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Equipe Direito Constitucional
Estratégia Concursos
14 de Dezembro de 2021
Índice
1) Princípios Gerais da Atividade Econômica
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Introdução
A ordem econômica consiste em um conjunto de normas que regulam o sistema econômico do País,
definindo, dentre outros pontos, a forma de intervenção do Estado na economia.
A disciplina constitucional da ordem econômica forma aquilo que a doutrina denomina “Constituição
econômica”, que, nas palavras do Prof. Uadi Lammêgo Bulos, “consiste em um microssistema normativo,
integrado à própria carta constitucional positiva, em cujo esteio erigem-se normas e diretrizes constitucionais
que disciplinam, juridicamente, a macroeconomia”.1
Há que se destacar, ainda, que a “Constituição econômica” não se esgota no texto constitucional: ela
também se manifesta por meio de normas infraconstitucionais. É a partir disso que se pode fazer a distinção
entre Constituição econômica material (núcleo essencial de normas que regem o sistema econômico, quer
constem ou não do texto constitucional) e Constituição econômica formal (normas que regem o sistema
econômico e que estão positivadas no texto constitucional, ainda que não dotadas de relevância material). 2
A constitucionalização da ordem econômica foi um movimento que ganhou força com a Primeira Guerra
Mundial. Em virtude daquele conflito, o Estado teve que assumir um papel mais ativo na regulação da
economia, o que se acentuou ainda mais com a Crise da Bolsa de Nova York (1929) e com a Segunda Guerra
Mundial.
Constata-se que a inserção da ordem econômica nos textos constitucionais foi uma das características da
transição do Estado liberal para o Estado social. O Estado liberal era eminentemente não intervencionista;
o Estado social, por sua vez, é marcado pela maior atuação governamental, seja intervindo na economia, seja
ofertando prestações positivas em favor dos indivíduos. Dessa forma, a constitucionalização da ordem
econômica é resultado do aparecimento da ideia de Estado de bem-estar social.
No Brasil, a Constituição de 1934 foi a primeira a trazer em seu texto a disciplina da ordem econômica, o
que se deveu à forte influência da Constituição alemã de Weimar (1919). Destaque-se que a Carta de 1934
também tratou com pioneirismo a disciplina da ordem social, que está intimamente relacionada à ordem
econômica.
1
BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional, 6a edição. Ed. Saraiva. São Paulo: 2011, pp. 1490.
2 CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional, 6ª edição. Ed. Juspodium. Salvador: 2012, p. 1276 – 1277.
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Essas normas, que consubstanciam a chamada “Constituição econômica”, podem ser classificadas, segundo
a doutrina do Prof. José Afonso da Silva, como elementos socioideológicos. São elementos socioideológicos
o conjunto de normas que refletem a existência do Estado social, intervencionista, prestacionista.
A doutrina considera que a Constituição Federal de 1988, ao tratar da ordem econômica, estabeleceu
princípios e soluções um tanto quanto contraditórios. Ao mesmo tempo em que consagra a liberdade de
iniciativa, a CF/88 busca, em diversos momentos, regulamentar a atividade econômica. Assim, liberalismo e
intervencionismo se alternam na formulação dos princípios da ordem econômica, o que demonstra o
resultado consensual de um debate entre as diversas correntes que participaram da formulação da CF/88.3
Segundo o art. 170, CF/88, a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social. Por meio
desse dispositivo, a CF/88 consagra a existência de uma economia de mercado, de índole capitalista. Isso fica
claro ao estabelecer-se que o fundamento da ordem econômica é a livre iniciativa; com efeito, a livre
iniciativa é característica central do sistema capitalista.
Ao mesmo tempo, percebe-se que o art. 170, CF/88, estabeleceu que a finalidade da ordem econômica é
promover a existência digna de todos, conforme os ditames da justiça social. Nesse sentido, busca-se
compatibilizar o desenvolvimento econômico com o princípio da dignidade da pessoa humana.
a) Soberania nacional. A soberania é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil (art. 1º,
I). Aqui, ela aparece no sentido de “soberania econômica”. Com isso, o legislador constituinte quis
deixar claro que o Brasil deve buscar o seu desenvolvimento e evitar a situação de dependência em
relação aos países industrializados.
d) Livre concorrência. A livre concorrência é um princípio que deriva do princípio da livre iniciativa.
Ao estabelecer a livre concorrência como um princípio geral da ordem econômica, a CF/88 reconhece,
3
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. São Paulo Editora Atlas:
2010, pp. 1875-1877.
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Destaque-se, entretanto, que, embora o legislador constituinte tenha optado pela livre concorrência,
esta não é absoluta. O Estado possui diversas formas de intervenção na economia. A intervenção
estatal pode ser direta (como no caso de monopólios em setores estratégicos) ou indireta (através
da regulação econômica).
Em consonância com o princípio da livre concorrência, o art. 173, § 4º, dispõe que “a lei reprimirá o
abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao
aumento arbitrário dos lucros.” Perceba que a livre concorrência é a regra geral na ordem econômica
do Estado brasileiro, admitindo-se a intervenção estatal para reprimir condutas anticoncorrenciais,
caracterizadas pelo abuso do poder econômico.
Segundo o STF, os regimes jurídicos sob os quais, em regra, são prestados os serviços públicos
importam em que essa atividade seja desenvolvida sob privilégio, inclusive o da exclusividade. Por
esse motivo, o privilégio de entrega de correspondência da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos)
não violaria a proteção à livre concorrência4.
1) Súmula Vinculante nº 49: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que
impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada
área.
Dessa forma, será inconstitucional lei municipal que proíba dois estabelecimentos
comerciais do mesmo ramo de se instalarem em uma determinada área.
44
ADPF 46, Rel. Min. Marco Aurélio, 05.08.2009.
5 RE 566.836, Rel. Min. Carmen Lúcia. 27.11.2008.
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Assim, leis municipais que proíbam o transporte privado de passageiros por aplicativos
móveis (ex: Uber, Cabify, etc) são inconstitucionais. Segundo a Corte, qualquer restrição à
atividade econômica deve passar pelo teste da proporcionalidade.
3) “O princípio da livre iniciativa não pode ser invocado para afastar regras de
regulamentação do mercado e de defesa do consumidor."6 Esse entendimento deriva da
lógica de que não há princípios absolutos em nosso ordenamento jurídico. Assim, regras
de regulamentação do mercado e de defesa do consumidor não violam a livre iniciativa.
e) Defesa do consumidor. A ordem econômica tem como finalidade assegurar a todos uma existência
digna; dito de outra maneira, ela visa garantir a dignidade da pessoa humana. É justamente nesse
contexto que se busca assegurar a defesa do consumidor, que é a parte hipossuficiente em uma relação
de consumo.
f) Busca do pleno emprego. Conforme já comentamos, a ordem econômica tem como um de seus
fundamentos a valorização do trabalho humano. Nesse sentido, a busca do pleno emprego é diretriz
constitucional que tem como objetivo assegurar que toda a força de trabalho disponível seja utilizada
na atividade econômica.
g) Redução das desigualdades sociais e regionais. Nos termos do art. 3º, III, um dos objetivos
fundamentais da República Federativa do Brasil é “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais”.
i) Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que
tenham sua sede e administração no País. Esse tratamento diferenciado se materializa no art. 179,
CF/88:
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a) defesa do consumidor;
Essa denominação se deve ao fato de que esses 4 (quatro) princípios têm como objetivo
resolver os problemas da marginalização regional ou social.
Soberania nacional
Propriedade privada
Livre concorrência
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Há que se mencionar também o que estabelece o art. 170, parágrafo único, CF/88. Segundo esse dispositivo,
é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de
autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Trata-se do princípio da liberdade de
exercício de atividade econômica.
Todos esses princípios devem ser interpretados em conjunto, em harmonia, evitando contradições
aparentes entre si. Neles, verifica-se que o constituinte adotou o modelo capitalista, porém não se esqueceu
da finalidade da ordem econômica: assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiça
social.
(TRE-MA – 2015) A defesa do meio ambiente, inclusive com tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços, constitui princípio que orienta a atividade econômica.
Comentários:
O art. 170, VI, CF/88, prevê que é princípio da ordem econômica a defesa do meio ambiente, inclusive
mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus
processos de elaboração e prestação. Questão correta.
(TRT 8ª Região – 2015) Não poderá a lei dispensar às microempresas e às empresas de pequeno porte
tratamento jurídico diferenciado, sob pena de violar o princípio da igualdade, exceto se, em se tratando de
empresas de pequeno porte, estas forem constituídas sob as leis brasileiras.
Comentários:
O art. 179, CF/88, prevê que os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) poderão
dispensar tratamento jurídico diferenciado às microempresas e às empresas de pequeno porte. Não há que
se falar em violação ao princípio da igualdade. Questão errada.
(MPE-SP – 2015) A ordem econômica nacional tem por finalidade assegurar a todos existência digna,
conforme os ditames da justiça social.
Comentários:
A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho e da livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos
uma existência digna. Questão correta.
A disciplina dos investimentos estrangeiros no Brasil está prevista no art. 172, CF/88:
Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital
estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.
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A regulação do investimento estrangeiro é corolário do princípio da soberania nacional. Note que a CF/88
não impede o ingresso de capital estrangeiro no País; ao contrário, ela permite que sejam feitos
investimentos estrangeiros, uma vez que estes podem funcionar como importante instrumento para o
desenvolvimento econômico nacional.
(TRE-MA – 2015) São livres os investimentos de capital estrangeiro no país, bem como a remessa de lucros
ao exterior.
Comentários:
Não se pode dizer que são livres os investimentos de capital estrangeiro no país e a remessa de lucros ao
exterior. A lei regulamentará essas matérias. Questão errada.
Empresa brasileira é aquela constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País.
Assim, não interessa se o capital é nacional ou estrangeiro; caso a empresa seja constituída sob as leis
brasileiras e tenha sede e administração em nosso território, ela será considerada uma empresa brasileira.
Embora a Constituição Federal de 1988 tenha estabelecido que a livre iniciativa é um princípio geral da
ordem econômica, desenhou-se, paralelo a isso, um modelo de Estado intervencionista. A doutrina
considera que há 3 (três) formas de intervenção estatal na economia:7
a) Intervenção direta.
A intervenção direta do Estado fica caracterizada quando o Estado explora diretamente uma atividade
econômica. Trata-se de situação excepcional, regulada no art. 173, CF/88:
7 CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional, 6ª edição. Ed. Juspodium. Salvador: 2012, p. 1280.
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O art. 173 consagra, assim, o princípio da subsidiariedade na atuação direta do Estado na economia, ou seja,
este somente atuará quando o setor privado não tiver capacidade ou interesse de atuar em determinado
setor econômico ou, ainda, por imperativos de segurança nacional ou relevante interesse coletivo.
É bastante comum que as bancas examinadoras digam que o Estado somente pode
explorar diretamente atividade econômica em caso de imperativo de segurança nacional
ou de relevante interesse coletivo. Isso está ERRADO!
Com base no art. 173, que ressalva “os casos previstos na Constituição”, é possível afirmar
que os imperativos da segurança nacional e o relevante interesse coletivo não são os
únicos casos em que o Estado poderá explorar diretamente atividade econômica. Há
outros casos previstos na CF/88, como as atividades submetidas ao regime de monopólio
da União (art. 177).
Essa atuação direta do Estado no domínio econômico é feita por meio das empresas públicas e das
sociedades de economia mista exploradoras de atividades econômicas. Cabe destacar que, nos termos do
art. 173, § 2º, “as empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado”. Observe que essa é uma regra válida apenas para as empresas
públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividades econômicas. Não alcança, portanto, as
empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos.
A CF/88 prevê a elaboração de um estatuto jurídico para as empresas públicas e sociedades de economia
mista exploradoras de atividade econômica:
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
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Note que esse dispositivo se refere às empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de
atividades econômicas em sentido estrito. Não trata das empresas públicas e sociedades de economia mista
prestadoras de serviços públicos. Destaque-se que essas pessoas jurídicas em regra são alcançadas por todas
as normas constitucionais aplicáveis à Administração Pública. Entretanto, possuem algumas características
próprias do setor privado, devido à “sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas”, conforme
previsto pela Carta Magna.
(TRT 21ª Região – 2015) É possível afirmar que as empresas públicas e sociedades de economia mista
poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado.
Comentários:
Pegadinha! As sociedades de economia mista e empresas públicas prestadoras de serviço público poderão
gozar de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado. Questão correta.
(TRE-MA – 2015) A exploração direta de atividade econômica pelo Estado será permitida em casos de
interesse financeiro que justifique a concessão de privilégios fiscais não extensivos ao mercado.
Comentários:
A exploração direta de atividade econômica pelo Estado será permitida apenas em razão de imperativos de
segurança nacional ou relevante interesse coletivo. Questão errada.
(TRF 1ª Região – 2015) O Estado não pode explorar, de forma direta ou indireta, atividade econômica, salvo
em caso de necessidade relativa à segurança nacional, mediante prévia autorização do Congresso Nacional.
Comentários:
Dois erros:
1) Não há necessidade de autorização do Congresso Nacional para que possa ocorrer a exploração direta de
atividade econômica pelo Estado.
2) A exploração direta de atividade econômica pelo Estado também poderá ocorrer em razão de relevante
interesse coletivo.
Questão errada.
(MPDFT – 2015) O art. 173 da Constituição dispõe que “ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos
de segurança nacional ou relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei". Esse dispositivo
constitucional consagra o princípio da subsidiariedade.
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Comentários:
É isso mesmo! O art. 173, CF/88, consagra o princípio da subsidiariedade. Questão correta.
b) Intervenção indireta.
A intervenção indireta na economia fica caracterizada quando o Estado assume o papel de agente normativo
e regulador da atividade econômica. O fundamento da intervenção indireta é o art. 174, CF/88:
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá,
na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este
determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
desenvolvimento.
Quando o Estado intervém indiretamente na economia, ele exerce três funções: i) fiscalização; ii) incentivo
e; iii) planejamento.
A fiscalização é atividade tipicamente estatal, que engloba o poder regulamentar, a investigação e aplicação
de sanções. Como exemplo da atividade de fiscalização estatal, podemos citar o art. 173, § 4º e § 5º:
§ 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
Como se pode perceber, esses dois dispositivos são normas de eficácia limitada, dependentes de
regulamentação por lei para que produzam todos os seus efeitos.
Para dar efetividade a esses dispositivos constitucionais, foi editada a Lei nº 12.529/2011, que estrutura o
Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) e dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações
contra a ordem econômica, orientada pelos ditames constitucionais de liberdade de iniciativa, livre
concorrência, função social da propriedade, defesa dos consumidores e repressão ao abuso do poder
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econômico. A Lei nº 12.529/2011 também prevê a atuação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa
Econômica) no controle das práticas anticoncorrenciais.
O incentivo, por sua vez, é a atuação estatal no sentido de estimular determinados setores da economia. É
a atividade de fomento estatal, que se evidencia no art. 174, §§ 2º, 3º e 4º (estímulo ao cooperativismo) e
art. 179 (estímulo às microempresas e empresas de pequeno porte).
Por último, cabe tratar sobre a função de planejamento, que é determinante para o setor público e
indicativo para o setor privado. Segundo o art. 174, § 1º, CF/88, “a lei estabelecerá as diretrizes e bases do
planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos
nacionais e regionais de desenvolvimento”.
(TJ-AL – 2015) Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da
lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento.
Comentários:
Segundo o art. 174, CF/88, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e
planejamento. Questão correta.
(TJ-AL – 2015) O planejamento exercido como função do Estado é determinante para o setor público e para
o setor privado.
Comentários:
O planejamento é determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. Questão errada.
(TRF 1ª Região – 2015) A CF prevê expressamente a edição de lei que reprima o abuso do poder econômico
que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
Comentários:
O art. 173, § 4º, CF/88, prevê que “a lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos
mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros”. Questão correta.
O art. 177, CF/88, prevê que determinadas atividades serão exploradas sob o regime de monopólio. Veja
sua redação:
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III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades
previstas nos incisos anteriores;
a) As atividades descritas nos incisos I a IV podem ter seu exercício contratado, pela União, com empresas
estatais ou privadas, observadas as condições estabelecidas em lei.
b) As atividades previstas no inciso V, relacionadas aos radioisótopos, poderão ser autorizadas sob o regime
de permissão, segundo as regras do art. 21, XXIII:
Trata-se de regra que visa flexibilizar o controle da União, que passa a se limitar a casos muito específicos,
de modo a permitir o avanço das pesquisas em medicina nuclear. A submissão ao regime de permissão
garantirá o necessário controle da referida atividade pelo Poder Público.
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Para pesquisa
A comercialização e a utilização
de radioisótopos...
SOB REGIME DE Para usos médicos,
PERMISSÃO, SÃO agrícolas e industriais
AUTORIZADAS...
A produção, comercialização e De meia-vida igual ou
utilização de radioisótopos... inferior a duas horas
Serviços Públicos:
O art. 175 versa sobre a prestação de serviços públicos pelo Estado, que pode ser feita direta ou
indiretamente (sob o regime de concessão ou permissão).
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
A prestação direta de um serviço público é aquela realizada pelo próprio Estado, por meio de seus órgãos
ou entidades da administração indireta. Já a prestação indireta é a realizada por particulares, mediante
delegação estatal, sob o regime de concessão ou permissão.
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a) Concessão de serviço público: delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante
licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.
Na concessão, a delegação do serviço público não poderá ser feita a pessoa física, mas somente a pessoa
jurídica ou consórcio de empresas, devendo ser precedida de licitação na modalidade de concorrência. Além
disso, a concessão é feita por prazo determinado e não possui caráter precário.
Na permissão, a delegação do serviço público poderá ser feita tanto a pessoa física quanto a pessoa jurídica.
Também é precedida de licitação, mas não há previsão de qual modalidade deverá ser usada. Além disso,
possui caráter precário, podendo ser revogada a qualquer tempo.
Em ambos os casos (concessão e permissão), o particular será responsável pela execução do serviço público
por sua conta e risco, sendo remunerado por tarifas cobradas diretamente dos usuários do serviço.
A delegação de serviço público, seja por concessão ou permissão, deverá ser sempre precedida de licitação,
nos termos do art. 175, caput. Nesse sentido, o STF declarou a inconstitucionalidade de lei estadual que
pretendia prorrogar contratos administrativos indefinidamente (ADI nº 3521).
Há previsão constitucional (art. 175, parágrafo único) para a edição de lei que disponha sobre o regime das
concessionárias e permissionárias de serviços públicos, os direitos dos usuários, a política tarifaria e a
obrigação de manter serviço adequado. Trata-se de lei de normas gerais de caráter nacional (aplicável à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios), já editada: a Lei 8.987/1995. Destaque-se, ainda,
que há outras leis de abrangência nacional que também tratam de serviços públicos, a exemplo da Lei
9.074/1995 e da Lei 11.079/2004.
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Aprofundando no tema, é importante que você saiba que, além da permissão e da concessão, também é
possível a prestação indireta de serviços públicos por meio de autorização (art. 21, XII, CF). Esta, ao contrario
da permissão e da concessão, dispensa procedimento de licitação, de forma geral.
(TRT 21ª Região – 2015) Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão
ou concorrência, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Comentários:
Segundo o art. 175, CF/88, incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Questão errada.
A exploração de recursos minerais e de potenciais de energia hidráulica é regulada pelo art. 176, CF/88. Esse
dispositivo deixa bastante claro que a propriedade do solo não se confunde com a propriedade dos recursos
minerais e dos potenciais de energia hidráulica.
A propriedade dos recursos minerais e dos potenciais de energia hidráulica será sempre da União, por força
do que determina o art. 20, VIII e IX, CF/88. A propriedade do solo, por sua vez, pode ser de um particular ou
mesmo do Poder Público. Isso é exatamente o que dispõe o art. 176, caput:
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia
hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou
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A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica somente
poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros
ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei.
Assim, a União delega essas atividades a um particular (minerador), o qual é denominado de concessionário.
O concessionário realizará a pesquisa e a lavra dos recursos minerais e ficará com a propriedade do produto
da lavra. Nada mais natural! Segundo o Ministro Eros Grau, “a concessão seria materialmente impossível
sem que o proprietário se apropriasse do produto da exploração da jazida”.8 Como contrapartida, o
concessionário (mineradora) deverá recolher uma compensação financeira, nos termos do art. 20, § 1º:
§ 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia
elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar
territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
A CF/88 também assegura ao proprietário do solo participação nos resultados da lavra, na forma e nos valor
que dispuser a lei. É o que dispõe o art. 176, § 2º, CF/88:
Suponha que em um sítio exista uma pequena cachoeira com capacidade para gerar energia elétrica
suficiente para atender a família que ali vive. Nesse caso, por se tratar de aproveitamento de potencial de
energia renovável de capacidade reduzida, não será necessária concessão ou autorização.
8
In: CANOTILHO, J.J. Gomes; MENDES, Gilmar Ferreira; SARLET, Ingo Wolfgang; STRECK, Lenio Luiz. Comentários à
Constituição do Brasil. Ed. Saraiva, São Paulo: 2013, pp. 1850.
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Segundo o art. 178, a lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo,
quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela União, atendido o
princípio da reciprocidade.
Cabe destacar que a atual redação do art. 178 é fruto da EC nº 07/1995, que realizou mudanças substanciais
nesse dispositivo. Uma das alterações de maior destaque foi a extinção da exclusividade das embarcações
brasileiras na navegação de cabotagem.
O art. 180, CF/88, por sua vez, dispõe que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão
e incentivarão o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico. Trata-se de norma
programática, que estabelece uma diretriz para todos os entes federativos.
Por fim, mencionamos o art. 181, CF/88, que trata da requisição de documentos por autoridades
estrangeiras. Segundo esse dispositivo, o atendimento de requisição de documento ou informação de
natureza comercial, feita por autoridade administrativa ou judiciária estrangeira, a pessoa física ou jurídica
residente ou domiciliada no País dependerá de autorização do Poder competente.
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Política Urbana
Segundo o art. 182, “caput”, da Carta Magna, a política de desenvolvimento urbano será executada pelo
Poder Público municipal, devendo obedecer diretrizes gerais fixadas em lei federal, de caráter nacional1. O
objetivo da política de desenvolvimento urbano é ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
O instrumento básico da política de desenvolvimento urbano é o Plano Diretor, que deve ser aprovado pela
Câmara Municipal. Cabe destacar que, segundo a CF/88, o Plano Diretor é obrigatório para cidades com
mais de 20.000 habitantes.
A política de desenvolvimento urbano também se apoia na exigência de que a propriedade cumpra a sua
função social. É o que dispõe o art. 182, § 2º, segundo o qual “a propriedade urbana cumpre sua função
social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor”.
Recorde-se que o direito de propriedade, garantido pelo art. 5º, XXII, é norma constitucional de eficácia
contida e, portanto, está sujeito à atuação restritiva, por parte do Poder Público. Assim como todos os
direitos fundamentais, não é absoluto: a Constituição exige que a propriedade cumpra sua função social (art.
5º, XXIII).
A Constituição Federal abre a possibilidade para que seja realizada a desapropriação de imóveis urbanos.
Segundo o art. 182, § 3º, as desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização
em dinheiro. Essa é a regra geral!
No entanto, existem casos em que a desapropriação não ocorrerá com indenização em dinheiro:
a) O art. 182, § 4º, CF/88 estabelece que o Poder Público Municipal poderá exigir que o proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado promova seu adequado aproveitamento, sob pena de
sanções sucessivas.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob
pena, sucessivamente, de:
1
As diretrizes gerais sobre a política de desenvolvimento urbano estão previstas no Estatuto das Cidades (Lei nº
10.527/2011).
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O inciso III prevê a chamada desapropriação-sanção, que é uma clara consequência do descumprimento da
função social da propriedade. A indenização não será em dinheiro, mas em títulos da dívida pública de
emissão previamente aprovada pelo Senado, com prazo de resgate de até 10 (dez) anos.
b) O art. 243, CF/88 estabelece a chamada “desapropriação confiscatória”, que foi objeto de relevante
alteração promovida pela EC nº 81/2014. Segundo esse dispositivo, “as propriedades rurais e urbanas de
qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de
trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de
habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em
lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º”.
Como se pode verificar, no caso da “desapropriação confiscatória”, não haverá qualquer indenização ao
proprietário. A propriedade, seja ela urbana ou rural, será expropriada e destinada à reforma agrária e a
programas de habitação popular. Destaque-se que são dois os motivos que levam à desapropriação
confiscatória:
A expropriação é aplicada como uma verdadeira penalidade contra aquele que incorrer em qualquer dessas
condutas. Na condição de penalidade, há que se exigir algum grau de culpa do proprietário para que seja
imposta. Nesse sentido, decidiu o STF que ficará afastada a expropriação prevista no art. 243 se o
proprietário do imóvel comprovar que não incorreu em culpa, ainda que “in vigilando” ou “in eligendo”. 2
Culpa “in vigilando” é aquela que decorre da falta de atenção, falta de fiscalização dos atos de outras pessoas
sob a sua responsabilidade. A culpa “in eligendo”, por sua vez, decorre de uma má escolha daquele que
confia a prática de um ato a outra pessoa.
Observe que o proprietário tem o dever de zelar para que atividades ilícitas (cultivo ilegal de plantas
psicotrópicas e exploração de trabalho escravo) não ocorram no seu imóvel. Assim, se ele tiver incorrido em
culpa “in vigilando” ou “in eligendo”, sofrerá a responsabilização, com o consequente confisco do imóvel.
Por outro lado, se ele puder provar que não teve nenhuma culpa no ocorrido (o proprietário possui o ônus
da prova!), ficará afastada sua responsabilidade. O fato de não ter participado diretamente das atividades
ilícitas não afasta a expropriação.
Segundo o STF, a responsabilidade do proprietário é subjetiva, mas próxima da objetiva. Há que se conferir,
afinal, uma proteção mínima ao proprietário não culpado pelas atividades ilícitas.
Ainda sobre a política urbana, temos que mencionar o art. 183, CF/88, que trata da chamada usucapião
constitucional do imóvel urbano.
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Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de
outro imóvel urbano ou rural.
§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
b) Posse ininterrupta durante 5 anos, sem qualquer oposição. Segundo o STF, o tempo de posse
anterior à promulgação da Constituição de 1988 não se inclui na contagem desse prazo quinquenal.3
Cabe destacar que, para usufruir desse direito, o indivíduo não poderá ser proprietário de nenhum outro
imóvel urbano ou rural. Além disso, não é possível a usucapião de imóveis públicos.
Suponha que um indivíduo tenha a posse ininterrupta por 5 anos de área urbana de 250
metros quadrados, utilizando-a para moradia própria ou de sua família. Além disso, não é
proprietário de nenhum outro imóvel urbano ou rural.
Nessa situação, como se vê, foram preenchidos todos os requisitos para que o indivíduo
usufrua da usucapião especial urbana.
3RE 206.659, Min. Rel. Galvão, DJ de 6.2.1998; RE 191.603, Min. Rel. Marco Aurélio, DJ de 28.8.1998; RE 187.913, Min. Rel.
Néri, DJ de 22.5.1998; RE 214.851, Min. Rel. Moreira Alves, DJ de 8.5.1998; RE 217.414, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j.
11.12.1998, DJ de 26.3.1999.
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Todavia, lei municipal estabelece que a metragem mínima para lotes urbanos é de 300
metros quadrados. Considerando que o imóvel de posse do indivíduo tem somente 250
metros quadrados, poderia lhe ser negado o direito à usucapião desse imóvel?
(Procurador de Salvador – 2015) A política de desenvolvimento urbano, executada pelo município, deve
obedecer às diretrizes gerais fixadas em lei nacional, sem prejuízo da competência das câmaras municipais
para editar o plano diretor do município.
Comentários:
É isso mesmo! A política de desenvolvimento urbano é conduzida pelo Município, devendo obedecer às
diretrizes gerais fixadas em lei nacional. A competência para editar o Plano Diretor é das Câmaras Municipais.
Questão correta.
(MPE-SP – 2015) Os imóveis públicos não podem ser adquiridos por usucapião, salvo quando não atenderem
às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Comentários:
Segundo o art. 183, § 3º, “os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião”. Não há qualquer ressalva
a isso. Questão errada.
(MPE-SP – 2015) O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de
vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana; a
propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da
cidade expressas no plano diretor.
Comentários:
O Plano Diretor é obrigatório para cidades com mais de 20.000 habitantes, devendo ser aprovado pela
Câmara Municipal. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atender às exigências previstas
no Plano Diretor. Questão correta.
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Esse assunto foi resultado de grandes confrontos à época da elaboração da Constituição Federal de 1988.
De um lado, havia os “sem terra”; do outro, os grandes proprietários de terra (os ruralistas). Como resultado,
os dispositivos constitucionais que tratam da política agrícola e fundiária e da reforma agrária refletem
interesses variados.1
A política agrícola, fundiária e a reforma agrária são tratadas nos arts. 184 a 191 da Carta Magna. Em
essência, todos esses dispositivos têm como fim último garantir que a propriedade atenda a sua função
social.
Para sistematizar o nosso estudo, vamos falar, separadamente, sobre cada um desses três temas: i) política
agrícola; ii) política fundiária e; iii) reforma agrária.
Segundo o art. 187, CF/88, a política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a participação
efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de
comercialização, de armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente:
- O seguro agrícola;
- O cooperativismo;
1 BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional, 6a edição. Ed. Saraiva. São Paulo: 2011, pp. 1511.
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b) A política fundiária, por sua vez, é o que determina o destino das terras públicas e devolutas no Brasil.
Essa destinação deve ser compatível com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária (art.
188, “caput”, CF). Por terras devolutas entende-se aquelas que, não sendo próprias nem aplicadas a algum
uso público federal, estadual territorial ou municipal, não se incorporaram ao domínio privado (art. 5º,
Decreto-Lei 9.760 de 1946). Trata-se de terras pertencentes ao Estado brasileiro, mesmo não estando
destinadas a nenhum uso público.
Dispõe a Constituição (art. 188, § 1º, CF) que a alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas
com área superior a 2.500 hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá
de prévia aprovação do Congresso Nacional. Excetuam-se dessa regra (art. 188, § 2º, CF) as alienações ou
as concessões de terras públicas para fins de reforma agrária.
Segundo o art. 190, CF/88, a lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de propriedade rural por
pessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de autorização do Congresso
Nacional.
Ainda no que tange à política fundiária, cabe fazer menção à usucapião constitucional rural, também
denominado usucapião pro labore.
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu,
por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a
cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela
sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Esse instituto é chamado “usucapião pro labore” porque seu título deriva do fato de a área ter adquirido
produtividade em virtude do trabalho do usucapiente ou de seus familiares. Aplica-se exclusivamente às
áreas rurais não superiores a 50 hectares.
Cabe enfatizar que a Carta Magna exige que o beneficiário não seja proprietário nem de imóvel rural, nem
de imóvel urbano. Busca-se, com isso, que apenas os hipossuficientes sejam beneficiados por esse tipo de
usucapião. Um importante requisito para que seja usufruída a usucapião constitucional rural é a posse da
área rural durante 5 (cinco) anos ininterruptos, sem oposição. Por fim, os imóveis públicos não podem ser
adquiridos por usucapião.
c) A reforma agrária, a seu turno, é um instrumento da política agrícola e fundiária por meio do qual o Estado
intervém na economia agrícola a fim de promover a repartição da propriedade fundiária. Nesse sentido, o
art. 184, CF/88 determina que a União poderá realizar desapropriação por interesse social, para fins de
reforma agrária, do imóvel rural que não estiver cumprindo a sua função social.
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária,
o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa
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§ 2º - O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma
agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação.
A desapropriação por interesse social, para fins de reforma agrária, não será feita mediante indenização em
dinheiro. A indenização ao proprietário será em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do
valor real, resgatáveis no prazo de até 20 (vinte) anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja
utilização será definida em lei. Por outro lado, as benfeitorias úteis e necessárias feitas no imóvel rural serão
indenizadas em dinheiro.
Conforme comentamos, a desapropriação para fins de reforma agrária ocorrerá quando o imóvel rural não
estiver cumprindo a sua função social. É aí que vem uma importante pergunta: quando é que se considera
que a função social foi cumprida?
A resposta está no art. 186, CF/88. Segundo esse dispositivo, a função social é cumprida quando a
propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei,
aos seguintes requisitos:
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Uma vez atendidos esses requisitos, a propriedade rural estará cumprindo sua função social e, portanto, não
poderá ser objeto de desapropriação.
A Constituição Federal também protegeu outros imóveis rurais da desapropriação. Vejamos o art. 185,
CF/88:
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário
não possua outra;
II - a propriedade produtiva.
==16db73==
Note que a pequena e a média propriedade rural são insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma
agrária, desde que o seu proprietário não possua outra. Caso ele possua outra, será possível a
desapropriação.
Também é insuscetível de desapropriação para fins de reforma agrária a propriedade produtiva. Perceba
que o grande foco das desapropriações para reforma agrária são as grandes propriedades e as propriedades
improdutivas.
(TRF 1ª Região – 2015) A CF prevê que tanto a desapropriação por interesse social quanto a desapropriação
por necessidade ou utilidade pública seja feita somente mediante justa e prévia indenização em dinheiro.
Comentários:
Há casos previstos na CF/88 nos quais a desapropriação não será feita mediante indenização em dinheiro.
É o caso da desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária. Nessa situação, a indenização
em títulos da dívida agrária. Questão errada.
(TRT 21ª Região – 2015) A propriedade produtiva é insuscetível de desapropriação, desde que seu
proprietário não possua outra.
Comentários:
As propriedades produtivas são insuscetíveis de desapropriação, sem qualquer ressalva. Questão errada.
(MPE-SP – 2015) A média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua
outra, é insuscetível de desapropriação para fins de reforma agrária.
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Comentários:
Segundo o art. 185, I, CF/88, são insuscetíveis de desapropriação, para fins de reforma agrária, a pequena e
média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra. Questão
correta.
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A Constituição reserva a leis complementares a disciplina da matéria. Atente para o fato de que várias leis
complementares poderão dispor sobre a matéria, não havendo restrição a uma só lei.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (FGV / Prefeitura de Salvador – 2019) A sociedade empresária Alfa, após ampliar seu parque
industrial e aumentar drasticamente sua produção, resolveu oferecer seus produtos pela metade do custo
oferecido pelos outros produtores existentes, o que somente foi possível, apesar dos prejuízos, em razão
das elevadas reservas de capital que amealhara nos últimos anos.
Dois anos após a implementação dessa política, os demais produtores estavam falidos, o que consolidou
o domínio da sociedade empresária Alfa no mercado interno.
À luz das normas a respeito dessa temática previstas na Constituição de 1988, cuja eficácia será integrada
pela legislação infraconstitucional, deve-se afirmar que o proceder da referida sociedade empresária foi
a) correto, pois, nos sistemas de livre iniciativa, cada sociedade empresária pode adotar os meios ao seu
alcance para dominar o mercado.
b) incorreto, pois devem ser reprimidas pela legislação as práticas que visem à dominação de mercados e à
eliminação da concorrência.
c) correto, pois, no sistema capitalista, compete ao próprio mercado autorregular-se, o que é secundado
pelo poder de escolha do consumidor.
d) incorreto, pois a redução de preços deveria ser previamente informada aos concorrentes, de modo que
pudessem ajustar-se à nova realidade do mercado.
e) correto, pois a preferibilidade da livre concorrência não pode privar o consumidor dos benefícios obtidos
com a aquisição de produtos por preços mais baixos.
Comentários:
O proceder da empresa Alfa foi incorreto, pois mesmo num sistema de livre iniciativa, há limites que devem
ser respeitados. Nesse sentido, a Carta Magna prevê que “a lei reprimirá o abuso do poder econômico que
vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros (art. 173,
§ 4º, CF)”.
O gabarito é a letra B.
2. (FGV / Prefeitura de Niterói – 2018) José e Antônio, estudantes de Direito, considerando a livre
iniciativa, travaram intenso debate a respeito da intervenção do Estado na atividade econômica, sendo
suas conclusões nitidamente influenciadas pela ideologia político-econômica que cada um deles adotava.
José afirmava que a livre iniciativa exigia que o Estado se distanciasse dessa atividade, não podendo
incentivá-la ou planejá-la, mas apenas fiscalizá-la. Antônio, por sua vez, defendia que o Estado deveria não
só fiscalizar como incentivar e planejar, sendo o planejamento determinante para o setor público e
indicativo para o setor privado.
À luz da sistemática constitucional, assinale a afirmativa correta.
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a) José está totalmente certo e Antônio, apenas na parte em que defende a fiscalização do Estado.
b) José e Antônio estão totalmente errados, porque o Estado não pode intervir na atividade econômica.
c) José e Antônio estão parcialmente certos, porque o Estado deve fiscalizar e planejar a atividade
econômica, não a incentivá-la.
d) José e Antônio estão parcialmente certos, porque o Estado deve fiscalizar e incentivar a atividade
econômica, não a planejá-la.
e) Antônio está totalmente certo e José, apenas na parte em que defende a fiscalização do Estado.
Comentários:
O art. 174 da Carta Magna dispõe que “como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado
exercerá na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante
para o setor público e indicativo para o setor privado”. Antônio está totalmente certo e José está
==16db73==
parcialmente certo, ao dizer que cabe ao Estado fiscalizar a atividade econômica. O gabarito é a letra E.
3. (FGV / ISS-Niterói – 2015) A Constituição do Estado YX dispôs, em seu art. 100, que é vedado ao
Poder Executivo Estadual deixar de explorar as atividades econômicas nele elencadas. Quanto às demais
atividades, dispôs o art. 101 que a sua exploração, ou não, por empresas públicas e sociedades de
economia mista, deve seguir como diretriz a relevância para o interesse coletivo, conforme definido em
decreto do Poder Executivo.
Comentários:
Segundo o art. 173, CF/88, “ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.”
a) A exploração direta de atividade econômica pelo Estado é permitida em três situações diferentes:
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b) A lei federal irá definir o que se considera “imperativo de segurança nacional” e “relevante interesse
público”.
c) A Constituição Estadual não pode definir situações nas quais o Estado poderá explorar diretamente
atividade econômica. É a Constituição Federal que irá determinar os casos de exploração direta de atividade
econômica pelo Estado.
O art. 100 é inconstitucional, pois a Constituição Estadual não pode estabelecer tal vedação. Ao fazê-
lo, a Constituição Estadual estaria definindo hipóteses de exploração direta de atividade econômica
pelo Estado.
O art. 101 é inconstitucional, uma vez que o decreto não pode definir o que é “relevante interesse
público”. A lei é que deverá fazê-lo.
4. (FGV / CODEMIG – 2015) Os princípios gerais da ordem econômica, na forma em que sistematizados
pela Constituição da República Federativa do Brasil, alcançam as relações mantidas entre o Poder Público,
o setor produtivo e o setor consumidor.
Comentários:
Letra A: errada. A livre concorrência é um princípio da ordem econômica. No entanto, é possível que a
Constituição estabeleça situações de exclusividade (monopólios) na exploração de certas atividades
econômicas.
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Letra B: correta. A exploração direta de atividade econômica pelo Estado será permitida quando necessária
aos imperativos de segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, além de outros casos previstos na
Constituição.
Letra C: errada. O art. 170, IV, CF/88, estabelece que é um princípio da ordem econômica a defesa do meio
ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e
serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
Letra D: errada. Segundo o art. 170, parágrafo único, CF/88, é assegurado a todos o livre exercício de
qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos
previstos em lei
Letra E: errada. A redução das desigualdades regionais e sociais é um princípio da ordem econômica (art.
170, VII, CF/88).
O gabarito é a letra B.
5. (FGV / ISS-Recife – 2014) A Constituição Brasileira de 1988 determina que a ordem econômica é
fundada na valorização do trabalho humano e da livre iniciativa, indicando os princípios que devem ser
observados. Com base no constante nas disposições constitucionais específicas da ordem econômica,
assinale a opção que apresenta apenas os princípios que devem ser observados.
a) Supremacia do interesse público / Função social da propriedade.
b) Tratamento favorecido para as empresas de grande porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham
ou não sua sede e administração no país / Autonomia nacional.
c) Busca do pleno cargo público / Livre concorrência.
d) Soberania nacional / Redução das desigualdades regionais e sociais.
e) Regulação da concorrência / Defesa do consumidor.
Comentários:
São princípios da ordem econômica, dentre outros, a soberania nacional (art. 170, I) e a redução das
desigualdades regionais e sociais (art. 170, VII).
O gabarito é a letra D.
6. (FGV / AL-BA – 2014) Nos termos da Constituição Federal, a ordem econômica atua sob a premissa
de determinados princípios, dentre os quais podemos destacar o relacionado:
a) à propriedade coletiva.
b) ao privilégio às empresas nacionais.
c) à defesa de monopólios especiais.
d) à redução das desigualdades regionais.
e) à proteção aos fornecedores.
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Comentários:
Letra B: errada. É princípio da ordem econômica o tratamento favorecido para as empresas de pequeno
porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Letra C: errada. Não há que se falar em defesa dos monopólios. É princípio da ordem econômica a defesa do
consumidor.
Letra D: correta. É princípio da ordem econômica a redução das desigualdades regionais e sociais.
O gabarito é a letra D.
7. (FGV / AL-BA – 2014) A Constituição Federal privilegia a atuação da iniciativa privada na atividade
econômica, podendo estabelecer, em determinadas situações, regime de concessões e permissões. Salvo
as situações expressamente previstas na Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo
Estado só será permitida quando:
a) significar uma necessidade da economia.
b) necessária aos imperativos da segurança nacional.
c) expressar a vontade do governo.
d) resultar de uma imposição do Congresso.
e) representar uma manifestação popular.
Comentários:
Segundo o art. 173, CF/88, ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a
relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
O gabarito é a letra B.
8. (FGV / SEFAZ-RJ – 2011) A Constituição da República enumera os princípios que regem a atividade
econômica, dentre os quais o tratamento favorecido para as empresas de pequeno e médio porte
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no país. Essa afirmativa está
incorreta porque:
a) O tratamento favorecido viola a livre concorrência, que é um dos princípios da atividade econômica.
b) A constituição não admite tratamento favorecido, em respeito ao direito à igualdade.
c) O tratamento favorecido deve ser condicionado apenas à redução das desigualdades regionais.
d) O tratamento favorecido deve ser condicionado apenas à redução das desigualdades sociais.
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Comentários:
O art. 170, inciso IX, da Constituição, prevê como princípio da ordem econômica o tratamento favorecido
para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e
administração no País. Essa previsão não se estende às empresas de médio porte.
O gabarito é a letra E.
Comentários:
A primeira assertiva está errada. O art. 170 da Carta Magna estabelece que a ordem econômica, fundada na
valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna,
conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
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A segunda assertiva está correta. A livre iniciativa é fundamento da RFB (art. 1º, IV, CF) e da ordem
econômica (art. 170, “caput”. CF). A regra, por isso, é o exercício das atividades econômicas
independentemente do consentimento do Poder Público. Entretanto, é possível, excepcionalmente, a
exploração direta de atividade econômica pelo Estado, quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei (art. 173, “caput”, CF).
A terceira assertiva está errada. De fato, a CF/88 prevê (art. 173, § 4º) que a lei reprimirá o abuso do poder
econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos
lucros. Entretanto, diferentemente do que diz a questão, a pessoa jurídica tem, sim, responsabilidade,
sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e
financeira e contra a economia popular (art. 173, § 5º, CF).
O gabarito é a letra D.
10. (FGV / SEAD-AP – 2010) A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observados determinados princípios.
Assinale a opção cujo conteúdo não corresponde aos princípios
constantes do art. 170, da Constituição.
a) Soberania nacional, propriedade privada, função social da propriedade, livre concorrência, busca do pleno
emprego.
b) Propriedade privada, livre concorrência, defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e
prestação.
c) Soberania nacional, propriedade privada, função social da propriedade, livre concorrência, vedação ao
tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras que tenham
sua sede e administração no país.
d) Função social da propriedade, livre concorrência, defesa do meio ambiente, busca do pleno emprego,
redução das desigualdades regionais e sociais.
e) Soberania nacional, livre concorrência, defesa do consumidor.
Comentários:
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I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
O gabarito é a letra C.
11. (FGV / OAB – 2013) “M” vem desrespeitando o zoneamento estipulado pelo Município X em seu
plano diretor, uma vez que mantém, com nítido caráter de especulação, terreno não utilizado em área
residencial.
Assinale a alternativa que indica medida que o Município X pode tomar para que “M” utilize
adequadamente seu terreno.
a) Desapropriar o terreno, sem que haja pagamento de indenização.
b) Desapropriar o terreno, mediante pagamento de indenização justa, prévia e em dinheiro.
c) Determinar edificação compulsória naquele terreno.
d) Instituir multa administrativa no patamar de até 100% do valor no IPTU do imóvel.
Comentários:
A Constituição prevê, em seu art. 182, § 4o, que é facultado ao Poder Público municipal, mediante lei
específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:
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O gabarito é a letra C.
12. (FGV / CONDER – 2013) Quanto à política urbana definida na Constituição Federal de 1988, analise
as afirmativas a seguir.
I. A política de desenvolvimento urbano é executada pelas esferas federal, estadual e municipal com objetivo
de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais e garantir o bem-estar da população assistida.
II. O plano diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
III. As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização, podendo ou não ser
em dinheiro.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas
Comentários:
O item I está incorreto. A política de desenvolvimento urbano é de responsabilidade dos municípios, tendo
por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus
habitantes (art. 182, “caput”, CF).
O item III está incorreto. As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização
em dinheiro (art. 182, § 3º, CF).
O gabarito é a letra B.
13. (FGV / OAB – 2013) Assinale a alternativa que completa corretamente o fragmento a seguir.
A desapropriação para fins de reforma agrária ocorre mediante prévia e justa indenização:
a) em dinheiro, incluindo-se as benfeitorias úteis e necessárias.
b) em dinheiro, mas as benfeitorias não são passíveis de indenização.
c) em títulos da dívida agrária, incluindo-se as benfeitorias úteis e necessárias.
d) em títulos da dívida agrária, mas as benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
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Comentários:
De acordo com o art. 184 da Constituição, caso a propriedade não esteja cumprindo sua função social, a
desapropriação dar-se-á mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária. As benfeitorias
úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
O gabarito é a letra D.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (CESPE/ SEFAZ-DF – 2020) A União detém o monopólio da pesquisa e lavra das jazidas de petróleo
e gás natural, sendo-lhe permitida a contratação de empresas estatais e privadas para a realização dessas
atividades, desde que observadas as condições estabelecidas em lei.
Comentários:
Segundo o art. 177, I, da Carta Magna, é monopólio da União a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e
gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos. O § 1º do mesmo dispositivo permite que a União contrate
empresas estatais ou privadas para a realização dessa atividade, observadas as condições estabelecidas em
lei. Questão correta.
Comentários:
As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não
extensivos às do setor privado (art. 173, § 2º, CF). Questão errada.
3. (CESPE/ TJ-PA – 2019) De acordo com a Constituição Federal de 1988, as jazidas em lavra e demais
recursos minerais e potenciais de energia hidráulica constituem, para efeito de exploração e
aproveitamento, propriedade
a) distinta da do solo e pertencem à União e aos estados onde estejam localizados, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.
d) conjunta à do solo e pertencem à União e aos estados onde estejam localizados, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.
Comentários:
As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem
propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União,
garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra (art. 176, CF). O gabarito é a letra E.
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4. (CESPE/ Prefeitura de Boa Vista - 2019) Estados federados podem, sob o fundamento de interesse
social, desapropriar imóveis rurais improdutivos para fins de reforma agrária.
Comentários:
Trata-se de competência da União. Nos termos do art. 184 da Constituição, compete à União desapropriar
por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social,
mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real,
resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida
em lei. Questão errada.
5. (CESPE/ EMAP – 2018) Lei pode estabelecer condições para o exercício de certas atividades
econômicas.
Comentários
6. (CESPE/ STJ – 2018) A defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação, é
princípio de índole constitucional que pauta a ordem econômica brasileira.
Comentários:
Trata-se, de fato, de princípio da ordem econômica, previsto no art. 170, VI, da Carta Magna. Relembremos
o que dispõe o art. 170 da CF/88:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
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Questão correta.
7. (CESPE / TRT 8ª Região – 2016) Acerca das finanças públicas, da ordem econômica e financeira, da
reforma agrária, do sistema financeiro nacional e da ordem social, assinale a opção correta de acordo com
a CF.
a) O sistema financeiro nacional regula-se por leis complementares, salvo no que se refere à participação de
capital estrangeiro nas instituições financeiras, que será regulada por tratados internacionais.
c) O texto constitucional atribui ao Congresso Nacional a competência para fiscalizar a emissão de moeda no
país, exclusivamente pelo Banco Central, nos termos de lei complementar.
e) A alienação ou a concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares para fins
de reforma agrária dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional.
Comentários:
Letra A: errada. O sistema financeiro nacional regula-se por leis complementares que dispõem, inclusive,
sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram (art. 192, “caput”, CF).
Letra B: correta. Segundo o art. 225 da Constituição, “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Letra C: errada. Compete ao Congresso Nacional legislar sobre a emissão de moeda, não fiscalizá-la (art. 48,
XIV, CF).
Letra D: errada. Para exploração de jazidas e demais recursos naturais, é necessária a autorização da União
(art. 176, § 1o, CF), cabendo ao proprietário participação nos resultados da lavra.
Letra E: errada. Caso a alienação ou concessão de terras públicas destine-se a reforma agrária, não há
necessidade de aprovação do Congresso Nacional (art. 188, §§ 1o e 2o, CF).
O gabarito é a letra B.
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8. (CESPE / TJ-PB – 2015) Será materialmente inconstitucional, por ofender o princípio da livre
concorrência, lei municipal que, a pretexto de realizar zoneamento urbano, estabeleça distância mínima
de quinhentos metros entre uma farmácia e outra.
Comentários:
A Súmula Vinculante nº 49 estabelece que “ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede
a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área”. Assim, será
inconstitucional a lei municipal que estabeleça distância mínima de 500 metros entre uma farmácia e outra.
Questão correta.
Comentários:
10. (CESPE / CADE – 2014) Os valores sociais da livre iniciativa e a livre iniciativa são princípios da
República Federativa do Brasil; o primeiro é um fundamento, e o segundo, um princípio geral da atividade
econômica.
Comentários:
É isso mesmo! Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são um fundamento da República Federativa
do Brasil. Por sua vez, a livre iniciativa (livre concorrência) é princípio geral da ordem econômica (art. 170,
IV).
Questão correta.
11. (CESPE / TJ-SE – 2014) A CF prevê a possibilidade de exploração direta de atividade econômica pelo
Estado somente no caso de imprescindibilidade à segurança nacional.
Comentários:
O Estado pode explorar diretamente atividade econômica quando for necessário aos imperativos de
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo. Também é admitida a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado em outros casos previstos na Constituição. Dessa forma, a imprescindibilidade à
segurança nacional não é a única hipótese em que se autoriza a atuação direta do Estado na atividade
econômica.
Questão errada.
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12. (CESPE / MPE-AC – 2014) Em razão do regime de livre mercado estabelecido na CF, é vedado ao
Estado explorar diretamente atividade econômica.
Comentários:
Segundo o art. 173, “ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a
relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei”. Assim, é possível, em alguns casos, que o Estado
explore diretamente atividade econômica.
Questão errada.
13. (CESPE / TRF 2ª Região – 2013) A proteção à livre concorrência é um dos princípios orientadores da
ordem econômica, e, segundo entendimento do STF o privilégio de entrega de correspondência da ECT —
empresa pública — viola tal princípio.
Comentários:
É o contrário! Para o STF, por se tratar de um serviço público, a atividade de entrega de correspondência
pode, sim, ser desenvolvida com exclusividade pela ECT. Não há violação á livre concorrência.
Questão errada.
14. (CESPE / Banco da Amazônia – 2012) Conforme previsto na CF, o Estado, quando atua como agente
normativo e regulador, exerce as funções de fiscalização, planejamento e participação no mercado.
Comentários:
Segundo o art. 174, “caput”, da CF/88, quando o Estado atua como agente normativo e regulador, exerce as
funções de fiscalização, incentivo e planejamento.
Questão errada.
15. (CESPE / Banco da Amazônia – 2012) O princípio da livre concorrência garante aos agentes
econômicos a segurança de que o Estado não poderá impedi-los de atuar livremente no mercado.
Comentários:
O Estado pode, sim, impedir que agentes econômicos atuem livremente no mercado, para coibir o abuso do
poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário
dos lucros. Nesse sentido, foi criado o CADE, a fim de exercer o controle sobre a atuação econômica das
pessoas jurídicas.
Questão errada.
16. (CESPE / Banco da Amazônia – 2012) Ao planejar a atividade econômica, o Estado deve, conforme
previsão constitucional, observar o princípio da livre iniciativa, atuando apenas de forma indicativa para
o setor privado.
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Comentários:
De fato, a livre iniciativa é um dos fundamentos da RFB, que deve ser observado pelo Estado ao planejar a
atividade econômica (art. 1º, IV, CF). Esse planejamento é determinante para o setor público e indicativo
para o setor privado (art. 174, “caput”, CF).
Questão correta.
17. (CESPE / AGU – 2012) A atuação do Estado como agente normativo e regulador da atividade
econômica compreende, entre outras funções, a de planejamento, que é determinante tanto para o setor
público quanto para o setor privado.
Comentários:
O planejamento é determinante para o setor público e indicativo para o privado (art. 174, “caput”, CF).
Questão errada.
18. (CESPE / AGU – 2012) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, dadas as suas
especificidades, beneficiam-se de determinados privilégios fiscais não atribuídos às empresas privadas.
Comentários:
Determina o art. 173, § 2º, CF/88, que as empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão
gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
Questão errada.
19. (CESPE / AGU – 2012) Como forma de estímulo à atração de investimentos de capital estrangeiro,
a CF veda a regulação da remessa de lucros.
Comentários:
Não há vedação à remessa de lucros. A Constituição apenas determina que esta deverá ser regulada por lei
(art. 172).
Questão errada.
20. (CESPE / AGU – 2012) A CF prevê áreas em que a exploração direta de atividade econômica pela
União é feita por meio de monopólio.
Comentários:
Questão correta.
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21. (CESPE / TJ-AC – 2012) Estão sujeitas ao regime jurídico próprio das empresas privadas, quanto aos
direitos e obrigações trabalhistas e tributários, as empresas públicas e as sociedades de economia mista
que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens, mas não as que prestam
serviços.
Comentários:
Determina o art. 173, § 1º, CF/88, que a lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade
de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre a sujeição ao regime jurídico próprio
das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.
O erro do enunciado é dizer que não se sujeitam a esse regime as prestadoras de serviços.
Questão errada.
22. (CESPE / TJ-AC – 2012) A CF estabelece o monopólio da União na pesquisa e lavra das jazidas de
petróleo e gás natural, permitindo, entretanto, a contratação de empresas estatais e privadas para a
realização dessas atividades, observadas as condições estabelecidas em lei.
Comentários:
Questão correta.
23. (CESPE / TCU – 2011) De acordo com a CF, constituem monopólio da União a pesquisa, a
comercialização e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural.
Comentários:
Isso se aplica à pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural (art. 177, I, CF), mas não à sua
comercialização.
Questão errada.
24. (CESPE / TRF 5ª Região – 2011) Ao prever o princípio do pleno emprego na CF, o legislador
pretendeu defender a absorção da força de trabalho a qualquer custo, sem se preocupar com a dignidade
da pessoa humana.
Comentários:
A busca do pleno emprego deve estar em consonância com a dignidade da pessoa humana, fundamento da
RFB (art. 1º, III, CF).
Questão errada.
25. (CESPE / TRF 5ª Região – 2011) A atividade normativa e reguladora do Estado exercida por meio da
intervenção na atividade econômica compreende as funções de fiscalização, participação e incentivo.
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Comentários:
Segundo o art. 174, “caput”, da Constituição, como agente normativo e regulador da atividade econômica,
o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este
determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
Questão errada.
26. (CESPE / TRF 5ª Região – 2011) O monopólio estatal na refinação do petróleo nacional impede a
contratação, pela União, de empresa privada para a realização dessa atividade.
Comentários:
Não há tal impedimento, conforme art. 177, § 1º, da Constituição, desde que observadas as condições
estabelecidas em lei.
Questão errada.
27. (CESPE / TRF 5ª Região – 2011) O planejamento da atividade econômica pelo Estado, na nova ordem
constitucional econômica, é sempre indicativo para o setor privado, em harmonia com o princípio da livre
iniciativa.
Comentários:
Questão correta.
28. (CESPE / MPS – 2010) Constitui monopólio da União a refinação de petróleo nacional ou
estrangeiro.
Comentários:
Questão correta.
29. (CESPE / MPS – 2010) As empresas públicas e as sociedades de economia mista não podem gozar
de privilégios fiscais não extensivos às empresas do setor privado.
Comentários:
Questão correta.
30. (CESPE / OAB – 2010) O aproveitamento do potencial de energia renovável de capacidade reduzida
depende de autorização do Estado.
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Comentários:
Questão errada.
31. (CESPE / TJ-SE – 2014) A desapropriação, pela União, de imóvel rural que não atenda a sua função
social, para a realização de reforma agrária, depende de prévia indenização em dinheiro.
Comentários:
A desapropriação por interesse social, para fins de reforma agrária, de imóvel que não esteja atendendo a
sua função social, é feita mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária. A indenização
não é em dinheiro. ==16db73==
Questão errada.
32. (CESPE / TJ-PI – 2012) A política de desenvolvimento urbano deve ficar a cargo do município, a
partir de diretrizes comuns fixadas por lei federal.
Comentários:
É o que determina o art. 182, “caput”, da Constituição. A política de desenvolvimento urbano será executada
pelo Município. As diretrizes, por sua vez, são fixadas em lei federal, de caráter nacional.
Questão correta.
33. (CESPE / TJ-PI – 2012) A alienação ou concessão, a qualquer título, de terras públicas rurais,
independentemente da dimensão, a pessoa física ou jurídica depende de prévia aprovação do Congresso
Nacional.
Comentários:
Isso só se aplica a terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares, excetuadas as
concessões de terras públicas para fins de reforma agrária.
Questão errada.
34. (CESPE / BRB – 2010) Considere que a União desaproprie por interesse social, para fins de reforma
agrária, determinado imóvel rural localizado no estado do Mato Grosso, que não esteja cumprindo sua
função social. Nessa situação, todas as benfeitorias do imóvel deverão ser indenizadas mediante títulos
da dívida agrária.
Comentários:
Apenas as benfeitorias úteis e necessárias deverão ser indenizadas, o que deverá se dar em dinheiro (art.
184, § 1º, CF).
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Questão errada.
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LISTA DE QUESTÕES
1. (FGV / Prefeitura de Salvador – 2019) A sociedade empresária Alfa, após ampliar seu parque
industrial e aumentar drasticamente sua produção, resolveu oferecer seus produtos pela metade do custo
oferecido pelos outros produtores existentes, o que somente foi possível, apesar dos prejuízos, em razão
das elevadas reservas de capital que amealhara nos últimos anos.
Dois anos após a implementação dessa política, os demais produtores estavam falidos, o que consolidou
o domínio da sociedade empresária Alfa no mercado interno.
À luz das normas a respeito dessa temática previstas na Constituição de 1988, cuja eficácia será integrada
pela legislação infraconstitucional, deve-se afirmar que o proceder da referida sociedade empresária foi
a) correto, pois, nos sistemas de livre iniciativa, cada sociedade empresária pode adotar os meios ao seu
alcance para dominar o mercado.
b) incorreto, pois devem ser reprimidas pela legislação as práticas que visem à dominação de mercados e à
eliminação da concorrência.
c) correto, pois, no sistema capitalista, compete ao próprio mercado autorregular-se, o que é secundado
pelo poder de escolha do consumidor.
d) incorreto, pois a redução de preços deveria ser previamente informada aos concorrentes, de modo que
pudessem ajustar-se à nova realidade do mercado.
e) correto, pois a preferibilidade da livre concorrência não pode privar o consumidor dos benefícios obtidos
com a aquisição de produtos por preços mais baixos.
2. (FGV / Prefeitura de Niterói – 2018) José e Antônio, estudantes de Direito, considerando a livre
iniciativa, travaram intenso debate a respeito da intervenção do Estado na atividade econômica, sendo
suas conclusões nitidamente influenciadas pela ideologia político-econômica que cada um deles adotava.
José afirmava que a livre iniciativa exigia que o Estado se distanciasse dessa atividade, não podendo
incentivá-la ou planejá-la, mas apenas fiscalizá-la. Antônio, por sua vez, defendia que o Estado deveria não
só fiscalizar como incentivar e planejar, sendo o planejamento determinante para o setor público e
indicativo para o setor privado.
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3. (FGV / ISS-Niterói – 2015) A Constituição do Estado YX dispôs, em seu art. 100, que é vedado ao
Poder Executivo Estadual deixar de explorar as atividades econômicas nele elencadas. Quanto às demais
atividades, dispôs o art. 101 que a sua exploração, ou não, por empresas públicas e sociedades de
economia mista, deve seguir como diretriz a relevância para o interesse coletivo, conforme definido em
decreto do Poder Executivo.
4. (FGV / CODEMIG – 2015) Os princípios gerais da ordem econômica, na forma em que sistematizados
pela Constituição da República Federativa do Brasil, alcançam as relações mantidas entre o Poder Público,
o setor produtivo e o setor consumidor.
5. (FGV / ISS-Recife – 2014) A Constituição Brasileira de 1988 determina que a ordem econômica é
fundada na valorização do trabalho humano e da livre iniciativa, indicando os princípios que devem ser
observados. Com base no constante nas disposições constitucionais específicas da ordem econômica,
assinale a opção que apresenta apenas os princípios que devem ser observados.
a) Supremacia do interesse público / Função social da propriedade.
b) Tratamento favorecido para as empresas de grande porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham
ou não sua sede e administração no país / Autonomia nacional.
c) Busca do pleno cargo público / Livre concorrência.
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6. (FGV / AL-BA – 2014) Nos termos da Constituição Federal, a ordem econômica atua sob a premissa
de determinados princípios, dentre os quais podemos destacar o relacionado:
a) à propriedade coletiva.
b) ao privilégio às empresas nacionais.
c) à defesa de monopólios especiais.
d) à redução das desigualdades regionais.
e) à proteção aos fornecedores.
7. (FGV / AL-BA – 2014) A Constituição Federal privilegia a atuação da iniciativa privada na atividade
econômica, podendo estabelecer, em determinadas situações, regime de concessões e permissões. Salvo
as situações expressamente previstas na Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo
Estado só será permitida quando:
a) significar uma necessidade da economia.
b) necessária aos imperativos da segurança nacional.
c) expressar a vontade do governo.
d) resultar de uma imposição do Congresso.
e) representar uma manifestação popular.
8. (FGV / SEFAZ-RJ – 2011) A Constituição da República enumera os princípios que regem a atividade
econômica, dentre os quais o tratamento favorecido para as empresas de pequeno e médio porte
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no país. Essa afirmativa está
incorreta porque:
a) O tratamento favorecido viola a livre concorrência, que é um dos princípios da atividade econômica.
b) A constituição não admite tratamento favorecido, em respeito ao direito à igualdade.
c) O tratamento favorecido deve ser condicionado apenas à redução das desigualdades regionais.
d) O tratamento favorecido deve ser condicionado apenas à redução das desigualdades sociais.
e) O tratamento favorecido não se estende às empresas de médio porte.
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III. A lei deve reprimir o abuso do poder econômico consubstanciado pelo domínio dos mercados, pela
eliminação da concorrência e pelo aumento arbitrário dos lucros. Nos atos praticados contra a ordem
econômica e financeira e contra a economia popular, a lei, embora isentando a pessoa jurídica em si, deve
estabelecer a responsabilidade individual de seus dirigentes.
Assinale:
a) se todas as afirmativas estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se apenas a afirmativa II estiver correta.
e) se apenas a afirmativa I estiver correta.
10. (FGV / SEAD-AP – 2010) A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
==16db73==
observados determinados princípios.
Assinale a opção cujo conteúdo não corresponde aos princípios
constantes do art. 170, da Constituição.
a) Soberania nacional, propriedade privada, função social da propriedade, livre concorrência, busca do pleno
emprego.
b) Propriedade privada, livre concorrência, defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e
prestação.
c) Soberania nacional, propriedade privada, função social da propriedade, livre concorrência, vedação ao
tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras que tenham
sua sede e administração no país.
d) Função social da propriedade, livre concorrência, defesa do meio ambiente, busca do pleno emprego,
redução das desigualdades regionais e sociais.
e) Soberania nacional, livre concorrência, defesa do consumidor.
11. (FGV / OAB – 2013) “M” vem desrespeitando o zoneamento estipulado pelo Município X em seu
plano diretor, uma vez que mantém, com nítido caráter de especulação, terreno não utilizado em área
residencial.
Assinale a alternativa que indica medida que o Município X pode tomar para que “M” utilize
adequadamente seu terreno.
a) Desapropriar o terreno, sem que haja pagamento de indenização.
b) Desapropriar o terreno, mediante pagamento de indenização justa, prévia e em dinheiro.
c) Determinar edificação compulsória naquele terreno.
d) Instituir multa administrativa no patamar de até 100% do valor no IPTU do imóvel.
12. (FGV / CONDER – 2013) Quanto à política urbana definida na Constituição Federal de 1988, analise
as afirmativas a seguir.
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I. A política de desenvolvimento urbano é executada pelas esferas federal, estadual e municipal com objetivo
de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais e garantir o bem-estar da população assistida.
II. O plano diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
III. As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização, podendo ou não ser
em dinheiro.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas
13. (FGV / OAB – 2013) Assinale a alternativa que completa corretamente o fragmento a seguir.
A desapropriação para fins de reforma agrária ocorre mediante prévia e justa indenização:
a) em dinheiro, incluindo-se as benfeitorias úteis e necessárias.
b) em dinheiro, mas as benfeitorias não são passíveis de indenização.
c) em títulos da dívida agrária, incluindo-se as benfeitorias úteis e necessárias.
d) em títulos da dívida agrária, mas as benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
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GABARITO
1. LETRA E 6. LETRA D 11. LETRA C
2. LETRA B 7. LETRA B 12. LETRA B
3. LETRA C 8. LETRA E 13. LETRA D
4. LETRA B 9. LETRA D
5. LETRA D 10. LETRA C
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LISTA DE QUESTÕES
1. (CESPE/ SEFAZ-DF – 2020) A União detém o monopólio da pesquisa e lavra das jazidas de petróleo
e gás natural, sendo-lhe permitida a contratação de empresas estatais e privadas para a realização dessas
atividades, desde que observadas as condições estabelecidas em lei.
2. (CESPE/ SEFAZ-DF – 2020) As empresas públicas e as sociedades de economia mista gozam de
privilégios fiscais não extensivos às sociedades comerciais do setor privado.
3. (CESPE/ TJ-PA – 2019) De acordo com a Constituição Federal de 1988, as jazidas em lavra e demais
recursos minerais e potenciais de energia hidráulica constituem, para efeito de exploração e
aproveitamento, propriedade
a) distinta da do solo e pertencem à União e aos estados onde estejam localizados, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.
d) conjunta à do solo e pertencem à União e aos estados onde estejam localizados, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.
4. (CESPE/ Prefeitura de Boa Vista - 2019) Estados federados podem, sob o fundamento de interesse
social, desapropriar imóveis rurais improdutivos para fins de reforma agrária.
5. (CESPE/ EMAP – 2018) Lei pode estabelecer condições para o exercício de certas atividades
econômicas.
6. (CESPE/ STJ – 2018) A defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação, é
princípio de índole constitucional que pauta a ordem econômica brasileira.
7. (CESPE / TRT 8ª Região – 2016) Acerca das finanças públicas, da ordem econômica e financeira, da
reforma agrária, do sistema financeiro nacional e da ordem social, assinale a opção correta de acordo com
a CF.
a) O sistema financeiro nacional regula-se por leis complementares, salvo no que se refere à participação de
capital estrangeiro nas instituições financeiras, que será regulada por tratados internacionais.
c) O texto constitucional atribui ao Congresso Nacional a competência para fiscalizar a emissão de moeda no
país, exclusivamente pelo Banco Central, nos termos de lei complementar.
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e) A alienação ou a concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares para fins
de reforma agrária dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional.
8. (CESPE / TJ-PB – 2015) Será materialmente inconstitucional, por ofender o princípio da livre
concorrência, lei municipal que, a pretexto de realizar zoneamento urbano, estabeleça distância mínima
de quinhentos metros entre uma farmácia e outra.
9. (CESPE / TJDFT – 2014) Constitui princípio constitucional da ordem econômica o tratamento
favorecido para todas as empresas constituídas sob as leis brasileiras, com sede e administração no Brasil.
10. (CESPE / CADE – 2014) Os valores sociais da livre iniciativa e a livre iniciativa são princípios da
República Federativa do Brasil; o primeiro é um fundamento, e o segundo, um princípio geral da atividade
econômica.
11. (CESPE / TJ-SE – 2014) A CF prevê a possibilidade de exploração direta de atividade econômica pelo
Estado somente no caso de imprescindibilidade à segurança nacional.
12. (CESPE / MPE-AC – 2014) Em razão do regime de livre mercado estabelecido na CF, é vedado ao
Estado explorar diretamente atividade econômica.
13. (CESPE / TRF 2ª Região – 2013) A proteção à livre concorrência é um dos princípios orientadores da
ordem econômica, e, segundo entendimento do STF o privilégio de entrega de correspondência da ECT —
empresa pública — viola tal princípio.
14. (CESPE / Banco da Amazônia – 2012) Conforme previsto na CF, o Estado, quando atua como agente
normativo e regulador, exerce as funções de fiscalização, planejamento e participação no mercado.
15. (CESPE / Banco da Amazônia – 2012) O princípio da livre concorrência garante aos agentes
econômicos a segurança de que o Estado não poderá impedi-los de atuar livremente no mercado.
16. (CESPE / Banco da Amazônia – 2012) Ao planejar a atividade econômica, o Estado deve, conforme
previsão constitucional, observar o princípio da livre iniciativa, atuando apenas de forma indicativa para
o setor privado.
17. (CESPE / AGU – 2012) A atuação do Estado como agente normativo e regulador da atividade
econômica compreende, entre outras funções, a de planejamento, que é determinante tanto para o setor
público quanto para o setor privado.
18. (CESPE / AGU – 2012) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, dadas as suas
especificidades, beneficiam-se de determinados privilégios fiscais não atribuídos às empresas privadas.
19. (CESPE / AGU – 2012) Como forma de estímulo à atração de investimentos de capital estrangeiro,
a CF veda a regulação da remessa de lucros.
20. (CESPE / AGU – 2012) A CF prevê áreas em que a exploração direta de atividade econômica pela
União é feita por meio de monopólio.
21. (CESPE / TJ-AC – 2012) Estão sujeitas ao regime jurídico próprio das empresas privadas, quanto aos
direitos e obrigações trabalhistas e tributários, as empresas públicas e as sociedades de economia mista
que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens, mas não as que prestam
serviços.
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22. (CESPE / TJ-AC – 2012) A CF estabelece o monopólio da União na pesquisa e lavra das jazidas de
petróleo e gás natural, permitindo, entretanto, a contratação de empresas estatais e privadas para a
realização dessas atividades, observadas as condições estabelecidas em lei.
23. (CESPE / TCU – 2011) De acordo com a CF, constituem monopólio da União a pesquisa, a
comercialização e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural.
24. (CESPE / TRF 5ª Região – 2011) Ao prever o princípio do pleno emprego na CF, o legislador
pretendeu defender a absorção da força de trabalho a qualquer custo, sem se preocupar com a dignidade
da pessoa humana.
25. (CESPE / TRF 5ª Região – 2011) A atividade normativa e reguladora do Estado exercida por meio da
intervenção na atividade econômica compreende as funções de fiscalização, participação e incentivo.
26. (CESPE / TRF 5ª Região – 2011) O monopólio estatal na refinação do petróleo nacional impede a
contratação, pela União, de empresa privada para a realização dessa atividade.
27. (CESPE / TRF 5ª Região – 2011) O planejamento da atividade econômica pelo Estado, na nova ordem
==16db73==
constitucional econômica, é sempre indicativo para o setor privado, em harmonia com o princípio da livre
iniciativa.
28. (CESPE / MPS – 2010) Constitui monopólio da União a refinação de petróleo nacional ou
estrangeiro.
29. (CESPE / MPS – 2010) As empresas públicas e as sociedades de economia mista não podem gozar
de privilégios fiscais não extensivos às empresas do setor privado.
30. (CESPE / OAB – 2010) O aproveitamento do potencial de energia renovável de capacidade reduzida
depende de autorização do Estado.
31. (CESPE / TJ-SE – 2014) A desapropriação, pela União, de imóvel rural que não atenda a sua função
social, para a realização de reforma agrária, depende de prévia indenização em dinheiro.
32. (CESPE / TJ-PI – 2012) A política de desenvolvimento urbano deve ficar a cargo do município, a
partir de diretrizes comuns fixadas por lei federal.
33. (CESPE / TJ-PI – 2012) A alienação ou concessão, a qualquer título, de terras públicas rurais,
independentemente da dimensão, a pessoa física ou jurídica depende de prévia aprovação do Congresso
Nacional.
34. (CESPE / BRB – 2010) Considere que a União desaproprie por interesse social, para fins de reforma
agrária, determinado imóvel rural localizado no estado do Mato Grosso, que não esteja cumprindo sua
função social. Nessa situação, todas as benfeitorias do imóvel deverão ser indenizadas mediante títulos
da dívida agrária.
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GABARITO
1. CORRETA 13. ERRADA 25. ERRADA
2. ERRADA 14. ERRADA 26. ERRADA
3. LETRA E 15. ERRADA 27. CORRETA
4. ERRADA 16. CORRETA 28. CORRETA
5. CORRETA 17. ERRADA 29. CORRETA
6. CORRETA 18. ERRADA 30. ERRADA
7. LETRA B 19. ERRADA 31. ERRADA
8. CORRETA 20. CORRETA 32. CORRETA
9. ERRADA 21. ERRADA 33. ERRADA
10. CORRETA 22. CORRETA 34. ERRADA
11. ERRADA 23. ERRADA
12. ERRADA 24. ERRADA
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