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Unidade IV
7 ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA FORMAÇÃO DE PREÇOS
Nesta unidade, abordaremos temas que implicam os aspectos tributários da formação de preços
(ICMS, IPI, PIS e Cofins). Estudaremos ainda tópicos que se referem aos projetos de investimento e às
operações financeiras das empresas, além de hedge na formação de custos e de preços.
Inicialmente, é importante destacar que a carga tributária em produtos ou serviços são custos diretos
e custos variáveis que, obrigatoriamente, devem ser apurados e aplicados no preço de venda.
Para estar em conformidade com os processos contábeis e financeiros de uma empresa e obter
bom retorno financeiro, é preciso compreender todos os aspectos fiscais e tributários envolvidos, que
são obrigações legais que a empresa deve cumprir. O setor responsável da companhia deve zelar pelo
controle fiscal e tributário, no intuito de evitar multas ou sanções dos órgãos fiscalizadores do governo
em todas as esferas (municipal, estadual e federal) e garantir que a empresa tenha um crescimento
sustentável e lucrativo.
Lembrete
Formação de preços é o processo administrativo que possibilita o cálculo
do melhor preço de venda de um produto ou de um serviço, permitindo
pagar os custos e as despesas e, ao mesmo tempo, obter lucro.
Vimos que toda organização com fins lucrativos deve dominar a melhor maneira de precificar seus
produtos ou serviços, a fim de obter lucros reais. Seja qual for o método de precificação escolhido, é
fator primordial entender a influência da carga tributária nos preços de venda.
Segundo o site Portal Tributário (FORMAS…, [s.d.]), denomina‑se tributação a aplicação de tributos
(contribuição financeira), pelos governos, sobre a renda, o consumo e o patrimônio de pessoas físicas ou jurídicas.
• tributação direta;
• tributação indireta.
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A tributação direta trata do recolhimento financeiro aplicado diretamente sobre a renda, o patrimônio
ou o consumo. Alguns exemplos de tributação direta: imposto de renda, contribuição previdenciária
sobre o salário, IPTU e IPVA.
A tributação indireta é aquela cujo valor, embutido no preço final do produto, é repassado ao
consumidor. Um exemplo de tributação indireta: impostos na conta de telefone ou de energia elétrica
se transformam em imposto indireto quando repercutem no preço final do produto; é o que acontece
no Brasil, onde, na compra de bens de consumo, incidem tributações como ICMS, IPI, PIS e Cofins.
• o imposto de renda;
Ainda segundo o site Portal Tributário, estima‑se que a soma dos tributos e encargos cobrados das
atividades econômicas represente aproximadamente 35% do PIB no Brasil. Ou seja, de cada R$ 1,00
produzido, R$ 0,35 são destinados, na forma de tributos, para o governo federal, estadual e municipal.
É preciso apenas reconhecer que, em operações comerciais, a carga tributária corresponde a custos
diretos relacionados com a variação de vendas – quanto maior for essa variação, maior será a incidência
de tributos. Nesse sentido, não há dúvida de que a melhor forma de definir preços de venda é considerar
todos os custos diretos, indiretos e variáveis implicados nos produtos ou serviços. Por exemplo:
• mão de obra;
• Taxa: pagamento extra de algum serviço prestado por um órgão público (exemplo: taxa do lixo).
• Imposto: pagamento periódico para o governo, que devolverá essa quantia monetária na forma
de algum benefício para a empresa ou para a população.
O regime tributário estabelece como o contribuinte deve tributar (ou seja, pagar) seus resultados,
suas operações, seus rendimentos ou suas rendas para o governo. Cada empresa utiliza o regime no qual
melhor se enquadra para o pagamento correto dos tributos e dos impostos obrigatórios. No Brasil, os
três principais regimes tributários são os explicados a seguir.
• Simples Nacional: trata‑se de um regime tributário simplificado que facilita a vida de pequenas
e microempresas. Nesse regime, além de carga tributária menor, o principal benefício é a
permissão do recolhimento de vários tributos federais, estaduais e municipais em uma só guia
de recolhimento.
• Lucro Real: trata‑se do regime tributário que incide sobre o lucro líquido das empresas no período
de apuração, considerando valores a adicionar ou a descontar permitidos pela lei. Dessa forma,
antes de declarar a lucratividade real, é necessário avaliar o lucro líquido de cada ano ou período,
de acordo com a legislação vigente no país.
Nos dois primeiros modelos, os tributos ICMS, ISS, IRPJ, CSLL, PIS e Cofins são calculados sobre o
valor do faturamento apurado no período. No modelo do Lucro Real, dos seis impostos citados, apenas
o IRPJ e a CSLL são obrigatoriamente calculados sobre o valor do lucro líquido antes do IR e da CSLL.
É bom lembrar que as empresas podem escolher o regime tributário, desde que se encaixem
nos requisitos legais. As micro e pequenas empresas representam 99% das companhias brasileiras e
respondem por cerca de 30% do PIB. Essas empresas, em sua grande maioria, são optantes pelo Simples
Nacional, por questões práticas e pelas facilidades possibilitadas por esse modelo de tributação (ONU…,
2022). No geral, desde que foi criado, em 1996, ele proporcionou às empresas uma forma muito mais
segura de estar em dia com as suas obrigações legais e contábeis.
Imagine que você vai abrir uma microempresa para negociar algum tipo de produto ou até mesmo
para fornecer serviços para outras empresas e/ou pessoas físicas. A primeira questão legal que precisará
resolver é como enquadrar sua empresa no regime tributário pertinente. Nesse caso específico (de
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pequena ou microempresa), você precisará aderir ao Simples Nacional, que reúne todas as formas de
tributação em um só modelo de atuação. Isso é benéfico para sua empresa, que terá menos trabalho
para responder legalmente a todas as questões que tangem ao processo de fiscalização tributária.
7.3 ICMS
Ele foi criado em 1988, juntamente com a nova constituinte federal do Brasil, e passou a vigorar
em todo o território nacional em 1º de março de 1989. Com o seu surgimento, impostos antigos foram
eliminados. Após sete anos em vigor, foi alterado pela Lei Complementar n. 87, de 13 de setembro de
1996 (Lei Kandir), com pequenos ajustes. Depois de mais alguns anos, vieram novas alterações por leis
complementares, como a Lei Complementar n. 92, de 23 de dezembro de 1997, a Lei Complementar
n. 99, de 20 de dezembro de 1999, e a Lei Complementar n. 102, de 11 de julho de 2000.
Todas as pessoas jurídicas (empresas) que operam no território nacional são obrigadas a recolher o
ICMS, que deve ser incluído na nota fiscal de produtos ou serviços, em campo específico e de destaque,
com o percentual do valor recolhido sobre o valor total da mercadoria ou do produto especificado na
nota fiscal.
Vejamos, a seguir, um exemplo de preenchimento no campo “cálculo do imposto” de uma nota fiscal.
• Alíquota: 12%
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Em relação ao pagador de tributos, ele recebe o nome de contribuinte, tanto no papel de pessoa
física quanto no papel de pessoa jurídica. Ao contribuinte, cabe arcar com o valor de todas as transações
de caráter comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviço de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Também tem papel de contribuinte, mesmo sem realizar transações habituais, qualquer pessoa física
ou jurídica que:
• seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
Observação
O ICMS é uma tributação que incide sobre a operação realizada, descontados os valores pagos desse
tipo de imposto para a aquisição de bens e serviços sem os quais a operação não poderia ser efetuada.
Veja, a seguir, um exemplo de tributação do ICMS.
Destacamos que o cálculo do ICMS é considerado “por dentro”, ou seja, já está embutido no valor
da operação.
7.4 ISS
O imposto sobre serviços (ISS) é a tributação recolhida pelo governo municipal e federal e é paga
sobre a prestação de serviços. Foi consolidado pela Lei Complementar n. 116, de 31 de julho de 2003.
O ISS deve ser pago por profissionais autônomos e por empresas prestadoras de serviços.
A alíquota do ISS varia de acordo com o município, e, no caso das empresas, pode chegar a 5%.
Profissionais liberais com diploma de Ensino Superior (advogados, médicos, arquitetos, administradores
etc.) sem qualquer vínculo empregatício com empresas contribuem com o ISS de forma anual. Em caso
de profissional não inscrito na prefeitura de seu município como autônomo, os tributos são pagos pelo
contratante do serviço, subtraindo‑os do valor pago pelo serviço ao prestador.
• Por período mensal, de acordo com a alíquota da tabela de serviços. O imposto pode ser recolhido
de três maneiras, apresentadas a seguir.
— Por estimativa: valores apurados pela fiscalização com processo administrativo regular.
— Por sujeição passiva: regime de substituição tributária, quando o contratante dos serviços
tem responsabilidade solidária com o prestador de serviços para o pagamento do tributo.
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• De forma anual, cuja contribuição é um valor fixo, estabelecido de acordo com a atividade
desempenhada.
Profissionais liberais com 70 anos ou mais são isentos dessa tributação. Existem empresas do terceiro
setor que também podem ser isentas, de acordo com art. 15, de imunidade constitucional, da Lei
n. 9.532, de 10 de dezembro de 1997.
Observação
7.5 IRPJ
O imposto de renda de pessoa jurídica (IRPJ) é cobrado de empresas com cadastro jurídico e de todas
as outras que não são registradas, como empresas estatais, pertencentes a sociedades mistas, empresas
em estado de falência ou empresas de negócios rurais. O pagamento é realizado por meio do documento de
arrecadação de receitas federais (Darf) e pode ser feito trimestralmente, nos dias 30 ou 31 dos meses
de março, junho, setembro e dezembro, ou anualmente, no dia 31 de dezembro de todo ano (isso se
optante pelo Lucro Real como modalidade).
O IRPJ depende do regime tributário em que a empresa se enquadra. Existem quatro opções de
enquadramento para as empresas contribuintes, conforme explicado a seguir.
• Simples Nacional: como vimos, é ideal para empresas menores e apresenta uma série de
facilidades para tornar simples a relação do empreendedor com as diferentes obrigações legais.
As pessoas jurídicas que optam pelo pagamento do Simples Nacional devem cumprir com as
exigências do governo federal.
• Lucro Real: é uma alternativa para a maioria das empresas, mas é uma obrigatoriedade para
instituições que atuam no setor financeiro, como bancos e corretoras de títulos. Todos os que não
se enquadram no Simples ou no Lucro Presumido são tributados no Lucro Real.
• Lucro Presumido: é a principal alternativa em relação ao Lucro Real. O Lucro Presumido destina‑se
a companhias que apresentam faturamento anual entre R$ 4,8 milhões e R$ 78 milhões. Nele,
as empresas não precisam apresentar sua contabilidade detalhadamente para mostrar como
alcançaram seus resultados.
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• Lucro Arbitrado: modalidade especial de tributação, aplicada quando a empresa não atende
às condições necessárias na prestação de contas nos regimes disponíveis, sejam eles o Simples
Nacional, o Lucro Real ou o Lucro Presumido.
7.6 CSLL
A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) é uma tributação federal aplicada sobre a renda
e os proventos de qualquer natureza. Incide sobre todas as pessoas jurídicas domiciliadas no país. As
regras de apuração e pagamento coincidem com as do IRPJ. Outras normas são regidas por legislação
específica para esse tipo de contribuição.
Também pagam esse tributo as entidades consideradas sem fins lucrativos que não se enquadram na
isenção descrita no art. 15 da Lei n. 9.532/1997, os fundos de investimento imobiliário, as empresas de
crédito e as bolsas de valores e mercadorias, independentemente de estarem isentas do pagamento
do imposto de renda.
7.7 PIS
O programa de integração social (PIS) é o sistema de contribuição tributária pago pelas empresas
com fins comerciais para financiar o pagamento de seguro‑desemprego, abono e participação na receita
dos órgãos e entidades para os trabalhadores públicos e privados.
Saiba mais
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7.8 Cofins
A contribuição para o financiamento da seguridade social (Cofins) foi criada em 1991 pelo governo
federal com o objetivo de financiar o sistema de seguridade social e de arrecadar recursos financeiros
para custear os serviços de previdência social, saúde pública e outros programas de assistência social.
Trata‑se de um tributo federal que incide sobre a receita bruta das empresas e pessoas jurídicas.
Geralmente, é cobrado com o PIS, e juntos são descritos como um único tributo: PIS/Cofins.
O PIS e a Cofins incidem sobre a mesma base de cálculo, mas são duas alíquotas diferentes somadas no
momento do recolhimento e pagas ao mesmo tempo. Por definição, a Cofins é destinada aos programas
de seguridade social, e o PIS é usado para financiar programas de integração social.
Devem arcar com a Cofins todas as empresas legalmente constituídas e as pessoas físicas equiparadas
às empresas, de acordo com a regulamentação do imposto de renda. As exceções, nesse caso, são as
empresas de pequeno porte e as microempresas que optam pelo sistema Simples Nacional.
• o regime cumulativo;
No regime cumulativo, a base de cálculo é a receita bruta mensal auferida em razão do objeto social
da empresa. Nesse regime, só entram as empresas tributadas pelo regime de Lucro Presumido.
Na Cofins cumulativa, a alíquota é de 3%, além da alíquota de 0,65% do PIS. A fórmula de cálculo
cumulativo é:
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No regime não cumulativo, estão enquadradas as empresas tributadas pelo Lucro Real. Nesse regime,
podem ser descontados os créditos estabelecidos pela legislação. A base de cálculo é o total de receitas
auferidas pela empresa.
Na Cofins não cumulativa, a alíquota é de 7,6%, além da alíquota de 1,65% do PIS. Sua fórmula
de cálculo é:
PIS/Cofins = receita bruta × alíquotas (7,6% + 1,65%) – créditos estabelecidos pela legislação ×
alíquotas (7,6% + 1,65%)
O recolhimento é realizado por pessoa jurídica, que deverá emitir um Darf com o valor a ser recolhido
e efetuar o pagamento até o dia 25 do mês seguinte.
Com o estudo sobre a tributação nas empresas, fica mais fácil avaliar o quanto o valor dos tributos
impacta e onera a gestão de custo e a formação do preço de venda. Porém, entre pagar impostos em dia
ou arcar com multas e juros por atraso, a escolha da primeira opção é mais sábia.
Uma medida inteligente a ser adotada pela empresa é o planejamento tributário, processo que
possibilita pagar menos impostos sem infringir a lei. Tal situação pode ser o ajuste no regime de
recolhimento de impostos, o registro de uma nova atividade principal ou o aproveitamento de um
benefício fiscal desconhecido.
8 OPERAÇÕES FINANCEIRAS
As operações financeiras são realizadas por qualquer pessoa, física ou jurídica (empresa), que exerça
atividades que envolvam algum tipo de recurso financeiro, para buscar crédito, para adquirir algum
bem (automóvel e imóvel, ou, no caso de uma indústria, maquinário novo) que aumente sua linha de
produção, para investir ou para alavancar um negócio.
Para isso, existem os agentes financeiros que operam no mercado financeiro (já descrito neste
livro) e que colaboram para a possibilidade de operações financeiras no mercado brasileiro. Vejamos
alguns exemplos.
Trata‑se das operações realizadas (investimento, aquisição, busca ou concessão de crédito etc.) com o
objetivo de alavancar o negócio, gerar mais lucros e, consequentemente, obter mais recursos financeiros
para a empresa. Visam a possibilitar que as empresas cuidem bem dos seus recursos financeiros e de seu
patrimônio geral (ativos e passivos).
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Observação
No Brasil e no mundo, existem diversas formas de operação financeira, das quais podemos destacar:
• empréstimo bancário;
• concessão de crédito;
• aplicação financeira;
• emissão de títulos;
• factoring.
O empréstimo bancário é um tipo de contrato entre o banco e o cliente (pessoa física ou jurídica)
em que o banco empresta o dinheiro para o cliente potencializar o seu capital financeiro e utilizá‑lo
naquilo que mais precisa.
Suponha que tenhamos um empreendedor já com o plano de negócio pronto, mas sem o capital. Se
o empresário quiser iniciar o negócio imediatamente, o empréstimo poderá ser a solução.
Esse empréstimo se dá sob uma recompensa ao credor chamada juros. Cada instituição financeira
tem suas políticas de empréstimo e de juros. Cabe ao solicitante buscar o melhor custo × benefício, seja
em forma de juros ou de prazo.
Recomenda‑se que empréstimos financeiros de qualquer natureza sejam realizados com instituições
financeiras reconhecidas e autorizadas pelo Banco Central do Brasil (Bacen).
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A concessão de crédito é o fornecimento de crédito para qualquer pessoa que adquira produtos ou
serviços de uma empresa. Acontece muito com cartões de crédito ou private label (cartões personalizados
de uma marca) e carnês de compra à prestação, entre outras modalidades.
Empresas comerciais que concedem esse tipo de crédito geralmente têm um contrato de parceria
com instituições financeiras, responsáveis pelo crédito financeiro e pelas operações de crédito.
Operação financeira no exterior é uma operação que envolve a entrada ou a saída de recursos
financeiros do país. Muitas empresas multinacionais necessitam desse tipo de ação para operacionalizar
seus negócios. Operações cambiais inferiores a R$ 3.000,00 não precisam ser justificadas perante
órgãos públicos.
No mundo corporativo, o mais comum é que as operações se enquadrem no modelo geral. Nesse
caso, existem duas formas de enviar dinheiro para outro país: por correios ou via ordem de pagamento.
Em ambos os casos haverá, pelo menos, duas partes envolvidas: o remetente e o beneficiário. No
caso empresarial, o ideal é que as remessas sejam feitas por ordem de pagamento, já que os correios têm
um limite de US$ 50.000,00 por operação.
A operação de desconto com duplicatas corresponde à transferência de títulos para a posse do banco,
mediante endosso. A empresa antecipa o recebimento do valor do título, por meio de um desconto, e
transfere ao banco o direito de recebê‑lo. O valor do desconto é determinado em função do número de
dias que faltam para que o título seja liquidado.
Nesse tipo de operação, a empresa endossante é responsável, coobrigada pela liquidação dos títulos
descontados. Assim, a responsabilidade da empresa somente desaparece quando acontece o pagamento
do título pelo devedor.
A aplicação financeira é um investimento puro, com o objetivo de ganho financeiro como retorno.
Pode ser feita em renda fixa ou em renda variável, nas quais são consideradas variáveis como tempo
e juros.
É o oposto do empréstimo, pois o investidor usa o dinheiro excedente para aplicar com o intuito de
ganho com juros.
No mercado financeiro, existem diversos produtos de investimento. Os mais comuns são os que seguem.
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• Renda fixa:
— títulos;
— duplicatas;
— tesouro;
— CDB/RDB;
— previdência.
• Renda variável:
— ações;
— fundos imobiliários;
— debêntures;
— ouro;
— dólar.
Lembrete
Sob o ponto de vista do investidor, a modalidade se torna interessante porque apresenta vantagens
particulares, capazes de maximizar o lucro.
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Unidade IV
8.7 Factoring
Segundo o site do Sebrae (s.d.), factoring (fomento mercantil ou comercial) é uma atividade
caracterizada pela aquisição de direitos creditórios – por um valor à vista e mediante taxas de juros e
de serviços – de contas a receber a prazo. Permite liquidez financeira imediata para micro e pequenas
empresas, e não deve ser confundida com a operação praticada pelos bancos.
• representar e defender os interesses do fomento mercantil, atuando, para esse fim, junto aos
poderes públicos – federais, estaduais e municipais –, bem como a entidades do setor privado;
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Observação
Por sua vez, no caso de investimentos, é possível dividir os impostos em duas categorias: sobre
rendimentos/dividendos e sobre ganho de capital. O primeiro caso é a remuneração conquistada. O
segundo caso é a diferença entre o valor de resgate e o de aplicação.
No caso dos impostos sobre ganho de capital, o tributo é pago quando se vende uma ação,
exchange‑traded funds (ETF) ou real estate investment trust (Reit), ou quando se faz o resgate de um
fundo de investimento.
Conforme descrito, o IOF é o único tipo de tributo que recai sobre todas as operações financeiras
e, portanto, é um dos mais importantes e precisa ser sempre avaliado quando uma transação for
necessária para alavancar a empresa ou for preciso buscar recursos financeiros para alguma necessidade
emergencial.
Hedge (ou seguro) corresponde a operações de proteção sobre o capital investido que permitem
que o investidor tenha opções de segurança ao investir, principalmente quando ocorrem oscilações
inesperadas de preço no mercado.
É uma prática antiga, desempenhada por agricultores e pecuaristas que levavam seus produtos às
cidades para vender, mas desejavam reduzir o risco de queda acentuada nas cotações. Caso muitos
levassem sua produção no mesmo dia, a oferta poderia ser bem superior à demanda, e os preços cairiam
consideravelmente. Para isso não acontecer, compradores e vendedores passaram a negociar o preço
antes da entrega.
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Unidade IV
• Commodities: o mais antigo de todos. Refere‑se ao mercado de grãos, carne, soja, óleo etc.
Com isso, muitas teorias foram sugeridas para justificar o emprego de políticas de hedge. De modo
geral, podemos agrupá‑las em duas grandes correntes: uma corrente fundamentada na maximização
do valor da firma para os acionistas e uma corrente baseada na maximização da utilidade pessoal
dos gestores.
O primeiro grupo compreende argumentos para o aumento do valor de uma empresa a partir dos
parâmetros de avaliação. O segundo grupo compreende os motivos que indiretamente podem aumentar
a utilidade de determinados personagens da empresa, em função das potenciais relações de agência.
Assim, se o valor da empresa for representado pelo valor presente nos fluxos de caixa, as operações
de hedge podem ser classificadas como pertencentes ao primeiro grupo de motivos a favor da
relevância da gestão de riscos.
Por outro lado, motivos que influenciem as atitudes de administradores, credores ou acionistas,
e consequentemente aumentem a utilidade de alguns indivíduos, compõem o segundo grupo de
argumentos a favor da relevância da gestão de riscos.
Exemplo de aplicação
O cálculo do ICMS não é do tipo “tradicional”. O imposto sobre circulação de mercadorias e serviços
prevê o cálculo por dentro. Diante disso, uma mercadoria cuja base de cálculo para o ICMS (18%) seja
de R$ 46,00 terá seu custo majorado em quantos reais após a inclusão do valor do imposto?
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A) R$ 18.
B) R$ 64.
C) R$ 11,20.
D) R$ 10,10.
E) R$ 8,28.
Resolução
A alternativa A é incorreta. Para que o valor majorado fosse igual a R$ 18, teríamos que embutir o
valor absoluto de R$ 18 no lugar da alíquota de 18%.
A alternativa C é incorreta. Esse valor estaria correto se a alíquota incidente fosse superior a 19%.
A alternativa D é correta. Ao fazer o cálculo “por dentro”, ou seja, ao dividir o valor da base de cálculo
pelo inverso da taxa – R$ 46,00 ÷ 0,82 –, obtemos R$ 10,10 de acréscimo de tributo.
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Unidade IV
Resumo
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GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS
Exercícios
Questão 1. (Enade 2015) Determinada empresa coletou, para formação do preço de venda de seu
único produto, as informações a seguir.
Tabela 17
A partir das informações apresentadas, conclui‑se que o preço de venda à vista a ser praticado pela
empresa deve ser de:
A) R$ 200,00.
B) R$ 300,00.
C) R$ 320,00.
D) R$ 340,00.
E) R$ 360,00.
Análise da questão
Os percentuais apresentados na questão são referentes ao preço de venda (PV). Assim, o preço de
venda deve ser igual ao custo por unidade produzida (C) somado ao produto entre o preço de venda e a
soma dos percentuais da tabela. Ou seja:
PV = 0,6 PV + 120
PV – 0,6 PV = 120
0,4 PV = 120
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Unidade IV
120
PV = = 300
0,4
PV = R$ 300,00
A) R$ 270,00.
B) R$ 329,27.
C) R$ 300,00.
D) R$ 180,00.
E) R$ 1.230,00.
Análise da questão
Para termos o “valor líquido” de R$ 1.500,00 com ICMS de 18%, devemos fazer a sequência de
cálculos mostrada a seguir.
Podemos ver que 18% de R$ 1.829,27 são R$ 329,27 e que R$ 1.829,27 menos R$ 329,27 resulta
em R$ 1.500,00.
Concluímos que, para o caso em estudo, o valor do ICMS que deverá constar na nota fiscal de venda,
por ocasião do faturamento ao cliente, é igual a R$ 329,27.
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REFERÊNCIAS
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000