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Planejamento Tributário
Prof. Ilário Ziese
2015
Copyright © UNIASSELVI 2015
Elaboração:
Prof. Ilário Ziese
657.026
Z67cZiese, Ilário
Contabilidade e planejamento tributário/Ilário Ziese. Indaial :
UNIASSELVI, 2015.
207 p. : il.
ISBN 978-85-7830-906-0
1.Contabilidade-legislação.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Apresentação
A Contabilidade Tributária é uma das variáveis da Contabilidade
que requer um estudo aprofundado e, por isso, merece uma disciplina
inteiramente para seu acompanhamento. O estudo da Contabilidade
Tributária possibilita a aplicação do Planejamento Tributário.
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
UNI
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO
TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA
TRIBUTÁRIA ............................................................................................................... 1
VII
2.9 O IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO – II . ..................................................................................... 52
2.10 O IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO – IE . .................................................................................. 53
3 TRIBUTOS ESTADUAIS ............................................................................................................... 54
3.1 O IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS – ICMS . ................................. 54
3.1.1 O ICMS substituição tributária ........................................................................................ 56
3.2 O IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES - IPVA ............ 57
3.3 O IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO – ITCMD . ........... 58
4 TRIBUTOS MUNICIPAIS ............................................................................................................. 59
4.1 O IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL URBANA – IPTU ......................... 59
4.2 O IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS INTERVIVOS – ITBI .............................. 60
4.3 O IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA – ISS . ............................. 61
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 62
RESUMO DO TÓPICO 3 .................................................................................................................. 66
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 68
VIII
4 ALÍQUOTAS ....................................................................................................................................... 109
5 RECEITA BRUTA CONHECIDA .................................................................................................... 109
6 RECEITA BRUTA NÃO CONHECIDA ......................................................................................... 109
7 PRAZO DE RECOLHIMENTO ....................................................................................................... 110
8 PIS E COFINS ..................................................................................................................................... 110
RESUMO DO TÓPICO 3 .................................................................................................................... 112
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 113
IX
2 COMPORTAMENTO DOS TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS NA
ESCRITURAÇÃO FISCAL ............................................................................................................... 162
2.1 ICMS – IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS . ....................................... 163
2.2 IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS ............................................... 166
2.3 PIS - PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL ..................................................................... 169
2.4 COFINS - CONTRIBUIÇÃO PARA FINS SOCIAIS ................................................................ 172
3 COMPORTAMENTO DOS TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS NA
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL ....................................................................................................... 174
3.1 CONTABILIZANDO O ICMS – IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO
DE MERCADORIAS .................................................................................................................... 175
3.2 CONTABILIZANDO O IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS
INDUSTRIALIZADOS ................................................................................................................. 177
3.3 CONTABILIZANDO O PIS – PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL . ........................ 179
3.4 CONTABILIZANDO A COFINS – CONTRIBUIÇÃO PARA FINS SOCIAIS ..................... 181
RESUMO DO TÓPICO 2 .................................................................................................................... 185
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 186
X
UNIDADE 1
OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO,
OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A
ESFERA TRIBUTÁRIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade você estará apto(a) a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudo está dividida em três tópicos, sendo que neles você
encontrará as definições dadas ao tributo na Constituição Federal de 1988,
os elementos que fazem parte do tributo e de sua cobrança, os tributos
identificados conforme a esfera tributária a qual pertencem, bem como
leituras complementares para desenvolver o conhecimento e também
exercícios de fixação, que serão desenvolvidos no decorrer de cada tópico.
1
2
UNIDADE 1 TÓPICO 1
OS TRIBUTOS NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
1 INTRODUÇÃO
O tópico Tributos na Constituição Federal tem como objetivo principal
possibilitar ao(à) acadêmico(a) a compreensão da ordenação das normas de
acordo com a hierarquia existente no meio tributário e jurídico, que permite
estabelecer as regras básicas de cobrança de cada tributo.
3
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
“II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude de lei”.
Se essa regra é válida para empresas e pessoas, por que não seria necessária
também para os tributos?
4
TÓPICO 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Está definido nas normas gerais, que poderão ser instituídos impostos,
taxas, contribuições de melhoria, contribuição para o custeio da iluminação
pública e empréstimos compulsórios. Aparentemente, todo tipo de cobrança
possível está estabelecido. Entretanto, qualquer cobrança que não compreenda as
anteriormente listadas, é considerada inconstitucional.
5
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
• não pode ser aplicado tratamento desigual entre os contribuintes, quando estes
se encontrarem em condições semelhantes;
• não podem ser cobrados tributos no mesmo exercício financeiro em que foi
publicada a lei que os exige ou aumenta;
• não podem ser cobrados tributos antes de noventa dias após a publicação da lei
que os exige ou aumenta;
• não pode haver impostos sobre a renda de templos de qualquer culto; nem de
partidos políticos e instituições sindicais; entre os próprios órgãos do governo;
• não pode ser cobrado imposto sobre livros, jornais, periódicos e o papel utilizado
para sua impressão.
6
TÓPICO 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Estão definidos nos artigos 153 e 154 da Constituição, quais são os tributos
de competência da União, que podem ser entendidos como sendo:
7
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
• não cumulativo;
• seletivo;
• não incidirá na exportação.
Art. 16 Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.
8
TÓPICO 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
9
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
1 - Para os estados:
2 - Para os municípios:
10
TÓPICO 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
1 - Para os municípios:
Fundos
- 3,0% do IR e IPI (FCO, FNE e FNO) Regionais
M
- 21,50% do IR e IPI (FPE) U
U - 10% do IPI (FPEX) - 25% do ICMS
ESTADOS N
N - 30% do IOF-Ouro - 50% do IPVA
I
I - IRRF Serv. Estaduais C
Ã
Í
O
P
- 22,50% do IR e do IPI (FPM) I
- 50% do ITR O
- 70% do IOF-Ouro S
- IRRF Servidores Municipais
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UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
• taxa;
• contribuição de melhoria.
8.1 TAXA
As taxas são de competência da União, estados e municípios. São cobradas
em decorrência da prestação ou disponibilização de algum serviço.
Algumas regras devem ser observadas pelos entes tributantes, para que a
taxa possua validade, vejamos:
Exemplificando:
1) para que a prefeitura possa cobrar a taxa de localização, é necessário que exista
lei municipal instituindo essa cobrança;
12
TÓPICO 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
13
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
LEITURA COMPLEMENTAR
[...]
Art. 7º É da competência exclusiva da União decretar:
1º) impostos sobre a importação de procedência estrangeira;
2º) direitos de entrada, saída e estadia de navios, sendo livre o comércio de
cabotagem às mercadorias nacionais, bem como às estrangeiras que já tenham
pago impostos de importação;
3º) taxas de selo, salvo a restrição do art. 9º, § 1º, nº I;
4º) taxas dos correios e telégrafos federais.
§1º - Também compete privativamente à União:
1º) a instituição de bancos emissores;
2º) a criação e manutenção de alfândegas.
§ 2º - Os impostos decretados pela União devem ser uniformes para todos os
Estados.
§ 3º - As leis da União, os atos e as sentenças de suas autoridades serão executadas
em todo o País por funcionários federais, podendo, todavia, a execução das
primeiras ser confiada aos Governos dos Estados, mediante anuência destes.
Art. 8º É vedado ao Governo federal criar, de qualquer modo, distinções e
preferências em favor dos portos de uns contra os de outros Estados.
Art. 9º É da competência exclusiva dos Estados decretar impostos:
1º) sobre a exportação de mercadorias de sua própria produção;
2º) sobre Imóveis rurais e urbanos;
3º) sobre transmissão de propriedade;
4º) sobre indústrias e profissões.
§1º - Também compete exclusivamente aos Estados decretar:
1º) taxas de selos quanto aos atos emanados de seus respectivos Governos e
negócios de sua economia;
2º) contribuições concernentes aos seus telégrafos e correios.
§2º - É isenta de impostos, no Estado por onde se exportar, a produção dos outros
Estados.
§3º - Só é lícito a um Estado tributar a importação de mercadorias estrangeiras,
quando destinadas ao consumo no seu território, revertendo, porém, o produto
do imposto para o Tesouro federal.
§4º - Fica salvo aos Estados o direito de estabelecerem linhas telegráficas entre os
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TÓPICO 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
diversos pontos de seus territórios, entre estes e os de outros Estados, que se não
acharem servidos por linhas federais, podendo a União desapropriá-las quando
for de interesse geral.
Art. 10 É proibido aos Estados tributar bens e rendas federais ou serviços a cargo
da União, e reciprocamente.
Art. 11 É vedado aos Estados, como à União:
1º) criar impostos de trânsito pelo território de um Estado, ou na passagem de
um para outro, sobre produtos de outros Estados da República ou estrangeiros,
e, bem assim, sobre os veículos de terra e água que os transportarem;
2º) estabelecer, subvencionar ou embaraçar o exercício de cultos religiosos;
3º) prescrever leis retroativas.
Art. 12 Além das fontes de receita discriminadas nos arts. 7º e 9º, é licito à
União como aos Estados, cumulativamente ou não, criar outras quaisquer, não
contravindo, o disposto nos arts. 7º, 9º e 11, nº 1.
[...]
15
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você estudou que:
• A Constituição Federal de 1988 prevê todos os tributos que podem ser aplicados.
16
AUTOATIVIDADE
17
18
UNIDADE 1 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Quais são os elementos dos tributos?
Esse questionamento precisa ter resposta, para que seja possível dar
continuidade ao estudo da disciplina de Contabilidade e Planejamento Tributário.
Afinal, para que possamos planejar alguma coisa, precisamos inicialmente
conhecer todos os fatores envolvidos no estudo.
• o contribuinte;
• o fato gerador;
• a base de cálculo;
• a alíquota;
• o crédito;
• a compensação;
• o pagamento.
DICAS
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UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
2 O CONTRIBUINTE
A definição para contribuinte pode ser entendida na forma literal. É
aquele que contribui com a arrecadação dos tributos. Mesmo que a contribuição
seja obrigatória.
Tributo Contribuinte
II – Imposto de Importação Importador; arrematante
IE – Imposto de Exportação Exportador
ITR – Imposto sobre Propriedade Territorial
Proprietário; titular; possuidor
Rural
IPTU – Imposto sobre Propriedade Predial e
Proprietário; titular; possuidor
Territorial Urbana
ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens
Qualquer das partes, conforme dispor a lei
Intervivos
ITCMD – Imposto sobre Transmissão Causa
Qualquer das partes, conforme dispor a lei
Mortis e Doação
IRPJ – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica Titular da disponibilidade
IRPF – Imposto de Renda da Pessoa Física Titular da disponibilidade
Importador; industrial; comerciante;
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
arrematante
IOF – Imposto sobre Operações de Crédito,
Qualquer das partes, conforme dispor a lei
Câmbio, Seguro e Títulos e Valores Mobiliários
FONTE: O autor
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TÓPICO 2 | ELEMENTOS DOS TRIBUTOS
1ª) Contribuinte de direito: é aquela pessoa que faz gerar a obrigação. Ex.: o
contribuinte de direito do IPI é a indústria.
2ª) Contribuinte de fato: é aquela pessoa que paga efetivamente o tributo. Ex.: o
contribuinte de fato do IPI é o consumidor final, que paga o valor do imposto
embutido no preço de aquisição.
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UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
3 O FATO GERADOR
O Fato Gerador pode ser definido como sendo a situação que faz gerar a
obrigação de recolher o tributo ou de cumprir uma obrigação acessória definida
em lei.
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TÓPICO 2 | ELEMENTOS DOS TRIBUTOS
FONTE: O autor
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UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
Exemplos:
4 A BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do tributo é o valor atribuído para a operação.
FONTE: O autor
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TÓPICO 2 | ELEMENTOS DOS TRIBUTOS
FONTE: O autor
5 A ALÍQUOTA
A alíquota é definida na legislação que faz a regulamentação do tributo.
As alíquotas são diferenciadas de acordo com o tributo e podem ser variáveis de
acordo com o tipo de apuração do lucro adotada pelo contribuinte.
Para que a alíquota seja válida, esta deverá ser definida em Lei. Há
possibilidade de alteração de alíquotas de tributos através de Medidas Provisórias,
mas que devem ser transformadas em Lei até o final de sua eficácia, sob pena de
invalidar a alteração.
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UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
• ISS: 2 a 5%;
• ICMS: 4 a 29%;
• IPI: variável conforme NCM;
• PIS mercado interno: 0,65 e 1,65%;
• COFINS mercado interno: 3 e 7,6%;
• IRPJ: 15 e 25%;
• CSLL: 9%.
6 O CRÉDITO
O crédito fiscal do contribuinte do imposto é aquele decorrente da não
cumulatividade. Quando tratamos do crédito fiscal do contribuinte e da não
cumulatividade dos impostos, estamos nos referindo à norma constitucional que
trata desses princípios.
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TÓPICO 2 | ELEMENTOS DOS TRIBUTOS
FONTE: O autor
7 A COMPENSAÇÃO
A compensação de créditos fiscais do contribuinte é uma forma de
liquidação dos débitos existentes para com o governo.
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UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
Quando existir saldo credor de tributo federal e este não puder ser
compensado com o débito do mesmo tributo, o contribuinte deverá apresentar
declaração específica que possibilita a utilização dos créditos existentes para
pagamento de débitos de outros tributos federais.
8 O PAGAMENTO
O pagamento do tributo em espécie é a forma principal de extinção do
débito tributário do contribuinte. As obrigações relacionadas ao pagamento
devem ser verificadas na regulamentação de cada tributo.
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TÓPICO 2 | ELEMENTOS DOS TRIBUTOS
• o código da receita;
• a identificação do contribuinte;
• a identificação do período;
• o valor principal do tributo;
• a correção por juros e multa, quando aplicável.
LEITURA COMPLEMENTAR
ORIGEM DO ICMS
IVC – Imposto sobre Vendas e Consignações
Da Constituição de 1934 surgiu o IVC – Imposto sobre Vendas e
Consignações. O IVC possuía natureza mercantil, onde cada venda era tida como
um fato gerador distinto, incidindo em todas as fases de circulação, do produtor
até o consumidor. Era, portanto, um imposto com incidência “em cascata”. Sendo
assim, em cada uma das sucessivas vendas de uma mesma mercadoria, a começar
do produtor até o consumidor final, o IVC era exigido, repetidamente sobre a
Base de Cálculo integral (preço da mercadoria).
ICM – Imposto sobre Circulação de Mercadorias
Pela Emenda Constitucional no 18, de 1 de dezembro de 1965, surge o ICM
– Imposto sobre Circulação de Mercadorias, substituindo o IVC.
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UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS
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TÓPICO 2 | ELEMENTOS DOS TRIBUTOS
NÃO CUMULATIVIDADE
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações
ou prestações seguintes;
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores.
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UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
SELETIVIDADE
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TÓPICO 2 | ELEMENTOS DOS TRIBUTOS
ALÍQUOTAS – CONSUMIDOR
Em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á:
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele.
ALÍQUOTA INTERESTADUAL – BENS IMPORTADOS
A partir de 01.01.2013, a alíquota ICMS, nas operações interestaduais
com bens e mercadorias importados do exterior, será de 4% (quatro por cento).
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UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS
Na hipótese de aplicação da alíquota interestadual, quando o destinatário
for contribuinte do imposto, caberá ao Estado da localização do destinatário o
imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e interestadual.
Assim, quando da aquisição, por parte de contribuintes do imposto, de
mercadorias para consumo próprio, deverá este recolher, quando da entrada da
mercadoria no Estado de destino, o ICMS pela diferença entre a alíquota interna
do Estado de destino e a alíquota interestadual do Estado de origem, chamando-
se esta diferença, neste caso, como “diferencial de alíquotas”.
Exemplo:
Determinado contribuinte “A” do ICMS recebeu mercadorias para
consumo, oriundos de outro estado da federação, no valor de R$ 1.000,00 – sendo
o ICMS destacado em nota fiscal de R$ 120,00.
A alíquota interna do ICMS no estado que se localiza o contribuinte “A”
é de 18%.
Portanto, teremos os seguintes cálculos relativamente ao diferencial do ICMS:
1. Valor do ICMS na operação interestadual: R$ 120,00
2. Valor do ICMS pela alíquota interna no Estado de localização do contribuinte
“A”: R$ 1.000,00 x 18% = R$ 180,00
3. Diferencial de ICMS (2 – 1) = R$ 180,00 menos R$ 120,00 = R$ 60,00.
Diferencial de Alíquotas – Consumidor Final – Compras Não Presenciais
A partir de 01.05.2011, por força do Protocolo ICMS 21/2011, é devido a
favor da unidade federada de destino da mercadoria ou bem, a parcela ICMS -
devida na operação interestadual em que o consumidor final adquire mercadoria
ou bem de forma não presencial por meio de internet, telemarketing ou showroom.
A parcela do imposto devido à unidade federada destinatária será obtida
pela aplicação da sua alíquota interna, sobre o valor da respectiva operação,
deduzindo-se o valor equivalente aos seguintes percentuais aplicados sobre a
base de cálculo utilizada para cobrança do imposto devido na origem:
I - 7% (sete por cento) para as mercadorias ou bens oriundos das Regiões Sul e
Sudeste, exceto do Estado do Espírito Santo;
II - 12% (doze por cento) para as mercadorias ou bens procedentes das Regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste e do Estado do Espírito Santo.
34
TÓPICO 2 | ELEMENTOS DOS TRIBUTOS
36
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você estudou que:
• A compensação dos créditos fiscais apurados pode ser feita com tributos de
mesma origem, ou com tributos diferentes, desde que pertencentes a uma
mesma esfera tributária.
37
AUTOATIVIDADE
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UNIDADE 1 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 1 estudamos as definições dos tributos dentro da Constituição
Federal. Esse estudo nos permitiu entender que existe uma estrutura básica que
norteia a criação e cobrança dos tributos, e que deve ser seguida por todas as
esferas do governo.
39
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
Será apresentada a relação dos tributos em cada uma das esferas e a forma
como devem ser calculados.
2 TRIBUTOS FEDERAIS
Como vimos no estudo dos tributos na Constituição Federal, a esfera
federal é a que possui maior abrangência na cobrança de tributos. É na União
onde encontramos a maior carga tributária incidente em nossas operações.
40
TÓPICO 3 | OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
Imposto de Importação – II
Imposto de Exportação – IE
41
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
• Lucro Real.
• Lucro Presumido.
• Lucro Arbitrado.
• Simples Nacional.
O lucro apurado pela Pessoa Jurídica serve como base de cálculo para
o Imposto de Renda. Mas devemos ter atenção, pois o lucro que apuramos
contabilmente não é o mesmo utilizado para fins de tributação. Por isso,
precisamos dar atenção à legislação que trata do Imposto de renda, para fins de
identificar a correta base de cálculo desse imposto.
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UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
ATENCAO
• o salário mínimo pago anualmente a título de PIS aos funcionários que recebem
até dois salários mínimos mensais;
• seguro-desemprego.
44
TÓPICO 3 | OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
E
IMPORTANT
45
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
FONTE: O autor
FONTE: O autor
46
TÓPICO 3 | OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
47
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
ATENCAO
ATENCAO
48
TÓPICO 3 | OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
49
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
Trimestre Meses
1º trimestre Janeiro/fevereiro/março
2º trimestre Abril/maio/junho
3º trimestre Julho/agosto/setembro
4º trimestre Outubro/novembro/dezembro
FONTE: O autor
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TÓPICO 3 | OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
• Financiamento de veículos.
• Empréstimos bancários de qualquer espécie.
ATENCAO
51
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
52
TÓPICO 3 | OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
• o importador;
• aquele equiparado a importador pela legislação;
• o arrematante.
UNI
53
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
3 TRIBUTOS ESTADUAIS
A Constituição Federal garante para os estados, o poder de tributar
algumas operações que lhes foram designadas de competência. E o poder dos
estados não pode transcender as limitações impostas pela Constituição Federal.
• O ICMS
• O IPVA
• O ITCMD
• As taxas
• As contribuições de melhoria
• Suas normas não podem interferir em tributos que não são de sua competência.
54
TÓPICO 3 | OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
• a menor alíquota interna não pode ser inferior a menor alíquota interestadual;
• a maior alíquota interna não pode caracterizar ação de confisco.
55
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
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TÓPICO 3 | OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
57
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
58
TÓPICO 3 | OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
4 TRIBUTOS MUNICIPAIS
Os municípios possuem o menor campo de atuação para fins de aplicação
de tributos. A Constituição Federal garante aos municípios a cobrança dos
seguintes impostos:
• IPTU
• ITBI
• ISS
Para que possa ser considerado gerador de IPTU, o imóvel deve ter
disponível ao menos dois dos seguintes benefícios à disposição, conforme define
o parágrafo primeiro do artigo 32 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/66):
[...]
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para
distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3
(três) quilômetros do imóvel considerado.
Mas o parágrafo segundo desse mesmo artigo prevê que qualquer área
disponível para fins de instalações residenciais ou industriais pode ser sujeita ao
IPTU, mesmo que não esteja localizada em área urbana, desde que o município
preveja essa condição em lei.
O imposto é devido no dia 1º de cada ano e possui validade para todo o ano.
O pagamento pode ser efetuado em cota única ou parceladamente, dependendo
das condições oferecidas por cada município.
59
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
A base de cálculo é o valor venal do bem e deve ser pago sempre que
ocorrer uma operação de transferência de propriedade. O imposto é pago ao
município onde estiver localizada a propriedade.
60
TÓPICO 3 | OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
61
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
LEITURA COMPLEMENTAR
62
TÓPICO 3 | OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
21 – Contribuições de Melhoria
63
UNIDADE 1 | OS TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ELEMENTOS DO TRIBUTO, OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
36 – Taxa Ambiental
42 – Contribuição ao Funrural
64
TÓPICO 3 | OS TRIBUTOS DE ACORDO COM A ESFERA TRIBUTÁRIA
ESTADUAIS
4 – Contribuições de Melhoria
MUNICIPAIS
1 – Contribuições de Melhoria
65
RESUMO DO TÓPICO 3
Nesse Tópico, você estudou que:
66
• Os tributos municipais são administrados e cobrados pelos municípios.
67
AUTOATIVIDADE
68
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, sendo que neles você encon-
trará as quatro formas de tributação do lucro da Pessoa Jurídica: Lucro Real,
Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Simples Nacional. Abordaremos a op-
ção pelo Simples Nacional na modalidade de Microempreendedor Individu-
al. Apresentam-se também, nessa unidade, os exercícios de fixação de cada
tópico, imprescindíveis para a fixação dos estudos.
69
70
UNIDADE 2 TÓPICO 1
LUCRO REAL
1 INTRODUÇÃO
Um dos objetivos da contabilidade é sem sombras de dúvida, apurar o
lucro da entidade que desenvolve suas atividades. E quando o contador efetua
os fechamentos contábeis, certamente estará à procura de demonstrar o lucro
efetivo obtido.
Ocorre que, para fins de determinação das bases de cálculo para apuração
de alguns tributos, a legislação tributária estabelece definições específicas para as
formas de apurar essas bases de cálculo.
71
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
A empresa que inicia suas atividades deve ter como base para definição
da forma de apuração do lucro tributável, além da observação da atividade, uma
projeção de receita para o período.
Sabemos que, dos valores obtidos como receita, nem todos permanecem na
Pessoa Jurídica que as obteve. Alguns valores necessitam ser excluídos da receita,
por caracterizarem desfazimento de vendas ou substituição da responsabilidade
no recolhimento do tributo.
São exemplos de valores que podem ser excluídos da receita obtida pela
Pessoa jurídica:
• as vendas canceladas;
• as vendas devolvidas;
• os descontos incondicionais concedidos;
• Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;
• ICMS Substituição Tributária.
NOTA
73
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
Vale relembrar que a legislação que trata da receita tributável e das exclusões
permitidas deve ser constantemente revisada, pois há possibilidade de alterações.
Vejamos:
O IRPJ e a CSLL são tributos que incidem sobre o lucro da Pessoa Jurídica.
São determinados mediante a aplicação de alíquotas específicas.
74
TÓPICO 1 | LUCRO REAL
O valor do IRPJ e da CSLL calculados não pode ser excluído da base de cálculo
um do outro. Deve-se fazer o cálculo de um dos tributos e efetuar seu lançamento
na escrita contábil, para fins de redução do lucro efetivo. Posteriormente, utiliza-
se a mesma base de cálculo do primeiro imposto e efetua-se novo lançamento na
escrituração contábil, de forma a reduzir os dois tributos do lucro contábil final.
6 ALÍQUOTAS
O IRPJ incide sobre o lucro tributável e é calculado utilizando a alíquota
de 15% (quinze por cento). Incide ainda um adicional de 10% (dez por cento) para
os valores que ultrapassam R$ 20.000,00 no período de apuração.
75
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
• 1ª) em uma parcela, com vencimento no último dia útil do mês seguinte à
apuração;
• 2ª) em três parcelas, sendo que a primeira vence no último dia útil do mês
seguinte à apuração e as demais no último dia útil dos meses imediatamente
seguintes ao vencimento anterior.
Quando a opção pelo pagamento for em três parcelas, estas deverão ter o
mesmo valor, admitindo-se o arredondamento necessário já na primeira parcela.
Nenhuma das parcelas poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00. Se for observado
que a parcela possui valor inferior ao estabelecido, então o recolhimento deverá
ser efetuado em parcela única.
76
TÓPICO 1 | LUCRO REAL
A Pessoa Jurídica que optar pela apuração anual do Lucro real, está
obrigada a elaborar balancetes mensais de verificação. A apuração final ocorre
em 31 de dezembro de cada ano. Porém, a contabilidade comercial e tributária
deverá ser elaborada mensalmente.
A Pessoa Jurídica que apura o Lucro Real Anual pode utilizar duas formas
para definir o IRPJ e CSLL a serem recolhidas por estimativa:
• se o valor de IRPJ e CSLL recolhido por antecipação for menor do que o valor
devido na apuração anual deverá ser recolhida a diferença encontrada;
• se o valor do IRPJ e CSLL recolhido por antecipação for maior que o valor devido
na apuração anual, transforma-se em saldo negativo e deve ser compensado no
exercício seguinte.
77
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
Quando a opção for pelo Lucro Real Mensal, então deverá ser efetuado
um pagamento de IRPJ e CSLL a cada mês. O vencimento da parcela deve ocorrer
até o último dia útil do mês seguinte à apuração.
Quando a opção for pelo Lucro Real Mensal, então deverá ser efetuado o
pagamento do IRPJ e da CSLL até o último dia útil do mês ou meses seguintes à
apuração do trimestre. O pagamento pode ser efetuado da seguinte forma:
79
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
• o simples Nacional;
• órgãos públicos, autarquias e fundações públicas;
• a pessoa jurídica que permaneceu inativa durante todo o ano-calendário;
• a pessoa jurídica imune ou isenta do IRPJ e CSLL e que não estejam obrigadas
a entregar a EFD do PIS e COFINS.
12 PIS E COFINS
As Pessoas Jurídicas optantes pelo Lucro Real, além de determinarem
a forma de recolher o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o lucro,
também passam a ter definida a forma de tributação de seu faturamento pelo PIS
– Programa de Integração Social e pela COFINS – Contribuição para Fins Sociais.
80
TÓPICO 1 | LUCRO REAL
LEITURA COMPLEMENTAR
LUCRO REAL
Se uma empresa não puder optar pelo SIMPLES Nacional, por sua atividade
pertencer às vedações, esta deverá optar pelo Lucro Presumido ou Real.
As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real que não puderem ou não
quiserem adotar a apuração trimestral poderão optar pela apuração anual do
lucro real, em 31 de dezembro do ano-calendário, sem prejuízo do recolhimento
mensal do IRPJ e da CSLL com base em regime de estimativa.
O IRPJ e a CSLL, pagos mensalmente, serão considerados como antecipações
dos valores apurados no balanço anual. O saldo, se houver, será pago ou
compensado.
81
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
Alíquotas:
Será aplicada sobre a base de cálculo a alíquota de 15% sobre o lucro real, a fim
de se encontrar o IRPJ a recolher; e 9% sobre o lucro real a fim de se determinar
a CSLL a recolher.
NOTA:
NOTA:
Adicional de IRPJ:
82
TÓPICO 1 | LUCRO REAL
PIS e COFINS:
“PIS não cumulativo terá a alíquota de 1,65% aplicada sobre a receita bruta
mensal;
“COFINS não cumulativo terá a alíquota de 7,6% aplicada sobre a receita bruta
mensal;
NOTA:
IPI:
83
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
Além dos tributos citados acima, cuja base de cálculo é a receita bruta da
empresa, as empresas que possuem empregados registrados, deverão pagar os
encargos sociais e demais provisões que incidem sobre a folha de pagamentos,
como segue:
Até 1.317,07.........................8,00%
De 1.317,08 até 2.195,12.............9,00%
De 2.195,13 até 4.390,24............11,00%
NOTA:
Obs.:
84
TÓPICO 1 | LUCRO REAL
INSS.................................................20,00%
SENAI / SENAC.................................1,00%
SESI / SESC......................................1,50%
SALÁRIO EDUCAÇÃO......................2,50%
INCRA................................................0,20%
SEBRAE(*).........................................0,60%
SAT(**)...............................................2,00%
FGTS..................................................8,00%
13º Salário........................................11,32%
Férias...............................................11,32%
1/3 s/ Férias................................... ...3,77%
Auxílio Doença (***)...........................0,50%
Eventuais (***)...................................1,50%
TOTAL..............................................64,21%
85
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você estudou que:
• O Lucro Real é uma das formas existentes para apurar o lucro obtido pela
Pessoa Jurídica para fins de cálculo do IRPJ e da CSLL.
• Aquelas Pessoas Jurídicas, que não estão obrigadas a optar pelo Lucro Real,
podem fazer isso opcionalmente.
• A Pessoa Jurídica optante ou não pelo Lucro Real está obrigada a escrituração
da ECF, salvo exceções previstas na legislação tributária.
• O PIS e a COFINS apuradas no Lucro Real estão sujeitas, via de regra, a não
cumulatividade.
86
AUTOATIVIDADE
1 Quais são as pessoas jurídicas obrigadas a apurar seu lucro pela modalidade
do Lucro Real?
87
88
UNIDADE 2 TÓPICO 2
LUCRO PRESUMIDO
1 INTRODUÇÃO
O Lucro Presumido é mais uma das maneiras de designar a forma de
apurar o lucro para fins de aplicação das normas tributárias para cálculo do
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
ATENCAO
89
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
UNI
Para definir a opção pelo Lucro Presumido, devemos considerar dois fatores:
1º) identificar nas regras do Lucro real se a empresa está obrigada ao seu
enquadramento nessa modalidade em decorrência da atividade explorada ou
dos limites de receita;
2º) gerar uma provisão das receitas para o período e efetuar um cálculo
comparativo com as demais modalidades de tributação do lucro.
90
TÓPICO 2 | LUCRO PRESUMIDO
Art. 13 A pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha
sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou a
R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número
de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze)
meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido.
§ 1° A opção pela tributação com base no lucro presumido será definitiva em
relação a todo o ano-calendário.
91
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
Quando a Pessoa Jurídica optar em pagar seu IRPJ com base no Lucro
Presumido, utilizará essa mesma forma de apuração para determinar a CSLL.
Essa instrução está determinada para o contribuinte na Instrução Normativa SRF
nº 390/2004. Vejamos:
• 31 de março;
• 30 de junho;
• 30 de setembro;
• 31 de dezembro.
93
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
5 ALÍQUOTAS
As alíquotas de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido são as mesmas aplicáveis para o Lucro Real. Portanto, no
Lucro Presumido não temos diferença de alíquotas de IRPJ e CSLL. O que muda
é a forma de apurar a base de cálculo.
• 15% de IRPJ;
• 10% de adicional de IRPJ para os valores de base de cálculo que excedem R$
20.000,00.
6 PAGAMENTO
O pagamento do valor apurado ocorre ao final de cada trimestre e é
recolhido em DARF, emitido por meio do programa SICALC.
O pagamento do DARF deve ser efetuado até o último dia útil do mês
subsequente ao trimestre apurado. O valor devido pode ser parcelado em até três
vezes, desde que nenhuma parcela resulte em valor inferior a R$ 1.000,00.
94
TÓPICO 2 | LUCRO PRESUMIDO
7 REGIME DE CAIXA
A Pessoa Jurídica optante pelo Lucro Presumido pode optar em fazer
a apuração do seu lucro com base no regime de competência, ou com base no
regime de caixa.
8 PIS E COFINS
As Pessoas Jurídicas optantes pelo Lucro Presumido, além de determinarem
a forma de recolher o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o lucro,
também passam a ter definida a forma de tributação de seu faturamento pelo PIS
– Programa de Integração Social e pela COFINS – Contribuição para Fins Sociais.
95
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
LEITURA COMPLEMENTAR
Lucro Presumido
Tais alíquotas são aplicáveis sobre a base de cálculo presumida de 32%. Portanto,
15% X 32% é igual a 4,8% do Faturamento mensal. E 25% X 32% é igual a 8% do
valor acima de R$ 187.500,00.
A opção pelo Lucro Presumido é vantajosa para as empresas cujo Lucro (Receitas
(-) Despesas) é igual ou superior a 32%. Quando a margem de lucro é inferior a 32%
é mais vantajoso optar pelo pagamento dos tributos acima com base no Lucro Real.
Exemplos:
96
TÓPICO 2 | LUCRO PRESUMIDO
Lucro Real
Essa opção deve ser adotada quando o Lucro efetivo (Receitas menos Despesas
efetivamente comprovadas) é inferior a 32% do Faturamento do período e pode
ser apurado trimestral ou anualmente.
As alíquotas dos tributos para cálculo do IRPJ e da CSLL nessa modalidade são:
Em resumo, no Lucro Real os dois tributos variam de 24% (9% + 15%) a 34% (9%
+ 25%), aplicados sobre o Lucro e não sobre o faturamento.
A apuração pelo Lucro Real pode ser trimestral ou anual.
A apuração pelo Lucro Real trimestral só é recomendada quando a empresa
apresenta resultados relativamente uniformes durante o ano. Quando há
sazonalidade em suas operações, em que num mês ocorre Lucro e em outro
Prejuízo, este Prejuízo só é compensado no limite de 30% do lucro do período.
Já na apuração pelo Lucro Real Anual a empresa pode levantar balanços mensais
acumulados, cujos resultados positivos (lucros) e negativos (prejuízos) são
compensados automaticamente no período de apuração, sem limitação.
97
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
Exemplos
98
TÓPICO 2 | LUCRO PRESUMIDO
Quando optar
99
RESUMO DO TÓPICO 2
Nesse tópico, você estudou que:
• Para que seja possível utilizar essa opção de tributação do lucro, é necessário
que a Pessoa Jurídica não esteja obrigada à utilização do Lucro real.
100
AUTOATIVIDADE
101
102
UNIDADE 2 TÓPICO 3
LUCRO ARBITRADO
1 INTRODUÇÃO
As Pessoas Jurídicas podem ser obrigadas ao arbitramento de seu
lucro, bem como podem fazer essa opção, quando seus atos e fatos contábeis
constituírem base legal para que isso ocorra.
103
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
Mas não devemos ficar atentos somente ao Decreto nº 3.000, que trata
do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, devemos também estar atentos a todas
as demais normas correlatas, como, por exemplo, as Instruções Normativas, que
determinam as formas de interpretação e aplicação da legislação.
E
IMPORTANT
104
TÓPICO 3 | LUCRO ARBITRADO
A Pessoa Jurídica que tiver arbitrado o seu lucro em algum dos períodos
do ano calendário poderá, após regularizada a situação que gerou o arbitramento,
apurar o seu lucro mediante a utilização do Lucro Presumido ou do Lucro Real,
conforme obrigatoriedade legal. Essa mesma condição aplica-se quando ocorre o
arbitramento por opção do contribuinte.
106
TÓPICO 3 | LUCRO ARBITRADO
• 31 de março;
• 30 de junho;
• 30 de setembro;
• 31 de dezembro.
107
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
108
TÓPICO 3 | LUCRO ARBITRADO
4 ALÍQUOTAS
O Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000/1999) trata
da alíquota de IRPJ aplicável sobre a base de cálculo para fins de apuração do
imposto a pagar, nos artigos 228 e 541:
Art. 228 O imposto a ser pago mensalmente na forma desta Seção será
determinado mediante a aplicação, sobre a base de cálculo, da alíquota
de quinze por cento.
Parágrafo único. A parcela da base de cálculo, apurada mensalmente,
que exceder a vinte mil reais ficará sujeita à incidência de adicional do
imposto à alíquota de dez por cento.
Art. 541 A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará
o imposto à alíquota de quinze por cento sobre o lucro real, presumido
ou arbitrado, apurado de conformidade com este Decreto.
7 PRAZO DE RECOLHIMENTO
O IRPJ e CSLL, calculados com base no Lucro Arbitrado, devem ser
apurados e recolhidos trimestralmente. O vencimento da parcela apurada ocorre
no último dia útil do mês subsequente ao período apurado.
8 PIS E COFINS
As pessoas jurídicas optantes ou obrigadas à apuração do lucro pelo
método Lucro Arbitrado, além de terem determinada a forma de recolher
o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o lucro, também passam a
ter definida a forma de tributação de seu faturamento pelo PIS – Programa de
Integração Social e pela COFINS – Contribuição para Fins Sociais, para o trimestre
em que for aplicado o arbitramento.
110
TÓPICO 3 | LUCRO ARBITRADO
A Pessoa Jurídica que tiver seu lucro arbitrado, ou fizer a opção pelo
arbitramento em determinado período, deve atentar para a aplicação do PIS e
COFINS cumulativos nesse mesmo período. Assim que for extinta a situação que
levou ao arbitramento do lucro, e a forma de apuração retornar à sistemática
anterior, o mesmo acontecerá para o PIS e COFINS.
111
RESUMO DO TÓPICO 3
Nesse tópico, você estudou que:
• O Lucro Arbitrado pode ser utilizado tanto pela autoridade tributária para fins
de cobrança dos tributos, bem como pelo contribuinte, como uma forma de
planejamento tributário.
112
AUTOATIVIDADE
113
114
UNIDADE 2 TÓPICO 4
SIMPLES NACIONAL
1 INTRODUÇÃO
O Simples Nacional é uma forma simplificada de cobrança dos tributos
e declarações de obrigação das Pessoas Jurídicas que se enquadram nessa
modalidade de tributação do lucro fiscal.
Leis Complementares
Decretos
Resoluções do CGSN
Portarias do MF
Portarias do CGSN
Portarias do CGSN/SE
Recomendações do CGSN
115
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
E
IMPORTANT
116
TÓPICO 4 | SIMPLES NACIONAL
EPP – Empresa de Pequeno Porte aquela que tenha auferido no ano imediatamente
anterior receita buta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e
inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).
3 LIMITES DE FATURAMENTO
Os limites de faturamento para fins de enquadramento no Simples
Nacional são os mesmos definidos para a determinação da Microempresa
e Empresa de Pequeno Porte. Atualmente, o limite de receita bruta para
enquadramento no Simples Nacional é de R$ 3.600.000,00 (três milhões e
seiscentos mil reais). Aplica-se igualmente a fração mensal para os casos de
início de atividade durante o ano-calendário.
117
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
4 EXCESSO DE RECEITA
No momento em que a Pessoa Jurídica solicita a inscrição como optante
do Simples Nacional, deve estar ciente de sua projeção de receita para o período.
Mas nem sempre isso é possível.
• A ME, que exceder a receita bruta no ano em exercício, será enquadrada como
EPP no ano seguinte.
• A EPP, que exceder a receita bruta em 20% no ano em exercício, será
desenquadrada no mês seguinte.
• A EPP, que exceder a receita bruta em menos de 20% no ano em exercício, será
desenquadrada a partir do ano seguinte.
• A EPP, que exceder a receita bruta em 20% no ano de início das atividades, será
desenquadrada retroativamente ao início das atividades.
118
TÓPICO 4 | SIMPLES NACIONAL
5 VEDAÇÃO À OPÇÃO
Algumas atividades e condições da Pessoa Jurídica ou de seus sócios
impossibilitam a opção pelo Simples Nacional. Essas situações estão listadas no
parágrafo 4º do artigo 3º da LC no 123/2006, vejamos:
119
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
120
TÓPICO 4 | SIMPLES NACIONAL
121
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
Vejamos um exemplo:
122
TÓPICO 4 | SIMPLES NACIONAL
123
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
O DAS que resultar em valor inferior a R$ 10,00 não deverá ser emitido.
Nesse caso, o valor deve ser postergado para o período subsequente, até atingir o
valor mínimo para emissão.
124
TÓPICO 4 | SIMPLES NACIONAL
125
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
12 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS
O Simples Nacional simplifica também alguns procedimentos relacionados
as obrigações trabalhistas. Vejamos o que determina o artigo 51 da LC no 123/2006:
126
TÓPICO 4 | SIMPLES NACIONAL
NOTA
127
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
128
TÓPICO 4 | SIMPLES NACIONAL
ATENCAO
129
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
Vejamos algumas das atividades que podem optar por essa modalidade
de tributação:
• açougueiro;
• barbeiro;
• cabeleireiro;
• diarista;
• eletricista de automóveis;
• fotógrafo;
• guia de turismo;
• humorista;
• instrutor de idiomas;
• jardineiro;
• lavadeiro de roupas;
• marceneiro;
• ourives;
• padeiro;
• quitandeiro;
• redeiro;
• sapateiro;
• taxista;
• vassoureiro.
131
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
LEITURA COMPLEMENTAR
DECLARAÇÃO ÚNICA
à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio da internet, até o último
dia do mês de março do ano-calendário subsequente ao de ocorrência dos fatos
geradores dos impostos e contribuições previstos no Simples Nacional.
A exigência de declaração única não desobriga a prestação de informações
relativas a terceiros.
Modelo de NF - ISS
Relativamente à prestação de serviços sujeita ao Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza (ISS) as ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional
utilizarão a Nota Fiscal de Serviços, conforme modelo aprovado e autorizado
pelo Município, ou Distrito Federal, ou outro documento fiscal autorizado
conjuntamente pelo Estado e pelo Município da sua circunscrição fiscal.
Expressões Obrigatórias
A utilização dos documentos fiscais fica condicionada à inutilização dos campos
destinados à base de cálculo e ao imposto destacado, de obrigação própria,
constando, no campo destinado às informações complementares ou, em sua falta,
no corpo do documento, por qualquer meio gráfico indelével, as expressões:
133
UNIDADE 2 | APURAÇÃO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA
Substituição Tributária
Quando a ME ou a EPP revestir-se da condição de responsável, inclusive de
substituto tributário, fará a indicação alusiva à base de cálculo e ao imposto retido
no campo próprio ou, em sua falta, no corpo do documento fiscal utilizado na
operação ou prestação.
Devolução de Mercadorias
Na hipótese de devolução de mercadoria a contribuinte não optante pelo
Simples Nacional, a ME e a EPP farão a indicação no campo "Informações
Complementares", ou no corpo da Nota Fiscal Modelo 1, 1-A, ou Avulsa, da base
de cálculo, do imposto destacado, e do número da Nota Fiscal de compra da
mercadoria devolvida.
ECF
Relativamente ao equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), deverão ser
observadas as normas estabelecidas nas legislações dos entes federativos.
134
TÓPICO 4 | SIMPLES NACIONAL
Dispensa de Livros
Os livros obrigatórios poderão ser dispensados, no todo ou em parte, pelo ente
tributante da circunscrição fiscal do estabelecimento do contribuinte, respeitados
os limites de suas respectivas competências.
O empreendedor individual com receita bruta acumulada no ano de até R$
36.000,00 fica dispensado das obrigações de escriturar os livros contábeis e fiscais.
Livros Específicos
Além dos livros previstos, serão utilizados:
III - Livro Registro de Veículos, por todas as pessoas que interfiram habitualmente
no processo de intermediação de veículos, inclusive como simples depositários
ou expositores.
Controles Especiais
As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional ficam obrigadas ao cumprimento
das obrigações acessórias previstas nos regimes especiais de controle fiscal,
quando exigíveis pelo respectivo ente tributante.
135
RESUMO DO TÓPICO 4
Nesse tópico, você estudou que:
• Os tributos abrangidos no Simples Nacional são: IRPJ, CSLL, IPI, ICMS, ISS,
PIS, COFINS, CPP e algumas taxas.
• A Pessoa Jurídica optante pelo Simples Nacional não faz jus a créditos tributários,
mas transfere créditos aos clientes pré-definidos nas regulamentações
tributárias.
136
AUTOATIVIDADE
7 Cite cinco atividades que podem fazer a opção pelo MEI, quando a receita
mensal permitir.
137
138
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• observar que o regime dos tributos não comulativos possui na maior parte
dos fatos como contrapartida uma conta de estoque;
PLANO DE ESTUDOS
Essa Unidade está organizada em três tópicos, sendo que em cada qual há o
desafio de aprofundamento através da pesquisa, conforme proposição nas au-
toatividades, auxiliando para uma maior compreensão dos temas abordados.
139
140
UNIDADE 3 TÓPICO 1
TRIBUTOS CUMULATIVOS NA
CONTABILIDADE
1 INTRODUÇÃO
O comportamento dos tributos na contabilidade fiscal e comercial pode ser
definido de acordo com a forma de apuração do lucro adotada pelo contribuinte,
como é o caso do IRPJ e da CSLL. Seu comportamento pode, entretanto, estar
indiferente da forma de tributação adotada pelo contribuinte, como é o caso do ISS.
NOTA
141
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
ATENCAO
142
TÓPICO 1 | TRIBUTOS CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
143
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
144
TÓPICO 1 | TRIBUTOS CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
Para os fatos listados acima, o ICMS não transita pelo livro fiscal. Exceto
quando a mercadoria adquirida, não sujeita à substituição tributária do ICMS
for originária de outra unidade da Federação. Nesse caso, deverá ser registrado
o Diferencial de Alíquotas do ICMS, quando a legislação do Estado assim exigir.
FONTE: O autor
145
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
R$ 500,00
(x) 11%
(=) R$ 55,00
UNI
146
TÓPICO 1 | TRIBUTOS CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
147
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
• Lucro Presumido.
• Lucro Arbitrado.
• Simples Nacional.
148
TÓPICO 1 | TRIBUTOS CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
FONTE: O autor
FONTE: O autor
149
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
A Pessoa Jurídica que optar ou que estiver obrigada a tributar seu lucro
pelo método do Lucro Real, e que exerce atividades sujeitas a tributação do PIS
e da COFINS tanto pelo método cumulativo quanto pelo não cumulativo, deve
escriturar e apurar separadamente essas contribuições. É importante observar
esse fato, pois as guias de recolhimento e declarações fiscais são diferenciadas
para os dois métodos.
150
TÓPICO 1 | TRIBUTOS CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
UNI
ATENCAO
UNI
151
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
152
TÓPICO 1 | TRIBUTOS CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
E
IMPORTANT
Vejamos um exemplo:
Pela aquisição:
D – Estoque para revenda (AC)
C – Fornecedor (PC) ............................................................................................. 500,00
Pela Revenda:
D – Cliente (AC)
C – Receita de revenda (DRE) ............................................................................. 600,00
D – CMV
C – Estoque para revenda (AC) .......................................................................... 500,00
E
IMPORTANT
ATENCAO
154
TÓPICO 1 | TRIBUTOS CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
Vejamos a contabilização:
Pela aquisição
D – Estoque de mercadorias (AC)
C – Fornecedor (PC) .......................................................................................... 1.260,00
Pela revenda
D – Cliente (AC)
C – Receita de revenda de mercadorias ......................................................... 2.000,00
155
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
UNI
Pela aquisição
D – Estoque de mercadorias (AC)
C – Fornecedor (PC) .......................................................................................... 1.500,00
Pela revenda
D – Cliente (AC)
C – Receita de revenda de mercadorias (DRE) ............................................. 2.000,00
D – CMV (DRE)
C – Estoque de mercadorias (AC) ................................................................... 1.500,00
156
TÓPICO 1 | TRIBUTOS CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
ATENCAO
157
RESUMO DO TÓPICO 1
158
AUTOATIVIDADE
159
160
UNIDADE 3 TÓPICO 2
Mais de um tributo pode gerar crédito fiscal pela aquisição, inclusive em uma
mesma operação. Entretanto, devemos registrar contabilmente o crédito de cada
tributo em sua conta específica, evitando dessa forma a descaracterização dos fatos.
161
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
162
TÓPICO 2 | TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
• nulo: quando o resultado da operação de débito menos crédito for igual a zero;
• devedor: quando o valor do débito for superior ao valor do crédito;
• credor: quando o valor do crédito for superior ao valor do débito.
UNI
163
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
164
TÓPICO 2 | TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
Dessa forma:
Vamos considerar ainda que essa Pessoa Jurídica tenha adquirido material
de uso e consumo de outro Estado, conforme demonstrado no exemplo 3. Vejamos
como demonstrar mais esse fato no registro de apuração de ICMS, incluindo o
valor na demonstração anterior:
165
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
UNI
10. Determinada Pessoa Jurídica optante pelo Lucro Real adquire os seguintes
insumos para a produção de toalhas de rosto:
166
TÓPICO 2 | TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
Embalagem de
2.200,00 2% 44,00 2.244,00
plástico
FONTE: O autor
Mercadoria Preço Mercadoria Alíquota IPI Valor do IPI Total da Nota Fiscal
Toalha de banho 52.000,00 4% 2.080,00 54.080,00
FONTE: O autor
167
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
FONTE: O autor
168
TÓPICO 2 | TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
ATENCAO
UNI
Algumas operações não são tributadas pelo PIS, como por exemplo, a exportação
e a venda para a Zona Franca de Manaus.
11. Pessoa Jurídica optante pelo Lucro Real adquire os seguintes insumos para a
produção de recipientes de plástico:
169
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
Produto Preço do Produto Alíquota PIS Valor do PIS Total da Nota Fiscal
Polipropileno 210.000,00 1,65% 3.465,00 210.000,00
Adesivo de papel 12.500,00 1,65% 206,25 12.500,00
FONTE: O autor
Mercadoria Preço Mercadoria Alíquota PIS Valor do PIS Total da Nota Fiscal
Pano de copa 10.000,00 1,65% 165,00 10.000,00
Copo de cristal 60.000,00 1,65% 990,00 60.000,00
FONTE: O autor
170
TÓPICO 2 | TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
(VER no papel) A conta de PIS a pagar representa agora o saldo final para
confrontação com o livro fiscal de registro de PIS do Quadro 21, no valor de R$
2.880,57. Vejamos a representação no razonete:
4. O serviço de impressão aplicado nas etiquetas adesivas que farão parte do produto
final, geram direito a crédito de PIS. Temos dessa forma um crédito de R$ 379,50
decorrente da aplicação da alíquota de 1,65% sobre o serviço da gráfica.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
172
TÓPICO 2 | TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
FONTE: O autor
173
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
UNI
O PIS e a COFINS possuem a mesma base para apuração do débito fiscal pela
comercialização e do crédito fiscal pela aquisição.
174
TÓPICO 2 | TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
D – Cliente (AC)
C – Receita de venda de produtos (DRE) ....................................................... 3.200,00
D – CMV (DRE)
C – Estoque de mercadorias (AC) .................................................................... 1.623,86
176
TÓPICO 2 | TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
177
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
D – Cliente (AC)
C – Receita de venda de produtos (DRE) ..................................................... 72.000,00
D – CMV (DRE)
C – Estoque de mercadorias (AC) ................................................................. 28.450,00
D – Cliente (AC)
C – Receita de revenda de mercadoria (DRE) .............................................. 42.000,00
D – CMV (DRE)
C – Estoque de mercadorias (AC) .................................................................. 52.000,00
1ª) a exportação não está sujeita ao IPI, portanto, não temos tributação de IPI
nessa operação.
IPI a recuperar
D C
3.474,00
Não ocorreu registro de IPI pela venda das mercadorias. Dessa forma, não
temos registro na conta de IPI a recolher, não sendo necessária a movimentação
de zeramento de uma das contas.
178
TÓPICO 2 | TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
Nessa operação, nosso estoque de insumos ficou com seu custo reduzido a R$
218.828,75 e geramos um saldo de PIS a favor do contribuinte no valor de R$ 3.671,25
que poderá ser deduzido do PIS a pagar que será gerado pela operação de venda.
179
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
Por não ser possível criar um estoque de serviço, por este ser imaterial,
devemos aplicar o custo ao produto. Como o produto está registrado na conta de
estoque de insumos, o serviço aplicado no insumo fará parte dessa conta contábil.
D – CPV (DRE)
C – Estoque de produtos (AC) ..................................................................... 241.449,25
D – Cliente (AC)
C – Receita de revenda de mercadorias (DRE) .......................................... 112.000,00
D – CMV (DRE)
C – Estoque de mercadorias (AC) .................................................................. 68.845,00
180
TÓPICO 2 | TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
181
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
Nessa operação, nosso estoque de insumos ficou com seu custo reduzido
a R$ 205.590,00 e geramos um saldo de COFINS a favor do contribuinte no valor
de R$ 16.910,00 que poderá ser deduzido da COFINS a pagar que será gerada
pela operação de venda.
182
TÓPICO 2 | TRIBUTOS NÃO CUMULATIVOS NA CONTABILIDADE
Por não ser possível criar um estoque de serviço, por este ser imaterial,
devemos aplicar o custo ao produto. Como o produto está registrado na conta de
estoque de insumos, o serviço aplicado no insumo fará parte dessa conta contábil.
D – Cliente (AC)
C – Receita de venda de produtos (DRE) ................................................... 380.000,00
D – CPV (DRE)
C – Estoque de produtos (AC) ..................................................................... 226.842,00
D – COFINS sobre venda de produtos (DRE)
C – COFINS a pagar ........................................................................................ 28.880,00
D – Cliente (AC)
C – Receita de revenda de mercadorias (DRE) .......................................... 112.000,00
D – CMV (DRE)
C – Estoque de mercadorias (AC) ................................................................. 64.680,00
183
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
184
RESUMO DO TÓPICO 2
185
AUTOATIVIDADE
186
UNIDADE 3 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
O lucro das Pessoas Jurídicas é tributado ao final do período de apuração
pelo Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e Contribuição Social Sobre o Lucro
Líquido. A forma de determinação da base de cálculo desses tributos ocorre de
acordo com o que estabelece o regulamento relacionado ao tipo de apuração do
lucro adotada por cada contribuinte.
• Lucro Real
• Lucro Presumido
• Simples Nacional
187
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
12. Fatos gerados pela Pessoa Jurídica durante os doze meses do ano de 2015:
188
TÓPICO 3 | TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
Elaboração da DRE:
189
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
Para fins da ECF – Escrituração Contábil Fiscal, os dois livros devem ser
elaborados. Para nosso estudo faremos a composição apenas do LALUR, pois os
dois livros compreendem as mesmas informações.
190
TÓPICO 3 | TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
Adições
. Despesa com depreciação contábil 20.000,00
Total das Adições 20.000,00
Exclusões
. 30% prejuízo fiscal 2013 750,00
. 30% prejuízo fiscal 2014 1.500,00
Total das Exclusões 2.250,00
191
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
FONTE: O autor
UNI
• IRPJ 15%
• IRPJ adicional 10%
• CSLL 9%
192
TÓPICO 3 | TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
O adicional de 10% de IRPJ não foi aplicado para esse caso, pois não
excedemos o valor de R$ 20.000,00 mensais. Para que o adicional seja aplicado é
necessário que o Lucro Tributável seja superior a R$ 120.000,00 no ano.
193
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
IRPJ
D – IRPJ sobre Lucro do Período 2015 (DRE)
C – IRPJ apagar................................................................................................... 7.121,44
CSLL
D – CSLL sobre Lucro do Período 2015 (DRE)
C – CSLL a pagar................................................................................................ 4.272,86
194
TÓPICO 3 | TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
195
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
Para os serviços:
196
TÓPICO 3 | TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
IRPJ
D – IRPJ sobre Lucro do Período 2015 (DRE)
C – IRPJ a pagar..................................................................................................... 426,00
CSLL
D – CSLL sobre Lucro do Período 2015 (DRE)
C – CSLL a pagar .................................................................................................. 255,60
197
UNIDADE 3 | CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS
198
TÓPICO 3 | TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
• R$ 26.890,00
LEITURA COMPLEMENTAR
Equipe Portal Tributário
200
TÓPICO 3 | TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
acordo com o enquadramento das atividades, para obter uma margem de lucro
estimada (estimativa), sobre a qual recai o IRPJ e a CSLL, de forma semelhante ao
Lucro Presumido.
Nesta opção, há, ainda, a possibilidade de levantar balanços ou balancetes
mensais, reduzindo ou suspendendo-se o recolhimento do IRPJ e da CSLL, caso
demonstre-se que o lucro real efetivo é menor do que aquele estimado ou que a
pessoa jurídica está operando com prejuízo fiscal.
No final do ano, a pessoa jurídica levanta o balanço anual e apura o lucro real do
exercício, calculando em definitivo o IRPJ e a CSLL e descontando as antecipações
realizadas mensalmente. Em alguns casos, eventualmente, as antecipações podem ser
superiores aos tributos devidos, ocasionando um crédito em favor do contribuinte.
No Lucro Real trimestral, o IRPJ e a CSLL são calculados com base no resultado
apurado no final de cada trimestre civil, de forma isolada. Portanto, nesta modalidade,
teremos durante o ano 4 (quatro) apurações definitivas, não havendo antecipações
mensais como ocorre na opção de ajuste anual.
Esta modalidade deve ser vista com cautela, principalmente em atividades sazonais
ou que alternem lucros e prejuízos no decorrer do ano. Nesta modalidade, os lucros
e prejuízos são apurados trimestralmente, de forma isolada.
Assim se a pessoa jurídica tiver um prejuízo fiscal de R$ 100.000,00 (cem mil reais) no
primeiro trimestre e um lucro de também R$ 100.000,00 (cem mil reais) no segundo
trimestre terá que tributar IRPJ e CSLL sobre a base de R$ 70.000,00 (setenta mil reais),
pois não se pode compensar integralmente o prejuízo do trimestre anterior, ainda
que dentro do mesmo ano-calendário. O prejuízo fiscal de um trimestre só poderá
deduzir até o limite de 30% do lucro real dos trimestres seguintes.
Essa pode ser uma boa opção para empresas com lucros lineares.
Mas para as empresas com picos de faturamento, durante o exercício, a opção pelo
Lucro Real anual pode ser mais vantajosa porque poderá suspender ou reduzir o
pagamento do IRPJ e da CSLL, quando os balancetes apontarem lucro real menor que
o estimado ou até mesmo prejuízos fiscais. Outra vantagem é que o prejuízo apurado
no próprio ano pode ser compensado integralmente com lucros do exercício.
LUCRO PRESUMIDO
Esta modalidade de tributação pode ser vantajosa para empresas com margens de
lucratividade superior a presumida, podendo, inclusive, servir como instrumento
de planejamento tributário. Empresas que possuam boa margem de lucro podem,
respeitados eventuais impedimentos, utilizar-se do Lucro Presumido, por
exemplo: determinada empresa comercial possui uma margem de lucro efetivo
de 15%, no entanto a administração observou que optando pelo Lucro Presumido
a referida margem, para fins tributários, estaria fixada em 8%, demonstrando que
este regime seria o mais interessante para este caso concreto.
Outra análise a ser feita é que as empresas tributadas pelo Lucro Presumido não
podem aproveitar os créditos do PIS e da COFINS, por estarem fora do sistema
não cumulativo, no entanto recolhem com alíquotas mais baixas.
Portanto, a análise do regime deve ser realizada considerando a repercussão no
IRPJ, na CSLL, no PIS e na COFINS.
SIMPLES NACIONAL
CONCLUSÃO
202
RESUMO DO TÓPICO 3
203
AUTOATIVIDADE
1 Para uma empresa do Lucro Real, determine o valor do IRPJ a pagar para
um Lucro Antes do IRPJ e CSLL apurado no final do ano no valor de R$
200.000,00.
204
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código Tributário Nacional. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966.
Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de
direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm>. Acesso em: 11 fev.
2015.
205
BRASIL. Instrução Normativa SRF nº 390, de 30 de janeiro de 2004. Dispõe
sobre a apuração e o pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido. Disponível em: <www.portaltributario.com.br/legislacao/insrf390.
htm>. Acesso em: 10 mar. 2013.
206
BRASIL. Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera
dispositivos das Leis números 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991,
da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943, da Lei nº 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da
Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis números
9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em: 2
abr. 2015.
207