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Individual
Quando alguém vai empreender um negócio, uma das primeiras coisas que
ouve é: “você precisa abrir uma empresa”. E via de regra, os primeiros
pensamentos não são muito positivos. Surgem dúvidas de como e onde realizar os
procedimentos, mas acima de tudo, as resistências quanto às burocracias e os
elevados custos para a abertura e a manutenção da empresa.
Considerando a Lei
Complementar 123/2006, que
determina que o Contrato Social das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
não precisa conter visto de advogado, este custo é reduzido em, aproximadamente,
R$ 938,00, ou seja, totaliza, em média, R$ 1.278,00 (sem o alvará sanitário).
Porém, nem todas as atividades profissionais podem ser incluídas nesta categoria
(veja quais são as categorias elegíveis em www.portaldoempreendedor.gov.br).
www.portaldoempreendedor.gov.br A
medida foi bastante positiva, tanto assim que de julho de 2009 a abril de 2012 foram
formalizados, aproximadamente, 2.056.015 MEI´s, dos quais quase 40% no comércio
varejista (fonte: Sebrae).
Obtenção de alvará
A concessão do Alvará de Deve anexar ao Relatório as
Localização depende da observância notas fiscais de compras de produtos e
das normas dos Códigos de Zoneamento de serviços, bem como das notas
Urbano e de Posturas Municipais. Assim, fiscais que emitir e mantê-lo guardado.
a maioria dos municípios mantém o
serviço de consulta prévia para o
empreendedor saber se o local
escolhido para estabelecer a sua
empresa está de acordo com essas
normas. Além disso, outras normas
devem ser seguidas, como as sanitárias,
por exemplo, para quem manuseia
alimentos.
Cobertura Previdenciária
Cobertura Previdenciária para o
empreendedor e sua família (auxílio-
doença, aposentadoria por idade,
salário-maternidade após carência,
pensão e auxilio reclusão), com
Compras e Vendas em Conjunto
contribuição mensal reduzida - 5% do
A Lei faculta a união de
salário mínimo, hoje R$ 33,90. Com essa
Microempreendedores Individuais com
cobertura o empreendedor estará
vistas à formação de consórcios com o
protegido em casos de doença,
fim específico de realizar compras. Essa
acidentes, além dos afastamentos para
medida permitirá aos empreendedores
dar a luz no caso das mulheres e, após 15
condições mais vantajosas em preços e
anos, a aposentadoria por idade. A
condições de pagamento das
família do empreendedor terá direito à
mercadorias compradas uma vez que o
pensão por morte e auxílio-reclusão.
volume comprado será maior.
A informalidade foi um dos obstáculos que ele precisou superar para conquistar
mercado e sonhar em expandir os negócios.
A necessidade de formalizar a atividade que realiza surgiu da impossibilidade de
emitir nota fiscal para as empresas que prestava serviço. “Deixei de fazer muito serviço
na cidade porque não tinha como tirar a nota fiscal”, lembra dos tempos difíceis o
empresário. Em busca de conhecimento, Abraão começou a participar das oficinas
do Sebrae para Empreendedores Individuais (Sei). Logo na após a primeira oficina, ele
foi convidado a se formalizar e junto com o CNPJ vieram outras vantagens como a
possibilidade de emitir notas fiscais, auxílio doença e aposentadoria.
Elevado ao status de empresário, Abraão passou a atender, além de clientes
pessoa física, as concessionárias, locadoras de veículos e empresas que possuem frotas
de veículos. Com isso, o empreendedor individual viu o negócio crescer, surgindo uma
nova necessidade, orientações sobre gestão empresarial. O próximo passo de Abraão
é abrir uma loja moderna, e se for o caso migrar para micro empresa, para receber os
clientes com mais comodidade.
Assim como as histórias acima, milhares de outras existem espalhadas por todo
o país, demonstrando que não é só vantajosa, mas essencial a formalização, uma
vez que sem ela não se faz bons negócios, tanto com fornecedores, quanto com
clientes, especialmente empresas.
O fato é que, em pesquisa do Sebrae, 69% dos micro empreendedores
declararam que a compreensão dos benefícios do registro formal foram o principal
motivo para adesão ao MEI. A vontade de expandir seu negócio até se tornar uma
microempresa também prevaleceu, com 70% dos entrevistados manifestando esse
desejo.
Aqueles microempreendedores individuais que estavam na informalidade
foram questionados acerca dos impactos que a formalização teve no desempenho
da sua empresa, e os resultados se mostraram favoráveis: 55% declararam aumento
no faturamento; 54% declararam aumento nos investimentos; 52% declararam que
passaram a ter maior controle financeiro, e 26% declararam aumento nas vendas
para outras empresas. Também aumentou o total de MEI que tiveram sucesso ao
pedir empréstimo bancário: são agora 52% dentre aqueles que buscaram crédito.
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Os bancos públicos são os mais procurados – 68% dos MEI que buscaram crédito
o fizeram junto a instituições públicas. Outro dado importante nesse âmbito é que,
dentre aqueles que procuraram bancos públicos, 50% tiveram sucesso na obtenção
do crédito.
Não resta dúvida, então, de que a formalização é um caminho seguro para o
crescimento e a sustentabilidade dos microempreendedores do país.
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