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VENDAS E SEUS IMPOSTOS

O que é Imposto Sobre Vendas?


Um Imposto Sobre Vendas é aquele que é cobrado em cima de todo serviço ou
produto que é comercializado. A incidência de cada um desses tributos pode
variar de acordo com a mercadoria comercializada e pode ser cobrada a nível
municipal, estadual ou federal.
Quais são os principais Impostos Sobre Vendas praticados no Brasil?
Atualmente, existem diversos Impostos Sobre Vendas que são cobrados em
cada venda praticada no Brasil.

ICMS
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) é
uma taxa cobrada sobre vendas. É obrigatório que esteja presente em notas
ficais de mercadorias e não de prestação de serviços.
Essa é uma cobrança interestadual e refere-se a cada produto vendido ou
serviço prestado. O valor da alíquota pode variar e é baseada em tabelas que
são estabelecidas pelos estados onde circulam as mercadorias.

ISS
O ISS (Imposto Sobre Serviços) é um dos mais importantes impostos sobre
vendas e é cobrado somente pela comercialização de serviços, não de produtos.
Obrigatório em qualquer nota fiscal do tipo, a taxa é recolhida na cidade onde o
serviço foi prestado, por isso a alíquota pode variar.
Normalmente, essa tarifa varia de 2% a 5% sobre o valor bruto do que foi cobrado
pela prestação do serviço. Isso significa que, se a alíquota de um município é de
5% e a nota fiscal apresentar valor de R$ 1 mil, o ISS equivalerá a R$ 50.

PIS
O Programa de Integração Social (PIS), assim como o Programa de Formação
do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), é uma contribuição social, mas o
seu pagamento é igualmente obrigatório.
O PIS é calculado sobre o faturamento bruto do negócio em questão e conta com
alíquotas que podem variar entre 0.,65% e 1,65%. Todos os tributos recolhidos
referentes a essa taxa, como ocorre com o PASEP, são utilizados como formas
de financiar o abono salarial e o seguro-desemprego dos trabalhadores,
independentemente de serem de empresas privadas ou públicas.

Cofins
Como a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre
as vendas incide diretamente no faturamento mensal das empresas, também é
uma taxa que varia de acordo com a receita de cada negócio.

IPI
IPI é uma sigla que significa Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Trata-
se de um imposto federal que incide sobre os produtos da indústria nacional ou
na importação de produtos estrangeiros no desembaraço aduaneiro.
As alíquotas cobradas neste imposto variam de acordo com o produto. Essa
variação permite que os produtos possam ter alíquota 0%, ou seja, não serem
tributados, ou possuir alíquotas um pouco maiores de acordo com a
essencialidade do produto.
DEMAIS IMPOSTOS INCIDENTES NAS VENDAS

ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTARIA

Basicamente, vamos falar sobre o ICMS e a melhor maneira de começar é


explicando o que aconteceu nesse cenário para que a Substituição Tributária
existisse. No caso do ICMS, o que aconteceu foi o seguinte: o Governo percebeu
que é difícil fiscalizar todas as lojas de varejo, por isso, ele decidiu recolher o
imposto na fonte, ou seja, na produção. Como existem menos indústrias do que
lojas, isso facilita a fiscalização, antecipa o recolhimento no processo e,
consequentemente, antecipa o caixa.
Para isso ser possível, o primeiro passo foi entender quais produtos o governo
tinha conhecimento de toda a cadeia e, depois, entender qual seria a média dos
valores negociados para ser recolhido. Após muito estudo, foi criada a MVA –
Margem de Valor Agregado ou IVA – Índice de Valor Adicionado Setorial, que nada mais é
do que um percentual que será adicionado ao valor do produto na hora de gerar
a base de cálculo do ICMS por Substituição tributária (ICMS-ST).
Venda para empresas revendedoras
No caso de uma empresa vender um produto ou mercadoria a uma empresa que
exerça a atividade de revenda há incidência direta do ICMS substituição
tributária, devendo ser consultados seus percentuais em listas de MVA que são
regulamentados em leis, convênios e protocolos.
Vendas Interestaduais
Existe um ponto importante a levar em consideração na Substituição
Tributária: as vendas interestaduais. Agora, quando você vende para outro estado,
torna-se SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO do contribuinte do outro estado. Pode
isso? Pode sim: o seu estado e o do seu cliente concordaram com isso no Ato
COTEPE (acordo). Ambos (você e o seu cliente) são responsáveis para que tudo
dê certo, mas quem vende é o responsável pelo recolhimento da guia de ICMS-
ST para o outro estado, ou seja: torna-se o substituto.
Quando você vende para outro estado um produto com ICMS ST, pode encontrar
duas situações: a venda para um consumidor final (em geral um não contribuinte
do ICMS) e a venda para uma outra empresa, que irá revender o seu produto.
O NCM quem define os percentuais de cálculos e a forma que será calculados o
ICMS ST.
Há vários protocolos vigentes entre os estados, é fundamental solicitar o apoio
da contabilidade para que seja feita as devidas consultas na legislação para que
não haja nenhum tipo de problema para empresa e na entrega do produto.

ICMS DIFAL

A sigla Difal significa Diferencial de Alíquota do ICMS. Em uma operação


interestadual destinada ao consumidor final (uma venda a um cliente de outro
estado), ele representa a diferença entre a alíquota interna do estado destinatário
e a alíquota interestadual do estado remetente.
Assim, toda vez que uma empresa que recolhe o ICMS (exceto optantes do
Simples Nacional) faz uma venda para um não contribuinte em outro estado, ela
é obrigada a calcular e realizar o pagamento do Difal.
Então, o estado onde está localizado o consumidor recebe o valor do diferencial
de alíquota, tornando a arrecadação do ICMS mais equilibrada entre as unidades
federativas. O objetivo é fazer com que os estados de origem e destino dividam
a carga tributária, evitando que as regiões com alíquotas maiores saiam
perdendo.
As vendas destinadas a não contribuinte ou consumidor final devem ser
recolhidas ante do transporte da mercadoria.
Nao contribuinte de ICMS É a pessoa jurídica ou física que não realiza nenhuma
operação de circulação de mercadoria ou prestação de serviço de comunicação
e de transporte intermunicipal, interestadual e ao exterior.

VENDA PARA ENTREGA FUTURA

Essa operação ocorre quando um faturamento é realizado de


maneira antecipada à entrega. Isso ocorre em comum acordo com quem vende
e quem compra.
Nesse caso, portanto, ocorre uma compra, mas a circulação de mercadorias
não acontece de fato, ainda.
Ela só acontecerá em uma data posterior, ainda que, em termos fiscais, a
venda já tenha ocorrido.

VENDA TRIANGULAR

Operação triangular ou venda à ordem é um tipo de transação em que o produtor


vende a mercadoria para um revendedor, mas realiza a entrega diretamente ao
cliente final. Geralmente, é realizada com o intuito de agilizar processos e reduzir
custos.
Dessa maneira, o revendedor efetua a compra, mas não tem contato físico com
os produtos, já que o envio é direto. Como é obrigatória a emissão de nota para
transporte, o produtor precisa emitir dois documentos, um para o revendedor e
outro para o cliente final.
Para que entenda melhor o que é nota triangular, veja de forma simplificada
quais são as ações envolvidas nesse tipo de transação.
 O produtor emite uma nota fiscal para o revendedor relativa à venda.
 O produtor emite mais uma nota fiscal para o transporte, dessa vez
direcionada ao cliente final (que comprou do revendedor).
 O revendedor emite uma nota fiscal de venda para o cliente final, que
pode ser uma pessoa física ou jurídica.
ALGUNS BENEFICIOS FISCAIS QUE PODEM IMPACTAR UMA
NEGOCIAÇÃO
Suframa
O que é a Suframa?
A Suframa administra e controla os incentivos fiscais concedidos às empresas estabelecidas
na Zona Franca de Manaus. Ela também promove estratégias de desenvolvimento
para toda a região da Amazônia Ocidental. Por isso, tem o papel de agência de
promoção de investimentos para a área.
Suframa é a sigla para Superintendência da Zona Franca de Manaus. É uma
autarquia do governo federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior.
O suframa concede benefícios fiscais a fim de estimular a indústria e comercio a
se instalarem na região da Amazônia podendo isentar as empresas dos impostos
referente a PIS, COFINS, IPI e ICMS no ato de suas compras e vendas.

REIDI

Diante da observação delicada do poder governamental, é percebido a todo o


momento um ponto a ser melhorado. Com o intuito de desenvolver a
infraestrutura do país, a Legislação Federal estabelece estímulos aos setores de
energia, transportes (portos, rodovias, trens etc), dutovias, saneamento básico e
irrigação através do Regime Especial para o Desenvolvimento da Infraestrutura
– REIDI, previstos na Lei nº 11.488/07.
Se você ainda não vê o quão grande isso é, veja pelo lado de que esse regime
beneficia setores necessários para o desenvolvimento das empresas, para o
aumento da produtividade e da produção dos setores primários e secundários
da economia. O estimulo parte da isenção de PIS e COFINS nos seguintes pontos:

Para se enquadrar no regime é preciso aprovar um projeto especifico para cada


obra junto ao ministério correspondente. A empresa pode usufruir desse
beneficio por cinco anos após a data de aprovação do projeto e a habilitação do
Ato Declaratório do Executivo.
Para aproveitar o REIDI, deve ser informado a empresa vendedora que o seu
projeto está dentro do sistema que suspende PIS e COFINS, onde a partir daí o
valor da compra será reduzido. Para que esse valor seja reduzido, o habilitado
precisa co-habilitar a empresa vendedora, para que eles tenham um vinculo no
regime, do qual permitirá a isenção em pauta.
Pondo em vista que o lado do habilitado é benéfico pela alíquota zero de
PIS/COFINS, olhemos então para o lado do co-habilitado; esse não é
beneficiado, porém, é o qual viabiliza o benefício para o habilitado, barateando
o custo final da obra.

DEMAIS OPERAÇÃOES PRATICADAS E ADMINISTRADAS PELO


COMERCIAL

Entrada para conserto


As entradas para conserto surgem da necessidade de um usuário sendo pessoa
física ou pessoa jurídica de reparar ou recondicionar determinado produto
trazendo o de volta a sua funcionalidade, para isso essa operação deve ser
amparada por nota fiscal não tendo ressalvas quanto a valor pois esta operação
não gera incidência de ICMS, pois existem algumas regras a serem cumpridas
para a conclusão desta operação como;
Prazo para o seu devido retorno que é de 120 dias, podendo ser postergado via
comunicação através de processo e informado a Sefaz do seu estado.
A cobrança de ISS pelo serviço prestado, quando concluído o conserto, seu
retorno ao emitente deve estar acompanhado de uma nota de prestação de
serviço juntamente com a nota das peças e partes aplicadas na prestação do
serviço.

Remessa em garantia

A remessa em garantia é uma operação que o remetente ou fabricante da


mercadoria substitui ou conserta a mercadoria se esta apresentar defeito. Na
operação de troca ou garantia o estabelecimento deverá emitir nota fiscal com os
valores correspondentes a nota fiscal de compra destacando os impostos ICMS e
IPI.
A operação de remessa ou troca em garantia, diferentemente da devolução, não
visa anular a operação anterior, tem o intuito de substituir uma mercadoria
enviada com defeito ou substituição de mercadoria, em razão de garantia
assumida pelo fornecedor.
A Nota Fiscal de "Remessa em Garantia" deve ser emitida com destaque do
ICMS, vale ressaltar, que na operação interestadual de devolução ou retorno,
total ou parcial, de mercadoria ou bem, serão aplicadas a mesma base de cálculo e
a mesma alíquota constantes no documento fiscal que acobertou a operação
original da qual resultou o recebimento da mercadoria ou do bem.
A legislação do Estado de São Paulo não estabelece prazo, contudo determina
que haja o retorno. O prazo poderá ser fixado pelo executor do conserto, previsto
em orçamento.
Seção II
Dos Casos deSuspensão (CST 55 - Saída com Suspensão)
Art.43. Poderão sair com suspensão do imposto:
XIII - as partes e peçasdestinadas a reparo de produtos com defeito de
fabricação, quando a operação
for executada gratuitamente por concessionários ou representantes, em virtude
de garantia dada pelo fabricante;

Remessa em consignação

CONCEITO DE CONSIGNAÇÃO MERCANTIL


A consignação mercantil é a operação em que uma empresa, denominada
consignante, remete a mercadoria a uma segunda empresa, denominada
consignatário, para que este procure efetuar a venda destas mercadorias.
Nos contratos de consignação mercantil, a venda da mercadoria, do consignante
ao consignatário, somente se efetiva no momento em que o consignatário efetua
a venda desta mercadoria recebida anteriormente em consignação.
Ou seja, o consignatário recebe a mercadoria em consignação, e, somente
quando vender a mercadoria a seus clientes, é que esta mercadoria será
faturada, pelo consignante, contra o consignatário.
Importante que se frise que a legislação fiscal não estabelece um prazo máximo
para o retorno ou efetivação da operação, nos contratos de consignação
mercantil. Assim, o prazo em que a mercadoria permanece em poder do
consignatário em função do contrato de consignação mercantil é livremente
firmado entre as partes contratantes.
Neste tipo de contrato, normalmente é estabelecido que, caso o consignatário
não venda as mercadorias recebidas em consignação mercantil, estas podem
ser devolvidas ao consignatário, a qualquer tempo ou em um determinado lapso
de tempo pré-estabelecido entre as partes contratantes, sem qualquer ônus ao
consignatário

Remessa em demonstração

A remessa para demonstração é uma operação que normalmente é utilizada


pelas indústrias. É a partir dela que o possível cliente pode conhecer o produto
e virar de fato um revendedor daquela mercadoria.
Um exemplo prático é imaginar que eu tenha uma indústria de plásticos e queira
enviar um produto para avaliação de um possível revendedor, nesses casos é
só utilizar a remessa para demonstração.
É importante frisar que esse tipo de remessa é caracterizada pelo envio de
quantidades restritas para conhecer o produto, conforme a cláusula segunda do
ajuste SINIEF no 08/2008.
Isso quer dizer que não é possível enviar dezenas ou centenas de um mesmo
produto em uma NF-e de demonstração.
Outra característica dessa operação é que os produtos enviados devem retornar
obrigatoriamente ao estabelecimento de origem em até 60 dias.

Prazo para o cancelamento de nota fiscal


A SEFAZ MT alterou recentemente o prazo para o cancelamento da nota fiscal
que antes era de 2 horas após a emissão da NF agora fora estendido para o
prazo de 8 horas após a emissão da nota fiscal.

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