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BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MÁRCIO ALVES
MURILO LIMA
PATRICIA FERREIRA
SAULO GABRIEL BITENCOURT

RELATÓRIO TÉCNICO TRIBUTÁRIO

Salvador

2022
MÁRCIO ALVES
MURILO LIMA
PATRICIA FERREIRA
SAULO GABRIEL BITENCOURT

RELATÓRIO TÉCNICO TRIBUTÁRIO

Trabalho apresentado pela matéria Contabilidade


Financeira e Tributária do curso de Ciências contábeis na
Universidade Salvador - UNIFACS.

Orientador(a): Prof. Jardel Vieira

Co-orientador(a): Profª. Silvia Mascarenhas

Salvador

2022
1. Introdução

A Contabilidade Tributária é uma parte da contabilidade que é responsável pela


administração dos tributos e com isso influencia diversos outros setores das empresas,
sendo, esses setores conhecidos como área fiscal ou área tributária. Uma de suas
características é que ela não é apenas responsável pela administração e apuração dos
tributos da União e entes Federativos, mas, também deve garantir a continuidade do
negócio ficando responsável pelos acompanhamentos das atualizações que afetam as
atividades desenvolvidas pela empresa, além das diversas obrigações acessórias
impostas pelos Estados, Municípios e União.
Contudo, em algumas empresas de médio e grande porte a área tributária pode ser
subdividida, possuindo várias divisões em outros setores como: a parte dos impostos
diretos visto que, são eles os que incidem sobre a renda IRPJ, CSLL, assim como, a
parte de controle dos impostos indiretos ICMS, COFINS, PIS PASEP e por conseguinte
o planejamento tributário, onde é requisitado o pagamento do Imposto de Renda,
pagamento da Contribuição Social. Nesse sentido, tem muito empresário interessado
nessa parte, pois é muito importante o setor tributário para a empresa.
Desse modo, percebe-se, que a contabilidade tributária vai além das funções básicas
dentro de uma empresa, visto que é apurar e recolher os impostos, elaborar e entregar
as obrigações acessórias e dar suporte às fiscalizações. Assim sendo, vai muito além
disso ganhando cada vez mais espaço nas tomadas de decisões dos administradores
e auxiliando nas reduções dos custos e dos impactos decorrentes da alta tributação,
nesse sentido, ganhando cada vez mais importância na área empresarial.
É importante para o administrador financeiro: conhecer a tributação básica no país, as
alternativas de planejamento tributário e os impactos sobre a administração das
empresas. Tendo como objetivo quebrar o enigma do qual o empreendedor se depara
ao precisar escolher o regime de apuração de impostos que melhor se enquadra no
seu negócio.
2. Relatório Técnico Tributário

2.1 Caracterização da Empresa

Razão Social: FACS ALUNO ENGENHARIA LTDA


Título do estabelecimento (Nome de fantasma): CONT ENGENHARIA
CNPJ: 77.932.893/0001-38
Fundação: 08/06/2022
Natureza jurídica: 206-2 – Sociedade Empresária Limitada
Atividade: 7112-0/00 Serviços de engenharia (Anexo V 15,5%)
Regime de apuração: Regime de competência
Quantidade de funcionários: 09
Porte: ME
CEP: 41205-560

Breve Histórico:

A FACS ALUNO ENGENHARIA LTDA iniciou sua atividade em junho de 2022 como
uma prestadora de serviços de supervisão e gerenciamento de projetos, ainda no início
das suas atividades, atendia somente clientes da cidade de Salvador.
Pouco tempo depois, a empresa passou a trabalhar na supervisão de obras, controle
de materiais e serviços similares, e expandido sua área de atuação, agora atendendo
todo o Estado da Bahia e ganhando mais reconhecimento na área.
Após se firmar como uma das maiores empresas do ramo no estado da Bahia,
começou a atender clientes de todo o Brasil, entretanto, ficar na zona de conforto
nunca foi o objetivo da empresa, deste modo, a empresa expandiu novamente suas
atividades, agora, atuando com os serviços técnicos de engenharia, como a
elaboração e gestão de projetos e os serviços de inspeção técnica nas seguintes
áreas: - engenharia civil, hidráulica e de tráfego.
Com a ambição de se tornar a maior e melhor empresa do ramo no Brasil, e assim
expandir seus negócios para o exterior, a FACS ALUNO ENGENHARIA LTDA segue
trabalhando sem parar desde a sua criação, agradando todos seus clientes e
entregando sempre o serviço de melhor qualidade.
Organograma Empresarial
2.2 Formas de Tributação

As Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, têm os seus lucros
tributados por uma das seguintes formas: Simples Nacional, Lucro Arbitrado, Lucro
Presumido ou Lucro Real.

Simples Nacional

Simples Nacional: O Simples Nacional é um regime de tributação simplificado para


empresas de pequeno e médio porte, disponível em todo território brasileiro, essa
forma de tributação possuí o objetivo de simplificar a fiscalização, pagamento e
arrecadação dos impostos federais, estadual e municipal. Conforme a Lei
complementar n.º 123, de 14 de dezembro de 2006, é necessário que a empresa
possua alguns requisitos para participação no regime.

Principais requisitos:

Ser microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP);


A receita bruta não pode ultrapassar R$ 4,8 milhões;
Não exercer nenhuma das atividades proibidas pela Lei complementar n° 123/206;

Atualmente no Simples Nacional as empresas são separadas por faixa de faturamento


e grupos denominados por “Anexo”.

Anexo I Comércio;
Anexo II Indústria;
Anexo II Serviço;
Anexo IV Serviço;
Anexo V Serviço;

Cada Anexo terá a sua alíquota de tributação e algumas características específicas,


em especial o Anexo IV, onde possuí a contribuição do INSS Patronal em 20% sobre a
folha de pagamento e Anexo V com CNAE(atividade) suscetíveis ao Fator R, ou seja,
possibilidade de mudar uma atividade originária do Anexo V para o Anexo III,
reduzindo ainda mais os impostos.
Além disso, o pagamento dos impostos são realizados mensalmente em uma única
guia, chamada DAS (Documento de arrecadação do Simples Nacional) conforme o
faturamento.
As obrigações fiscais também são reduzidas em comparação a outros modelos de
tributação.

Lucro Presumido

Fabretti (2015, p. 232) afirma que o lucro presumido pode facilmente incentivar o
recolhimento do IRPJ sem exigir cálculos intrincados de lucro real que exigem
contabilidade eficiente. Neves (2007, p. 16) declara que “a tributação com base no
Lucro Presumido é uma modalidade de apurar o lucro das empresas que não
estiverem obrigadas à tributação com base no Lucro Real”. Para Oliveira et al (2003),
lucro presumido é uma forma de simplificada de tributação utilizada para determinar a
base de cálculo do imposto de renda e da Contribuição Social, não podendo as
pessoas jurídicas fazer a opção de Lucro Presumido, quando estiverem obrigadas por
lei realizar a apuração do Lucro Real, no ano-calendário.
O art. 13 da Lei 12.814/2013 estabelece que: A pessoa jurídica cuja receita bruta total
no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e
oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais)
multiplicados pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando
inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro
presumido. (BRASIL, 2013).
Young (2008, p.36), “Lucro presumido é o lucro que se presume obtido pela empresa
sem escrituração contábil, para efeito do pagamento do imposto de renda, calculado
por um coeficiente aplicado sobre a receita bruta”. Para Young as empresas estão
dispensadas da escrituração contábil, quando a opção de lucro presumido, mas
existem outras escriturações que as empresas são obrigadas.
O lucro presumido tem suas regras básicas apresentadas entre os arts. 587 e 601 do
Decreto no 9.580/2018 (Regulamento do IR) e algumas alterações posteriores.
Lucro Real

De acordo com BRASIL (1999), “Lucro real é o lucro líquido do período de apuração
ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este
Decreto”. O lucro real é caraterizado pelo resultado contábil líquido dos trimestres
anteriores de IRPJ e CSLL, apresentado em livro especial denominado livro de Cálculo
do lucro Real (LALUR) e ajustado com adicionais, isenções e compensações exigidas
ou autorizadas por lei para o imposto de renda. Desses ajustes contábeis adicionais, o
lucro real será recebido. (OLIVEIRA, 2009 p. 101) Serão adicionados ao lucro, dentre
outros: a) os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer
outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que não sejam dedutíveis na
determinação do lucro real; b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros
valores não incluídos na apuração do lucro líquido que devam ser computados na
determinação do lucro real. c) As despesas com alimentação de sócios, acionistas e
administradores, as despesas com brindes. (BRASIL, 1999)

Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas:


I – cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao límite de R$
78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de
meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses;
II – cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimento,
bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidores de títulos e
valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta;
III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
IV – que autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais
relativos à isenção ou redução do imposto;
V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal
pelo regime de estimativa, na forma do art. 221 – RIR;
VI – que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e
riscos, administração de contas apagar e a receber, compras de direitos
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (Factoring). (Brasil, 1998, art. 14)
Segundo Santos et al. (2007, p. 58) “lucro real pode ser conceituado como sendo o
lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições de despesas não
dedutíveis, exclusões de receitas não tributadas e compensações de prejuízos fiscais.”
Conforme o Decreto nº 3.000/1999, o lucro líquido do período de apuração, é a soma
do lucro operacional, dos resultados não operacionais e das participações, e deverá
ser determinado com observância dos preceitos da lei comercial, ou seja, adotando-se
o regime de competência na escrituração contábil. Nesse sentido, Santos et al. (2007,
p. 58) explica que “as empresas não enquadradas nos referidos itens poderão optar
pelo lucro presumido ou arbitrado, mas se desejarem, poderão optar pelo lucro real”.
3. Referências Bibliográficas

Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9786559772087> Acesso em:


07.out.2022

Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788569726746> Acesso em:


07.out.2022

Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788597009446> Acesso em:


07.out.2022

Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788502204621> Acesso em:


07.out.2022

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