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ESTUDO DE CASO: A TRANSFORMAÇÃO DO MICROEMPREENDEDOR

INDIVIDUAL (MEI) PARA MICROEMPRESA (ME)

GUILHERME DE LIMA BONIN¹


RITA DE CASSIA SOARES PORTRONHIERI²
SIRLENE SIQUEIRA ALVES³

RESUMO: Neste trabalho, será caracterizado de forma simples e clara o


processo de transformação do Microempreendedor Individual (MEI) para
Microempresa (ME). Demonstrando os requisitos de quem pode ser uma
empresa (ME), portanto foi elaborado, passo a passo para mostrar ao
Microempreendedor individual da empresa “Doces do Gui” da cidade de Rondon-
PR, que atua a mais ou menos 3 anos como MEI, sendo que seu lucro vem
aumentando ao longo do tempo, no ano de 2019 no terceiro trimestre, já tinha
ultrapassado o valor estipulado pela MEI. No entanto, foi desenvolvido uma
elaboração, demonstrando os impactos de uma (MEI) ao (ME), quais serão suas
vantagens e desvantagens, e os processos que a empresa passaria para se
transformar na Microempresa.

1
Bonin, Guilherme – Graduado em 2019, UNIBF, guilhermebonin56@gmail.com.
2
Portronhierie, Rita – Graduado em 2019, UNIBF, rita.portronhierie@gmail.com.
³Siqueira, Sirlene – Orientadora do curso Ciências Contábeis –sirlen.rh@gmail.com.
1 INTRODUÇÃO

Este projeto visa analisar e demonstrar os procedimentos de


transformação do Microempreendedor Individual (MEI) para Microempresa (ME).
Após algumas pesquisas levantadas sobre esse assunto, podemos perceber o
quanto de Microempreendedor Individual que desconhece sobre esse assunto.
Resolvemos desenvolver nosso trabalho com um empreendedor da cidade de
Rondon-PR, onde a formalização da sua empresa é MEI.
Criada pela Lei Complementar nº 128, de 2008, a categoria de
Microempreendedor Individual (MEI) é a que abriga, como pessoa jurídica, a
pessoa que trabalha por conta própria e resolve se formalizar enquanto pequeno
empresário. Há uma lista de profissões que podem ser enquadradas nesse
regime, como ambulantes, cabeleireiras, borracheiros, editores de jornais e
revistas, mecânicos e várias outras, que podem ser consultadas no Portal do
Empreendedor. Para ser classificado como Microempreendedor Individual, o
profissional precisar faturar no máximo R$ 81.000,00 por ano e não ser sócio ou
titular de outra empresa.
No ano de 2006, o governo federal instituiu a Lei Geral das
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, com o objetivo de favorecer essa
classe empresarial, de forma a movimentar a geração de empregos, inclusão
social, fortalecer a economia e, principalmente, reduzir a informalidade. A lei
prevê alguns benefícios no dia a dia das pequenas empresas, como redução da
burocracia, facilidade de acesso ao mercado, ao crédito e à justiça, e o
investimento em inovação e exportação. Além disso, essa lei estabeleceu um
regime tributário diferente para os pequenos empresários, contendo uma carga
menor e simplificada de impostos, o Simples Nacional. De maneira geral, o que
caracteriza uma Microempresa é a receita bruta. Consideram-
se Microempresas (ME) as sociedades empresárias, simples e individuais de
responsabilidade limitada devidamente registradas que faturem até R$
360.000,00 por ano, ou menos.
Demonstrar quais são as alterações que precisam ser feitas para
custodiar e sustentar a transformação de uma empresa MEI para ME.

2 REVISÃO DA LITERATURA

Nesse caso, referindo à empresa individual (MEI) de responsabilidade


ilimitada, que oferece ao empreendedor benefícios como: abertura de CNPJ,
possibilidade de abrir uma conta em banco na condição de pessoa jurídica,
possibilidade de solicitar empréstimos em nome da empresa, possibilidade de
participação em concorrência para venda de produtos ou prestação de serviços
para órgãos governamentais, não exigir capital mínimo para abertura da MEI,
permitindo ao investidor começar seu negócio com o valor que tiver.
Para dar início à sua formalização como ME, o empreendedor deverá
procurar a Junta Comercial da sua região. O ME pode optar entre um dos
regimes tributários disponíveis no país desde que se enquadre nas exigências
de cada um deles. Sendo assim, é possível ter seus impostos calculados a partir
do Simples Nacional, do Lucro Real, o Lucro Presumido e o Lucro Arbitrado.
Assim como o MEI, a Microempresa também trabalha por conta própria,
mas nesse caso, seu faturamento anual máximo pode ser maior, chegando a
alcançar o valor de R$ 4,8 milhões. Dessa forma, existem subdivisões: ao faturar
até R$ 360 mil, a empresa é enquadrada na categoria de ME (Microempresa).
Quando passa de R$ 360 mil e atinge até 4,8 milhões, a empresa é chamada de
EPP (Empresa de Pequeno Porte).
Assim como o Microempreendedor Individual é aparada pela lei
complementar n º 128 de 2008 a Microempresa também é aparada pela lei do
art. 5º da Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011.)
Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de
Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis no 8.212 e 8.213,
ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de
maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da
Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as
Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de
outubro de 1999.
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se
microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade
empresária, a sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art.
966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou
no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde
que:
I - no caso da microempresa aufira, em cada ano-calendário,
receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e
sessenta mil reais); e
II -no caso de empresa de pequeno porte aufira, em cada ano
calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos
sessenta mil reais) e
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00(quatro milhões e oitocentos
mil reais). (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de
2016)

2.1 PASSOS PARA FORMALIZAÇÃO DE UMA EMPRESA ME

2.1.1 CONSULTA DE VIABILIDADE: consulta de viabilidade é a busca de


informações junto aos Órgãos de registro e licenciamento quanto a possibilidade
do uso do nome empresarial escolhido, bem como a compatibilidade do local
com as atividades da empresa.

1. NATUREZA JURÍDICA E ATO CONSTITUTIVO: você precisa definir a natureza


jurídica mais adequada ao seu negócio. Isso depende da existência de sócios
ou não. Se você possui sócios, sua empresa será constituída sob uma das
formas da sociedade comercial. Caso não tenha, você será um empresário
individual. O Ato Constitutivo é um documento que cria a empresa e poderá ser
um contrato social ou uma declaração do empresário. O documento varia de
acordo com a natureza jurídica.
2. REGISTRO DA EMPRESA: o registro da empresa é feito na Junta Comercial,
ou no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas. O local de registro varia
de acordo com a natureza jurídica escolhida. Estes órgãos, dentro da sua
competência, são os responsáveis pelo arquivamento e guarda dos documentos
de constituição da empresa (contrato social ou declaração de empresário). Por
mais simples que pareça é recomendado que, neste caso, o interessado busque
o apoio de um contador.
3. ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO: lembra quando você conferiu se seu local de
funcionamento estava compatível com as atividades? Agora é hora de fazer o
pedido do Alvará de Funcionamento de sua empresa. Ele é a licença que permite
o estabelecimento e o funcionamento das empresas, o procedimento a ser
adotado varia de município para município, mas o processo a ser adotado já está
descrito na consulta de viabilidade.
4. LICENCIAMENTO AMBIENTAL E SANITÁRIO JUNTO AO CORPO DE
BOMBEIROS: por fim, o empreendedor deverá regularizar-se aos órgãos
licenciadores. A necessidade do licenciamento irá variar de acordo com a
atividade, do local ou mesmo do tipo de edificação. As informações e orientações
estarão disponíveis na consulta de viabilidade, bem como os locais onde o
empreendedor deverá se dirigir.
5. IMPRESSÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS: chegamos ao último passo! Resta
apensa preparar o aparato fiscal para que seu negócio entre em ação. Solicite a
Autorização para Impressão de Documentos Fiscais (AIDF) na secretaria da
Fazenda do Estado ou do município. Agora que você pode emitir notas fiscais,
você está totalmente formalizado.
6. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS: todo empreendimento formalizado está
obrigado a elaborar e enviar aos órgãos fiscalizadores uma série de informações,
geralmente de caráter fiscal. Mesmo que a empresa não esteja exercendo a
atividade ele encontra-se obrigado a enviar estas informações. A falta da entrega
ou a entrega fora do prazo acarretam em multa.

2.2 QUAL AS VANTAGENS E DESVANTAGENS SENDO MEI OU ME

VANTAGENS DA MEI:
 Baixo custo para formalizar o empreendimento;
 Cobertura da previdência social para o empreendedor e sua família;
 O MEI pode registrar até 1 empregado, com baixo custo de manutenção;
 Obrigação única, anual, para declarar o faturamento da empresa;
 O MEI tem acesso a assessoria contábil gratuita no ato da inscrição e
opção ao SIMEI assim como para a primeira declaração anual simplificada;
 O MEI está amparado em Lei Complementar;
 Chances de crescer e prosperar;
 É possível ter carteira assinada e possuir registro no MEI, empreendendo
nas horas vagas.

DESVANTAGENS DA MEI:

 Custas normais, como qualquer outro CNPJ, para o fechamento, ao fazer


a baixa do MEI;
 Aposentadoria com limitações, não se enquadrando a aposentadoria por
tempo de contribuição, por exemplo;
 Expansão limitada, sendo impedido de possuir filiais, por exemplo;
 Tributação fixa, mesmo que não haja faturamento no período;
 Não pode haver mais que um sócio/proprietário;
 Limite baixo de faturamento anual, podendo refletir na expansão da
empresa;
 Impossibilidade de legalização de ambulantes em algumas cidades,
conforme as leis municipais;
 Limitação de funcionários, podendo atrasar ou impedir o crescimento da
empresa.
O SIMPLES NACIONAL foi criado com o objetivo de unificar a
arrecadação dos tributos e contribuição devidos pelas micro e pequenas
empresas brasileiras, nos âmbitos dos governos federal, estadual e municipal.
O regime especial de arrecadação não é um tributo ou um sistema tributário,
mas uma forma de arrecadação unificada dos seguintes tributos e contribuição.
Quais são os Impostos Unificados no Simples:
1. -Federais: IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI
2. -Previdência: INSS patronal
3. -Estaduais: ICMS
4. -Municipais: ISS

VANTAGENS DA ME

1 - Menos burocracia: uma das grandes vantagens de abrir uma microempresa


é que a burocracia é bem menor em relação às de maior porte, já que uma série
de procedimentos são bastante simplificados. Primeiramente, existe o Simples
Nacional, regime que garante tratamento tributário diferenciado às
microempresas e empresas de pequeno porte. Uma série de tributos federais,
estaduais e municipais IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, INSS, ICMS e ISS) são
pagos em uma única arrecadação, facilitando imensamente o recolhimento.

2 - Vantagem em licitação: as empresas menores, muitas vezes, concorrem de


forma desigual com as de maior porte, já que possuem menos recursos. Para
evitar este tipo de coisa, o Poder Público garante uma série de vantagens para
as micro e pequenas empresas nos processos licitatórios. As microempresas
podem, por exemplo, participar de uma licitação mesmo que não estejam em dia
com as obrigações fiscais (o que não é permitido para as maiores), podendo
regularizar sua situação em 2 dias caso seja a vencedora do certame, ou seja,
da disputa. A lei ainda cria um “empate virtual” no caso de a proposta da
microempresa ser, dependendo do tipo de licitação, de 5 a 10% mais cara do
que a de um empresa de grande porte.

3 - Rapidez nas decisões: Um dos benefícios de microempresas em


relação às de maior porte é a velocidade. Basta imaginar a comparação entre
um pequeno barco de passeio e um grande transatlântico: qual deles conseguirá
mudar de direção mais rápido em caso de necessidade? É assim também com
as decisões dentro de uma microempresa, que tem uma capacidade muito maior
de mudar de rumos caso seja necessário. Isso pode ser especialmente útil em
tempos mais complicados. Da mesma forma, é muito mais fácil identificar
problemas e suas respectivas soluções, já que o número de processos internos
é bem mais reduzido. Em uma projeção de fluxo de caixa, por exemplo, você
pode ser capaz de identificar com facilidade quais gastos devem ser cortados e
onde é melhor investir no momento, processo que pode ser lento e doloroso em
uma grande companhia.

DESVANTAGENS DA ME

Não há muitas desvantagens no sistema, mas uma se destaca entre elas:


o fato da unificação dos tributos nas esferas federal, estadual e municipal não
permitir que empresas que compram insumos ou produtos para industrialização
ou revenda de empresas do sistema simples se aproveitarem dos créditos de
impostos do sistema cumulativo, como: IPI, PIS, COFINS, ICMS. Isto acaba
gerando impasses em negociações entre as empresas e afastando grandes
compradores de empresas no sistema simples.

3 METODOLOGIA

Utilizaremos como método uma pesquisa bibliográfica e complementando


com um estudo de caso. Segundo o autor Boaventura (2011) a pesquisa
bibliográfica atua sempre como uma primeira fase da investigação, mas existem
decretações e teses que usam tão-somente esse tipo de metodologia,
intensamente, nas demais etapas de elaboração da dissertação. Com a
complexidade das bibliotecas informalizadas, a pesquisa bibliográfica constituiu-
se em uma modalidade de metodologia bastante acionada pela eletrônica.
Para Mattar (2010) é muito importante desde o início indicar a bibliografia
que se pretende utilizar. Muitas vezes, confiamos em nossa memória, mas no
caso de projetos longos, acabamos por retornar aos textos já lidos (e
supostamente descartados) para nós certificamos de sua utilidade ou inutilidade,
e isso acaba se constituindo em tempo perdido.
A seguir veremos algumas opiniões autores que falam sobre o estudo de
caso. Cesar, os preconceitos existentes em relação ao Método do Estudo de
Caso são externalizados em afirmativas como: os dados podem ser facilmente
distorcidos ao bel prazer do pesquisador, para ilustrar questões de maneira mais
efetiva; os estudos de caso não fornecem base para generalizações científicas;
a afirmação de que estudos de caso demoram muito e acabam gerando inclusão
de documentos e relatórios que não permitem objetividade para análise dos
dados.
Segundo o autor Herman define estudo de caso como “análise intensiva,
empreendida numa única ou em algumas organizações reais”. Para eles, o
estudo de caso reúne, tanto quanto possível, informações numerosas e
detalhadas apreender a totalidade de uma situação.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nosso estudo de caso visa mostra o processo de formalização da


empresa MEI para ME. O Microempreendedor Individual (MEI) é aquele que
coloca seu próprio nome na sua atividade empresarial. Nesse caso, o titular da
empresa é uma pessoa física que atrela seu patrimônio como pessoa natural a
do empresário individual, podendo responder judicialmente de maneira ilimitada
pelas dívidas que forem contraídas por sua companhia.
Durante o desenvolvimento do estudo de caso, fizemos um levantamento
para demonstra ao empreendedor da Empresa Gui: Decorações, Doces e
Salgados, os seus lucros apurados em trimestres e quais são seus custos como
MEI e quais seriam seus custos como ME por mês.
Na Tabela 1, podemos analisar e comparar os seus lucros do ano de 2018
com ano de 2019. Percebemos também que no ano de 2019 o empreendedor já
teria faturado um valor de R$ 8.746,00 a mais do que o ano de 2018
Tabela 1: Comparativo faturamento mensal
LEVANTAMENTO FATURAMENTO TRIMESTRAL
TRIMESTRE 2018 2019
1º R$ 21.763,00 R$ 38.979,00
2º R$ 15.738,00 R$ 22.896,00
3º R$ 13.127,00 R$ 21.873,00
4º R$ 27.568,00
TOTAL R$ 78.196,00 R$ 83.748,00
Fonte: Pesquisa realizada pelos autores (2019)
Na Tabela 2 visa mostra o valor que um empreendedor que tem sua
empresa formalizada com MEI durante o mês.

Tabela 2: Custos mensais de uma Microempresa Individual


CUSTOS MENSAIS DO MICROEEMPREDEDOR INDIVIDUAL
EMPREENDEDOR É: ICMS ISS INSS (5% ) TOTAL
PRESTADOR DE SERVIÇOS X R$ 5,00 R$ 49,90 R$ 54,90
COMÉRCIO DE PRODUTOS R$ 1,00 X R$ 49,90 R$ 50,90
PRESTADOR + COMÉRCIO R$ 1,00 R$ 5,00 R$ 49,90 R$ 55,90
Fonte: Pesquisa realizada pelos autores (2019)

Esses são os custos que normalmente mais damos atenção, pois sem a
empresa aberta, não podemos operar regularmente.
Todo processo de abertura inicia-se na Junta Comercial. Para registrar
uma empresa é necessário efetuar o pagamento de DARF (Guias de Tributos) e
a Taxa de Registro da Junta Comercial. Neste processo existem ainda
impressões, cópias e em alguns casos a autenticação de alguns documentos.
Separe em torno de R$ 300,00 para esse passo.
Uma fez registrado na Junta, existem outros órgãos com registros
gratuitos e integrados. O próximo custo será na Prefeitura de sua cidade. Nela
se pagará o Alvará e a Taxa de Fiscalização. Existe uma variação grande de
prefeitura a prefeitura.
Não podemos nos esquecer de considerar os honorários do serviço de
abertura. Esse profissional ajudará em todo o enquadramento da empresa, como
o Tributário, o de Porte e o Societário, além de organizar e realizar todo o
registro. Idealmente procure contratar para isso o Escritório de Contabilidade que
irá te auxiliar após a abertura. Esse passo é muito importante, então não leve
em consideração somente o preço.
Há também o registro de marca. Ele é realizado no INPI, e muitas vezes
é negligenciado por não ser essencial no início e custar alguns recursos. Mas
lembre-se, se sua empresa crescer você poderá precisar do registro,
principalmente se pensar em crescer com franquias.
A taxa inicial para registro é de cerca de R$ 170,00 e no caso de ter a
marca aprovada, deverá pagar uma taxa para o uso dela por 10 anos que pode
ultrapassar mil reais, mas vale a pena pensar nisso.
O certificado digital garante a autenticidade de transações eletrônicas e
atualmente é exigido em algumas obrigações empresariais como emissão de
notas fiscais, registro de funcionários e obrigações trabalhistas e nas obrigações
fiscais.
Por isso pode ser que você necessite de um certificado para a sua
empresa. E se possuindo, você ainda poderá acompanhar facilmente a sua
regularidade no Portal da Receita Federal ECAC e ainda fazer transações
bancárias.
Na Tabela 3 figura demostraremos o custo que uma empresa com sua
formalização ME tem por mês.

Tabela 3: Custos mensais da Microempresas


CUSTOS MESAIS DA MICROEMPRESA
CUSTOS MENSAIS CAPITAL MENSALMENTE TOTAL % DO TOTAL
PRÓ - LABORE R$ 3.000,00 R$ 36.000,00 28,00%
SALÁRIOS R$ 2.500,00 R$ 30.000,00 24,00%
SERVIÇOS DE TERCEIROS R$ 500,00 R$ 6.000,00 5,00%
MANUTENÇÃO R$ 400,00 R$ 4.800,00 4,00%
INFORMATICA R$ 200,00 R$ 2.400,00 2,00%
DESPESA DA PROPRIEDADE R$ 3.000,00 R$ 36.000,00 28,00%
EMPRÉSTIMOS R$ 300,00 R$ 3.600,00 3,00%
LOCOMOÇÃO R$ 450,00 R$ 5.400,00 4,00%
GASTOS GERAIS R$ - R$ - 0,00%
IMPOSTOS R$ 120,00 R$ 1.440,00 1,00%
SISTEMA DE SEGURANÇAS R$ - R$ - 0,00%
OUTROS CUSTOS R$ 147,00 R$ 1.764,00 1,00%
TOTAL DE GASTOS MENSAIS R$ 10.617,00 R$ 127.404,00 100,00%

Fonte: Pesquisa realizada pelos autores (2019)

A seguir iremos ver algumas diferenças entre uma empresa MEI e uma
empresa Me
 MEI: O regime tributário será sempre o Simples Nacional.
 ME: Pode ser Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido, o
que dependerá da estrutura da empresa. De acordo com dados do
SEBRAE, 86% das ME (Micro e Pequenas Empresas) optam pelo
Simples, o que acaba não sendo uma diferença entre MEI e ME tão
significativa.
 MEI: A carga tributária é reduzida e o sistema de recolhimento de
tributos é único, a partir do DAS. O valor equivale a 5% do salário
mínimo, acrescido de 1 real de ICMS e 5 reais de ISS.
 ME: As alíquotas são aplicadas de acordo com a faixa de
faturamento. Além do valor da contribuição ser baseado na receita,
inclui outros impostos e contribuições, como CSLL, COFINS, PIS,
PASEP, CPP, além de ISS, ICMS, IRPJ e IPI.
 MEI: Não paga para emitir nota fiscal eletrônica, já que os impostos
estão todos concentrados na DAS.
 ME: Por envolver diversos impostos, se paga um percentual
específico por nota emitida.
 MEI: Deve-se registrar as entradas e saídas da empresa
mensalmente, mas a gestão é simplificada e o próprio
empreendedor pode realizá-la.
 ME: Precisa fazer a contabilidade da empresa mais
detalhadamente, geralmente com apoio de um contador,
cumprindo assim obrigações contábeis completas como de
empresas maiores, para não sair prejudicada.

5 CONCLUSÃO

No decorrer do estudo de caso conclui-se que o empreendedor da


empresa Gui: Decorações, Doces e Salgados, não poderia ser mais uma MEI,
pois seu faturamento do seu lucro no terceiro trimestre do ano de 2019 já teria
ultrapassado o valor anual. Assim, o trabalho esclarece a ele as vantagens e
quais seriam os benefícios que ele estaria tendo sendo uma empresa ME.
Para melhorar a visualização do empreendedor, foram elaboradas duas
tabelas, a primeira demostra o gasto que se tem durante um mês como MEI e a
segunda demostra os gastos mensais com a formalização da sua empresa ME.
Visto de um ponto, averígua-se que não seria viável fazer essa
transformação para empreendedor, pois seu custo por mês com empresa ME
seria muito maior comparando-se com a empresa MEI. Por outro lado, o
empreendedor da Empresa Gui: Decorações, Doces e Saldados, não teria uma
outra opção, sabendo que seu valor já teria ultrapassado o valor do faturamento
exigido pela MEI.
Desta forma, o trabalho aponta para a empresa que o crescimento dela
poderia se potencializar, já que seus lucros aumentam a cada trimestre, e o
empreendedor não precisaria se preocupar mais com a quantidade do seu
quadro de empregados. Muito menos se estaria dentro das exigências de uma
Microempresa Individual.
REFERÊNCIAS

EDIVALDO M. BOAVENTURA. Metodologia da Pesquisa. 05 Ed. São Paulo


Atlas S.A., 2011.
JOÃO MATTAR. Metodologia Científica na Era da Informática. 03 Ed.
Saraiva.
Site do Planalto http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/lcp/lcp123.htm
Acessado no dia 12/09/2019

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