou
indenização por acessões e benfeitorias.

Segundo o art. 100, os bens públicos de uso comum do povo e os de uso


especial são inalienáveis, enquanto conservarem tal qualificação. Já os bens públicos dominicais
podem ser alienados, observadas as exigências da lei, segundo dispõe o art. 101.

A distinção entre os bens públicos de uso comum do povo e de uso especial e bens públicos
dominicais pode ser transposta por meio de dois institutos: a afetação e a desafetação.

Os bens públicos de uso comum do povo e os bens públicos de uso especial estão afetados a uma função
pública. Daí serem inalienáveis e, consequentemente, impassíveis de usucapião. Ao contrário, os bens
públicos dominicais não estão afetados a uma função pública. Apesar de serem bens públicos, não
cumprem uma função pública, por isso podem ser alienados e, segundo um eco da jurisprudência mais
recente, são passíveis de usucapião. 1

1Detalhes a respeito do ponto são vistos no Direito Administrativo, e não no Direito Civil, já que o Direito Civil se ocupa de classificar os
bens públicos apenas para excluir o regime jurídico privado. Como funcionam os bens públicos? O Direito Civil não quer saber; quem sabe
disso é o Direito Administrativo.

1
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Paulo H M Sousa
Aula 03

Imagine agora que uma pessoa passa a residir no subsolo de um prédio público onde funciona um posto
de atendimento de saúde. Permanece nesse prédio por 13 anos sem oposição. Como é classificado esse
bem público? Pode ele ser objeto de usucapião?

Nesse caso, como o prédio público é destinado a um serviço, onde


funciona posto de atendimento de saúde, temos um bem de uso
especial, inalienável. Ademais, ele não será objeto de usucapião. Se o
mesmo ocorresse em uma praça, seria um bem de uso comum do povo
que também não pode ser objeto de usucapião, nem seria alienável.

Essa divisão não é estanque, e se transpõe por meio dos dois institutos supracitados. Assim,
determinado bem público, que não cumpre função pública, pode ser afetado a uma função
pública; contrariamente, um bem público que cumpre função pública pode ser desafetado,
deixando de cumprir essa função.

De qualquer forma, prevê o art. 103 que o uso comum dos bens públicos pode ser
==2b92ae==

gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja


administração pertencerem.

A letra da Lei

Agora, trago a você os dispositivos de lei referentes à nossa aula. Lembro que, ao longo do texto, eu não
trato de todos os dispositivos legais aqui citados, propositadamente. Isso porque meu objetivo não é
tornar o material um comentário à lei, mas, sim, fazer você compreender os institutos jurídicos que são
importantes à prova.

Agora, ao contrário, o objetivo é trazer todos os dispositivos legais, para que você possa ao menos passar
os olhos. Não se preocupe em compreender em detalhe cada um deles; eu objetivo apenas trazer o texto
legal para que você não precise procurá-los fora do material. Trata-se da letra da lei com grifos nos
principais pontos da norma, para ajudar na fixação dos conteúdos.

Vamos lá!

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público
interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

2
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Aula 03

IV Jornada de Direito Civil

Enunciado 287: O critério da classificação de bens indicado no art. 98 do Código Civil não
exaure a enumeração dos bens públicos, podendo ainda ser classificado como tal o bem
pertencente a pessoa jurídica de direito privado que esteja afetado à prestação de
serviços públicos.

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Súmula 619 do STJ: A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de
natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias.

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

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Paulo H M Sousa
Aula 03

CEBRASPE

BENS PÚBLICOS (98 Ao 103)

1. (CESPE - PG - DF - Analista Jurídico 2021) Os bens públicos de uso especial e os dominicais


podem ser alienados independentemente da demonstração de desafetação.

Comentário

O item está errado, pois a alienação dos bens públicos de uso especial é vedada pelo CC, conforme o art.
100: “Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar”. Já os bens públicos dominicais podem
ser alienados, porém, desde que observadas as exigências legais, conforme o art. 101: “Os bens públicos
dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei”.
==2b92ae==

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Aula 03

CEBRASPE

Bens Públicos (98 Ao 103)

1. (CESPE - PG - DF - Analista Jurídico 2021) Os bens públicos de uso especial e os dominicais


podem ser alienados independentemente da demonstração de desafetação.

GABARITO
1. PG – DF E

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Aula 03

FCC

Bens Públicos (Art. 98 Ao 103)

1. (FCC / SEAD-AP – 2018) De acordo com o Código Civil, são bens públicos:

a) os dominicais, tais como os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.

b) os de uso comum do povo, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.

c) os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.

d) os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito privado, como objeto de
direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

e) os de uso comum do povo, apenas.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois os bens públicos dominicais são os que constituem o patrimônio
das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas
entidades. Como disposto no CC:

Art. 99. São bens públicos:

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Segundo o art. 99, os bens dominicais são aqueles bens destinados ao uso exclusivo de pessoas jurídicas
de direito público e que se encontram livres de qualquer afetação específica. Os bens dominicais são
caracterizados pela ausência de afetação e justamente por não estarem afetados a qualquer destinação
específica é que a administração pública pode fazer desses bens o uso que melhor lhe aprouver.

A alternativa B está incorreta, pois são bens de uso comum do povo, os rios, mares, ruas e praças.

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

De acordo com o art. 99, são bens públicos de uso comum do povo todos os bens destinados ao uso
indiscriminado e geral do povo. Podem ter essa destinação tanto por um ato formal de afetação quanto
pela sua destinação natural, como os rios e mares. Não sendo o rol trazido pelo inciso I meramente
exemplificativo. O que importa para essa classificação é a destinação a que se dá ao bem. O uso comum
desses bens, pode ser feito independentemente de qualquer autorização da administração pública, já o
uso especial de bem de uso comum do povo exige autorização ou licença da administração. Havendo,
então, uso especial de bem de uso comum do povo.

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Aula 03

A alternativa C está correta, uma vez que está em perfeita concordância com o CC:

Art. 99. São bens públicos:

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

O art. 99 II dispõe sobre os bens públicos de uso especial, sendo considerados como tal, os bens que
pertencem a uma pessoa jurídica e que se encontram afetados para a prestação de determinado serviço
ou para a realização de determinada função estatal. Sendo diferenciados dos bens de uso comum do
povo pois são utilizados pelo próprio ente público, e não pela coletividade direta.

A alternativa D está incorreta, porque os dominicais constituem patrimônio das pessoas jurídicas de
direito público e não pessoas jurídicas de direito privado como traz a alternativa.

Art. 99. São bens públicos:

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Segundo o art. 99, os bens dominicais são aqueles bens destinados ao uso exclusivo de pessoas jurídicas
de direito público e que se encontram livres de qualquer afetação específica. Os bens dominicais são
caracterizados pela ausência de afetação e justamente por não estarem afetados a qualquer destinação
específica é que a administração pública pode fazer desses bens o uso que melhor lhe aprouver.

A alternativa E está incorreta, pois não são os de uso comum ao povo apenas, mas também os de uso
especial e os dominicais.

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

O artigo 99 do CC, caracteriza as destinações pelas quais os bens públicos podem ser classificados. Sendo
de uso comum do povo os bens os públicos afetados para serem usados por todos, em igualdade de
condições. Os bens de uso especial são os bens públicos afetados para utilização um determinado
serviço público ou que tenham uma destinação específica para cumprir uma função estatal. E bens
dominicais são os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público que o Estado pode usar,
fruir e dispor livremente por não estarem afetados a nenhum uso especial, tampouco destinados ao uso
comum do povo.

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Paulo H M Sousa
Aula 03

2. (FCC / ALESE – 2018) De acordo com o Código Civil, uma praça, um quadro assinado por
renomado pintor e as energias que tenham valor econômico são considerados,
respectivamente, bem

a) público de uso especial, bem fungível e bem imóvel.

b) público de uso comum do povo, bem infungível e bem móvel.

c) particular dominical, bem infungível e bem imóvel.

d) público de uso comum do povo, bem infungível e bem imóvel.

e) público de uso comum do povo, bem fungível e bem móvel.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, visto que a praça não é bem público de uso especial em razão de que
estes são os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal,
estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; sendo assim a praça se enquadra em
bens públicos de uso comum do povo.

Art. 99. São bens públicos:

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

O art. 99 II dispõe sobre os bens públicos de uso especial, sendo considerados como tal os bens que
pertencem a uma pessoa jurídica e que se encontram afetados para a prestação de determinado serviço
ou para a realização de determinada função estatal. Sendo diferenciados dos bens de uso comum do
povo pois são utilizados pelo próprio ente público, e não pela coletividade direta.

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

De acordo com o disposto no artigo 85 do Código Civil, serão equivalentes entre si os bens que forem da
mesma espécie, qualidade e quantidade. Já o quadro não é fungível visto que ele foi assinado por um
renomado autor, sendo assim não podendo ser substituído tornando-se um bem infungível.

E por último a energia, a qual é trazida como bem imóvel, entretanto ela é um bem móvel.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - As energias que tenham valor econômico;

De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico
(independentemente das eventuais dificuldades de quantificar esse valor), tem a natureza jurídica de
bem móvel.

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Aula 03

A alternativa B está correta, de acordo com o Código Civil, uma praça, um quadro assinado por
renomado pintor e as energias que tenham valor econômico são considerados, respectivamente, bem
público de uso comum do povo, bem infungível e bem móvel.

Uma praça é considerada como bem público, de acordo com o art. 99, inciso I:

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

De acordo com o art. 99, são bens públicos de uso comum do povo todos os bens destinados ao uso
indiscriminado e geral do povo. Podem ter essa destinação tanto por um ato formal de afetação quanto
pela sua destinação natural, como os rios e mares. Não sendo o rol trazido pelo inciso I meramente
exemplificativo. O que importa para essa classificação é a destinação a que se dá ao bem. O uso comum
desses bens, pode ser feito independentemente de qualquer autorização da administração pública, já o
uso especial de bem de uso comum do povo exige autorização ou licença da administração. Havendo,
então, uso especial de bem de uso comum do povo.

Um quadro assinado por renomado pintor é considerado um bem infungível.

Os Bens Infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade. Ou seja, são aqueles que são únicos, são personalizados. Diferente dos bens
fungíveis, especificados no art. 85 que trata dos bens que podem ser substituídos por outros
equivalentes.

As energias que tenham valor econômico são consideradas como bens móveis, de acordo com o art. 83,
inciso I:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico
(independentemente das eventuais dificuldades de quantificar esse valor), tem a natureza jurídica de
bem móvel.

A alternativa C está incorreta, visto a praça não é particular dominical e sim público de uso comum do
povo. E as energias são bens móveis, não imóveis conforme já explicado anteriormente.

Art. 99. São bens públicos:

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Segundo o art. 99, os bens dominicais são aqueles bens destinados ao uso exclusivo de pessoas jurídicas
de direito público e que se encontram livres de qualquer afetação específica. Os bens dominicais são
caracterizados pela ausência de afetação e justamente por não estarem afetados a qualquer destinação
específica é que a administração pública pode fazer desses bens o uso que melhor lhe aprouver.

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Aula 03

A alternativa D está incorreta, porque as duas primeiras classificações estão corretas, já a última – das
energias – está incorreta está é um bem móvel não imóvel como é constado na alternativa.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - As energias que tenham valor econômico;

De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico
(independentemente das eventuais dificuldades de quantificar esse valor), tem a natureza jurídica de
bem móvel.

A alternativa E está incorreta, pois apesar das classificações da praça e das energias estarem corretas,
a classificação do quadro está errada, sendo ele um bem infungível visto que não pode ser substituído.

Os Bens Infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade. Ou seja, são aqueles que são únicos, são personalizados. Diferente dos bens
fungíveis, especificados no art. 85 que trata dos bens que podem ser substituídos por outros
equivalentes.

3. (FCC / DPE-BA – 2016) Segundo o Código Civil de 2002, os bens públicos são

I. inalienáveis, os dominicais.

II. alienáveis, desde que haja prévia justificativa e autorização do Poder Legislativo.

III. inalienáveis, os bens de uso comum, enquanto conservar a sua qualificação; e inalienáveis os
bens dominicais, observadas as determinações legais.

IV. alienáveis, os bens dominicais, observadas as determinações legais.

V. inalienáveis, os bens públicos de uso comum do povo na forma que a lei determinar.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e V.

b) I, II e III.

c) I, III e IV.

d) II e IV.

e) IV e V.

Comentários:

O item I está incorreto, pois como disposto no art. 101 do CC os bens públicos dominicais são passíveis
de alienação.

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Aula 03

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

De acordo com o art. 101 desde que os bens públicos dominicais estejam livres de destinação específica,
a administração pública pode fazer uso e até mesmo dispor desses bens. Porém, deve sempre seguir as
exigências legais para praticar esses atos de disposição.

O item II está incorreto, de acordo com os artigos 100 e 101 do CC, os bens públicos de uso comum do
povo e os de uso especial não podem ser alienados, apenas os bens públicos dominicais podem sofrer
alienação

Art. 100 - Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Segundo o art. 100 pelo fato de os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial, estarem
afetados para determinada finalidade ou serviço, esses bens não são passíveis de alienação ou qualquer
tipo de disposição.

Art. 101 - Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

De acordo com o art. 101 desde que os bens públicos dominicais estejam livres de destinação específica,
a administração pública pode fazer uso e até mesmo dispor desses bens. Porém, deve sempre seguir as
exigências legais para praticar esses atos de disposição.

O item III está incorreto, referindo se à segunda parte da questão, de acordo com o art. 101 do CC, os
bens dominicais são passiveis de serem alienáveis.

De acordo com o art. 101 desde que os bens públicos dominicais estejam livres de destinação específica,
a administração pública pode fazer uso e até mesmo dispor desses bens. Porém, deve sempre seguir as
exigências legais para praticar esses atos de disposição.

O item IV está correto, em conformidade com o Art. 101 do CC: “Os bens públicos dominicais podem ser
alienados, observadas as exigências da lei.”

De acordo com o art. 101 desde que os bens públicos dominicais estejam livres de destinação específica,
a administração pública pode fazer uso e até mesmo dispor desses bens. Porém, deve sempre seguir as
exigências legais para praticar esses atos de disposição.

O item V está correto, pois de acordo com o Art. 100 do Código Civil, os bens públicos de uso comum do
povo e os de uso especial não são passíveis de alienação.

Art. 100 - Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Segundo o art. 100 pelo fato de os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial, estarem
afetados para determinada finalidade ou serviço, esses bens não são passíveis de alienação ou qualquer
tipo de disposição.

A alternativa A está incorreta, pois os itens I e II estão incorretos.

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Aula 03

A alternativa B está incorreta, já que todos os itens estão incorretos.

A alternativa C está incorreta, os itens I e III estão incorretos.

A alternativa D está incorreta, porque o item II está incorreto.

A alternativa E está correta.

4. (FCC / AL-MS – 2016) Donizete passou a residir no subsolo de prédio público onde funciona
posto de atendimento de saúde, ali permanecendo por onze anos, com ânimo definitivo e sem
oposição. O bem onde reside Donizete é classificado como bem público

a) dominical, que não pode ser objeto de usucapião.

b) dominical, que pode, no caso, ser objeto de usucapião extraordinária, tendo em vista que Donizete
nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição.

c) de uso especial, que pode, no caso, ser objeto de usucapião extraordinária, tendo em vista que
Donizete nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição.

d) que pode, no caso, ser objeto de usucapião ordinária, tendo em vista que Donizete nele estabeleceu
sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição.

e) de uso especial, que não pode ser objeto de usucapião.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois, segundo o art. 99 do CC, o prédio público onde funciona o posto de
atendimento de saúde é um bem de uso especial e não dominical.

Art. 99. São bens públicos:

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

O art. 99 II dispõe sobre os bens públicos de uso especial, sendo considerados como tal os bens que
pertencem a uma pessoa jurídica e que se encontram afetados para a prestação de determinado serviço
ou para a realização de determinada função estatal. Sendo diferenciados dos bens de uso comum do
povo pois são utilizados pelo próprio ente público, e não pela coletividade direta.

A alternativa B está incorreta, pois, segundo o art. 99 do CC, não é caracterizado como bem público
dominical, mas sim bem público de uso especial, além de não estar sujeito a usucapião como diz o art.
102 do CC.

Art. 99: “São bens públicos: III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de
direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.”. Os bens públicos
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Paulo H M Sousa
Aula 03

não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o Art. 102: “Os bens públicos não estão sujeitos
a usucapião.”.

Sendo assim, segundo o art. 102 do CC, nenhum bem público pode ser sujeito de usucapião.

A alternativa C está incorreta, pois, de acordo com os artigos 99 e 102 do CC os bens públicos não estão
sujeitos a usucapião, inclusive os de uso especial,

Art. 99 - São bens públicos:

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

Art. 102 - Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa D está incorreta, pois, como estabelecido no art. 102 do CC, nenhum bem público pode
ser sujeito de usucapião.

Art. 102 - Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa E está correta, pois, de acordo com os artigos 99 e 102 do CC, o prédio público onde
funciona posto de atendimento de saúde é caracterizado como um bem público de uso especial, e, assim
como os outros bens púbicos, não pode ser objeto de usucapião.

Art. 99 - São bens públicos:

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

Art. 102 - Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

5. (FCC / PREFEITURA DE CAMPINAS – SP – 2016) Caio estabeleceu-se, com animus domini, em


praça pública abandonada pelo Município. Decorridos mais de 20 anos, sem oposição das
pessoas que frequentavam o local, requereu fosse declarada usucapida a área. Tal praça
constitui bem

a) de uso comum do povo, suscetível de usucapião, em caso de abandono pelo poder público.

b) de uso especial, insuscetível de usucapião, assim como os de uso comum do povo e os dominicais.

c) dominical, suscetível de usucapião, ainda que conserve tal qualificação.

d) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, diferentemente dos bens de uso especial e dos
dominicais.

e) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso especial e os dominicais.

Comentários:

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No campo jurídico a expressão em latim, Animus Domini, é muito utilizada para indicar a intensão de
possuir algo, ser dono. Traduzindo-se “posse animus domini” como “intenção de obter o domínio da
coisa”.

Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102 do Código Civil.

Súmula 340 do STF: “Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens
públicos, não podem ser adquiridos por usucapião”. Ou seja, TODOS os bens públicos não estão sujeitos
a chamada prescrição aquisitiva.

Na Constituição Federal de 1988, também é explicito o impedimento de usucapião de bens públicos:

Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-
lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco
anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares,
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a
propriedade.

Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

A alternativa A está incorreta, visto que, no art. 102 do CC, bens públicos não podem ser objetos de
usucapião, e tal praça constitui bem público de uso comum do povo, sendo assim é insuscetível de
usucapião.

Art. 99 - São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

Art. 102 - Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa B está incorreta, pois, de acordo com o art. 99 do CC, a praça é caracterizada como bem
público de uso comum do ovo, insuscetível de usucapião, como também, os de uso especial e dominicais
também são.

Art. 99 - São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião.

Art. 102 - Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

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A alternativa C está incorreta, pois, segundo o art. 99 do CC, a praça é classificada como bem de uso
comum do povo e não dominical. E, visto o art. 102 do CC, não pode sofrer usucapião.

Art. 99. São bens públicos:

I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em
contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que
se tenha dado estrutura de direito privado.

Art. 102 - Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa D está incorreta, os bens de uso comum do povo são igualmente articulados aos
dominicais e especiais caracterizando-se bens públicos. E todos sendo caracterizados como bens
públicos, não podem ser sujeitos de usucapião.

Art. 102 - Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa E está correta, por que se encontra em conformidade com os Art. 99 e 102 quando afirma
que os bens de uso comum do povo, os de uso especial e os dominicais são insuscetíveis de usucapião
por serem bens públicas.

Art. 99. São bens públicos:

I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em
contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que
se tenha dado estrutura de direito privado.

Art. 102 - Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

6. (FCC / TJ-PI – 2015) Nos termos do Código Civil, é consequência do caráter de “uso comum do
povo” de um bem público, por contraste com os bens dominicais, a

a) Possibilidade de integrar o patrimônio de pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado
estrutura de direito privado.

b) Necessária gratuidade do uso.

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c) Impossibilidade de alienação.

d) Insuscetibilidade à usucapião.

e) Possibilidade de integrar o patrimônio de pessoas jurídicas da Administração Direta.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois, conforme o parágrafo único do art. 99 do CC, tal descrição
estabelece característica dos bens dominicais, não dos bens de uso comum do povo, estando a
alternativa incorreta.

Parágrafo Único do Art. 99 do CC: “Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.”.

A alternativa B está incorreta, pois, segundo o art. 103 do CC, os bens públicos podem ser de uso
gratuito ou retribuído. Dessa forma, entende-se que a gratuidade não é característica dos bens de uso
comum do povo, já que o uso pode ser retribuído (pago).

Art. 103 do Código Civil: “o uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.”.

Conforme o art. 103 do CC, o uso comum é livre e indiscriminado dos bens públicos, o seu uso independe
de autorização ou licença, porém, não significa que o bem não possa ter certas restrições ou ser
remunerado.

A alternativa C está correta, visto que, está de acordo com o Art. 100 do Código Civil, que estabelece a
inalienabilidade dos bens de uso comum do povo e os de uso especial.

Art. 100 - “os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.”.

Sendo assim, o art. 100 do CC, estabelece que os bens públicos de uso comum do povo e de uso especial,
não podem ser alienados e sofrer nenhuma disposição.

A alternativa D está incorreta, pois, de acordo com o art. 102 do CC, nenhum bem público pode ser
sujeito de usucapião, sendo assim não há diferença entre bens dominicais e os de uso comum do povo.

Art. 102 do CC: “os bens públicos não estão sujeitos à usucapião.”.

A alternativa E está incorreta, não há diferença entre os bens dominicais e os de uso comum do povo
nessa alternativa, segundo Art. 98 do CC, os bens púbicos são caracterizados por serem pertencentes às
pessoas jurídicas de direito interno. Sendo assim ambos são bens públicos.

Art. 98, CC: "são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
interno (...)".

7. (FCC / TRT - 3ª REGIÃO – 2015) Rogério ajuizou ação de usucapião contra o Município de Belo
Horizonte sustentando ter residido por mais de 20 anos em imóvel de propriedade da

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municipalidade, o qual jamais foi franqueado ao público nem utilizado para prestação de
serviço ou estabelecimento da Administração. Tal bem público é denominado

a) De uso especial, não podendo ser objeto de usucapião, salvo se for desafetado por meio de lei,
ganhando a qualidade de dominical.

b) De uso especial, não podendo ser objeto de usucapião.

c) Dominical, podendo ser objeto de usucapião, observadas as exigências legais.

d) De uso comum do povo, não podendo ser objeto de usucapião, salvo se for desafetado por meio de
lei, ganhando a qualidade de dominical.

e) Dominical, não podendo ser objeto de usucapião.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, visto que o bem não é de uso especial, mas sim um bem dominical, e
também que nenhum bem público pode ser objeto de usucapião.

Art. 99. São bens públicos:

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Segundo o art. 99, os bens dominicais são aqueles bens destinados ao uso exclusivo de pessoas jurídicas
de direito público e que se encontram livres de qualquer afetação específica. Os bens dominicais são
caracterizados pela ausência de afetação e justamente por não estarem afetados a qualquer destinação
específica é que a administração pública pode fazer desses bens o uso que melhor lhe aprouver.

A alternativa B está incorreta, segundo o art. 99 do CC, os bens públicos de uso especial são
caracterizados por serem destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal.

Art. 99. São bens públicos:

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

O art. 99 II dispõe sobre os bens públicos de uso especial, sendo considerados como tal os bens que
pertencem a uma pessoa jurídica e que se encontram afetados para a prestação de determinado serviço
ou para a realização de determinada função estatal. Sendo diferenciados dos bens de uso comum do
povo pois são utilizados pelo próprio ente público, e não pela coletividade direta.

A alternativa C está incorreta, visto que, segundo o art. 102 do CC, nenhum dos bens públicos podem
ser objetos de usucapião.

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

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A alternativa D está incorreta, pois, de acordo com o art. 99 do CC, são bens públicos de uso comum do
povo os rios, mares, estradas, ruas e praças.

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

De acordo com o art. 99, são bens públicos de uso comum do povo todos os bens destinados ao uso
indiscriminado e geral do povo. Podem ter essa destinação tanto por um ato formal de afetação quanto
pela sua destinação natural, como os rios e mares. Não sendo o rol trazido pelo inciso I meramente
exemplificativo. O que importa para essa classificação é a destinação a que se dá ao bem. O uso comum
desses bens, pode ser feito independentemente de qualquer autorização da administração pública, já o
uso especial de bem de uso comum do povo exige autorização ou licença da administração. Havendo,
então, uso especial de bem de uso comum do povo.

A alternativa E está correta, pois tal bem público, de acordo com os artigos 99 e 102 do CC, é
denominado dominical e não pode ser objeto de usucapião.

Art. 99. São bens públicos:

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102:

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Bens dominicais são os bens que compõem o patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios. Apesar de ser integrante do domínio público, diferem dos outros bens públicos pela
possibilidade, de serem utilizados em qualquer fim ou, mesmo, alienados pela Administração, se assim
o desejar. Constituem o patrimônio disponível e alienável da pessoa jurídica de direito público. São bens
que não são afetados a qualquer destino público.

8. (FCC / TJ-RR – 2015) NÃO podem ser objeto de alienação:

a) Os imóveis considerados por lei como bem de família.

b) Em nenhuma hipótese, os bens públicos de uso especial e os dominicais.

c) Os frutos e produtos não separados do bem principal.

d) A herança de pessoa viva e os bens impenhoráveis por disposição testamentária.

e) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial, enquanto conservarem legalmente essa
qualificação.

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Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois os imóveis considerados por lei como bem de família podem ser
objeto de alienação, baseando-se nos Arts. 1712 e 1717 do cc:

Art. 1.712. O bem de família consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e
acessórios, destinando-se em ambos os casos em domicílio familiar, e poderá abranger valores
mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família.

É importante destacar que não apenas o imóvel, mas também os móveis que o guarnecem, estão inclusos
na proteção ao bem de família.

Art. 1.717. O prédio e os valores mobiliários, constituídos como bem da família, não podem ter destino
diverso do previsto no art. 1.712 ou serem alienados sem o consentimento dos interessados e seus
representantes legais, ouvido o Ministério Público.

Se tratando de matéria negocial, a violação de proibições implica a nulidade dos atos violadores. Logo,
por força do dispositivo em comento, um imóvel destinado a ser bem de família voluntário não pode ser
objeto de locação ou de comodato, sob pena de nulidade de tais contratos.

A alternativa B está incorreta, dado que os bens públicos de uso especial não podem ser objeto de
alienação, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Os bens públicos dominicais podem ser objeto de alienação, sendo observadas as exigências da lei,
contanto que sejam destinados ao uso comum do povo ou para fins administrativos, de acordo com o
art. 100 do código civil:

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

No entanto, esta característica poderá ser revogada, se mediante lei especial tenham tais bens perdido
sua utilidade ou necessidade, não mais conservando a sua qualificação. Quando ocorre a desafetação,
ele acaba incluído no rol dos bens dominicais, de acordo com o art. 101:

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

A alternativa C está incorreta, pois os frutos e produtos ainda não separados do bem principal podem
ser objeto de alienação, de acordo com o Art. 95 do Código Civil:

Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de
negócio jurídico.

Os frutos são aqueles bens periodicamente produzidor por outro bem, sem que isso lhe altere a
substância. São os frutos naturais aqueles que são originados pela própria natureza da coisa, os frutos
industriais são aqueles que dependem da intervenção humana, e os frutos civis são os rendimentos
oriundos do funcionamento da coisa.

Depois da separação do bem principal, os frutos e os produtos têm autonomia, podendo ser objeto de
negócio jurídico e perde sua condição de acessório.

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A alternativa D está incorreta, já que não pode ser objeto de alienação a herança de pessoa viva. Porém,
alguns bens com cláusula de impenhorabilidade por disposição testamentária, podem ser alienados, em
alguns casos. De acordo com o Código Civil:

Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.

Esta vedação decorre da aversão moral às estipulações sobre patrimônio de terceiros, sob a condição
de que venham a falecer. O que não é admitido é a realização de um negócio sobre o patrimônio de uma
pessoa vida. Há negócios que têm como condição a morte de certa pessoa, mas tais negócios não podem
dispor sobre o patrimônio desta pessoa.

Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica
impenhorabilidade e incomunicabilidade.

Parágrafo único. No caso de desapropriação de bens clausulados, ou de sua alienação, por conveniência
econômica do donatário ou do herdeiro, mediante autorização judicial, o produto da venda converter-
se-á em outros bens, sobre os quais incidirão as restrições apostas aos primeiros.

A alternativa E está correta, pois enquanto guardarem a afetação pública os bens públicos de uso
comum do povo e os de uso especial são inalienáveis.

Como dispõe o art. 100 do código civil:

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Enquanto permanecerem afetados a determinado serviço ou finalidade, os bens públicos de uso comum
do povo e os de uso especial não podem ser alienados. Não só a alienação, mas todo e qualquer ato de
disposição fica proibido.

9. (FCC / TCE-SP – 2013) Em relação aos bens, é correto afirmar:

a) Os melhoramentos sobrevindos ao bem consideram- se benfeitorias, mesmo que sem a intervenção


do proprietário, do possuidor ou do detentor.

b) Os negócios atinentes ao principal sempre abrangem as pertenças.

c) Os bens públicos dominicais podem ser alienados, atendidas as exigências da lei.

d) Os bens públicos estão sujeitos à usucapião.

e) As energias que tiverem valor econômico consideram-se imóveis.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, dado o fato de que as benfeitorias são obras feitas no imóvel com a
intenção de melhorá-lo, a fim de evitar que se deteriore, podendo também haver o intuito de aumentar
ou facilitar o uso do imóvel. Essas, se forem executadas por alguém que não seja proprietário, possuidor
ou detentor não serão consideradas benfeitorias, conforme Art. 97 do CC:

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Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

A alternativa B está incorreta, pois de acordo com o Art. 94 do CC, os negócios jurídicos que dizem
respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, como disposto pelo Art. 94:

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se
o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

A alternativa C está correta, pois como rege o Art. 101 do CC: “Os bens públicos dominicais podem ser
alienados, observadas as exigências da lei.”.

Os bens públicos são aqueles que pertencem às pessoas jurídicas de direito público interno, e possuem
como característica a alienabilidade, impenhorabilidade, imprescritibilidade e não onerabilidade.

A alternativa E está incorreta, de acordo com o Art. 83 do Código Civil: “Consideram-se móveis para os
==2b92ae==

efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;”.

O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis

10. (FCC / TRF - 2ª REGIÃO – 2012) Considere:

I. Praça da Sé - São Paulo - Capital.

II. Gonzaga - Praia da Cidade de Santos - SP.

III. Rio Tietê.

IV. Edifício onde se localiza a Prefeitura Municipal da cidade W.

V. Terreno Público destinado à instalação da autarquia municipal X.

De acordo com o Código Civil brasileiro, considera-se bem público de uso especial os indicados
APENAS em

a) I e IV

b) I, II e III.

c) I, IV e V.

d) III, IV e V.

e) IV e V.

Comentários:

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A alternativa A está incorreta, pois a Praça da Sé é um bem público de uso comum a todos, de acordo
com o Art. 99 do Código Civil:

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.

A alternativa B está incorreta, pois que traz os três itens que contêm bens públicos de uso comum:
praça, praia e rio, de acordo com o Código Civil:

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.

A alternativa C está incorreta, pois o item um é errôneo, visto que é uma praça, sendo esta um bem
público de uso comum.

A alternativa D está incorreta, pois o item três é errôneo dado que é um rio, enquadrando-se nos bens
públicos de uso comum, de acordo com o Art. 99 do Código Civil:

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.

A alternativa E está correta, dado que o edifício onde se localiza a prefeitura é um bem de uso especial
e o terreno destinado à instalação de autarquia também é um bem de uso especial, como rege o Art. 99
do Código Civil:

Art. 99. São bens públicos:

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

11. (FCC / TRE-SP – 2012) Os bens públicos podem ser classificados, de acordo com a sua
destinação, como bens

a) De uso especial aqueles de domínio privado do Estado e que não podem ser gravados com qualquer
espécie de afetação.

b) De uso especial aqueles utilizados por particular mediante concessão ou permissão de uso.

c) De uso comum do povo aqueles afetados a determinado serviço público, tais como os edifícios onde
se situam os órgãos públicos.

d) Dominicais aqueles destinados à fruição de toda a coletividade e que não podem ser alienados ou
afetados à atividade específica.

e) Dominicais aqueles de domínio privado do Estado, não afetados a uma finalidade pública e passíveis
de alienação.

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Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois os bens de uso especial são aqueles que buscam à execução dos
serviços administrativos e ao público em geral e que compõem o aparelhamento material da
administração.

A alternativa B está incorreta, pois os bens de uso especial são utilizados pelo poder público destinados
às instalações da Administração e serviços públicos.

A alternativa C está incorreta, pois os de uso comum do povo são os bens como: rios, mares, estradas,
ruas e praças, de acordo com o Art. 99 do CC:

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.

A alternativa D está incorreta, pois sua redação é contrária à redação do Art. 101 do CC, que rege: “Os
bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.”.

A alternativa E está correta, conforme o conteúdo disposto pelo Art. 99 do Código Civil:

Art. 99. São bens públicos:

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

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FCC

Bens Públicos (Art. 98 Ao 103)

1. (FCC / SEAD-AP – 2018) De acordo com o Código Civil, são bens públicos:

a) os dominicais, tais como os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.

b) os de uso comum do povo, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.

c) os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.

d) os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito privado, como objeto de
direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

e) os de uso comum do povo, apenas.

2. (FCC / ALESE – 2018) De acordo com o Código Civil, uma praça, um quadro assinado por
renomado pintor e as energias que tenham valor econômico são considerados,
respectivamente, bem

a) público de uso especial, bem fungível e bem imóvel.

b) público de uso comum do povo, bem infungível e bem móvel.

c) particular dominical, bem infungível e bem imóvel.

d) público de uso comum do povo, bem infungível e bem imóvel.

e) público de uso comum do povo, bem fungível e bem móvel.

3. (FCC / DPE-BA – 2016) Segundo o Código Civil de 2002, os bens públicos são

I. inalienáveis, os dominicais.

II. alienáveis, desde que haja prévia justificativa e autorização do Poder Legislativo.

III. inalienáveis, os bens de uso comum, enquanto conservar a sua qualificação; e inalienáveis os
bens dominicais, observadas as determinações legais.

IV. alienáveis, os bens dominicais, observadas as determinações legais.

V. inalienáveis, os bens públicos de uso comum do povo na forma que a lei determinar.

Está correto o que se afirma APENAS em

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a) I, II e V.

b) I, II e III.

c) I, III e IV.

d) II e IV.

e) IV e V.

4. (FCC / AL-MS – 2016) Donizete passou a residir no subsolo de prédio público onde funciona
posto de atendimento de saúde, ali permanecendo por onze anos, com ânimo definitivo e sem
oposição. O bem onde reside Donizete é classificado como bem público

a) dominical, que não pode ser objeto de usucapião.


==2b92ae==

b) dominical, que pode, no caso, ser objeto de usucapião extraordinária, tendo em vista que Donizete
nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição.

c) de uso especial, que pode, no caso, ser objeto de usucapião extraordinária, tendo em vista que
Donizete nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição.

d) que pode, no caso, ser objeto de usucapião ordinária, tendo em vista que Donizete nele estabeleceu
sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição.

e) de uso especial, que não pode ser objeto de usucapião.

5. (FCC / PREFEITURA DE CAMPINAS – SP – 2016) Caio estabeleceu-se, com animus domini, em


praça pública abandonada pelo Município. Decorridos mais de 20 anos, sem oposição das
pessoas que frequentavam o local, requereu fosse declarada usucapida a área. Tal praça
constitui bem

a) de uso comum do povo, suscetível de usucapião, em caso de abandono pelo poder público.

b) de uso especial, insuscetível de usucapião, assim como os de uso comum do povo e os dominicais.

c) dominical, suscetível de usucapião, ainda que conserve tal qualificação.

d) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, diferentemente dos bens de uso especial e dos
dominicais.

e) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso especial e os dominicais.

6. (FCC / TJ-PI – 2015) Nos termos do Código Civil, é consequência do caráter de “uso comum do
povo” de um bem público, por contraste com os bens dominicais, a

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Aula 03

a) Possibilidade de integrar o patrimônio de pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado
estrutura de direito privado.

b) Necessária gratuidade do uso.

c) Impossibilidade de alienação.

d) Insuscetibilidade à usucapião.

e) Possibilidade de integrar o patrimônio de pessoas jurídicas da Administração Direta.

7. (FCC / TRT - 3ª REGIÃO – 2015) Rogério ajuizou ação de usucapião contra o Município de Belo
Horizonte sustentando ter residido por mais de 20 anos em imóvel de propriedade da
municipalidade, o qual jamais foi franqueado ao público nem utilizado para prestação de
serviço ou estabelecimento da Administração. Tal bem público é denominado

a) De uso especial, não podendo ser objeto de usucapião, salvo se for desafetado por meio de lei,
ganhando a qualidade de dominical.

b) De uso especial, não podendo ser objeto de usucapião.

c) Dominical, podendo ser objeto de usucapião, observadas as exigências legais.

d) De uso comum do povo, não podendo ser objeto de usucapião, salvo se for desafetado por meio de
lei, ganhando a qualidade de dominical.

e) Dominical, não podendo ser objeto de usucapião.

8. (FCC / TJ-RR – 2015) NÃO podem ser objeto de alienação:

a) Os imóveis considerados por lei como bem de família.

b) Em nenhuma hipótese, os bens públicos de uso especial e os dominicais.

c) Os frutos e produtos não separados do bem principal.

d) A herança de pessoa viva e os bens impenhoráveis por disposição testamentária.

e) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial, enquanto conservarem legalmente essa
qualificação.

9. (FCC / TCE-SP – 2013) Em relação aos bens, é correto afirmar:

a) Os melhoramentos sobrevindos ao bem consideram- se benfeitorias, mesmo que sem a intervenção


do proprietário, do possuidor ou do detentor.

b) Os negócios atinentes ao principal sempre abrangem as pertenças.

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Aula 03

c) Os bens públicos dominicais podem ser alienados, atendidas as exigências da lei.

d) Os bens públicos estão sujeitos à usucapião.

e) As energias que tiverem valor econômico consideram-se imóveis.

10. (FCC / TRF - 2ª REGIÃO – 2012) Considere:

I. Praça da Sé - São Paulo - Capital.

II. Gonzaga - Praia da Cidade de Santos - SP.

III. Rio Tietê.

IV. Edifício onde se localiza a Prefeitura Municipal da cidade W.

V. Terreno Público destinado à instalação da autarquia municipal X.

De acordo com o Código Civil brasileiro, considera-se bem público de uso especial os indicados
APENAS em

a) I e IV

b) I, II e III.

c) I, IV e V.

d) III, IV e V.

e) IV e V.

11. (FCC / TRE-SP – 2012) Os bens públicos podem ser classificados, de acordo com a sua
destinação, como bens

a) De uso especial aqueles de domínio privado do Estado e que não podem ser gravados com qualquer
espécie de afetação.

b) De uso especial aqueles utilizados por particular mediante concessão ou permissão de uso.

c) De uso comum do povo aqueles afetados a determinado serviço público, tais como os edifícios onde
se situam os órgãos públicos.

d) Dominicais aqueles destinados à fruição de toda a coletividade e que não podem ser alienados ou
afetados à atividade específica.

e) Dominicais aqueles de domínio privado do Estado, não afetados a uma finalidade pública e passíveis
de alienação.

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Aula 03

GABARITO
1. SEAD-AP C
2. ALESE B
3. DPE-BA E
4. AL-MS E
5. Pref. de Campinas/SP E
6. TJ-PI C
7. TRT - 3ª REGIÃO E
8. TJ-RR E
9. TCE-SP C
10. TRF - 2ª REGIÃO E
11. TRE-SP E

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Aula 03

VUNESP

Bens Públicos (Art. 98 Ao 103)

1. (VUNESP - IPREMM - SP - Procurador Jurídico - 2019) Conforme disciplina do Código Civil, os


bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de
direito privado, salvo disposição legal em sentido contrário, são bens

a) dominicais.

b) particulares.

c) de uso comum do povo.

d) de uso especial.

e) públicos de natureza privada.

Comentários

A alternativa A está correta, dado que os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha
dado estrutura de direito privado, salvo disposição legal em sentido contrário, são bens dominicais, conforme
disposto pelo Art. 99 do CC:

Art. 99. São bens públicos:

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

São bens dominicais aqueles que são destinados ao uso exclusivo de pessoas jurídicas de direito público que se
encontram livres de qualquer afetação específica. Sendo assim, a administração pública pode dar a tais bens o
uso que for mais conveniente. O elemento que caracteriza os bens dominicais é não terem afetação (determinação
de uso específico)

A alternativa B está incorreta, pois os bens em questão não são particulares, e sim dominicais.

Os bens particulares são aqueles pertencentes a um dos cônjuges, com relação ao seu título aquisitivo. Se tratando
da comunhão parcial, se configuram como particulares os bens que foram adquiridos antes e depois do
casamento, por herança ou doação, tanto quanto os adquiridos com o produto da venda de outros bens
particulares. Os demais bens, que foram adquiridos pelos cônjuges durante o tempo em que se der o matrimônio,
são classificados como aquestos, e constituem acervo comum. São tais bens comuns que dão direito à meação,
divisão em duas partes iguais na partilha, que acontece após a dissolução do casamento. As mesmas regras valem
para os companheiros, pois a união estável atende ao regime da comunhão parcial de bens, exceto se houver
contrato escrito dispondo de forma diversa.

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Aula 03

Os bens dominicais são aqueles que, mesmo constituindo parte do patrimônio público, não possuem uma
destinação pública determinada ou um fim administrativo específico (por exemplo, prédios públicos
desativados).

A alternativa C está incorreta, visto que os bens definidos pelo enunciado são os bens dominicais, e não de uso
comum do povo.

Os bens de uso comum do povo são bens do Estado, mas destinados ao uso da população. Ex.: praias, ruas, praças
etc. As regras para o uso desses bens serão determinadas na legislação de cada um dos entes proprietários.

Os bens dominicais são aqueles que fazem parte do patrimônio público, mas não possuem uma finalidade
específica, podendo a administração direcioná-los de forma que melhor for conveniente.

A alternativa D está incorreta, pois o enunciado não classifica os bens de uso especial, e sim os bens dominicais.

Os bens de uso especial são bens, móveis ou imóveis, que se destinam ao uso pelo próprio Poder Público para a
prestação de serviços. A população os utiliza na qualidade de usuários daquele serviço. Ex.: hospitais, automóveis
públicos, fórum etc. Assim, compete a cada ente definir os critérios de utilização desses bens.

Os bens dominicais são aqueles que, mesmo fazendo parte dos bens públicos, não têm uma determinação
específica de utilização, portanto são destinados ao que a administração melhor achar conveniente.

A alternativa E está incorreta, dado que o enunciado não trata de bens públicos de natureza privada, e sim dos
bens dominicais.

Os bens públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno
(estados, união, DF, autarquias e fundações de direito público). Todos os outros bens que pertencem às outras
pessoas são particulares.

Os bens dominicais constituem o patrimônio disponível, exercendo o Poder Público os poderes de proprietário
como se particular fosse. São bens desafetados, ou seja, não possuem destinação pública.

2. (VUNESP - IPREMM - SP - Procurador Jurídico - 2019) Acerca dos bens públicos, pode-se
corretamente afirmar que

a) todos bens públicos são inalienáveis.

b) somente os bens de uso comum do povo são alienáveis, observadas as exigências da lei.

c) somente os bens dominicais são alienáveis, observadas as exigências da lei.

d) somente os bens de uso especial são inalienáveis, observadas as exigências da lei.

e) todos os bens públicos são alienáveis, observadas as exigências da lei.

Comentários

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Aula 03

A alternativa A está incorreta, dado que não são todos os bens públicos inalienáveis. Os bens de uso comum e de
uso especial são inalienáveis, porém os dominicais podem ser alienados, desde que de modo legal. Dispõe deste
modo o Arts. 100 e 101 do CC:

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a
sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

A alternativa B está incorreta, pois os bens de uso comum do povo são inalienáveis. Dispõe deste modo o Art.
100 do CC:

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a
sua qualificação, na forma que a lei determinar.

A alternativa C está correta, visto que de fato somente os bens públicos dominicais são alienáveis. Dispõe acerca
o Art. 101 do CC:

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

A alternativa D está incorreta, pois são inalienáveis os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial.
Dispõe deste modo o Art. 100 do CC:

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a
sua qualificação, na forma que a lei determinar.

A alternativa E está incorreta, dado que não são alienáveis todos os bens públicos. Os bens de uso comum do
povo e os de uso especial são inalienáveis. Dispõe deste modo o Art. 100 do CC:

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a
sua qualificação, na forma que a lei determinar.

3. (VUNESP/ PREF. DE SERTÃOZINHO-SP – 2016) Sobre os bens dominicais, é correto afirmar


que

(A) Podem ser adquiridos por particulares, por meio da prescrição aquisitiva extraordinária.

(B) São aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da Administração Pública, inclusive autarquias.

(C) Não podem ser utilizados por particular, com exclusividade, por meio de institutos típicos de direito
privado.

(D) Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público e podem ser alienados.

(E) São aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviços de interesse
público.

Comentários:

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Aula 03

A alternativa A está incorreta. Quando se fala em bens adquiridos por particulares, por meio da
prescrição aquisitiva extraordinária, está se falando em usucapião, ou seja, quando um particular ocupa
um bem dominical (bens públicos que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades), ali produz e gera vínculos e
dentro de um prazo adquire o direito de o adquirir. Contudo, o CC/2002 determina que os bens públicos
não estão sujeitos a usucapião, vejamos: art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens dominicais são os bens públicos que
constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou
real, de cada uma dessas entidades. Enquanto que aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da
Administração Pública, inclusive autarquias, são os bens públicos de uso especial, vejamos: art. 99. São
bens públicos: II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas
autarquias.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens públicos dominicais são aqueles que
constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou
real, de cada uma dessas entidades e, ainda o mesmo código normativo determina que caso a lei não
disponha o contrário, consideram-se dominicais, ainda, os bens pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado, vejamos: art. 99. São bens públicos: III
- os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de
direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário,
consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha
dado estrutura de direito privado.

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, os dominicais são os
bens públicos que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de
direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Além do mais, o mesmo código normativo
determina que estes bens públicos podem ainda, ser alienados, desde que observem as exigências legais,
vejamos: art. 99. São bens públicos: III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Art.
101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

A alternativa E está incorreta. De acordo com o CC/2002, as domínicas são os bens públicos que
constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou
real, de cada uma dessas entidades. Já aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado que
prestam serviços de interesse público,(por exemplo o SESI, SENAIS, etc.) são denominados como bens
particulares, visto que a lei determina que são públicos os bens de domínio nacional(domínio estatal,
ou municipal, por exemplo) pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno(Estados,
Municípios, etc.), enquanto que os demais, que não se encontram no referido rol, independentemente
da pessoa a que pertencerem, serão considerados bens privados, vejamos: art. 98. São públicos os bens
do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são
particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

Gabarito: Letra D.

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4. (VUNESP/ CÂMARA MUNICIPAL DE JABOTICABAL-SP – 2015) Os bens públicos que


constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades é denominado como

(A) dominicais.

(B) de uso comum.

(C) os de uso especial.

(D) usucapião.

(E) repatriados.

Comentários:

A alternativa A está correta e, é o gabarito da questão. Os bens dominicais são os que compõem o
patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Abrangem tanto bens imóveis
quanto bens móveis. São aqueles que, embora integrando o domínio público, diferem dos outros bens
públicos pela possibilidade, sempre presente, de serem utilizados em qualquer fim ou, mesmo,
alienados pela Administração, se assim o desejar. Constituem o patrimônio disponível e alienável da
pessoa jurídica de direito público. São bens que não são afetados a qualquer destino público. Como
exemplos, temos as terras devolutas, oficinas, fazendas e indústrias pertencentes ao Estado. Vejamos:
art. 99, do CC/2002: “São bens públicos: III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

A alternativa B está incorreta. Bens públicos de uso comum, de acordo com o CC/2002, são aqueles
destinados ao uso do público, como por exemplo, praças, rios, mares, estradas, etc. Vejamos: Art. 99. São
bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.

A alternativa C está incorreta. Bens públicos de uso especial, de acordo com o CC/2002 são aqueles
destinados a serviços ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias, podendo ser citados como exemplos, os terrenos ou edifícios destinados
ao estabelecimento de um posto de atendimento médico hospitalar básico a uma comunidade carente.
Vejamos: art. 99. São bens públicos: II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a
serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de
suas autarquias.

A alternativa D está incorreta. Usucapião, de acordo com o CC/2002 usucapião se caracteriza pela
aquisição de uma propriedade, podendo esta ser móvel, ou ainda, imóvel a qual se dá pelo uso
prologando e ininterrupto, durante o prazo legal estabelecido para a prescrição aquisitiva. Entretanto,
tal regra se aplica apenas a bens que não sejam públicos, uma vez que o CC/2002 determina que os bens
públicos não estão sujeitos a usucapião. Vejamos: art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a
usucapião.

A alternativa E está incorreta. Repatriação seria a declaração de bens nacionais (bens de domínio
público) que foram adquiridos de forma lícita, porém, que se encontram no exterior.

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Aula 03

Gabarito: Letra A.

5. (VUNESP/ PREFEITURA DE CAIEIRAS-SP – 2015) Sobre a prescrição aquisitiva de bens


públicos, é correto afirmar que

(A) Todos os bens públicos estão sujeitos à prescrição aquisitiva.

(B) Apenas os bens de uso especial estão sujeitos à prescrição aquisitiva.

(C) Nenhum bem público está sujeito à prescrição aquisitiva.

(D) Apenas os bens dominicais estão sujeitos à prescrição aquisitiva

(E) Apenas os bens de uso especial e os dominicais estão sujeitos à prescrição aquisitiva.

Comentários:

Quando se fala em prescrição aquisitiva, está se falando de usucapião cuja definição se caracteriza pela
aquisição de uma propriedade, podendo esta ser móvel, ou ainda, imóvel a qual se dá pelo uso
prologando e ininterrupto, durante o prazo legal estabelecido para a prescrição aquisitiva. Entretanto,
tal regra se aplica apenas a bens que não sejam públicos, uma vez que o CC/2002 determina que os bens
públicos não estão sujeitos a usucapião. Vejamos: art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a
usucapião.

Sendo assim:

A alternativa A está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens públicos (bens que pertencem a
entidades públicas) não estão sujeitos à usucapião, vejamos: art. 102. Os bens públicos não estão
sujeitos a usucapião.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens de uso especial são considerados
bens públicos, portanto, não estão sujeitos a usucapião. Vejamos: art. 99. São bens públicos: II - os de
uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. Art. 102. Os bens públicos
não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa C está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, os bens públicos não
estão sujeitos a usucapião, vejamos: art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens dominicais são considerados como
bens públicos, portanto, não estão sujeitos a usucapião. Vejamos: Art. 99. São bens públicos: III - os
dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa E está incorreta. Tanto os bens dominicais, como os de uso especial são considerados pelo
CC/2002 como sendo bens públicos, portanto, não estão sujeitos a usucapião. Vejamos: art. 99. São bens
públicos: II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. III - os

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Aula 03

dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Gabarito: Letra C.

6. (VUNESP/ UNICAMP – 2014) Não dispondo a lei em contrário, os bens pertencentes às


pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado são
considerados, de acordo com o Código Civil, como

(A) Privilegiados.

(B) De uso comum.

(C) De uso especial.

(D) Dominicais.

(E) Servidões.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Privilegiados são os bens sobre os quais recaem algum tipo de privilégio,
muito comum nos casos de insolvência, por exemplo, no caso de um devedor em estado de insolvência,
alguns de seus bens serão privilegiados, ou seja, terão privilegio na hora de serem executados, em outras
palavras, quando o juiz determinar que um bem do devedor seja leiloado para que uma dívida seja paga,
alguns bens terão prioridade, a rigor, se vinculam ao direito processual civil e ao direito empresarial e,
não ao direito civil.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, são bens públicos de uso comum do povo as
praças, mares, rios, estradas, etc. vejamos: Art. 99. São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais
como rios, mares, estradas, ruas e praças.

A alternativa C está incorreta. Bens públicos de uso especial, de acordo com o CC/2002 são aqueles
destinados a serviços ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias, podendo ser citados como exemplos, os terrenos ou edifícios destinados
ao estabelecimento de um posto de atendimento médico hospitalar básico a uma comunidade carente.
Vejamos: art. 99. São bens públicos: II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a
serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de
suas autarquias.

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. O CC/2002 determina que quando a lei não
dispuser do contrário, são considerados bens dominicais aqueles que pertencem às pessoas jurídicas
de direito público, mas que se tenha dado estrutura de direito privado, por exemplo, terrenos da
marinha, terras devolutas, prédios de renda, etc. Vejamos: art. 99. Parágrafo único. Não dispondo a lei
em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a
que se tenha dado estrutura de direito privado.

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Aula 03

A alternativa E está incorreta. Quando se fala em servidões, se fala em direito de gozo, ou seja, direito
que se tem sobre imóveis, que, por virtude da lei ou, ainda, por vontade das partes, impõe-se sobre o
prédio que serve em benefício do dominante, com o objetivo de proporcionar a valorização deste. Em
outras palavras, é um direito que se usa para tornar o imóvel mais valioso e útil.

Gabarito: Letra D.

7. (VUNESP/ PC-SP – 2014) Com relação aos bens públicos, é correto afirmar que

(A) Os de uso especial e os dominicais são inalienáveis, inadmitindo desafetação.

(B) Podem ser de uso gratuito ou retribuído, conforme disposição legal.

(C) Os rios, mares, ruas e praças constituem bens de uso especial.

(D) Os de uso especial são aqueles bens públicos revestidos de estrutura de direito privado.

(E) Apenas os dominicais estão sujeitos à usucapião.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens dominicais, por exemplo, terrenos
da marinha, terras devolutas, prédios de renda, etc., são uma modalidade de bens públicos passíveis de
serem alienados, ou seja, podem ser objeto de um negócio jurídico de compra e venda, contudo, os bens
de uso especial, como por exemplo, um prédio usado para manter o INSS, não, vejamos: art. 101. Os bens
públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

A alternativa B está correta e, é o gabarito da questão. O CC/2002 determina que os bens públicos
podem ser gratuitos ou retribuídos (quando o uso do bem público fica condicionado à uma retribuição
monetária, por exemplo, o vendedor ambulante que deve pagar um alvará para que possa vender seus
objetos em uma praça), de acordo com o estabelecido pela lei e pela entidade a cuja administração
pertencerem, vejamos: art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído,
conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, os rios, mares, ruas e praças constituem bens
públicos de uso comum do povo, vejamos: Art. 99. São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais
como rios, mares, estradas, ruas e praças.

A alternativa D está incorreta. Bens públicos de uso especial, de acordo com o CC/2002 são aqueles
destinados a serviços ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias, podendo ser citados como exemplos, os terrenos ou edifícios destinados
ao estabelecimento de um posto de atendimento médico hospitalar básico a uma comunidade carente.
Vejamos: art. 99. São bens públicos: II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a
serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de
suas autarquias.

A alternativa E está incorreta, o CC/2002 determina que os bens públicos, de qualquer ordem não estão
sujeitos a usucapião que se caracteriza pela aquisição de uma propriedade, podendo esta ser móvel, ou

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Aula 03

ainda, imóvel a qual se dá pelo uso prologando e ininterrupto, durante o prazo legal estabelecido para
a prescrição aquisitiva. Vejamos: art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Gabarito: Letra B.

8. (VUNESP/ CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – 2014) De acordo com as
disposições do Código Civil de 2002, assinale a alternativa correta acerca dos bens públicos,
bem como o instituto da usucapião.

(A) Apenas os bens de uso especial estão sujeitos à usucapião.

(B) Apenas os bens dominicais estão sujeitos à usucapião.

(C) Todos os bens públicos estão sujeitos à usucapião.

(D) Apenas os bens de uso comum estão sujeitos à usucapião.

(E) Nenhum bem público está sujeito à usucapião.

Comentários:

Quando se fala em usucapião, esta se caracteriza pela aquisição de uma propriedade, podendo esta ser
móvel, ou ainda, imóvel a qual se dá pelo uso prologando e ininterrupto, durante o prazo legal
estabelecido para a prescrição aquisitiva. Entretanto, tal regra se aplica apenas a bens que não sejam
públicos, uma vez que o CC/2002 determina que os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Vejamos: art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Sendo assim:

A alternativa A está incorreta. De acordo com o CC/2002, bens públicos de uso especial são
considerados como sendo bens públicos, sendo assim, não estão sujeitos a usucapião, vejamos: Art. 99.
São bens públicos: II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas
autarquias; Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens dominicais são bens públicos, como
por exemplo, terrenos da marinha, terras devolutas, prédios de renda, etc., sendo assim, não estão
sujeitos a usucapião, vejamos: Art. 99. São bens públicos: III - os dominicais, que constituem o
patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma
dessas entidades. Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, nenhum bem público está sujeito a usucapião.
Vejamos: Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa D está incorreta. Os bens de uso comum, como praças, mares, rios, estradas e etc., são
considerados pelo CC/2002, como sendo bens públicos, sendo assim, não estão sujeitos a usucapião.
Vejamos: Art. 99. São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas
e praças; Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

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Aula 03

A alternativa E está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, nenhum bem público
está sujeito a usucapião, vejamos: Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Gabarito: Letra E.

9. (VUNESP/ ITESP – 2013) Sobre a classificação de um bem como público, é correto afirmar:

(A) Torna-o inalienável, em todos os casos.

(B) Se classificado como bem de uso comum do povo, é inalienável; se catalogado como bem de uso
especial, alienável

(C) Quando pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito
privado são classificados, em regra, como bens de uso especial

(D) Não podem ser sujeitos a usucapião e, se classificados como dominicais, podem ser alienados,
observadas as exigências da legislação vigente.

(E) Somente os bens dominicais podem ter o uso comum gratuito ou retribuído.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. De acordo com o CC/2002, não são todos os casos que tornam os bens
públicos dominicais como por exemplo, terrenos da marinha, terras devolutas, prédios de renda, etc.,
alienáveis, ou seja, passíveis de ser objeto de um negócio jurídico de compra e venda, para que isso seja
possível, devem ser observadas as exigências da lei, vejamos: art. 101. Os bens públicos dominicais
podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, nem os bens públicos classificados como de
uso comum do povo como por exemplo, praças, rios, mares, estradas, etc., nem os classificados como de
uso especial, como por exemplo um prédio usado para alocar os funcionários do INSS, podem ser objeto
de um negócio jurídico de compra e venda, vejamos: art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo
e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei
determinar.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens públicos quando pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado são classificados,
em regra, como bens dominicais como por exemplo, o SESI, SENAI, etc., vejamos: art. 99. Parágrafo
único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, nenhum bem público
está sujeito a usucapião e, os bens públicos classificados como sendo dominicais podem ser objeto de
um negócio jurídico de compra e venda, desde que observem a lei, vejamos: art. 101. Os bens públicos
dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. Art. 102. Os bens públicos não estão
sujeitos a usucapião.

A alternativa E está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens de uso comum são aqueles bens
públicos os quais podem ter seu uso gratuito ou retribuído, conforme o estabelecido legalmente pela

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Aula 03

entidade a cuja administração pertencer, vejamos: art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser
gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração
pertencerem.

Gabarito: Letra D.

10. (VUNESP/ TJ-SP – 2013) É correto afirmar que os bens públicos.

(A) São de uso gratuito, sendo vedada a cobrança pela sua utilização, ressalvada a possibilidade de
contribuição espontânea.

(B) Dominicais podem ser utilizados por particular, com exclusividade, através da utilização de
institutos típicos de direito privado.

(C) Dominicais estão sujeitos à usucapião, ao contrário dos bens de uso comum do povo e bens de uso
especial.

(D) Dominicais são considerados bens fora de comércio, seguindo a regra da inalienabilidade dos bens
públicos.

(E) De uso especial podem ser penhorados, não se sujeitando à regra de impenhorabilidade que protege
os bens de uso comum do povo.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. De acordo com o CC/2002, o uso comum dos bens públicos pode ser
tanto gratuito, como também, pode ser cobrado algum valor pela utilização do mesmo, conforme
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem, como por exemplo, o uso de
uma praça por um vendedor ambulante, normalmente é regulamentado pelo município, de maneira que
o seu uso somente é possível mediante o pagamento de um alvará. Vejamos a literalidade da lei: art.
103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

A alternativa B está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, os bens públicos
denominados dominicais podem ser utilizados por particular, com exclusividade, através da utilização
de institutos típicos de direito privado, ou seja, desde que a lei não se oponha, pode ser dada a estrutura
de direito privado aos bens dominicais pertencentes às pessoas jurídicas de direito público, vejamos:
art. 99. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, nenhum bem público pode estar sujeito a
usucapião, vejamos: art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens públicos denominados dominicais
podem ser objeto de um negócio jurídico de compra e venda, desde que sejam observadas as exigências
legais, vejamos: art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da
lei.

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A alternativa E está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens públicos de uso especial não podem,
ser fruto de um negócio jurídico de penhora, visto que obedecem a regra da inalienabilidade dos bens
públicos, vejamos: art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Gabarito: Letra B.

11. (VUNESP/ SPTRANS – 2012) No que tange aos bens públicos, assinale a alternativa correta.

(A) Os bens públicos podem ser classificados em “bens de uso comum do povo”, “bens de uso especial”
e “bens dominicais”, sendo todos eles inalienáveis, salvo quando submetidos à desafetação.

(B) Os bens públicos de uso comum do povo e os bens de uso especial são insuscetíveis de aquisição por
usucapião, não valendo a mesma regra para os bens dominicais.
==2b92ae==

(C) Em que pese a regra da inalienabilidade dos bens públicos, é possível que haja alienação de bens de
um ente público a outro, sem que se proceda à desafetação.

(D) Qualquer espécie de bem público pode ser alienado, sem a necessidade de respeitar o procedimento
de desafetação, desde que assim o exija a ordem pública ou a segurança nacional.

(E) Em razão de sua natureza, ao Poder Público é vedada a cobrança pela utilização dos bens públicos,
desde que respeitados todos os procedimentos de regular fruição, conforme estabelecido pelo órgão
competente.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Quanto a classificação, esta se verifica em conformidade com o CC/2002,
uma vez que os bens públicos são classificados como de uso comum do povo, de uso especial e os
dominicais, contudo, no que diz respeito a alienação destes bens, os bens de uso comum do povo, bem
como os de uso especial, não estão sujeitos a serem objeto de um negócio jurídico de compra e venda,
já os bens públicos dominicais podem ser alienados, desde que observem as exigências legais, vejamos:
art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Art. 101. Os bens públicos dominicais
podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, nenhum bem público é passível de usucapião,
vejamos: art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa C está correta e, é o gabarito da questão. Em se tratando da alienação de um bem público


de um ente público a outro, não há o que se falar em proibição, uma vez que, este conservará a sua
qualificação, ou seja, permanecerá sendo um bem público, por este motivo, não haverá desafetação. Tal
fato é possível, devido ao fim do art. 100 do CC/2002 que diz que são inalienáveis os bens públicos,
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar, se a venda é feita de uma
entidade pública a outra, tal qualificação não se perde, vejamos: art. 100. Os bens públicos de uso comum
do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a
lei determinar.

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Aula 03

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, os bens públicos denominados de uso comum
do povo e os de uso especial, não podem ser alienados, em contra partida, os bens públicos denominados
dominicais, podem ser alienados, desde que obedeçam a determinação legal, vejamos: art. 100. Os bens
públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua
qualificação, na forma que a lei determinar. Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados,
observadas as exigências da lei.

A alternativa E está incorreta De acordo com o CC/2002, o uso comum dos bens públicos pode ser tanto
gratuito, como também, pode ser cobrado algum valor pela utilização do mesmo, conforme estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem, como por exemplo, o uso de uma praça por
um vendedor ambulante, normalmente é regulamentado pelo município, de maneira que o seu uso
somente é possível mediante o pagamento de um alvará. Vejamos a literalidade da lei: art. 103. O uso
comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela
entidade a cuja administração pertencerem.

Gabarito: Letra C.

12. (VUNESP/ TJ-SP – 2011) A respeito dos bens públicos, é correto afirmar:

(A) Os bens dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

(B) O hospital municipal, o prédio da escola pública e o Fórum são bens de uso comum do povo.

(C) É admissível a usucapião constitucional em bens públicos.

(D) O uso comum dos bens públicos será sempre gratuito.

Comentários:

A alternativa A está correta e, é o gabarito da questão. De acordo com o CC/2002, os bens dominicais
podem ser alienados, desde que observadas as exigências da lei, vejamos: art. 101. Os bens públicos
dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o CC/2002, o hospital municipal, o prédio da escola
pública e o Fórum são bens de uso especial, uma vez que são edifícios ou terrenos destinados a serviço
ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial, ou municipal, inclusive os de suas
autarquias, vejamos: art. 99. São bens públicos: II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos
destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias;

A alternativa C está incorreta. De acordo com o CC/2002, nenhum bem público está sujeito a usucapião,
vejamos: art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o CC/2002, nem sempre os bens públicos são de uso
gratuito, este uso pode ser retribuído também, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a
cuja administração pertencerem, como exemplo, pode-se citar o vendedor ambulante que para que
possa vender sua mercadoria em uma praça, deve pagar um alvará ao Município, vejamos: art. 103. O
uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente
pela entidade a cuja administração pertencerem.

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Aula 03

Gabarito: Letra A.

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Aula 03

VUNESP

Bens Públicos (Art. 98 Ao 103)

1. (VUNESP - IPREMM - SP - Procurador Jurídico - 2019) Conforme disciplina do Código Civil, os


bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de
direito privado, salvo disposição legal em sentido contrário, são bens

a) dominicais.

b) particulares.

c) de uso comum do povo.

d) de uso especial.

e) públicos de natureza privada.

2. (VUNESP - IPREMM - SP - Procurador Jurídico - 2019) Acerca dos bens públicos, pode-se
corretamente afirmar que

a) todos bens públicos são inalienáveis.

b) somente os bens de uso comum do povo são alienáveis, observadas as exigências da lei.

c) somente os bens dominicais são alienáveis, observadas as exigências da lei.

d) somente os bens de uso especial são inalienáveis, observadas as exigências da lei.

e) todos os bens públicos são alienáveis, observadas as exigências da lei.

3. (VUNESP/ PREF. DE SERTÃOZINHO-SP – 2016) Sobre os bens dominicais, é correto afirmar


que

(A) Podem ser adquiridos por particulares, por meio da prescrição aquisitiva extraordinária.

(B) São aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da Administração Pública, inclusive autarquias.

(C) Não podem ser utilizados por particular, com exclusividade, por meio de institutos típicos de direito
privado.

(D) Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público e podem ser alienados.

(E) São aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviços de interesse
público.

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Aula 03

4. (VUNESP/ CÂMARA MUNICIPAL DE JABOTICABAL-SP – 2015) Os bens públicos que


constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades é denominado como

(A) dominicais.

(B) de uso comum.

(C) os de uso especial.

(D) usucapião.

(E) repatriados.

5. (VUNESP/ PREFEITURA DE CAIEIRAS-SP – 2015) Sobre a prescrição aquisitiva de bens


==2b92ae==

públicos, é correto afirmar que

(A) Todos os bens públicos estão sujeitos à prescrição aquisitiva.

(B) Apenas os bens de uso especial estão sujeitos à prescrição aquisitiva.

(C) Nenhum bem público está sujeito à prescrição aquisitiva.

(D) Apenas os bens dominicais estão sujeitos à prescrição aquisitiva

(E) Apenas os bens de uso especial e os dominicais estão sujeitos à prescrição aquisitiva.

6. (VUNESP/ UNICAMP – 2014) Não dispondo a lei em contrário, os bens pertencentes às


pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado são
considerados, de acordo com o Código Civil, como

(A) Privilegiados.

(B) De uso comum.

(C) De uso especial.

(D) Dominicais.

(E) Servidões.

7. (VUNESP/ PC-SP – 2014) Com relação aos bens públicos, é correto afirmar que

(A) Os de uso especial e os dominicais são inalienáveis, inadmitindo desafetação.

(B) Podem ser de uso gratuito ou retribuído, conforme disposição legal.

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Aula 03

(C) Os rios, mares, ruas e praças constituem bens de uso especial.

(D) Os de uso especial são aqueles bens públicos revestidos de estrutura de direito privado.

(E) Apenas os dominicais estão sujeitos à usucapião.

8. (VUNESP/ CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – 2014) De acordo com as
disposições do Código Civil de 2002, assinale a alternativa correta acerca dos bens públicos,
bem como o instituto da usucapião.

(A) Apenas os bens de uso especial estão sujeitos à usucapião.

(B) Apenas os bens dominicais estão sujeitos à usucapião.

(C) Todos os bens públicos estão sujeitos à usucapião.

(D) Apenas os bens de uso comum estão sujeitos à usucapião.

(E) Nenhum bem público está sujeito à usucapião.

9. (VUNESP/ ITESP – 2013) Sobre a classificação de um bem como público, é correto afirmar:

(A) Torna-o inalienável, em todos os casos.

(B) Se classificado como bem de uso comum do povo, é inalienável; se catalogado como bem de uso
especial, alienável

(C) Quando pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito
privado são classificados, em regra, como bens de uso especial

(D) Não podem ser sujeitos a usucapião e, se classificados como dominicais, podem ser alienados,
observadas as exigências da legislação vigente.

(E) Somente os bens dominicais podem ter o uso comum gratuito ou retribuído.

10. (VUNESP/ TJ-SP – 2013) É correto afirmar que os bens públicos.

(A) São de uso gratuito, sendo vedada a cobrança pela sua utilização, ressalvada a possibilidade de
contribuição espontânea.

(B) Dominicais podem ser utilizados por particular, com exclusividade, através da utilização de
institutos típicos de direito privado.

(C) Dominicais estão sujeitos à usucapião, ao contrário dos bens de uso comum do povo e bens de uso
especial.

(D) Dominicais são considerados bens fora de comércio, seguindo a regra da inalienabilidade dos bens
públicos.

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(E) De uso especial podem ser penhorados, não se sujeitando à regra de impenhorabilidade que protege
os bens de uso comum do povo.

11. (VUNESP/ SPTRANS – 2012) No que tange aos bens públicos, assinale a alternativa correta.

(A) Os bens públicos podem ser classificados em “bens de uso comum do povo”, “bens de uso especial”
e “bens dominicais”, sendo todos eles inalienáveis, salvo quando submetidos à desafetação.

(B) Os bens públicos de uso comum do povo e os bens de uso especial são insuscetíveis de aquisição por
usucapião, não valendo a mesma regra para os bens dominicais.

(C) Em que pese a regra da inalienabilidade dos bens públicos, é possível que haja alienação de bens de
um ente público a outro, sem que se proceda à desafetação.

(D) Qualquer espécie de bem público pode ser alienado, sem a necessidade de respeitar o procedimento
de desafetação, desde que assim o exija a ordem pública ou a segurança nacional.

(E) Em razão de sua natureza, ao Poder Público é vedada a cobrança pela utilização dos bens públicos,
desde que respeitados todos os procedimentos de regular fruição, conforme estabelecido pelo órgão
competente.

12. (VUNESP/ TJ-SP – 2011) A respeito dos bens públicos, é correto afirmar:

(A) Os bens dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

(B) O hospital municipal, o prédio da escola pública e o Fórum são bens de uso comum do povo.

(C) É admissível a usucapião constitucional em bens públicos.

(D) O uso comum dos bens públicos será sempre gratuito.

GABARITO
1. IPREMM – SP A
2. IPREMM – SP C
3. PREF. DE SERTÃOZINHO-SP D
4. Câm. Municipal de Jaboticabal-SP A
5. Pref. de Caieiras-SP C
6. UNICAMP D
7. PC-SP B
8. Câm. Mun. de S. José dos Campos E
9. ITESP D
10. TJ-SP B
11. SPTRANS C
12. TJ-SP A

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Aula 03

FGV

Bens Públicos (Art. 98 Ao 103)

1. (XXXIII Exame da OAB) Bruna visitou a mansão neoclássica que André herdara de seu tio e
cuja venda estava anunciando. Bruna ficou fascinada com a sala principal, decorada com um
piano do século XIX e dois quadros do conhecido pintor Monet, e com os banheiros, ornados
com torneiras desenhadas pelos melhores profissionais da época. Diante disso, decidiu
comprá-la.

Na ausência de acordo específico entre Bruna e André, por ocasião da transferência da


propriedade, Bruna receberá

A) a mansão com os quadros, o piano e as torneiras, pois todos esses bens são classificados como
benfeitorias, que seguem o destino do bem principal vendido.

B) apenas a mansão, eis que o princípio da gravitação jurídica não é aplicável aos demais bens citados
no caso.

C) a mansão juntamente com as torneiras dos banheiros, consideradas partes integrantes, mas não os
quadros e o piano, considerados pertenças.

D) a mansão e os quadros, pois, sendo considerados pertenças, impõe-se a regra de que o acessório deve
seguir o destino do principal, mas o piano e as torneiras poderão ser removidos por André antes da
transferência.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois as torneiras são partes integrantes e os quadros e piano são
pertenças, não se classificando como benfeitorias, definida no art. 96.

A alternativa B está incorreta, pois as partes integrantes, como as torneiras, acompanham o bem
principal. Apenas as pertenças estão excluídas, salvo disposição em contrário.

A alternativa C está correta, pois as torneiras são consideradas partes integrantes, acompanhando a
mansão. Contudo, os quadros e pianos são considerados pertenças e não acompanham o principal, em
regra, conforme o art. 93: “São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam,
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro" e art. 94: “os negócios jurídicos
que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da
manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso"

A alternativa D está incorreta, uma vez que, conforme o art. 94, as pertenças não acompanham o bem
principal.

Gabarito: C

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Aula 03

2. (XXII Exame da OAB) Ricardo realizou diversas obras no imóvel que Cláudia lhe emprestou:
reparou um vazamento existente na cozinha; levantou uma divisória na área de serviço para
formar um novo cômodo, destinado a servir de despensa; ampliou o número de tomadas
disponíveis; e trocou o portão manual da garagem por um eletrônico.

Quando Cláudia pediu o imóvel de volta, Ricardo exigiu o ressarcimento por todas as
benfeitorias realizadas, embora sequer a tenha consultado previamente sobre as obras.

Somente pode-se considerar benfeitoria necessária, a justificar o direito ao ressarcimento,

A) o reparo do vazamento na cozinha.

B) a formação de novo cômodo, destinado a servir de despensa, pelo levantamento de divisória na área
de serviço.

C) a ampliação do número de tomadas.

D) a troca do portão manual da garagem por um eletrônico.

Comentários

A alternativa A está correta, já que, segundo o art. 96, §3º, “São necessárias as benfeitorias que têm por
fim conservar o bem ou evitar que se deteriore”.

A alternativa B está incorreta, dado que a formação de um novo cômodo é benfeitoria útil, que,
conforme o art. 96, §2º “São úteis as benfeitorias que aumentam ou facilitam o uso do bem”. Veja que
sem a inclusão do novo cômodo não seria a casa destruída, mas apenas fica mais “usável”.

A alternativa C está incorreta, porque as tomadas também são benfeitorias úteis, pois com mais
tomadas, “usa-se mais a casa”, mas a casa não cairá se tiver apenas uma tomada.

A alternativa D está incorreta, mais uma vez, por se tratar a troca do portão como uma benfeitoria útil,
pois a casa com portão manual é tão “bem acabada” e não corre risco de cair quanto a casa com portão
automático. Não é voluptuária porque não se volta ao mero deleite ou recreio.

Gabarito: A

3. (FGV - IMBEL – Advogado - 2021) Segundo o Código Civil, os bens que compõem o patrimônio
das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, são

A) bens particulares afetados ao serviço público.

B) bens públicos de uso comum não sujeitos a usucapião.

C) bens públicos dominicais que estão sujeitos a usucapião.

D) bens públicos de uso especial que podem ser alienados, observadas as exigências legais.

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Aula 03

E) bens públicos dominicais que podem ser alienados, observadas as exigências legais.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois segundo o art. 98 do CC, todos os bens que não são do domínio
nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno são privados: Art. 98. São públicos
os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os
outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem". Assim, os bens pertencentes às
pessoas jurídicas de direito privado seriam considerados apenas bens particulares.

A alternativa B está incorreta. Os bens de uso comum são aqueles que podem ser utilizados por
qualquer um, como por exemplo as praças, ruas, mares, rios. É o que dita o art. 99, inc. I do CC: “Art. 99.
São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças”. Estes
bens, não podem ter sua natureza jurídica alterada, não havendo, portanto, a possibilidade de
condizerem com a definição dada pelo enunciado.

A alternativa C está incorreta, pois os bens dominicais constituem patrimônio disponível e alienável,
porém, tal fato não gera alteração da sua natureza jurídica, ou seja, permanece, então, sendo
considerado um bem público.

A alternativa D está incorreta, pois os bens de uso especial são aqueles que se destinam especialmente
à execução de serviços públicos, nos termos do art. 100 do CC: “Art. 100. Os bens públicos de uso comum
do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a
lei determinar”. No entanto, a sua inalienabilidade não é absoluta, de maneira que pode perder tal
característica em razão de desafetação. Em suma, há a mudança de destinação do bem, visando incluir
bens de uso comum do povo ou especial na categoria de bens dominicais.

A alternativa E está correta e, é o gabarito da questão, pois vai de encontro com o expresso pelo art. 99,
inc. III do CC: “Art. 99. São bens públicos: III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades”.

4. (FGV - Prefeitura de Salvador - BA - Guarda Civil Municipal- 2019) Em relação aos bens
públicos municipais do Município de Salvador, de acordo com o Código Civil e a doutrina de
Direito Administrativo, assinale a opção que apresenta exemplos de bens de uso especial.

(A) Correios e garagem de veículos de transporte coletivo privado.

(B) Postos de saúde, creches e cemitérios municipais.

(C) Estabelecimentos privados que prestam serviços de educação.

(D) Praças, estradas e ruas municipais.

(E) Lagoas, rios e mares que banham a cidade.

Comentários:

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Aula 03

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Os bens de uso especial são os relacionados
diretamente a prestação dos serviços e as demais prestações da administração pública, sendo eles
divididos em diretos e indiretos.

Diretos: de modo geral, a estrutura física para a prestação dos serviços públicos: edificação, veículos, no
caso do cemitério trata-se de bem público especial por concessão de uso.

Indiretos: são bens que o poder público não utiliza diretamente de fato, mas tem legalmente o dever de
conservar: reservas ambientais, reservas indígenas.

De acordo com o art. 99, Inc. II do Código Civil, são bens públicos:

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
==2b92ae==

GABARITO: B

5. (FGV / DPE-RJ – 2019) O Prefeito do Município Alfa comunicou à sua assessoria que almejava
criar um serviço de assistência social destinado à população carente. Ao analisar os três bens
públicos disponíveis, consistentes em (I) uma praça pública; (II) uma repartição pública,
vinculada à Secretaria Municipal de Fazenda, em pleno funcionamento; e (III) um prédio
desocupado, que há muitas décadas sediara uma inspetoria fiscal, determinou que o serviço
fosse instalado no bem dominical. Preenche(m) a característica indicada pelo Prefeito
Municipal o(s) bem(ns) referido(s) somente em:

(A) I;

(B) II;

(C) III;

(D) I e II;

(E) II e III.

Comentários:

A alternativa C está correta e, é o gabarito da questão. Levando-se em consideração que o prefeito do


Município Alfa quer criar um serviço de assistência social e, determinou que tal serviço deve ser
instalado em um bem dominical, então, de acordo com o art. 99, Inc. III, do CC/2002, a melhor opção é
o prédio desocupado, que há muitas décadas sediaria uma inspetoria fiscal, já que, este se enquadra na
definição de bem público dominical, pois, constitui o patrimônio de uma pessoa jurídica de direito
público (o Município Alfa), como objeto de direito pessoal, ou real, dessa entidade, ou seja, tal prédio
pertence ao Município, por isso, é um objeto que deve servir ao município, o que se entende como objeto
de direito pessoal, ou real. Sendo assim, automaticamente é possível descartar as outras duas
possibilidades, que seria uma praça pública, já que esta na verdade, de acordo com o mesmo art. 99, Inc.
I é um bem público de uso comum do povo e, não do Município. Por fim, é possível também descartar a

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segunda opção, pois, uma repartição pública vinculada à secretaria Municipal da Fazenda, em pleno
funcionamento é, de acordo com o Inc. II do art. 99, um bem público de uso especial, como por exemplo,
edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração, dentre outras, a
municipal. Vejamos a literalidade da lei:

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Gabarito: Letra C.

6. (FGV/ TJ-SC – 2018) A Câmara Municipal de Palhoça é estabelecida em bem próprio do


referido ente federativo. Esse bem deve ser considerado:

(A) popular;

(B) dominical;

(C) de uso privativo;

(D) de uso especial;

(E) de uso comum do povo.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Um bem popular se equipararia a um bem de uso comum do povo,
descrito no art. 99, Inc. I do CC/2002, que dentre os quais citam-se os rios, mares, estradas, ruas e praças,
ou seja, são bens públicos de uso comum da população em geral, por esse motivo não é possível afirmar
que um bem próprio de um ente federativo é de uso popular.

A alternativa B está incorreta. Dominical são, de acordo com o art. 99, Inc. III, os bens que constituem
o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito público, como objeto de
direito pessoal, ou real de cada uma das entidades de direito público, sendo assim, não é possível afirmar
que um bem próprio do ente federativo é um bem que será usado como objeto de um direito pessoal,
ou real da entidade, como por exemplo, seria utilizar um prédio desocupado que serviria para abrigar
um órgão de um ente público com objetivo de servir à comunidade.

A alternativa C está incorreta. Não há o que se falar em uso privativo de um bem público, quando se
trata de bens públicos.

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. Como a Câmara Municipal é estabelecida em


bem próprio do ente federativo, esta se enquadra na característica do art. 99, Inc. II: é um bem público

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de uso especial, como por exemplo, os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.

A alternativa E está incorreta. Bens de uso comum do povo são aqueles descritos no art. 99, Inc. I: rios,
mares, estradas, ruas e praças. Por essa razão, não há como afirmar que um bem próprio de um ente
federativo é de uso popular.

Gabarito: Letra D.

7. (FGV / TJ-AL– 2018) Determinada sociedade empresarial recebeu autorização do Poder


Executivo municipal para manter uma praça pública, onde poderia, inclusive, divulgar
publicidade de sua marca.

Diante dessa situação, afirma-se que a praça é um bem público:

(A) de uso comum;

(B) alienável;

(C) de uso especial;

(D) dominical;

(E) de uso privado.

Comentários:

A alternativa A está correta e, é o gabarito da questão. Em se tratando de praças, essas são


caracterizadas pelo CC/2002, em seu art. 99, Inc. I como sendo bens públicos de uso comum do povo,
não havendo o que se falar de se tratar de bem público alienável, uma vez que o art. 100 do mesmo
código normativo determina que são inalienáveis os bens públicos de uso comum do povo enquanto
conservarem a sua qualificação. Ademais, não há o que se falar, também em bem público de uso especial,
pois, de acordo com o art. 99, Inc. II, estes bens são como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal. Também não é possível
afirmar que as praças são bens dominicais, pois, apesar de serem bens públicos, estes são de acordo
com o art. 99, Inc. III, aqueles constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Por fim, não se pode afirmar que as
praças são bens de uso privativo, uma vez que já se abordou, exaustivamente que estas são bens
públicos.

Gabarito: Letra A.

8. (FGV / PREFEITURA DE PAULÍNIA – SP – 2015) Em matéria de bens públicos, o Código Civil


estabelece que o seu uso comum:

(A) Deve ser necessariamente gratuito, já que tais bens pertencem a toda a coletividade de forma geral
e abstrata;

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(B) Deve ser necessariamente retribuído, por meio de contribuição econômica por parte dos
particulares beneficiados;

(C) Pode ser gratuito ou retribuído, conforme decidir arbitrariamente a autoridade competente;

(D) Pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja
administração pertencerem;

(E) Deve ser necessariamente oneroso, a fim de que toda a coletividade se beneficie.

Comentários:

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. O CC/2002 em seu art. 103 abarca que os bens
públicos de uso comum podem ter seu uso gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente
pela entidade a cuja administração pertencerem, vejamos: art. 103. O uso comum dos bens públicos
pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja
administração pertencerem.

Gabarito: Letra D.

9. (FGV / AL-MT – 2013) O Código Civil classifica os bens em públicos e particulares. Dentre as
características dos bens públicos tem‐se, como regra geral, a sua inalienabilidade. Porém,
excepcionalmente, o Código Civil estabelece a possibilidade de alienação dos bens públicos.
Assinale a alternativa que indica uma situação em que a excepcional alienação de bens
públicos poderá ocorrer.

(A) Podem ser alienados desde que afetados a prestação de um serviço público.

(B) Podem ser alienados desde que sejam bens denominados de uso comum do povo, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

(C) Podem ser alienados desde que sejam bens de uso especial, independentemente de lei autorizadora.

(D) Podem ser alienados desde que sejam bens dominicais, observadas as exigências legais.

(E) Podem ser alienados desde que sejam bens públicos sujeitos à prescrição aquisitiva.

Comentários:

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão. Dentre as características dos bens públicos
temos a inalienabilidade, desde que destinados ao uso comum do povo ou para fins administrativos, ou
seja, enquanto guardarem a afetação pública os bens públicos de uso comum do povo e os de uso
especial são inalienáveis. É o que diz o art. 100 do CC/2002: art. 100. Os bens públicos de uso comum
do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a
lei determinar. Porém, esta característica poderá ser revogada, se mediante lei especial tenham tais
bens perdido sua utilidade ou necessidade, não mais conservando a sua qualificação. Quando ocorre a
desafetação, que é a mudança da destinação de um bem público, ele acaba incluído no rol dos bens
dominicais, sendo que, de acordo com o art. 101: “Os bens públicos dominicais podem ser alienados,

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observadas as exigências da lei”. A venda ocorre em hasta pública ou por meio de concorrência
administrativa.

Gabarito: Letra D.

10. (FGV / SEAD-AP – 2011) Caio, visitando a cidade de Macapá, admirou-se com a beleza da Praça
Barão do Rio Branco e da Praça São Sebastião, locais aprazíveis onde a população local realiza
atividades diárias, unindo cidadãos jovens, com outros mais experimentados pela vida. As
praças abrigam atividade do Município, em prol da comunidade. Os eventos ali realizados são
gratuitos, mas a presença de vendedores ambulantes somente ocorre mediante autorização
do Município de Macapá, por meio do pagamento de dinheiro, depositado nos cofres públicos,
cujo valor é destinado à manutenção do local. Diante do exposto acima, analise as afirmativas
a seguir:

I. as praças, como bens públicos, somente podem ser utilizadas gratuitamente;

II. a atividade dos ambulantes, como vendedores de mercadorias, não pode ser autorizada pelo
Município, em praças;

III. a população utiliza as praças, em regra, sem gerar qualquer contribuição pecuniária ao poder
público municipal;

IV. sendo bens de uso especial, as praças podem ser cercadas e fechadas ao uso da coletividade;

V. o Município pode regular as atividades na praça, determinando o uso gratuito ou remunerado


das atividades ali realizadas.

Assinale:

(A) Se somente a afirmativa I for verdadeira.

(B) Se somente as afirmativas I e IV forem verdadeiras.

(C) Se somente as afirmativas I e II forem verdadeiras.

(D) Se somente as afirmativas II, IV e V forem verdadeiras.

(E) Se somente as afirmativas III e V forem verdadeiras.

Comentários:

A afirmação I está incorreta. De acordo com o CC/2002, as praças públicas, bem como os bens públicos
podem ser gratuitos, bem como retribuídos, ou seja, podem ser utilizados gratuitamente, como também,
a entidade pública responsável pode exigir uma retribuição pelo uso do bem público. Sendo assim, não
há o que se falar em exclusividade de usufruto gratuito, como se percebe na descrição do art. 103: “O
uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente
pela entidade a cuja administração pertencerem”.

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Aula 03

A afirmação II está incorreta. A atividade de ambulantes, como vendedores de mercadorias, na verdade,


pode ser autorizada pelo Município, em praças públicas, contudo, deverá haver a taxação para tal uso,
são um exemplo dos casos descritos pelo art. 103, do CC/2002, de que o uso do bem público pode ser
retribuído. Vejamos: art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

A afirmação III está correta. Como se sabe a população utiliza as praças de uma cidade, em regra, de
forma gratuita, mas tendo em vista a conveniência e oportunidade a utilização da praça poderá vir a ser
do modo retribuído.

A afirmação IV está incorreta. As praças públicas não podem ser cercadas nem fechadas ao uso da
coletividade uma vez que são bens públicos de uso da coletividade, como descreve o art. 99 do CC/2002:
“São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças”.

A afirmação V está correta. O Município pode regular as atividades na praça, determinando o uso
gratuito ou remunerado das atividades ali realizadas, como dispõe o art. 103 do CC/2002, vejamos: 103:
O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente
pela entidade a cuja administração pertencerem.

Sendo assim, a alternativa E está correta e, é o gabarito da questão.

Gabarito: Letra E.

11. (FGV / TRE-PA – 2011) Maria foi buscar seu filho na Escola Estadual Pereira Flores, passando
pela Avenida das Rosas. No caminho, passou pelo prédio do Tribunal Regional Eleitoral e pela
Praça das Árvores Frondosas, que fica em frente a um terreno desocupado de propriedade
do Estado do Pará. De acordo com o Código Civil, a escola, a avenida, o prédio do TRE, a praça
e o terreno são bens públicos, respectivamente classificados como

(A) Especial, especial, especial, de uso comum do povo, dominical.

(B) De uso comum do povo, especial, dominical, de uso comum do povo, dominical.

(C) Dominical, de uso comum do povo, de uso comum do povo, especial, de uso comum do povo.

(D) De uso comum do povo, de uso comum do povo, especial, de uso comum do povo, dominical.

(E) Especial, de uso comum do povo, especial, de uso comum do povo, dominical.

Comentários:

Levando em consideração as definições dos bens dada pelo próprio CC/2002, temos: a escola como um
bem de uso especial, uma vez que o art. 99, Inc. II, do CC/2002 determina que: “São bens públicos: os de
uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias”.

A avenida é considerada um bem de uso comum do povo, como determina o art. 99, Inc. I: “São bens
públicos: os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças”.

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Aula 03

O prédio do TRE como um bem de uso especial, pois, o CC/2002, em seu art. 99, Inc. II, determina que:
“São bens públicos: os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas
autarquias”.

A praça um bem de uso comum do povo, como descreve o art. 99, Inc. I: “São bens públicos: os de uso
comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças”.

Por fim, o terreno é considerado um bem dominical, como determina o art. 99, Inc. III: “São bens
públicos: os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades”.

Sendo assim, a alternativa E está correta e, é o gabarito da questão.

Gabarito: Letra E.

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Aula 03

FGV

Bens Públicos (Art. 98 Ao 103)

1. (XXXIII Exame da OAB) Bruna visitou a mansão neoclássica que André herdara de seu tio e
cuja venda estava anunciando. Bruna ficou fascinada com a sala principal, decorada com um
piano do século XIX e dois quadros do conhecido pintor Monet, e com os banheiros, ornados
com torneiras desenhadas pelos melhores profissionais da época. Diante disso, decidiu
comprá-la.

Na ausência de acordo específico entre Bruna e André, por ocasião da transferência da


propriedade, Bruna receberá

A) a mansão com os quadros, o piano e as torneiras, pois todos esses bens são classificados como
benfeitorias, que seguem o destino do bem principal vendido.

B) apenas a mansão, eis que o princípio da gravitação jurídica não é aplicável aos demais bens citados
no caso.

C) a mansão juntamente com as torneiras dos banheiros, consideradas partes integrantes, mas não os
quadros e o piano, considerados pertenças.

D) a mansão e os quadros, pois, sendo considerados pertenças, impõe-se a regra de que o acessório deve
seguir o destino do principal, mas o piano e as torneiras poderão ser removidos por André antes da
transferência.

2. (XXII Exame da OAB) Ricardo realizou diversas obras no imóvel que Cláudia lhe emprestou:
reparou um vazamento existente na cozinha; levantou uma divisória na área de serviço para
formar um novo cômodo, destinado a servir de despensa; ampliou o número de tomadas
disponíveis; e trocou o portão manual da garagem por um eletrônico.

Quando Cláudia pediu o imóvel de volta, Ricardo exigiu o ressarcimento por todas as
benfeitorias realizadas, embora sequer a tenha consultado previamente sobre as obras.

Somente pode-se considerar benfeitoria necessária, a justificar o direito ao ressarcimento,

A) o reparo do vazamento na cozinha.

B) a formação de novo cômodo, destinado a servir de despensa, pelo levantamento de divisória na área
de serviço.

C) a ampliação do número de tomadas.

D) a troca do portão manual da garagem por um eletrônico.

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3. (FGV - IMBEL – Advogado - 2021) Segundo o Código Civil, os bens que compõem o patrimônio
das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, são

A) bens particulares afetados ao serviço público.

B) bens públicos de uso comum não sujeitos a usucapião.

C) bens públicos dominicais que estão sujeitos a usucapião.

D) bens públicos de uso especial que podem ser alienados, observadas as exigências legais.

E) bens públicos dominicais que podem ser alienados, observadas as exigências legais.

4. (FGV - Prefeitura de Salvador - BA - Guarda Civil Municipal- 2019) Em relação aos bens
públicos municipais do Município de Salvador, de acordo com o Código Civil e a doutrina de
==2b92ae==

Direito Administrativo, assinale a opção que apresenta exemplos de bens de uso especial.

(A) Correios e garagem de veículos de transporte coletivo privado.

(B) Postos de saúde, creches e cemitérios municipais.

(C) Estabelecimentos privados que prestam serviços de educação.

(D) Praças, estradas e ruas municipais.

(E) Lagoas, rios e mares que banham a cidade.

5. (FGV / DPE-RJ – 2019) O Prefeito do Município Alfa comunicou à sua assessoria que almejava
criar um serviço de assistência social destinado à população carente. Ao analisar os três bens
públicos disponíveis, consistentes em (I) uma praça pública; (II) uma repartição pública,
vinculada à Secretaria Municipal de Fazenda, em pleno funcionamento; e (III) um prédio
desocupado, que há muitas décadas sediara uma inspetoria fiscal, determinou que o serviço
fosse instalado no bem dominical. Preenche(m) a característica indicada pelo Prefeito
Municipal o(s) bem(ns) referido(s) somente em:

(A) I;

(B) II;

(C) III;

(D) I e II;

(E) II e III.

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6. (FGV/ TJ-SC – 2018) A Câmara Municipal de Palhoça é estabelecida em bem próprio do


referido ente federativo. Esse bem deve ser considerado:

(A) popular;

(B) dominical;

(C) de uso privativo;

(D) de uso especial;

(E) de uso comum do povo.

7. (FGV / TJ-AL– 2018) Determinada sociedade empresarial recebeu autorização do Poder


Executivo municipal para manter uma praça pública, onde poderia, inclusive, divulgar
publicidade de sua marca.

Diante dessa situação, afirma-se que a praça é um bem público:

(A) de uso comum;

(B) alienável;

(C) de uso especial;

(D) dominical;

(E) de uso privado.

8. (FGV / PREFEITURA DE PAULÍNIA – SP – 2015) Em matéria de bens públicos, o Código Civil


estabelece que o seu uso comum:

(A) Deve ser necessariamente gratuito, já que tais bens pertencem a toda a coletividade de forma geral
e abstrata;

(B) Deve ser necessariamente retribuído, por meio de contribuição econômica por parte dos
particulares beneficiados;

(C) Pode ser gratuito ou retribuído, conforme decidir arbitrariamente a autoridade competente;

(D) Pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja
administração pertencerem;

(E) Deve ser necessariamente oneroso, a fim de que toda a coletividade se beneficie.

9. (FGV / AL-MT – 2013) O Código Civil classifica os bens em públicos e particulares. Dentre as
características dos bens públicos tem‐se, como regra geral, a sua inalienabilidade. Porém,

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Aula 03

excepcionalmente, o Código Civil estabelece a possibilidade de alienação dos bens públicos.


Assinale a alternativa que indica uma situação em que a excepcional alienação de bens
públicos poderá ocorrer.

(A) Podem ser alienados desde que afetados a prestação de um serviço público.

(B) Podem ser alienados desde que sejam bens denominados de uso comum do povo, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

(C) Podem ser alienados desde que sejam bens de uso especial, independentemente de lei autorizadora.

(D) Podem ser alienados desde que sejam bens dominicais, observadas as exigências legais.

(E) Podem ser alienados desde que sejam bens públicos sujeitos à prescrição aquisitiva.

10. (FGV / SEAD-AP – 2011) Caio, visitando a cidade de Macapá, admirou-se com a beleza da Praça
Barão do Rio Branco e da Praça São Sebastião, locais aprazíveis onde a população local realiza
atividades diárias, unindo cidadãos jovens, com outros mais experimentados pela vida. As
praças abrigam atividade do Município, em prol da comunidade. Os eventos ali realizados são
gratuitos, mas a presença de vendedores ambulantes somente ocorre mediante autorização
do Município de Macapá, por meio do pagamento de dinheiro, depositado nos cofres públicos,
cujo valor é destinado à manutenção do local. Diante do exposto acima, analise as afirmativas
a seguir:

I. as praças, como bens públicos, somente podem ser utilizadas gratuitamente;

II. a atividade dos ambulantes, como vendedores de mercadorias, não pode ser autorizada pelo
Município, em praças;

III. a população utiliza as praças, em regra, sem gerar qualquer contribuição pecuniária ao poder
público municipal;

IV. sendo bens de uso especial, as praças podem ser cercadas e fechadas ao uso da coletividade;

V. o Município pode regular as atividades na praça, determinando o uso gratuito ou remunerado


das atividades ali realizadas.

Assinale:

(A) Se somente a afirmativa I for verdadeira.

(B) Se somente as afirmativas I e IV forem verdadeiras.

(C) Se somente as afirmativas I e II forem verdadeiras.

(D) Se somente as afirmativas II, IV e V forem verdadeiras.

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(E) Se somente as afirmativas III e V forem verdadeiras.

11. (FGV / TRE-PA – 2011) Maria foi buscar seu filho na Escola Estadual Pereira Flores, passando
pela Avenida das Rosas. No caminho, passou pelo prédio do Tribunal Regional Eleitoral e pela
Praça das Árvores Frondosas, que fica em frente a um terreno desocupado de propriedade
do Estado do Pará. De acordo com o Código Civil, a escola, a avenida, o prédio do TRE, a praça
e o terreno são bens públicos, respectivamente classificados como

(A) Especial, especial, especial, de uso comum do povo, dominical.

(B) De uso comum do povo, especial, dominical, de uso comum do povo, dominical.

(C) Dominical, de uso comum do povo, de uso comum do povo, especial, de uso comum do povo.

(D) De uso comum do povo, de uso comum do povo, especial, de uso comum do povo, dominical.

(E) Especial, de uso comum do povo, especial, de uso comum do povo, dominical.

GABARITO
1. XXXIII Exame da OAB C
2. XXII Exame da OAB A
3. IMBEL E
4. Prefeitura de Salvador – BA B
5. DPE-RJ C
6. TJ-SC D
7. TJ-AL A
8. PREF. DE PAULÍNIA/SP D
9. AL-MT D
10. SEAD-AP E
11. TRE-PA E

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Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Civil - 2023 5289
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19147624795 - Vitória dos santosPereira

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