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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
3 CONCEITO DE TRIBUTO........................................................................................ 6
4 ESPÉCIES DE TRIBUTO......................................................................................... 8
4.2 Taxas................................................................................................................... 10
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7.2 Imposto de Exportação (IE) ................................................................................. 24
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11.5 Princípio da irretroatividade ............................................................................... 38
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
Bons estudos!
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2 NOÇÕES GERAIS
Necessário esclarecer que este material não esgota a temática sobre o assunto
abordado, presta exclusivamente à função de base para estudo preliminar e referência
de consulta para resolução das avaliações.
3 CONCEITO DE TRIBUTO
Diante ao que foi exposto acima, entende-se que tributo é toda prestação
pecuniária compulsória, assim dizendo, uma vez prevista em norma criada pelo
respectivo ente competente, decorrendo o fato gerador e sem qualquer dispensa
prevista na Constituição Federal ou em norma infraconstitucional, terá de pagar
tributo. Posto isto, o pagamento de tributo é obrigatório e compulsório.
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Da mesma maneira, o pagamento do referido tributo previsto em norma, deverá
ser realizado via de regra em dinheiro. Porém, o próprio Código Tributário Nacional
prevê a possibilidade de pagamento de tributo através da transferência em pagamento
de bem imóvel (uma vez presente tal opção nas formas de extinção do crédito
tributário).
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Sendo assim, no direito tributário é aplicado o princípio da “pecunia non olet”
ou seja, o dinheiro não tem cheiro.
Em síntese, vale frisar que nenhum tributo será pago sem lei que o estabeleça,
atendendo ao princípio máximo da legalidade estrita, na forma do artigo 150, I da
Constituição Federal “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte,
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou
aumentar tributo sem lei que o estabeleça.”
Nos casos de tributos com receita afetada, interessa ao direito tributário, que
esses tributos ao serem instituídos, tenham a previsão legal de destinação de seus
recursos em conformidade com a Constituição. Porém, se a destinação efetiva for
diversa, provavelmente estaremos tratando de: direito financeiro, direito administrativo
ou até mesmo direito penal.
4 ESPÉCIES DE TRIBUTO
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4.1 Impostos
- Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS): tem como fato gerador a
prestação de serviços constantes.
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4.2 Taxas
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como
fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva
ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte
ou posto à sua disposição. (BRASIL, 1966)
Sendo elas:
- Taxa de Licenciamento Anual de Veículo (art. 130 da Lei 9.503/1997): essa taxa é
cobrada para gerar anualmente o novo documento do veículo;
- Taxas do Registro do Comércio: juntas comerciais, são taxas cobradas por exemplo,
para o registro do Contrato Social de uma empresa.
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Pode-se dizer, que é uma contribuição cobrada por uma valorização de um
imóvel, sendo que esta valorização deve decorrer devido a uma obra pública, e por
isso os valores deverão ser cobrados apenas com o final da obra, e precisarão ser
instituídos antes do início das obras. A cobrança se dá, com intuito de evitar o
enriquecimento ilícito do proprietário do imóvel que sofreu a valorização decorrente
de uma obra pública.
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cofres públicos só futuramente, sendo vinculados esses valores ao que lhe deu
existência. E assim será usado exclusivamente para o que dispõe o artigo 148 da
Constituição, em seu parágrafo único “A aplicação dos recursos provenientes de
empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.”
Ou seja, de acordo com o artigo 148, esses tributos podem ser criados somente
diante de situações específicas como: guerra externa (ou sua iminência), calamidade
pública, ou investimento público de caráter relevante. E quanto à aplicação dos
recursos provenientes de sua arrecadação, é vinculada à despesa correspondente
que justificou sua instituição.
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§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que
trata o caput deste artigo:
5 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
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competência tributária: indelegável, inalterável e irrenunciável
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Temos como exemplo os impostos de competência privativa da União (artigo
153), ou os empréstimos compulsórios (artigo 148), e as contribuições especiais (art.
149).
No entanto, a competência comum, diz respeito àquela a que pode ser exercida
por todos os entes federativos no âmbito de suas atribuições, sendo o caso das taxas
pela prestação de serviço público específico e divisível, e das contribuições de
melhoria que decorrem da realização de obra pública, e que resulte na valorização do
imóvel do contribuinte.
E para isso, os impostos devem ser não-cumulativos e não podem ter fato
gerador, ou base de cálculo. Ademais, deve instituir outras contribuições que sejam
destinadas a garantir a manutenção, ou expansão da seguridade social.
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5.1.4 Outras espécies de competência tributária
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5.2.1 Tributo Fiscal
O tributo extrafiscal, recebe esse nome por serem aqueles que possuem
finalidades que ultrapassem o caráter arrecadatório da tributação. Assim dizendo,
além de designarem ao custeamento de despesas públicas, esses tributos extrafiscais
objetivam na atuação no comportamento da sociedade, instigando ou desmotivando
práticas.
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São classificados também como extrafiscais: os tributos verdes (uma vez que
buscam atuar para reduzir danos ao ecossistema). Com fundamento na proteção do
meio ambiente, esses tributos podem ter suas alíquotas reduzidas, ou majoradas, seja
benéfico ou prejudicial, ou determinado produto ou serviço.
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No dia 25 de outubro de 1966, o Código Tributário Nacional foi editado e
permanece em vigência até os dias atuais. Com mais de cinquenta anos, a referida lei
passou por transformações, devido às mudanças promovidas pelas Constituições de
1967, 1969 e 1988.
Foi Rubens Gomes de Souza que criou o anteprojeto do CTN, e após diversas
discussões ocorreu a formulação do projeto de lei final. No entanto, esse projeto só
foi votado na década de 60, e as diretrizes da Emenda Constitucional de nº 18 foram
essenciais para guiar a redação final do Código Tributário Nacional.
Embora o CTN seja uma lei ordinária, o mesmo foi recepcionado tanto pela
Constituição de 1967 quanto pela Constituição de 1969 e 1988, como lei
complementar, em razão do princípio da recepção constitucional, visto que ambas
previam que a matéria tributária deveria ser objeto de lei complementar.
A estrutura do CTN conta com duas partes. Sendo que na primeira o Código
tratou de regulamentar o sistema tributário, e na segunda estão as normas que regem
esse sistema.
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Toda parte geral do Código, dos artigos 1 a 95 foi modificada ao longo do
tempo. Por exemplo, os artigos 42 a 52, relativo ao ISS e ICM, foram substituídos
pelos Decretos-Leis 406 e 834. Na parte referente as normas e princípios (art. 96 a
182) a redação do Código Tributário Nacional permaneceu intacta, com apenas
algumas alterações. Sobre a parte que se refere à Administração Tributária (art. 183
a 218), foi bastante alterada, contudo, essa parte do Código não tratava
especificamente sobre tributos, mas sobre a organização da Administração Pública
junto ao sistema de arrecadação.
Apesar das modificações que sofridas, até hoje, o CTN não teve nenhum de
seus artigos julgados como inconstitucional. Vale lembrar, que para alguns juristas
esse é um ponto positivo, pois comprova a solidez da norma.
Já para outros juristas, todavia, a opinião é contraria. Por se tratar de uma lei
que sobreviveu a inúmeras ordens jurídicas, incluindo principalmente o período da
ditadura militar e o período democrático, uma revisão seria mais do que necessária.
Na prática, o referido artigo deixa claro que o pagamento de tributos deve ser
realizado exclusivamente em moeda, e decorre de uma obrigação que independe da
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vontade do contribuinte. Por isso, uma vez que a lei prevê o fato gerador da obrigação
caberá ao contribuinte cumpri-lá.
Como visto, para ter direito à imunidade tributária é preciso que a pessoa
jurídica não distribua qualquer parcela de seu patrimônio, ou, de suas rendas, a
qualquer título.
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No artigo 100 do CTN, dispõe sobre as leis complementares, esclarecendo
quais são as normas consideradas complementares às leis: dos tratados, de
convenções internacionais, e decretos.
II - outorga de isenção;
Outro dispositivo muito importante do CTN é o artigo 151. Pois ele traz todas
as hipóteses de suspensão do crédito tributário que são:
I - moratória;
E por fim, temos o artigo 173, que trata da decadência, que ocorre quando o
Fisco perde o direito de promover o lançamento do crédito tributário. Ou seja, decorre
da inércia do Fisco que tem 5 (cinco) anos, a contar do fato gerador para promover o
lançamento.
7 IMPOSTOS FEDERAIS
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7.1 Imposto de Importação (II)
É considerado um dos principais tributos federais, que são pagos pelo cidadão
no percurso da vida. Esse tributo recai sobre: operações de câmbio, de crédito ou de
seguro. O mencionado tributo, também é cobrado em operações mobiliárias, ou
relacionadas a títulos. Sendo assim, o contribuinte pode ser: pessoa física ou jurídica,
tudo dependerá de quem realizará a operação.
São impostos federais que incidem sobre a renda bruta de empresas (de todos
os portes e segmentos) do mercado nacional. E as alíquotas são: 6% quando sobre o
lucro acumulado inflacionário, e/ou 15% quando sobre o lucro real.
A declaração deste tipo de imposto pode ser: trimestral, que é quando o tributo
federal deve ser pago no último dia dos meses de março, junho, setembro e dezembro;
ou anual.
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Existem três modelos diferentes de tributação para empresas: Lucro Arbitrário,
Lucro Presumido e Lucro Real. Sendo as empresas que optam pelo Simples Nacional
a exceção.
É tributo federal cobrado todos os anos tão somente das propriedades rurais.
Ele deve ser pago pelos donos de imóveis rurais, ou usufrutuários/portadores de
títulos. Em caso de não pagamento da tributação, haverá cobrança de 1% de juros ao
mês.
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7.8 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
É uma tributação federal, que incide sobre o gás natural, petróleo e seus
derivados, e assim, os contribuintes do CIDE são: produtores, importadores e
formuladores (de combustíveis) em âmbito nacional.
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7.10 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
Todos esses impostos são recolhidos no Brasil, pelo governo federal, com
incidência pelo fator gerador de cada um.
7.11 INSS
8 IMPOSTOS ESTADUAIS
É um imposto estadual instituído em todo Brasil, e desse modo cada estado por
sua vez, pode alterar a tabela de valores a serem tributados por conta própria.
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Esse tributo estadual incide sobre vários tipos de serviços prestados em âmbito
nacional, exemplos: serviços de importação, de telecomunicações, de transportes
interestaduais ou intermunicipais, de prestação de serviços, etc.
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Após o recolhimento, 50% do valor é de domínio do estado, e 50% é da cidade
onde o veículo foi registrado. A alíquota varia de Estado para Estado, e incide sobre
o valor do veículo na tabela FIPE. Posto isso, um carro que é novo ou de um modelo
mais caro terá o IPVA mais se comparado a um veículo mais velho e básico. O imposto
estadual deve ser pago anualmente, podendo ser em parcela única, ou em até três
mensalidades.
9 IMPOSTOS MUNICIPAIS
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A alíquota mínima de cobrança é de 2% com base nos rendimentos brutos da
empresa, assim dispõe a Constituição. Além das empresas, os profissionais
autônomos deste segmento, também devem pagar esse imposto. A alíquota será de
5% em cima do valor da nota fiscal de cada serviço prestado.
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amplo, de desarticulação do Estado brasileiro, e de esgotamento de instrumentos
vitais da administração pública.
O Poder Público tem grande interesse na arrecadação dos tributos. Ainda que
os cidadãos tenham seus direitos resguardados pelos direitos fundamentais, que são:
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saúde, educação, segurança etc. Através das receitas tributárias o estado alcança
recursos e os aplica para concretizar esses direitos. A legislação tributária prevê
normas imperativas que incidem independentemente da vontade dos destinatários,
regulando as suas condutas.
Previsto no artigo 150, inciso III, alínea “a”, esse princípio pressupõe que não
será permitida a cobrança de tributos sobre fatos tributáveis ocorridos antes da
vigência da nova Lei, que tenha aumentado ou instituído alguma obrigação tributária
para o contribuinte.
O artigo 144 do CTN, estabelece que deve ser observada a legislação aplicável
na data da ocorrência do fato gerador, ainda que posteriormente modificada ou
revogada. Esse princípio é uma limitação ao poder de tributar, entretanto o artigo 106
do mesmo código determina que:
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b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou
omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em
falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente
ao tempo da sua prática. (BRASIL, 1966)
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No artigo 165 da Constituição Federal, está previsto que as leis de iniciativa do
poder executivo estabelecerão os orçamentos anuais. Devendo os mesmos, estar em
conformidade com o plano plurianual, e com a lei de diretrizes orçamentárias, ao qual
deve conter: o orçamento fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento da
seguridade social (do ano subsequente ao ano da publicação da referida lei).
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11.8 Princípio da Uniformidade Geográfica ou Uniformidade Tributária
O artigo 150, inciso IV da Constituição Federal define que o Estado não pode
criar tributo que possa ser utilizado com efeito de confisco, isto significa que o tributo
não pode ser tão gravoso que atinja de forma exagerada o patrimônio do contribuinte.
Ao estado é imposto um impedimento para que diante do argumento de cobrar tributo
não se aposse indevidamente de bens dos contribuintes.
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11.10 Princípio da uniformidade da tributação
Esse princípio dispõe que não se pode limitar o tráfego de pessoas, ou bens,
por meio de tributos, salvo a exceção da cobrança de pedágio. Dessa forma, constata-
se que é vedado a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, estabelecer qualquer
espécie de tributo buscando limitar o tráfego de pessoas.
Está previsto no artigo 150, §5º, da Constituição, com o propósito de que todos
os consumidores e as relações consumeristas sejam pautadas pela clareza e
transparência.
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
Este princípio determina que os impostos não podem ter caráter cumulativo,
acontecendo as devidas compensações dos valores já tributados em operações
anteriores.
12 CERTIDÃO NEGATIVA
É um documento que pode ser emitido por qualquer órgão do governo, que
demonstra que não há nenhuma pendência financeira ou processual em nome da
pessoa física e jurídica, ou até mesmo de um bem.
A solicitação pode ser também via internet, e cada tipo de certidão tem um
caminho específico, havendo órgãos em que a solicitação da certidão só é requerida
presencialmente.
É requerido como dado para emissão das certidões negativas o CNPJ (no caso
da empresa), e o CPF (em caso de pessoa física), e as certidões podem ser emitidas
de forma gratuita. Mas ainda existem algumas pagas.
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Em alguns casos pode até acontecer de conseguir emitir a certidão negativa
com alguma pendência, é a chamada certidão negativa com efeito positivo, ou seja,
quer dizer que a empresa tem a certidão negativa mesmo possuindo alguma
pendência em regularização ou suspensa.
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13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARO. Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 22ª ed. São Paulo: Saraiva. 2017.
CAMPOS, Djalma de. Direito Processual Tributário. 6ª ed. São Paulo: Rideel, 2011.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 28ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2017.
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MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 39ª ed. rev. atual. e amp.
São Paulo: Malheiros, 2018.
PAULSEN, Leandro, MELO, José Eduardo Soares de, PAULSEN, Leandro. Impostos
Federais, Estaduais e Municipais. Livraria do Advogado, 11ª edição, 2020.
SABBAG. Eduardo de Moraes. Manual de Direito tributário. 10ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2018.
SANTI, Eurico Marcos Diniz de. Curso de Direito Tributário e Finanças Públicas:
do fato à norma, da realidade ao conceito jurídico. São Paulo: Saraiva, 2008.
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