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CIÊNCIAS ECONÔMICAS

RAFAELA NUNES GONÇALVES REIS

A IMPORTANCIA DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NA


ECONOMIA BRASILEIRA

Governador Valadares
2022
RAFAELA NUNES GONÇALVES REIS

A IMPORTANCIA DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NA


ECONOMIA BRASILEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera, como
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel
em Ciências Econômicas.

Orientador: Prof. Gustavo Vaz Costa

Governador Valadares
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................4
2.1 CONCEITO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS....................................4
2.2 PORQUE FORAM CRIADAS AS ME E EPPS E QUAL A SUA
FINALIDADE?............................................................................................................4
2.3 TRATAMENTO QUE ADMINISTRACAO PUBLICA DA PARA ME E EPP.. .5
2.4 REGIME DE TRIBUTAÇÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS........5
2.5 QUAIS OS DESAFIOS PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS?...........7
2.6 QUANTIDADE DE EMPRESAS ME E EPP NO BRASIL...............................8
2.7 PIB, QUANTIDADE DE EMPREGOS, FATURAMENTO e IMPOSTOS
PRODUZIDOS POR ME E EPP................................................................................9
2.8 QUAL A IMPORTÂNCIA DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS PARA
A ECONOMIA?........................................................................................................11
3 CONCLUSÃO......................................................................................................13
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................14
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1 INTRODUÇÃO

As microempresas e empresas de pequeno porte são responsáveis por


grande parte das empresas e postos de trabalho em nosso país. No Brasil, das 5,1
milhões de empresas formais, 99% são empresas de micro e de pequeno porte,
responsáveis por 52% do saldo de empregos formais ocupados no setor privado,
conforme pesquisa realizada pelo SEBRAE.
A cada ano, tem aumentado o número de microempresas e empresas
de pequeno porte no Brasil, pois as pessoas estão saindo da informalidade e
buscando novas ideias para empreender
É fundamental compreender este universo empresarial do micro e
pequeno empresário no Brasil, pois assim, vamos entender melhor e na prática a
diferença que eles fazem na economia do nosso país alavancando o PIB, gerando
empregos e elevando a arrecadação. no âmbito nacional.
Neste trabalho, é possível compreender e diferenciar microempresa e
empresas de pequeno porte, entender como funciona a arrecadação de impostos
por parte delas, qual é o regime tributário geralmente escolhido, saber das suas
maiores dificuldades e no final entender o quanto elas fazem parte da nossa
economia e são importantes para agregar em um todo
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 CONCEITO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

As pequenas empresas são formadas por microempresas (ME) e


Empresas de Pequeno Porte (EPP). Elas são diferenciadas conforme o seu
faturamento e pelo número de funcionários.
O faturamento de microempresas pode ser até R$ 360 mil, já empresas
de pequeno porte são aquelas que o faturamento ultrapassa R$ 360 mil, limitado a
R$ 4,8 milhões.
Quanto ao número de funcionários, as microempresas podem ter até 9
empregados, e as empresas de pequeno porte, podem ter entre 10 a 49
funcionários, quando o ramo for prestação de serviço e comércio. Já quando for
indústria, as microempresas podem ter até 19 funcionários e as empresas de
pequeno porte entre 20 a 99 empregados.
Algumas características comum nas micro e pequenas empresas são a
existência de constante presença de proprietários, sócios e membros da família
como mão-de-obra ocupada nos negócios, tomadas de decisões centralizadas,
estreito vínculo entre os proprietários e empresas, não se distinguindo,
principalmente em termos contábeis e financeiros, pessoa física e jurídica, utilização
de mão-de-obra não qualificada ou pouco qualificada, baixo investimento em
inovação tecnológica, maior dificuldade de acesso ao financiamento de capital de
giro, dentre outras características.

2.2 PORQUE FORAM CRIADAS AS ME E EPPS E QUAL A SUA FINALIDADE?

Assinada em dezembro de 2006, pelo então presidente Luiz Inácio Lula


da Silva, a Lei Complementar nº. 123/2006, ficou conhecida por instituir o estatuto
nacional da microempresa e empresa de pequeno porte. Esta lei, concede
tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno
porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, conforme artigo 1º, abaixo transcrito:
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao
tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e
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empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados,


do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere:
I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de
arrecadação, inclusive obrigações acessórias;
II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive
obrigações acessórias;
III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas
aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao
associativismo e às regras de inclusão. 
IV - ao cadastro nacional único de contribuintes a que se refere o inciso IV
do parágrafo único do art. 146, in fine, da Constituição Federal. (BRASIL,
2006)

2.3 TRATAMENTO QUE ADMINISTRACAO PUBLICA DA PARA ME E EPP

Existe tratamento favorecido e simplificado para as microempresas e


empresas de pequeno porte nas contratações públicas, sejam elas, de bens,
serviços ou obras. Foi previsto no âmbito da administração pública federal no
capítulo de acesso a mercados da lei Geral, regulamentado pelo decreto 6204/2007.
Criaram a REDESIM que é uma rede de sistemas informatizados necessários para
registrar e legalizar empresas e negócios, tanto no âmbito da União como dos
Estados e Municípios e tem como objetivo permitir a padronização dos
procedimentos, o aumento da transparência e a redução dos custos e dos prazos de
abertura de empresas.

2.4 REGIME DE TRIBUTAÇÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

As micro e pequenas empresas podem prestar conta de seus ganhos


através de três regimes tributários. simples nacional, lucro presumido ou lucro real.
O Lucro Presumido é um regime tributário onde a empresa faz a
apuração simplificada do (IRPJ) Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e da (CSLL)
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. A Receita Federal presume que uma
determinada porcentagem do faturamento é o lucro. Com esse percentual de
presunção, não será mais necessário comprovar para o fisco se houve ou não lucro
no período do recolhimento dos impostos. Podendo o IRPJ e a CSLL ser paga
trimestralmente e o PIS e COFINS mensalmente.
Lucro Real é um regime tributário onde o cálculo do (IRPJ) Imposto de
Renda da Pessoa Jurídica e da (CSLL) Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido é
feito com base no lucro real da empresa – receitas menos despesas e os ajustes
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previstos em lei.
O Simples Nacional é um regime de tributação aplicado às
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, criado pela Lei Complementar nº.
123, de 14 de dezembro de 2006 e entrou em vigor em 01.07.2017.
Por esse regime de tributação é compartilhado a arrecadação,
cobrança e a fiscalização de tributos, ou seja, permite o recolhimento de todos os
impostos em uma única guia, sendo eles: PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, ISS, CPP, IPI,
ICMS. As alíquotas dos impostos variam de acordo com o faturamento dos últimos
12 meses e o ramo da atividade.
O principal objetivo do Simples Nacional é regular o tratamento
diferenciado, simplificado e favorecido as Microempresas e Empresa de Pequeno
Porte relativo ao IRPJ, PIS/PASEP, COFINS, IPI, CSLL, ICMS E ISS (SANTOS,
2018, p. 262).
Constitui-se o Simples Nacional em uma forma simplificada e unificada
de recolhimento de tributos por uma aplicação de percentuais favorecidos incidentes
sobre uma única base de cálculo, a receita bruta. Receita Bruta é o produto da
venda de bens e serviços nas operações de conta própria, e o preço dos serviços
prestados. As vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos não
serão incluídos na receita bruta (SANTOS, 2018, p. 262).
É abrangido pelos entes federados e administrado pelo Comitê Gestor.
Fazem parte dos entes federados a União, Estado, Distrito Federal e os Municípios.
O Comitê Gestor é formado por oito integrantes, sendo eles: quatro da Secretaria da
Receita Federal do Brasil, dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos
Municípios (SIMPLES NACIONAL).
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte segundo a Lei
Complementar nº. 123/2006:
Artigo 3º. Microempresas ou Empresas de Pequeno Porte são consideradas
a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei
nº. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados
no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta
igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário,
receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
(BRASIL, 2006)
Podem optar pelo regime de tributação Simples nacional empresas
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enquadradas como Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte e não possuir


débitos com a Fazenda Pública, Federal, Estadual ou Municipal, nem com o INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social) (TOM, 2017).
Segundo Torres, não podem optar pelo simples nacional:
- Empresas que possuam faturamento que exceda a R$ 4.800.000,00
(quatro milhões e oitocentos mil reais), (ou proporcional para empresas
novas) no ano calendário ou no anterior.
- Empresas que possuam um ou mais sócios com participação superior a
10% (dez por cento) em empresa de Lucro Presumido ou Lucro Real e a
soma do faturamento de todas empresas não ultrapasse R$ 4.800.000,00
(quatro milhões e oitocentos mil reais);
- Empresas com um dos sócios com mais de uma empresa optante pelo
Simples e a soma dos faturamentos de todas suas empresas ultrapassa
R$4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
- Empresas que possuam pessoa jurídica (CNPJ) como sócio;
- Empresas que participam como sócias em outras sociedades;
- Empresas que estão em débito com o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja
exigibilidade não esteja suspensa;
- Empresas que possuam Filial ou representante de Empresa com sede no
exterior;
- Empresas que são: Cooperativas (salvo as de consumo), sociedades por
ações (S/A), ONGs, Oscip, bancos, financeiras ou gestoras de créditos /
ativos;
- Empresas que são resultantes ou remanescentes de cisão ou qualquer
outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em
um dos 5 anos-calendário anteriores. (2017).

2.5 QUAIS OS DESAFIOS PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS?

No cenário econômico brasileiro, as micro e pequenas empresas


enfrentam desafios para se manterem no mercado, devido à falta de planejamento,
pouca capacitação em gestão, a burocracia para a obtenção de crédito, a elevada
carga tributária e o custo elevado do crédito. Segundo o IBGE, a média de
sobrevivência de uma microempresa ou pequena empresa no Brasil é de cinco
anos.
Dificilmente uma organização consegue sobreviver se não tiver um
plano de negócios estruturado. Ao criar o plano de negócios, é importante retirar
informações para determinar algumas questões:
 Investimento necessário para levantar a empresa;
 Análise da concorrência;
 Descrição da empresa;
A falta de gestão está diretamente ligada ao planejamento. É
fundamental fazer algumas operações básicas, como controlar o fluxo de caixa,
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registrar entradas e saídas de mercadoria e criar um fundo de reserva. É a gestão


que garantirá a manutenção, o crescimento ou a saída da sua empresa do mercado.
Dispor capital de giro é sempre importante para que o crescimento da
empresa, contudo, o acesso às linhas de crédito por parte das micro e pequenas
empresas está cada vez limitado. A maneira mais comum é por meio de
financiamento junto às instituições financeiras, que nem sempre têm linhas de
crédito adequadas, com uma taxa de juros e prazos atrativos ou menos burocráticas
para esses tipos de empresa.

2.6 QUANTIDADE DE EMPRESAS ME E EPP NO BRASIL

Em 2021 o Brasil registrou um número recorde de abertura de


pequenos negócios. Foram mais de 3,9 milhões de empreendimentos, aumento de
19,8% em relação a 2020, quando foram criados 3,3 milhões de micro e pequenas
empresas. Os dados são de um levantamento feito pelo Sebrae, com base em
dados da Receita Federal.
Do total de Cadastros Nacionais de Pessoas Jurídicas criados no ano
passado, 3,1 milhões optaram por ser Microempreendedor Individual (MEI). O
microempreendedor individual é uma entidade empresária criada pela Lei
Complementar nº. 128/2008 que alterou a lei geral da Micro e Pequena Empresa
(Lei Complementar nº 123/2006), que tem por finalidade formalizar a atividade
desenvolvida pelo pequeno empresário que desenvolvia a sua atividade a margem
da legalidade. O faturamento anual tem limite de R$ 81 mil reais por ano. Cerca de
80% dos negócios abertos, optaram em ser MEI, por ser um processo
desburocratizado de abertura e com baixo custo de carga tributária, o MEI tem sido
a principal escolha para quem quer começar a empreender.
Após o MEI, em segundo lugar de abertura de novos negócios estão as
microempresas, com a criação de 682,7 mil unidades. O número corresponde a
17,35% das empresas abertas em 2021.
As empresas de pequeno porte, foram abertas 121,9 mil unidades no
ano passado, número 29% superior ao de 2020, quando foram criadas 94,3 mil
pequenas empresas.
A abertura de microempresas tem aumentado de forma consistente ao
longo dos anos. De 540,6 mil em 2018, o número saltou para 579,3 mil em 2019 e
9

579,5 mil em 2020. Em relação às pequenas empresas, o total passou de 75 mil em


2018 para 94,3 mil em 2020.
“Desde o começo do segundo semestre de 2021, se nota uma clara
recuperação da economia. E quando se tem recuperação da economia, muitas
possibilidades e oportunidades passam a surgir”, afirma Tomaz Carrijo (SEBRAE,
202?), analista em gestão estratégica do Sebrae.
De acordo com o Sebrae, não apenas os microempreendedores, mas
todos os portes que compõem o universo dos pequenos negócios no Brasil são o
caminho para a retomada da economia nos próximos anos. Ao mesmo tempo que a
pandemia forçou muitas pessoas a irem para o empreendedorismo por necessidade,
ela também estimulou a busca desse meio de vida por oportunidade. O órgão avalia
que a tendência de crescimento continuará nos próximos anos.

2.7 PIB, QUANTIDADE DE EMPREGOS, FATURAMENTO E IMPOSTOS


PRODUZIDOS POR ME E EPP

Os pequenos negócios respondem por mais de um quarto do Produto


Interno Bruto (PIB) brasileiro. Juntas, as cerca de 9 milhões de micro e pequenas
empresas no País representam 27% do PIB, um resultado que vem em constante
crescimento nos últimos anos. Os dados inéditos são revelados pelo presidente do
Sebrae, Luiz Barretto. “O empreendedorismo vem crescendo muito no Brasil nos
últimos anos e é fundamental que cresça não apenas a quantidade de empresas,
mas a participação delas na economia”, afirma Barretto.
As micro e pequenas empresas são as principais geradoras de riqueza
no Comércio no Brasil, já que respondem por 53,4% do PIB deste setor. No PIB da
Indústria, a participação das micro e pequenas (22,5%) já se aproxima das médias
empresas (24,5%). E no setor de Serviços, mais de um terço da produção nacional
(36,3%) têm origem nos pequenos negócios.
“Os dados demonstram a importância de incentivar e qualificar os
empreendimentos de menor porte, inclusive os Microempreendedores Individuais.
Isoladamente, uma empresa representa pouco. Mas juntas, elas são decisivas para
a economia”, considera Barretto, lembrando que os pequenos negócios também
empregam 52% da mão de obra formal no País e respondem por 40% da massa
salarial brasileira.
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Segundo ele, os principais motivos para o bom desempenho dos


pequenos negócios na economia brasileira são a melhoria do ambiente de negócios,
principalmente depois da criação do simples nacional, o aumento da escolaridade da
população e a ampliação do mercado consumidor, com o crescimento da classe
média.
Representação em porcentagem de pequenos negócios na economia
brasileira:
 27% do PIB
 52% dos empregos com carteira assinada
 40% dos salários pagos
 8,9 milhões de micro e pequenas empresas

Das 2,7 milhões de novas vagas de empregos gerados no Brasil em


2021, 78% foram geradas por micro e pequenas empresas, segundo levantamento
do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base
em dados do Caged, do Ministério do Trabalho.
Os pequenos negócios foram responsáveis por 2,1 milhões de postos
de trabalho, enquanto as médias e grandes empresas fecharam o ano com um saldo
positivo de 505,4 mil novos empregos.
Atividades em alta
O estudo do Sebrae mostra também as dez atividades que mais
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geraram empregos em 2021 entre as micro e pequenas empresas. Juntas, elas


foram responsáveis por mais de 450 mil novas vagas.
Confira a lista:
a) Construção de edifícios: 93.439 vagas
b) Restaurantes e similares: 57.511 vagas
c) Transporte rodoviário de carga (exceto produtos perigosos e
mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional): 49.565
vagas
d) Supermercados: 49.301 vagas
e) Serviços combinados de escritório e apoio administrativo: 45.859
vagas
f) Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios: 36.839
vagas
g) Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação
de fórmulas: 31.984 vagas
h) Minimercados, mercearias e armazéns: 29.133 vagas
i) Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares: 28.854 vagas
j) Serviços de engenharia: 27.531 vagas

2.8 QUAL A IMPORTÂNCIA DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS PARA A


ECONOMIA?

No Brasil, existem cerca de 6,4 milhões de empresas. Dessas, 99%


são pequenas e médias empresas e detêm 52% dos empregos com carteira
assinada do setor privado.
Segundo um estudo realizado pelo Sebrae, em 2017,
aproximadamente 50,6 milhões de pessoas têm sua renda ligada às pequenas e
médias empresas. Isso inclui não somente empregados de carteira assinada, mas
também, empresários, trabalhadores autônomos, familiares dessas pessoas e
empregados sem carteira assinada, ou seja, boa parte do Produto Interno Bruto
(PIB) brasileiro passa pelas Pequenas e Médias Empresas. Engana-se, quem pensa
que isso se restringe ao Brasil: aproximadamente 70% a 90% dos empregados dos
países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (ODCE)
trabalham em PMEs.
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As principais razões para elas existirem e terem esse papel importante


são:
 Possibilidade de ofertar produtos e serviços mais personalizados;
 Opção de prestação de serviços às grandes empresas (B2C);
 Existência de atividades produtivas mais apropriadas para PMEs,
como cooperativas agrícolas.
Uma das vantagens das PMEs é sua maior capacidade de adaptação,
pois a estrutura desse tipo de empresa, geralmente, é mais enxuta, já que não tem
que lidar com muitos empregados e capital investido. Por outro lado, as PMEs
sofrem mais para encontrar opções de crédito adequadas ao seu porte, já que têm
maior grau de risco.
Como são pequenas, a força da inadimplência sobre seu resultado é
maior. Sendo assim, elas precisam de boas estratégias de concessão de crédito,
com práticas como realizar a consulta CNPJ antes de realizar qualquer negócio, e
uma gestão eficiente de reaver as dívidas.
13

3 CONCLUSÃO

O trabalho demonstrou o quanto é importante para a economia


brasileira manter as microempresas e empresas de pequeno porte fortalecidas, pois
elas são de extrema importância como um todo. Conclui-se que, mesmo com uma
carga tributária tão elevada quanto a do Brasil. As pessoais estão buscando cada
vez mais empreender e se consolidar no mercado através de seus pequenos
negócios, gerando empregos pagando seus impostos e alavancando a economia do
nosso país.
É preciso maiores incentivos fiscais e econômicos, por parte do
governo e das instituições financeiras para que cada vez mais aumentem em
números as empresas formais no Brasil, para que mantenham o mercado aquecido
e em constante crescimento, portanto, o empresário quando está preparado para
percorrer longos caminhos e crescer nos negócios de forma lícita, através de
planejamento e gestão para administrar suas finanças, mesmo que com obstáculos
ele vai almejar e conquistar seus objetivos, contribuindo sempre para uma economia
forte, gerando empregos, arrecadação e contribuindo para o bem estar da
sociedade.
14

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto


Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos
das Leis nº 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943, da Lei nº 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar nº 63,
de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996,
e 9.841, de 5 de outubro de 1999. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm#:~:text=Fica%20institu
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%20Simples%20Nacional. Acesso em: 12 de maio de 2022.

______. Brasil registra recorde na abertura de novos negócios em 2021.


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2021. Acesso em: 12 de maio de 2022.

G1. Pequenos negócios foram responsáveis por 78% dos empregos criados
em 2021; veja lista dos setores em alta. Empreendedorismo, [2022]. Disponível
em: https://g1.globo.com/empreendedorismo/noticia/2022/02/04/pequenos-negocios-
foram-responsaveis-por-78percent-dos-empregos-criados-em-2021-veja-lista-dos-
setores-em-alta.ghtml. Acesso em: 12 de maio de 2022.

SANTOS, Cleônimo dos. Auditoria Fiscal e Tributária. 5ª ed. Rio de Janeiro,


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SEBRAE. Micro e pequenas empresas geram 27% do PIB do Brasil. Notícias,


[202?]. Disponível em:
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/mt/noticias/micro-e-pequenas-
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TOM, Carin. O que é o Simples Nacional?. Conta Azul Blog, 2017. Disponível em:
<https://blog.contaazul.com/o-que-e-simples-nacional/>. Acesso em: 23 abr. 2018.

TORRES, Vítor. Simples Nacional: Guia Completo do Super Simples 2017 e


Tabela Simples Nacional. Contabilizei, 2017. Disponível em:
<https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/tabela-simples-nacional/#4>.
Acesso em: 23 abr. 2018.

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