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1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
O Simples Nacional é um regime tributário criado para facilitar o recolhimento de
diversos impostos para empresas de pequeno porte. Diante da complexidade e obrigações
fiscais empresas de pequeno porte com poucos recursos encontravam dificuldades em se
manter regulares diante das leis, mas com o surgimento do Simples Nacional isso foi
facilitado.
E hoje tem aumentado o número de empresários que buscam se enquadrar nesse
regime o que tem possibilitado empresas pequenas e microempresários terem melhor
resultados e a estarem operando de forma legal (Hack, 2015).
Com isso tanto a Federação como os empresários se beneficiam, proporcionando
uma relação mutuamente benéfica. A adesão crescente ao Simples Nacional beneficia a
Federação, pois promove a arrecadação de impostos e contribui para o fortalecimento da
economia. Com o aumento do número de empresas regulares, há uma maior geração de
empregos e incremento no desenvolvimento socioeconômico do país. Além disso, a
formalização dos negócios contribui para uma concorrência mais justa e transparente no
mercado, uma vez que empresas informais tendem a operar com custos menores, devido à
evasão fiscal.
Empresa concedente:
A realização do estágio pode contribuir de várias formas. Por exemplo: ao explicar a rotina de
conferência dos lançamentos de documentos fiscais, pode-se confirmar que o processo está correto,
ou, encontrar alguma falha na rotina e então corrigi-la. Também durante a apuração dos impostos ter
certeza de que está sendo feito corretamente e de acordo com a lei, confirmando o enquadramento da
empresa em seu determinado anexo e alíquota.
2 REVISÃO DA LITERATURA
Além disso, o Simples Nacional busca trazer mais justiça fiscal para as empresas de menor
porte, que muitas vezes pagam mais impostos proporcionalmente do que as grandes empresas.
Com a criação do Simples, esses empreendimentos passaram a pagar um único tributo, que
engloba diversas taxas e impostos, como o Imposto de Renda (IR), a Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o Programa de Integração Social (PIS) (Hauser, 2017).
Segundo Hack (2015, p.235) “as exigências para uma pequena empresa não podem ser as
mesmas das que existem para uma grande empresa. O custo burocrático será, assim, muito
mais impactante para um pequeno negócio do que para uma grande empresa.” Dessa forma, a
simplificação do sistema tributário para as micro e pequenas empresas se fazia necessária para
evitar a desigualdade de condições com as empresas maiores e garantir a sobrevivência desses
empreendimentos.
Além disso, o Simples Nacional oferece uma série de benefícios fiscais, “primeiro, porque
oferece substancial redução do valor do tributo a ser pago; segundo, porque é um regime que
realmente simplifica as obrigações tributárias da empresa, pois substitui diversos pagamentos
por apenas um” (Hack, 2015, p.236). Esses benefícios ajudam a estimular o crescimento e o
desenvolvimento das micro e pequenas empresas, permitindo que elas invistam em sua
própria expansão e em novas contratações. O Simples Nacional ajuda a combater a
informalidade e a sonegação fiscal, permitindo que as empresas operem legalmente e em
conformidade com a lei.
O enquadramento das empresas nos anexos do Simples Nacional é feito com base em dois
critérios principais: a atividade principal da empresa e o faturamento anual. As empresas
devem verificar a tabela de atividades permitidas em cada anexo e, em seguida, identificar em
qual faixa de faturamento se enquadram para definir a alíquota de impostos correspondente
(Mendes, 2022).
Algumas empresas, como aquelas que realizam cessão ou locação de mão-de-obra, não
podem se enquadrar no Simples Nacional, de acordo com o artigo 17 da Lei Complementar
123/2006. No entanto, existe uma exceção para atividades específicas, como serviços de
vigilância, limpeza ou conservação, que podem se beneficiar do Simples Nacional, desde que
tributadas de acordo com o Anexo IV da mesma lei. Assim, empresas que oferecem esses
serviços podem se enquadrar no Simples Nacional, desde que atendam aos critérios
estabelecidos (Hauser, 2017).
Os anexos do Simples Nacional foram criados com o objetivo de garantir que as empresas
possam pagar seus impostos de maneira mais simplificada recolhendo vários impostos em
uma única guia, com alíquotas mais baixas e de acordo com as particularidades de cada setor.
Para se ter uma ideia, o anexo I é destinado às empresas do setor de comércio, com alíquotas
que variam de 4% a 19,5%. Já o anexo II é destinado às empresas do setor industrial, com
alíquotas que variam de 4,5% a 30%. O anexo III é destinado às empresas prestadoras de
serviços e profissionais liberais, com alíquotas que variam de 6% a 33% (Hauser, 2017).
Por fim, é importante destacar que o Simples Nacional é uma forma importante de apoio às
PMEs no Brasil, permitindo que essas empresas possam se manter competitivas e
contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país. O enquadramento adequado
nos anexos é fundamental para garantir que as empresas possam aproveitar os benefícios
desse regime tributário simplificado
Uma vez emitida a nota fiscal, a empresa precisa lançá-la em seu sistema contábil e financeiro
para controlar as entradas e saídas de dinheiro e evitar erros de registro. Esse processo pode
ser feito manualmente ou por meio de softwares de gestão financeira, que automatizam as
tarefas e oferecem mais segurança e precisão nos dados.
Com as notas fiscais lançadas, é hora de apurar os impostos devidos pelo Simples Nacional. O
cálculo do imposto é feito com base na receita bruta da empresa nos últimos 12 meses e nas
alíquotas previstas na tabela do Simples Nacional, que varia de acordo com a atividade
econômica e o faturamento anual. É importante ressaltar que algumas atividades são vedadas
ao Simples Nacional e devem recolher impostos pelo Lucro Presumido ou Lucro Real.
A guia gerada pelo Simples Nacional deve ser quitada até o dia 20 ou o próximo dia útil após
o dia 20 do mês seguinte ao da apuração. Caso a empresa atrase o pagamento, estará sujeita a
multas e juros sobre o valor devido.
Além disso, é preciso ficar atento aos prazos de entrega das declarações fiscais, como a
Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS) e a Escrituração Contábil
Fiscal (ECF). Esses documentos são fundamentais para comprovar a regularidade fiscal da
empresa e evitar problemas com a Receita Federal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MENDES, Wagner; GARCIA, Edino Ribeiro. Regimes de Tributação. 2. ed. Rio de Janeiro:
Freitas Bastos, 2022. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br.
HACK, Érico. Direito Tributário Brasileiro. São Paulo: Intersaberes, 2015.
HAUSER, Paolla. Contabilidade Tributária. São Paulo: Intersaberes, 2017.
Portal do Simples Nacional. Simples Nacional. Receita Federal do Brasil, [S. l.], 2019.
Disponível em: <https://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/>. Acesso em: 03
mai. 2023.