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Livro Eletrônico

Aula 07

Direito Tributário p/ ICMS-RS (Auditor Fiscal) Com Videoaulas -


Pós-Edital
Fábio Dutra

32202109889 - Erika Mieko Uagaia


Fábio Dutra
Aula 07

Aula 07: Obrigação Tributária, Fato Gerador,


Sujeitos, Solidariedade e Domicílio Tributário
Sumário
OBSERVAÇÕES SOBRE A AULA ........................................................................................... 3
1 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ............................................................................................. 4
1.1 Obrigação Tributária Principal ................................................................................................. 5
1.2 Obrigação Tributária Acessória ................................................................................................ 6
2 FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA .............................................................. 8
2.1 Aspectos da Hipótese de Incidência ......................................................................................... 9
2.2 Fato Gerador da Obrigação Principal..................................................................................... 11
2.3 Fato Gerador da Obrigação Acessória ................................................................................... 12
2.4 O momento da Ocorrência do Fato Gerador ......................................................................... 12
2.4.1 As Situações Jurídicas Condicionadas ................................................................................................................. 13

2.5 O Fato Gerador e o Princípio do Pecunia non Olet ................................................................. 15


3 - ELISÃO, EVASÃO e ELUSÃO FISCAL .............................................................................. 17
4 - SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ....................................................................... 21
4.1 Sujeito Ativo da Obrigação Tributária e Capacidade Ativa .................................................... 21
4.2 Sujeito Passivo da Obrigação Tributária ................................................................................ 23
4.2.1 Capacidade Tributária Passiva ............................................................................................................................ 26

5 SOLIDARIEDADE EM DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................. 29


6 DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO ............................................................................................. 34
7 QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS ........................................................... 40
Obrigação Tributária ....................................................................................................................... 40
Sujeitos da Obrigação Tributária .................................................................................................... 60
Solidariedade em Direito Tributário ................................................................................................ 73
Domicílio Tributário ......................................................................................................................... 77
8 - LISTA DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES .................................................................. 80
Obrigação Tributária ....................................................................................................................... 80
Sujeitos da Obrigação Tributária .................................................................................................... 91
Solidariedade em Direito Tributário ................................................................................................ 99

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Domicílio Tributário ....................................................................................................................... 101


9 GABARITO DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES........................................................ 104
9 RESUMO DOS ASSUNTOS MAIS IMPORTANTES ........................................................ 105
Obrigação Tributária ..................................................................................................................... 105
Fato Gerador da Obrigação Tributária ......................................................................................... 105
Elisão, Evasão e Elusão Fiscal ........................................................................................................ 106
Sujeitos da Obrigação Tributária .................................................................................................. 106
Solidariedade em Direito Tributário .............................................................................................. 107
Domicílio Tributário ....................................................................................................................... 108

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OBSERVAÇÕES SOBRE A AULA


Olá, pessoal! Sejam muito bem-vindos a mais uma aula!
Vamos iniciar uma nova aula do nosso curso de Direito Tributário aqui no Estratégia
Concursos! Não são apenas algumas dezenas de páginas que vocês terão que ler, mas sim um
grande conteúdo cuidadosamente elaborado para contribuir com aquilo que vocês tanto buscam:
a aprovação!
Se não for para fazer o melhor material, eu prefiro nem começar! Espero que vocês iniciem
esta aula com esse mesmo raciocínio: se não for para estudar da forma mais intensa possível, é
melhor nem começar! Sejamos extraordinários!!!

Hoje o tema será e demais assuntos correlatos! Se você quiser


acompanhar a aula com o CTN aberto ao lado (o que é fortemente recomendável), abordaremos
os arts. 113 a 127 nesta aula!

"Se você realmente quer algo, não espere. Ensine você mesmo a ser impaciente" Gurbaksh
Chahal, Empreendedor

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1 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Muitos conceitos se entrelaçarão a partir desse momento. Embora tenhamos visto apenas
superficialmente alguns aspectos relativos à obrigação tributária, você será capaz de perceber que

De início, é importante saber que a obrigação tributária caracteriza-se por uma relação
jurídica estabelecida entre dois indivíduos, credor e devedor, cujo objeto consiste em uma
prestação de dar, fazer ou deixar de fazer algo.
Assim, faz-se necessário conhecer os elementos subjetivos (sujeitos) e objetivos
(prestações) da obrigação.
No que concerne aos sujeitos envolvidos na relação obrigacional, cabe destacar que o
devedor é denominado sujeito passivo, e o credor, sujeito ativo.
Em direito tributário, o sujeito ativo é o ente instituidor do tributo (União, Estados, DF ou
Municípios) ou a pessoa jurídica de direito público titular da capacidade tributária ativa que, como
já vimos, é responsável pela arrecadação e fiscalização do tributo.
Em relação ao outro sujeito da obrigação tributária, isto é, o sujeito passivo, pode-se
afirmar que este é o particular (pessoa física ou jurídica), que fica sujeito ao cumprimento das
obrigações tributárias.
No tocante aos elementos objetivos da obrigação, cabe observar que, as prestações de dar
e de fazer exigem uma ação do devedor, sendo, portanto, consideradas prestações positivas. Já a
obrigação de deixar de fazer, caracteriza-se por uma abstenção do devedor, sendo considerada
prestação negativa.
Assim, retornando nossos olhares para o Direito Tributário, podemos ter a obrigação de dar
representada pelo dever de entregar dinheiro ao Fisco, pagando tributos ou multas. É
denominada de obrigação principal.
No que se refere às obrigações de fazer ou deixar de fazer algo, pode-se definir como
prestações acessórias, com o objetivo de auxiliar a arrecadação e fiscalização tributária. Assim, por
exemplo, o particular pode ser obrigado a escriturar livros fiscais (obrigação de fazer algo), como
também não impedir o acesso da fiscalização à sua empresa (obrigação de deixar de fazer algo).
São as denominadas obrigações acessórias.
Nesse contexto, estabelece o caput do art. 113 CTN que a obrigação tributária é principal
ou acessória.
Estudaremos cada um delas a seguir. No entanto, antes disso, é bom que você guarde que,
independentemente de a obrigação ser principal ou acessória, ela surge com a ocorrência do fato
gerador. Ou seja, há uma hipótese de incidência prevista abstratamente que, ocorrida no mundo
concreto, faz gerar o liame entre o sujeito ativo e o sujeito passivo, isto é, a relação jurídico-
tribtária.

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Observação: Vamos começar a adotar o conceito de sujeito ativo e sujeito passivo nesse
momento. No que se refere ao sujeito passivo, veremos, nesta aula, que nem todo
devedor é contribuinte.

Nessa linha de raciocínio, só existe obrigação tributária se houver um fato gerador, já que
é com a ocorrência deste que surge a obrigação tributária. Esse assunto será estudado ainda nesta
aula.
Portanto, na aula de hoje, nós também vamos estudar a hipótese de incidência e o fato
gerador, e as diferenças conceituais entre eles, mas antes é necessário entender melhor o que é
uma obrigação tributária principal e acessória.
Vamos lá!

1.1 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL

A definição de obrigação principal consta no art. 113, § 1º, do Código Tributário Nacional.
Acompanhemos sua redação:
Art. 113:
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

O dispositivo supracitado deve ser dividido em três partes a fim de que você o compreenda
perfeitamente:

1) Surgimento da obrigação principal: ocorrência do fato gerador;


2) Objeto da obrigação principal: pagamento de tributo ou penalidade pecuniária;
3) Extinção da obrigação principal: extingue-se juntamente com o crédito tributário
dela decorrente.

Já foi dito nesta aula que o surgimento de uma obrigação tributária realmente pressupõe a
ocorrência de um fato gerador, e ainda falaremos muito sobre isso ao longo da aula. De antemão,
podemos considerar que o fato gerador é a concretização no mundo real de uma hipótese de
incidência prevista na lei. Por exemplo: a lei municipal instituidora do IPTU estabelece que haverá
incidência desse imposto quando uma pessoa for proprietária de um imóvel urbano. Quando
IPTU
a obrigação tributária principal.
No tocante ao objeto da obrigação principal, podemos dizer que compreende uma
prestação pecuniária, isto é, de entregar dinheiro, nela consistindo tanto o pagamento de tributo
quanto multa tributária. Assim, se a obrigação é principal, deve haver dinheiro como seu objeto.
Nós já vimos no nosso curso, que os tributos, pelo próprio conceito, distinguem-se das
multas, pois aqueles não podem constituir sanção por ato ilícito, correto? Embora não se
confundam, ambos têm algo em comum: possuem conteúdo pecuniário. Sendo assim, os tributos
e as multas constituem obrigação tributária principal.

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A multa não se confunde com tributo, mas a obrigação de pagá-la é de natureza tributária, ou seja,
uma obrigação tributária pode ter como conteúdo o pagamento de uma multa tributária.

Por fim, no tocante à extinção da obrigação tributária principal, o CTN estabeleceu que se
dá juntamente com a extinção do crédito dela decorrente, ou seja, com a extinção do crédito
tributário. Também discorreremos ao longo da aula sobre a distinção entre obrigação tributária e
crédito tributário, mas, de antemão, guarde que o crédito tributário é a obrigação tributária que já
se encontra em fase de exigibilidade, ou seja, já pode ser cobrada do sujeito passivo.
Desse modo, se o sujeito passivo extingue o crédito tributário, extinta estará também a
obrigação tributária que lhe deu origem. Neste momento, convido você a verificar a redação do
art. 156, do CTN, que trata das hipóteses de extinção do crédito tributário. Não se preocupe em
compreendê-las por completo, mas veja que o pagamento (inciso I) extingue o crédito tributário.
Assim sendo, se o sujeito passivo paga o tributo, extingue o crédito tributário e, também, a
obrigação tributária que lhe deu origem! O raciocínio é bastante simples!

1.2 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ACESSÓRIA

Como decorrência do próprio nome, as obrigações acessórias possuem como finalidade


auxiliar a arrecadação e fiscalização dos tributos. Isso significa que o objetivo é facilitar o
cumprimento da obrigação tributária principal. São obrigações meramente instrumentais.
No § 2º do art. 113, do CTN, foi previsto que o objeto das obrigações acessórias são as
A ao
N o
Guarde isso!
Um detalhe que pode gerar dúvidas em muitas é se as obrigações acessórias dependem ou
não da existência da obrigação principal.
No Direito Civil, aprende-se a regra de que P
exemplo, um fazendeiro se compromete a entregar uma égua prenha ao vizinho, o futuro potro
está inserido na obrigação.
No Direito Tributário, por outro lado, as obrigações tributárias acessórias independem da
existência de uma obrigação principal. Vamos ver um exemplo já estudado?
As entidades de assistência social são imunes aos impostos incidentes sobre o seu
patrimônio, por exemplo, conforme previsão no art. 150, VI, c, da CF/88. No entanto, nós vimos
que tais entidades ficam sujeitas a algumas obrigações previstas no art. 14 do CTN (requisitos para
fruição da imunidade). Elas devem, por exemplo, manter a escrituração de suas receitas e despesas
em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

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O gozo de imunidade ou de benefício fiscal não dispensa o seu titular de cumprir as obrigações
tributárias acessórias a que estão obrigados quaisquer contribuintes.

Com a ilustração acima, fica fácil perceber a autonomia da obrigação acessória. Veja que a
entidade é imune aos impostos (não há obrigação principal), mas ainda assim fica obrigada a
cumprir os deveres burocráticos, para auxiliar o controle da atividade de fiscalização.
Embora não haja uma relação de dependência entre a obrigação principal e a acessória, a
inobservância desta pode ensejar a surgimento daquela, ou seja, o descumprimento da obrigação
acessória gera uma obrigação principal, que são as multas. Observe a redação do § 2º do art. 113,
do CTN:
Art. 113:
(...)
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária.

E CTN -
-se entender que a obrigação acessória não deixa de existir. Nesse
caso, o sujeito passivo fica obrigado a cumprir a obrigação acessória e ainda assim pagar a multa
(obrigação principal).

Observação: Nas questões de prova em que for cobrada a literalidade do dispositivo,


marque CORRETO!

Em síntese, no Direito Tributário, o entendimento que você deve gravar é o de que a


obrigação acessória não segue o principal (é independente e autônomo), mas a sua inobservância
pode fazer surgir uma obrigação principal.

Nunca se esqueça de que a dispensa do cumprimento das obrigações acessórias deve ser
interpretada literalmente!

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2 FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA


Para entendermos melhor o que será explicado a seguir, é necessário relembrar a linha do
tempo até que o tributo seja exigível do sujeito passivo:

Instituição do Tributo Ocorrência da situação


prevista em lei Lançamento
por lei

Hipótese de Fato Gerador Crédito


Incidência (Surge Obrigação Tribut.) Tributário

Não podemos confundir, de forma alguma, os conceitos de hipótese de incidência e fato


gerador! A hipótese de incidência foi conceituada por Geraldo Ataliba da seguinte forma:
A É ibutária. É o meio pelo qual o
legislador institui um tributo. Está criado um tributo, desde que a lei descreva sua h.i., a ela associando o mandamento
(ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária. 2012. 13ª Edição. Pág. 66)

Nessa esteira, quando o legislador institui o tributo, surge a hipótese de incidência, sendo
esta a previsão abstrata do fato que dará causa à obrigação tributária.
Quando o fato se concretizar, surge, então, o fato gerador, dando nascimento à obrigação
tributária. É nesse momento que se cria a obrigação de pagar o tributo, sendo que a exigibilidade
só poderá ser feita, em regra, após o lançamento, quando fica constituído o crédito tributário.

Observação: É possível que o tributo seja pago antes de se concretizar o fato gerador.
Trata-se do mecanismo da substituição tributária, que será estudado em momento
oportuno.

Frise-se: quando a hipótese de incidência se concretiza, dizemos que houve subsunção do


fato à hipótese de incidência, ocorrendo, então o fato gerador.

Quando um fato coincide com a hipótese de incidência descrita na norma, falamos em subsunção
do fato à hipótese de incidência.

É muito importante memorizar esses termos, pois quando o examinador quer surpreender o
candidato ele normalmente traz esses termos inusitados. Isso, a partir de agora, não é mais
novidade para você!

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Por falar em termos, vejamos os sinônimos de hipótese de incidência e fato gerador:

Hipótese de incidência  Fato gerador in abstrato, Hipótese Tributária, Pressuposto


Legal do Tributo
Fato Gerador  Fato Imponível, Fato Gerador in concreto, Fato Jurígeno, Fato Jurídico
Tributário

Observação: Não é difícil de memorizar os termos. Como o fato gerador está


relacionado, por óbvio, a um fato, todos os seus termos são iniciados por FATO. A única
exceção é o fato in abstrato, que obviamente se refere à previsão abstrata da norma,
sendo esta a hipótese de incidência.

Para que tudo fique mais claro, vamos exemplificar: sabemos que a CF/88 conferiu aos
Estados a competência tributária para instituir imposto sobre a propriedade de veículos
automotores.
Logo, quando o Estado do Acre institui o IPVA, na lei instituidora, há a previsão de uma
hipótese de incidência, que é possuir veículo automotor. No momento em que o sujeito passivo
adquire um veículo automotor, o fato (possuir o veículo) subsume-se à hipótese de incidência,
ocorrendo o fato gerador e surgindo a obrigação tributária.
Aí eu te pergunto: qual é o momento exato da ocorrência desse fato gerador? Qual será o
valor exato da obrigação tributária? Enfim, é de se destacar que a lei instituidora precisa definir,
além do elemento material (possuir o veículo automotor, no exemplo fornecido), outros aspectos
que vão definir com precisão a obrigação tributária.

2.1 ASPECTOS DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

A doutrina majoritária conclui que, ao instituir determinado tributo, a lei deve prever vários
aspectos, a fim de que a obrigação tributária seja exata, e que os seus elementos objetivos e
subjetivos sejam precisos.
Memorizar os aspectos do fato gerador é de extrema relevância para enfrentar as provas de
concurso público. Por esse motivo, vou trazê-los em forma de tópico para facilitar a leitura e
posterior revisão:

1. Aspecto Material  Trata-se do aspecto substancial da hipótese de


incidência, caracterizando- É descrição do fato
ensejador da obrigação tributária. Por exemplo: propriedade imobiliária (IPTU ou
ITR) ou de veículo automotor (IPVA), atuação pública (taxas ou contribuições de
melhoria) etc.

2. Aspecto Espacial  Diz respeito aos limites territoriais da incidência do


tributo ou ao local específico em que se considera ocorrido o fato gerador. É muito

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importante para se definir, no caso do IPTU, por exemplo, a qual Município cabe o
referido imposto, quando ambos são limítrofes.

3. Aspecto Temporal  É o aspecto que define o momento em que o fato


gerador considera-se ocorrido, sendo este o marco para se definir a lei vigente e as
alíquotas aplicáveis. Serve de base para analisar a obediência ao princípio da
irretroatividade tributária.

4. Aspecto Pessoal  Define quem é o credor (sujeito ativo) da obrigação


tributária, bem com os respectivos devedores (sujeito passivo).

5. Aspecto Quantitativo  Esse aspecto define o quantum debeatur, isto é,


o quanto o devedor deve pagar de tributo. Resulta da multiplicação da base de
cálculo pela alíquota vigente no momento da ocorrência do fato gerador.

Observação: Na hora da prova, aspectos ou


elementos do fato gerador, hipótese de incidência ou norma tributária
fins de prova, significa o mesmo!

Vídeo Extra: Com objetivo de tornar nossa aula ainda mais didática, eu gravei um vídeo
tratando sobre este assunto. Para visualizá-lo, basta ler o QR Code abaixo com a câmera
do seu smartphone, utilizando um aplicativo de leitura de QR Codes.

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2.2 FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL

Nos arts. 114 e 115 do CTN, o legislador disciplina os fatos geradores da obrigação principal
e da obrigação acessória.
No que concerne à obrigação principal, o CTN dispôs da seguinte maneira:
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua
ocorrência.

estudamos. Logo, pode-se dizer que o CTN considerou os institutos como sinônimos.
Ignorando a crítica feita, devemos saber que para se concretizar o fato gerador, deve
ocorrer a situação que foi definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Isto é,
devem estar presentes todos os requisitos previstos em lei para que ocorra o fato gerador da
obrigação principal.

Muito cuidado com questões que afirmam que o fato gerador é a situação definida em lei como
suficiente (ou necessária à sua ocorrência). Isso está errado!
Para que a assertiva seja considerada correta, deve-
!

Quando uma lei institui certo tributo (obrigação principal), é necessário prever os
contribuintes, a base de cálculo, as alíquotas e, necessariamente, o fato gerador!
Como não há exceções ao princípio da legalidade, no que se refere à instituição de tributos,
o fato gerador da obrigação principal deve ser definido em lei ou medida provisória.
Vale relembrar que, em relação aos impostos, cabe à lei complementar nacional definir os
fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes (CF/88, art. 146, III, a).

Observação: A definição dos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes dos


impostos por lei complementar não se confunde com a instituição, tendo em vista que
se trata do estabelecimento de normas gerais.

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2.3 FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA

Vejamos como foi conceituado o fato gerador da obrigação acessória no CTN:


Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável,
impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

O legislador estabelece que o fato gerador da obrigação acessória é a situação definida na


legislação aplicável, diferentemente do que foi previsto no fato gerador da obrigação principal, em

Como vimos, legislação tributária compreende tanto os atos normativos primários, como os
secundários (infralegais). É nessa linha que muito se discute acerca da permissão conferida pelo
CTN para que a obrigação acessória seja instituída por normas infralegais.
Os que argumentam em sentido contrário, alegam que, de acordo com o art. 5º, II,da CF/88,
ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Logo,
somente lei poderia criar obrigações tributárias, sejam elas principais ou acessórias.
Para o STJ (REsp 724.779/RJ) foi legada à legislação
tributária" em sentido lato, podendo ser disciplinados por meio de decretos e de normas
complementares, sempre vinculados à lei da qual dependem .
Cabe destacar também que o art. 115 do CTN deixou claro que o fato gerador da obrigação
acessória é aquela situação que impõe a prática ou abstenção de ato que não configure
obrigação principal.
Por conseguinte, como já estudamos, a legislação pode prever como obrigação acessória a
entrega de declarações ao Fisco (prática de ato) bem como a obrigação de o contribuinte não
impedir o acesso da fiscalização à sua empresa (abstenção de ato).

2.4 O MOMENTO DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR

Nós estudamos que o aspecto temporal da hipótese de incidência define o momento em


que o fato gerador considera-se ocorrido. Correto?
O CTN, como você deve se lembrar, foi recepcionado como lei de normas gerais em matéria
tributária. Nesse sentido, o Código estabeleceu um padrão para definir o momento em que os
fatos geradores serão tidos por ocorridos.

Observação: A salvo
disposição de lei em contrário I os entes federados podem estipular
outro momento como o de ocorrência do fato gerador.

D CTN
os fatos geradores são divididos em duas categorias, quais sejam: aqueles que tomam por base
uma situação de fato e os que levam em consideração uma situação jurídica.
M E V

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Em alguns casos, a situação definida em lei como o fato gerador do tributo já foi prevista em
lei em outro ramo do direito (Civil ou Empresarial, por exemplo), havendo consequências jurídicas
predeterminadas. Por exemplo, o ITCMD incide sobre uma situação jurídica, haja vista que a
transmissão de propriedade já foi regulamentada no âmbito do Direito Civil.
Nesse caso, como o fato gerador é baseado em uma situação jurídica, o art. 116, II, do CTN,
dispõe que, salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido no momento em que a
situação esteja definitivamente constituída (no caso, transferida a propriedade) nos termos de
direito aplicável. Segue-se, portanto, o que já havia sido definido.
Por outro lado, quando a situação definida em lei como o fato gerador do tributo não tenha
sido definida em outro ramo do direito como capaz de gerar efeitos jurídicos, ou seja, somente
produza efeitos econômicos, temos a situação de fato. Citemos, como exemplo, a entrada de
mercadorias estrangeiras no território nacional não era, antes de ser instituído o II, situação
jurídica, pois não produzia efeitos jurídicos em nenhum outro ramo do direito.

Observação: É óbvio que, depois que o II foi instituído, a entrada de mercadorias


estrangeiras no território nacional passou a produzir efeitos, pois praticado esse ato,
ocorre o fato gerador do II, acarretando o nascimento de uma obrigação tributária.

Para os fatos geradores definidos com base em situação de fato, o CTN, no art. 116, I,
estabeleceu que, salvo disposição de lei em contrário, o fato gerador ocorre desde o momento
em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que
normalmente lhe são próprios, ou seja, com a entrada das mercadorias.
Na prática, isso não é possível, pois é muito difícil precisar o momento em que as
mercadorias entram no território nacional. Nesse caso, o legislador, no art. 23 do Decreto-lei
37/1966, valeu-se da exceção permitida pelo CTN para definir que, para fins de cálculo, o fato
gerador do II considera-se ocorrido na data do registro da declaração de importação de mercadoria
submetida a despacho para consumo.

2.4.1 As Situações Jurídicas Condicionadas

Vamos iniciar esse tópico transcrevendo o que foi disposto no art. 117 do CTN:
Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior (referente às situações jurídicas estudadas no tópico
anterior) e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se
perfeitos e acabados:
I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.

Vamos entender tudo isso aí. Fique tranquilo(a)! Parece complicado, mas não é!
O alvo do nosso estudo nesse momento é a condição, figura disciplinada no art. 121 do
Código Civil, sendo aplicável, no Direito Tributário, aos negócios jurídicos, que podem ser
exemplificados pelos contratos em geral.

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Consoante o Código Civil, a condição é uma cláusula que pode ser incluída em um contrato,
subordinando o negócio jurídico a um evento futuro e incerto, ou seja, pode ou não vir a ocorrer.
Ademais, destaque-se que a condição pode ser suspensiva ou resolutória (ou resolutiva).
Como exemplo de condição suspensiva, imaginemos que o seu pai doa-lhe um apartamento
caso você seja aprovado(a) em algum concurso da público. O negócio jurídico (a doação) está
condicionado a um evento futuro e incerto, podendo vir ou não a ocorrer (eu torço para que você
seja aprovado e ganhe o apartamento, ok?). Perceba que, enquanto não se cumprir a condição
(aprovação), os efeitos da doação permanecem suspensos. Aliás, com a celebração do negócio
jurídico, os efeitos já estão suspensos (não há produção de efeitos).
Por conseguinte, de acordo com o art. 117, I, do CTN, o fato gerador do ITCMD (imposto
incidente sobre a doação), salvo disposição de lei em contrário, só ocorrerá quando (futuro) e se
(incerto) você for aprovado(a) no concurso público.
Imagine agora que você logrou a aprovação e tomou posse no cargo, mas ficou insatisfeito
por ter que morar em uma cidade de fronteira, longe de casa. Decidiu que deveria pedir
exoneração do cargo e voltar para a sua cidade.
Sabendo da sua insatisfação, o seu pai doa-lhe um carro novo, com a condição de que, se
você pedir exoneração do cargo, perderá o veículo.
Note a diferença entre os dois exemplos: no primeiro, a doação irá ocorrer quando você
passar no concurso; no segundo, você já recebe a doação com a condição de não pedir
exoneração. Em ambos os casos, há um evento futuro e incerto, mas, no segundo, a doação já
ocorreu. Em termos jurídicos, o negócio jurídico já produz efeitos.
Caso você venha a pedir exoneração (implemento da condição resolutória), cessarão os
efeitos do negócio jurídico, fazendo com que você perca o veículo. Ou seja, a ocorrência da
condição resolve (desfaz) o negócio jurídico, sendo por isso denominada condição resolutória.
Portanto, se o negócio estiver sujeito a uma condição resolutória, o art. 117, II, do CTN
prevê que, salvo disposição de lei em contrário, o fato gerador do ITCMD ocorre desde a
celebração do negócio jurídico, sendo irrelevante, para fins de incidência tributária, o
cumprimento ou não da condição.

Se houver o cumprimento da condição resolutória, o veículo voltará a pertencer ao seu pai, mas o
ITCMD pago não será devolvido, pois o implemento da condição resolutória é irrelevante ao
Direito Tributário.
Lembre-se de que o implemento da condição suspensiva é relevante, e é justamente o momento
da ocorrência do fato gerador.

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Vídeo Extra: Com objetivo de tornar nossa aula ainda mais didática, eu gravei um vídeo
tratando sobre este assunto. Para visualizá-lo, basta ler o QR Code acima com a câmera
do seu smartphone, utilizando um aplicativo de leitura de QR Codes.

2.5 O FATO GERADOR E O PRINCÍPIO DO PECUNIA NON OLET

Nós estudamos no início do nosso curso que incide imposto de renda sobre os rendimentos
decorrentes de atividades ilícitas, com base no princípio do pecunia non olet (dinheiro não cheira).
Logo, para o Fisco pouco importa se o negócio jurídico celebrado é válido sob a ótica do
direito. Se a pessoa auferiu rendimentos, torna-se sujeito passivo da relação jurídico-tributária,
devendo arcar com o imposto de renda.
Nessa linha, veja o que diz o art. 118 do CTN:
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem
como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

Assim, a situação definida em lei como fato gerador do tributo (a hipótese de incidência
tributária) deve ser interpretada desconsiderando-se a validade jurídica dos atos praticados, bem
como os efeitos dos fatos ocorridos.

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Nesse momento, o que importa é entender e memorizar o art. 118 do CTN, e saber que ele ampara
o princípio do pecúnia non olet.

Nessa linha, o STJ já decidiu:

TRIBUTÁRIO ICMS SERVIÇO DE TELEFONIA MÓVEL INADIMPLÊNCIA DOS USUÁRIOS


FURTO DE SINAL (CLONAGEM) INCIDÊNCIA DO TRIBUTO.
1. O fato gerador do ICMS na telefonia é a disponibilização da linha em favor do
usuário que contrata, onerosamente, os serviços de comunicação da operadora. A
inadimplência e o furto por "clonagem" fazem parte dos riscos da atividade
econômica, que não podem ser transferidos ao Estado.
2. Nos termos do art. 118 do Código Tributário Nacional, o descumprimento da
operação de compra e venda mercantil não tem o condão de malferir a ocorrência do
fato gerador do ICMS.
(STJ, REsp 1.189.924/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, Julgamento em
25/05/2010)

Vamos entender: o STJ decidiu que, mesmo havendo furto de sinal, por meio de clonagem
de linha telefônica, o fato gerador do ICMS ocorre, pois a situação descrita em lei como fato
gerador do imposto ocorreu, devendo ser interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados.

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3 - ELISÃO, EVASÃO E ELUSÃO FISCAL


Este tópico tem por objetivo estudar as formas com as quais os contribuintes podem se
valer para escapar da tributação, que podem vir a ser lícitas ou ilícitas, a depender, em regra, da
forma e do momento em que são praticadas. São elas: a elisão, a evasão e a elusão fiscal
A elisão fiscal é a prática que visa reduzir ou eliminar o valor do tributo devido. São os atos
praticados pelo sujeito passivo, em regra, antes da ocorrência do fato gerador, isto é, antes do
nascimento da obrigação tributária. É, portanto, uma conduta lícita, sendo denominada
planejamento tributário.
Ora, ninguém é obrigado a fazer acontecer o fato gerador. Na elisão fiscal, o sujeito passivo
se vale de meios lícitos para que a carga tributária a ele imposta seja minorada ou, a depender da
situação, eliminada.
A título de exemplo, uma empresa de pequeno porte, como ainda estudaremos no nosso
curso, pode optar pela tributação pelo Simples Nacional, pelo Lucro Presumido ou pelo Lucro Real.
É por esse motivo que existem consultores especializados em planejamento tributário, que é a
busca pela menor incidência tributária possível.
De outra banda, temos a evasão fiscal, sendo caracterizada por condutas ilícitas, praticadas
com o intento de ludibriar a fiscalização, ocultando parcial ou totalmente a ocorrência do fato
gerador.
Uma forma simples de entender as práticas evasivas é saber que, ocorrendo o fato gerador,
surge a obrigação tributária. Sendo assim, já existe um montante de tributo a ser recolhido.
Contudo, o sujeito passivo utiliza artifícios para aparentemente reduzir o valor da obrigação
tributária. Dessa forma, percebe-se que a regra é que a evasão seja praticada após a ocorrência
do fato gerador.
Como exemplo de evasão fiscal, pode-se citar o preenchimento a maior das despesas
médicas, na declaração anual de Imposto de Renda. Isso faz com que o montante do imposto seja
aparentemente reduzido, na tentativa de iludir o Fisco.
Por último, tem-se, ainda, a elusão fiscal, também denominada elisão ineficaz. Nessa
situação, o contribuinte simula o negócio jurídico, dissimulando o fato gerador do tributo. O que se
quer ocultar é a essência do negócio, alterando a sua forma. Os autores costumam denominá-la

Observação: Dissimular é o mesmo que ocultar, esconder.

Vejamos um exemplo típico: João deseja vender um terreno, cujo valor é muito elevado, a
Maria. Sabendo-se que o ITBI incidente sobre a operação de transmissão da propriedade (o
negócio jurídico) seria muito alto, decidem simular outra situação, alterando a forma do negócio.
Como o ITBI não incide sobre a transmissão dos bens incorporados ao patrimônio de
pessoa jurídica, nem sobre a extinção desta, a saída seria constituir uma empresa, em que João

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entraria com o seu terreno, e Maria, com o capital. Pouco tempo depois, ambos decidem extinguir
a pessoa jurídica, sendo que João recebe suas quotas em dinheiro, e Maria recebe o terreno.
Note que foi simulada a constituição e a extinção de uma pessoa jurídica, dissimulando a
ocorrência do fato gerador, que é a transmissão de propriedade de uma pessoa física para outra.
Como forma de tentar combater tais práticas, o legislador, por meio da LC 104/2001,
acrescentou o parágrafo único ao art. 116 do CTN, cuja redação é a seguinte:
Art. 116. (...):
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com
a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos
da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.

Observação: O texto legal, incluído pela LC 104/01,


muito embora o objetivo seja evitar a elusão fiscal. Na realidade, se a
elisão é uma conduta lícita, não seria necessário evitá-la.
Vale ressaltar que existe uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 2.446/DF)
pendente de julgamento, questionando a constitucionalidade desse dispositivo.

A inclusão do dispositivo se deve à influência da doutrina alemã, buscando a interpretação


econômica do fato gerador. Busca-se, assim, a essência do negócio jurídico, e não a sua simples
forma. No caso exemplificado acima, a constituição da empresa constitui mera formalidade para
tornar o negócio jurídico pretendido (compra e venda do imóvel) livre da incidência tributária.
Nessa mesma linha, toma relevância a teoria do teste do propósito negocial (ou business
purpose test), proveniente do direito norte-americano, segundo a qual se analisa o propósito
negocial da operação realizada pelo sujeito passivo. Estaria o negócio jurídico revestido de um
verdadeiro propósito negocial ou a razão para sua realização é apenas fiscal, isto é, deixar de pagar
os tributos que seriam devidos?
Para verificar se houve falta de propósito negocial, são analisados diversos fatores, como,
por exemplo, o fato de a empresa não ter contratado qualquer funcionário, não ter emitido notas
fiscais, sua movimentação financeira se limita ao valor objeto da transação pretendida (valor do
imóvel) etc.
Dessa forma, a prática de operações com a exclusiva motivação de criar condições artificiais
para obter vantagens tributárias revela a nítida falta de propósito negocial, atraindo a aplicação do
art. 116, par. único, do CTN.
Destaque-se que, para fins de prova, é necessário guardar que a autoridade desconsidera
os negócios para fins tributários, mas não o desconstitui, ou seja, o que foi celebrado entre as
partes continuam valendo para elas.
Além disso, também é necessário lembrar que uma lei ordinária precisa regulamentar os

antielisão venha ser aplicada na prática.

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(CESPE/PGE-PE-Procurador/2018) A obrigação tributária surge apenas com a ocorrência da


hipótese de incidência do tributo.
Comentário: A obrigação tributária surge, na verdade, com a ocorrência do fato gerador do
tributo. A hipótese de incidência do tributo é algo abstrato, uma previsão legal, não sendo
suficiente para gerar obrigação tributária.
Gabarito: Errada
(CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017) O CTN qualifica como obrigação tributária principal
aquela que tem por objeto uma prestação pecuniária, distinguindo-a da obrigação tributária
acessória, cujo objeto abrange as condutas positivas e negativas exigidas do sujeito passivo
em prol dos interesses da administração tributária e as penalidades decorrentes do
descumprimento desses deveres instrumentais.
Comentário: A obrigação tributária principal possui caráter pecuniário, tendo por objeto não
só o pagamento de tributo mas também as penalidades (multas tributárias). Assim, não se
pode classificar as penalidades decorrentes do descumprimento de deveres instrumentais
como obrigações acessórias.
Gabarito: Errada
(FCC/Pref. Teresina Auditor-Fiscal/2016) Pedro, pai de dois filhos, edificou, em terrenos de
sua propriedade, próximos um do outro, duas casas iguais. Depois de construídas, procurou o
tabelião local e pediu-lhe que elaborasse uma única escritura pública de doação, por meio da
qual destinou uma das casas a seu filho Thiago, e a outra a seu filho David.
Como Thiago era filho estudioso e trabalhador, Pedro decidiu que o referido contrato
produziria efeitos imediatamente em relação à doação feita a esse filho. Por outro lado, como
David não era estudioso, nem tão trabalhador, Pedro pediu ao tabelião que fizesse constar da
referida escritura uma cláusula que determinasse que os efeitos desse contrato, em relação a
David, só se operariam na data em que esse filho concluísse seu curso superior, ficando este
contrato, portanto, sem efeitos, se David não viesse a concluir o referido curso.
Considerando:
(I) as informações acima;
(II) que o ITCMD tem como sujeito passivo o destinatário da transmissão dos bens;
(III) que a transmissão de bens imóveis se dá com o registro da escritura pública no respectivo
Cartório de Registro de Imóveis, momento em que o Estado de localização desses imóveis
determina o pagamento do ITCMD; e
(IV) a disciplina do Código Tributário Nacional a respeito do momento em que se consideram
ocorridos os fatos geradores dos tributos, o referido imposto será devido por

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a) Thiago, por ocasião da conclusão do curso superior por David, e não será devido por David
em momento algum.
b) Thiago e por David, por ocasião do registro da escritura de doação, no Cartório de Registro
de Imóveis.
c) Thiago, por ocasião do registro da escritura de doação, no Cartório de Registro de Imóveis,
e por David, na data em que ele concluir o curso superior.
d) Thiago, por ocasião da conclusão do referido curso superior, e por David, por ocasião do
registro da escritura de doação, no Cartório de Registro de Imóveis.
e) Thiago e por David, por ocasião da conclusão do curso superior por David.
Comentário: Na doação feita a Thiago, não houve a celebração de um negócio jurídico
condicional, uma vez que o pai já doou o imóvel sem impor qualquer condição ao filho.
Dessa forma, o ITCMD irá incidir já no registro da escritura de doação, no Cartório de Registro
de Imóveis.
Quanto à doação feita a David, o negócio ficou sujeito a uma condição suspensiva (conclusão
de curso superior). Por conseguinte, a incidência do ITCMD somente ocorrerá quando do
implemento da condição, nos termos do art. 117, I, do CTN. Assim sendo, o imposto será
devido na data em que ele concluir o curso superior.
Gabarito: Letra C
(FCC/TCE-AM-Auditor/2015) O Código Tributário Nacional estabelece uma distinção bem
clara entre obrigação tributária principal e crédito tributário a ela relacionado. De acordo com
esse Código, a obrigação tributária principal se extingue
a) juntamente com o crédito tributário dela decorrente.
b) com a constituição do crédito tributário.
c) com a apresentação de reclamações e recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo administrativo tributário, dentre outras hipóteses.
d) nos casos de inocorrência do fato gerador.
e) com a conversão da moeda estrangeira em moeda nacional, sempre que o valor tributário
esteja expresso em moeda estrangeira.
Comentário: Conforme estabelece o art. 113, § 1º, do CTN, a obrigação principal surge com a
ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária
e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
Gabarito: Letra A
(FGV/Pref. Cuiabá-Auditor Fiscal/2016) Segundo a legislação, Caio, proprietário do imóvel X,
celebra contrato de locação com Tício, no qual estabelece que o responsável pelo pagamento
do Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana IPTU será o locatário do imóvel. O
referido contrato foi registrado no Cartório de Registro de Imóveis competente. Sobre a
hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.

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a) O contrato é válido, podendo ser oposto ao Fisco, que deverá realizar o lançamento do
IPTU tendo como sujeito passivo Tício, locatário do imóvel.
b) O contrato é valido e terá seus efeitos limitados aos contratantes, mas não produzirá efeito
contra o Fisco, no que se refere à responsabilidade tributária. c) O contrato é nulo, uma vez
que altera definição de sujeição passiva disposta em lei.
d) O contrato é valido, tendo em vista que o Código Tributário Nacional prevê que o locatário
é o sujeito passivo da obrigação tributária referente ao pagamento do IPTU.
e) O contrato é válido e cria, para o pagamento do IPTU, uma forma de responsabilidade
solidária entre o locador e o locatário.
Comentário: Trata-se de um contrato válido, produzindo seus efeitos aos contratantes, mas
não será oponível ao Fisco, para definição do sujeito passivo da obrigação tributária
correspondente ao IPTU, haja vista a vedação prevista no art. 123, do CTN.
Gabarito: Letra B

4 - SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA


Nós vimos que a relação jurídico-tributária é constituída por dois sujeitos: ativo (credor) e
passivo (devedor).
Vamos estudar, a partir de agora, cada um separadamente.

4.1 SUJEITO ATIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E CAPACIDADE ATIVA

Nós já estudamos alguns aspectos atinentes ao sujeito ativo da obrigação tributária no


decorrer do curso. Nesse momento, vamos aproveitar apenas para sintetizar o conteúdo já visto e
acrescentar alguns detalhes.
C
jurídico-tributária. Trata-se da pessoa política titular da competência tributária para instituir o
tributo (União, Estados, DF e Municípios) ou a pessoa jurídica de direito público titular da
capacidade ativa, que, como já vimos, é responsável pela arrecadação e fiscalização do tributo.
Nesse sentido, prescreve o art. 119 do CTN:
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o
seu cumprimento.

O professor Eduardo Sabbag (2013), em sua obra, ainda prevê a seguinte denominação:

Sujeito ativo direto  Pessoa política titular da competência tributária;

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Sujeito ativo indireto  São aqueles que detêm apenas a capacidade tributária ativa.

Lembre-se de que os territórios federais não possuem competência tributária, ou seja, não
podem instituir tributos. São considerados apenas descentralizações administrativo-territoriais
pertencentes à União.

Quando estudamos a competência tributária, vimos também que o STJ (Súmula 396) já
entendeu que a CNA Confederação Nacional da Agricultura possui legitimidade ativa para
cobrança da contribuição sindical rural, que é considerada tributo. Contudo, vimos que, por ser
exceção, devemos adotar a Súmula 396 somente se a questão mencionar expressamente.
Ainda na sequência do nosso estudo sobre o sujeito ativo da obrigação tributária, você se
lembra de quando vimos que o CTN (art. 120) prevê uma hipótese de extraterritorialidade da
legislação tributária, em caso de desmembramento territorial?
N
desmembrado até que a sua entre em vigor. Contudo, o que acontece com as obrigações
tributárias surgidas até o momento naquele território que agora pertence ao novo ente federado?
Ocorre a denominada sucessão ativa.
Nas palavras do CTN, a pessoa jurídica que se constituir (o novo ente) pelo
desmembramento territorial de outra, sub-roga-se nos direitos desta (a antiga), isto é, há
mudança do sujeito ativo, ou melhor, há inovação subjetiva.

Observação: Sub-rogar significa transferir os direitos e funções de uma pessoa para


outra.

Assim, resta claro que há dois efeitos previstos no art. 120 do CTN:

 Mudança do sujeito ativo em relação às obrigações tributárias já constituídas;


 Recepção da legislação tributária até que a sua (do novo ente) entre em vigor.

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Até poderia surgir a seguinte dúvida: e as relações tributárias que vierem a ser constituídas
após o desmembramento? A resposta é simples: já pertencem ao novo ente, ou seja, não há
transferência.

4.2 SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

O sujeito passivo da obrigação tributária é a pessoa que integra a relação jurídico-tributária,


estando obrigada a arcar com o pagamento do tributo devido e/ou penalidade devida (obrigação
principal) ou com as prestações de fazer ou deixar de fazer algo (obrigações acessórias).
Relativamente à obrigação principal, surgem as figuras do contribuinte e do responsável.
Nesse contexto, o CTN assevera o seguinte:
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato
gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição
expressa de lei.

O Sujeito passivo da obrigação tributária deve sempre ser estabelecido por lei. Afinal, é a própria
lei instituidora do tributo que define quem é o sujeito passivo.

Percebe-se que para ser contribuinte, é necessário que o sujeito passivo tenha relação
pessoa e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. Do contrário, o sujeito
passivo será considerado responsável.
Sendo assim, o contribuinte é denominado pela doutrina de sujeito passivo direto,
enquanto o responsável, sujeito passivo indireto.
O responsável, então, não possui relação direta com o fato gerador, mas está obrigado a
adimplir a obrigação tributária principal, por expressa disposição legal.

Observação: Lembre-se de que o responsável não faz acontecer o fato gerador. Por esse
motivo, somente a lei pode obrigá-lo a cumprir com a obrigação tributária. Afinal de

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contas, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei
(CF/88, art. 5º, II).

Vamos esquematizar?

Relação pessoal
Contribuinte
e direta com F.G.
Obrigação
Principal
Obrigação
Responsável decorrente da
Sujeito passivo lei

Obrigado a
Obrigação
fazer/deixar de
Acessória
fazer algo

Destaque-se que o responsável deve possuir certa relação ou vínculo (embora não seja
pessoal e direta) com a situação que deu origem ao fato gerador. Isso ocorre, como veremos ao
estudar a responsabilidade tributária, por conta do disposto no art. 128 do CTN:
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade
pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial
da referida obrigação.

Vamos a um exemplo prático!


O art. 45 do CTN estabelece que são contribuintes do IR o titular da disponibilidade
econômica ou jurídica de renda e de proventos de qualquer natureza, sem prejuízo de atribuir a
lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos
proventos tributáveis.

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No caso específico do imposto de renda das pessoas físicas, o contribuinte é aquele que
recebe a renda e os proventos, mas o CTN permite que as fontes pagadoras sejam eleitas pela lei
como responsáveis pela retenção e recolhimento do imposto.
O conceito de contribuinte que vimos até o momento é o contribuinte de direito. Existe
também o denominado contribuinte de fato. Lembra-se do que vimos na aula sobre imunidades?
O
relação jurídica, suportando apenas a incidência econômica do tributo.
Essa figura surge nos denominados tributos indiretos, em que o ônus do tributo e
repassado ao consumidor final. Assim, embora o consumidor não recolha os tributos, acaba
arcando com esse encargo que foi embutido no valor das mercadorias. Vamos repetir o exemplo
anteriormente fornecido:
Imaginemos que determinado cidadão compra uma TV de LED em uma loja de
eletrodomésticos. Sobre a incidência do ICMS nesta operação, a loja é eleita pela lei como
contribuinte, e é ela quem vai recolher tal imposto, correto? No entanto, quem sofre o ônus do
tributo não é a loja, mas, sim, a pessoa física que adquiriu a TV. Isso ocorre, porque a loja
simplesmente acrescenta o custo daquele tributo no valor da TV.
Por fim, perceba que tanto o contribuinte, como o responsável por determinada obrigação
tributária devem ser estipulados em lei. No que se refere ao contribuinte, a previsão é feita na
própria lei instituidora do tributo, por ser elemento subjetivo, essencial para que o tributo seja
criado. Em relação ao responsável, como vimos, a sua obrigação deve decorrer de disposição
expressa em lei.
Sendo assim, o art. 123 do CTN assevera que, salvo disposições de lei em contrário, as
convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem
ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações
tributárias correspondente.
Isso é bastante óbvio! Se a lei determina quem deve pagar o tributo, não pode um contrato
particular definir algo em contrário, somente outra lei!
Como exemplo, cite-se o caso do IPTU. Nós vimos que o locatário não pode ser considerado
contribuinte do IPTU, por não exercer a posse do imóvel com animus definitivo.
Logo, se você aluga um apartamento, assinando um contrato com o proprietário de que se
compromete em pagar o IPTU relativo ao imóvel, isso não o torna contribuinte do IPTU. Se você
deixar de pagar, quem será cobrado, a princípio, é o dono do imóvel, pois ele é o contribuinte. É
claro que ele pode pagar e depois vir cobrar de você, mas isso não importa ao Direito Tributário.

Um contrato particular não é capaz de alterar o sujeito passivo da obrigação tributária. Guarde
isso!

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Nesse contexto, o STJ já decidiu que a alienação fiduciária não afasta a pena de perdimento
de veículo, quando houver previsão legal para aplicação de tal pena:

CONVENÇÃO PARTICULAR NÃO OPONÍVEL À FAZENDA PÚBLICA. APLICAÇÃO DO ART.


123, DO CTN. PRINCÍPIOS DA ETICIDADE E DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO. ARTS.
421 E 2035, DO CC/2002. JURISPRUDÊNCIA DO EXTINTO TRIBUNAL FEDERAL DE
RECURSOS. COMPATIBILIDADE COM A SÚMULA N. 138/TFR.
1. É admitida a aplicação da pena de perdimento de veículo objeto de alienação
fiduciária. (...)
2. Tal ocorre porque o contrato de alienação fiduciária não é oponível ao Fisco, na
forma do que preceitua o art. 123, do Código Tributário Nacional: "Salvo disposições de
lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo
pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes".
3. Desse modo, perante o Fisco e para a aplicação da pena de perdimento, o contrato de
alienação fiduciária não produz o efeito de retirar a propriedade do devedor fiduciante,
subordinando o bem à perda como se dele fosse, sem anular o contrato de alienação
fiduciária em garantia efetuado entre credor e devedor que haverão de discutir os
efeitos dessa perda na esfera civil.
(STJ, REsp 1.387.990/PR, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques,
Julgamento em 17/09/2013)

Observação: A alienação consiste na transferência da propriedade de um bem (um


automóvel, por exemplo) ao credor (instituição financeira, por exemplo), como garantia
de uma obrigação do devedor (um financiamento), sendo que este permanece com a
posse do bem.

4.2.1 Capacidade Tributária Passiva

Sabemos que a capacidade tributária ativa é a capacidade de figurar no pólo ativo da


obrigação tributária. Por consequência lógica, a capacidade tributária passiva é a aptidão para se
tornar sujeito passivo da obrigação tributária.

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Vamos ver o que o CTN diz acerca da capacidade tributária passiva:


Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de
atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou
profissional.

Em termos mais simples, a capacidade tributária passiva existe, ainda que a pessoa seja
incapaz ou esteja privada do exercício de atividades civis, ou mesmo a pessoa jurídica que ainda
não tenha sido regularmente constituída.
Desse modo, se uma criança for proprietária de uma fazenda, deverá pagar ITR. No mesmo
sentido, um interditado (incapaz de praticar os atos da vida civil) pode vir a contribuir com o IPTU,
caso possua um imóvel localizado na zona urbana do Município.
No que se refere às pessoas jurídicas, são consideradas pessoas jurídicas mesmo que não
tenha CNPJ ou registro estadual. Logo, se o seu vizinho fabrica solas de sapato em larga escala, mas
não se formaliza para não contribuir com o IPI, por exemplo, saiba que ele não deixa de ser
considerado sujeito passivo dos tributos incidentes sobre a produção e circulação de mercadorias.
Em termos jurídicos, é importante sabermos que uma sociedade só possui personalidade
jurídica quando os seus atos constitutivos são inscritos no registro próprio. Esse é o momento do
início da existência legal da pessoa jurídica. Antes do registro, a sociedade que assim operar é
conhecida como sociedade em comum.

Em questões de prova, se você vir -se de que todos podem


vir a ser sujeito passivo, com exceção, é claro, dos mortos.

(CESPE/EBSERH-Advogado/2018) Aquele que tem relação pessoal e direta com o fato


gerador e o que as têm em decorrência de lei são considerados sujeitos passivos.
Comentário: Os sujeitos passivos são as pessoas obrigadas ao cumprimento da obrigação
tributária, sendo contribuintes quando tenham relação pessoal e direta com o fato gerador,
e responsáveis quando, não se enquadrando na definição de contribuinte, sua obrigação
decorra de expressa disposição legal.

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Gabarito: Correta
(CESPE/STJ-Analista Judiciário/2018) O contribuinte é o sujeito passivo da obrigação
principal, enquanto o responsável é o sujeito passivo da obrigação acessória.
Comentário: Na realidade, tanto o contribuinte como o responsável são sujeitos passivos da
obrigação tributária principal, tendo sido definido no art. 121, par. único, do CTN, como
contribuinte aquele que possua relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato
gerador da obrigação tributária, e responsável aquele que, sem revestir-se da condição de
contribuinte, esteja legalmente obrigado ao pagamento do tributo.
Gabarito: Errada

(FCC/TRF-5ª Região-Analista Judiciário/2017) Mário e Maria decidiram abrir um bazar em


sociedade. Embora a legislação do ICMS de seu Estado determinasse que, antes de dar início
a suas operações de circulação de mercadorias, a empresa devesse estar inscrita, como
contribuinte, na repartição fiscal competente, Mário e Maria não atenderam a essa exigência
legal. Simplesmente abriram a empresa e começaram a funcionar, sem cumprir as exigências
da legislação tributária pertinente. Nem mesmo contrato social escrito a empresa tinha.
Compravam de seus fornecedores e vendiam a seus clientes, como o fazem todas as
empresas regulares, e atuavam, perante seus fornecedores e clientes, tal como atuam as
empresas em situação regular perante o fisco. Ninguém tinha dúvida de que a empresa de
Mário e Maria configurava efetivamente uma unidade econômica. Até nome fantasia a
sociedade tin B MM
Considerando os dados acima e a normas do Código Tributário Nacional,
a) a empresa em questão, desde que comprove, efetivamente, sua capacidade econômico-
financeira, possuirá, automática e necessariamente, capacidade ativa.
b) o fato de essa empresa configurar uma unidade econômica, mesmo sem estar
regularmente constituída, é o bastante para nela se identificar capacidade tributária passiva.
c) a empresa em questão, em razão de sua constituição irregular e da falta de comprovação
da capacidade civil de seus dois sócios, não possui capacidade tributária passiva, nem ativa.
d) a falta capacidade tributária ativa da pessoa jurídica irregularmente constituída pode ser
suprida com a comprovação de que todos os seus sócios são, de fato, pessoas civilmente
capazes.
e) a capacidade passiva da pessoa jurídica depende, necessária e diretamente, da
comprovação da capacidade tributária ativa de cada um de seus sócios, tratando-se de
pessoa jurídica constituída sob responsabilidade limitada.
Comentário: De acordo com o art. 126, III, do CTN, a capacidade tributária passiva independe
de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade

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econômica ou profissional. Portanto, não resta qualquer sombra de dúvidas quanto à


resposta da questão: Letra B.
Gabarito: Letra B
(FCC/TCE-AM-Auditor/2015) Quando Afonso faleceu, seu filho Ricardo tinha 14 anos de
idade e, portanto, era civilmente incapaz. Seu filho Carlos, de 25 anos, encontrava-se preso,
por tráfico de material entorpecente, motivo pelo qual se encontrava privado do exercício de
atividades civis. Maria, sua primogênita, continuava internada por determinação médica, em
razão de sérios problemas de alienação mental, razão pela qual encontrava-se privada da
administração direta de seus bens e negócios.
A lei do Estado brasileiro competente para instituir o ITCMD na transmissão causa mortis dos
bens deixados por falecimento de Afonso elegeu o herdeiro como contribuinte desse
imposto.
Sob a óptica da sujeição passiva obrigacional atinente ao ITCMD, e com base na regra da lei
estadual acima mencionada e nas regras do Código Tributário Nacional a respeito da
capacidade tributária passiva,
a) nenhum dos três filhos herdeiros tem capacidade tributária passiva.
b) todos os três filhos herdeiros têm capacidade tributária passiva.
c) Ricardo e Carlos têm capacidade tributária passiva, mas Maria não tem.
d) Ricardo e Maria têm capacidade tributária passiva, mas Carlos não tem.
e) Carlos e Maria têm capacidade tributária passiva, mas Ricardo não tem.
Comentário: De acordo com o art. 126, do CTN, todos os três filhos herdeiros têm capacidade
tributária passiva, uma vez que esta independe da capacidade civil das pessoas naturais bem
como de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do
exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus
bens ou negócios.
Gabarito: Letra B
(FCC/AL-PB-Procurador/2013) Sujeito passivo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de
direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento.
Comentário: De acordo com o art. 119, do CTN, sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica
de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.
Gabarito: Errada

5 SOLIDARIEDADE EM DIREITO TRIBUTÁRIO


O instituto da solidariedade foi definido no art. 264 do Código Civil da seguinte forma:
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor,
cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.

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Você não precisa memorizar nada do que foi acima transcrito, pois o objetivo é apenas
demonstrar que a solidariedade ocorre quando há mais de um credor ou mais de um devedor em
uma mesma obrigação.
No Direito Tributário, o credor da obrigação tributária é o sujeito ativo, titular da
competência para instituir o tributo ou a pessoa jurídica de direito público a quem tenha sido
delegada a capacidade tributária ativa.
Assim, ou o ente competente para instituir o tributo cobra ou delega a outra (e somente
uma) pessoa jurídica de direito público para realizar a arrecadação. Diante disso, temos que, em
matéria tributária, não há que se falar em solidariedade ativa.
Vejamos, então, o que estabelece o art. 124 do CTN, ao tratar do tema:
Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

O dispositivo legal apresenta duas situações em que ocorre a solidariedade. O primeiro caso
de solidariedade, em que há interesse comum, denomina-se solidariedade de fato ou natural. O
segundo caso, em que as pessoas se tornam solidariamente obrigadas por meio de previsão legal,
denomina-se solidariedade de direito ou legal.
Há que se destacar que, mesmo quando a solidariedade decorra do interesse comum das
pessoas na situação que constitua o fato gerador, a solidariedade decorre de lei, tendo em vista
que o CTN (norma geral que previu a solidariedade) não deixa de ser uma lei. Sendo assim, pode-se
dizer que a solidariedade sempre decorre de lei.

Não existe solidariedade ativa no Direito Tributário.


A solidariedade sempre decorre de lei.

Na solidariedade de fato, duas ou mais pessoas se tornam obrigadas ao cumprimento de


uma mesma obrigação tributária, por terem interesse comum na situação.
O interesse comum pode se dar, por exemplo, quando uma propriedade pertence a mais de
uma pessoa. Nesse caso, a obrigação de pagar IPTU é solidária entre eles.

Observação: o mesmo raciocínio não se aplica ao IPTU devido por uma sociedade
empresarial, que possua no contrato social dois sócios (A e B). O contribuinte é somente
a sociedade, e não os seus sócios! Não confunda!!!

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Isso ocorre em função do princípio da entidade, segundo o qual, as obrigações e o


patrimônio dos sócios não se confundem com as obrigações e o patrimônio da
sociedade.

No que se refere a esse assunto, a jurisprudência do STJ tem entendido que o simples fato
de as empresas pertencerem ao mesmo conglomerado financeiro não caracteriza por si só o
interesse comum capaz de gerar solidariedade tributária:

"PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO.


ISS. EXECUÇÃO FISCAL. PESSOAS JURÍDICAS QUE PERTENCEM AO MESMO GRUPO
ECONÔMICO. CIRCUNSTÂNCIA QUE, POR SI SÓ, NÃO ENSEJA SOLIDARIEDADE PASSIVA.
1. O entendimento prevalente no âmbito das Turmas que integram a Primeira Seção
desta Corte é no sentido de que o fato de haver pessoas jurídicas que pertençam ao
mesmo grupo econômico, por si só, não enseja a responsabilidade solidária, na forma
prevista no art. 124 do CTN. Ressalte-se que a solidariedade não se presume (art. 265
do CC/2002), sobretudo em sede de direito tributário.(...)"
(STJ, REsp 834.044/RS, Primeira Seção, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Julgamento
em 08/09/2010)

Em relação à solidariedade de direito, como o próprio nome diz, decorre de lei que
estabeleça a obrigação solidária. Nesse sentido, o legislador, por exemplo, encontra respaldo no
art. 124, II, do CTN, se quiser obrigar diversas pessoas ao cumprimento de determinada obrigação
tributária para dar maior garantia ao recebimento do crédito tributário.
Uma característica comum tanto à solidariedade de fato como a de direito é que não há
benefício de ordem (CTN, art. 124, par. único). Isso significa que o fisco pode exigir a dívida
integralmente de qualquer um dos devedores solidários, sem seguir qualquer ordem.
Vamos exemplificar para facilitar a compreensão: Carlos, José e Bruno são proprietários de
um imóvel urbano, localizado no Município de São Paulo. Carlos detém 5% do imóvel, José, 70% e
Bruno, 25%. Vamos supor, ainda, que o valor do IPTU no ano de 2013 foi de R$ 1.000,00.
Pela lógica da solidariedade, o credor (Município) pode exigir o valor de R$ 1.000,
integralmente, de Carlos, mesmo que este tenha a menor participação na propriedade. Após o
pagamento, obviamente, Carlos poderá ajuizar uma ação regressiva contra os demais devedores
solidários, com o objetivo de recuperar 95% (70% de José e 25% de Bruno) do valor pago que não
cabia a ele.
Vamos ver agora os efeitos que a solidariedade produz, que foram previstos no art. 125 do
CTN:
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um
deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.

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O primeiro efeito é que o pagamento efetuado por qualquer dos obrigados aproveita os
demais. O que isso quer dizer? No nosso exemplo, se Carlos pagou o valor de R$ 1.000,00, não
cabe ao fisco exigir o valor em duplicidade dos demais devedores, pois a obrigação tributária já
foi satisfeita em sua totalidade.
Também há que se ressaltar que a isenção ou remissão exonera todos os obrigados, salvo se
for outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo quanto aos demais pelo saldo restante.

Observação: Nesse momento, importa apenas saber que tanto a isenção como a
remissão são consideradas benefícios fiscais. Estudaremos isso em outra aula.

Deve-se diferenciar o benefício fiscal objetivo e o subjetivo. Quando a isenção, por


exemplo, é objetiva, isto é, relativa ao objeto, ela reduz a dívida como um todo. Logo, todos os
obrigados deixam de ser devedores.
Por outro lado, se a isenção é subjetiva, beneficiando apenas um dos obrigados, os
demais continuam devedores do valor restante da dívida tributária.
Mais uma vez vamos utilizar o exemplo dado. Se uma lei isenta determinados imóveis do
pagamento do IPTU, e o imóvel de Carlos, José e Bruno se enquadra nas características legais,
todos são beneficiados pela isenção.
Por outro lado, se José é portador de necessidades especiais, e a lei isenta tais pessoas do
pagamento do IPTU, podemos dizer que a isenção foi outorgada pessoalmente a José. Nesse caso,
ele deixa de pertencer à relação jurídico-tributária, juntamente com o valor do imposto que
correspondia à sua quota (R$ 700,00). Destaque-se que a solidariedade continua a existir em
relação a Carlos e Bruno, sendo que o valor total da dívida passa a ser de R$ 300,00.
O terceiro e último efeito da solidariedade é um pouco mais complexo, e eu não vejo lógica
em explicá-lo nesse momento. Por ora, é melhor que você decore.
Para facilitar, lembre-se que prescrição se refere a dois tipos de prazos:

 Prazo para o Estado promover a ação de execução fiscal, com o objetivo de


receber o valor do crédito tributário não pago pelo contribuinte;
 Refere-se ao contribuinte que pagou tributo a maior e deseja restituição da
diferença, sendo que é o prazo para ajuizar a ação anulatória contra decisão
administrativa que denegar a restituição.

Em relação ao prazo prescricional, a sua interrupção a favor ou contra um dos obrigados, favorece
ou prejudica todos os demais!

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Efeitos da Solidariedade
Aproveita aos
Pagamento
demais

Exonera todos os
demais devedores
Isenção/Remissão
Exceto se pessoal a Subsiste saldo
um deles p/demais

Interrupção da Favorece ou
Prescrição prejudica os demais

Salvo disposição de lei em


contrário...

(CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014) Se dois contribuintes forem


solidariamente responsáveis por uma obrigação tributária, o advento de uma remissão geral
objetiva do crédito afetará igualmente aos dois devedores.
Comentário: Conforme preceitua o art. 125, II, do CTN, salvo disposição de lei em contrário, a
solidariedade tem como efeito o fato de a isenção ou remissão do crédito exonerar todos os
obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, hipótese em que subsiste a
solidariedade quanto aos demais pelo saldo.
Gabarito: Correta
(FCC/TCM-RJ-Procurador/2015) A propriedade de um bem imóvel por três proprietários com
frações distintas gera
a) três fatos geradores distintos, um para cada proprietário.
b) três fatos geradores distintos, um para cada proprietário, mas com solidariedade entre
eles.

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c) um fato gerador, mas com três sujeitos passivos, cada um responsável proporcionalmente
à sua fração, sem solidariedade.
d) um fato gerador, com três sujeitos passivos solidários entre si pelo todo, por interesse
comum consistente na transmissão do bem imóvel.
e) um fato gerador, com três sujeitos passivos que somente serão devedores solidários se
houver expressa disposição legal neste sentido ou se eles tiverem expressamente assim
convencionado.
Comentário: A propriedade é uma só, ocorrendo apenas um fato gerador. Porém, como
exitem três proprietários, haverá mais de um devedor dessa obrigação tributária. Por haver
interesse comum na propriedade do imóvel, os três proprietários são devedores solidários
entre si por toda a dívida.
Gabarito: Letra D
(FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013) As pessoas expressamente designadas por lei
e as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal são solidariamente obrigadas.
Comentário: Realmente, o art. 124, do CTN, estabelece como solidariamente obrigadas: as
pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal e as pessoas expressamente designadas por lei.
Gabarito: Correta
(FGV/Fiscal de Rendas-RJ/2010) A solidariedade tributária instaura-se entre os sujeitos que
tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal e,
nesta hipótese, não comporta benefício de ordem.
Comentário: De fato, o art. 124, I, do CTN, prevê a instauração de solidariedade tributária
entre os sujeitos que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal e, nesta hipótese, não comporta benefício de ordem.
Gabarito: Correta

6 DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
O domicílio tributário é o local que o sujeito passivo (contribuinte ou responsável) elege
para fins de cadastro e comunicação com o fisco, é o local onde ele é encontrado para que dele se
exija o cumprimento das obrigações tributárias.
É importante ressaltar as palavras do ilustre autor e professor Paulo de Barros Carvalho
(grifamos):

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V decidindo,
espontaneamente, sobre o local de sua preferência. Todas as comunicações fiscais, de avisos e esclarecimentos, bem
como os atos, propriamente, de intercâmbio procedimental intimações e notificações serão dirigidas àquele lugar
escolhido, que consta dos cadastros das repartições tributárias, e onde o fisco espera encontrar a pessoa, para a
satisfação dos mútuos interesses. (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 25ª Edição. 2013. Pág. 300)

Diante do exposto, percebe-se que o domicílio é eleito pelo próprio sujeito passivo. É o
local onde ele escolhe para que receba as comunicações fiscais, como intimações e notificações.
Caso o sujeito passivo seja omisso quanto à escolha do domicílio, entre em cena o art. 127
do CTN, cuja redação é a seguinte:
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação
aplicável, considera-se como tal:
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro
habitual de sua atividade;
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em
relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade
tributante.
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-
á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência
dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a
arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.

Sendo assim, as pessoas naturais, que não elegem o seu domicílio fiscal, será este o local da
sua residência habitual. Caso o fisco não conheça este local, ou se o contribuinte não viver
habitualmente em lugar nenhum, o domicílio tributário será o centro habitual de sua atividade.

Domicílio não se confunde com residência. Esta é o local de moradia da pessoa.


Contudo, se a pessoa natural não elege o domicílio, pode ser que este seja o local da sua
residência. Veja que nem sempre isso ocorre!

Quanto às pessoas jurídicas de direito privado, o domicílio pode ser o lugar da sua sede ou o
de cada estabelecimento, para os fatos geradores neles ocorridos. Acrescente-se que o STJ (REsp
23.371/SP) tem entendido como juridicamente possível as pessoas jurídicas ou firmas individuais
possuírem mais de um domicílio tributário.

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Tratando-se de pessoa jurídica de direito público, o domicílio tributário pode ser o local de
qualquer uma de suas repartições, estando, obviamente, dentro do território da entidade
tributante.
Se as regras acima explicitadas não puderem ser aplicadas (CTN, art. 127, § 1º), será
considerado como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos
bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

Observação: Embora as bancas cobrem a literalidade do CTN, em resumo, o que acaba


de ser dito é: será o lugar dos bens ou da ocorrência do fato gerador.

Outro ponto a ser ressaltado sobre a eleição pelo sujeito passivo do seu domicílio fiscal é: a
autoridade administrativa pode recusá-lo? Sim! Conclui-se, portanto, que o direito de escolha do
contribuinte não é absoluto.
Destaque-se que a recusa por parte da autoridade administrativa só pode ser feita se for
demonstrado que o domicílio eleito pelo sujeito passivo impossibilita ou, pelo menos, dificulta a
arrecadação ou a fiscalização tributária. Logo, a recusa deve ser motivada.

 O direito de escolha do domicílio pelo sujeito passivo não é absoluto;


 A recusa por parte da autoridade deve ser motivada.

Vale ressaltar que se o domicílio eleito for recusado pelo fisco, aplica-se a mesma regra do §
1º, que é o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à
obrigação.

Vamos esquematizar mais uma vez o conteúdo visto:

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Domicílio Tributário

Caso seja
Regra: O sujeito omisso
passivo escolhe seu
domicílio tributário Pessoa natural: residência
habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de
sua atividade.
PJ de direito privado: local da
sede ou de cada estabelecimento,
para FG nele ocorrido.
O domicílio impediu PJ de direito público: qualquer de
ou dificultou a suas repartições no território da
fiscalização e entidade tributante.
arrecadação

O domicílio será o local


Autoridade dos bens ou da
administrativa ocorrência dos atos ou
recusa o domicílio fatos que deram
eleito origem à obrigação

Por fim, ainda no que se refere ao domicílio tributário do sujeito passivo, destaque-se que o
STJ tem entendido que caracteriza cerceamento de defesa do sujeito passivo notificação fiscal
enviada para endereço diferente do domicílio tributário, quando este é do conhecimento do
fisco:

TRIBUTARIO. DOMICILIO TRIBUTARIO. FIRMA INDIVIDUAL. C.T.N., ART.127, II.


APLICAÇÃO.
I - O acórdão recorrido, ao admitir como válida notificação fiscal enviada para local
diverso do domicílio tributário do contribuinte, que era do conhecimento do fisco,
ofendeu o art. 127, II, do C.T.N. II - Recurso Especial conhecido e provido.
(STJ, 33.837/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Antônio de Pádua Ribeiro, Julgamento em
04/03/1996)

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(CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014) Em regra, é juridicamente válido o


domicílio tributário eleito pelos contribuintes.
Comentário: De fato, pelo que se extrai da redação do caput do art. 127, do CTN, a regra é
que o domicílio tributário seja eleito pelo próprio sujeito passivo.
Gabarito: Correta
(FCC/Pref. Campinas-SP-Procurador/2016) É correto afirmar que a regra vigente no Direito
Tributário brasileiro é a do domicílio
a) de eleição ou legal dependendo do tributo, ou seja, para taxas e contribuições é o
domicílio legal da ocorrência do fato gerador e para impostos é o domicílio eleito pelo sujeito
passivo.
b) legal, que, para pessoa natural, é o lugar onde estabelece sua residência com ânimo
definitivo.
c) legal, ou seja, aquele definido em lei como sendo o lugar do fato gerador.
d) de eleição, salvo se este domicílio impossibilitar ou dificultar a arrecadação ou fiscalização
do tributo, hipótese em que será o local da situação dos bens ou da ocorrência do fato
gerador.
e) de eleição, salvo se houver dificuldade do Fisco para fiscalizar ou arrecadar os tributos,
hipótese em que será aplicado como domicílio tributário o domicílio civil.
Comentário:
Alternativa A: O CTN não faz qualquer relação da regra do domicílio tributário com
determinada espécie tributária. O seu art. 127 estabelece que o domicílio é eleito pelo
próprio sujeito passivo. Alternativa errada.
Alternativa B: Na verdade, a regra é o domicílio por eleição. Apenas no caso de omissão é
que se aplica a regra para pessoa natural, como sendo a sua residência habitual, ou, sendo
esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade. Alternativa errada.
Alternativa C: Na verdade, a regra é o domicílio por eleição. Alternativa errada.
Alternativa D: Realmente, a regra é a eleição pelo contribuinte do seu próprio domicílio
tributário, salvo se este domicílio impossibilitar ou dificultar a arrecadação ou fiscalização do
tributo, hipótese em que será o local da situação dos bens ou da ocorrência do fato gerador.
Alternativa correta.
Alternativa E: Na hipótese de haver dificuldade do Fisco para fiscalizar ou arrecadar os
tributos, o domicílio do contribuinte será o local da situação dos bens ou da ocorrência do
fato gerador. Alternativa errada.
Gabarito: Letra D
(FGV/Pref. Niterói-Agente Fazendário/2015) Nos termos do Código Tributário Nacional, é
correto afirmar que o domicílio tributário:

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a) pode ser livremente eleito pelo sujeito passivo da obrigação tributária, não tendo a
autoridade administrativa o poder de recusá-lo;
b) das pessoas jurídicas de direito público será considerado como aquele situado no
município de maior relevância econômica da entidade tributante;
c) das pessoas naturais será a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, aquela que a autoridade administrativa assim eleger;
d) da pessoa jurídica de direito privado que possua mais de um estabelecimento será aquele
cuja escrituração contábil demonstre maior faturamento;
e) é definido pelo lugar dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que tenham dado origem
à obrigação tributária, na impossibilidade de aplicação dos critérios do CTN.
Comentário:
Alternativa A: Em regra, o domicílio é eleito pelo sujeito passivo. Porém, a autoridade
administrativa pode recusá-lo, caso impeça ou dificulte a fiscalização tributária. Alternativa
errada.
Alternativa B: O domicílio tributário das pessoas jurídicas de direito público será qualquer de
suas repartições no território da entidade tributante. Alternativa errada.
Alternativa C: O domicílio tributário, quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual,
ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade. Alternativa
errada.
Alternativa D: O domicílio tributário da pessoa jurídica de direito privado que possua mais de
um estabelecimento será aquele no qual tenham ocorrido os fatos geradores. Alternativa
errada.
Alternativa E: É o que determina o art. 127, § 1º, do CTN. Alternativa correta.
Gabarito: Letra E

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7 QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

1. CESPE/EBSERH-Advogado/2018
Dispensada a obrigação principal ao contribuinte, também se dispensará a obrigação
acessória.
Comentário: No Direito Tributário, a obrigação tributária principal independe da obrigação
acessória. Logo, dispensada a obrigação principal ao contribuinte, a obrigação acessória ainda
é exigível.
Gabarito: Errada

2. CESPE/EBSERH-Advogado/2018
Obrigação tributária acessória relaciona-se à obrigação de fazer ou não fazer algo ou permitir
que algo seja feito pela administração tributária em prol da arrecadação ou fiscalização que
lhe compete.
Comentário: O art. 113, § 2º, do CTN, estabelece que a obrigação acessória tem por objeto as
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos. Assim, é correto afirmar que se trata de obrigação de fazer ou não
fazer algo ou permitir que algo seja feito pela administração tributária em prol da
arrecadação ou fiscalização que lhe compete.
Gabarito: Correta

3. CESPE/PGE-PE-Procurador/2018
A obrigação acessória é convertida em obrigação principal na hipótese de sua inobservância.
Comentário: É o que dispõe o art. 113, § 3º, do CTN: quando o sujeito passivo deixa de
cumprir a obrigação acessória, surge uma obrigação principal, que é a penalidade pecuniária
ou multa tributária.
Gabarito: Correta

4. CESPE/PGE-PE-Procurador/2018
O fato gerador deve ser o mesmo tanto para a obrigação principal quanto para a obrigação
acessória.

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Comentário: A obrigação tributária principal e a obrigação acessória são independentes. Isso


significa que o fato gerador da obrigação principal não guarda relação com o fato gerador da
obrigação acessória. Determinada pessoa pode estar obrigada a prestar uma declaração (obrigação
acessória), mesmo não tendo ocorrido o fato gerador da obrigação principal.
Gabarito: Errada

5. CESPE/MPE-RR-Promotor de Justiça/2017
A respeito da obrigação tributária, assinale a opção correta conforme o que dispõe o CTN.
a) A obrigação principal e sua obrigação acessória devem decorrer de um mesmo fato
gerador.
b) Obrigação principal pode ter por objeto o pagamento de penalidade tributária.
c) A obrigação principal é considerada obrigação tributária, ao passo que as obrigações
acessórias são consideradas obrigações de natureza não tributária.
d) Obrigação acessória não se converte em obrigação principal.
Comentário:
Alternativa A: A obrigação tributária principal e a obrigação acessória são independentes. Isso
significa que o fato gerador da obrigação principal não guarda relação com o fato gerador da
obrigação acessória. Determinada pessoa pode estar obrigada a prestar uma declaração (obrigação
acessória), mesmo não tendo ocorrido o fato gerador da obrigação principal. Alternativa errada.
Alternativa B: A obrigação principal tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária. Alternativa correta.
Alternativa C: A obrigação principal e a obrigação acessória são obrigações tributárias, com objetos
distintos. Alternativa errada.
Alternativa D: O art. 113, § 3º, do CTN, dispõe que, quando o sujeito passivo deixa de cumprir a
obrigação acessória, surge uma obrigação principal, que é a penalidade pecuniária ou multa
tributária.
Gabarito: Letra B

6. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017
O CTN qualifica como obrigação tributária principal aquela que tem por objeto uma prestação
pecuniária, distinguindo-a da obrigação tributária acessória, cujo objeto abrange as condutas
positivas e negativas exigidas do sujeito passivo em prol dos interesses da administração
tributária e as penalidades decorrentes do descumprimento desses deveres instrumentais.
Comentário: A obrigação tributária principal possui caráter pecuniário, tendo por objeto não só o
pagamento de tributo mas também as penalidades (multas tributárias). Assim, não se pode
classificar as penalidades decorrentes do descumprimento de deveres instrumentais como
obrigações acessórias.
Gabarito: Errada

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7. CESPE/TCE-PR-Analista de Controle/2016
Os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados se suspensiva a
condição desde o momento da prática do ato.
Comentário: Os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados se suspensiva a
condição desde o momento do seu implemento.
Gabarito: Errada

8. CESPE/TCE-PA-Auditor de Controle Externo/2016


O descumprimento de obrigação de emissão de nota fiscal dá ensejo à realização, pelo poder
público, do lançamento de ofício, para fins de aplicação da penalidade cabível. Nesse caso, a
multa aplicada equipara-se ao crédito decorrente da obrigação principal, em virtude da sua
natureza jurídica de obrigação de dar.
Comentário: De acordo com o art. 113, § 3º, do CTN, a obrigação acessória, pelo simples fato da
sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Dessa forma, ao descumprir a obrigação de emitir notas fiscais (obrigação acessória), a empresa
fica sujeita ao lançamento de ofício de multa, constituindo o crédito tributário, já que a penalidade
pecuniária também é uma obrigação tributária principal.
Gabarito: Correta

9. CESPE/PGE-AM-Procurador/2016
Para fins de cobrança, as penalidades pecuniárias impostas ao contribuinte em virtude do
descumprimento de obrigações acessórias são equiparadas à obrigação tributária principal,
visto que ambas constituem obrigação de dar.
Comentário: De fato, as multas impostas ao contribuinte em virtude do descumprimento de
obrigações acessórias são obrigações principais, pois possuem caráter pecuniário.
Gabarito: Correta

10. CESPE/FUB-Contador/2015
Constitui exemplo de obrigação tributária acessória a prestação pecuniária decorrente do
imposto de renda.
Comentário: Como se trata de prestação pecuniária, tal obrigação é necessariamente principal,
uma vez que a obrigação tributária acessória não possui caráter pecuniário.
Gabarito: Errada

11. CESPE/MPU-Analista/2015
Se uma imobiliária deixar de informar ao fisco os aluguéis pagos aos seus clientes, tal
obrigação não desaparecerá e a consequente infração tributária fará surgir a obrigação
principal referente à multa.

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Comentário: A obrigação da imobiliária de informar ao fisco os aluguéis pagos aos seus clientes é
uma obrigação acessória. O descumprimento dessa obrigação implica o surgimento de obrigação
principal referente à multa, mas a obrigação acessória não deixa de existir.
Gabarito: Correta

12. CESPE/TCE-PR-Analista de Controle/2016


Fato gerador da obrigação acessória é a situação definida em lei como necessária e suficiente
à sua ocorrência.
Comentário: O art. 115, do CTN, estabelece que o fato gerador da obrigação acessória é qualquer
situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não
configure obrigação principal.
Gabarito: Errada

13. CESPE/AGU/2015
O princípio da isonomia tributária impõe que o tributo incida sobre as atividades lícitas e,
igualmente, sobre as atividades ilícitas, de modo a se consagrar a regra da i
D IPTU
irregularmente, em área non aedificandi, não significando tal cobrança de tributo
concordância do poder público com a ocupação irregular.
Comentário: O art. 118, do CTN, estabelece a interpretação objetiva do fato gerador, ao dizer que
a definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do
seu objeto ou dos seus efeitos e dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. Em decorrência do
exposto, pouca importa se o imóvel foi construído irregularmente, se o fato gerador (propriedade
imobiliária) ocorreu, o IPTU é devido, não significando tal cobrança de tributo concordância do
poder público com a ocupação irregular.
Gabarito: Correta

14. CESPE/TRF 1ª Região-Juiz Federal Substituto/2015


A União celebrou negócio jurídico com uma sociedade empresarial. Tal operação configurou-
se como um fato gerador, uma vez que era uma situação descrita, na norma tributária, como
hipótese de incidência de um tributo. No entanto, identificou-se, posteriormente, a
irregularidade da constituição da sociedade empresarial, de modo que o negócio jurídico
celebrado com a União foi declarado nulo, não tendo sido, portanto, adimplida a obrigação
tributária, cujo termo ainda não havia transcorrido.
Nessa situação hipotética,
a) o negócio jurídico configurou fato gerador do tributo, dado o princípio da interpretação
objetiva do fato gerador.

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b) a celebração do negócio jurídico não configurou fato gerador do tributo, por ser esse
negócio inepto à produção de efeitos tributários.
c) o negócio jurídico constituiu fato gerador do tributo. No entanto, admite-se aos
contratantes o pedido de repetição do indébito após a declaração de nulidade.
d) a obrigação tributária foi extinta porque a declaração de nulidade do negócio jurídico
ocorreu antes do fim do prazo para o pagamento.
e) a sociedade empresária não tem capacidade tributária passiva, haja vista ter sido
constituída de forma irregular.
Comentário:
Alternativa A: De acordo com o que dispõe o art. 118, do CTN, a interpretação da definição legal
do fato gerador deve ser objetiva. Portanto, ficou configurado o fato gerador. Alternativa correta.
Alternativa B: Como foi dito, a interpretação da definição legal do fato gerador deve ser objetiva.
Portanto, ficou configurado o fato gerador. Alternativa errada.
Alternativa C: Não há que se falar no pedido de repetição do indébito, ou seja, não é possível
solicitar restituição do que foi pago porque a obrigação tributária existe em virtude da
configuração do fato gerador. Alternativa errada.
Alternativa D: Não houve extinção da obrigação tributária, por conta do que se depreende do art.
118, do CTN. Alternativa errada.
Alternativa E: Ainda que tenha sido constatada a irregularidade da constituição da sociedade
empresarial, não se pode dizer que não há capacidade tributária passiva, haja vista que isso
independe de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma
unidade econômica ou profissional. Alternativa correta.
Gabarito: Letra A

15. CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014


De acordo com o Código Civil, será válido o ato jurídico dissimulado que não apresentar vício
de substância nem de forma, o que significa que a autoridade administrativa fiscal não
poderá desconsiderar tal ato, ainda que praticado com a finalidade de dissimular a ocorrência
do fato gerador do tributo.
Comentário: Realmente, consta no art. 167, do Código Civil, que é nulo o negócio jurídico
simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. Contudo, o
par. único do art. 116, do CTN, prevê que a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos
ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do
tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os
procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. Logo, a questão está errada.
Gabarito: Errada

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16. CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014


Se um negócio for considerado juridicamente inválido, e se tal negócio configurar a
ocorrência do fato gerador de um tributo, tal invalidez não afetará a validade tributária do
negócio, devendo-se considerar, assim, ocorrido o fato gerador.
Comentário: De acordo com as definições do art. 118, I, do CTN, ainda que o negócio jurídico
tenha sido considerado inválido, se restou configurada a ocorrência do fato gerador de
determinado tributo, permanecem os efeitos tributários daí decorrentes. Vamos relembrar do que
consta no referido dispositivo: a definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da
validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros,
bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. ==40610==

Gabarito: Correta

17. CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014


Considere que determinado médico tenha sido contratado particularmente e de forma
incondicional para realizar uma cirurgia de alto risco em um paciente e que o paciente tenha
falecido na cirurgia. Nessa situação, apesar do falecimento, ocorreu o fato gerador do
imposto sobre serviços de qualquer natureza, já que, para a definição do fato gerador, não se
devem levar em conta os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
Comentário: É exatamente o que consta no art. 118, II, do CTN. Se o serviço foi prestado pelo
médico, o fato gerador ocorreu, independentemente dos efeitos dos fatos ocorridos (falecimento
do paciente).
Gabarito: Correta

18. CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014


Diante da ocorrência de um fato gerador previsto na legislação tributária em qualquer de
suas formas, surge a obrigação principal, ou seja, a obrigação de pagar.
Comentário: O fato gerador pode se referir não só a uma obrigação principal, mas também a
uma obrigação acessória. Nessa linha, estabelece o art. 115, do CTN, que fato gerador da
obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática
ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
Gabarito: Errada

19. CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014


Se um indivíduo tiver a obrigação tributária de pagar uma multa, então essa obrigação será
considerada principal.

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Comentário: De acordo com o art. 113, § 1°, do CTN, a obrigação principal surge com a ocorrência
do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se
juntamente com o crédito dela decorrente.
Gabarito: Correta

20. CESPE/TJ-SE- Titular de Serviços de Notas e de Registros/2014


No que se refere a fato gerador e obrigação tributária, assinale a opção correta.
a) O fato gerador da obrigação acessória deve estar previsto em lei específica.
b) Fato gerador é a situação prevista em lei e cuja ocorrência faça surgir o crédito tributário.
c) A transmissão de bem imóvel, por ato oneroso, configura fato gerador do ITBI, iniciando-se
nesse momento a contagem do prazo prescricional da obrigação.
d) A obrigação tributária origina-se com o lançamento.
e) A obtenção de renda decorrente de negócio, ainda que ilícito, constitui fato gerador do
imposto sobre a renda.
Comentário:
Alternativa A: Diferentemente do que ocorre com o fato gerador da obrigação principal, o fato
gerador da obrigação acessória não precisa estar previsto em lei, podendo ser previsto em atos
normativos infralegais. Alternativa errada.
Alternativa B: O fato gerador faz surgir a obrigação tributária, e não o crédito tributário, o que
ocorre, no caso da obrigação principal, apenas com o lançamento. Alternativa errada.
Alternativa C: Realmente, a transmissão onerosa de bem imóvel configura fato gerador do ITBI,
mas o prazo prescricional, isto é, o prazo para que a Fazenda Pública proponha a ação de execução
fiscal para cobrar judicialmente o crédito tributário, conta-se a partir da constituição definitiva do
crédito tributário, e não a partir do fato gerador, conforme art. 174, do CTN. Embora não
tenhamos estudado este assunto, esta alternativa está errada.
Alternativa D: A obrigação tributária surge com a ocorrência do fato gerador, e não com o
lançamento. Alternativa errada.
Alternativa E: Pouco importa se o negócio que gerou a renda é ilícito, já que a definição legal do
fato gerador (no caso, do imposto de renda) é interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos
atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da
natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Alternativa correta.
Gabarito: Letra E

21. CESPE/PGE-PI-Procurador do Estado Substituto/2014


A definição do fato gerador da obrigação principal e da obrigação acessória submete-se à
reserva de lei em sentido formal: na primeira espécie obrigacional, a sua ocorrência dá ensejo
a uma obrigação de dar; na segunda, há o surgimento de uma obrigação de fazer e não fazer.

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Comentário: O erro desta assertiva foi dizer que a definição do fato gerador tanto da obrigação
principal como da obrigação acessória submete-se à reserva de lei em sentido formal, algo que só
ocorre com aquela. Em relação ao objeto das obrigações, não há erros.
Gabarito: Errada

22. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. Não é possível que uma
obrigação acessória se converta em principal, pois esta é vinculada à ocorrência do fato
gerador.
Comentário: Conforme o § 3º do art. 113, do CTN, a obrigação acessória, pelo simples fato da sua
inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária (multas
tributárias).
Gabarito: Errada

23. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. A autoridade administrativa
pode desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a
ocorrência de fato gerador de tributo; o procedimento a ser adotado deve ser estabelecido
por lei ordinária.
Comentário: É isso mesmo! A autoridade administrativa pode desconsiderar tais negócios
jurídicas. Contudo, o procedimento a ser adotado deve ser estabelecido em lei ordinária, conforme
par. único do art. 116, do CTN.
Gabarito: Correta

24. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
De acordo com o CTN, são apenas duas as espécies de obrigação tributária: a principal e a
acessória.
Comentário: Questão sem mistérios. Há duas espécies de obrigação tributária, quais sejam:
principal e acessória.
Gabarito: Correta

25. CESPE/PROCURADOR-PE/2009-Adaptada
A respeito do ICMS e das obrigações tributárias a ele relativas, julgue a assertiva a seguir. Ao
emitir nota fiscal, o responsável pelo recolhimento do
ICMS pratica obrigação tributária principal.
Comentário: A emissão de nota fiscal constitui exemplo de obrigação principal acessória. A
obrigação principal tem por objeto o pagamento de tributos ou multas.
Gabarito: Errada

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26. CESPE/PROCURADOR-PE/2009
Reputa-se acessória a obrigação tributária imposta ao contribuinte, no sentido de tolerar
atividades de fiscalização do recolhimento do ICMS.
Comentário: O objeto da obrigação acessória consiste em uma prestação de fazer ou deixar de
fazer, sendo exemplo desta o fato de o contribuinte ter de tolerar atividades de fiscalização do
recolhimento do ICMS.
Gabarito: Correta

27. CESPE/PROCURADOR-PE/2009
A obrigação tributária consistente no dever de manter escrita contábil referente ao ICMS
decorre sempre da lei stricto sensu.
Comentário: Tal assertiva revela o posicionamento do CESPE, no sentido de que as obrigações
acessórias não decorrem da lei em sentido estrito, podendo vir a ser estabelecida por atos
normativos infralegais.
Gabarito: Errada

28. FCC/Pref. Teresina Auditor-Fiscal/2016


O Código Tributário Nacional estabelece disciplina a respeito das obrigações tributárias,
dividindo-as em principais e acessórias.
De acordo com esse Código, a obrigação
a) acessória decorre de fato gerador de taxas e contribuições especiais, enquanto que a
obrigação principal decorre de fato gerador de imposto.
b) acessória tem por objeto o lançamento de penalidade pecuniária.
c) principal, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em direito subjetivo da
Fazenda Pública de propor execução fiscal.
d) principal tem como fato gerador qualquer situação que, na forma da legislação aplicável,
imponha a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação acessória.
e) principal é extinta juntamente com a extinção do crédito tributário que dela decorreu.
Comentário:
Alternativa A: De acordo com o art. 113, do CTN, a obrigação principal surge com a ocorrência do
fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Já a obrigação
acessória é desprovida de caráter pecuniário, tendo por objeto as prestações, positivas ou
negativas, no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.. Alternativa errada.
Alternativa B: Conforme comentado, a obrigação acessória é desprovida de caráter pecuniário,
tendo por objeto as prestações, positivas ou negativas, no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos. Alternativa errada.
Alternativa C: A inobservância da obrigação principal consiste na falta de pagamento. Contudo,
isso não implica conversão em direito subjetivo da Fazenda Pública de propor execução fiscal, uma

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vez que é necessária a inscrição do crédito tributário em dívida ativa, para permitir a posterior
ação de execução fiscal. Alternativa errada.
Alternativa D: Trata-se, na realidade, do fato gerador da obrigação acessória, disciplinado no art.
115. Alternativa errada.
Alternativa E: Conforme prevê o art. 113, § 1º, do CTN, a obrigação principal surge com a
ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e
extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. Alternativa correta.
Gabarito: Letra E

29. FCC/PGE-MA-Procurador/2016
Sobre obrigação tributária, é correto afirmar que
a) a obrigação tributária principal sempre pressupõe o prévio ou posterior cumprimento de
obrigação tributária acessória.
b) todo sujeito passivo de obrigação tributária principal sempre também será de obrigação
tributária acessória.
c) a obrigação tributária acessória independe da obrigação tributária principal e existe no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
d) somente pode ser objeto de obrigação tributária acessória aquele previsto em lei ou ato
normativo para ser sujeito passivo de obrigação tributária principal.
e) a obrigação tributária principal se converte em obrigação tributária acessória quando se
trata de pagamento de multa por infração à legislação tributária.
Comentário:
Alternativa A: A obrigação principal independe da obrigação acessória. Assim, aquela não
pressupõe o prévio ou posterior cumprimento desta. Alternativa errada.
Alternativa B: Não necessariamente o sujeito passivo de obrigação tributária principal sempre
também será de obrigação tributária acessória. Alternativa errada.
Alternativa C: A obrigação acessória, como comentado, independe da obrigação tributária
principal. De acordo com o art. 113, § 2º, do CTN, a obrigação acessória decorre da legislação
tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Alternativa correta.
Alternativa D: De acordo com o art. 113, § 2º, do CTN, a obrigação acessória decorre da legislação
tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Alternativa errada.
Alternativa E: O que ocorre, segundo dispõe o art. 113, §3º, do CTN, é que a obrigação acessória,
pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à
penalidade pecuniária. Alternativa errada.
Gabarito: Letra C

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30. FCC/Procurador-AL-PB/2013
Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
Comentário: A questão está literalmente conforme o art. 115, do CTN, que define o fato gerador
da obrigação acessória. Por esse motivo, a questão está correta.
Gabarito: Correta

31. FCC/Procurador-AL-PB/2013
Autoridade administrativa, observados os procedimentos estabelecidos em lei ordinária,
pode efetuar a desconsideração de atos ou de negócios jurídicos praticados com a finalidade
de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo.
Comentário: De fato, a autoridade administrativa pode efetuar a desconsideração de atos ou de
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do
tributo, desde que observe os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária, conforme
prevê o par. único do art. 116, do CTN.
Gabarito: Correta

32. FCC/Procurador-AL-PB/2013
Fato gerador da obrigação principal é situação definida em decreto do executivo ou resolução
do Senado Federal como necessária e suficiente à sua ocorrência.
Comentário: Nos termos do art. 114, do CTN, fato gerador da obrigação principal é a situação
definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
Gabarito: Errada

33. FCC/Procurador-João Pessoa-PB/2012


Considera-se ocorrido o fato gerador desde o momento do implemento da condição,
tratando-se de negócio jurídico gravado com condição resolutiva.
Comentário: Tratando-se de negócio jurídico submetido a condição resolutiva, considera-se
ocorrido o fato gerador desde o momento da celebração do negócio.
Gabarito: Errada

34. FCC/Procurador-João Pessoa-PB/2012


Considera-se ocorrido o fato gerador desde o momento da prática do ato ou celebração do
negócio, tratando-se de negócio jurídico gravado com condição suspensiva.
Comentário: Tratando-se de negócio jurídico submetido a condição suspensiva, considera-se
ocorrido o fato gerador desde o momento do implemento da condição.
Gabarito: Errada

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35. FGV/SEFIN-RO-Técnico Tributário/2018


O Banco Delta transferiu do Estado Y para o Estado Z bens próprios, de seu ativo imobilizado,
que seriam utilizados em seus estabelecimentos no Estado Z. O Banco Delta tem sede no
Estado Y e não é contribuinte do ICMS.
Entretanto, o banco foi multado pelo Estado Z, constando da autuação que houve
descumprimento da obrigação acessória de emissão de nota fiscal, conforme consta do
Regulamento do ICMS do Estado de destino dos bens transferidos. Nessa hipótese,
a) o Estado Z agiu de forma ilegal, por não haver obrigação de emissão de nota fiscal, não
existindo venda.
b) a exigência do cumprimento da obrigação acessória está correta, o que permite ao fisco
exercer seu dever de fiscalização.
c) o Estado Z extrapolou o seu poder de polícia, por que na hipótese a obrigação principal não
existe.
d) a obrigação de emissão de nota fiscal só poderia ser exigida pelo Estado Y.
e) o Estado Z agiu corretamente, já que houve circulação física e jurídica de bens entre as
unidades da Federação.
Comentário: A obrigação acessória pode subsistir mesmo diante da inexistência de obrigação
principal. Assim, mesmo não sendo contribuinte do ICMS, o Banco Delta deveria emitir a nota
fiscal, sob pena da aplicação de uma multa tributária, com base no art. 113, § 3º, do CTN. Assim
sendo, a exigência do cumprimento da obrigação acessória está correta, o que permite ao fisco
exercer seu dever de fiscalização.
Gabarito: Letra B

36. FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015


Não emitir nota fiscal em operações de venda de livros não é suficiente para que esta
obrigação acessória se transforme em obrigação principal com relação à penalidade
pecuniária.
Comentário: Ao descumprir determinada obrigação acessória, o sujeito passivo fica sujeito à
conversão da obrigação acessória em principal, relativamente à penalidade pecuniária.
Gabarito: Errada

37. FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015


A lei de instituição de um tributo previu como fato gerador um negócio jurídico condicional.
Assim, considerar-se-á como ocorrido o fato gerador:
a) desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio, se a condição for
suspensiva;
b) desde o momento do implemento da condição, se esta for resolutória;

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c) desde o momento da implementação da celebração do negócio, seja a condição resolutória


ou suspensiva;
d) desde o momento do implemento da condição, se esta for suspensiva;
e) desde o momento da exteriorização do negócio, por publicação, se a condição for
suspensiva.
Comentário:
Alternativa A: Se a condição é suspensiva, o fato gerador considera-se ocorrido desde o momento
de seu implemento. Alternativa errada.
Alternativa B: Se a condição é resolutória, o fato gerador considera-se ocorrido desde o momento
da prática do ato ou da celebração do negócio. Alternativa errada.
Alternativa C: As regras são distintas, a depender se o negócio jurídico condicional está submetido
à condição suspensiva ou resolutória. Alternativa errada.
Alternativa D: Se a condição é suspensiva, o fato gerador considera-se ocorrido desde o momento
de seu implemento. Alternativa correta.
Alternativa E: Se a condição é suspensiva, o fato gerador considera-se ocorrido desde o momento
de seu implemento. Alternativa errada.
Gabarito: Letra D

38. FGV/Câmara Municipal do Recife-PE-Consultor Legislativo/2014


O fato gerador da obrigação principal é a situação definida na(o):
a) Constituição Federal;
b) lei;
c) Código Tributário Nacional;
d) decreto legislativo;
e) lei complementar.
Comentário: A obrigação tributária é principal ou acessória. No caso da obrigação principal, o fato
gerador é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. É o que prevê o
art. 114, do CTN.
Gabarito: Letra B

39. FGV/Pref. Recife-PE-Auditor do Tesouro Municipal/2014


Assinale a opção que indica um efeito do fato gerador.
a) Fixa a hipótese de incidência do tributo.
b) Determina o regime jurídico da obrigação tributária.
c) Estabelece a hipótese de incidência da obrigação tributária acessória.
d) Discrimina os tributos de competência de cada ente político.

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e) Indica o local onde o tributo deve ser pago.


Comentário:
Alternativa A: É a lei que fixa a hipótese de incidência do tributo, que é a situação abstrata
ensejadora do surgimento da obrigação tributária, quando ocorrido o fato gerador. Alternativa
errada.
Alternativa B: A natureza jurídica do tributo é determinada pelo seu fato gerador. Logo, a
determinação do regime jurídico da obrigação tributária é um efeito do fato gerador. Alternativa
correta.
Alternativa C: O mesmo raciocínio explicado na Alternativa A é aplicável nesta, lembrando que a
obrigação tributária acessória não necessariamente é prevista em lei. Alternativa errada.
Alternativa D: É a CF/88 que discrimina os tributos de competência de cada ente federativo.
Alternativa errada.
Alternativa E: O fato gerador não define o local onde o tributo deve ser pago. Alternativa errada.
Gabarito: Letra B

40. FGV/AFRE- RJ/2011


O objeto da obrigação tributária se traduz em uma prestação, de cunho patrimonial ou não,
devida pelo contribuinte ou responsável. Em relação à obrigação tributária, é correto dizer
que
a) A obrigação tributária de conteúdo patrimonial é chamada de obrigação principal, ao passo
que a acessória se caracteriza pela prestação de conteúdo não patrimonial, consubstanciada
em obrigações de fazer e não fazer. Entretanto, a não observância da obrigação acessória
tem o condão de convertê-la em principal relativamente à penalidade pecuniária.
b) A obrigação tributária principal, representada por uma obrigação de dar, surge no
momento do lançamento do tributo que, por sua vez, constitui o crédito tributário. Esta
obrigação decorre de legislação tributária específica e extingue-se juntamente com o crédito
dela decorrente.
c) A obrigação tributária, seja ela principal ou acessória, é sempre uma obrigação de cunho
patrimonial quando se refere a uma obrigação de fazer ou não fazer.
d) De modo análogo à obrigação civil, a obrigação tributária acessória decorre da obrigação
principal. Nesse diapasão, também pode se dizer que, extinta a obrigação principal, extinta
está a obrigação acessória, mas a extinção da obrigação acessória não implica,
necessariamente, a extinção da obrigação principal.
e) A obrigação acessória, caracterizada por obrigações de fazer e não fazer tais como emitir
notas fiscais, manter a escrituração dos livros em dia, entregar as declarações de acordo com
as instruções do fisco, não impedir o livre acesso da fiscalização à empresa, etc., decorre de
legislação tributária específica, no interesse exclusivo de arrecadação dos tributos.
Comentário:

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Alternativa A: A obrigação principal possui conteúdo patrimonial, tendo por objeto o pagamento
de tributo ou penalidade pecuniária. A obrigação acessória possui conteúdo não patrimonial,
caracterizado por obrigações de fazer ou não fazer. Ademais, conforme afirmado, a inobservância
da obrigação acessória tem o condão de convertê-la em principal relativamente à penalidade
pecuniária. Trata-se basicamente da redação do art. 113, do CTN. Alternativa correta.
Alternativa B: A obrigação principal surge no momento da ocorrência do fato gerador e deve estar
prevista na lei, e não legislação tributária, que pode compreender também os atos normativos
infralegais. Alternativa errada.
Alternativa C: A obrigação principal possui conteúdo patrimonial, tendo por objeto o pagamento
de tributo ou penalidade pecuniária. A obrigação acessória possui conteúdo não patrimonial,
caracterizado por obrigações de fazer ou não fazer. Alternativa errada.
Alternativa D: A obrigação acessória, no Direito Tributário, independe da obrigação principal.
Alternativa errada.
Alternativa E: O
as atividades de
fiscalização tributária. Alternativa errada.
Gabarito: Letra A

41. FGV/Sudene- PE- Analista Técnico Adm./2013


Assinale a alternativa em que a segunda assertiva completa o sentido da primeira.
a) A obrigação tributária é principal ou acessória / no caso da acessória há vínculo jurídico
sem conteúdo patrimonial.
b) As obrigações têm caráter de patrimonialidade genérica, no ordenamento jurídico
tributário / isto ocorre em função do descumprimento da obrigação acessória gerar multa.
c) A obrigação tributária gera, para o sujeito passivo, um dever / este dever nasce com a lei e
a partir dela se torna exigível.
d) As obrigações tributárias são sempre de dar / isto em função da possibilidade de
transmutação da obrigação de fazer ou não fazer em imposição de multa.
e) A obrigação tributária principal é de dar / ela tem como sua única fonte o texto da lei que
criou a hipótese de incidência.
Comentário:
Alternativa A: Realmente, a obrigação tributária pode ser principal ou acessória, sendo que no
caso da obrigação acessória há vínculo jurídico sem conteúdo patrimonial. Alternativa correta.
Alternativa B: A obrigação tributária pode ter ou não conteúdo patrimonial, a depender da sua
caracterização como principal ou acessória, respectivamente. Alternativa errada.
Alternativa C: A obrigação tributária nasce com a ocorrência do fato gerador, sendo este previsto
em lei. Alternativa errada.

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Alternativa D: A obrigação tribut


obrigações acessórias, consistentes no dever de fazer ou deixar de fazer algo. Alternativa errada.
Alternativa E: A afirmativa está incorreta, pois se norma posterior altera as alíquotas aplicáveis ao
tributo, esta norma deve ser utilizada como fonte da obrigação tributária principal. Alternativa
errada.
Gabarito: Letra A

42. FGV/Procurador AL - MT /2013


Lei de determinado Estado da Federação estabelece base de cálculo reduzida para o ICMS
dos produtos que compõem a cesta básica. A lei foi regulamentada por ato normativo do
executivo que subordinou a aplicação da base legalmente reduzida ao cumprimento, pelo
contribuinte, das obrigações acessórias.
A Sociedade Delta Ltda. procedeu à saída de mercadoria da cesta básica de seu
estabelecimento desacompanhada de nota fiscal.
Neste caso,
a) não incide a redução do imposto, visto que não cumprida obrigação acessória.
b) incide a redução prevista na lei estadual, já que a fixação da base de cálculo está sujeita a
reserva legal.
c) incide a redução prevista na lei estadual, mas fica suspensa até que seja regularizada a
saída da mercadoria.
d) não incide a redução do imposto, já que o Executivo tem a faculdade de limitar os
beneficiados pela redução da base de cálculo.
e) a redução da base de cálculo constitui renúncia fiscal cuja fruição pode ser condicionada
pela Administração Fiscal ao cumprimento das obrigações acessórias.
Comentário: A obrigação principal é definida em lei, não podendo, portanto, sofrer alterações em
virtude de ato infralegal. Ademais, o cumprimento ou não de obrigação acessória não altera o
valor do tributo devido, podendo acarretar, entretanto, a aplicação de penalidades pecuniárias.
Portanto, no caso hipotético apresentado, incide a redução prevista na lei estadual, já que a
fixação da base de cálculo está sujeita a reserva legal.
Gabarito: Letra B

43. ESAF/MPOG-APO/2015
Sobre obrigação tributária e fato gerador tributário, é incorreto afirmar que
a) a obrigação tributária principal nasce com a inscrição do crédito tributário na dívida ativa.
b) a obrigação tributária principal tem necessária natureza pecuniária e somente pode ser
instituída por lei em sentido estrito/formal, enquanto que a obrigação tributária acessória
tem necessária natureza não- pecuniária.

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c) a obrigação tributária acessória configura obrigação de fazer (prestação positiva) ou de não


fazer (prestação negativa) prevista no interesse da arrecadação tributária ou da
administração tributária.
d) o fato gerador da obrigação tributária principal é situação definida na lei tributária
necessária e suficiente à geração da correspondente obrigação de pagar.
e) o fato gerador da obrigação acessória é situação definida na legislação tributária que
imponha a prática ou a abstenção de ato que não seja próprio à obrigação principal.
Comentário:
Alternativa A: A obrigação tributária principal nasce com a ocorrência do fato gerador, e não com
a inscrição do crédito tributário na dívida ativa. Alternativa errada.
Alternativa B: De fato, a obrigação principal tem natureza pecuniária, devendo ser instituída em
lei, e a obrigação acessória não possui natureza pecuniária. Alternativa correta.
Alternativa C: Conforme previsão no art. 113, § 2º, do CTN, A obrigação acessória decorre da
legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Alternativa correta.
Alternativa D: Realmente, pela redação do art. 114, do CTN, fato gerador da obrigação principal é
a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Alternativa correta.
Alternativa E: De acordo com o art. 115, do CTN, fato gerador da obrigação acessória é qualquer
situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não
configure obrigação principal.
Gabarito: Letra A

44. ESAF/ATRFB/2012
Em regra, a definição do fato gerador da obrigação tributária principal só pode ser
estabelecida em lei, mas a definição do sujeito passivo dessa obrigação pode ser estabelecida
em decretos e normas complementares.
Comentário: A definição do fato gerador bem como o sujeito passivo da obrigação tributária
principal devem sempre ser estabelecidos por lei.
Gabarito: Errada

45. ESAF/ATRFB/2012
A obrigação acessória tem por objeto a prestação positiva de pagamento do tributo ou
penalidade pecuniária e outras prestações previstas no interesse da arrecadação.
Comentário: A obrigação acessória tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela
previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos, que não se confundem com o
pagamento do tributo ou penalidade (este objeto se refere à obrigação principal).
Gabarito: Errada

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46. ESAF/ATRFB/2012
Poderão ser desconsiderados pela autoridade os atos ou negócios jurídicos praticados com a
finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo.
Comentário: O art. 116, par. único, do CTN, estabelece que a autoridade administrativa poderá
desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do
fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária,
observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.
Gabarito: Correta

47. ESAF/ISS-RJ-Fiscal de Rendas/2010


O art. 150, inciso I, da Constituição Federal, dispõe que, sem prejuízo de outras garantias
asseguradas aos contribuintes, é vedado aos entes tributantes
exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
Tal afirmativa permite-nos concluir que a lei que veicula a norma tributária impositiva deverá
conter os aspectos indispensáveis para que se possa determinar o surgimento e o conteúdo
da obrigação tributária. Sobre tais aspectos, julgue os itens a seguir:
I. aspecto material: descrição da situação geradora da obrigação tributária;
II. aspecto espacial: onde a ocorrência da situação geradora da obrigação tributária será
relevante;
III. aspecto temporal: quando se deve considerar ocorrida a situação geradora da obrigação
tributária;
IV. aspecto pessoal: quem está obrigado ao pagamento (sujeito passivo), e em favor de quem
(sujeito ativo);
V. aspecto quantitativo: qual o montante devido da obrigação tributária.
Estão corretos:
a) apenas os itens I, IV e V.
b) apenas os itens I, II e V.
c) apenas os itens I, III, IV e V.
d) apenas os itens III, IV e V.
e) todos os itens estão corretos.
Comentário:
Item I: Trata-se do aspecto substancial da hipótese de incidência. Item correto.
Item II: Diz respeito aos limites territoriais da incidência do tributo ou ao local específico em que se
considera ocorrido o fato gerador.Item correto.
Item III: É o aspecto que define o momento em que o fato gerador considera-se ocorrido, sendo
este o marco para se definir a lei vigente e as alíquotas aplicáveis. Item correto.

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Item IV: Define quem é o credor (sujeito ativo) da obrigação tributária, bem com os respectivos
devedores (sujeito passivo). Item correto.
Item V: Esse aspecto define o quantum debeatur, isto é, o quanto o devedor deve pagar de tributo.
Item correto.
Gabarito: Letra E

48. VUNESP/Pref. Alumínio-SP-Procurador Jurídico/2016


Estabelece o Código Tributário Nacional (CTN) que
a) o fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e
suficiente à sua ocorrência.
b) o fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe o pagamento de tributo ou penalidade cabível.
c) salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os
seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são
próprios.
d) salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os
seus efeitos, tratando-se de situação de fato, desde o momento em que esteja
definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.
e) a autoridade administrativa não poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a
natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a
serem estabelecidos em lei ordinária.
Comentário:
Alternativa A: Conforme estabelece o art. 114, do CTN, o fato gerador da obrigação principal é
realmente a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Alternativa
correta.
Alternativa B: O objeto da obrigação tributária acessória não é o pagamento do tributo ou
penalidade, mas sim a prática ou abstenção de ato que não configure obrigação principal.
Alternativa errada.
Alternativa C: Na realidade, em conformidade com o disposto no art. 116, II, do CTN, em se
tratando de situação jurídica, considera-se ocorrido o fato gerador desde o momento em que
esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável. Alternativa errada.
Alternativa D: Na linha do que consta no art. 116, I, do CTN, em se tratando de situação de fato,
considera-se ocorrido o fato gerador desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias
materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios. Alternativa
errada.
Alternativa E: O art. 116, par. único, do CTN, autoriza a autoridade administrativa desconsiderar
atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador

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do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os


procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. Alternativa errada.
Gabarito: Letra A

49. VUNESP/Câmara Municipal Poá-SP-Procurador Jurídico/2016


A obrigação tributária principal, de acordo com o Código Tributário Nacional (CTN),
a) surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
b) decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela
previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
c) surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto as prestações, positivas ou
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
d) decorre do fenômeno jurídico da subsunção e tem por objeto as prestações negativas, no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
e) surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto as prestações, positivas ou
negativas, nela previstas no interesse do sujeito passivo da obrigação tributária.
Comentário:
Alternativa A: Prevê o art. 113, § 1º, do CTN, que a obrigação tributária principal surge com a
ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e
extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. Alternativa correta.
Alternativa B: A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Alternativa errada.
Alternativa C: A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Alternativa errada.
Alternativa D: De fato, o fato gerador da obrigação principal surge com o fenômeno da subsunção
do fato à norma, mas tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Alternativa errada.
Alternativa E: Embora a obrigação principal realmente surja com a ocorrência do fato gerador, tem
por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária, diferentemente do que foi apontado
na assertiva. Alternativa errada.
Gabarito: Letra A

50. VUNESP/Pref. Arujá-SP-Fiscal Tributário/2015


Assinale a alternativa correta no que respeita às obrigações tributárias.
a) A obrigação principal consiste no pagamento do tributo, e a acessória, no pagamento da
multa.
b) A obrigação acessória depende da prévia existência da obrigação principal, dada a
aplicação do princípio de que o acessório segue o principal.

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c) A obrigação principal e a acessória são totalmente independentes, já que são distintos seus
objetos.
d) Os objetos da obrigação acessória e da principal são distintos, mas uma não existe sem a
outra.
e) A obrigação principal é uma obrigação de fazer, e a obrigação acessória, uma obrigação de
não fazer.
Comentário:
Alternativa A: A obrigação principal tem como objeto o pagamento de tributo e multas, conforme
prevê o art. 113, § 1º, do CTN. Alternativa errada.
Alternativa B: A obrigação acessória independe da obrigação principal. Assim, mesmo uma pessoa
imune pode estar sujeita ao cumprimento de obrigações acessórias. Alternativa errada.
Alternativa C: Realmente, a obrigação principal e a acessória são totalmente independentes.
Alternativa correta.
Alternativa D: Os objetos da obrigação acessória e da principal são distintos, e uma pode existir
sem a outra. Alternativa errada.
Alternativa E: A obrigação principal é uma obrigação de dar, e a obrigação acessória uma
obrigação de fazer ou deixar de fazer algo. Alternativa errada.
Gabarito: Letra C

SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

51. CESPE/PGE-PE-Procurador/2018
O sujeito ativo da obrigação acessória é denominado responsável tributário.
Comentário: Na realidade, é o sujeito passivo que se denomina contribuinte ou responsável
tributário.
Gabarito: Errada

52. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017
O sujeito passivo da obrigação principal denomina-se contribuinte quando, dada sua
vinculação ao fato gerador, sua sujeição decorre expressamente de determinação legal, ainda
que não tenha relação pessoal e direta com a ocorrência de tal fato.
Comentário: A definição de contribuinte disposta no art. 121, par. único, I, do CTN, prevê que este
deve ter relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. Caso
contrário, será classificado como responsável, e não contribuinte.
Gabarito: Errada

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53. CESPE/PC-GO-Delegado/2017
Ricardo, com quinze anos de idade, traficou entorpecentes por três meses, obtendo uma
renda de R$ 20.000. Informado pela autoridade competente, um auditor da Receita Federal
do Brasil efetuou lançamento contra o menor. Tendo como referência essa situação
hipotética, assinale a opção correta.
a) O tráfico de entorpecente é ato ilícito, sendo responsáveis pelos prejuízos dele
decorrentes, nos termos da lei civil, os pais de Ricardo, que deverão recolher o tributo a título
de sanção cível.
b) A capacidade tributária independe da capacidade civil, de modo que é correto o
lançamento contra o menor que, no caso, percebeu remuneração que pode ser considerada
renda.
c) O tráfico de entorpecente é atividade que gera proveito econômico, o que justifica torná-lo
fato gerador de tributo, não podendo, no entanto, Ricardo, por ser incapaz, sofrer
lançamento, devendo a renda percebida ser imputada aos seus pais.
d) O tráfico de entorpecente, por ser crime, não pode ser objeto de tributação, pois o
pagamento de imposto em tal hipótese significaria que o Estado estaria chancelando uma
atividade ilícita, sendo, portanto, insubsistente o lançamento.
e) Ricardo, por ser incapaz, não pode sofrer lançamento, não constituindo renda eventuais
ganhos econômicos que ele venha a ter.
Comentário:
Alternativa A: Para os efeitos tributários, pouco importa se Ricardo é menor de idade, civilmente
incapaz. Assim sendo, Ricardo é contribuinte do Imposto de Renda, podendo o Auditor-Fiscal da
Receita Federal lançar o imposto tendo-o como sujeito passivo. Alternativa errada.
Alternativa B: De acordo com o art. 126, do CTN, a capacidade tributária passiva independe da
capacidade civil das pessoas naturais. Assim sendo, é correto o lançamento contra o menor.
Alternativa correta.
Alternativa C: O tráfico de entorpecente não pode ser propriamente o fato gerador do tributo,
mas sim a renda dele proveniente. Ademais, Ricardo, mesmo incapaz, pode sofrer o lançamento,
com base no art. 126, do CTN. Alternativa errada.
Alternativa D: De acordo com o art. 118, I, do CTN, a definição legal do fato gerador é interpretada
abstraindo-se a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes,
responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Portanto, se
Ricardo auferiu renda, está sujeito ao imposto de renda, já que o fato gerador desse imposto
ocorreu e deve ser abstraído da validade jurídica dos atos práticos pelo contribuinte. Alternativa
errada.
Alternativa E: De acordo com o art. 126, do CTN, a capacidade tributária passiva independe da
capacidade civil das pessoas naturais. Assim sendo, é correto o lançamento contra o menor.
Alternativa correta.

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Gabarito: Letra B

54. CESPE/TCE-PR-Analista de Controle/2016


O sujeito ativo da obrigação tributária pode ser a pessoa jurídica de direito privado titular da
competência para exigir o seu cumprimento.
Comentário: O art. 119, do CTN, dispõe que sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de
direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. Assim, não pode ser pessoa
jurídica de direito privado.
Gabarito: Errada

55. CESPE/PC-PE-Delegado/2016
Tendo como referência o disposto no CTN, assinale a opção correta.
a) A capacidade tributária passiva é plena e independe da capacidade civil.
b) Não haverá incidência tributária sobre atividades ilícitas.
c) A obrigação tributária principal nasce com o lançamento do fato gerador.
d) Fato gerador corresponde ao momento abstrato previsto em lei que habilita o início da
relação jurídico-tributária.
e) A denominação do tributo e a destinação legal do produto de sua arrecadação são
essenciais para qualificá-lo.
Comentário:
Alternativa A: De acordo com o art. 126, I, do CTN, a capacidade tributária passiva independe da
capacidade civil. Assim sendo, o civilmente incapaz possui capacidade tributária passiva plena.
Alternativa correta.
Alternativa B: De acordo com o art. 118, I, do CTN, a definição legal do fato gerador é interpretada
abstraindo-se da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes,
responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Portanto, é
possível que haja incidência tributária sobre atividades ilícitas, se na prática destas atividades
restar caracterizado o fato gerador da obrigação tributária. Alternativa errada.
Alternativa C: A obrigação tributária principal nasce com a ocorrência do fato gerador. Não há que
A
Alternativa D: Na realidade, é a hipótese de incidência que corresponde ao momento abstrato
previsto em lei que habilita o início da relação jurídico-tributária. O fato gerador é aquele ocorrido
no mundo dos fatos que se amolda à hipótese de incidência. Alternativa errada.
Alternativa E: De acordo com o art. 4º, a natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo
seu fato gerador, sendo irrelevantes para qualificá-la tanto a denominação e demais características
formais adotadas pela lei como a destinação legal do produto da sua arrecadação. Alternativa
errada.

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Gabarito: Letra A

56. CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014


Será denominado responsável o município que, como sujeito ativo da obrigação tributária,
passar a ter obrigações em razão de disposição expressa em lei.
Comentário: É importante entender que tanto o contribuinte como o responsável são sujeitos
passivos da obrigação tributária. É considerado contribuinte quando tiver relação pessoal e direta
com a situação que constitua o respectivo fato gerador, e responsável, quando, sem revestir a
condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de disposição expressa de lei.
Gabarito: Errada

57. CESPE/PGE-PI-Procurador do Estado Substituto/2014


A sociedade em comum detém capacidade tributária passiva, pois essa condição independe
de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, tornando-se sujeito passivo da obrigação
tributária principal, ainda que, por convenção particular, seja prevista a responsabilidade
pessoal dos sócios pelo pagamento de tributos.
Comentário: A sociedade em comum é um tipo de sociedade cujos atos constitutivos ainda não
foram objetos de inscrição no registro próprio. Isso significa que ainda não há personalidade
jurídica. Contudo, nada disso importa ao direito tributário para definição da capacidade tributária
passiva. De acordo com o art. 126, III, do CTN, a capacidade tributária passiva independe de estar a
pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou
profissional.
Gabarito: Correta

58. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. É possível que sujeito passivo
de obrigação principal figure como responsável, ainda que a obrigação não decorra de
disposição expressa em lei.
Comentário: O responsável é o sujeito passivo que não possui relação pessoa e direta com a
situação que dá origem ao fato gerador. Portanto, para que possa vir a ser responsabilizado, é
necessário que haja disposição expressa em lei.
Gabarito: Errada

59. CESPE/Procurador Federal/2004


Pessoas jurídicas de direito privado não podem ser sujeitos ativos da obrigação tributária,
mas podem ser destinatárias do produto da arrecadação.
Comentário: De fato, as pessoas jurídicas de direito privado não podem ser sujeitos ativos da
obrigação tributária. As bancas normalmente costumam cobrar dessa forma o assunto.
Gabarito: Correta

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60. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. Na hipótese de constituição
de pessoa jurídica de direito público pelo desmembramento territorial de outra, não haverá
sub-rogação em direitos.
Comentário: Como vimos, o desmembramento territorial gera dois efeitos: mudança do sujeito
ativo das obrigações tributárias já constituídas (sub-rogação em direitos) e recepção da legislação
tributária até que a sua (a legislação do ente novo) entre em vigor. Portanto, a questão está
errada.
Gabarito: Errada

61. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012
A capacidade tributária passiva depende da regular constituição da pessoa jurídica, a fim de
se localizar o seu domicílio tributário.
Comentário: Conforme o disposto no art. 126, III, a capacidade tributária passiva independe de
estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica
ou profissional.
Gabarito: Errada

62. FCC/Pref. Teresina Auditor-Fiscal/2016


Joãozinho, com seis anos de idade, recebeu doação de seus avós, a qual foi devidamente
aceita pelos seus pais, em seu nome.
Marcelo, empresário, perdeu o direito de administrar diretamente os seus bens, desde a
decretação da falência de sua empresa, consoante o que determina o art. 103 da Lei Federal
no 11.101/05.
A empresa Serviços Gerais Ltda., prestadora de serviços previstos na Lista de Serviços anexa à
Lei Complementar Federal no 116/03, funciona sem a devida inscrição no Cadastro de
Contribuintes do ISS do Município em que se localiza, mas atua comercialmente como se
regular fosse.
Por determinação judicial, Maria Luisa encontra-se internada em hospital para doentes
mentais, por sofrer de moléstia que a impede de praticar os atos do dia-a-dia, em razão de
profunda alienação mental.
De acordo com as regras do Código Tributário Nacional, atinentes à capacidade tributária das
pessoas para serem sujeitos passivos de obrigação tributária principal,
a) a empresa Serviços Gerais Ltda. reveste a condição de sujeito passivo do IPTU relativo ao
terreno que a referida sociedade adquiriu e no qual se localiza a sede da referida empresa.
b) Maria Luisa, que perdeu suas faculdades mentais, não reveste, por causa disso, a condição
de sujeito passivo do Imposto de Renda, embora aufira rendimentos tributáveis por esse
imposto.

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c) Marcelo não pode ser identificado como sujeito passivo do IPVA de veículo de sua
propriedade, em relação aos fatos geradores ocorridos após a perda do direito de administrar
seus bens, justamente por causa dessa perda.
d) a empresa Serviços Gerais Ltda. não reveste a condição de sujeito passivo do ISS em
relação aos serviços que presta, porque não está regularmente constituída, ainda que
configure, indubitavelmente, uma unidade econômica.
e) Joãozinho, por ser menor de idade, não pode ser identificado como sujeito passivo do
ITCMD incidente sobre a doação recebida, ainda que a lei ordinária competente preveja que
o donatário é o contribuinte desse imposto.
Comentário: De acordo com o art. 126, do CTN, a capacidade tributária passiva independe:
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício
de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou
negócios;
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade
econômica ou profissional.
Diante do exposto, podemos concluir o seguinte:
- Joãozinho pode ser sujeito passivo do ITCMD;
- Marcelo pode ser sujeito passivo do IPVA;
- A empresa Serviços Gerais Ltda. pode ser sujeito passivo tanto do IPTU quanto do ISS;
- Maria Luísa pode ser sujeito passivo do IR.
Gabarito: Letra A

63. FCC/Pref. São Luis-MA-Auditor de Controle Interno/2015


A sujeição ativa e a sujeição passiva representam os dois pólos do critério subjetivo da
relação obrigacional tributária. De acordo com o Código Tributário Nacional, o sujeito passivo
da obrigação principal é
I. designado responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação
decorra de disposição expressa da legislação tributária.
II. a pessoa natural (física) ou jurídica, de direito público ou privado, obrigada ao pagamento
de tributo.
III. designado contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador.
IV. a pessoa natural (física) ou jurídica, de direito privado, obrigada ao pagamento de
penalidade pecuniária.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III, apenas.

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b) I, II, III e IV.


c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) III e IV, apenas.
Comentário:
Item I: O CTN definiu o responsável como sendo aquele que, sem revestir a condição de
contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa da lei, e não legislação tributária. Item
errado.
Item II: Tanto a pessoa natural (física) ou jurídica, de direito público ou privado pode estar
obrigada ao pagamento de tributo. Item correto.
Item III: O contribuinte é exatamente aquele que possui relação pessoal e direta com a situação
que constitua o respectivo fato gerador. Item correto.
Item IV: O sujeito passivo da obrigação principal pode ser tanto a pessoa natural (física) ou jurídica,
de direito público ou privado pode estar obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária. Item correto.
Gabarito: Letra D

64. FCC/TCM-RJ-Procurador/2015
E
que era utilizada para fazer lavagem de dinheiro decorrente de corrupção em aquisição de
M E
construção ao Município com preços superfaturados. Relativamente a fatos geradores
decorrentes destas operações,
a) não haverá obrigação tributária, pois nunca houve efetivamente os fatos geradores.
b) não haverá obrigação tributária, pois a pessoa jurídica não está regularmente constituída
nos termos da lei civil.
c) haverá obrigação tributária da empresa, pois a capacidade tributária passiva independe da
pessoa jurídica estar regularmente constituída.
d) haverá obrigação tributária integral para o Município, na qualidade de responsável
tributário, porque a pessoa jurídica não está regularmente constituída.
e) haverá obrigação tributária com responsabilidade solidária entre o Município e o
representante legal da empresa pela infração de lei.
Comentário: De acordo com o art. 126, III, do CTN, a capacidade tributária passiva independe de
estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica
ou profissional. Portanto, a obrigação tributária tem como sujeito passivo a empresa.
Gabarito: Letra C

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65. FCC/TRF 4ª Região Técnico Judiciário/2010


Sujeito ativo da obrigação tributária
a) principal é o responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação
decorra de disposição expressa de lei.
b) é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.
c) principal é o contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador.
d) principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
e) é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu
cumprimento.
Comentário: De acordo com o art. 119, do CTN, sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de
direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.
Gabarito: Letra E

66. FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015


De acordo com as normas gerais de Direito Tributário, uma criança de sete anos:
a) possui capacidade tributária passiva parcial até completar dezoito anos de idade;
b) não possui qualquer capacidade tributária passiva, porque é incapaz de discernir sobre a
prática dos fatos geradores;
c) possui total capacidade tributária passiva;
d) possui capacidade tributária parcial até completar dez anos de idade;
e) não possui capacidade tributária passiva, porque é menor de idade.
Comentário: A criança de sete anos possui total capacidade tributária passiva, já que para o art.
126, I, do CTN, a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais.
Gabarito: Letra C

67. FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015


De acordo com as normas gerais de Direito Tributário, é correto afirmar que o fato gerador
de obrigação tributária principal, praticado por juridicamente incapaz ou em que ele tenha
provocado a sua ocorrência, não torna o tributo correspondente indevido;
Comentário: Aquele que pratica o fato gerador da obrigação tributária é denominado contribuinte,
que nada mais é do que o sujeito passivo da obrigação tributária. Quanto a este aspecto, o art.
126, I, do CTN, definiu que a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das
pessoas naturais.
Gabarito: Correta

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68. FGV/TCE-RJ-Auditor Substituto/2015


Um profissional médico vem a ser sancionado com a suspensão do exercício profissional por
30 (trinta) dias pelo Conselho Regional de Medicina do estado. Apesar da penalidade, ele
continua a prestar serviços médicos durante o período. Como a prestação de serviços
médicos é fato gerador do Imposto sobre Serviços de qualquer natureza (ISS), a
municipalidade, ao descobrir tal fato, autua o profissional para cobrar o ISS não pago, mais
multa e juros. A autuação está:
a) incorreta, pois a capacidade tributária passiva depende de achar-se a pessoa natural
autorizada ao exercício de atividades profissionais;
b) correta, pois a sanção de suspensão foi estabelecida por órgão fiscalizador do exercício de
profissão regulamentada de nível regional;
c) incorreta, pois o fato gerador do ISS depende de achar-se o profissional autorizado ao
exercício da atividade prevista na hipótese de incidência;
d) incorreta, pois a sanção de suspensão não foi estabelecida por órgão fiscalizador do
exercício de profissão regulamentada de nível nacional;
e) correta, pois a capacidade tributária passiva independe de achar-se a pessoa natural
autorizada ao exercício de atividades profissionais.
Comentário: Nós estudamos que a capacidade tributária passiva independe de achar-se a pessoa
natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis,
comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios. É o que está
previsto no art. 126, II, do CTN.
Portanto, no caso concreto, a autuação está correta, pois a capacidade tributária passiva
independe de achar-se a pessoa natural autorizada ao exercício de atividades profissionais.
Gabarito: Letra E

69. FGV/Sead-Fiscal-AP /2010


A capacidade tributária passiva depende da capacidade civil das pessoas naturais.
Comentário: De acordo com o art. 126, I, do CTN, a capacidade tributária passiva independe da
capacidade civil das pessoas naturais.
Gabarito: Errada

70. ESAF/MPOG-APO/2015
O sujeito passivo

Comentário: Deveras, o sujeito passivo pode ser tanto o contribuinte como o responsável.
Gabarito: Correta

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71. ESAF/MPOG-APO/2015
Sujeito ativo tributário é aquele a quem a lei destina o resultado da arrecadação dos valores
pecuniários da correspondente obrigação tributária principal.
Comentário: Sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público, titular da
competência para exigir o seu cumprimento, conforme preceitua o art. 119, do CTN.
Gabarito: Errada

72. ESAF/MPOG-APO/2015
Na definição da sujeição passiva, as convenções particulares, ainda que configuradas
mediante instrumento público ou decorrentes de ato homologado judicialmente, são
inoponíveis à Fazenda Pública.
Comentário: De acordo com o art. 123, do CTN, em regra, as convenções particulares, relativas à
responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para
modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Portanto,
a questão está correta.
Gabarito: Correta

73. ESAF/PGFN-Procurador da Fazenda Nacional/2015


Não tem capacidade ou sujeição tributária passiva
a) o menor impúbere.
b) o louco de todo gênero.
c) o interdito.
d) o ente despersonalizado.
e) a pessoa alheia ao fato gerador, mas obrigada pela Administração Tributária ao pagamento
de tributo ou penalidade pecuniária.
Comentário: Devemos nos lembrar da redação do art. 126, do CTN, no sentido de que a
capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais; de achar-se a
pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades
civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; de estar a
pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou
profissional.
Desse modo, nós podemos afirmar que o menor impúbere (menor de 16 anos), o louco de todo
gênero e o interdito podem ser sujeito passivo da obrigação tributária. Da mesma forma, o ente
despersonalizado, ou seja, ainda que a pessoa jurídica não esteja regularmente constituída,
também pode figurar como sujeito passivo.
Contudo, não se admite a definição pela Administração Tributária de uma pessoa como sujeito
passivo, obrigando-a ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária, já que esta tarefa é

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atribuída de modo expresso pela lei. Ademais, o art. 128, do CTN, estabelece que a terceira pessoa
deve estar vinculada ao fato gerador da obrigação.
Gabarito: Letra E

74. ESAF/ATRFB/2012
Um menor de 10 anos de idade é absolutamente incapaz do ponto de vista civil e tributário.
Comentário: De acordo com o art. 126, I, do CTN, a capacidade tributária passiva independe da
capacidade civil das pessoas naturais. Sendo assim, um menor de 10 anos pode ser sujeito passivo
da obrigação tributária, embora seja absolutamente incapaz do ponto de vista civil.
Gabarito: Errada

75. ESAF/ATRFB/2012
Salvo se a lei o previr, os contratos feitos entre o contribuinte do ITR e o arrendatário do
imóvel, para excluir a responsabilidade daquele pelo pagamento desse imposto, embora
válido entre as partes, não é eficaz em relação à fazenda pública.
Comentário: De fato, o contrato não é valido. O art. 123 do CTN prevê que, salvo disposições de lei
em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos,
não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das
obrigações tributárias correspondentes.
Gabarito: Correta

76. FUNDATEC/SEFAZ-RS-TTRE/2014
Segundo a ordem jurídica, assinale a alternativa correta.
a) A capacidade tributária ativa está sempre associada àquele ente público tributante que
institui o tributo.
b) A capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais.
c) A pessoa proibida de exercer atividade comercial, tendo em vista decisão judicial com força
de coisa julgada, uma vez praticando o ato proibido, não pode ser considerado que tenha
realizado o fato gerador em concreto pelo motivo de estar inimputável.
d) O ambulante, aqui considerado como aquela pessoa natural que realiza a venda de
mercadorias, sem a devida inscrição junto à fazenda estadual e sem qualquer tipo de registro
perante a junta comercial, por tais características, não poderá ser alvo da fiscalização, porque
não pratica ato nem participa de fato tributável.
e) A pessoa detentora de diploma de bacharel em Ciências Contábeis e que não realizou o seu
registro profissional perante o conselho profissional correspondente, se exercer a atividade
privativa de contador, dado esse contexto, não é obrigada a recolher qualquer tipo de tributo
sobre valores, atos ou fatos praticados nessa circunstância.
Comentário:

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Alternativa A: A capacidade tributária ativa não está sempre associada àquele ente público
tributante que institui o tributo, já que pode ser delegada a outra pessoa jurídica de direito
público. Alternativa errada.
Alternativa B: Conforme prevê o art .126, I, do CTN, a capacidade tributária passiva independe da
capacidade civil das pessoas naturais. Alternativa correta.
Alternativa C: De acordo com o art. 126, II, do CTN, a capacidade tributária passiva independe de
achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de
atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios.
Alternativa errada.
Alternativa D: De acordo com o art. 126, III, do CTN, a capacidade tributária passiva independe de
estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica
ou profissional. Alternativa errada.
Alternativa E: Aplica-se aqui o mesmo comentário da Alternativa C: a capacidade tributária passiva
independe de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do
exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens
ou negócios. Alternativa errada.
Gabarito: Letra B

77. VUNESP/FUNDAÇÃO CASA-Analista Administrativo/2013


Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária. Com base nessa afirmação, classifique com (V), para verdadeiro, e (F),
para falso, o referido sujeito passivo.
( ) Contribuinte, quando tiver uma relação empresarial e jurídica, direta e indireta com a
situação que constitui o respectivo fato gerador.
( ) Contribuinte, quando tiver relação pessoal e direta com a situação que constitui o
respectivo fato gerador.
( ) Responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de
disposição expressa de lei.
( ) Responsável, quando, revestido da condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de
disposição expressa em lei da referida obrigação.
Assinale a alternativa que apresenta a classificação correta das assertivas, na ordem em que
aparecem.
a) V, V, F, F.
b) F, F, V, V.
c) V, F, F, V.
d) V, F, F, V.
e) F, V, V, F.
Comentário:

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Item I: O contribuinte é a pessoa que possui relação pessoal e direta com a situação que constitui o
respectivo fato gerador. Item errado.
Item II: O contribuinte é a pessoa que possui relação pessoal e direta com a situação que constitui
o respectivo fato gerador. Item correto.
Item III: O responsável é a pessoa que, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação
decorrer de disposição expressa de lei. Item correto.
Item IV: O responsável é a pessoa que, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação
decorrer de disposição expressa de lei. Item errado.
Gabarito: Letra E

78. VUNESP/TJ-SP-Titular de Serviços de Notas e de Registros /2012


Sobre obrigação tributária, é correto afirmar que
a) o sujeito ativo é a pessoa que pode exigir o tributo; não necessariamente coincide com
aquela que deve instituí-lo.
b) a posterior concessão de anistia altera a natureza da obrigação tributária.
c) fato gerador da obrigação tributária ocorre, em situação de fato, desde quando esteja
definitivamente constituída, nos termos do direito aplicável.
d) o sujeito passivo da obrigação tributária principal é sempre o contribuinte, não podendo
ser opostos à Fazenda Pública acordos entre particulares para modificá-lo.
Comentário:
Alternativa A: A definição de sujeito ativo nesta assertiva está perfeita: o sujeito ativo é a pessoa
que cobra e arrecada o tributo, titular da capacidade tributária ativa, a qual pode ser delegada.
Portanto, não necessariamente coincide com a pessoa competente para instituí-lo. Alternativa
correta.
Alternativa B: De acordo com o art. 140, do CTN, as circunstâncias que modificam o crédito
tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que
excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem. Logo, uma
posterior concessão de anistia não altera a natureza da obrigação tributária. Alternativa errada.
Alternativa C: Em se tratando de situação de fato, o fato gerador considera-se ocorrido desde o
momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos
que normalmente lhe são próprios. Alternativa errada.
Alternativa D: O sujeito passivo da obrigação principal pode ser o contribuinte ou responsável, e
não pode ser opostos à Fazenda Pública acordos entre particulares para modificá-lo, salvo
disposições de lei em contrário. Alternativa errada.
Gabarito: Letra A

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SOLIDARIEDADE EM DIREITO TRIBUTÁRIO

79. CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014


Se duas pessoas tiverem interesse comum em situação que constitua o fato gerador de uma
obrigação tributária principal, essas pessoas serão solidariamente responsáveis, na exata
ordem da dimensão do interesse econômico de cada uma delas.
Comentário: Ao se falar em solidariedade, o candidato já deve estar com a seguinte afirmação
memorizada: não há benefício de ordem! É o que foi estabelecido no par. único, do art. 124, do
CTN.
Gabarito: Errada

80. CESPE/PGE-PI-Procurador do Estado Substituto/2014


A responsabilidade solidária em direito tributário pode ser classificada em natural quando
determinadas pessoas têm interesse comum na situação retratada no fato gerador da
obrigação tributária ou legal quando expressamente determinada por lei , sendo o
benefício de ordem admitido para ambas as hipóteses.
Comentário: Realmente, a duas formas de solidariedade em direito tributário: natural e legal.
Contudo, em nenhuma delas há o denominado benefício de ordem, conforme prevê o art. 124,
par. único.
Gabarito: Errada

81. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. A solidariedade mencionada
no CTN importa benefício de ordem quando as pessoas solidárias são expressamente
designadas por lei.
Comentário: Em qualquer caso, a solidariedade não comporta benefício de ordem. Grave isso!
Gabarito: Errada

82. CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2011


Estabelece-se, como um dos efeitos da solidariedade, que a isenção ou remissão de crédito
outorgada pessoalmente a qualquer dos coobrigados exonera todos os demais.
Comentário: Se a isenção ou remissão tiver sido outorgada pessoalmente a um dos obrigados,
subsiste a solidariedade quanto aos demais pelo saldo restante.
Gabarito: Errada

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83. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação, podendo, entretanto, qualquer dos devedores alegar o
benefício de ordem, conforme o grau de seu interesse.
Comentário: Realmente, as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato
gerador da obrigação tributária são solidariamente obrigadas. No entanto, a solidariedade não
comporta benefício de ordem.
Gabarito: Errada

84. FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013


Salvo disposição de lei em contrário, estão previstos os seguintes efeitos da solidariedade: a)
o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; b) a isenção ou remissão
de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles,
subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; c) a interrupção da
prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
Comentário: O dispositivo cita os incisos do art. 125, do CTN, que estabelece, salvo disposição de
lei em contrário, os efeitos da solidariedade: I) o pagamento efetuado por um dos obrigados
aproveita aos demais; II) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se
outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais
pelo saldo; III) a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou
prejudica aos demais.
Gabarito: Correta

85. FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013


Na solidariedade tributária é permitida a observância de uma sequência preestabelecida para
a execução, operando-se esta primeiramente contra um, e só depois contra o outro.
Comentário: De acordo com o art. 124, par. único, do CTN, a solidariedade não comporta benefício
de ordem.
Gabarito: Errada

86. FGV/AFRE- RJ/2011


Flávia, Telma e beatriz constituíram a sociedade trio maravilha Ltda. Para operar no ramo de
prestação de serviços de beleza, mas se abstiveram de inscrever o contrato social no registro
competente. Mesmo assim, começaram a vender seus produtos na praça, sem o
recolhimento do ISS. Diante dessa situação fática, é possível afirmar que
a) Em matéria tributária, assim como em matéria cível, a solidariedade passiva pode ocorrer
em virtude de lei ou de acordo de vontades.
b) Caso o fisco exigisse o pagamento integral da dívida somente de beatriz, a sócia com
menor patrimônio, esta poderia invocar o benefício de ordem para redirecionar a cobrança
para Flávia, detentora da maioria das quotas da sociedade.

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c) Caso Telma fosse beneficiada com isenção pessoal concedida pelo fisco, esta seria
extensível às demais sócias, por força da solidariedade tributária legal.
d) Se Flávia fosse citada em execução fiscal, a interrupção da prescrição atingiria todas as
sócias da empresa.
e) O eventual pagamento total do tributo devido por Telma não aproveitaria nem a Flávia
nem a beatriz, caso o contrato social assim determinasse.
Comentário: Trata- A
cada uma das assertivas.
Alternativa A: Em matéria tributária, a solidariedade passiva não pode ocorrer em virtude de
acordo de vontades, mas apenas por meio de lei. Alternativa errada.
Alternativa B: Por se tratar de solidariedade, não há que se falar em benefício de ordem. A
exigência do fisco é legítima. Alternativa errada.
Alternativa C: A isenção concedida pessoalmente a uma das devedoras solidárias beneficia apenas
esta pessoa, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. Alternativa
errada.
Alternativa D: De acordo com o art. 125, III, do CTN, a interrupção da prescrição, em favor ou
contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. Alternativa correta.
Alternativa E: O art. 125, I, do CTN, prevê que o pagamento efetuado por um dos devedores
solidários aproveita aos demais. Alternativa errada.
Gabarito: Letra D

87. FGV/Sead-Fiscal-AP /2010


Havendo solidariedade tributária, e salvo disposição de lei em contrário, a isenção do crédito
exonera a todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo,
nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo do tributo.
Comentário: Realmente, de acordo com o art. 125, II, do CTN, havendo solidariedade tributária, e
salvo disposição de lei em contrário, a isenção do crédito exonera a todos os obrigados, salvo se
outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais
pelo saldo do tributo.
Gabarito: Correta

88. FGV/TJ-AP-Juiz/2008
No Direito Tributário são solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum
na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal e as pessoas expressamente
designadas por lei, e não comporta o benefício de ordem.
Comentário: É o que define o art. 124, do CTN, como sendo a solidariedade de fato (interesse
comum) e solidariedade legal (designação expressa na lei), lembrando que a solidariedade não
comporta benefício de ordem, podendo qualquer um dos devedores solidários responder pelo
valor integral da obrigação tributária.

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Gabarito: Correta

89. ESAF/ATRFB/2012
Os condôminos de um imóvel são solidariamente obrigados pelo imposto que tenha por fato
gerador a respectiva propriedade.
Comentário: Os condôminos de um imóvel possuem interesse comum no fato gerador do imposto
incidente sobre a respectiva propriedade, sendo, por conseguinte, solidariamente responsáveis
pelo imposto.
Gabarito: Correta

90. VUNESP/PC-CE-Delegado/2015
Assinale a alternativa correta.
a) As convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento dos tributos,
como regra, podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito
passivo das obrigações tributárias correspondentes.
b) Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada ao pagamento da penalidade
pecuniária.
c) O sujeito passivo da obrigação principal diz-se responsável quando tenha relação pessoal e
direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
d) Ressalvada disposição de lei em contrário, na solidariedade passiva tributária, a isenção ou
remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um
deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo.
e) Em matéria tributária, é possível a existência de solidariedade ativa, passiva e mista.
Comentário:
Alternativa A: De acordo com o art. 123, do CTN, salvo disposições de lei em contrário, as
convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser
opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações
tributárias correspondentes. Alternativa errada.
Alternativa B: Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que
constituam o seu objeto (obrigações de fazer ou deixar de fazer algo). Alternativa errada.
Alternativa C: Na verdade, o sujeito passivo da obrigação principal diz-se contribuinte quando
tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. Alternativa
errada.
Alternativa D: É o que estabelece o art. 125, II, do CTN: a solidariedade possui como efeito o fato
de a isenção ou remissão de crédito exonerar todos os obrigados, salvo se outorgada
pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo.
Alternativa correta.

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Alternativa E: Em matéria tributária, apenas se faz possível a solidariedade passiva. Alternativa


errada.
Gabarito: Letra D

DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO

91. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012
A autoridade administrativa não pode recusar o domicílio eleito pelo contribuinte ou
responsável, pois ambos possuem autonomia para elegê-lo.
Comentário: A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito pelo contribuinte ou
responsável, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo.
Gabarito: Errada

92. CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2011-Adaptada


No que concerne a obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. Na falta de eleição, pelo
contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, considera-se, na forma da legislação
aplicável, como domicílio tributário, preferencialmente, o lugar da situação do bem ou da
ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
Comentário: Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário,
considera-se, na forma da legislação aplicável, como domicílio tributário as regras fixadas nos
incisos do art. 127 do CTN, que variam de acordo com o sujeito passivo.
A regra prevista na questão somente é utilizada quando não couber as regras mencionadas ou
quando o domicílio eleito tiver sido recusado pela autoridade administrativa.
Gabarito: Errada

93. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
Em regra, é direito do contribuinte eleger o lugar do domicílio fiscal, o que não pode ser
recusado pelo fisco, ainda que a eleição resulte em dificuldades para a arrecadação e
fiscalização tributária.
Comentário: Embora o contribuinte tenha direito de eleger o lugar do seu domicílio fiscal, a
autoridade administrativa pode recusá-lo quando a eleição resulte em dificuldades para a
arrecadação e fiscalização tributária.
Gabarito: Errada

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94. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
O domicílio tributário do proprietário de terreno não edificado, para fins de IPTU, deve estar
situado na mesma cidade onde o terreno esteja localizado, o que constitui exceção à regra do
domicílio de eleição.
Comentário: A regra do domicílio fiscal não possui tal exceção. Em regra, cabe ao contribuinte
eleger o seu domicílio fiscal, podendo a autoridade administrativa recusá-lo quando impossibilite
ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo.
Gabarito: Errada

95. FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013


A empresa Odisseia Indústria e Comércio S.A., cuja atividade compreende compra e venda
mercantil, anteriormente localizada na cidade de Santa Rita do Sapucaí - MG, transferiu sua
sede administrativa do Estado de Minas Gerais para o interior do Estado do Amazonas, em
área rural distante mais de 300 km de centro urbano mais próximo, e de acesso precário por
via rodoviária ou fluvial, e, ainda, por deliberação dos acionistas, sua antiga sede no Estado
de Minas Gerais foi convertida em filial. A Receita Federal do Brasil verificou, após
procedimento administrativo regular, que a mudança da localização da sede para local de
difícil acesso dificulta a fiscalização tributária, além do que ali não se encontravam guardados
os livros e registros fiscais da empresa. Apurou a fiscalização federal que o local da efetiva
administração da empresa continuava a ser em Minas Gerais. Em razão desta situação, a
Receita Federal determinou a reversão do domicílio tributário da empresa para a localidade
anterior, em sua filial. Em face da situação hipotética apresentada e do ordenamento jurídico
vigente, a Receita Federal do Brasil agiu
a) corretamente, pois em relação às pessoas jurídicas de direito privado não há previsão legal
que possibilite a eleição do domicílio fiscal, havendo esta faculdade apenas às pessoas
naturais.
b) incorretamente, dado que não poderia recusar o domicílio eleito pelo contribuinte, mesmo
que este dificultasse a fiscalização tributária, pois a escolha do local da sede da empresa é
livremente feita por seus controladores, especialmente em face da liberdade empresarial
constitucionalmente garantida
c) corretamente, visto que na hipótese de recusa do domicílio eleito, a legislação determina
que se considere como domicílio fiscal do contribuinte o último local em que o
estabelecimento estava localizado.
d) incorretamente, pois o CTN prevê, quanto às pessoas jurídicas de direito privado, a
prerrogativa da eleição do domicílio fiscal em qualquer local onde haja estabelecimento da
empresa no território da entidade tributante.
e) corretamente, pois a escolha do local da sede da empresa é livremente feita por seus
controladores, mas, para os fins tributários, pode a administração tributária
fundamentadamente recusar o domicílio eleito, nos casos em que o novo domicílio fiscal
impossibilite ou dificulte a fiscalização dos tributos.

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Comentário: De fato, a Receita Federal do Brasil agiu corretamente, nos termos do art. 127, § 2º,
do CTN. Neste caso, o domicílio tributário será o local da situação dos bens ou da ocorrência do
fato gerador.
Logo, embora a regra seja a eleição do domicílio tributário tanto para pessoas jurídicas quanto
para pessoas físicas (alternativa A está errada), a autoridade fiscal pode recusá-lo, hipótese em que
o domicílio será fixado não como último local em que o estabelecimento estava localizado
(alternativa C também está errada), mas sim como o local da situação dos bens ou da ocorrência
do fato gerador.
Gabarito: Letra E

96. FCC/AL-SP-Agente Técnico Legislativo/2010


Uma pessoa natural que não tem domicílio civil, residência fixa nem centro habitual de
atividades terá como domicílio tributário, caso não tenha eleito nenhum lugar,
a) o lugar onde for encontrada.
b) o lugar onde for encontrada ou a sede da Fazenda Pública.
c) a sede da Fazenda Pública competente ou da ocorrência do fato gerador.
d) o lugar da situação dos bens ou da ocorrência do fato gerador.
e) o lugar que a Fazenda Pública indicar ou o lugar da situação dos bens.
Comentário: Se a pessoa natural não possui domicílio civil, residência fixa nem mesmo centro
habitual de atividades, o seu domicílio, de acordo com o art. 127, § 1º, do CTN, é o lugar da
situação dos bens ou da ocorrência do fato gerador.
Gabarito: Letra D

97. FGV/SEFIN-RO-Técnico Tributário/2018


Leia o fragmento a seguir. Considerar-se-á como __________do contribuinte ou ______o
lugar da situação dos bens ou da _______ dos atos ou fatos que deram origem_________.
Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas.
(A) domicílio tributário responsável ocorrência - à obrigação.
(B) estabelecimento substituto - prática ao fato gerador.
(C) sede responsável ocorrência ao crédito tributário.
(D) centro de atividade sucessor prática ao débito tributário.
(E) domicílio tributário herdeiro ocorrência à obrigação.
Comentário: De acordo com o art. 127, § 1º, do CTN, quando não couber a aplicação das regras
fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do
contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que
deram origem à obrigação.
Gabarito: Letra A

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8 - LISTA DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

1. CESPE/EBSERH-Advogado/2018
Dispensada a obrigação principal ao contribuinte, também se dispensará a obrigação
acessória.

2. CESPE/EBSERH-Advogado/2018
Obrigação tributária acessória relaciona-se à obrigação de fazer ou não fazer algo ou permitir
que algo seja feito pela administração tributária em prol da arrecadação ou fiscalização que
lhe compete.

3. CESPE/PGE-PE-Procurador/2018
A obrigação acessória é convertida em obrigação principal na hipótese de sua inobservância.

4. CESPE/PGE-PE-Procurador/2018
O fato gerador deve ser o mesmo tanto para a obrigação principal quanto para a obrigação
acessória.

5. CESPE/MPE-RR-Promotor de Justiça/2017
A respeito da obrigação tributária, assinale a opção correta conforme o que dispõe o CTN.
a) A obrigação principal e sua obrigação acessória devem decorrer de um mesmo fato
gerador.
b) Obrigação principal pode ter por objeto o pagamento de penalidade tributária.
c) A obrigação principal é considerada obrigação tributária, ao passo que as obrigações
acessórias são consideradas obrigações de natureza não tributária.
d) Obrigação acessória não se converte em obrigação principal.

6. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017
O CTN qualifica como obrigação tributária principal aquela que tem por objeto uma prestação
pecuniária, distinguindo-a da obrigação tributária acessória, cujo objeto abrange as condutas

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positivas e negativas exigidas do sujeito passivo em prol dos interesses da administração


tributária e as penalidades decorrentes do descumprimento desses deveres instrumentais.

7. CESPE/TCE-PR-Analista de Controle/2016
Os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados se suspensiva a
condição desde o momento da prática do ato.

8. CESPE/TCE-PA-Auditor de Controle Externo/2016


O descumprimento de obrigação de emissão de nota fiscal dá ensejo à realização, pelo poder
público, do lançamento de ofício, para fins de aplicação da penalidade cabível. Nesse caso, a
multa aplicada equipara-se ao crédito decorrente da obrigação principal, em virtude da sua
natureza jurídica de obrigação de dar.

9. CESPE/PGE-AM-Procurador/2016
Para fins de cobrança, as penalidades pecuniárias impostas ao contribuinte em virtude do
descumprimento de obrigações acessórias são equiparadas à obrigação tributária principal,
visto que ambas constituem obrigação de dar.

10. CESPE/FUB-Contador/2015
Constitui exemplo de obrigação tributária acessória a prestação pecuniária decorrente do
imposto de renda.

11. CESPE/MPU-Analista/2015
Se uma imobiliária deixar de informar ao fisco os aluguéis pagos aos seus clientes, tal
obrigação não desaparecerá e a consequente infração tributária fará surgir a obrigação
principal referente à multa.

12. CESPE/TCE-PR-Analista de Controle/2016


Fato gerador da obrigação acessória é a situação definida em lei como necessária e suficiente
à sua ocorrência.

13. CESPE/AGU/2015
O princípio da isonomia

D IPTU

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irregularmente, em área non aedificandi, não significando tal cobrança de tributo


concordância do poder público com a ocupação irregular.

14. CESPE/TRF 1ª Região-Juiz Federal Substituto/2015


A União celebrou negócio jurídico com uma sociedade empresarial. Tal operação configurou-
se como um fato gerador, uma vez que era uma situação descrita, na norma tributária, como
hipótese de incidência de um tributo. No entanto, identificou-se, posteriormente, a
irregularidade da constituição da sociedade empresarial, de modo que o negócio jurídico
celebrado com a União foi declarado nulo, não tendo sido, portanto, adimplida a obrigação
tributária, cujo termo ainda não havia transcorrido.
Nessa situação hipotética,
a) o negócio jurídico configurou fato gerador do tributo, dado o princípio da interpretação
objetiva do fato gerador.
b) a celebração do negócio jurídico não configurou fato gerador do tributo, por ser esse
negócio inepto à produção de efeitos tributários.
c) o negócio jurídico constituiu fato gerador do tributo. No entanto, admite-se aos
contratantes o pedido de repetição do indébito após a declaração de nulidade.
d) a obrigação tributária foi extinta porque a declaração de nulidade do negócio jurídico
ocorreu antes do fim do prazo para o pagamento.
e) a sociedade empresária não tem capacidade tributária passiva, haja vista ter sido
constituída de forma irregular.

15. CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014


De acordo com o Código Civil, será válido o ato jurídico dissimulado que não apresentar vício
de substância nem de forma, o que significa que a autoridade administrativa fiscal não
poderá desconsiderar tal ato, ainda que praticado com a finalidade de dissimular a ocorrência
do fato gerador do tributo.

16. CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014


Se um negócio for considerado juridicamente inválido, e se tal negócio configurar a
ocorrência do fato gerador de um tributo, tal invalidez não afetará a validade tributária do
negócio, devendo-se considerar, assim, ocorrido o fato gerador.

17. CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014


Considere que determinado médico tenha sido contratado particularmente e de forma
incondicional para realizar uma cirurgia de alto risco em um paciente e que o paciente tenha
falecido na cirurgia. Nessa situação, apesar do falecimento, ocorreu o fato gerador do

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imposto sobre serviços de qualquer natureza, já que, para a definição do fato gerador, não se
devem levar em conta os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

18. CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014


Diante da ocorrência de um fato gerador previsto na legislação tributária em qualquer de
suas formas, surge a obrigação principal, ou seja, a obrigação de pagar.

19. CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014


Se um indivíduo tiver a obrigação tributária de pagar uma multa, então essa obrigação será
considerada principal.

20. CESPE/TJ-SE- Titular de Serviços de Notas e de Registros/2014


No que se refere a fato gerador e obrigação tributária, assinale a opção correta.
a) O fato gerador da obrigação acessória deve estar previsto em lei específica.
b) Fato gerador é a situação prevista em lei e cuja ocorrência faça surgir o crédito tributário.
c) A transmissão de bem imóvel, por ato oneroso, configura fato gerador do ITBI, iniciando-se
nesse momento a contagem do prazo prescricional da obrigação.
d) A obrigação tributária origina-se com o lançamento.
e) A obtenção de renda decorrente de negócio, ainda que ilícito, constitui fato gerador do
imposto sobre a renda.

21. CESPE/PGE-PI-Procurador do Estado Substituto/2014


A definição do fato gerador da obrigação principal e da obrigação acessória submete-se à
reserva de lei em sentido formal: na primeira espécie obrigacional, a sua ocorrência dá ensejo
a uma obrigação de dar; na segunda, há o surgimento de uma obrigação de fazer e não fazer.

22. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. Não é possível que uma
obrigação acessória se converta em principal, pois esta é vinculada à ocorrência do fato
gerador.

23. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. A autoridade administrativa
pode desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a
ocorrência de fato gerador de tributo; o procedimento a ser adotado deve ser estabelecido
por lei ordinária.

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24. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
De acordo com o CTN, são apenas duas as espécies de obrigação tributária: a principal e a
acessória.

25. CESPE/PROCURADOR-PE/2009-Adaptada
A respeito do ICMS e das obrigações tributárias a ele relativas, julgue a assertiva a seguir. Ao
emitir nota fiscal, o responsável pelo recolhimento do ICMS pratica obrigação tributária
principal.

26. CESPE/PROCURADOR-PE/2009
Reputa-se acessória a obrigação tributária imposta ao contribuinte, no sentido de tolerar
atividades de fiscalização do recolhimento do ICMS.

27. CESPE/PROCURADOR-PE/2009
A obrigação tributária consistente no dever de manter escrita contábil referente ao ICMS
decorre sempre da lei stricto sensu.

28. FCC/Pref. Teresina Auditor-Fiscal/2016


O Código Tributário Nacional estabelece disciplina a respeito das obrigações tributárias,
dividindo-as em principais e acessórias.
De acordo com esse Código, a obrigação
a) acessória decorre de fato gerador de taxas e contribuições especiais, enquanto que a
obrigação principal decorre de fato gerador de imposto.
b) acessória tem por objeto o lançamento de penalidade pecuniária.
c) principal, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em direito subjetivo da
Fazenda Pública de propor execução fiscal.
d) principal tem como fato gerador qualquer situação que, na forma da legislação aplicável,
imponha a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação acessória.
e) principal é extinta juntamente com a extinção do crédito tributário que dela decorreu.

29. FCC/PGE-MA-Procurador/2016
Sobre obrigação tributária, é correto afirmar que
a) a obrigação tributária principal sempre pressupõe o prévio ou posterior cumprimento de
obrigação tributária acessória.

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b) todo sujeito passivo de obrigação tributária principal sempre também será de obrigação
tributária acessória.
c) a obrigação tributária acessória independe da obrigação tributária principal e existe no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
d) somente pode ser objeto de obrigação tributária acessória aquele previsto em lei ou ato
normativo para ser sujeito passivo de obrigação tributária principal.
e) a obrigação tributária principal se converte em obrigação tributária acessória quando se
trata de pagamento de multa por infração à legislação tributária.

30. FCC/Procurador-AL-PB/2013
Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

31. FCC/Procurador-AL-PB/2013
Autoridade administrativa, observados os procedimentos estabelecidos em lei ordinária,
pode efetuar a desconsideração de atos ou de negócios jurídicos praticados com a finalidade
de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo.

32. FCC/Procurador-AL-PB/2013
Fato gerador da obrigação principal é situação definida em decreto do executivo ou resolução
do Senado Federal como necessária e suficiente à sua ocorrência.

33. FCC/Procurador-João Pessoa-PB/2012


Considera-se ocorrido o fato gerador desde o momento do implemento da condição,
tratando-se de negócio jurídico gravado com condição resolutiva.

34. FCC/Procurador-João Pessoa-PB/2012


Considera-se ocorrido o fato gerador desde o momento da prática do ato ou celebração do
negócio, tratando-se de negócio jurídico gravado com condição suspensiva.

35. FGV/SEFIN-RO-Técnico Tributário/2018


O Banco Delta transferiu do Estado Y para o Estado Z bens próprios, de seu ativo imobilizado,
que seriam utilizados em seus estabelecimentos no Estado Z. O Banco Delta tem sede no
Estado Y e não é contribuinte do ICMS.

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Entretanto, o banco foi multado pelo Estado Z, constando da autuação que houve
descumprimento da obrigação acessória de emissão de nota fiscal, conforme consta do
Regulamento do ICMS do Estado de destino dos bens transferidos. Nessa hipótese,
a) o Estado Z agiu de forma ilegal, por não haver obrigação de emissão de nota fiscal, não
existindo venda.
b) a exigência do cumprimento da obrigação acessória está correta, o que permite ao fisco
exercer seu dever de fiscalização.
c) o Estado Z extrapolou o seu poder de polícia, por que na hipótese a obrigação principal não
existe.
d) a obrigação de emissão de nota fiscal só poderia ser exigida pelo Estado Y.
e) o Estado Z agiu corretamente, já que houve circulação física e jurídica de bens entre as
unidades da Federação.

36. FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015


Não emitir nota fiscal em operações de venda de livros não é suficiente para que esta
obrigação acessória se transforme em obrigação principal com relação à penalidade
pecuniária.

37. FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015


A lei de instituição de um tributo previu como fato gerador um negócio jurídico condicional.
Assim, considerar-se-á como ocorrido o fato gerador:
a) desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio, se a condição for
suspensiva;
b) desde o momento do implemento da condição, se esta for resolutória;
c) desde o momento da implementação da celebração do negócio, seja a condição resolutória
ou suspensiva;
d) desde o momento do implemento da condição, se esta for suspensiva;
e) desde o momento da exteriorização do negócio, por publicação, se a condição for
suspensiva.

38. FGV/Câmara Municipal do Recife-PE-Consultor Legislativo/2014


O fato gerador da obrigação principal é a situação definida na(o):
a) Constituição Federal;
b) lei;
c) Código Tributário Nacional;

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d) decreto legislativo;
e) lei complementar.

39. FGV/Pref. Recife-PE-Auditor do Tesouro Municipal/2014


Assinale a opção que indica um efeito do fato gerador.
a) Fixa a hipótese de incidência do tributo.
b) Determina o regime jurídico da obrigação tributária.
c) Estabelece a hipótese de incidência da obrigação tributária acessória.
d) Discrimina os tributos de competência de cada ente político.
e) Indica o local onde o tributo deve ser pago.

40. FGV/AFRE- RJ/2011


O objeto da obrigação tributária se traduz em uma prestação, de cunho patrimonial ou não,
devida pelo contribuinte ou responsável. Em relação à obrigação tributária, é correto dizer
que
a) A obrigação tributária de conteúdo patrimonial é chamada de obrigação principal, ao passo
que a acessória se caracteriza pela prestação de conteúdo não patrimonial, consubstanciada
em obrigações de fazer e não fazer. Entretanto, a não observância da obrigação acessória
tem o condão de convertê-la em principal relativamente à penalidade pecuniária.
b) A obrigação tributária principal, representada por uma obrigação de dar, surge no
momento do lançamento do tributo que, por sua vez, constitui o crédito tributário. Esta
obrigação decorre de legislação tributária específica e extingue-se juntamente com o crédito
dela decorrente.
c) A obrigação tributária, seja ela principal ou acessória, é sempre uma obrigação de cunho
patrimonial quando se refere a uma obrigação de fazer ou não fazer.
d) De modo análogo à obrigação civil, a obrigação tributária acessória decorre da obrigação
principal. Nesse diapasão, também pode se dizer que, extinta a obrigação principal, extinta
está a obrigação acessória, mas a extinção da obrigação acessória não implica,
necessariamente, a extinção da obrigação principal.
e) A obrigação acessória, caracterizada por obrigações de fazer e não fazer tais como emitir
notas fiscais, manter a escrituração dos livros em dia, entregar as declarações de acordo com
as instruções do fisco, não impedir o livre acesso da fiscalização à empresa, etc., decorre de
legislação tributária específica, no interesse exclusivo de arrecadação dos tributos.

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41. FGV/Sudene- PE- Analista Técnico Adm./2013


Assinale a alternativa em que a segunda assertiva completa o sentido da primeira.
a) A obrigação tributária é principal ou acessória / no caso da acessória há vínculo jurídico
sem conteúdo patrimonial.
b) As obrigações têm caráter de patrimonialidade genérica, no ordenamento jurídico
tributário / isto ocorre em função do descumprimento da obrigação acessória gerar multa.
c) A obrigação tributária gera, para o sujeito passivo, um dever / este dever nasce com a lei e
a partir dela se torna exigível.
d) As obrigações tributárias são sempre de dar / isto em função da possibilidade de
transmutação da obrigação de fazer ou não fazer em imposição de multa.
e) A obrigação tributária principal é de dar / ela tem como sua única fonte o texto da lei que
criou a hipótese de incidência.

42. FGV/Procurador AL - MT /2013


Lei de determinado Estado da Federação estabelece base de cálculo reduzida para o ICMS
dos produtos que compõem a cesta básica. A lei foi regulamentada por ato normativo do
executivo que subordinou a aplicação da base legalmente reduzida ao cumprimento, pelo
contribuinte, das obrigações acessórias.
A Sociedade Delta Ltda. procedeu à saída de mercadoria da cesta básica de seu
estabelecimento desacompanhada de nota fiscal.
Neste caso,
a) não incide a redução do imposto, visto que não cumprida obrigação acessória.
b) incide a redução prevista na lei estadual, já que a fixação da base de cálculo está sujeita a
reserva legal.
c) incide a redução prevista na lei estadual, mas fica suspensa até que seja regularizada a
saída da mercadoria.
d) não incide a redução do imposto, já que o Executivo tem a faculdade de limitar os
beneficiados pela redução da base de cálculo.
e) a redução da base de cálculo constitui renúncia fiscal cuja fruição pode ser condicionada
pela Administração Fiscal ao cumprimento das obrigações acessórias.

43. ESAF/MPOG-APO/2015
Sobre obrigação tributária e fato gerador tributário, é incorreto afirmar que
a) a obrigação tributária principal nasce com a inscrição do crédito tributário na dívida ativa.

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b) a obrigação tributária principal tem necessária natureza pecuniária e somente pode ser
instituída por lei em sentido estrito/formal, enquanto que a obrigação tributária acessória
tem necessária natureza não- pecuniária.
c) a obrigação tributária acessória configura obrigação de fazer (prestação positiva) ou de não
fazer (prestação negativa) prevista no interesse da arrecadação tributária ou da
administração tributária.
d) o fato gerador da obrigação tributária principal é situação definida na lei tributária
necessária e suficiente à geração da correspondente obrigação de pagar.
e) o fato gerador da obrigação acessória é situação definida na legislação tributária que
imponha a prática ou a abstenção de ato que não seja próprio à obrigação principal.

44. ESAF/ATRFB/2012
Em regra, a definição do fato gerador da obrigação tributária principal só pode ser
estabelecida em lei, mas a definição do sujeito passivo dessa obrigação pode ser estabelecida
em decretos e normas complementares.

45. ESAF/ATRFB/2012
A obrigação acessória tem por objeto a prestação positiva de pagamento do tributo ou
penalidade pecuniária e outras prestações previstas no interesse da arrecadação.

46. ESAF/ATRFB/2012
Poderão ser desconsiderados pela autoridade os atos ou negócios jurídicos praticados com a
finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo.

47. ESAF/ISS-RJ-Fiscal de Rendas/2010


O art. 150, inciso I, da Constituição Federal, dispõe que, sem prejuízo de outras garantias
asseguradas aos contribuintes, é vedado aos entes tributantes
exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
Tal afirmativa permite-nos concluir que a lei que veicula a norma tributária impositiva deverá
conter os aspectos indispensáveis para que se possa determinar o surgimento e o conteúdo
da obrigação tributária. Sobre tais aspectos, julgue os itens a seguir:
I. aspecto material: descrição da situação geradora da obrigação tributária;
II. aspecto espacial: onde a ocorrência da situação geradora da obrigação tributária será
relevante;
III. aspecto temporal: quando se deve considerar ocorrida a situação geradora da obrigação
tributária;

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IV. aspecto pessoal: quem está obrigado ao pagamento (sujeito passivo), e em favor de quem
(sujeito ativo);
V. aspecto quantitativo: qual o montante devido da obrigação tributária.
Estão corretos:
a) apenas os itens I, IV e V.
b) apenas os itens I, II e V.
c) apenas os itens I, III, IV e V.
d) apenas os itens III, IV e V.
e) todos os itens estão corretos.

48. VUNESP/Pref. Alumínio-SP-Procurador Jurídico/2016


Estabelece o Código Tributário Nacional (CTN) que
a) o fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e
suficiente à sua ocorrência.
b) o fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe o pagamento de tributo ou penalidade cabível.
c) salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os
seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são
próprios.
d) salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os
seus efeitos, tratando-se de situação de fato, desde o momento em que esteja
definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.
e) a autoridade administrativa não poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a
natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a
serem estabelecidos em lei ordinária.

49. VUNESP/Câmara Municipal Poá-SP-Procurador Jurídico/2016


A obrigação tributária principal, de acordo com o Código Tributário Nacional (CTN),
a) surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
b) decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela
previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
c) surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto as prestações, positivas ou
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

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d) decorre do fenômeno jurídico da subsunção e tem por objeto as prestações negativas, no


interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
e) surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto as prestações, positivas ou
negativas, nela previstas no interesse do sujeito passivo da obrigação tributária.

50. VUNESP/Pref. Arujá-SP-Fiscal Tributário/2015


Assinale a alternativa correta no que respeita às obrigações tributárias.
a) A obrigação principal consiste no pagamento do tributo, e a acessória, no pagamento da
multa.
b) A obrigação acessória depende da prévia existência da obrigação principal, dada a
aplicação do princípio de que o acessório segue o principal.
c) A obrigação principal e a acessória são totalmente independentes, já que são distintos seus
objetos.
d) Os objetos da obrigação acessória e da principal são distintos, mas uma não existe sem a
outra.
e) A obrigação principal é uma obrigação de fazer, e a obrigação acessória, uma obrigação de
não fazer.

SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

51. CESPE/PGE-PE-Procurador/2018
O sujeito ativo da obrigação acessória é denominado responsável tributário.

52. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017
O sujeito passivo da obrigação principal denomina-se contribuinte quando, dada sua
vinculação ao fato gerador, sua sujeição decorre expressamente de determinação legal, ainda
que não tenha relação pessoal e direta com a ocorrência de tal fato.

53. CESPE/PC-GO-Delegado/2017
Ricardo, com quinze anos de idade, traficou entorpecentes por três meses, obtendo uma
renda de R$ 20.000. Informado pela autoridade competente, um auditor da Receita Federal
do Brasil efetuou lançamento contra o menor. Tendo como referência essa situação
hipotética, assinale a opção correta.
a) O tráfico de entorpecente é ato ilícito, sendo responsáveis pelos prejuízos dele
decorrentes, nos termos da lei civil, os pais de Ricardo, que deverão recolher o tributo a título
de sanção cível.

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b) A capacidade tributária independe da capacidade civil, de modo que é correto o


lançamento contra o menor que, no caso, percebeu remuneração que pode ser considerada
renda.
c) O tráfico de entorpecente é atividade que gera proveito econômico, o que justifica torná-lo
fato gerador de tributo, não podendo, no entanto, Ricardo, por ser incapaz, sofrer
lançamento, devendo a renda percebida ser imputada aos seus pais.
d) O tráfico de entorpecente, por ser crime, não pode ser objeto de tributação, pois o
pagamento de imposto em tal hipótese significaria que o Estado estaria chancelando uma
atividade ilícita, sendo, portanto, insubsistente o lançamento.
e) Ricardo, por ser incapaz, não pode sofrer lançamento, não constituindo renda eventuais
ganhos econômicos que ele venha a ter.

54. CESPE/TCE-PR-Analista de Controle/2016


O sujeito ativo da obrigação tributária pode ser a pessoa jurídica de direito privado titular da
competência para exigir o seu cumprimento.

55. CESPE/PC-PE-Delegado/2016
Tendo como referência o disposto no CTN, assinale a opção correta.
a) A capacidade tributária passiva é plena e independe da capacidade civil.
b) Não haverá incidência tributária sobre atividades ilícitas.
c) A obrigação tributária principal nasce com o lançamento do fato gerador.
d) Fato gerador corresponde ao momento abstrato previsto em lei que habilita o início da
relação jurídico-tributária.
e) A denominação do tributo e a destinação legal do produto de sua arrecadação são
essenciais para qualificá-lo.

56. CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014


Será denominado responsável o município que, como sujeito ativo da obrigação tributária,
passar a ter obrigações em razão de disposição expressa em lei.

57. CESPE/PGE-PI-Procurador do Estado Substituto/2014


A sociedade em comum detém capacidade tributária passiva, pois essa condição independe
de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, tornando-se sujeito passivo da obrigação
tributária principal, ainda que, por convenção particular, seja prevista a responsabilidade
pessoal dos sócios pelo pagamento de tributos.

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58. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. É possível que sujeito passivo
de obrigação principal figure como responsável, ainda que a obrigação não decorra de
disposição expressa em lei.

59. CESPE/Procurador Federal/2004


Pessoas jurídicas de direito privado não podem ser sujeitos ativos da obrigação tributária,
mas podem ser destinatárias do produto da arrecadação.

60. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. Na hipótese de constituição
de pessoa jurídica de direito público pelo desmembramento territorial de outra, não haverá
sub-rogação em direitos.

61. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012
A capacidade tributária passiva depende da regular constituição da pessoa jurídica, a fim de
se localizar o seu domicílio tributário.

62. FCC/Pref. Teresina Auditor-Fiscal/2016


Joãozinho, com seis anos de idade, recebeu doação de seus avós, a qual foi devidamente
aceita pelos seus pais, em seu nome.
Marcelo, empresário, perdeu o direito de administrar diretamente os seus bens, desde a
decretação da falência de sua empresa, consoante o que determina o art. 103 da Lei Federal
no 11.101/05.
A empresa Serviços Gerais Ltda., prestadora de serviços previstos na Lista de Serviços anexa à
Lei Complementar Federal no 116/03, funciona sem a devida inscrição no Cadastro de
Contribuintes do ISS do Município em que se localiza, mas atua comercialmente como se
regular fosse.
Por determinação judicial, Maria Luisa encontra-se internada em hospital para doentes
mentais, por sofrer de moléstia que a impede de praticar os atos do dia-a-dia, em razão de
profunda alienação mental.
De acordo com as regras do Código Tributário Nacional, atinentes à capacidade tributária das
pessoas para serem sujeitos passivos de obrigação tributária principal,
a) a empresa Serviços Gerais Ltda. reveste a condição de sujeito passivo do IPTU relativo ao
terreno que a referida sociedade adquiriu e no qual se localiza a sede da referida empresa.

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b) Maria Luisa, que perdeu suas faculdades mentais, não reveste, por causa disso, a condição
de sujeito passivo do Imposto de Renda, embora aufira rendimentos tributáveis por esse
imposto.
c) Marcelo não pode ser identificado como sujeito passivo do IPVA de veículo de sua
propriedade, em relação aos fatos geradores ocorridos após a perda do direito de administrar
seus bens, justamente por causa dessa perda.
d) a empresa Serviços Gerais Ltda. não reveste a condição de sujeito passivo do ISS em
relação aos serviços que presta, porque não está regularmente constituída, ainda que
configure, indubitavelmente, uma unidade econômica.
e) Joãozinho, por ser menor de idade, não pode ser identificado como sujeito passivo do
ITCMD incidente sobre a doação recebida, ainda que a lei ordinária competente preveja que
o donatário é o contribuinte desse imposto.

63. FCC/Pref. São Luis-MA-Auditor de Controle Interno/2015


A sujeição ativa e a sujeição passiva representam os dois pólos do critério subjetivo da
relação obrigacional tributária. De acordo com o Código Tributário Nacional, o sujeito passivo
da obrigação principal é
I. designado responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação
decorra de disposição expressa da legislação tributária.
II. a pessoa natural (física) ou jurídica, de direito público ou privado, obrigada ao pagamento
de tributo.
III. designado contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador.
IV. a pessoa natural (física) ou jurídica, de direito privado, obrigada ao pagamento de
penalidade pecuniária.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) III e IV, apenas.

64. FCC/TCM-RJ-Procurador/2015
E
que era utilizada para fazer lavagem de dinheiro decorrente de corrupção em aquisição de
M E

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construção ao Município com preços superfaturados. Relativamente a fatos geradores


decorrentes destas operações,
a) não haverá obrigação tributária, pois nunca houve efetivamente os fatos geradores.
b) não haverá obrigação tributária, pois a pessoa jurídica não está regularmente constituída
nos termos da lei civil.
c) haverá obrigação tributária da empresa, pois a capacidade tributária passiva independe da
pessoa jurídica estar regularmente constituída.
d) haverá obrigação tributária integral para o Município, na qualidade de responsável
tributário, porque a pessoa jurídica não está regularmente constituída.
e) haverá obrigação tributária com responsabilidade solidária entre o Município e o
representante legal da empresa pela infração de lei.

65. FCC/TRF 4ª Região Técnico Judiciário/2010


Sujeito ativo da obrigação tributária
a) principal é o responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação
decorra de disposição expressa de lei.
b) é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.
c) principal é o contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador.
d) principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
e) é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu
cumprimento.

66. FGV/Agente Fazendário-Niterói/2015


De acordo com as normas gerais de Direito Tributário, uma criança de sete anos:
a) possui capacidade tributária passiva parcial até completar dezoito anos de idade;
b) não possui qualquer capacidade tributária passiva, porque é incapaz de discernir sobre a
prática dos fatos geradores;
c) possui total capacidade tributária passiva;
d) possui capacidade tributária parcial até completar dez anos de idade;
e) não possui capacidade tributária passiva, porque é menor de idade.

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67. FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015


De acordo com as normas gerais de Direito Tributário, é correto afirmar que o fato gerador
de obrigação tributária principal, praticado por juridicamente incapaz ou em que ele tenha
provocado a sua ocorrência, não torna o tributo correspondente indevido;

68. FGV/TCE-RJ-Auditor Substituto/2015


Um profissional médico vem a ser sancionado com a suspensão do exercício profissional por
30 (trinta) dias pelo Conselho Regional de Medicina do estado. Apesar da penalidade, ele
continua a prestar serviços médicos durante o período. Como a prestação de serviços
médicos é fato gerador do Imposto sobre Serviços de qualquer natureza (ISS), a
municipalidade, ao descobrir tal fato, autua o profissional para cobrar o ISS não pago, mais
multa e juros. A autuação está:
a) incorreta, pois a capacidade tributária passiva depende de achar-se a pessoa natural
autorizada ao exercício de atividades profissionais;
b) correta, pois a sanção de suspensão foi estabelecida por órgão fiscalizador do exercício de
profissão regulamentada de nível regional;
c) incorreta, pois o fato gerador do ISS depende de achar-se o profissional autorizado ao
exercício da atividade prevista na hipótese de incidência;
d) incorreta, pois a sanção de suspensão não foi estabelecida por órgão fiscalizador do
exercício de profissão regulamentada de nível nacional;
e) correta, pois a capacidade tributária passiva independe de achar-se a pessoa natural
autorizada ao exercício de atividades profissionais.

69. FGV/Sead-Fiscal-AP /2010


A capacidade tributária passiva depende da capacidade civil das pessoas naturais.

70. ESAF/MPOG-APO/2015
O

71. ESAF/MPOG-APO/2015
Sujeito ativo tributário é aquele a quem a lei destina o resultado da arrecadação dos valores
pecuniários da correspondente obrigação tributária principal.

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72. ESAF/MPOG-APO/2015
Na definição da sujeição passiva, as convenções particulares, ainda que configuradas
mediante instrumento público ou decorrentes de ato homologado judicialmente, são
inoponíveis à Fazenda Pública.

73. ESAF/PGFN-Procurador da Fazenda Nacional/2015


Não tem capacidade ou sujeição tributária passiva
a) o menor impúbere.
b) o louco de todo gênero.
c) o interdito.
d) o ente despersonalizado.
e) a pessoa alheia ao fato gerador, mas obrigada pela Administração Tributária ao pagamento
de tributo ou penalidade pecuniária.

74. ESAF/ATRFB/2012
Um menor de 10 anos de idade é absolutamente incapaz do ponto de vista civil e tributário.

75. ESAF/ATRFB/2012
Salvo se a lei o previr, os contratos feitos entre o contribuinte do ITR e o arrendatário do
imóvel, para excluir a responsabilidade daquele pelo pagamento desse imposto, embora
válido entre as partes, não é eficaz em relação à fazenda pública.

76. FUNDATEC/SEFAZ-RS-TTRE/2014
Segundo a ordem jurídica, assinale a alternativa correta.
a) A capacidade tributária ativa está sempre associada àquele ente público tributante que
institui o tributo.
b) A capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais.
c) A pessoa proibida de exercer atividade comercial, tendo em vista decisão judicial com força
de coisa julgada, uma vez praticando o ato proibido, não pode ser considerado que tenha
realizado o fato gerador em concreto pelo motivo de estar inimputável.
d) O ambulante, aqui considerado como aquela pessoa natural que realiza a venda de
mercadorias, sem a devida inscrição junto à fazenda estadual e sem qualquer tipo de registro
perante a junta comercial, por tais características, não poderá ser alvo da fiscalização, porque
não pratica ato nem participa de fato tributável.

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e) A pessoa detentora de diploma de bacharel em Ciências Contábeis e que não realizou o seu
registro profissional perante o conselho profissional correspondente, se exercer a atividade
privativa de contador, dado esse contexto, não é obrigada a recolher qualquer tipo de tributo
sobre valores, atos ou fatos praticados nessa circunstância.

77. VUNESP/FUNDAÇÃO CASA-Analista Administrativo/2013


Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária. Com base nessa afirmação, classifique com (V), para verdadeiro, e (F),
para falso, o referido sujeito passivo.
( ) Contribuinte, quando tiver uma relação empresarial e jurídica, direta e indireta com a
situação que constitui o respectivo fato gerador.
( ) Contribuinte, quando tiver relação pessoal e direta com a situação que constitui o
respectivo fato gerador.
( ) Responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de
disposição expressa de lei.
( ) Responsável, quando, revestido da condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de
disposição expressa em lei da referida obrigação.
Assinale a alternativa que apresenta a classificação correta das assertivas, na ordem em que
aparecem.
a) V, V, F, F.
b) F, F, V, V.
c) V, F, F, V.
d) V, F, F, V.
e) F, V, V, F.

78. VUNESP/TJ-SP-Titular de Serviços de Notas e de Registros /2012


Sobre obrigação tributária, é correto afirmar que
a) o sujeito ativo é a pessoa que pode exigir o tributo; não necessariamente coincide com
aquela que deve instituí-lo.
b) a posterior concessão de anistia altera a natureza da obrigação tributária.
c) fato gerador da obrigação tributária ocorre, em situação de fato, desde quando esteja
definitivamente constituída, nos termos do direito aplicável.
d) o sujeito passivo da obrigação tributária principal é sempre o contribuinte, não podendo
ser opostos à Fazenda Pública acordos entre particulares para modificá-lo.

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SOLIDARIEDADE EM DIREITO TRIBUTÁRIO

79. CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014


Se duas pessoas tiverem interesse comum em situação que constitua o fato gerador de uma
obrigação tributária principal, essas pessoas serão solidariamente responsáveis, na exata
ordem da dimensão do interesse econômico de cada uma delas.

80. CESPE/PGE-PI-Procurador do Estado Substituto/2014


A responsabilidade solidária em direito tributário pode ser classificada em natural quando
determinadas pessoas têm interesse comum na situação retratada no fato gerador da
obrigação tributária ou legal quando expressamente determinada por lei , sendo o
benefício de ordem admitido para ambas as hipóteses.

81. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012-Adaptada
No que tange à obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. A solidariedade mencionada
no CTN importa benefício de ordem quando as pessoas solidárias são expressamente
designadas por lei.

82. CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2011


Estabelece-se, como um dos efeitos da solidariedade, que a isenção ou remissão de crédito
outorgada pessoalmente a qualquer dos coobrigados exonera todos os demais.

83. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação, podendo, entretanto, qualquer dos devedores alegar o
benefício de ordem, conforme o grau de seu interesse.

84. FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013


Salvo disposição de lei em contrário, estão previstos os seguintes efeitos da solidariedade: a)
o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; b) a isenção ou remissão
de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles,
subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; c) a interrupção da
prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.

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85. FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013


Na solidariedade tributária é permitida a observância de uma sequência preestabelecida para
a execução, operando-se esta primeiramente contra um, e só depois contra o outro.

86. FGV/AFRE- RJ/2011


Flávia, Telma e beatriz constituíram a sociedade trio maravilha Ltda. Para operar no ramo de
prestação de serviços de beleza, mas se abstiveram de inscrever o contrato social no registro
competente. Mesmo assim, começaram a vender seus produtos na praça, sem o
recolhimento do ISS. Diante dessa situação fática, é possível afirmar que
a) Em matéria tributária, assim como em matéria cível, a solidariedade passiva pode ocorrer
em virtude de lei ou de acordo de vontades.
b) Caso o fisco exigisse o pagamento integral da dívida somente de beatriz, a sócia com
menor patrimônio, esta poderia invocar o benefício de ordem para redirecionar a cobrança
para Flávia, detentora da maioria das quotas da sociedade.
c) Caso Telma fosse beneficiada com isenção pessoal concedida pelo fisco, esta seria
extensível às demais sócias, por força da solidariedade tributária legal.
d) Se Flávia fosse citada em execução fiscal, a interrupção da prescrição atingiria todas as
sócias da empresa.
e) O eventual pagamento total do tributo devido por Telma não aproveitaria nem a Flávia
nem a beatriz, caso o contrato social assim determinasse.

87. FGV/Sead-Fiscal-AP /2010


Havendo solidariedade tributária, e salvo disposição de lei em contrário, a isenção do crédito
exonera a todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo,
nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo do tributo.

88. FGV/TJ-AP-Juiz/2008
No Direito Tributário são solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum
na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal e as pessoas expressamente
designadas por lei, e não comporta o benefício de ordem.

89. ESAF/ATRFB/2012
Os condôminos de um imóvel são solidariamente obrigados pelo imposto que tenha por fato
gerador a respectiva propriedade.

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90. VUNESP/PC-CE-Delegado/2015
Assinale a alternativa correta.
a) As convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento dos tributos,
como regra, podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito
passivo das obrigações tributárias correspondentes.
b) Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada ao pagamento da penalidade
pecuniária.
c) O sujeito passivo da obrigação principal diz-se responsável quando tenha relação pessoal e
direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
d) Ressalvada disposição de lei em contrário, na solidariedade passiva tributária, a isenção ou
remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um
deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo.
e) Em matéria tributária, é possível a existência de solidariedade ativa, passiva e mista.

DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO

91. CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012
A autoridade administrativa não pode recusar o domicílio eleito pelo contribuinte ou
responsável, pois ambos possuem autonomia para elegê-lo.

92. CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2011-Adaptada


No que concerne a obrigação tributária, julgue a assertiva a seguir. Na falta de eleição, pelo
contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, considera-se, na forma da legislação
aplicável, como domicílio tributário, preferencialmente, o lugar da situação do bem ou da
ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

93. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
Em regra, é direito do contribuinte eleger o lugar do domicílio fiscal, o que não pode ser
recusado pelo fisco, ainda que a eleição resulte em dificuldades para a arrecadação e
fiscalização tributária.

94. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
O domicílio tributário do proprietário de terreno não edificado, para fins de IPTU, deve estar
situado na mesma cidade onde o terreno esteja localizado, o que constitui exceção à regra do
domicílio de eleição.

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95. FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013


A empresa Odisseia Indústria e Comércio S.A., cuja atividade compreende compra e venda
mercantil, anteriormente localizada na cidade de Santa Rita do Sapucaí - MG, transferiu sua
sede administrativa do Estado de Minas Gerais para o interior do Estado do Amazonas, em
área rural distante mais de 300 km de centro urbano mais próximo, e de acesso precário por
via rodoviária ou fluvial, e, ainda, por deliberação dos acionistas, sua antiga sede no Estado
de Minas Gerais foi convertida em filial. A Receita Federal do Brasil verificou, após
procedimento administrativo regular, que a mudança da localização da sede para local de
difícil acesso dificulta a fiscalização tributária, além do que ali não se encontravam guardados
os livros e registros fiscais da empresa. Apurou a fiscalização federal que o local da efetiva
administração da empresa continuava a ser em Minas Gerais. Em razão desta situação, a
Receita Federal determinou a reversão do domicílio tributário da empresa para a localidade
anterior, em sua filial. Em face da situação hipotética apresentada e do ordenamento jurídico
vigente, a Receita Federal do Brasil agiu
a) corretamente, pois em relação às pessoas jurídicas de direito privado não há previsão legal
que possibilite a eleição do domicílio fiscal, havendo esta faculdade apenas às pessoas
naturais.
b) incorretamente, dado que não poderia recusar o domicílio eleito pelo contribuinte, mesmo
que este dificultasse a fiscalização tributária, pois a escolha do local da sede da empresa é
livremente feita por seus controladores, especialmente em face da liberdade empresarial
constitucionalmente garantida
c) corretamente, visto que na hipótese de recusa do domicílio eleito, a legislação determina
que se considere como domicílio fiscal do contribuinte o último local em que o
estabelecimento estava localizado.
d) incorretamente, pois o CTN prevê, quanto às pessoas jurídicas de direito privado, a
prerrogativa da eleição do domicílio fiscal em qualquer local onde haja estabelecimento da
empresa no território da entidade tributante.
e) corretamente, pois a escolha do local da sede da empresa é livremente feita por seus
controladores, mas, para os fins tributários, pode a administração tributária
fundamentadamente recusar o domicílio eleito, nos casos em que o novo domicílio fiscal
impossibilite ou dificulte a fiscalização dos tributos.

96. FCC/AL-SP-Agente Técnico Legislativo/2010


Uma pessoa natural que não tem domicílio civil, residência fixa nem centro habitual de
atividades terá como domicílio tributário, caso não tenha eleito nenhum lugar,
a) o lugar onde for encontrada.
b) o lugar onde for encontrada ou a sede da Fazenda Pública.
c) a sede da Fazenda Pública competente ou da ocorrência do fato gerador.
d) o lugar da situação dos bens ou da ocorrência do fato gerador.

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e) o lugar que a Fazenda Pública indicar ou o lugar da situação dos bens.

97. FGV/SEFIN-RO-Técnico Tributário/2018


Leia o fragmento a seguir. Considerar-se-á como __________do contribuinte ou ______o
lugar da situação dos bens ou da _______ dos atos ou fatos que deram origem_________.
Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas.
(A) domicílio tributário responsável ocorrência - à obrigação.
(B) estabelecimento substituto - prática ao fato gerador.
(C) sede responsável ocorrência ao crédito tributário.
(D) centro de atividade sucessor prática ao débito tributário.
(E) domicílio tributário herdeiro ocorrência à obrigação.

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9 GABARITO DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES

1. E 26. C 51. E 76. B


2. C 27. E 52. E 77. E
3. C 28. E 53. B 78. A
4. E 29. C 54. E 79. E
5. B 30. C 55. A 80. E
6. E 31. C 56. E 81. E
7. E 32. E 57. C 82. E
8. C 33. E 58. E 83. E
9. C 34. E 59. C 84. C
10. E 35. B 60. E 85. E
11. C 36. E 61. E 86. D
12. E 37. D 62. A 87. C
13. C 38. B 63. D 88. C
14. A 39. B 64. C 89. C
15. E 40. A 65. E 90. D
16. C 41. A 66. C 91. E
17. C 42. B 67. C 92. E
18. E 43. A 68. E 93. E
19. C 44. E 69. E 94. E
20. E 45. E 70. C 95. E
21. E 46. C 71. E 96. D
22. E 47. E 72. C 97. A
23. C 48. A 73. E
24. C 49. A 74. E
25. E 50. C 75. C

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9 RESUMO DOS ASSUNTOS MAIS IMPORTANTES

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

 A obrigação tributária caracteriza-se por uma relação jurídica estabelecida entre dois
indivíduos, credor e devedor, cujo objeto consiste em uma prestação de dar, fazer ou deixar
de fazer algo.

 O devedor é denominado sujeito passivo, e o credor, sujeito ativo.

 O sujeito ativo é o ente instituidor do tributo (União, Estados, DF ou Municípios) ou a pessoa


jurídica de direito público titular da capacidade tributária ativa

 O sujeito passivo é o particular (pessoa física ou jurídica), que fica sujeito ao cumprimento das
obrigações tributárias.

 A obrigação tributária pode ser principal ou acessória.

 A obrigação principal possui caráter pecuniário e se refere ao pagamento de tributo ou


penalidade pecuniária.

 A obrigação acessória não possui caráter pecuniário, tendo por objeto as prestações, positivas
ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

 Hipótese de incidência  Previsão abstrata do fato que fará surgir a obrigação tributária.

 Fato Gerador  Ocorre quando um fato se enquadra na definição prevista em lei.

 Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à
sua ocorrência.

 Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável,
impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

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 A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza
do seu objeto ou dos seus efeitos, e dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

ELISÃO, EVASÃO E ELUSÃO FISCAL

 A elisão fiscal é a prática que visa reduzir ou eliminar o valor do tributo devido. São os atos
praticados pelo sujeito passivo, em regra, antes da ocorrência do fato gerador, isto é, antes do
nascimento da obrigação tributária. É, portanto, uma conduta lícita, sendo denominada
planejamento tributário.

 A evasão fiscal se caracteriza por condutas ilícitas, praticadas com o intento de ludibriar a
fiscalização, ocultando parcial ou totalmente a ocorrência do fato gerador. Em regra, a evasão é
praticada após a ocorrência do fato gerador.

 A elusão fiscal é também denominada elisão ineficaz. Nessa situação, o contribuinte simula o
negócio jurídico, dissimulando o fato gerador do tributo. O que se quer ocultar é a essência do
negócio, alterando a sua forma. Os autores costumam denominá-

SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

 O sujeito passivo da obrigação principal é aquele que está obrigado a pagar tributo ou
penalidade pecuniária. O sujeito passivo da obrigação acessória é o que está obrigado a fazer
ou deixar de fazer algo.

 O sujeito passivo da obrigação principal pode ser contribuinte ou responsável.

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Relação pessoal
Contribuinte
e direta com F.G.
Obrigação
Principal
Obrigação
Responsável decorrente da
Sujeito passivo lei

Obrigado a
Obrigação
fazer/deixar de
Acessória
fazer algo

 Em relação aos tributos indiretos, surge a necessidade de se diferenciar contribuinte de fato


(quem arca com o ônus do tributo, sem integrar a relação jurídico-tributária) de contribuinte
de direito (eleito pela norma como contribuinte, obrigado ao pagamento do tributo).

SOLIDARIEDADE EM DIREITO TRIBUTÁRIO

 A solidariedade ocorre quando duas ou mais pessoas possuem interesse comum na situação
que constitua o fato gerador da obrigação principal ou quando a lei assim o estabelece.

 A solidariedade não comporta benefício de ordem.

 A solidariedade possui diversos efeitos, os quais podem ser sintetizados no esquema abaixo:

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Efeitos da Solidariedade
Pagamento Aproveita aos demais

Exonera todos os
demais devedores
Isenção/Remissão
Exceto se pessoal a Subsiste saldo
um deles p/demais

Interrupção da Favorece ou
Prescrição prejudica os demais

Salvo disposição de lei em


contrário...

DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO

 O CTN definiu como regra o domicílio por eleição.


 As regras previstas relativas ao domicílio tributário constam no art. 127, do CTN, e podem ser
esquematizadas do seguinte modo:

Domicílio Tributário

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Regra: O sujeito
passivo escolhe seu
domicílio tributário Pessoa natural: residência
habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de
sua atividade.
PJ de direito privado: local da
sede ou de cada estabelecimento,
para FG nele ocorrido.
O domicílio impediu PJ de direito público: qualquer de
ou dificultou a suas repartições no território da
fiscalização e entidade tributante.
arrecadação

O domicílio será o local


Autoridade dos bens ou da
administrativa ocorrência dos atos ou
recusa o domicílio fatos que deram
eleito origem à obrigação

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