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FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

Curso de Contabilidade e Auditoria

AVALIAÇÃO III DE DIREITO FISCAL

SISTEMA FISCAL MOÇAMBICANO

Berta Chatala

Código: 51210203

BEIRA

Maio, 2022
FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

Curso de Contabilidade e Auditoria

AVALIAÇÃO III DE DIREITO FISCAL

SISTEMA FISCAL MOÇAMBICANO

Berta Chatala

Código: 51210203

A Tutora
Msc. Afonso Jorge

BEIRA

Maio, 2022
Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................................1

1.1. Introdução.........................................................................................................................1

1.2. Objectivos.........................................................................................................................2

1.2.1. Objectivo geral..............................................................................................................2

1.2.2. Objectivos específicos...................................................................................................2

1.3. Metodologias.....................................................................................................................3

CAPÍTULO II: FUNDAMETAÇÃO TEORICA............................................................................4

2.1. Direito tributário e seu conceito........................................................................................4

2.1.1. Concepções de alguns autores acerca do direito tributário...........................................4

2.1.2. Características...............................................................................................................5

2.2. Estrutura do sistema tributário..........................................................................................5

2.3. Os principais impostos em moçambique..........................................................................7

2.3.1. Imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas.......................................................7

2.3.1.1. Deveres Acessórios....................................................................................................8

2.3.2. Imposto sobre o valor acrescentado (IVA)....................................................................9

2.3.3. Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRPS).......................................10

2.3.3.1. Deveres Acessórios..................................................................................................12

2.3.4. Imposto Predial Autárquico.........................................................................................13

2.3.5. Imposto simplificado para pequenos contribuintes (ISPC).........................................14

2.3.6. Impostos sobre a Transmissão da Propriedade............................................................15

2.3.6.1. Imposto sobre Sucessões e Doações........................................................................16

2.3.6.2. Sisa...........................................................................................................................16

2.3.7. Outros impostos do estado..........................................................................................17


2.3.7.1. Imposto do Selo.......................................................................................................17

2.3.8. Regimes Tributários Especiais....................................................................................18

2.4. Princípios que norteiam os processos de tributação........................................................19

CAPÍTULO III: CONCLUSÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................20

3.1. Conclusão........................................................................................................................20

3.2. Referências bibliográficas...............................................................................................21


CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.1. Introdução

O Direito pode ser definido como um conjunto de princípios universais, imutáveis,


superiores ou normas jurídicas inerentes à própria condição humana; anterior ao homem e situa-
se acima dele. É eterno; não é racional; é fundamento do direito positivo.

Direito Tributário ou Fiscal é o conjunto das leis reguladoras da arrecadação dos tributos, bem
como de sua fiscalização. Regula as relações jurídicas estabelecidas entre o Estado e o
contribuinte, no que se refere à arrecadação dos tributos.

O sistema fiscal constitui um dos meios de assegurar o desenvolvimento do aparelho de


Estado, parte fundamental do crescimento dos serviços administrativos, que consome sem
produzir, e de estímulo da procura através do expediente das despesas públicas, dos subsídios ou
reduções fiscais aos sectores privados e do controlo da própria produção.

O sistema fiscal moçambicano possui hoje uma estrutura equiparável aos mais modernos
sistemas fiscais, apresentando uma estrutura tripartida, através da qual se tributa, separadamente,
o rendimento, o consumo e o património.

Em qualquer caso, a actual configuração do sistema fiscal moçambicano é relativamente


recente, derivando da reforma de 2002, altura em que foi totalmente reformulado o sistema então
vigente e que apresentava, ainda, uma relevante matriz da pré-independência. O novo sistema
fiscal Moçambicano inclui já soluções adaptadas às novas realidades económicas, quer através
da diferenciação das regras aplicáveis em função dos tipos de contribuintes, quer através das
preocupações de integração internacional já reveladas.

O fisco foi e continua a ser a maneira decisiva de penetração administrativa nas regiões
afastadas dos tradicionais circuitos comerciais. Assegura o controlo de entradas e saídas das
cidades, passagem de fronteiras quando se estabilizam e acompanham o processo de formação de
nação. Deste modo se processa simultaneamente o aumento de impostos, o controlo das
transações e a vigilância sobre as deslocações de bens e de pessoas, garantes da permanência do
Estado.

1
O actual sistema tributário em vigor em Moçambique encontra-se, em termos gerais, em
conformidade com os padrões internacionais de boas práticas nos países em desenvolvimento,
com as principais fontes de receitas provenientes do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) e
dos impostos modernos sobre os rendimentos de pessoas colectivas e singulares (IRPC e IRPS,
respectivamente) e com os impostos sobre o comércio a perderem importância. Em 2008, o total
da receita atingiu cerca de 16,0 por cento do PIB, com as receitas fiscais em 13,5 por cento do
PIB.

Estes dois valores representam um aumento em mais de dois pontos percentuais


relativamente ao PIB entre 2005 e 2008, apesar das reduções registadas na taxa máxima dos
direitos aduaneiros, da implementação do comércio preferencial da SADC, dos limites mais
elevados para se entrar na rede fiscal para o IVA e para o imposto sobre os rendimentos e o
adiamento temporário do imposto sobre o combustível em 2008 com o objectivo de amainar os
efeitos dos preços mundiais exorbitantes do petróleo. Estes factos indicam que os esforços do
governo com vista a melhorar a administração tributária e a alargar a base tributária têm vindo a
produzir frutos.

1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral

Este trabalho tem como objectivo analisar o Direito Tributário ou Fiscal Moçambicano e
regras fiscais.

1.2.2. Objectivos específicos

 caracterizar o Sistema Contabilístico Moçambicano


 caracterizar o Sistema Fiscal Moçambicano
 analisar os Impostos nacionais e Impostos autárquicos

1.3. Metodologias

2
A metodologia de pesquisa adotada foi definida como bibliográfica. A pesquisa é
elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de
periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet.

CAPÍTULO II: FUNDAMETAÇÃO TEORICA

2.1. Direito tributário e seu conceito

Em sua atividade financeira, o Estado necessita captar recursos materiais para manter sua
estrutura, disponibilizando ao cidadão-contribuinte os serviços que lhe compete, como autêntico
provedor das necessidades coletivas.

3
A principal fonte de receitas públicas é a cobrança de tributos direcionada aos objetivos
fundamentais, tais como a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a garantia do
desenvolvimento nacional, a erradicação da pobreza e da marginalização, tendente à redução das
desigualdades sociais e regionais, bem como a promoção do bem-estar da coletividade. Daí
haver a necessidade de uma positivação de regras que possam certificar tão relevante desiderato
de percepção de recursos o que se dá por meio da ciência jurídica intitulada Direito Tributário,
também denominado Direito Fiscal.

2.1.1. Concepções de alguns autores acerca do direito tributário

Sousa, o Direito Tributário é “(...) o ramo do direito público que rege as relações jurídicas
entre os Estados e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado no que se refere
à obtenção de receitas que correspondam ao conceito de tributos”.

Para Hugo de Brito Machado, o Direito Tributário é o “ramo do direito que se ocupa das
relações entre fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando
o poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder”.

Mediante tais definições torna-se possível segundo (Sabbag, 2009) extrair desse plano
conceitual que - o Direito Tributário como ramificação autônoma da Ciência jurídica, associada
ao direito público concentrando o plexo de relações jurídicas que imantam o elo “Estado versus
contribuinte”, na atividade financeira do Estado, quanto à instituição, fiscalização e arrecadação
de tributos. É de extrema importância destacar que “o Direito Tributário é o conjunto de normas
que regula o comportamento das pessoas de levar dinheiro aos cofres públicos”.

“O Direito Tributário é a representação positivada da ciência jurídica que absorve o


conjunto de normas e princípios jurídicos, reguladores das relações intersubjetivas na obrigação
tributária, cujos elementos são as partes, a prestação e o vínculo jurídico, e nestas destacam-se
como o ente público estatal, de um lado, e o contribuinte, de outro. O objeto é a obrigação em si,
que pode consistir numa obrigação de dar, de cunho patrimonial”.

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2.1.2. Características

O actual sistema tributário em vigor em Moçambique encontra-se, em termos gerais, em


conformidade com os padrões internacionais de boas práticas nos países em desenvolvimento,
com as principais fontes de receitas provenientes do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) e
dos impostos modernos sobre os rendimentos de pessoas colectivas e singulares (IRPC e IRPS,
respectivamente) e com os impostos sobre o comércio a perderem importância. Em 2008, o total
da receita atingiu cerca de 16,0 por cento do PIB, com as receitas fiscais em 13,5 por cento do
PIB.

Estes dois valores representam um aumento em mais de dois pontos percentuais


relativamente ao PIB entre 2005 e 2008, apesar das reduções registadas na taxa máxima dos
direitos aduaneiros, da implementação do comércio preferencial da SADC, dos limites mais
elevados para se entrar na rede fiscal para o IVA e para o imposto sobre os rendimentos e o
adiamento temporário do imposto sobre o combustível em 2008 com o objectivo de amainar os
efeitos dos preços mundiais exorbitantes do petróleo. Estes factos indicam que os esforços do
governo com vista a melhorar a administração tributária e a alargar a base tributária têm vindo a
produzir frutos.

2.2. Estrutura do sistema tributário

 Formas de estabelecimento

A maioria das sociedades comerciais em Moçambique adopta a forma de sociedade


anónima ou de sociedade por quotas, mas é ainda possível a constituição de sociedades
unipessoais. As empresas estrangeiras que não pretendam estabelecer-se em Moçambique
actuam, em regra, através da constituição de uma sucursal.

 Taxas de juro

As taxas de juro de referência são a taxa de facilidade permanente de depósito,


actualmente fixada em 1,75%, e a taxa de facilidade permanente de cedência, actualmente fixada
em 9,0%.

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 Princípios contabilísticos

O sistema contabilístico moçambicano é regido pelo modelo contabilístico francês. As


instituições financeiras, e algumas sociedades estrangeiras de maior dimensão regem-se, no
entanto, por um sistema que segue as IFRS.

 Incentivos fiscais

Os investidores privados em Moçambique têm direito a vários benefícios fiscais mediante


o cumprimento de determinados requisitos. São benefícios fiscais as isenções e a redução de
taxas de imposto, o diferimento do pagamento destes, as deduções à matéria colectável, as
deduções à colecta, as amortizações e reintegrações aceleradas e, ainda, o crédito fiscal por
investimentos. Existem diversas isenções e reduções de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Colectivas (IRPC), nomeadamente, para empresas que queiram investir em Zonas Económicas
Especiais e Zonas Francas Industriais. Poderão, também, ser concedidos incentivos fiscais,
mediante aprovação de projecto de investimento junto do Centro de Promoção de Investimentos
(CPI) e o Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA).

 Ano fiscal

O ano fiscal coincide com o ano civil, embora as empresas possam utilizar outro ano
contabilístico, mediante autorização.

 Informações vinculativas

Os contribuintes têm o direito de obter informações e esclarecimentos por parte das Autoridades
tributárias, as quais se encontram obrigadas a prestar e divulgar toda e qualquer informação
sobre impostos.

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2.3. Os principais impostos em moçambique

2.3.1. Imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas

• Regras de Incidência
• Transparência fiscal
• Isenções
• Taxas Aplicáveis
• Determinação do Rendimento das Matéria Colectável

Residência – Uma empresa será considerada residente, para efeitos fiscais, em


Moçambique, se o seu domicílio, sede ou direcção efectiva estiver localizado em Moçambique.

Base tributável – Uma entidade residente é tributada relativamente ao seu rendimento


global (worldwide income). Uma entidade não residente é tributada, apenas, sobre os
rendimentos obtidos em Moçambique.

Prejuízos fiscais – Os prejuízos fiscais apurados em determinado exercício são


deduzidos aos lucros tributáveis, havendo-os, de um ou mais dos cinco exercícios posteriores.
Não é permitido o reporte de prejuízos fiscais para exercícios anteriores.

Lucro tributável – O lucro tributável é constituído pela soma algébrica do resultado


líquido do exercício e variações patrimoniais positivas e negativas verificadas no mesmo período
e não reflectidas naquele resultado.

Taxa – O rendimento empresarial está sujeito à taxa de imposto de 32%. No entanto, até
31 de Dezembro de 2015, as actividades agrícolas e pecuárias beneficiam de uma taxa reduzida

7
de 10%. Os encargos não devidamente documentados e as despesas de carácter confidencial ou
ilícito são tributados, autonomamente, à taxa de 35%.

Tributação de dividendos – Os dividendos recebidos são, em princípio, incluídos na


base tributável, para fins de IRPC, embora os mesmos sejam excluídos da base tributável
(participation exemption) no caso de a participação social relativamente à qual os dividendos
forem pagos corresponder, pelo menos, a 25% do capital social da empresa que paga os
dividendos e a mesma seja detida por um período igual, ou superior, a 2 anos.

Tributação de mais-valias – As mais-valias são, também, incluídas na base tributável


das empresas para fins de IRPC, sendo tributadas como rendimento decorrente da actividade
comercial.

Tributação de juros/royalties – Os juros e as royalties são, também, incluídos na base


tributável das empresas para fins de IRPC, sendo tributados como rendimento decorrente da
actividade comercial.

Segurança social - A entidade patronal está sujeita ao pagamento de emolumento de 4%


a título de contribuição para a Segurança Social, em relação a cada trabalhador.

2.3.1.1. Deveres Acessórios

Declaração de rendimentos – Os sujeitos passivos apresentam, anualmente, a


declaração de modelo oficial relativa aos rendimentos auferidos no ano anterior e outros
elementos informativos relevantes para a sua concreta situação tributária. Esta declaração deve
ser entregue até ao último dia útil do mês de Maio do ano seguinte àquele a que respeitem os
rendimentos.

8
Pagamento – As entidades que exerçam, a título principal, actividade de natureza
comercial, industrial ou agrícola e as não residentes com estabelecimento estável em território
moçambicano devem proceder ao pagamento do imposto nos seguintes termos:

(i) em três pagamentos por conta, com vencimento nos meses de Maio, Julho e
Setembro, do próprio ano a que respeita o lucro tributável (ou no quinto, sétimo e
nono mês no caso de entidades que adoptem período diferente do ano civil) sendo
este calculado pela aplicação da percentagem de 80% sobre o imposto liquidado
no exercício anterior;
(ii) em três pagamentos especiais por conta, com vencimento nos meses de Julho,
Agosto e Outubro, incidindo o mesmo sobre o montante que será igual à diferença
entre o valor correspondente a 0,5% do respectivo volume de negócios, com
limite mínimo de 30.000,00 MT e máximo de 100.000,00 MT, e o montante de
pagamento por conta efectuados no ano anterior;
(iii) até ao termo do prazo fixado para apresentação da declaração periódica de
rendimentos, pela diferença positiva que existir entre imposto total calculado e as
importâncias entregues por conta.

Penalidades - As penalidades variam entre 3.000 MT e 2.500.000 MT e são cobrados


juros sobre os pagamentos em atraso. Pelo crime de fraude fiscal e branqueamento de capitais
poderá ser aplicada pena de prisão.

2.3.2. Imposto sobre o valor acrescentado (IVA)

• Regras de Incidência.
• Isenções.
• Valor Tributável.
• Taxa de Imposto.
• Direito de Dedução.
• Pedidos de Reembolso.

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Incidência real - O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) incide sobre as
transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas a título oneroso em território
moçambicano, e ainda, sobre as importações de bens.

Sujeitos passivos - O IVA é devido pelas pessoas singulares ou colectivas que, com
carácter de habitualidade, pratiquem actividades de produção, comércio ou prestação de serviços,
embora seja economicamente suportado pelo consumidor final.

Taxa – A taxa normal de IVA é de 17%. No entanto, os serviços bancários, bem como
alguns serviços de saúde e educação estão isentos de IVA, sendo certo que sobre as exportações
de bens e serviços incide uma taxa 0% (isenção com direito à dedução).

Obrigações declarativas – Os sujeitos passivos entregam mensalmente, até ao último dia


do mês seguinte àquele a que respeitem as operações nela abrangidas, junto da entidade
competente, declaração relativa às operações efectuadas no exercício da sua actividade no
decurso do mês precedente, com indicação do imposto devido ou do crédito existente e dos
elementos que serviram de base para o seu cálculo.

Pagamento – O IVA deve ser pago mensalmente até ao último dia do mês seguinte ao
mês a que respeitem as operações.

2.3.3. Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRPS)

• Regras de Incidência.
• Determinação do Rendimento Coletável.
• Taxas Aplicáveis.

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Residência – São considerados residentes, para efeitos fiscais, as pessoas que, no ano a
que respeitem os rendimentos:

(i) hajam permanecido em território Moçambicano mais de 180 dias, seguidos ou


interpolados;
(ii) tendo permanecido por menos tempo, aí disponham de habitação em condições
que façam supor a intenção de a manter e ocupar como residência permanente; e
(iii) desempenhem funções de carácter público ao serviço da República de
Moçambique, no estrangeiro.

Base tributária - Um sujeito passivo residente é tributado relativamente ao seu


rendimento global (worldwide income). Um sujeito passivo não-residente é tributado, apenas,
sobre os rendimentos obtidos em território moçambicano.

Rendimentos tributáveis – Os rendimentos de uma pessoa singular são tributados por


diferentes categorias, dependendo do tipo de rendimento obtido. O Código do Imposto sobre o
Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS) prevê as seguintes categorias: rendimentos do
trabalho dependente; rendimentos empresariais e profissionais; rendimentos de capitais e mais-
valias; rendimentos prediais; e outros rendimentos.

Mais-valias e menos-valias – O valor dos rendimentos qualificados como mais-valias é


correspondente ao saldo apurado entre maisvalias e menos-valias realizadas no mesmo ano. Em
regra, as mais-valias e menos-valias obtidas, decorrentes da alienação de imóveis ou activos
empresariais só são tidas em conta em 50% do seu valor. No caso das mais-valias sobre valores
mobiliários apenas é considerado:

(i) 75% do seu valor quando forem detidas durante menos de doze meses;
(ii) 60% do seu valor quando forem detidas por período entre 12 e 24 meses;
(iii) 40% do seu valor quando forem detidas por período entre 24 e 60 meses; e,
finalmente, (iv) 30% do seu valor quando forem detidas durante 60 ou mais
meses.

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Deduções – Existem deduções específicas de cada categoria e ainda deduções globais à
colecta, como as despesas de saúde, educação, entre outras.

Taxas – Os rendimentos auferidos por pessoas singulares são tributados a taxas


progressivas, com o máximo de 32%. As taxas de imposto são as constantes da tabela seguinte:

Rendimento colectável anual Taxas Parcela a abater


(em Meticais) (em Meticais)
Até 42.000 10% -.-
De 42.001 a 168.000 15% 2.100
De 168.001 a 504.000 20% 10.500
De 504.001 a 1.512.000 25% 35.700
Mais de 1.512.000 32% 141.540

Segurança Social - Os trabalhadores dependentes estão sujeitos ao pagamento de


emolumento de 3% para a Segurança Social.

Outros impostos – Ficam, em certas condições, sujeitas a Imposto Pessoal Autárquico


todas as pessoas, nacionais ou estrangeiras, residentes em Moçambique, quando tenham entre 18
e 60 anos de idade. O imposto é cobrado a taxas que podem variar entre 1% e 4%, incidentes
sobre o salário mínimo nacional mais elevado, em vigor em 30 de Junho do ano anterior.

2.3.3.1. Deveres Acessórios

Declaração de rendimentos - Os sujeitos passivos apresentam, anualmente, a declaração


de modelo oficial relativa aos rendimentos do ano anterior e outros elementos informativos
relevantes para a sua concreta situação tributária. Esta declaração deve ser entregue:

(i) de Janeiro a 31 de Março do ano seguinte, quando os sujeitos passivos apenas


hajam recebido, rendimentos da primeira categoria; ou
(ii) de Janeiro a 30 de Abril, nos restantes casos.

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Pagamento – O IRPS deve ser pago até ao dia 31 de Maio, do ano seguinte àquele a que
respeitam os rendimentos, excepto nos seguintes casos:

(i) quando a liquidação seja efectuada até dia 30 de Maio, caso em que o imposto
devido deve ser pago até 30 de Junho; e
(ii) quando seja efectuada autoliquidação obrigatória, caso em que o imposto
liquidado deve ser pago até 31 de Agosto, acrescido dos juros compensatórios que
se mostrem devidos.

Penalidades - As penalidades variam entre 3.000 MT e 2.500.000 MT e são cobrados


juros sobre os pagamentos em atraso. Pelo crime de fraude fiscal pode ser aplicada pena de
prisão.

2.3.4. Imposto Predial Autárquico

Incidência real – O Imposto Predial Autárquico incide sobre o valor patrimonial dos
prédios urbanos situados no território da respectiva autarquia, ou na sua falta, o valor declarado
pelos proprietários desses mesmos prédios.

Sujeitos passivos – o Imposto Predial Autárquico incide sobre os titulares do direito

de propriedade a 31 de Dezembro do ano anterior a que o mesmo respeita, presumindo-se como


tais as pessoas em nome de quem os mesmos se encontrem inscritos na matriz predial ou que
deles tenham posse a qualquer título, naquela data.

Taxa – As taxas do Imposto Predial Autárquico são as seguintes:

(i) 0,4% quando se trate de prédios destinados à habitação; e

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(ii) 0,7% quando se trate de prédios destinados a actividade de natureza comercial,
industrial ou para o exercício de actividades profissionais independentes, bem
como os destinados a outros fins.

Pagamento – O Imposto Predial Autárquico deve ser pago em duas prestações iguais,
com vencimento em Janeiro e Junho. De referir, que as prestações resultantes não podem ser
inferiores a 200,00 MT, devendo as colectas até 400,00 MT ser pagas de uma só vez, no mês de
Janeiro.

2.3.5. Imposto simplificado para pequenos contribuintes (ISPC)

• Regras de Incidência.
• Isenções.
• Determinação do Rendimento Colectável.
• Taxas Aplicáveis.

O Imposto Simplificado para Pequenos Contribuintes tem como o objectivo reduzir custos de
cumprimento das obrigações tributária, encargos de fiscalização e controlo através das
simplificações dos procedimentos, bem como incentivar os contribuintes registar-se e pagar
imposto.

Refira-se que a tributação dos sujeitos passivos no ISPC é de carácter optativo. Para os
sujeitos passivos que optem pela tributação em ISPC, sobre as transmissões de bens e prestações
de serviços que realizem não há lugar ao IVA e, sobre os rendimentos obtidos, não incide IRPS
ou IRPC.

Os sujeitos passivos de ISPC que aufiram outros rendimentos, para além de rendimentos
classificados como da segunda categoria em sede de IRPC (rendimentos empresarias e
profissionais), são tributados em ISPC apenas relativamente aos rendimentos desta categoria,
devendo o restantes rendimento serem declarados para efeitos de tributação em IRPS.

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Regras de Incidência:

As pessoas singulares ou colectivas que desenvolvam actividades agrícolas, industriais ou


comercias, bem como a indústria transformadora e a prestação de serviços (incluindo
exportadores e importadores), podem optar pela tributação em ISPC, desde que:

 O volume de negócios do ano anterior seja inferior ou igual a 2.500.000,00MT;


 Não sejam obrigados, para efeitos de IRPS ou IRPC a possuir contabilidade organizada.

Isenções:

Ficam isentos do ISPC os sujeitos passivos com um volume de negócios equivalente a 36


salários mínimos do salário mínimo mais elevado em 31 de Dezembro do ano anterior ao que
respeitam os negócios.

Determinação do Rendimento Colectável:

O rendimento colectável é o volume de negócios realizado e apurado pelo sujeito passivo em


cada trimestre do ano civil, quando o sujeito passivo opte ser tributado em função do volume de
negócios.

Taxas Aplicáveis:

A taxa anual do ISPC é de 75.000,00MT ou, alternativamente, a taxa é de 3% sobre o volume


de negócios desse ano.

2.3.6. Impostos sobre a Transmissão da Propriedade

• Imposto sobre as Sucessões e Doações.


• Sisa

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2.3.6.1. Imposto sobre Sucessões e Doações

Incidência Real – O Imposto sobre Sucessões e Doações incide sobre as transmissões a


título gratuito do direito de propriedade sobre bens móveis e imóveis, qualquer que seja a
denominação e forma do título.

Sujeitos passivos – O Imposto sobre Sucessões e Doações é devido pelas pessoas


singulares que adquiram a título gratuito a propriedade de bens móveis ou imóveis, mesmo que
tenha sido constituído direito de usufruto, uso ou habitação a favor de outrem.

Taxa – As taxas de imposto são de 2% para descendentes, cônjuges e ascendentes, de 5%


para irmãos e colaterais até ao terceiro grau e de 10% entre quaisquer outras pessoas.

Pagamento – No caso de falecimento do autor da sucessão ou de declaração de morte


presumida, compete ao cabeça-de-casal ou aos beneficiários participar à Administração
tributária. No caso de transmissão gratuita entre vivos, compete aos beneficiários a participação à
Administração tributária. Em ambos os casos, a participação é feita em declaração de modelo
oficial com a indicação dos valores dos bens transmitidos e do título de aquisição.

2.3.6.2. Sisa

Incidência real – A Sisa incide sobre as transmissões, a título oneroso, do direito de


propriedade ou de figuras parcelares desse direito, ou assimiladas, sobre bens imóveis.
Consideram-se bens imóveis, os prédios urbanos situados em território nacional.

Sujeitos passivos – A Sisa é devida pelas pessoas, singulares ou colectivas, a quem se


transmitem os direitos sobre prédios urbanos.

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Taxa – A taxa da Sisa é de 2% e incide sobre o montante declarado da transmissão ou do
valor patrimonial do prédio urbano, consoante o valor mais elevado, a não ser que este se afaste
do preço normal de mercado. Nos casos em que o adquirente ou os sócios adquirentes tenham a
residência em território sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável, tal como definido
pelo Código de IRPC, a taxa é sempre de 10% não se aplicando qualquer isenção ou redução.

Obrigações declarativas – A liquidação da Sisa é de iniciativa dos sujeitos passivos,


para cujo efeito devem apresentar uma declaração de modelo oficial, devidamente preenchida
que deverá conter a identificação do sujeito passivo, a identificação do imóvel e do valor da
transmissão, a forma de transmissão e os demais esclarecimentos indispensáveis à liquidação do
imposto.

Pagamento – A Sisa deve ser paga no próprio dia da liquidação ou no primeiro dia útil
seguinte, sob pena de esta ficar sem efeito. Se a transmissão se operar por acto ou contrato
celebrado no estrangeiro, o pagamento do imposto deve efectuar-se no prazo de 90 dias
posteriores a realização do acto.

2.3.7. Outros impostos do estado

• Imposto sobre veículos


• Imposto do selo.
• Imposto de Reconstrução Nacional.

2.3.7.1. Imposto do Selo

Incidência real – O Imposto do Selo tem incidência múltipla, incidindo sobre diferentes
realidades, tais como, documentos, contratos, livros, papéis, acções e obrigações, alvará de
empreitada, cartões de crédito, cheques, garantias de obrigações, jogo, licenças, notariado e actos
notariais, marcas e patentes, operações aduaneiras e financeiras, seguros, títulos de crédito e
transferências de fundos, entre outras.

17
Sujeitos passivos – São sujeitos passivos do Imposto do Selo as entidades com interesse
económico nas realidades supra enumeradas, suportando o respectivo encargo. Nos termos da
legislação moçambicana não existe diferenciação entre a figura do sujeito passivo e da pessoa
que suporta economicamente o imposto.

Taxas – São aplicáveis várias taxas de imposto, com o máximo de 10% (uma taxa de
50% é também aplicável no caso de actos e documentos relacionados com actividades de jogo).
Em certos casos, o Imposto do Selo é liquidado com base em montantes fixos pré-determinados.

Obrigações declarativas – Os sujeitos passivos do imposto, ou seus representantes


legais, são obrigados a apresentar, anualmente, declaração discriminativa do Imposto do Selo
liquidado. A declaração é de modelo oficial e constitui anexo à declaração anual de informação
contabilística e fiscal prevista no Código do IRPC e no Código do IRPS.

Pagamento – O Imposto do Selo é sempre pago por meio de guia, pelas entidades a
quem incumba essa obrigação, nas Repartições de Finanças ou qualquer outra entidade
autorizada nos termos da lei, até ao dia 20 do mês seguinte àquele em que a obrigação tributária
se tenha constituído.

Penalidades – As penalidades variam entre 3.000 MT e 2.500.000 MT. São cobrados


juros sobre os pagamentos em atraso. Pelo crime de fraude fiscal pode ser aplicada pena de
prisão.

2.3.8. Regimes Tributários Especiais

• Imposto Especial sobre o Jogo.


• Impostos específicos da actividade mineira.
• Imposto sobre a Produção Mineira.
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• Imposto específico da actividade petrolífera

2.4. Princípios que norteiam os processos de tributação

Princípio da legalidade - O princípio da legalidade tributária limita a atuação do poder


tributante em prol da justiça e da segurança jurídica dos contribuintes. Seria temeroso permitir
que a Administração Pública tivesse total liberdade na criação e aumento dos tributos, sem
garantia alguma que protegesse os cidadãos contra os excessos cometidos.

Princípio da igualdade ou da isonomia - O princípio da isonomia consigna que a lei


não deve dar tratamento desigual a contribuintes que se encontrem em situação equivalente.

Princípio da anterioridade de exercício – O princípio da anterioridade exige que a lei


que criou ou majorou o tributo haja existência antes do início do exercício financeiro em que
ocorrer o fato imponível do tributo.

Princípio da anterioridade mínima (nonagesimal) - O princípio da noventena ou da


anterioridade mínima, como também é chamado, proíbe que os impostos sejam majorados antes
de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei.

Princípio da anualidade - O princípio da anualidade explana que deverá haver a


inclusão da lei tributária material na lei orçamentária. Dessa forma a lei tributária material deverá
ser anterior à lei orçamentária.

Princípio do não confisco - O princípio da vedação ao confisco é uma derivação do


direito de propriedade, é uma limitação negativa ao poder de tributar imposta ao Estado,
proibindo-o de usar os tributos para confiscar os bens ou o patrimônio de particulares.

19
CAPÍTULO III: CONCLUSÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

3.1. Conclusão

Após as leituras feitas percebe-se que o Direito Tributário ou Fiscal é o conjunto das leis
reguladoras da arrecadação dos tributos, e fiscalização exercidos em todo país, valendo salientar
que, mesmo com algumas divergências, o objetivo é captar recursos materiais para manter sua
estrutura, disponibilizando ao cidadão-contribuinte os serviços que lhe compete, como autêntico
provedor das necessidades coletivas.

O estudo do Direito Fiscal, como ficou assentado nas linhas alhures tecidas, traz consigo
a importância de todos os conceitos que o estruturam, voltados para os princípios norteadores de
sua regência fiscal positiva, não se fazendo, olvidar que tais normas nunca se desgarrarão dos
princípios que regem o ordenamento comunitário.

O sistema fiscal moçambicano possui hoje uma estrutura equiparável aos mais modernos
sistemas fiscais, apresentando uma estrutura tripartida, através da qual se tributa, separadamente,
o rendimento, o consumo e o património. Em qualquer caso, a actual configuração do sistema
fiscal moçambicano é relativamente recente, derivando da reforma de 2002, altura em que foi
totalmente reformulado o sistema então vigente e que apresentava, ainda, uma relevante matriz
da pré-independência. O novo sistema fiscal Moçambicano inclui já soluções adaptadas às novas
realidades económicas, quer através da diferenciação das regras aplicáveis em função dos tipos
de contribuintes, quer através das preocupações de integração internacional já reveladas.

20
3.2. Referências bibliográficas

 BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à Ciência das Finanças, p. 126.


 Constituição da República de Moçambique de 2004, Alterada e Republicada pela Lei n.º
1/2018 de 12 de Junho (art. 126 a 132).
 Decreto 8-2017, de 30 de Março (BR nr. 50, I Serie) - Alteração do regulamento do
Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
 Decreto 72_2013, de 23 Dezembro, (BR nº 102, I Serie) - que aprova o regime de
Reintegração e Amortizações do Imobilizado
 Decreto nº 4/2012, de 24 de Fevereiro (BR n.º 8, I Série) - Altera os artigos 4.6. 15.55 c
56 do Regulamento do Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado.
 Decreto nº 3/2012, de 24 de Fevereiro (BR n.º 8, I Série) - Altera os artigos 4, 8 c 36 do
Regulamento do Código do Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.
 Decreto n.º 2/2012, de 24 de Fevereiro (BR n.º 8, I Série) - introduz os artigos 2-A c 2-8 c
altera 0 artigo 7 do Regulamento do Código do Imposto Sobre Consumes Específicos.
 Decreto n.º 1/2012, de 24 de Fevereiro (BR n.º 8, I Série) - Atribui aos órgãos e
instituições do Estado competências para procederem a alterações de dotações
orçamentais.
 Decreto nº 68/2009, de 11 de Dezembro (BR n.º 49, I Série) - Altera o artigo 5 do
Regulamento do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas,
aprovado pelo Decreto n.º 9/2008, de 16 de Abril.
 Decreto nº 56/2009, de 7 de Outubro (BR n.º 40, I Série) - Aprova o Regulamento do
Código dos Benefícios Fiscais.
 Decreto nº 14/2009 (Aprova o Regulamento do Imposto Simplificado para Pequenos
Contribuintes)
 Decreto nº 63/2008 (Aprova o Código Tributário Autárquico)
 Decreto n.º 9/2008 de 16 de Abril (BR n.º 16, I Série) - Aprova o Regulamento do
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.
 Decreto n.º 8/2008 de 16 de Abril (BR n.º 16, I Série) - Aprova o Regulamento do
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares.

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 Decreto n.º 7/2008 de 16 de Abril (BR n.º 16, I Série) - Aprova o Regulamento do
Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
 Decreto n.º 46/2004 SISA (Código da Sisa) - incide sobre as transmissões, a título
oneroso, do direito de propriedade ou de figuras parcelares desse direito, sobre bens
imóveis.
 Decreto n.º 46/2002 De 26 de Dezembro; RGIT (Regime das Infracções Tributárias).
Página 4 de 2
 GOMES, Sá Nunes – Manual de Direito Fiscal IBRAIMO, Ibraim (2000). O Direito e a
Fiscalidade WATY, Teodoro Andrade (2007). Direito Fiscal. W&W Editora
 Lei nº 19/2013 (BR n.º 76, I Série) - Altera os artigos 5, 7, 25, 36, 62, 72 e 73 do Código
do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas, aprovado pela Lei n.º 34/2007,
de 31 de Dezembro.
 Lei nº 20/2013 (BR n.º 76, I Série) - Altera os artigos 17, 36, 61, 62, 67 e 76 do Código
do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Singulares, aprovado pela Lei n.º 33/2007,
de 31 de Dezembro.
 Lei nº 3/2012 (BR n.º 3, I Série) - Altera os artigos 9, 12, 14, 15, 18, 19, 21 e 25 do
Código do imposto Sobre o Valor Acrescentado, aprovado pela Lei n.º 32/2007, de 31 de
Dezembro.
 Lei nº 4/2012 (BR n.º 3, I Série) - Altera os artigos 17, 36, 61, 62, 67 e 76 do Código do
Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas, aprovado pela Lei n.º 34/2007, de
31 de Dezembro.
 Lei nº 20/2009, de 10 de Setembro - Altera os artigos 18, 20, 21, 22,24, 26, 28,36 e 40;
elimina a alinea h) do artigo 68 e introduz os artigos 36-A e 41-A, no Código Imposto
sobre Rendimentos das Pessoas Colectivas aprovado pela Lei nº 34/2007, de 31 de
Dezembro, para implementação das Normas Internacionais de Relato Financeiro
(NIRFs).
 Lei nº 05/2009 - Cria o ISPC- Imposto Simplificado para Pequenos Contribuídos.
 Lei nº 4/2009 de 12 de janeiro - Aprova o Código dos Benefícios Fiscais.
 Lei nº 34/2007 de 31 de dezembro - Aprova o Código do Imposto Sobre o Rendimento de
Pessoas Colectivas, Página 3 de 2

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 Lei nº 33/2007 de 31 de dezembro - Aprova o Código do Imposto Sobre o Rendimento de
Pessoas Singulares.
 Lei nº 32/2007 de 31 de dezembro - Aprova o Código do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado.
 Manual do Direito Fiscal (2016) – UNISCED MARTINEZ, Soares (1998). Direito Fiscal.
10ª Edição, Almedina, Coimbra.
 NABAIS, José Casalta (2000). Direito Fiscal. 3ª ed., 2000.
 PEREIRA, Manuel Henrique de Freitas (2013) Fiscalidade, 4.ª edição, Almedina
 PALMA, Clotilde Celorico, (2012). Introdução ao Imposto Sobre o Valor Acrescentado
Moçambicano. Almedina
 SABBAG. Eduardo. (2009). Manual de Direito tributário. Editora Saraiva
 SOUSA, Domingos Pereira de (2013). Direito Fiscal e Processo Tributário. Coimbra
Editora
 XAVIER, A. Fisco, in Enciclopédia Verbo Luso-Brasileira da Cultura, Edição Século
XXI, Volume XII, Editorial Verbo, Braga, Novembro de 1999.

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