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Devem requerer o registo nas finanças, tanto pessoas singulares como colectivas, o
património ou organização de facto ou de direito, vinculados à prestação tributária.
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1.1.Objectivos
Objectivo Geral:
Objectivos Especificos:
1.2.Metodologia
Para a elaboração deste trabalho recorreu-se aos seguintes métodos: revisão bibliográfica,
artigos publicados na internet que debruçam de forma objectiva sobre o tema, análise de
resultados e a sistematização das informações.
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1.3.O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) em Moçambique
Artigo 1: É aprovado o Regulamento do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Singulares, anexo ao presente Decreto, dele fazendo parte integrante.
1.4.Conceito de imposto
(SANSHES, 2007), refere que definir imposto não é tarefa fácil como vem demonstrando a
doutrina. O imposto é uma das espécies tributárias criadas por lei e está sujeito ao princípio da
legalidade.
(NABAIS, 2008), define o imposto com base em três elementos, “um elemento objectivo, um
elemento subjectivo e um elemento teológico (ou finalista)”.
Neste contexto, será objectivo porque o imposto é uma prestação pecuniária, unilateral,
definitiva e coerciva. Enquanto elemento subjectivo, o imposto é uma prestação, com as
características objectivas acima mencionadas, exigida a (ou devida por) detentores
(individuais ou colectivos) de capacidade contributiva a favor de entidades que exerçam
funções ou tarefas públicas. O elemento teológico (ou finalista) reside no facto do imposto ser
exigido pelas entidades que exercem funções públicas, para a realização dessas funções, sem
carácter sancionatório.
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Assim, tendo em vista os fins da tributação, o pagamento de impostos deve respeitar os
princípios constitucionais da generalidade. Por isso, esta-se perante um imposto se apenas
puder ser medido ou aferido com base na capacidade contributiva do contribuinte.
1.5.Caracteristicas do imposto
Partindo da definição apresentada por Teixeira, atrás referida, vamos analisar cada um dos
elementos caracterizadores:
Assim, mesmo quando no passado a obrigação de imposto teve diferente natureza. “o imposto
manteve sempre a sua característica de não pessoalidade”, de acordo com (TEIXEIRA,1985),
Neste sentido, interessa o que se presta e não quem presta.
Significa apenas que, uma vez determinado o montante de imposto a pagar, não interessa
quem cumpre efectivamente a obrigação fiscal. Para o sujeito activo tudo o quereleva é a
efectiva arrecadação dos valores em dívida.
O facto do imposto ser uma prestação coerciva não indica que o cumprimento da obrigação
fiscal seja obrigatório.
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Segundo (PEREIRA,2000) “visa-se com ela significar que a obrigação de imposto é
estabelecida na lei ou por força da lei”.
O imposto é uma prestação coerciva, porque na sua génese não está um acto de vontade. A
ocorrência do facto gerador pode depender da vontade privada, mas a obrigação do imposto
não. A obrigação de imposto tem a sua fonte na lei e o seu nascimento prescinde da vontade
de quem está vinculado ao seu cumprimento. A obrigação de imposto “impõe-se” ao sujeito
passivo, mesmo contra a sua vontade.
Esta característica traduz-se no facto do imposto não dar direito a qualquer restituição ou
reembolso futuro a cargo do ente a quem é feita essa prestação, quando é devida. No entanto,
esta noção de definitividade não exclui uma eventual restituição do imposto, ou de parte, que
não era legalmente devido, como sucede, por exemplo, nos casos em que os montantes retidos
na fonte ou os pagamentos por conta7 ultrapassam os montantes apurados como legalmente
exigíveis ao contribuinte para o período de tributação.
Ao contrário daquele, este embora igualmente coercivo, não é definitivo. Os valores objecto
do empréstimo forçado, independentemente do factor temporal, serão restituídos a quem,
coagido, os cedeu.
Segundo (PEREIRA, 2009), o imposto é uma prestação unilateral, porque não lhe
corresponde qualquer contraprestação por parte da entidade beneficiária.
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Esta característica permite distinguir o imposto de outras figuras afins, tais como a taxa e o
empréstimo forçado. Deste modo, quando um contribuinte satisfaz a obrigação de imposto
nada recebe de específico em troca, nem o que, porventura, venha a receber é proporcional ao
que pagou
. Porém, nem o facto de pagar confere o direito de exigir algo de concreto em troca. O
imposto é, pois, estritamente unilateral.
O imposto como prestação devida ao Estado ou outros entes públicos é o chamado elemento
subjectivo do imposto como vimos atrás.
O imposto, tal como os outros tributos, é sempre devido a um ente público, que para uns
autores, tem a designação de pessoa colectiva de direito público e para outros, de entidades
que exercem funções públicas. No entanto, a Constituição da República Portuguesa utiliza, a
expressão “Estado e Outras Entidades Públicas”.
O Estado e as autarquias locais são os entes públicos a quem são devidos a maior parte dos
impostos. Salientamos, ainda, que o elemento subjectivo da definição de imposto se reporta
apenas ao sujeito activo. Quanto aos sujeitos passivos, atenta a sua diversidade, nenhuma
característica especial reveste a noção de imposto.
É a lei que confere ao Estado o poder de tributar. Há lugar a imposto quando surge uma
norma legal que confere ao Estado a faculdade de exigir ao indivíduo o dever de prestar,
como já dissemos anteriormente.
Assim, a criação e extinção do imposto, bem como todos os seus elementos, são definidos por
lei. Os elementos essenciais incidência, taxa, benefícios fiscais e garantias dos contribuintes
são estabelecidos, obrigatoriamente, por Lei da Assembleia da República ou Decreto-Lei do
governo autorizado por esta. A obrigação do imposto é uma imposição derivada da lei, de
acordo com (PEREIRA, 2000)
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g) o imposto como prestação com vista à realização de fins públicos
É a chamada finalidade fiscal dos impostos. Porém, a finalidade do imposto não se esgota na
arrecadação de receitas, para cobertura das despesas públicas. Há igualmente, as chamadas
finalidades extrafiscais do imposto.
Para além da grande importância no financiamento das despesas públicas, os impostos são
também muito importantes na prossecução de outras finalidades, a que a doutrina chama de
finalidades extrafiscais e que são a redistribuição da riqueza, estabilização macroeconómica e
influência na afectação de recursos.
O imposto não tem carácter sancionatório, não sendo uma pena ou uma contrapartida pela
prática de um facto ilícito.
De acordo com (PEREIRA, 2000) esta característica tem apenas como objectivo “distinguir a
respectiva prestação das sanções patrimoniais, como o confisco, a multa” e a coima, “que têm
origem num facto ilícito e que visam um fim preventivo e impeditivo, o que não acontece com
o imposto”.
Para este autor “um imposto directamente sancionatório, por corresponder a uma punição
automática por via legislativa, seria inconstitucional”.
1.6.Incidência pessoal
Incide sobre o rendimento, mais precisamente das pessoas singulares, por oposição aos
impostos sobre o património (como o IMI ou o IMT) ou sobre o consumo (como o IVA ou os
impostos especiais). No entanto, é possível identificar um momento em que no âmbito do IRS
se tributam despesas
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Incide sobre o rendimento das pessoas singulares: pessoas biológicas ou físicas por oposição
às pessoas jurídicas ou morais (pessoas coletivas):
Assim, o sujeito passivo deste tributo são as pessoas singulares sobre as quais recai a
obrigação principal de pagamento de imposto, e as quais devem deter personalidade
tributária e capacidade tributária;
Capacidade tributária: suscetibilidade de exercer por si próprio os direitos e as
obrigações subjacentes à relação jurídica tributária;
Personalidade tributária: suscetibilidade de ser sujeito de relações jurídicas tributárias.
Há rendimentos auferidos por pessoas singulares que além de terem personalidade tributária,
não têm capacidade tributária, ou seja, capacidade para exercer pessoal e livremente os seus
direitos e deveres fiscais.
Exemplo: A tem 10 anos, é modelo fotográfico para catálogos de roupa infantil e recebe
rendimentos por esses serviços que presta. Ele não tem capacidade tributaria (está associada à
capacidade jurídica, adquirida com 18 anos). Vai ser uma incapacidade a ser suprida pelos
representantes legais ou por qualquer outra forma de suprir incapacidades que a lei civil
admita.
É um imposto único e não unitário- é único porque existe um imposto sobre o rendimento das
pessoas singulares. Mas o imposto não é unitário, na medida em que alem de termos um único
imposto, as regras de determinação de cada espécie de rendimentos são distintas.
É um imposto estadual- o sujeito activo é o Estado- a noção de sujeito ativo está no artigo. O
sujeito ativo de uma relação jurídica tributária é a entidade credora da prestação em causa, a
pessoa a favor de quem reverte o produto da receita arrecadada e, no caso do IRS, tal pessoa é
o Estado Central.
1.7.Incidência real
O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas – IRPC, incide sobre os rendimentos
obtidos, mesmo quando provenientes de actos ilícitos, no período de tributação, pelos
respectivos sujeitos passivos, nos termos do Código do IRPC, aprovado pela Lei n.º 34/2007,
de 31 de Dezembro.
Sao todas as pessoas singulares residentes em Moçambique, ou, que nelas tenham
rendimentos. O rendimento é agrupado nas seguintes categorias:
Embora nos termos das regras comunitárias as entidades públicas sejam consideradas sujeitos
passivos do imposto, é-lhes aplicável uma delimitação negativa de incidência relativamente às
actividades ou operações que exerçam no exercício mesmo quando, no âmbito dessas
actividades ou operações, cobrem direitos, taxas, quotizações ou remunerações.
Todavia, esta regra geral de não sujeição está sujeita a diversas excepções. A delimitação
negativa de incidência é uma disposição problemática, impedindo, nomeadamente, que estas
entidades possam deduzir o imposto suportado. A este tratamento acrescem uma série de
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isenções que lhes são aplicáveis e as dificuldades de cálculo do imposto a deduzir e de
tributação dos subsídios.
Por outro lado o Tribunal Adminstrativo tem sido complexa, não tendo fornecido orientações
claras nesta matéria, sendo, por vezes, inconsistente. Neste contexto, propomo-nos
essencialmente demonstrar, através da análise às regras comunitárias e da respectiva
transposição, bem como Tribunal Adminstrativo e da doutrina mais significativas, que o
tratamento das entidades públicas se encontra desfasado da realidade e dos princípios que
enformam o IVA comunitário, encontrando-se manifestamente em ruptura com o princípio da
neutralidade. Como concluímos, a solução deste problema só poderá encontrar-se através de
alterações no regime vigente.
Estas garantias não existiam no período antes do constitucionalismo. Porquanto, são firmadas
com o nascimento do Estado de direito democrático em que a Constituição da República é a
lei suprema que representa a expressão de uma vontade coletiva de todos os elementos que
fazem parte do Estado.
Por isso, a Autoridade Tributária em caso algum atua arbitrariamente e põe em causa os
legítimos direitos e interesses dos cidadãos-contribuintes. A Autoridade deve, na sua atuação,
zelar pelo interesse público e pelo respeito dos direitos e garantias dos contribuintes que estão
consagrados na Constituição da República Democrática de Mocambique e nas outras
legislações vigentes. No ordenamento jurídico Mocambicano, as garantias dos contribuintes
dividem-se em dois grandes grupos: as garantias gerais e as garantias especiais. O primeiro
grupo compreende as garantias de natureza jurídico-constitucional agregadas sob o poder
tributário. Pois, o poder tributário em si é uma garantia dos contribuintes, na medida em que a
atribuição deste poder decorre da Constituição da República apenas ao Estado – Parlamento
Nacional.
Estas garantias refletem-se nos fundamentos do poder tributário e, em particular, nos limites
da sua atuação. O segundo grupo abrange as garantias que se materializam nos meios que
possibilitam a suspensão da atuação da Autoridade Tributária (prestação de caução) e nos
meios procedimentais e processuais (garantias administrativas e garantias contenciosas).
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Estas garantias existentes devem ser melhoradas para melhor proteger a esfera jurídica dos
contribuintes. Para tal:
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2.1.Conclusão
Nas últimas décadas do século XX, assistiu-se a uma sucessão de importantes alterações
económicas, políticas e fiscais, que se reflectiram nos sistemas fiscais. No contexto actual e
apesar das reformas fiscais serem um fenómeno recorrente em todas as economias
desenvolvidas, a maioria dos códigos fiscais caracteriza-se por regras extremamente
complexas no que diz respeito à tributação directa.
Com a elaboração deste trabalho foi-se possível concluir que, apesar da harmonização fiscal
ser um dos objectivos no Estado Mocambicano, este será um trabalho complexo e árduo, que
se pode prolongar no tempo, dadas as diferentes políticas fiscais dos Estados-membros.
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Referências Bibliográficas
CARLOS, A. (2006). Impostos Teoria Geral (3 ed.). (C. Almrdina, Ed.) Portugal: Coimbra.
NABAIS, J. (2008). Direito Fiscal (4 ed.). (C. Almedina, Ed.) Portugal: Coimbra.
PEREIRA, J. (2000). Teoria e Tecnica dos Impostos (23 ed.). (R. d. Livros, Ed.) Portugal: Lisboa.
SANSHES, J. (2007). Manual de Direito Fiscal (3 ed.). (C. Editora, Ed.) Portugal: cOIMBRA.
TEIXEIRA, G. (1985). Manual de Direito Fiscal (3 ed.). (Almedina, Ed.) Portugal: Coimbra.
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