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Nota fiscal de devolução de mercadoria ou produto

A nota fiscal de devolução tem como objetivo anular uma transação comercial ou a própria
nota, incluindo os impostos envolvidos nesse processo.

Por isso, saber como fazer nota fiscal de devolução de mercadoria ou produto é essencial
quando alguma operação de compra e/ou venda da sua empresa não é concretizada.

No mercado varejista ou de atacado, por exemplo, é bastante comum um cliente devolver um


produto por não servir ou por estar danificado. Nesses casos, a empresa terá que devolver a
nota fiscal.

Para fazer a devolução é necessário que a nota tenha os mesmos tratamentos tributários que a
nota original. Ou seja, na prática, precisa valer a mesma quantia e apontar os mesmos tributos.

Mesmo sendo um procedimento relativamente simples, é preciso atenção na hora de fazê-lo,


pois há casos em que essa nota fiscal deve ser gerada pelo emitente, em outros pelo
destinatário.

Neste passo a passo você vai entender melhor como é feita a emissão e diversos outros
detalhes sobre esse documento fiscal.

Quem deve emitir a nota fiscal de devolução de mercadoria


Mas para aprender como fazer uma nota fiscal de devolução de produto é preciso, também,
compreender quem é o responsável por sua emissão, concorda?

Esse documento fiscal pode ser gerado tanto pelo emitente quanto pelo destinatário, de
acordo com cada caso.

Emitente: O documento fiscal de devolução deve ser expedido pelo emitente quando a venda
não concretizada foi feita para uma pessoa física.

Destinatário: No entanto, quando destinatário é pessoa jurídica, a responsabilidade de


emissão da nota fiscal de devolução de produto recai sobre ele.

Devolução de produto com nota emitida pelo destinatário (compra)


Esse tipo de emissão é utilizado em casos de transações realizadas entre pessoas jurídicas.

Aqui, a empresa que se recusou a receber o pedido, independentemente do motivo, deve


gerar a nota fiscal de devolução de mercadoria ou produto ao emitente para que o processo
de cancelamento seja concluído.

Para isso, o destinatário deve:

 acessar o site da prefeitura de sua cidade (ou o seu sistema de emissão de notas
fiscais), fazer o login como pessoa jurídica e ir em emissão de Nota Fiscal Eletrônica;
 procurar pela opção de Nota Fiscal de Devolução;
 Incluir a informação da Nota Fiscal que sendo devolvida (Nota Originária da LBM -
Referencial);
 Preencher os demais dados solicitados;
 Emitir a Nota, e;
 Devolver os produtos.

Sobre o CFOP
O CFOP é essencial para que o processo de anulação de uma nota fiscal aconteça
corretamente. Por isso, é preciso bastante atenção neste ponto.

Os códigos fiscais utilizados dependem do tipo de mercadoria adquirida. Aqui, vale o apoio do
seu contador, mas é importante que você conheça alguns códigos, que são:

 Para industrialização:
o CFOP – 5.201 – Operações no Estado
o CFOP – 6.201 – Operações em outros Estados

 Para comercialização:
o CFOP – 5.202 – Operações no Estado
o CFOP – 6.202 – Operações em outros Estados
o
 Para ativo fixo ou consumo próprio:
o CFOP – 5.553 e 5.556 – Operações no Estado
o CFOP – 6.553 e 6.556 – Operações em outros Estados

Como ficam os impostos na nota de devolução


Para completar seu entendimento de como fazer nota fiscal de devolução de mercadoria ou
produto precisamos falar sobre os impostos. Afinal, um dos objetivos de toda NF é justamente
o recolhimento correto dos tributos.

Na hora de emitir a nota de devolução o correto é apenas indicar, nos dados adicionais, os
impostos referentes à operação, e não lançar novamente. Dessa forma, será gerado crédito
para o emitente, no caso a LBM.

ICMS: No caso do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que é debitado
no momento da saída de mercadoria, ó não entra como crédito caso o produto não tenha
condições de voltar ao estoque para posterior venda.

IPI: O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) deve ser mencionado caso a empresa tenha
importado o produto ou comprado de indústria, ainda que não seja contribuinte.

Assim, para empresas não contribuintes do IPI, a melhor alternativa é mencionar o valor do
imposto no campo Dados Adicionais. Nesse caso, seu valor se junta ao valor unitário informado
na NF. Não é necessário, nem indicado, assinalar o valor do Imposto sobre Produtos
Industrializados em opção própria no emissor de nota fiscal de compras. O ideal é mesmo usar
um campo dedicado a informações extras da plataforma de emissão.

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