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4. Efeito à distância
Nos Estados Unidos a poisonous tree doctrine é conhecida e aplicada desde o início do século passado. Pelo menos,
desde o caso Siverthorne Lumber Co. V. United States (1920)
No direito americano, vigora de forma generalizada a solução do mais irrestrito efeito-à-distância.
o Houve uma tentativa de estreitar o campo de eficácia da poisonous tree doctrine, já fazendo intervir
exigências de causalidade (causal connection) entre a prova primária e a secundária
Já impondo a ideia de independent source, abrindo a porta à valoração da prova secundária
sempre que se possa concluir que ela teria sido adquirida por via autónoma e legal – à
margem da exclusionary rule que marca a prova primária.
Resumidamente o efeito-à-distância seria excluído em caso de actual clean path
como de hypothetic clean path.
Na Alemanha começou por ser maioritariamente negativa a resposta dada.
o Do lado da Alemanha deu-se um movimento de sentido contrário, assistindo-se a um triunfo
progressivo da doutrina basilar do efeito-à-distância.
Desde logo, a aceitação do efeito-à-distância é hoje claramente maioritária na doutrina
As razões invocadas para sustentar o Fernwirkung no direito alemão valem a fortiori no nosso direito
Em primeiro lugar, joga a circunstância de, diferentemente da lei alemã, o legislador português ter associado
as proibições de prova ao regime das nulidades, art. 32.º/6 CRP, 122.º CPP
Em segundo lugar, não devem desatender-se as diferenças de teor literal entre os preceitos
o Enquanto a lei alemã se limita a prescrever a proibição da valoração das provas pertinentes,
concretamente, das declarações, o normativo português proíbe, a valoração de todas as provas obtidas
mediante os métodos proibidos.
O que denuncia a intenção de, em vez de circunscrever a proibição de valoração às provas
diretas e ilegalmente obtidas, generalizar a proibição de valoração a todas as provas
envenenadas pela prova proibida.
O art. 126.º ou os arts. 187.º ss do CPP resultariam frustrados se, não obstante a nulidade das provas obtidas com
violação daquelas normas, fosse possível valorar as provas obtidas através das provas declaradas nulas
No que diz respeito às escutas telefónicas, o efeito-à-distância é reclamado por um conjunto convergente de
considerações onde avultam tópicos como – a eminência da dignidade constitucional do sigilo das
comunicações, art. 34.º CRP; a danosidade social das escutas do ponto de vista da privacidade, associadas ao
princípio nemo tenetur; a circunstância das escutas configurarem um facto criminalmente típico, art. 194.º e
384.º CP, cuja ilicitude só será excluído se cumprirem as exigências materiais.
o Diferentemente, o efeito-à-distância não é reclamado, nem faz sentido, face a proibições de prova
ditadas por exigências de fiabilidade e pertinência probatória
Como sucede, por exemplo, reconhecidamente com a proibição dos testemunhos-de-ouvir-
dizer, que obedece ainda às exigências decorrentes dos princípios de imediação, igualdade
de armas, contraditório e cross-examination.
Tudo valores que não são postos em causa pela valoração dos meios de prova obtidos
a partir da utilização, ilegal, do testemunho-de-ouvi-dizer.
Isto não significa que qualquer violação das proibições de prova, em domínios dos métodos proibidos de
prova ou a escutas telefónicas, haja de desencadear, o efeito-à-distância.
o Para que haja efeito-à-distância é necessário que acresça uma qualificada relação entre a escuta ilegal
e o meio de prova secundário ou mediata.
Uma relação marcada por um nexo de causalidade, à luz da doutrina da imputação objetiva
onde prevalecem conceitos como o fim de proteção da norma, o comportamento lícito
alternativo, a elevação do risco, etc.
Resumidamente, haverá efeito-à-distância quando se puder considerar escuta ilegal por causa
dos meios de prova secundários em questão – “a proibição de valoração que impende sobre a
gravação de um telefonema “deve estender-se a todos os meios de prova que forem obtidos
com base naquela escuta telefónica”
Pela positiva, é a causalidade que decide do efeito-à-distância. Pela negativa, não há efeito-à-
distância quando não se possa imputar-se causalmente à prova primária a obtenção do meio
de prova secundário.
Não haverá efeito-à-distância quando não há nexo de causalidade, isto é, quando a
prova primária representou apenas uma ocasião exterior para a obtenção do meio
secundário que, por vias disso, foi obtido através de um processo autónomo e
independente de conhecimento – independent source.
Também não haverá efeito-à-distância quando se possa afirmar que o meio
secundário de prova, seria, com probabilidade, obtido mesmo que não tivesse havido
prova originária atingida pela proibição de valoração
Por último, também não haverá efeito-à-distância na situações em que o “nexo de
causalidade é interrompido por força da atuação livre do arguido (WOLTER) – por
exemplo, quando o arguido preso preventivamente com base em escutas ilegais, vem,
posteriormente de forma livre, confirmar os factos perante o tribunal
Desde que tenha sido informado de que as escutas são ilegais
III. Efeito-à-distância das proibições de prova e declarações confessórias – o acórdão nº 198/2004 do Tribunal
constitucional e o argumento “the cat is out of the bag”
1. Fundamentação
O acórdão nº 198/2004 do TC considerou como prova autónoma a confissão dos arguidos realizada em audiência de
julgamento e, como tal não abrangida pelo efeito-à-distância de uma escuta envenenada.
Está em causa a norma do artigo 122.º entendida como autorizando, face à nulidade/invalidade de interceções
telefónicas realizadas, a utilização de outras provas, distintas das escutas e a elas subsequentes, quando tais
provas se traduzam nas declarações dos próprios arguido, designadamente quais tais declarações sejam
confessórias.
o Quando retrospetivamente se diz, encarando globalmente certo processo-crime, que determinada
prova não é válida, retirando-se como consequência que a mesma, embora tenha existido, deve ser
tratada como se não existisse, há que determinar se essa inexistência abrange ou não atos posteriores,
que apresentem alguma conexão
Nisto se traduz o “efeito-à-distância”, indagando-se da “comunicabilidade, ou não da
proibição de valoração aos meios secundários de prova tornados possíveis à custa de meios
proibidos de prova.
Ainda que a sentença consiga estabelecer a culpabilidade do arguido, o julgamento só será conforme ao ordenamento
processual – princípio da formalidade, quando nenhuma garantia processual haja sido violada em desfavor do
acusado.
Note-se que, conjugando o art. 32.º/1 e 8, relativamente às provas posteriores constituem, quando
isoladamente consideradas, meios legais de prova, aptos, em princípio, a ser utilizados no processo. A sua
supressão, quando ocorra, constitui uma extensão da ilegalidade do meio de prova anterior.
É necessário verificar se o nexo naturalístico que, caso a caso, se considere existir entre a prova inválida e a
prova posterior é, também ele, um nexo de antijuridicidade que fundamente o “efeito-à-distância”, ou se, pelo
contrário, existe na prova subsequente um tal grau de autonomia relativamente à primeira que a destaque
substancialmente daquela.
Esta consideração tem muita influência do STF dos EUA na decisão Nardone v. United States. A afirmação de um claro efeito reflexo de uma
prova proibida sobre uma prova, em si mesma legal, mas derivada daquela, aparece, pela primeira vez na decisão de 1920 do STN, Silverthorne
Lumber Co. V United States – a metáfora da “árvore venenosa” não é ainda empregue. Estava em causa nesta decisão uma apreensão
reconhecidamente ilegal de determinados livros de contabilidade de uma sociedade, e os factos conhecimentos através destes documentos
ilegalmente obtidos, servira de base uma ulterior incriminação dos dois sócios.
O tribunal não excluiu em Silverthorne que esses mesmos factos pudessem ser obtidos no processo, desde que essa aquisição proviesse
de uma “fonte independente”, ou seja, não se traduzisse numa atribuição de eficácia indireta à prova proibida. Este mesmo
entendimento foi fixado na segunda decisão Nardone de 1939, onde o termo foi pela primeira vez empregue.
O contexto destas decisões foi a afirmação da exclusionary rule, segundo a qual a prova obtida pela acusação
através da violação dos direitos constitucionais do acusado, não pode ser usada contra este
o E com “fruto da árvore venenosa” trata-se de estender a “regra de exclusão” às provas reflexas.
São três as circunstâncias em que uma prova reflexa deve ser excluída do efeito próprio da doutrina do “fruto da
árvore venenosa”
A chamada limitação da “fonte independente” (independent source limitation);
o A primeira situação, a “fonte independente”, remonta à decisão Silverthorn, onde o Juiz Holmes excecionou, expressamente,
a existência de uma independent source corroborando os conhecimentos que também eram derivados da prova proibida. Por
exemplo, Segura v. United States de 1983
A limitação da “descoberta inevitável” (inevitable discovery limitation);
o A projeção do efeito da prova proibida não impossibilita a admissão de outras provas derivadas
quando estas tivessem inevitavelmente sido descobertas, através de outra atividade investigatória
legal.
Nestas situações, está em causa a demonstração pela acusação de que uma outra atividade
investigatória não levada a cabo, mas que seguramente iria ocorrer naquela situação, não fora
a descoberta a descoberta através da prova proibida, conduziria inevitavelmente ao mesmo
resultado
Caso Nix v. Williams, 1983, onde um interrogatório ilegal, porque não precedido da leitura dos Miranda
Warnings, levou o suspeito a indicar a localização do cadáver da vítima. Este porém, sendo certo que
ocorriam concomitantemente buscas no local onde foi encontrado, viria seguramente, a ser descoberta.
E a limitação da “mácula (nódoa) dissipada” (purged taint limitation);
o Nesta, admite-se que uma prova, não obstante deriva de outra prova ilegal, seja aceite, sempre que os
meios de alcançar aquela apresentem uma forte autonomia relativamente a este, em termos tais que
produzam uma decisiva atenuação da ilegalidade precedente.
o Foi o que aconteceu na decisão Wong Sul e al v. United States, em que se considerou que a invalidade de uma detenção
inicial, não assente em “causa provável”, não afetava uma posterior confissão voluntária e esclarecida quanto às suas
consequência, tratando-se esta de um ato independente praticado de livre vontade.
o Considera-se inclusive nos EUA, que nos casos de prova derivada envolvendo ato de vontade
traduzidos, no depoimento de testemunhas ou na decisão do suspeito de confessar o crime ou de
prestar declarações relevantes quanto a este, a invalidade da prova anterior não se projeta na prova
posterior, porque assenta em decisões autónomas, produto de uma livre vontade.
Está assim em causa uma doutrina que abre um amplo espaço à ponderação das situações concretas.
É no art.122º do CPP, que se faz assentar a doutrina dos frutos da árvore venenosa, e, por isso, esta norma
abre um espaço interpretativo no qual há que procurar relações de dependência ou de produção de efeitos,
artigo 122º/1 CPP, que exigem a projeção do mesmo valor negativo que afeta o ato anterior.
A confissão funciona como paradigma de uma prova subsequente autónoma, concretamente por decorrer de um ato de
vontade de quem é advertido do sentido das declarações que venha a prestar, art. 343.º CPP
Quanto à confissão o que foi considerado no acórdão é que esta tem autonomia que possibilita um acesso aos
factos destacável de qualquer forma de acesso anteriormente afetada por um valor negativo.
O entendimento do artigo 122.º/1 do CPP, segundo o qual este abre a possibilidade de ponderação do sentido das
provas subsequentes, não declarando a invalidade destas, quando estiverem em causa declarações de natureza
confessória, mostra-se constitucionalmente conforme.
2. Anotação
2.1. O efeito-à-distância no Direito Processual Penal Português.
As decisões que incidiram sobre o caso sub judice mencionam o artigo 122º, parecendo entender que o efeito remoto
das proibições de prova tem aí a sua consagração
Uma parte da doutrina sustenta que a associação legal entre as proibições de prova e o regime das nulidades
processuais do art. 118.º do CPP, não representa mais do que o cumprimento do art. 32.º/8.
o A produção de prova proibida terá os efeitos da nulidade insanável, incluindo a possibilidade de
conhecimento oficioso até ao trânsito em julgado da decisão final.
Se a violação de uma prova origina, pois, os efeitos, da nulidade, também se lhe aplicará o
artigo 122.º, o que implica o reconhecimento do tele-efeito.
o O principal inconveniente desta perspetiva tem sido o de propiciar a defesa da ideia de que as
nulidades previstas no artigo 126º/3 seriam, ao contrário das absolutas do nº1, relativas, sanáveis e
dependentes de arguição.
A reforma penal parece ter querido afastar este ponto de vista, uma vez que se esclarece
agora, no nº3 que tais prova também não podem ser utilizadas.
Outra parte da doutrina considera que se verifica uma completa independência técnica do regime das
proibições de prova relativamente ao das nulidades processuais.
o Assim, os arts. 118.º do CPP não serão aplicáveis em matéria de proibições de prova e a nulidade
mencionada no art. 32.º/8 CRP, e no art. 126.º CPP não consubstancia uma nulidade em sentido
técnico-processual antes gera uma consequência jurídica específica
A impossibilidade total de utilização, salvo para proceder contra os agentes que praticaram
crimes ao utilizar tais métodos proibidos, art. 126.º/4
o Esta mesma reforma permite reforçar a sustentabilidade da segunda perspetiva.
Ao ter introduzido o recurso de revisão, nos termos do art. 449.º/! “quando se descobrir que
serviram de fundamento à condenação provas proibidas, art. 126.º/1 a 3, consagrou um
regime que transcende o próprio regime das nulidades insanáveis.
Torna-se ainda mais dificilmente defensável a tese de que o nº3 prevê nulidades
sanáveis, tendo em conta que a violação do preceito pode desencadear, tal como a do
nº1 a revisão de uma sentença transitada em julgado.
Parece que é desnecessário o recurso ao art. 122º/1 para alicerçar o efeito-à-distância, devendo antes procurar-
se no art. 32.º/8 e art. 126.º CPP, o efeito remoto da utilização de métodos proibidos de prova
o A leitura que melhor concretiza os direitos elencados no art. 32.º/8 é aquela que não destrinça entre
prova direta e indiretamente conseguida através de métodos proibidos
Há que concluir que, no sistema processual penal português, só poderão ser admitidas restrições ao efeito-à-distância
que não destruam a eficácia das proibições constitucionais da prova – limitações
1) O purged taint exception, nas decisões Wong Sun v. United, podem suceder em duas circunstâncias: 1.1.) Através da limpeza da
nódoa do processo pelos próprios responsáveis pela ação penal, mediante a prossecução da investigação com recurso a meios lícitos e
alternativos, da continuação da recolha de outros meios de prova, desta vez independentes; 1.2.) Pode a mácula processual ser apagada
pela atuação livre do arguido ou de um terceiro. Por exemplo, o caso do arguido que é levado a declarar factos de modo auto-
incriminatório, com recurso a um método proibido, mas que, mais tarde, após ter sido esclarecido de que tais provas não podem ser
utilizadas, opta voluntariamente por confessar os mesmos factos.
o Aqui, uma atuação dos órgãos de investigação criminal, do o arguido ou de um terceiro, interfere na
relação causal existente entre a infração e o resultado probatório secundário, não podendo a prova
mediata ser vista como tendo sido obtida através do comportamento ilícito inicial
Há aqui uma interrupção do nexo de causalidade ou da imputação objetiva entre a violação da
proibição de prova e a prova subsequente
o No entanto, para HELENA MORÃO, isto não representa uma verdadeira exceção à proibição
constitucional de valoração das provas mediatas – trata-se de instrumentos jurídicos de delimitação
dos próprios casos que constituem o efeito remoto.
E, por isso, nem se verifica, uma quebra do nexo de imputação entre a infração e o
procedimento probatório secundário, nem, uma sanação da “nódoa” do processo.
A prova indireta continua a ser proibida. O que vai ser objeto de valoração são outras
provas que, por não estarem causalmente vinculadas à prova primária proibida e que
podem nem ser mediatas, não se pode pretender que sejam contagiadas pela atividade
ilegal prévia: são meios probatórios independentes.
Assim, para esta autoria, não nos encontramos diante de um problema de limitação do
efeito-à-distância, mas de delimitação do efeito-à-distância.
3. Declarações confessórias, liberdade de declaração e o argumento “the cat is out of the bag”
Quando se trata da confissão do arguido é preciso que este seja informado de que a prova direta e os seus eventuais
frutos probatórios sequenciais entretanto obtidos não podem ser utilizados e não o podem prejudicar, e, em segundo
lugar, que as suas declarações não sejam necessárias ao exercício do direito de defesa.
Ora, para HELENA MORÃO, a equiparação que o TC advoga entre arguição da nulidade das escutas pelos
arguidos e informação prestada pelo juiz de que o seu conteúdo não pode ser utilizado contra eles, para efeitos
de reposição das condições de liberdade de confissão, não se pode considerar correta.
No âmbito da common law probatória inglesa, a fruit of the poisonous tree doctrine de origem norte-americana era geralmente
rejeitada, com base no leading case Smith de 1959, em que o tribunal recusou a exclusão de uma confissão do suspeito que se revelava
fruto de uma confissão prévia e ilegal deste. Atualmente, é cada vez mais frequente a invocação, para defesa do reconhecimento do
efeito remoto em matéria de confissão, do efeito cat out of the bag (…) havind already confessed once or twice, he might think he has
little to lose by repetion.
Aplicando esta lógica, se os arguidos impugnaram a legalidade das escutas telefónicas, desde a fase de
instrução, e o tribunal de julgamento não lhes deu razão antes da prestação de declarações autoincriminatórias,
é razoável concluir que só as prestarem por terem achado que não traziam nada de novo ao material que
constava do processo: gravações, flagrante delito (the cat was out of the bag).
Assim, não se pode concordar com a decisão do TC
A forma de produção dos depoimentos confessórios, por ausência de informação pelo tribunal acerca da
invalidade da prova já obtida, não garante a autonomia necessária para que seja considerados meios
probatórios independentes a que o tele-efeito se não possa propagar.
No mesmo sentido vai a jurisprudência do TEDH no caso Gafgen V. Alemanha,
Ora, mesmo que o depoimento do coarguido pudesse ser valorado como prova autónoma não contaminada pelas
escutas ilícitas, não subsistem no caso concreto quaisquer outros elementos probatórios corroborantes, válidos e
bastantes para sustentar uma condenação.
Gera-se a forte suspeita de que o fator decisão para a atribuição de valor probatório à confissão do coarguido
foi o conhecimento do teor das conversações telefónicas, o que resulta inadmissível à luz da proibição de
valoração do art. 32º/8
O coletivo dever-se-ia ter decidido pela inconstitucionalidade de tal preceito, quando lido no sentido de autorizar, na
sequência da nulidade de uma certa prova, a valoração de declarações confessórias dos arguidos, quando estes não
tenham sido previamente informados pelo tribunal de que essa prova nula não pode ser utilizada.