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Apostila de

Contabilidade
Avançada

Cintia Melara
cmelara@ucs.br
54 999460030

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Sumário
Plano de Ensino da Disciplina.............................................................................................3
1 Concentração de empresas...........................................................................................7
1.1 Exercícios.......................................................................................................................12
2 Subscrição e integralização de capital.....................................................................13
2.1 Exercícios.......................................................................................................................20
3 Avaliação de investimentos........................................................................................25
3.1 Exercícios.......................................................................................................................40
4 Reorganização societária.............................................................................................60
4.1 Exercícios.......................................................................................................................79
5 Consolidação das demonstrações contábeis.......................................................115
5.1 Exercícios.....................................................................................................................122
6 Transações com partes relacionadas.....................................................................142
6.1 Exercícios.....................................................................................................................149
7 Mudanças nas taxas de câmbio e conversão das demonstrações contábeis.
.............................................................................................................................................153
7.1 Exercícios.....................................................................................................................159
Exercícios de fixação I...................................................................................................170
Exercícios Fixação II.......................................................................................................199
Exercícios de Fixação III................................................................................................210
Exercícios de Fixação IV...............................................................................................222

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Plano de Ensino da Disciplina

Ementa
Fundamentação da concentração vertical e horizontal de empresas e
formação de grupos societários. Estudo dos aspectos contábeis de fusões,
cisões e incorporações, operações inter companhias e métodos de avaliação
de investimentos (custo, equivalência patrimonial e valor justo). Caracterização
e elaboração de demonstrações contábeis consolidadas. Aplicação da
conversão das demonstrações contábeis em moeda estrangeira.

Objetivo
Conhecer os aspectos específicos da consolidação de demonstrações
contábeis e da reestruturação de empresas, incluindo seus efeitos contábeis e
econômicos. Competências e habilidades:
C1: Compreender as formas previstas na legislação acerca da reestruturação
de empresas.
H1: Diferenciar as principais formas de reestruturação de empresas.
H2: Aprender sobre as diferentes formas de concentração de empresas e
formação de grupos de sociedades.

C2: Identificar efeitos contábeis sobre investimentos em empresas controladas,


coligadas e controladas em conjunto.
H1: Compreender a forma de avaliação de investimentos.
H2: Entender a forma de cálculo da equivalência patrimonial e seus reflexos
contábeis.
C3: Compreender as técnicas utilizadas na formação das demonstrações
contábeis consolidadas.
H1: Conhecer a sequência de procedimentos necessários para a consolidação
de demonstrações contábeis.
H2: Entender a necessidade de se efetuar eliminações de saldos inter
companhias no processo de consolidação.
H3: Conhecer as técnicas de conversão de saldos de investimentos em moeda
estrangeiras no procedimento de consolidação.
C4: Compreender as formas de contabilização de saldos entre empresas do
mesmo grupo.
H1: Identificar a diferença entre filiais e subsidiárias de um grupo.
H2: Conhecer o conceito de partes relacionadas e a forma de contabilização de
seus saldos.

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Conteúdo Programático
1. CONCENTRAÇÃO DE EMPRESAS
1.1 Concentração por ampliação
1.2 Concentração por integração 1.3 Concentração por acordo
1.4 Vantagens da integração vertical
1.5 Vantagens da integração horizontal
1.6 Sindicatos mercantis (trustes, cartéis, pools)
1.7 Holdings
2. FORMAS DE CONCENTRAÇÃO
2.1 Fusão
2.2 Incorporação
2.3 Grupos de sociedades
2.4 Coligadas, controladas e controladas em conjunto
2.5 Subsidiária integral 2.6 Lançamentos contábeis do processo e balanço de
abertura
3. EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
3.1 Noções gerais e aplicação
3.2 Investimentos relevantes
3.3 Legislação e lançamentos contábeis
4. SUBSCRIÇÃO E INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL DE SOCIEDADES
4.1 Análise de casos práticos
4.2 Lançamentos contábeis
5. A FIGURA DA CISÃO EM SOCIEDADES
5.2 Cisão parcial
5.3 Cisão total
5.4 Lançamentos contábeis do processo e balanço de abertura
6. SALDOS CONTÁBEIS ENTRE EMPRESAS DO MESMO GRUPO 6.1
Generalidades e conceitos
6.2 Partes relacionadas
7. CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
7.1 Conceitos, fundamentos e processos de consolidação
7.2 Eliminação do resultado não realizado em transações intragrupo
7.3 Eliminação de saldos de transações intragrupo
7.4 Participação dos não controladores
7.5 Conversão de saldos em moeda estrangeira. Técnicas e taxas de
conversão
8. TRANSFORMAÇÃO DE SOCIEDADES
8.1 Sucessão de empresário individual por sociedade

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8.2 Transformação de limitada em S/A
8.3 Transformação de S/A em limitada

Metodologia
As aulas serão ministradas de forma teórico-expositiva, com o uso de
exercícios práticos, estudos de casos e com a utilização de material de apoio
para a análise e discussão dos conteúdos desenvolvidos. Serão utilizadas,
também, através do Trabalho Discente Efetivo - TDE, leituras complementares,
conforme a bibliografia do programa, e trabalhos dirigidos e realizados em sala
de aula e/ou extraclasse. Estão previstos encontros presenciais de atividades,
conforme consta no cronograma da disciplina. Também estão previstas
atividades relativas ao TDE. As atividades serão organizadas de modo a
impulsionar os estudantes quanto ao desenvolvimento da autonomia nos
processos de aprendizagem, inclusive ao realizar o TDE. Serão desenvolvidas
atividades de produção e exercícios como: leitura de textos, produções
escritas, estudos de caso, participação em palestras da área, dentre outras que
se mostrarem pertinentes. Serão oferecidas aos estudantes atividades de
pesquisa e extensão, que possibilitam a articulação dos conteúdos trabalhados
no desenvolvimento da disciplina, tais como: cursos, seminários, fóruns,
palestras, workshops, dentre outros.

Avaliação
A avaliação será formativa e contínua, mediante a combinação de diferentes
instrumentos avaliativos, que possam mensurar os aspectos do aprendizado e
a participação nas atividades de interação e prática. A avaliação formativa
auxilia e identifica se o aluno está articulado ao processo metodológico e de
construção de conhecimento. Isto possibilita verificar o comprometimento na
realização das atividades e o desenvolvimento qualitativo das competências e
habilidades previstas para a disciplina ou unidade de aprendizagem. O
desempenho do acadêmico será avaliado através de diferentes instrumentos
sendo: . Prova 1 peso 3,0 . Prova 2 peso 4,0 . Trabalho discente efetivo (TDE)
peso 1,0 . Atividades desenvolvidas a critério de cada Professor peso 2,0. A
Nota Final será a soma das notas obtidas, segundo o que foi descrito
anteriormente. Para a aprovação na disciplina, o aluno deverá obter nota final
igual ou superior a 6,0 (seis) e, no mínimo, 75% de presença nas aulas. Ao
aluno que não obtiver média final igual ou superior a 6,0 (seis) será
oportunizada a recuperação ao final do período letivo. A avaliação de
recuperação contemplará o conteúdo desenvolvido no semestre, valendo 10
(dez) pontos. Assim, a nota final do semestre, para aqueles que fizerem a
prova de recuperação, será a soma da nota final antes da prova de
recuperação e o total dividido por dois, pela lógica da média aritmética simples.
Para aprovação, o valor resultante deverá ser igual ou maior que 6,0 (seis). O
acadêmico que não tiver alcançado a nota final mínima 6,0 nas avaliações
ocorridas durante o semestre e, mesmo assim, não comparecer para realizar a
prova de recuperação terá mantida a nota final insuficiente já obtida. A nota
final do estudante será expressa segundo as normas regimentais da Instituição.
Os critérios de avaliação serão informados aos alunos no início do semestre
letivo.

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Bibliografia Básica
IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a
todas as sociedades.3. ed. São Paulo: Atlas, 2018. Disponível em:
<https://ucsvirtual.ucs.br/>.
PEREZ JR., José Hernandez; OLIVEIRA, Luis Martins de. Contabilidade
avançada. 9. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2020. Disponível em:
<https://ucsvirtual.ucs.br/>.
SANTOS, José Luiz dos; SCHMIDT, Paulo; FERNANDES, Luciane Alves.
Contabilidade avançada: aspectos societários e tributários. 3. ed. São Paulo:
Atlas, 2012.

Bibliografia Complementar
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso de contabilidade avançada em IFRS e
CPC. São Paulo: Atlas, 2014. Disponível em: <https://ucsvirtual.ucs.br/>.
BOTREL, Sérgio. Fusões e aquisições. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
Disponível em: <https://ucsvirtual.ucs.br/>.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Holding, administração corporativa e
unidade estratégica de negócio: uma abordagem prática. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2015. Disponível em: <https://ucsvirtual.ucs.br/>.
SADDI, Jairo. Fusões e aquisições: aspectos jurídicos e econômicos. São
Paulo: IOB - Informações Objetivas Publicações Jurídicas Ltda, 2002.
RIOS, Ricardo Pereira; MARION, José Carlos. Contabilidade avançada. São
Paulo: Atlas, 2017. Disponível em: <https://ucsvirtual.ucs.br/>.

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1 Concentração de empresas

A atividade empresária consiste, na prática habitual de produção ou


disponibilização de produtos e serviços que despertam algum tipo de interesse
de consumo, voltada à obtenção de vantagem econômica. Diante de um
dinamismo efêmero do mercado econômico, surgem ideias acerca do controle
do mercado, como forma estratégica de sobrevivência empresarial e
manutenção de uma certa ordem econômico-social.

Neste cenário temos o que chamamos de concentração empresarial,


originalmente proposta como meio de proteção da empresa em relação às
variações do mercado como um todo.

Concentração empresarial: Segundo Nuno Carvalho, é “todo ato de


associação empresarial, seja por meio da compra parcial ou total dos títulos
representativos de capital social através da aquisição de direitos e ativos, que
provoque a substituição de órgãos decisórios independentes por um sistema
unificado de controle empresarial.

De uma forma mais simples, é um pacto entre duas ou mais entidades


empresariais provenientes de livre manifestação de vontade, tendentes a
condicionar e reestruturar o exercício da atividade empresarial de determinadas
entidades, de acordo com os mandos de um único gestor, ou dissolver um
vínculo pré-existente com objetivo de formar outro. (Alencar, 2013)

Calixto Salomão Filho, ressalta que, para que aja concentração é


fundamental que “se trate de uma operação que implique mudanças
duradouras na estrutura das empresas envolvidas. É necessário ainda que a
mudança estrutural torne possível presumir que essas empresas atuarão com
um único agente do ponto de vista econômico.

Motivos da concentração

 São realizadas com o objetivo de aumentar a eficiência das empresas


envolvidas, padronizando a produção e obtendo um preço unitário menor. Há a

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produção em uma economia de escala que permite a produção com um custo
menor e com maior qualidade.

 Progresso tecnológico, facilitando o intercâmbio de técnicas de produção ou


de pesquisa;

 Possibilidade de discriminação de mercados e de diferenciação de


produtos, repartindo os riscos empresariais entre os diversos ramos;

 Motivar a concentração, para tornar o negócio apto a ser comprado por


outros por um preço maior;

 Desencorajar concorrentes, para que enfraqueçam;

Classificação da concentração empresarial

A concentração pode envolver empresas do mesmo ramo, de áreas


ligadas ou de áreas totalmente distintas.

Em função disso, podemos classificar em:

 Horizontal

 Vertical

 Conglomerado

Horizontal: quanto envolve concorrentes diretos, ou seja, aqueles que vendem


o mesmo produto, no mesmo mercado. É necessário também que atuem no
mesmo espaço geográfico, sob pena de não serem concorrentes.

Exemplo: Antartica e Brahma, formaram a AMBEV

Abrange três subtipos, que representam graus de integração cada vez maior:

a) cartel: associação de empresas que conservam sua identidade e autonomia


e apenas estabelecem acordos para fixação de preços, divisão de mercados e

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controle de distribuição de produtos. Exemplo: empresas em concorrência
pública.

b) sindicato: associação de empresas que conservam sua identidade e


independência produtiva, mas unificam a comercialização de seus produtos e
às vezes, também, a compra de matérias primas.

b) truste: associação de empresas que se fundem inteiramente criando uma


nova, da qual os proprietários das empresas anteriores se tornam sócios.

Vertical: quando as envolvidas atuam em fases distintas da mesma cadeia de


produção. Decorre do fato de uma empresa trazer para si uma função ligada a
sua cadeia de produção que, de outra forma, ainda seria encontrada no
mercado.

Exemplo: uma fusão entre uma indústria e sua fornecedora de matéria-prima.

Google que agora fabrica Motorola Mobilitiy . Kindle Fire da Amazon.

Apple: hardware e software integrados (iphone e Ipad)

Conglomerados ou união heterosférica: se formam de concentrações que


não se enquadram como horizontais ou verticais. As atividades envolvidas se
desenvolvem em mercados distintos. Tal forma está ligada à diversificação dos
ramos de atuação, ou envolve sociedades de ramos similares, que atuam em
mercados geográficos distintos, facilitando a compra de matéria-prima, a
distribuição, ou o desenvolvimento de seus produtos ou serviços.

Atualmente conglomerados são considerados uma forma de oligopólio,


quando empresas detém o domínio de determinada oferta de produtos ou
serviços. Um exemplo de conglomerado é a empresa Mitsubishi, que fabrica
desde carros até canetas, ou a LG Group e Samsung Group, que fabricam de
celulares, notebooks e televisores, até eletrodomésticos e produtos
petroquímicos.

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Controle dos atos de concentração

Os atos de concentração que possam produzir efeitos sobre a livre


concorrência, dentro do território brasileiro, deverão ser submetidos ao crivo do
CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica - Cade é uma autarquia


federal, vinculada ao Ministério da Justiça, com sede e foro no Distrito Federal,
que exerce, em todo o Território nacional, as atribuições dadas pela Lei nº
12.529/2011.

O CADE tem como missão zelar pela livre concorrência no mercado, sendo
a entidade responsável, no âmbito do Poder Executivo, não só por investigar e
decidir, em última instância, sobre a matéria concorrencial, como também
fomentar e disseminar a cultura da livre concorrência. 

A apreciação pelo CADE, deverá ocorrer no prazo de até 240 dias a partir
do protocolo de petição.O prazo poderá ser dilatado por até 60 dias, que são
improrrogáveis, mediante requisição das partes envolvidas na operação, ou por
até 90 dias, mediante decisão do Tribunal administrativo de Defesa Econômica
(órgão do CADE).

Os atos de concentração, não podem ser consumados sem a devida


apreciação do CADE, sob pena de nulidade e imposição de multa pecuniária,
não inferior a R$ 60.000,00 tampouco superior a R$ 60.000.000,00

Art. 88.  Serão submetidos ao CADE pelas partes envolvidas na operação


os atos de concentração econômica em que, cumulativamente: 

I - pelo menos um dos grupos envolvidos na operação tenha registrado, no


último balanço, faturamento bruto anual ou volume de negócios total no País,
no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$ 400.000.000,00
(quatrocentos milhões de reais); e 

II - pelo menos um outro grupo envolvido na operação tenha registrado, no


último balanço, faturamento bruto anual ou volume de negócios total no País,

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no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$ 30.000.000,00 (trinta
milhões de reais). Fonte: Lei 12.529/2011.

No artigo 90 da mesma lei, encontramos a definição do que se enquadra


como ato de concentração para apreciação do CADE.

I - 2 (duas) ou mais empresas anteriormente independentes se fundem; 

II - 1 (uma) ou mais empresas adquirem, direta ou indiretamente, por


compra ou permuta de ações, quotas, títulos ou valores mobiliários
conversíveis em ações, ou ativos, tangíveis ou intangíveis, por via
contratual ou por qualquer outro meio ou forma, o controle ou partes de
uma ou outras empresas; 

III - 1 (uma) ou mais empresas incorporam outra ou outras empresas;


ou 

IV - 2 (duas) ou mais empresas celebram contrato associativo, consórcio


ou joint venture. 

Parágrafo único.  Não serão considerados atos de concentração, para


os efeitos do disposto no art. 88 desta Lei, os descritos no inciso IV
do caput, quando destinados às licitações promovidas pela
administração pública direta e indireta e aos contratos delas
decorrentes. 

Se inserem dentro no conceito de ato de concentração para o CADE, as


fusões, incorporações e cisões para sociedades já existentes.

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1.1 Exercícios

1) O que é concentração empresarial?

2) Cite os motivos para a concentração empresarial?

3) Qual os tipos de concentração? Fale sobre elas?

4) O que é o CADE? Qual a sua função?

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2 Subscrição e integralização de capital

Quando efetivamente olhamos para um Balanço que esteja representado no


Gráfico em forma de T, visualizamos, do lado esquerdo, o Ativo e, do lado
direito, o Passivo. No ativo, conforme estabelece o § 1 do artigo 178 da Lei
6.404/1976, as contas são classificadas em dois grupos: Ativo Circulante e
Ativo Não Circulante, sendo este último composto por Ativo Realizável a Longo
Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.

Da mesma forma, o § 2, da citada lei, estabelece que no Passivo as contas


são classificadas em três grupos: Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e
Patrimônio Líquido, sendo este último dividido em Capital Social, Reservas de
Capital, Ajuste de Avaliação Patrimonial, Reserva de Lucros, Ações em
Tesouraria e Prejuízos Acumulados.

O patrimônio líquido, conforme estabelece a lei 6.404/1976, é um grupo de


contas que, no Balanço Patrimonial, deve figurar no lado direito. O Ativo do

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Balanço Patrimonial mostra que a empresa aplicou os recursos que tem à sua
disposição; enquanto o Passivo mostra a origem desses recursos.

1 Capital Social
1.1 Capital Subscrito
1.1.1 ( - ) Capital a Subscrever
1.2 Capital a Integralizar
1.3 Adiantamento para futuro aumento de capital (AFAC)
1.4 ( - ) Gastos com emissões de ações.

Os recursos investidos no patrimônio, decorrem de duas fontes:

a) Terceiros, também conhecida por capitais de terceiros – corresponde à


parte dos recursos ou do capital total investido na empresa por pessoas
estranhas ao patrimônio.

São as obrigações explicitadas no Balanço Patrimonial por contas


classificadas nos grupos do Passivo Circulante e do Passivo Não Circulante.

b) Do proprietário, também conhecida por capitais próprios – corresponde à


parte dos recursos ou do capital total investido na empresa pelos seus
titulares: proprietário (empresas individuais), acionistas (sociedades por
ações) ou sócios (demais tipos de sociedades).

Na equação fundamental do patrimônio evidenciada por meio do Balanço


Patrimonial, o Patrimônio Líquido representa a Situação Líquida da empresa,
correspondendo à diferença entre o total do Ativo e o total das obrigações,
sendo essas representadas pela soma do Passivo Circulante com o Passivo
Não Circulante.

Representando o capital próprio ou os recursos líquidos do proprietário, no


grupo do Patrimônio Líquido, encontramos as contas que registram o capital
investido na empresa pelos seus titulares, evidenciados na conta Capital
Social,

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Capital Social

Capital Social é o montante dos recursos investidos na sociedade pelos


seus titulares (acionistas no caso de sociedades por ações e sócios, nos
demais tipos de sociedades). Na empresa individual, o montante dos recursos
investidos pelo proprietário é denominado simplesmente de capital

Nos registros contábeis das empresas individuais, bem como das


sociedades, a conta Capital ou Capital Social representará tanto a soma dos
recursos investidos pelos seus titulares, por ocasião da constituição da
empresa, bem como os aumentos desse capital realizados pelos titulares com
recursos próprios (novos aportes de capital) ou com recursos gerados pela
própria empresa, em decorrência de lucros por ela auferidos ao longo da
existência.

O artigo 182 da lei 6.404/76 estabelece que a conta do capital social


discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não
realizada.

Capital Autorizado

Restrito às sociedades anônimas, sendo previsto no artigo 168 da Lei


6.404/76, é uma decisão de assembleia que permite ao Conselho de
Administração aumentar o Capital sem a necessidade específica de convocar
nova assembleia.

Pode-se dizer que a assembleia autoriza que o Capital Social seja


aumentado até um certo limite, a partir do qual os administradores poderão
buscar novos sócios e, encontrando-os, emitir ações nas condições
autorizadas.

A empresa que tiver Capital Autorizado deverá divulgar a informação nas


demonstrações publicadas, sendo permitido, inclusive, incluir o termo Capital
Autorizado após sua denominação, como por exemplo: UCS S.A. Capital
Autorizado.

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Exemplo: a empresa UCS S.A. Capital Autorizado, atua no mercado de
ensino com Capital Integralizado pelos sócios no valor de R$ 2.000.000,00. A
assembleia aprovou um plano de expansão que irá exigir um aumento de
capital adicional de R$ 700.000,00. O capital autorizado passará, então, a ser
de R$ 2.700.000,00, e os administradores ficam autorizados a buscar novos
sócios para subscreverem e integralizarem esses recursos.

Capital Autorizado R$ 2.700.000,00


( - ) Capital a Subscrever R$ (700.000,00)
Capital integralizado R$ 2.000.000,00

Capital integralizado é aquele já entregue à sociedade pelos sócios,


enquanto o Capital a Subscrever é a parcela do Capital que ainda não tem
sócio definido ou interessado em adquirir ações.

A normatização do Capital autorizado está na Lei 6.404/76:

 Art. 168. O estatuto pode conter autorização para aumento do capital social
independentemente de reforma estatutária.

        § 1º A autorização deverá especificar:

        a) o limite de aumento, em valor do capital ou em número de ações, e as


espécies e classes das ações que poderão ser emitidas;

        b) o órgão competente para deliberar sobre as emissões, que poderá ser
a assembléia-geral ou o conselho de administração;

        c) as condições a que estiverem sujeitas as emissões;

        d) os casos ou as condições em que os acionistas terão direito de


preferência para subscrição, ou de inexistência desse direito (artigo 172).

        § 2º O limite de autorização, quando fixado em valor do capital social, será


anualmente corrigido pela assembléia-geral ordinária, com base nos mesmos
índices adotados na correção do capital social.

        § 3º O estatuto pode prever que a companhia, dentro do limite de capital


autorizado, e de acordo com plano aprovado pela assembléia-geral, outorgue
opção de compra de ações a seus administradores ou empregados, ou a
pessoas naturais que prestem serviços à companhia ou a sociedade sob seu
controle.

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Capital Subscrito

Subscrever quer dizer se comprometer. Capital subscrito é o Capital que os


sócios se comprometem em uma única vez ou de maneira parcelada nas
condições pactuadas em contrato social ou estatuto.

É um compromisso irrevogável dos sócios para com a sociedade e pode ser


exigido legalmente.

Capital a subscrever

É a diferença entre o Capital Autorizado pela Assembleia e aquele já


subscrito pelos sócios. Nada mais que a parcela para o qual ainda não existe
sócio definido. Pode ser que nunca seja subscrito, bastando para isso que
ninguém se interesse por adquirir ações dessa sociedade.

Capital a integralizar

É a diferença entre o Capital Autorizado pela Assembleia e aquele já


subscrito e ainda não entregue à sociedade pelos sócios.

Capital Subscrito (Nominal) R$ 1.000.000,00


( - ) Capital a integralizar R$ (500.000,00)
Capital Integralizado R$ 500.000,00

Adiantamento para Futuro Aumento de Capital

Deve ser contabilizado no Patrimônio Líquido, a menos que este valor se


caracterize como um empréstimo dos sócios para a empresa.

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A legislação tributária determina que esses valores sejam considerados
dívida da empresa para com os sócios, de acordo com o que determina o item
3 do Parecer Normativo PN CST 23, de 01 de julho de 1981.

O Conselho Federal de Contabilidade, por meio do Comunicado Técnico


CTG 2000, aprovado pela Resolução CFC n.1.159/2009, coloca que os
adiantamentos para futuros aumentos de capital não foram tratados
especificamente pelas alterações trazidas pela legislação societária, todavia,
orienta que para que, à luz do princípio da essência sobre a forma, esses
adiantamentos devem ser classificados no Patrimônio líquido.

Coloca também que os adiantamentos para futuros aumentos de capital


realizados, sem que haja a possibilidade de sua devolução, devem ser
registrados no Patrimônio Líquido, após a conta de capital social. Caso haja
qualquer possibilidade de sua devolução, devem ser registrados no Passivo
Não Circulante.

Estabelece, ainda o CFC, que os adiantamentos para futuros aumentos


de capital realizados, sem que haja a possibilidade de sua devolução, devem
ser registrados no Patrimônio Líquido, após a conta de capital social. Caso haja
qualquer possibilidade de sua devolução, devem ser registrados no Passivo
Não Circulante.

Capital Social R$ 1.000.000,00


AFAC R$ 500.000,00
Total do Patrimônio Líquido R$ 1.500.000,00

Aumento e Diminuição do capital

O capital da empresa poderá ser aumentado ou diminuído a qualquer


tempo, de acordo com a vontade do titular (empresa individual) ou dos sócios e
acionistas (sociedades).

As alterações promovidas no valor do capital das empresas, sejam relativas


a aumentos ou diminuições, devem ser acompanhadas das respectivas
alterações nos instrumentos de constituição das empresas.

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Nas sociedades por ações, o aumento ou a diminuição do capital poderá
provocar alteração no valor nominal das ações.

Gastos com a emissão de ações

Os custos incrementais com emissão de novas ações não podem mais,


contabilmente ser tratados como despesas a apropriar, tampouco como
despesas na Demonstração do Resultado do Exercício Estes gastos são
registrados em conta retificadora do Capital Social ou, quando aplicável na
Reserva de Capital que registrar o prêmio recebido na emissão das novas
ações. Dessa forma, a mutação do Patrimônio Líquido pelo incremento de
novas ações emitidas é reconhecida pelo valor líquido efetivamente recebido.
(NBC TG 08)

Capital Social R$ 1.000.000,00


( - ) Gastos com emissão de ações R$ (50.000,00)
Total do Patrimônio Líquido R$ 950.000,00

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2.1 Exercícios

1) Classifique em verdadeira ou falsa.


Segundo a Lei 6.404/1976, o Patrimônio Líquido é um grupo de
contas que integra o Passivo do Balanço Patrimonial
Segundo a Lei 6.404/1976, o Patrimônio Líquido é o terceiro
grupo que compõe o Balanço Patrimonial
No Balanço Patrimonial, o lado do Passivo evidencia a origem
dos capitais da empresa.
No Balanço Patrimonial, o lado do Ativo evidencia a origem dos
recursos existentes na empresa.
O grupo do Patrimônio Líquido representa os capitais próprios
da empresa.
No Patrimônio Líquido, os valores investidos pelos titulares com
recursos próprios são representados pela conta Capital Social.
O lucro líquido apurado em decorrência do giro normal do
patrimônio poderá estar representado no Patrimônio Líquido
(Reservas), ou no Passivo Circulante (Dividendos a pagar).
Os adiantamentos para futuros aumentos de capital realizados,
sem que haja a possibilidade de sua devolução, devem ser
registrados no Patrimônio Líquido, após a conta de capital
social.
Os adiantamentos para futuros aumentos de capital realizados,
quando haja a possibilidade de sua devolução, devem ser
registrados no Passivo Circulante
A Lei 6.404/1976, disciplina os critérios a serem observados em
relação à contabilização dos adiantamentos recebidos dos
titulares para futuro aumento de capital.

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2) Escolha a alternativa correta:
2.1 – O Patrimônio líquido:
a) É o quarto grupo de elementos do Passivo:
b) Evidencia, pelo seu total, o valor da situação líquida do patrimônio
líquido;
c) Representa os capitais próprios investidos na empresa;
d) É composto pelo Capital Social, pelas Reservas, pelos Ajustes de
Avaliação Patrimonial, Reserva de Lucros, pelas Ações em
Tesouraria e pelos Prejuízos Acumulados;
e) Todas as alternativas estão corretas.

2.2 – o saldo da conta Capital Social corresponde:

a) Ao valor investido pelos titulares com recursos próprios, por


ocasião da constituição da empresa;
b) Além do citado na letra A, aos valores dos aumentos do capital
com recursos dos proprietários;
c) Além do citado na letra A, aos valores com recursos gerados pela
própria empresa;
d) Somente a alternativa A está correta;
e) As alternativas A, B e C estão corretas.

2.3 – o Capital autorizado poderá:


a) Ser contabilizado e demonstrado no Balanço, no grupo do
Patrimônio Líquido;
b) Figurar no início das demonstrações, logo abaixo da identificação
da companhia;
c) Figurar em Notas Explicativas;
d) Ser controlado por meio de contas de compensação;
e) Todas as alternativas estão corretas

21
3) A empresa Capital Ltda. Aumentou seu capital em $ 200.000,00; A
sociedade é formada por 4 sócios, cada um com 25%. Dois sócios fizeram
a transferência dos recursos no ato da reunião da diretoria e os demais
acordaram em transferir os recursos em dois meses. A conta em que
ficará registrado o direito da empresa em receber esses recursos é Capital
Social a:
a) Autorizar;
b) Capitalizar;
c) Receber;
d) Integralizar;
e) Subscrever.

4) A Cia Três Corações abriu seu capital em 2009, por meio de emissão de
títulos patrimoniais, autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários. A
empresa incorreu em $ 2.000.000 de custos de transação diretamente
atribuíveis à emissão efetuada. De acordo com o CPC 08, aprovado pelo
CFC, esse valor deve ser reconhecido como:

a) Despesa Financeira;
b) Ativo Intangível;
c) Ativo Diferido;
d) Redutor do Patrimônio Líquido;
e) Despesa Antecipada.

22
5) Quando da constituição da sociedade anônima, um dos acionistas
subscreveu 1.150.000 ações, com valor nominal de R$ 1,00, para
integralização em equipamentos aos quais ele atribuiu, em documento
endereçado à Assembleia Geral, o valor de R$ 1.145.000,00.
A Assembleia Geral de Subscritores nomeou uma empresa especializada
que, em laudo fundamentado, avaliou o conjunto de equipamentos em R$
1.160.000,00.
A Assembleia Geral aprovou o valor dos equipamentos em R$
1.148.000,00.
Considerando as determinações da Lei 6.404/76, a integralização do
capital deve ser considerada pelo valor, em reais de:
a) 1.145.000,00, atribuído pelo subscritor;
b) 1.148.000,00, aprovado pela assembleia geral;
c) 1.150.000,00, sendo a diferença, de R$ 10.000,00, ressarcida
ao subscritor;
d) 1.150.000,00, sendo esse valor atribuído aos equipamentos,
não havendo ressarcimento;
e) 1.160.000,00, sendo a diferença, de R$ 10.000,00, considerada
como ágio nus subscrição.

6) O que é capital social?

7) O que capital subscrito?

8) O que é capital realizado ou integralizado?

23
9) O que significa Realização de capital?

10)O que é capital autorizado?

24
3 Avaliação de investimentos

Conceitos iniciais

Investimentos em Participações Societárias: são aplicações de recursos


que determinada empresa (denominada investidora) efetua na aquisição de
ações ou cotas de outra empresa (denominada investida) com o objetivo de:

- Garantir atividade complementar;

- Garantir fornecimento de matéria-prima, serviços e tecnologia;

- Aumentar a participação no mercado; e

- Manter clientes estratégicos.

Quando o objetivo da aquisição for obtenção de retorno pela venda de


tais participações, deverão ser classificadas como Instrumentos Financeiros.

Estes investimentos dividem-se em:

a) Investimentos temporários: adquiridos com a intenção de revenda e tendo,


geralmente, caráter especulativo. Podem ser classificados no Ativo Circulante
(AC) ou no Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP);

b) Investimentos permanentes: adquiridos com a intenção de continuidade,


representando, portanto, uma extensão da atividade econômica da investidora,
devem ser classificados no Ativo Permanente (AP).

Formas de avaliação

a) Investimentos temporários: pelo valor justo (quando se tratar de


aplicações destinadas à negociações ou disponíveis para venda)

b) Investimentos Permanentes: podem ser avaliados pelo custo de aquisição


ou pelo Método de Equivalência Patrimonial (MEP).

25
As sociedades empresariais podem se constituir na forma de
Sociedades por Cotas (Quotas) de Responsabilidade Limitada (Ltda.) ou
Sociedades por Ações.

Sociedade limitada tem como característica:

- Capital social dividido em cotas ou quotas;

- Sócios entram na sociedade e assumem a obrigação de colocar uma


quantidade de dinheiro para que a empresa possa exercer a atividade;

- É mais importante a figura dos sócios do que a do dinheiro;

- Tem no mínimo dois sócios.

Sociedades por Ações tem como características:

- Capital dividido em ações;

- As ações podem ser somente de participação nos lucros (ações preferenciais)


ou com poder de voto (ações ordinárias);

- Pode ser de capital aberto (com negociação em bolsa de valores) ou de


capital fechado;

- Pode ter um único acionista.

Ações Ordinárias tem como características:

- Conferem direito a voto na empresa na realização das assembleias;

- São menos negociadas no mercado do que as preferenciais;

- Possuem menor liquidez.

Ações Preferenciais tem como características:

- Garantem maior participação nos resultados da empresa;

26
- Não dão direito a voto;

- Possuem preferência na distribuição dos resultados;

- Tem prioridade no recebimento de proventos e no reembolso de capital em


caso de dissolução da sociedade;

- São mais negociadas, portanto, possuem maior liquidez.

A Lei 6.404/76, art. 15 determina que o número de ações preferenciais


sem direito a voto não pode ultrapassar 50% do total das ações emitidas.

Para cada ação ordinária pode ser emitida apenas uma ação
preferencial.

Capital Quantidade Controle %


Ações ordinárias 15.000 7.501 50,01
Ações preferenciais 15.000 ‘
Total 30.000 7.501 25,00

Para obter o controle, o investidor deverá ter, no mínimo, 25% do capital


do capital total, desde de que possua mais que 50% do capital votante.

Para o caso de companhia aberta listada na bolsa de valores no


segmento Novo Mercado, o investidor deverá ter no mínimo 50% do capital
total, havendo com isso maior dificuldade de ocorrer troca de controle da
empresa.

Capital Quantidade Controle %


Ações ordinárias 30.000 15.001 50,01

Total 30.000 15.001 50,01

27
Valor Nominal da ação ou cota: é o valor que consta do contrato social ou
estatuto social. É calculado dividindo-se o valor do capital social pela
quantidade de ações ou cotas que o compõem, por exemplo: o capital social é
de R$ 300.000,00, dividido por 200.000 ações ou cotas de valor nominal
unitário de R$ 1,50.

Valor patrimonial da ação ou cota: é o valor da riqueza da empresa, avaliada


conforme as práticas contábeis, representada pelo Patrimônio Líquido (PL)
contábil dividido pela quantidade de ações ou cotas que compõem o capital
social.

Empresa Investida
Capital PL
R$ Capital 100.000,00 100.000,00
Reservas 15.000,00
Resultados 5.000,00
Total 100.000,00 120.000,00
Quantidade ações ou cotas 20.000 20.000
R$ Valor nominal por ação ou cota R$ 5,00
R$ Valor patrimonial por ação ou cota R$ 6,00

Valor de subscrição/integralização: subscrever é o ato de se comprometer


(promessa). Integralizar é o ato de honrar o compromisso assumido, pagar a
promessa. O valor da subscrição/integralização depende da necessidade de
capital e do interesse do sócio em aplicar recursos. O valor de subscrição não
pode ser menor que o valor nominal.

Valor de mercado: é o valor da negociação das ações entre os sócios, que


depende da oferta e procura.

Mercado primário e secundário: a subscrição e integralização de novas


ações é operação de mercado primário, envolve a empresa emissora de ações
28
ou cotas e seus sócios ou acionistas. A negociação entre sócios é ato de
mercado secundário. No mercado primário quem oferece as ações é a
investida, usando estes recursos para se financiar. No mercado secundário
esta operação é designada de Initial Public Offering (IPO) ou Oferta Pública
Inicial – OPI), neste mercado o vendedor é o investidor que vende as ações
para outros investidores.

Definições relativas às participações societárias

As definições constam dos pronunciamentos contábeis CPC 18 –


Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Conjunto;
CPC 35 – Demonstrações Separadas; CPC 36 – Demonstrações
Consolidadas.

Coligada: entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa.

Controlada: entidade que é controlada por outra entidade.

Controladora: entidade que controla uma ou mais controladas.

Controle conjunto: é o compartilhamento, contratualmente convencionado, do


controle de negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades
relevantes exigem consentimento unânime das partes que compartilham o
controle.

Controle da investida: um investidor controla a investida quando está exposto


a, ou tem direitos sobre, retorno variáveis decorrentes de seu envolvimento
com a investida e tem a capacidade de afetar esses retornos por meio de seu
poder sobre a investida.

Demonstrações consolidadas: são as demonstrações contábeis de um grupo


econômico, em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e
fluxos e caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como
se fossem uma única entidade econômica.

Demonstrações separadas: são aquelas apresentadas por uma controladora,


um investidor em coligada ou um empreendedor em uma entidade controlada
em conjunto, nas quais os investimentos são contabilizados com base no valor

29
de interesse direto no patrimônio das investidas, em vez de nos resultados
divulgados e nos valores contábeis dos ativos líquidos das investidas.

Empreendimento controlado em conjunto (joint venture): é um acordo


conjunto por meio do qual as partes, que detêm o controle em conjunto do
acordo contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos desse acordo.

Influência significativa: é o poder de participar das decisões sobre políticas


financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle
individual ou conjunto dessas políticas.

Investidor conjunto (joint venturer): é a parte de um empreendimento


controlado em conjunto (joint venture) que tem o controle conjunto desse
empreendimento.

Método da equivalência patrimonial: método de contabilização por meio do


qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é
ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor
sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor
incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros
resultados abrangentes do investidor incluem a sua participação em outros
resultados abrangentes da investida.

Negócio em conjunto: é um negócio do qual duas ou mais partes tem o


controle conjunto.

Resultado abrangente: é a mutação é a mutação que ocorre no patrimônio


líquido durante um período que resulta de transações e outros eventos que não
sejam derivados de transações com os sócios na sua qualidade de
proprietários.

Classificação das participações societárias

30
As participações societárias podem ser classificadas em investimentos
em coligadas, controladas e em empreendimento controlados em conjunto
(joint ventures). Esta classificação depende, basicamente, dos seguintes de
dois fatores:

- Quantidade e tipo de cotas ou ações que a investidora detém do capital da


investida; e

- Influência da investidora na administração da investida.

Sociedades Controladas

É a entidade na qual a controladora, diretamente ou indiretamente ou


por meio de outra controlada, tem poder para assegurar, de forma permanente,
preponderância em suas deliberações sociais e de eleger a maioria de seus
administradores.

Este controle pode ser:

Controle isolado, quando exercido pelo investidor ou que detenha mais de 50%
do capital votante.

Controle conjunto, é o compartilhamento do controle somente quando


decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das
partes que compartilham o controle. No caso de haver dois investidores que
detenham o mesmo percentual de participação (%), nenhum tem o poder de
tomar decisões isoladas, neste caso ambos são considerados controladores
em conjunto.

31
Grupo controlador, quando nenhum investidor detém de maneira isolada
mais 50% do capital votante, é formado então um grupo controlador, composto
geralmente pelos maiores acionistas, cuja somatória de participações
ultrapassará 50% do capital votante.

Controle integral, quando a totalidade da empresa investida pertence a


um único investidor, neste caso a controlada é classificada como controlada ou
subsidiária integral. Nesta situação, a investida não pode ser constituída como
sociedade por cotas de responsabilidade limitada, pois precisa ter no mínimo
dois sócios.

Sociedades Coligadas

São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência


significativa na administração da investida, sem que haja o controle. É
presumido que exista influência significativa quando a entidade possui 20% ou
mais do poder de voto da investida.

A existência de influência significativa por investidor geralmente é


evidenciada por um ou mais das seguintes formas:

a) representação no Conselho de Administração ou na Diretoria da Investida;

b) Participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em


decisões sobre dividendos e outras distribuições;

c) Operações materiais entre o investidor e a investida;

d) Intercâmbio de diretores ou gerentes; ou

e) Fornecimento de informação técnica essencial

Critério de avaliação de participações societárias

Os investimentos podem ser avaliados pelos seguintes métodos:


32
a) Participações permanentes em outras sociedades: poderão ser
avaliadas pelo método de equivalência patrimonial ou método de
custo de aquisição, dependendo da característica do investimento.
b) Propriedade para investimento: avaliadas por valor justo,
preferencialmente, ou método de custo, conforme política contábil
adotada pela entidade.
Conforme o CPC 28 Propriedade para investimento pode-se definir
propriedade para investimento (terreno ou edifício – ou parte do
edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário
com ativo de direito de uso) para auferir aluguel ou para valorização
do capital ou ambas, e não para: (1) o uso na produção ou
fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas;
ou (2) a venda no curso ordinário do negócio.
A classificação deve ser feita no grupo de investimentos do ativo não
circulante.

c) Demais investimentos: como obras de arte, aplicações em ouro,


joias, etc, deverão ser avaliados pelo método de custo de aquisição,
deduzido da provisão para atender às perdas prováveis na realização
do seu valor ou pelo valor de mercado, quando este for inferior.

Existem dois métodos a serem aplicados na avaliação de investimentos


permanentes em outras sociedades.

Método de custo, onde se mantém como registro o valor original do


investimento, sendo somente ajustado quando ocorrerem perdas por redução
ao valor recuperável. Deve ser utilizado para investimentos em empresas eu
não sejam coligadas e controladas ou que não façam parte de um mesmo
grupo e também não estejam sob controle comum.

A adoção do MEP é prerrogativa e obrigação das empresas que se


enquadram nas condições definidas em lei. Neste caso deverão ser
observadas, segundo a natureza da empresa, as normas da 6.404/76,

33
legislação fiscal, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central do
Brasil e pronunciamentos contábeis.

Podemos observar o seguinte roteiro para verificação da adoção ou não


do MEP:

A investida é Resposta Método de Por quê?


avaliação
Controlada Sim Equivalência Sendo controlada ou
isoladamente ou em Patrimonial controlada em
conjunto (50% ou conjunto, não precisa
mais do capital verificar outros
votante)? critérios
Não Indeterminado Precisa verificar se é
coligada; segue
roteiro
Coligada (20% do Sim Equivalência Sendo coligada, não
capital votante ou Patrimonial precisa verificar
influência na outros critérios
Não Custo Histórico de Não sendo
administração)
Aquisição ou valor controlada nem
justo coligada, a avaliação
será pelo método de
custo ou valor justo,
dependendo do tipo
de investimento
Fonte: Perez Junior e Oliveira, 2020.

Método de Equivalência Patrimonial

34
Tem por objetivo avaliar participações societárias pelo valor
correspondente à aplicação do percentual de participação no capital social
sobre o valor do patrimônio líquido da investida em determinada data.

O método se fundamenta no fato de o Patrimônio Líquido Contábil traduz


efetivamente a riqueza da empresa avaliada. Portanto, se uma empresa possui
45% do capital de outra, caberá a ela, por direito 45% do Patrimônio da
entidade.

Tem como objetivo manter o valor contábil do investimento proporcional


à participação da investidora no patrimônio liquida da investida.

Ágio ou Deságio na aquisição de participação

Refere-se à diferença para mais (ágio) ou para menos (deságio) entre o


valor patrimonial do investimento e o valor do custo de aquisição.

A utilização de subcontas para registro do ágio não é prevista no CPC


18, mas é um procedimento contábil necessário para o controle das operações,
facilita o controle interno bem como informações no ECF.

Na ocasião da aquisição da participação, deve-se desdobrar o custo de


aquisição da seguinte maneira:

a) em uma conta deverá ser lançado o valor correspondente à


participação da investidora no Patrimônio Líquido da coligada ou controlada,
Patrimônio esse obtido com base no Balanço ou Balancete na data de
aquisição ou até 60 dias anteriores.

b) Em outra do grupo de investimento, a diferença entre o valor de custo


e o valor justo dos ativos identificados;
35
c) Em outra do grupo de Investimentos, o valor correspondente ao ágio
por expectativa de lucros futuros representado pela diferença para mais entre o
valor patrimonial no Investimento mais o ágio sobre ativos identificados e o
custo de aquisição;

d) Em conta do Resultado, o valor correspondente à diferença para


menos (deságio) entre o valor lançado em Investimento e o custo de aquisição.

Eliminação de Resultados não realizados

É comum entre as empresas do mesmo grupo ocorrerem operações de


compra e vendas de ativos, como: mercadorias, investimentos, bens do
imobilizado, etc.

A mais comum é a transação com mercadorias, gerando lucro nesta


operação. Considera-se que o lucro não está completamente realizado quando
a companhia adquirente não vendeu o total do lote comprado para terceiros.

Lucros não realizados decorrem de negócios da investida com a


investidora ou com outras coligas e controladas, quando:

a) o lucro estiver incluído no resultado de uma coligada ou controlada e


correspondido por inclusão no custo de aquisição de ativos (estoques,
imobilizado) no balanço patrimonial da investidora;

b) lucro estiver incluído no resultado de uma coligada ou controlada e


correspondido por inclusão no custo de aquisição de ativos (estoques,
imobilizado) no balanço patrimonial de outras coligadas e controladas; ou

c) o lucro estiver incluído no resultado de uma investidora e


correspondido por inclusão no custo de aquisição de ativos (estoques,
imobilizado) no balanço patrimonial de suas coligadas e controladas

O resultado não realizado deve ser apurado líquido dos impostos.

Uniformização de procedimentos contábeis

36
Para que se possa efetuar o registro da equivalência patrimonial é
fundamental que se tenha uniformização dos procedimentos contábeis de
todas as empresas participantes. Na prática é mais fácil o padrão contábil entre
controladas e controladoras e mais “difícil” em relação às coligadas, que
precisam seguir as instruções de outras investidoras e controladoras.

Aspectos Fiscais do Método de Equivalência Patrimonial

Resultado Reconhecimento Reconhecimento


Contábil Fiscal
Resultado da Reconhecida no Não é tributada (receita)
equivalência patrimonial período em que a nem dedutível
investida apura lucro ou (Despesa). Excluída na
prejuízo contábil parte A do Lalur pois
refere-se a rendimento
já tributado na investida
Regulamento RIR 2018 (Decreto 9580/18): Contrapartida de Ajuste do Valor
do Patrimônio Líquido.
Art. 426. A contrapartida do ajuste de que trata o art. 425 , por aumento ou redução
no valor de patrimônio líquido do investimento, não será computada para fins de
determinação do lucro real, observado o disposto no art. 446 ( Decreto-Lei nº 1.598,
de 1977, art. 23, caput ).

Resultado Reconhecimento Reconhecimento


Contábil Fiscal
Lucro ou prejuízo dos Reconhecida no Lucro tributável ou
investimentos período em que o despesa dedutível

37
investimento for
alienado

Resultado Reconhecimento Reconhecimento


Contábil Fiscal
Perda Provisionada Reconhecida no Dedutível apenas na
período em que o valor realização do
do investimento seja investimento.
menor que o custo de
aquisição.

Resultado Reconhecimento Reconhecimento


Contábil Fiscal
Apropriação de ágio por Reconhecida no Dedutível apenas na
ativo identificado – período em que o ativo realização do
aplicável às que fundamentou o ágio investimento.
combinações de seja baixado por
negócios alienação ou
depreciação
Regulamento RIR 2018 (Decreto 9580/18): Art. 422. A contrapartida da redução
dos valores de que tratam os incisos II e III do caput do art. 421 não será
computada para fins de determinação do lucro real, ressalvado o disposto no art.
507 ( Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 25 ).

38
Resultado Reconhecimento Reconhecimento
Contábil Fiscal
Ganho de capital Reconhecida no Reconhecido como
decorrente de alteração período em que ocorrer receita não tributável no
no percentual de a alteração no período em que ocorrer
participação percentual de
participação.

Regulamento RIR 2018 (Decreto 9580/18):Art. 509. Não será computado,


para fins de determinação do lucro real, o acréscimo ou a diminuição do valor
de patrimônio líquido de investimento decorrente de ganho ou perda por
variação na percentagem de participação do contribuinte no capital social da
investida ( Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 33, § 2º  ).

39
3.1 Exercícios

1) São métodos que uma empresa investidora pode utilizar para avaliação
dos investimentos em Participações Societárias em outras empresas:
a) Método de Custo ou Custo ou Mercado, dos dois o menor;
b) Método do Valor Presente ou Equivalência Patrimonial;
c) Método do Valor de Realização ou Valor Presente Equivalência
Patrimonial;
d) Método do Valor de Realização ou Custo Histórico;
e) Método do Custo Histórico (MCH) ou pelo Método da
Equivalência Patrimonial (MEP)

2) O Pronunciamento Técnico CPC 18 – Investimento em Coligada e em


Controlada, apresenta vários conceitos básicos relacionados à definição
do método de equivalência patrimonial, conceito de coligada e
controlada, controle e influência significativa. Assinale a alternativa que
contem uma exceção aos conceitos ou definições do texto do CPC 18:
a) Influência significativa é o poder de participar nas decisões
financeiras e operacionais da investida, sem controlar de
forma individual ou conjunta essas políticas;
b) Método de equivalência patrimonial é o método de
contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente
reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado pelo
reconhecimento da participação atribuída ao investidor nas
alterações dos ativos líquidos da investida;
c) Na adoção do método de equivalência patrimonial para
registro dos investimentos em participação societária, o
resultado do período do investidor deve incluir a parte que lhe
cabe nos resultados gerados pela investida;
d) Toda as participações societárias permanentes em outras
sociedades devem ser avaliadas pelo método da equivalência
patrimonial, exceto quando a participação da investidora for
suficiente para lhe assegurar o poder de participar nas
decisões financeiras e operacionais da investida, sem
controlar de forma individual ou conjunta essas políticas;
e) Controlada é a entidade, incluindo aquela não constituída sob
a forma de sociedade tal como uma parceira, na qual a
controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é
titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo
permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder
de eleger a maioria dos administradores.

40
3) A legislação societária conceitua como empresas coligadas as
sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa, sendo
que a CVM, por meio da Instrução n 247/96, sugeriu diversas evidências
de influência na administração da coligada. Não se caracteriza como
uma evidência de influência significativa na administração de outra
empresa o fato de a investidora exercer a atividade de:
a) Conceder empréstimos de acordo com as condições usuais de
mercado, com a prática de juros e prazos habituais
semelhantes às negociações com as demais empresas;
b) Participar nas suas deliberações sociais tomadas por outra
empresa, inclusive com a existência de administradores
comuns;
c) Deter o poder de eleger ou destituir um ou mais dos
administradores da outra empresa;
d) Manter um volume relevante de transações, inclusive com o
fornecimento de assistência técnica ou informações técnicas
essenciais para as atividades da investidora;
e) Recebimento, pela empresa investidora, de informações
contábeis detalhadas da investida, bem como dos seus planos
de investimentos, de uma forma permanente.

4) O Método da equivalência patrimonial foi adotado pela atual legislação


societária para avaliar e contabilizar as aplicações em determinadas
participações no capital de outras empresas. Tal metodologia:

a) Não deve ser adotada para avaliação de investidas nas quais


a investidora detém em conjunto com outras investidoras, o
controle conjunto, ou seja, o controle e compartilhado;
b) Deve ser adotada também para os casos de investimentos em
controladas indiretas, que são aquelas investidas nas quais a
controladora, através de outras controladas, é titular de
direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a
maioria dos administradores;
c) Deve ser adotada para avaliação de investimentos em todas
as coligadas, mesmo que a participação seja menos de 10%
(dez por cento) e que a investidora não exerça influência
significativa;
d) Não reconhece a participação da investidora no resultado do
exercício das investidas;
e) É utilizado apenas para a avaliação dos investimentos na
participação societária nas empresas controladas, diretas ou

41
indiretamente.

5) As empresas sujeitas à avaliação de investimentos pelo método de


equivalência patrimonial têm que manter a uniformidade de critérios
contábeis. Assinale a alternativa que não corresponde à uma das
obrigações citadas no texto legal:

a) Distribuir nos primeiros meses do exercício subsequente os


dividendos apurados e calculados de acordo com as normas
legais;
b) Fazer no balanço ou balancete da coligada ou controlada os
ajustes necessários para eliminar as diferenças relevantes,
decorrentes de diversidade de critérios contábeis em relação
aos adotados pela investidora;
c) Ajustar o balanço ou balancete da coligada ou controlada,
levantado em data anterior à do balanço da investidora
(diferença máxima de dois meses), para registrar os efeitos
relevantes de fatos extraordinários ocorridos no período;
d) Avaliar ativos e passivos pelos mesmo critérios;
e) Considerar como resultado do exercício apenas a diferença
entre o valor do investimento e do Patrimônio Líquido das
investidas, que decorrer de lucro ou prejuízo apurado na
coligada ou controlada ou que corresponder,
comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivas. Assim,
deverá ser observado o tratamento específico quando as
investidas fizerem ajustes ao valor justo de ativos

42
6) Assinale a alternativa que está em desacordo com a atual legislação
societária que disciplina as normas legais dos investimentos efetuados
pelas investidoras no capital de outras empresas.
a) Sociedade controlada é aquela em que a investidora,
diretamente ou por meio de outras controladas, for titular de
direitos de sócios que lhes assegurem, de modo,
permanente, preponderância nas deliberações sociais e o
poder de eleger a maioria dos administradores;
b) Coligada é a entidade sobre a qual a investidora mantém
influência significativa, sem chegar a controlá-la;
c) Influência significativa, no caso das coligadas, significa
existência do poder de participar nas decisões financeiras e
operacionais da investida. É presumido que exista influência
significativa quando a entidade possui 20% ou mais do poder
de voto da investida.
d) Entende-se por controlada como sendo aquela empresa na
qual a investidora detêm participação societária que não lhe
assegure, de forma permanente, direta ou indiretamente,
preponderância em suas deliberações sociais e nem as
condições para eleger a maioria de seus administradores;
d) São controladas as sociedades nas quais haja participação
da investidora que corresponda a mais de 50% no capital
votante da investida.

43
7) Com relação à avaliação de investimentos em coligadas e controladas, a
Lei 11.638/07, nos arts. 243 e 248, deu nova redação à Lei 6.404/76.
Assinale a alternativa incorreta (após a nova redação da Lei 11638/07)

a) Foi alterado o conceito de coligadas;


b) Os investimentos em coligadas sobre cuja administração tenha
influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por
cento) ou mais do capital votante, em controladas e em outras
sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob
controle comum não serão avaliados pelo método da
equivalência patrimonial.
c) Os investimentos relevantes em coligadas sobre cuja
administração tenha influência significativa, ou de que participe
com 20% (vinte por cento) ou mais do capital social, em
controladas e em outras sociedades que façam parte de um
mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados
pelo método da equivalência patrimonial.
d) Não foi alterado o conceito de controlada que esteja sob controle
comum ou cujo controle é compartilhado pelas controladoras;
e) Para se caracterizar como empresa controlada, a participação da
investidora deve ser maior do que 50% do capital votante da
investida.

8) O método da equivalência patrimonial reconhece, na investidora, as


alterações ocorridas nas empresas investidas quando estas afetarem:

a) O Ativo Não Circulante das Controladas e Coligadas;


b) O grupo Ativo Não Circulante – Investimentos ou o Ativo
Permanente das empresas Controladoras;
c) O Patrimônio Líquido das empresas investidas.
d) Os ativos não circulantes das companhias investidas;
e) O Passivo Circulante de Longo Prazo das investidas.

44
9) A Cia. Tijuana detém 90% do total do capital social da Cia. Bras. Por
ocasião do recebimento de dividendos em conta bancária, deverá ser
registrada a contrapartida dessa transação pela Cia. Tijuana
(lançamento a crédito) na seguinte conta contábil:
a) Lucros Acumulados;
b) Investimentos em Participações Societárias – Avaliados pelo
Método da Equivalência Patrimonial;
c) Receitas não operacionais: Resultado da Equivalência
Patrimonial;
d) Investimentos em Participações Societárias – Avaliadas pelo
Método de Custo Histórico;
e) Dividendos Recebidos.

10)Considerando as disposições da atual legislação societária, Instrução


CVM 247/96 e Pronunciamento CPC 18, assinale a alternativa correta:
a) Dependendo das circunstâncias, os investimentos em
participações societárias poderão ser avaliados pelo MCH
(Método do Custo Histórico) ou pelo MEP (Método da
Equivalência Patrimonial)
b) O poder de eleger ou de destituir um ou mais administradores
não serve como exemplo de evidência de influência na
administração da coligada;
c) Na adoção do método pelo MCH (Método do Custo Histórico) ,
o lucro anual da investida deve ser ajustado pelo lucro ou
prejuízo não realizado;
d) O método de avaliação MCH (Método do Custo Histórico) deve
ser utilizado para avaliação dos investimentos em participações
nas controladas em conjunto;
e) Se o investimento não se enquadrar dentro das condições
legais para se caracterizar uma controlada, a investida deve ser
avaliada pelo Método do Custo Histórico.

45
11)Considerando as disposições da Lei 6.404/76 e alterações posteriores,
assinale a opção INCORRETA:
a) É presumida influência significativa quando a investidora for
titular de 20% ou mais do capital votante da investida, sem
controlá-la;
b) Considera-se que há influência significativa quando a
investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões
das políticas, financeira ou operacional da investida, sem
controla-la;
c) É avaliada pelo Método da Equivalência Patrimonial a
participação em sociedade na qual a investidora tenha
participação de 30% no capital sem direito a voto e não exerce
influência significativa;
d) Na data de encerramento das demonstrações contábeis de
31/12/2009, o valor do Patrimônio Líquido da empresa X era de
$ 3.000.000. A investidora SP detém a posse de 90% dessas
ações, devendo reconhecer em seu Ativo Não Circulante o total
de $ 2.700.000.
e) No exercício de 2009, a empresa X apurou um lucro contábil de
$ 200.000. A investidora Azul detém a posse de 30% dessas
ações. Se o investimento for avaliado pelo MEP e não houver
lucro não realizado, a investidora Azul deve registrar em 2009
uma receita de MEP de $ 60.000.

12)Na determinação da equivalência patrimonial, os lucros não realizados,


referentes a negócios entre coligada ou controlada com a investidora,
deverão ser:

a) Incluídos no Resultado da equivalência patrimonial;


b) Excluídos no Resultado da equivalência patrimonial;
c) Incluídos no Patrimônio Líquido da investidora;
d) Incluídos do Patrimônio da investida e excluídos no
Patrimônio Líquido da investidora;
e) Excluídos do Patrimônio Líquido da investida e incluídos no
Patrimônio Líquido da investidora.

46
13)A companhia de Alimentos Nova Prata, para efeito da aplicação do
método de equivalência patrimonial em sua controlada Indústria de
Laticínios Veranópolis, procedeu à eliminação do lucro não realizado na
controlada de transações efetuadas entre elas. A seguir, encontram-se
demonstrados os valores da data de 30 de dezembro de 2009:
Patrimônio Líquido 9.600
Lucro não realizado 800
Valor contábil do investimento antes da 6.800
equivalência
Percentual da participação no capital 80%
Com base nos dados anteriormente mencionados e levando-se em
consideração a Instrução CVM 247/96, determine o novo valor contábil
do investimento da companhia Nova Prata após a aplicação do método
da equivalência patrimonial.
a) $ 7.680
b) $ 6.880
c) $ 7.040
d) $ 7.168
e) $ 6.800

Cálculo para expurgar os lucros não realizados:


1. Patrimônio líquido da sociedade investida (controlada)
2. ( x) % de participação
3. ( - ) valor inicial (parcial) do investimento
4. ( - ) lucros não realizados
5. ( = ) igual valor do investimento a ser acrescido ao valor inicial.

Resposta:
Patrimônio liquido
Percentual de participação
Valor da participação
Valor inicial do investimento
Valor do lucro não realizado
Parcela a acrescer ao valor inicial
Valor atualizado do investimento

47
14)A empresa ABC adquiriu, em 2 de janeiro de 2009, 80% de participação
da Cia. Real, pagando a vista $ 900.000. Em 31 de dezembro de 2008, o
Patrimônio Líquido contábil da investida era de $ 1.000.000. O ágio de $
100.000 foi fundamentado na mais-valia de bens do ativo imobilizado.
No período pós-aquisição, e até 31 de dezembro de 2009, houve as
seguintes movimentações no Patrimônio Líquido da Cia. Real.
- Lucro Líquido do exercício: $ 200.000
- Provisão para distribuição de dividendos: $ 80.000
Com base nos dados acima, qual o valor apurado pela aplicação do
MEP a ser reconhecido no resultado do exercício de 2009 da empresa
ABC, como resultado da equivalência patrimonial, supondo que havia
uma parcela de % 50.000 de lucro não realizado decorrente de vendas
de mercadorias da Cia. Real para a empresa ABC?
a) $ 160.000
b) $ 200.000
c) $ 120.000
d) $ 110.000
e) $ 180.000

Lembrem -se a investidora poderá optar em contabilizar a parte


referente aos dividendos a débito da própria conta que registra o
Investimento, ou a débito da conta Dividendos a Receber, do Ativo
Circulante, uma vez que já se conhece o valor distribuído.

Segundo disposição contida no artigo 13 da IN CVM 247/96, o custo


de aquisição de investimentos em coligadas e controladas deve ser
desdobrado em subcontas que evidenciem a valor do investimento
avaliado pela equivalência patrimonial, e o ágio ou o deságio
decorrente da aquisição. O critério para amortização do ágio ou
deságio está contido também na IN CVM 247/96 e CPC 18.

Resposta:
Patrimônio liquido
Lucro do exercício
Percentual de participação
Valor da participação
Valor inicial do investimento
Valor do lucro não realizado
Parcela a acrescer ao valor inicial
Valor atualizado do investimento

48
15)A Companhia Rondonia S.A., para efeito da aplicação do método de
equivalência patrimonial em sua controlada, procedeu à eliminação do
lucro não realizado de transações efetuadas entre a controlada e a
controladora.
Demonstram-se a seguir os valores envolvidos na data de 31 de
dezembro de 2009.
- Patrimônio Líquido da controlada: $ 6.000
- lucro não realizado na controlada: $ 400
- valor contábil do investimento antes da equivalência patrimonial: $
2000
- percentual de participação no capital: 60%

Com base nos dados acima, assinale a resposta correta relacionada ao


resultado do MEP contabilizado em 2009 considerando que a única
operação que afetou o Patrimônio Líquido da controlada foi o lucro do
exercício.

a) $ 1.600
b) $ 1.360
c) $ 1.840
d) $ 3.600
e) $ 1.200

16)

49
17) A Cia. Santo Amaro possui 80% das ações com direito a voto de sua
controlada, a Cia. Santa Maria, que representam 40% do total do capital
social da investida. NO exercício de 2009, a Cia Santa Maria vendou um
lote de mercadorias para a investidora, por $ 400.000, auferindo um
lucro de $ 100.000 na transação. Sabendo-se que, em 31/12/2009, o
Patrimônio Líquido da controlada era de $ 750.000 e que a investidora
mantinha integralmente o referido lote de mercadorias em seus
estoques, a participação societária, avaliada pelo método da
equivalência patrimonial na contabilidade da Cia. Santo Amaro
corresponderá a:

a) $ 175.000
b) $ 400.000
c) $ 260.000
d) $ 200.000
e) $ 520.000

50
18)No início o exercício, a Cia. Investidora adquiriu 30% do Patrimônio
Líquido da Cia. Investida, que era representado unicamente pela Conta
Capital, no valor de R$ 300 mil. Sabendo-se:
a) A aquisição foi realizada por R$ 90.000,00;
b) Que a Cia. Investida é coligada da Investidora;
c) Que o lucro líquido do período da Investida foi de R$ 100.000,00.

18.1) Pede-se indicar por quanto estará avaliado o investimento no


Balanço Patrimonial da Cia. Investidora, no final do período (em R$
mil);
a) 150.000,00;
b) 120.000,00;
c) 90.000,00;
d) 60.000,00;
e) 30.000,00

18.2) Na Demonstração do Resultado do Exercício da Cia.


Investidora, aparecerá, como Resultado de Equivalência Patrimonial,
uma receita de:
a) 30.000,00
b) 60.000,00
c) 100.000,00
d) 200.000,00
e) 120.000,00

18.3) Se, após os lançamentos contábeis de ajustes do Investimento


na Cia Investidora, a Cia. Investida distribuir R$ 50.000,00 de
dividendos, a Investidora fará o seguinte lançamento contábil:
a) Caixa
a Dividendos 15.000,00
b) Caixa
a Receita 15.000,00
c) Caixa
a Investimento 15.000,00
d) Caixa
a lucro 15.000,00
e) Dividendos
A Investimento 15.000,00

51
19)A Cia. Sergipe vendeu um lote de mercadorias à Cia. Paraná, sua
controladora, por R$ 250.000,00, cujo custo de aquisição tinha sido de
R$ 175.000,00. No final do exercício remanesciam nos estoques da
controladora 60% do referido lote, por não terem sido vendidos a
terceiros. A Cia. Paraná tem 40% do capital da Cia. Sergipe, cujo
patrimônio líquido no final do mesmo exercício montava a R$
850.000,00. Na contabilidade da investidora, o investimento avaliado
pela equivalência patrimonial apresentará o valor, em R$ de:

a) 340.000,00;
b) 325.000,00;
c) 310.000,00;
d) 295.000,00;
e) 290.000,00

52
20)Em 31/12/X4, os balancetes finais das Cias. Pará e Sergipe eram os
seguintes:

Contas Cia. Pará Cia. Sergipe


Ativo Circulante 12.000,00 5.000,00
Ativo Realizável a Longo Prazo 18.000,00 ----
Ativo Investimentos 30.000,00 ---
Ativo Imobilizado Líquido 110.000,00 49.000,00
Passivo Circulante 25.000,00 15.000,00
Passivo não Circulante 15.000,00 5.000,00
Capital 80.000,00 50.000,00
Reservas de Capital 30.000,00 1.000,00
Prejuízos Acumulados - (14.000,00)
Despesas Operacionais 60.000,00 45.000,00
Receitas Operacionais 80.000,00 42.000,00

Outras informações:
I – para a apuração dos resultados de X4, das empresas, falta apenas a
avalição dos Investimentos Permanentes;
II – A Cia. Pará detinha 60% do capital da Cia. Sergipe e constituía-se
na única participação societária da empresa;
III – A inflação no período foi zero;
IV – até o exercício contábil de X3, os investimentos não eram avaliados
pela equivalência patrimonial.

Com base nas informações anteriores, identifique a resposta correta


para as questões abaixo:

20.1) aplicando-se o método pela equivalência patrimonial, o valor


correto dos Investimentos Permanentes na Cia. Pará será:
a) R$ 30.000,00;
b) R$ 20.400,00
c) R$ 9.600,00
d) R$ 22.200,00
e) R$ 1.800,00

53
20.2) o resultado apurado na aplicação da equivalência patrimonial
deveria ser lançado pela Cia. Pará como:

a) Lucros/Prejuizos Acumulados 7.800,00


Resultado da Equivalência Patrimonial 1.800,00
a Investimentos 9.600,00
b) Perdas em investimentos 9.600,00
a Outras Receitas 7.800,00
a Investimentos 1.800,00
c) Lucros/Prejuízos Acumulados 1.800,00
Outras Despesas 7.800,00
a Investimentos 9.600,00
d) Ganhos/perdas com alienação de 7.800,00
investimentos
Outras Despesas 1.800,00
a Investimentos 9.600,00
e) Investimentos 1.800,00
Outras Despesas 7.800,00
a Ganhos e Perdas c/Investimentos 9.600,00

20.3) Considerando o valor apurado na equivalência patrimonial, o


Resultado do Exercício de X4 da Cia Pará é:
a) R$ 24.200,00;
b) R$ 10.400,00
c) R$ 12.200,00
d) R$ 22.200,00
e) R$ 18.200,00

54
21)Em 31/12/20X1, os balancetes finais das Cias Alpha e Beta eram os
seguintes antes do enceramento das contas de resultado:
Cia Alpha Cia. Beta
Contas Saldos Contas Saldos
Ajustados Ajustados
Ativo Circulante (AC) 24.000,00 Ativo Circulante 10.000,00
Ativo Realizável a longo 36.000,00 Ativo Realizável a longo
prazo (ANC) prazo
Ativo Permanente Ativo Permanente
- Investimentos 60.000,00 - Investimentos ----
- Imobilizado Liquido 220.000,0 - Imobilizado Liquido 98.000,00
0
Passivo Circulante (PC) 50.000,00 Passivo Circulante 30.000,00
Passivo Exigível a Longo Passivo Exigível a
Prazo (PNC) 30.000,00 Longo Prazo 10.000,00
Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido
- Capital 160.000,0 - Capital 100.000,00
- Reservas 0 - Reservas 2.000,00
- Lucros/Prejuízos 20.000,00 - Lucros/Prejuízos (28.000,00
Acumulados 40.000,00 Acumulados
Despesas Operacionais 120.000,0 Despesas Operacionais 90.000,00
0
Receitas Operacionais 160.000,0 Receitas Operacionais 84.000,00
0

Outras informações:
I – para apuração dos resultados de 20X1 das empresas, falta apenas a
avaliação dos Investimentos Permanentes;
II – a Cia. Alpha detinha 60% do capital da Cia. Beta e essa era a única
participação societária da empresa;
III – até o exercício contábil de 20X0, os investimentos não eram
avaliados pela equivalência patrimonial.

21.1) aplicando o método da equivalência patrimonial, o valor correto


dos investimentos permanentes na Cia. Alpha será, em R$:
a) 40.800,00;
b) 60.000,00
c) 19.200,00
d) 44.400,00
e) 3.600,00

55
21.2) O Resultado apurado na aplicação da equivalência patrimonial
deveria ser lançado pela Cia Alpha como:
a) Lucros/Prejuizos Acumulados – Ajustes de Exercício Anterior -
15.000.00
Outras Despesas Operacionais – Lucros e prejuízos em outras
companhias - 3.600,00
a Investimentos - 19.200,00
b) Provisão para perdas com investimentos Permanentes –
Despesas não operacionais – 19.200,00
a Ganhos com Investimentos – 15.600,00
a Investimentos – 3.600,00
c) Lucros/prejuízos Acumulados – Ajuste de Exercício Anteriores –
3.600,00
Outras Despesas Operacionais – Lucros ou Prejuizos de
Participações em outras Companhias – 15.600,00
a Investimentos – 19.200,00
d) Ganhos/Perdas com Alienação Investimentos - 15.600,00
Despesas não operacionais em outras companhias – 3.600,00
a Investimentos – 19.200,00
e) Investimentos – 3.600,00
Despesas não operacionais – Lucros e Prejuízos de
Participações em Outras Companhias – 15.600,00
a Ganhos e Perdas com Investimentos – 19.200,00

56
22)Na Cia. Clélia, cujo exercício social coincide como ano-calendário, o
Balancete de verificação em 31.12.20X1, antes da avaliação dos
investimentos relevantes e influentes, apresentava, entre outros, os
seguinte saldos:
Investimentos Relevantes em Controladas R$
Companhia Isa 180.000,00
Companhia Claudia 120.000,00

Os patrimônios líquidos das empresa controladas, cujos exercícios sociais


também coincidem com o ano-calendário, totalizavam, nos Balanços
Patrimoniais levantados em 31.12.20X1, respectivamente R$ 350.000,00 e
R$ 200.000,00, ambos positivos.

Informações adicionais:
- as empresas controladas não distribuíram dividendos no ano-base de
20X1;
- os saldos indicados no Balancete de Verificação citado são idênticos ao
do Balanço Patrimonial de 31.12.20X0;
- participações da investidora no capital das controladas em 31.12.20X0 e
31.12.20X1:
Companhia Isa 60%
Companhia Claudia 70%

A contabilização correta, a ser efetuada em 31.12.20X1, pela investidora


é:
a) Resultado Positivo na Equivalência Patrimonial...... 50.000,00
a Diversos
a Participação na Cia Isa............................................................... 30.000,00
a Participação na Cia. Claudia........................................................ 20.000,00
b) a Resultado Negativo em Participações societárias........................ 250.000,00
Participação na Cia. ISA.............................................. 170.000,00
Participação na Cia. Claudia........................................ 80.000,00
c) a Resultado Positivo em Participações societárias............................ 50.000,00
Participação na Cia. ISA................................................ 30.000,00
Participação na Cia. Claudia......................................... 20.000,00
d) a Resultado Negativo em Participações societárias............................ 50.000,00
Participação na Cia. ISA................................................ 30.000,00
Participação na Cia. Claudia......................................... 20.000,00
e) Resultado Positivo em investimentos pelo método de custo...... 50.000,00
a Diversos
a Participação na Cia Isa............................................................... 30.000,00
a Participação na Cia. Claudia........................................................ 20.000,00

57
23)Admita que a Cia. Beethoven (Investidora), cujo Patrimônio Líquido é de
R$ 160.000.000,00 invista no capital das seguintes empresas:
Investidas Valor Contábil Capital das Participaçõe Categoria da
do Investidas s no Capital Investida
Investimento
Cia. 4.000.000,00 16.000.000.00 25% Coligadas
Mozart
Cia. Bach 9.000.000,00 100.000.000,00 9% Nem coligada
nem
controlada
Cia. Lizst 900.000,00 1.000.000,00 90% Controlada
Cia. 2.100.000,00 300.000.000,00 0,7% Nem coligada
Brahms nem
controlada
Cia. 20.000.000,00 160.000.000,00 12,5% Coligadas
Strauss
36.000.000,00

As ações dessas companhias possuem o valor nominal de R$ 1,00 cada


uma. Indique para quais empresas a Cia. Beethoven teria que usar o
Método da Equivalência Patrimonial na avaliação destes investimentos
no grupo Ativo Permanente:

a) Em todas as companhias;
b) Na Cia. Mozart, Cia Lizst e Cia. Strauss;
c) Em nenhuma destas companhias;
d) Apenas na Cia. Strauss;
e) Na Cia. Mozart e na Cia. Strauss.

58
24)A Cia. Gama avaliará seu Investimento me sua Controlada, a Cia. Delta,
pelo Método da Equivalência Patrimonial. A sua participação no capital
da Cia Delta é de 20%:

Cia. Gama Cia. Delta


Ativo Patrimônio líquido
Investimento (ANC) Capital 800.000,00
Participação na Cia Delta Reserva de Capital 200.000.00
200.000,00

Momento 1 : A Cia. Delta obteve um Lucro Líquido de R$ 650.000,00


Momento 2: A Cia Delta distribuiu R$ 100.000,00 em Dividendos;
Momento 3: A Cia Delta faz um ajuste de avaliação patrimonial positivo
de R$ 50.000,00
Momento 4: A Cia Delta aumenta seu capital com reservas em R$
400.000,00.

A conta investimento/participação na Cia Delta, da Cia. Gama no


momento 4, será, em R$:

a) R$ 420.000,00;
b) R$ 400.000,00;
c) R$ 340.000,00;
d) R$ 320.000,00;
e) R$ 280.000,00

59
4 Reorganização societária

São procedimentos esporádicos através dos quais, sociedades são


transformadas, fundidas, incorporam ou são incorporadas, dividem-se ou
simplesmente vendem ou encerram atividades de unidade fabril ou divisão de
produtos.

O processo de reorganização societária envolve a transformação, a


concentração e a desconcentração de empresas. As principais razões que
levam as sociedades a se reorganizar são:

 O processo de reorganização societária envolve a transformação, a


concentração e a desconcentração de empresas.

 As principais razões que levam as sociedades a se reorganizar são:

Formas de concentração

A Lei das S.A., no art. 223, prevê três formas de concentração societária
com tratamento jurídico próprio: incorporação, fusão e cisão. O processo pode
envolver sociedades de diversos tipos societários, no entanto devem observar
as formas de alteração dos atos constitutivos de cada tipo, ou seja, a
deliberação deve ocorrer conforme disposto em contrato social ou estatuto.

Portanto, se determinado estatuto estabelecer que poderá ser alterado


somente com a aprovação unânime dos integrantes do quadro social, é dessa
forma que o processo de reorganização deve ser conduzido.

Quando do processo de reorganização resultar sociedade nova, esta


deverá ser constituída conforme os preceitos legais para o tipo societário
resultante adotado. Se a reorganização envolver sociedade anônima de capital
aberto (ações negociadas em bolsa de valores), a sociedade resultante
também será aberta e deve providenciar a obtenção do respectivo registro em
até 120 dias

60
Depois de constituída uma sociedade sob determinado tipo, ela pode mudar
de tipo, passando por exemplo de LTDA para Sociedade Anônima e vice-versa

Transformação

O art. 220 da lei 6.404/76, define a transformação como a operação pela


qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um
tipo para outro.

Se a sociedade passar de Sociedade por Quotas de responsabilidade


Limitada para Sociedade Anônima, todo o procedimento deverá ser o
estabelecido na Lei 6.404/76, além das Instruções pertinentes ao assunto
emitidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), se a sociedade
resultante for uma sociedade de capital aberto.

A lei impõe algumas restrições, pois estabelece que deve haver o


consentimento de todos os sócios ou acionistas. É assegurado ao sócio ou
acionista dissidente o direito de retirar-se da sociedade com o devido
reembolso das ações ou quotas a que faça jus, se o estabelecido na lei não for
observado.

Em relação aos credores é estabelecido as mesmas garantias do tipo


anterior à satisfação integral dos créditos anteriores a transformação.

Para evitar que pessoas de má-fé utilizem o processo de transformação


envolvendo ou responsabilizando terceiros em futuro processo de falência, a lei
também impôs um limite, estabelecendo que, se os credores do tipo anterior
pedirem a falência da sociedade, responderão pelo processo os sócios
anteriores ao tipo resultante, ou seja, os que eram sócios ao tempo em que
surgiram as obrigações.

Aspectos legais na Incorporação, Cisão e Fusão

O processo de reorganização societária envolvendo as operações de


incorporação, cisão e fusão é regido pela lei 6.404/76. Embora lei seja a das

61
sociedades por ações, tais procedimentos não são vedados a outros tipos de
empresas, podendo se beneficiar do processo de reorganização qualquer
empreendimento empresarial, independentemente do tipo societário adotado.

As operações de concentração e desconcentração de pessoas jurídicas são


igualmente válidas, tanto para as sociedades por ações quanto para as
sociedades constituídas por quotas de responsabilidade limitada ou outra forma
jurídica.

1) Protocolo

Segundo a lei, as condições de incorporação, fusão ou cisão constarão de


protocolo firmado pelos órgãos da administração ou dos sócios das empresas
interessadas no processo.

O protocolo é uma proposta ou contrato firmado pelos órgãos da


administração ou pelos sócios das empresas que integrarão o processo de
incorporação, fusão ou cisão, devendo ser, posteriormente, objeto de
deliberação em assembleia, pelos acionistas ou sócios dessas mesmas
sociedades.

Segundo a lei 6.404/76, o protocolo deverá incluir:

- O número, espécie e classe de ações que serão atribuídas em


substituição dos direitos de sócios que se extinguirão e os critérios utilizados
para determinar as relações de substituição;

- Os elementos ativos e passivos que formarão cada parcela do


patrimônio, no caso de cisão;

- os critérios de avaliação do patrimônio líquido, a data a que será


referida a avaliação, e o tratamento das variações patrimoniais
posteriores;

- A solução a ser adotada quanto às ações ou quotas do capital de uma


das sociedades possuídas por outra;

62
- O valor do capital das sociedades a serem criadas ou do aumento ou
redução do capital das sociedades que forem parte na operação;

- O projeto ou projetos de estatuto, ou de alterações estatutárias, que


deverão ser aprovadas para efetivar a operação;

- Todas as demais condições a que estiver sujeita a operação.

- O valor do capital das sociedades a serem criadas ou do aumento ou


redução do capital das sociedades que forem parte na operação;

- O projeto ou projetos de estatuto, ou de alterações estatutárias, que


deverão ser aprovadas para efetivar a operação;

- Todas as demais condições a que estiver sujeita a operação.

2. Justificação:

A justificação ou justificativa é a exposição de motivos e finalidades da


incorporação, cisão ou fusão, que devem ser submetidas à deliberação da
assembleia geral. Nela também se evidencia o interesse das sociedades no
processo.

Os aspectos que constarão da justificativa estão previstos nos incisos I a IV


do art. 225 da lei 6.404/76 e são:

- Os motivos ou fins da operação, e o interesse da companhia na sua


realização;

- As ações que os acionistas preferenciais receberão e as razões para a


modificação dos seus direitos, se prevista;

- A composição, após a operação, segundo espécie e classes das ações,


do capital das companhias que deverão emitir ações em substituição às
que se deverão extinguir;

- O valor de reembolso das ações a que terão direito os acionistas


dissidentes.

63
3. Formação do Capital

Segundo evidencia a lei, a participação em processo de reorganização de


sociedades quando há passivo a descoberto é vedada.

Os patrimônios ou patrimônio líquido a serem vertidos, para a formação do


capital social da companhia sucessora, devem ser no mínimo iguais ao capital
social a realizar. Compete aos peritos avaliadores a incumbência de
certificarem a satisfação dessa condição.

Quando a sociedade incorporadora for titular de parcela das ações ou


quotas da sociedade incorporada, o valor representativo dessa participação
poderá ser extinto ou substituído por ações em tesouraria, visto que estará
adquirindo ações de sua própria emissão, observado o limite de lucros
acumulados e de reservas de lucros originários de ato voluntário da sociedade,
excetuando-se, para esse fim, a reserva legal.

4. Direito de retirada no processo de reorganização:

Para o acionista dissidente o direito de retirada começa a fluir a partir da


publicação da ata da assembleia que aprovar o protocolo. Mas o pagamento só
será efetivado caso a operação seja de fato concretizada (Art. 45 e 226 lei
6.404/76).

A deliberação sobre a fusão da companhia ou sua incorporação em outra


está sujeita à aprovação de acionistas que representem metade, no mínimo,
das ações com direito a voto. Pode o estatuto estabelecer quórum maior
quando não tiver ações negociadas em bolsa ou no mercado de balcão. O
acionista dissidente tem o direito de retirar-se da companhia, mediante
reembolso do valor das ações. Este reembolso deve ser reclamado à
companhia no prazo de trinta dias contados da publicação da ata da
assembleia geral.

5. Direito dos debenturistas na reorganização

64
O processo de reorganização de sociedades anônimas com debêntures em
circulação somente poderá efetivar-se após aprovado em assembleia de
debenturistas convocada com esse fim.

Entretanto, se assegurado pela ata que publicar a operação de


reorganização, o resgate das debêntures no prazo mínimo de 6 meses, poderá
ser dispensada essa formalidade. Porém, a responsabilidade pela satisfação
da obrigação será solidária entre a sociedade cindida e as sucessoras.

6. Direito dos credores na incorporação e fusão

O credor anterior à operação de incorporação e fusão, e por ela


prejudicado, tem direito de pleitear a anulação judicial da operação. O prazo
fatal para o exercício deste direito se extingue 60 dias depois de publicados os
atos de definitividade da operação.

A companhia poderá consignar em pagamento a importância que


prejudicará a anulação ou poderá oferecer garantia à execução, o que
suspenderá a anulação do ato.

Em caso de falência da sociedade incorporadora, os credores anteriores


poderão pedir a separação dos patrimônios para que os seus créditos sejam
satisfeitos pelo patrimônio da sociedade devedora original, isto é, pela
devedora de antes do processo de reorganização. Esta faculdade só se aplica
em caso de ocorrer a falência da sociedade incorporadora dentro dos mesmos
60 dias da incorporação. (Art. 232 lei 6.404/76).

7. Direito dos credores na cisão

As obrigações da sociedade cindida, anteriores à cisão, serão suportados de


forma solidária pelas sociedades resultantes do processo de cisão. Assim,
quando houver versão total do patrimônio da cindida, as sucessoras
responderão em condições iguais.

Quando a versão do patrimônio não for total, as sucessoras responderão


com a cindida de forma solidária. No entanto, o ato de cisão parcial pode
amenizar essa obrigação dos sucessores, estabelecendo que estas respondam

65
somente pelas obrigações que lhes forem transferidas, afastando a
solidariedade com as demais.

Os credores anteriores à cisão podem se opor à ressalva, desde que o


façam dentro de 90 dias da publicação dos atos de cisão, mediante notificação
às sociedades participantes do processo (Art. 233 da lei 6.404/76) .

8. Averbação da sucessão

Uma vez realizada a reorganização, quer por incorporação, fusão ou cisão,


a administração da sociedade sucessora deverá providenciar o registro na
junta comercial demais órgãos competentes (CVM se for o caso de S.A de
capital aberto). A certidão fornecida pelo registro de comércio é documento
hábil para a averbação, nos demais registros competentes, de bens, direitos e
obrigações do novo patrimônio ( Art. 234 da lei 6.404/76)

Incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são


absorvidas por outra que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, ou
seja, a empresa sucedida extingue-se, totalmente, dando lugar a outra
(sucessora) que lhe sucede em todos os direitos e obrigações.

O processo de incorporação é realizado entre sociedades, e não entre os


titulares dos direitos de acionista ou quotista. Cabendo a estes, entretanto,
deliberar como partes integrantes do corpo social. O aumento do capital social
é verificado na sociedade incorporadora, cujo valor vem da sociedade
incorporada. Temos neste caso, uma operação de subscrição de capital de
sociedade para sociedade, sendo a sociedade incorporada a subscritora e a
incorporada quem recebeu a subscrição.

Os administradores da sociedade a ser incorporada deverão obter, da


assembleia-geral, autorização para subscrever o aumento de capital da
incorporadora. Neste caso, quem fará a subscrição serão os administradores
da sociedade a ser incorporada em nome da sociedade e não os acionistas ou
sócios. Todos os fatos envolvendo a incorporação devem ser transcritos no
livro diário da sociedade incorporadora, que sucede a ou as incorporadas em
todos os direitos e obrigações (Art. 227 da lei 6.404/76)

66
Aspectos contábeis da incorporação

No caso de não haver participação acionária ou no capital social entre as


sociedades objeto de incorporação e quando esta se opera pelos valores
contábeis dos patrimônios, o procedimento contábil é bastante simples.

Os ativos e passivos das sociedades incorporadas (Birita Ltda e Cansaço


S.A) são transferidos para o patrimônio da incorporadora Aquários S.A.

Incorporação com avaliação de bens a valores justos

A avaliação dos patrimônios a valores justos está na possibilidade de esta


forma corroborar para uma justa relação de substituição das ações dos
acionistas, principalmente aos não controladores.

67
Com este procedimento de avaliação dos patrimônios envolvidos no
processo de incorporação, se está protegendo a todos os acionistas,
independentemente de sua participação acionária.

Dessa forma, para que haja uma justa relação de substituição das ações
dos acionistas, é necessário que os patrimônios envolvidos sejam adequada e
criteriosamente avaliados, decorrendo deste procedimento a correta atribuição
de ações aos acionistas da empresa incorporada pela versão do Patrimônio
Líquido à empresa incorporadora e o consequente aumento do Capital Social
desta última.

A partir desse momento o valor contábil é abandonado, visto que os


patrimônios envolvidos foram avaliados pelo valor justo pelos peritos ou
empresa especializada, fazendo-o constar no laudo de avaliação de acordo
com a lei societária (Art. 8 da lei 6.404/76). Para assegurar que ocorra uma
justa relação de substituição das ações dos acionistas, é necessário observar
os seguintes procedimentos:

1) Os balanços patrimoniais de todas as empresa envolvidas no


processo devem ser elaborados na mesma data-base com
observância aos princípios contábeis, deve-se adotar critérios
uniformes, pois no momento da atribuição das ações o patrimônio
será considerado único para esse fim, não podendo haver em um
único patrimônio avaliações distintamente elaboradas, pois não se
pode comparar ou analisar aspectos desiguais.

2) O patrimônio de todas as empresas envolvidas deverá ser


avaliado pelo seu valor justo por peritos ou empresa especializada
com utilização de critérios uniformes. Caso seja companhia aberta,
obrigatoriamente por empresa especializada, conforme art. 264 da
lei 6.404/76.

3) Como os patrimônios envolvidos foram avaliados pelo seu valor


justo, é necessário que se proceda ao registro da diferença apurada,

68
obtendo-se, como resultado, os patrimônios avaliados aos seus
valores justos na incorporadora.

4) A incorporação poderá ser efetivada pelos valores contábeis


anteriores à avaliação ou aos valores justos, o importante é que a
relação de substituição das ações seja feita com base nos valores
justos.

Entretanto, quando os acionistas forem as mesmas pessoas e a


participação em todas as sociedades envolvidas forem as mesmas pessoas e a
participação em todas as sociedades envolvidas no processo for equânime,
então a substituição poderá dar-se pelo valor contábil, pois neste caso não
haverá perda para nenhum acionista.

5) O preço de emissão das novas ações representativas do novo


capital social tomará por base o valor patrimonial apurado a valores
justos ou valor contábil, conforme o critério adotado na versão do
patrimônio para a sociedade resultante.

6) É vedada a adoção, nas relações de substituição das ações dos


acionistas não controladores, da cotação de bolsa das ações das
companhias envolvidas, salvo se essas ações integrarem índices
gerais representativos de carteira de ações admitidos à negociação
em bolsas de futuros.

Processo de fusão de sociedades

A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar
sociedade nova, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. Há a
extinção das sociedades fundidas.

Há necessidade de no mínimo duas pessoas jurídicas participarem do


processo que perdem a personalidade jurídica para dar lugar a uma nova

69
sociedade com personalidade jurídica própria, mas sucessora das anteriores,
no que diz respeito a seus direitos e obrigações.

Para operacionalizar o processo de fusão, a assembleia geral de cada


companhia que aprovar o protocolo deverá nomear peritos que avaliarão o
patrimônio líquido das demais sociedades envolvidas no processo.

A constituição definitiva da sociedade fundida será deliberada em


assembleia geral com participação de todos os envolvidos, na qual serão
aprovados, ou não, os laudos de avaliação dos patrimônios.

É vedada a aprovação do laudo de avaliação do patrimônio por sócios ou


acionistas da própria empresa em que forem titulares de direito de sócio ou
acionista.

Os sócios ou acionistas de uma empresa nomearão os peritos para avaliar


o patrimônio das outras empresas e o analisarão, aprovando-o ou rejeitando-o.
A lei 6.404/76 no art. 228 trata da fusão.

Fusão: aspectos contábeis

No caso da fusão os acionistas ou sócios não necessitam subscrever e


integralizar capital social, pois este vem das sociedades que se extinguem. Se
70
houver participação societária entre as empresas envolvidas no processo,
deve-se elimina-la em contrapartida do Patrimônio Líquido correspondente a
esse investimento.

É a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio


para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes,
extinguindo-se a companhia cindida, se houve versão de todo o seu patrimônio,
ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão (Art. 229 da lei 6.404/76). Os
motivos que levam os empresários a efetuarem a cisão podem ser diversos,
dentre os quais a dissidência entre sócios e o aprimoramento de
competitividade.

Esquema da Cisão

71
Aspectos contábeis comuns nos processos de reorganização
societária

Na análise da documentação que instrui o processo, deve-se dar especial


atenção às alterações estatutárias ou contratuais, bem como ao protocolo e
justificativa.

Deve-se dar atenção também ao laudo dos peritos ou da empresa


especializada que procedeu a avaliação do patrimônio, pois nele constarão
valores e vida útil remanescente a serem utilizados pelas empresas sucessoras

Roteiro de Contabilização

1) Elaborar os papéis de trabalho do processo de reorganização, com


base no protocolo, na justificativa, no laudo de avaliação e das
alterações contratuais ou estatutárias que se fizerem necessárias;

2) A sociedade que sofre o processo de reorganização (a sucedida)


deve encerrar as contas de resultados relativas ao exercício em que se
opera a reorganização, incorporando-o ao patrimônio líquido ou
destinando-se de outra forma, conforme o protocolo;

3) Para baixar os elementos patrimoniais, a sociedade sucedida encerra


todas as contas de ativo, passivo e patrimônio líquido em contrapartida
de uma conta denominada de contas de incorporação, contas de fusão
ou contas de cisão;

4) A sociedade resultante (a sucessora), receptora de parte ou todo o


patrimônio da sociedade sucedida, reconhecerá os ativos, os passivos e
o aumento do patrimônio líquido que poderá ser exclusivamente na
conta de capital social, em contrapartida das contas denominadas
contas de incorporação, contas de fusão ou conta de cisão.

Aspectos fiscais e tributários comuns nos processos de


reorganização societária

72
1) Responsabilidade tributária dos sucessores:

As pessoas jurídicas sucessoras respondem pelo imposto devido pelas


sucedidas. A responsabilidade alcança os créditos tributários definitivamente
constituídos ou em curso de constituição na data dos atos citados e também os
constituídos posteriormente, desde que relativos a obrigações tributárias
surgidas antes da referida data (Art. 129; 132 e 133 do Código Tributário
Nacional)

2) Declaração de rendimentos e pagamento do imposto:

A pessoa jurídica incorporada, fusionada ou cindida deverá apresentar


declaração de rendimentos correspondente ao período transcorrido durante o
ano calendário, em seu próprio nome, até o último dia útil do mês subsequente
ao do evento.

Com relação ao pagamento do imposto devido pela sucedida deverá ser


efetuado até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do evento.
Sendo seu pagamento efetuado em parcela única.

Com relação ao pagamento do imposto devido pela sucedida deverá ser


efetuado até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do evento.
Sendo seu pagamento efetuado em parcela única.

3) Ajustes de avalição patrimonial:

Nos processos normais de transformação, incorporação, fusão ou cisão, os


Ajustes de Avaliação Patrimonial transferidos da empresa sucedida para a
sucessora terão, na sucessora, igual tratamento tributário que teriam na
sucedida. Esta regra é válida, inclusive, para a legislação do imposto de renda.

Em casos de extinção por liquidação, os Ajustes de Avaliação Patrimonial


da sociedade que se extingue serão considerados realizados, devendo ser
computados na apuração do lucro real de encerramento de atividades.

73
4) Compensação de prejuízos fiscais:

Os prejuízos fiscais das pessoas jurídicas fusionadas, incorporadas ou


cindidas não podem ser compensados nas pessoas jurídicas resultantes.

Formas de extinção

A dissolução representa o fim da etapa produtiva da empresa,


ingressando a sociedade, a partir daí, em processo de liquidação, que, por sua
vez, objetiva a extinção ou o término jurídico da sociedade.

Formas de extinção: Dissolução

Dissolução é o ato pelo qual se tem como extinta ou terminada a existência


legal da sociedade civil ou comercial. Pode decorrer de vários motivos, ou seja,
da vontade unânime dos sócios ou por imposição da própria lei.

a) Forma de Dissolução:

I – De Pleno Direito:

- Pelo término o prazo de duração;

- Nos casos previstos nos estatutos;

- Por deliberação da assembleia geral;

- Pela existência de um único acionista, verificada em assembleia geral


ordinária, se o mínimo de dois não for reconstituído até à do ano
seguinte;

- Pela extinção, na forma da lei, da autorização para funcionar.

II – Por decisão Judicial:

74
- Quando anulada sua constituição, em ação proposta por qualquer
acionista;

- Quando provado que não pode preencher o seu fim em proposta por
acionistas que representam 5% ou mais do capital social;

- Em caso de falência, na forma prevista na respectiva lei.

III – por Decisão de Autoridade Administrativa Competente, nos casos e na


Forma Previstos em Lei Especial.

b) Efeitos:

A companhia dissolvida conserva a personalidade jurídica, até a extinção, com


o fim de proceder a liquidação.

Formas de extinção: Liquidação

Liquidação representa a fase do processo de extinção em que são


realizados os ativos e liquidados os passivos, bem como a distribuição das
sobras entre os acionistas ou sócios da empresa em liquidação. Pode ser
operada pelos órgãos da companhia ou pelo Poder Judiciário;

Formas de extinção: Dissolução

a) Liquidação pelos órgãos da companhia:

Silenciando o estatuto, compete à assembleia, nos casos de dissolução de


pleno direito da companhia, determinar o modo de liquidação e nomear o
liquidante e o Conselho Fiscal que devem funcionar durante o período de
liquidação.

75
A companhia que tiver Conselho de Administração poderá mantê-lo,
competindo-lhe nomear o liquidante; o funcionamento do Conselho Fiscal será
permanente ou a pedido de acionistas, conforme dispuser o estatuto. O
liquidante poderá ser destituído, a qualquer tempo, pelo órgão que o nomeou.

b) Liquidação judicial:

I – a pedido de qualquer acionista: se os administradores ou a maioria de


acionistas deixarem de promover a liquidação, ou a ela se opuserem, nos
casos de dissolução da companhia de pleno direito;

b) Liquidação judicial:

II – a requerimento do Ministério Público: à vista de comunicação da


autoridade competente, se a companhia, nos 30 dias subsequentes à
dissolução, não iniciar a liquidação ou se, após inicia-la, interrompê-la por mais
de 15 dias, no caso de extinção, na forma da lei, da autorização para funcionar.

Formas de extinção: Extinção

Extinção é o ato final do processo e consiste em dar baixa dos atos


constitutivos e dos registros nos órgãos competentes em nível federal, estadual
e municipal.

A companhia será extinta

I – Pelo encerramento da liquidação, assim entendido o processo pelo qual o


liquidante paga o passivo e rateia o ativo remanescente entre os acionistas,
através de prestação final de contas aprovadas por estes;

II – Nos casos de incorporação por outra sociedade, fusão ou cisão total.

Consórcios

76
Consórcio não representa constituição de sociedade nova. As empresas
agrupam-se para fazer frente a um objetivo, mantendo cada uma a sua
estrutura organizacional e jurídica.

Cada empresa participante do consórcio responde pessoalmente por suas


obrigações assumidas perante terceiros, não havendo solidariedade entre as
partes (Art. 279 e 279 da lei 6.404/76)

Consórcios: principais características

 Seus membros participam do empreendimento, geralmente, em


igualdade de condições;

 Sua existência, ou período de atividades, é essencialmente temporário,


com prazo de vida delimitado à execução do empreendimento para o
qual foi criado;

 Sua finalidade é bem definida no ato da constituição.

Holding
É aquela empresa que possui, como atividade principal, participação
acionária de uma ou mais empresas. Não existe – legal, contábil e
juridicamente – um tipo de sociedade constituída especificamente com holding.

O uso da expressão apenas identifica a sociedade que tem por objeto social
a participação em outras empresas. Sendo esse seu objeto social. Os lucros ou
prejuízos de uma holding serão decorrentes dos resultados obtidos pela
investidas.

Uma empresa constituída com as características de holding pode ter a


forma de sociedade por ações, sociedade por quotas de responsabilidade
limitada ou de outros tipos societários.

Tem a seguinte classificação:

77
a) Holding pura: seu objetivo social é unicamente a participação societária
em outras empresas;

b) holding mista: pode ter diversos objetivos sociais, tais como a


industrialização e comercialização de equipamentos pesados, prestação
de serviços de assistência técnica, bem como a participação no capital
social de outras empresas;

c) holding familiar: utilizada para resolver problemas de sucessão


hereditária ou para afastar herdeiros inexperientes do comando e
gerenciamento das atividades do dia a dia da empresa.

Holding: vantagens

a) Consolidação em uma “única entidade” do poder econômico,


financeiro e político do grupo de empresas;

b) centralização do comando e gerenciamento das empresas do grupo;

c) Simplificação da estrutura administrativa e operacional;

d) A centralização da administração ocorre, principalmente, nas


atividades essenciais, tais como:

- Atividades financeiras: a obtenção e a aplicação de recursos financeiros em


cada uma das empresas do grupo são gerenciadas como se fosse um “caixa
único”, o que aumenta o poder de negociação com os fornecedores, com os
clientes e, principalmente, com as instituições financeiras, permitindo uma
melhor reciprocidade bancária.

- Atividades operacionais: o comando único e centralizado na holding, com


independência e afastado dos possíveis conflitos políticos internos às
controladas, facilita a constatação de desvios com relação às metas
originalmente traçadas.

78
4.1 Exercícios

1) De acordo com a lei 6.404/76 e lei 9.457/97, incorporação é a operação


pela qual:

a) Unem-se duas ou mais sociedades sem formar uma sociedade


nova;
b) Unem-se duas ou mais sociedades para formar sociedade nova
que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações;
c) A companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou
mais sociedades, constituídas para fim, ou já existentes,
extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo
o seu patrimônio, e dividindo-se o seu capital, se parcial a
versão;
d) Uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes
sucede em todos os direitos e obrigações;
e) A companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou
mais sociedades sem extinguir a sociedade cindida.

2) De acordo com a lei 6.404/76 e lei 9.457/97, fusão é a operação pela


qual:

a) Unem-se duas ou mais sociedades que passam a ser


controladas em conjunto, com a transferência do passivo para
suas controladas;
b) Unem-se duas ou mais sociedades para forma sociedade
nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações;
c) A companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou
mais sociedades, constituídas para fim, ou já existentes,
extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo
o seu patrimônio, e dividindo-se o seu capital, se parcial a
versão;
d) Uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes
sucede em todos os direitos e obrigações;
e) A companhia transfere parcelas do seu ativo para uma
determinada sociedade e transfere o total do seu patrimônio
para outra sociedade, sem extinguir a sociedade cindida.

79
3) Conforme a atual legislação societária, cisão é a operação pela qual:

a) Uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes


sucede em todos os direitos e obrigações;
b) As empresas de determinado grupo de capital aberto são
declaradas judicialmente em recuperação, permanecendo suas
ações sem negociação em Bolsa de Valores, cumprindo ordens
da CVM;
c) Unem-se duas ou mais sociedades que passam a ser
controladas em conjunto, com a transferência do passivo para
suas controladas;
d) Unem-se duas ou mais sociedades para formar sociedade nova
que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações;
e) A companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou
mais sociedades, constituídas para fim, ou já existentes,
extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo
o seu patrimônio (cisão total), no caso de cisão parcial.

4) A operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por


outras, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, é chamada:

a) Fusão;
b) Consórcio;
c) Incorporação;
d) Cisão;
e) Monopólio

5) Nas operações de cisão, podem ocorrer as seguintes situações, exceto:

a) Cisão total com a criação de duas ou mais empresas novas;


b) Cisão total com versão de parte do Patrimônio Líquido para
empresa nova e parte para empresa já existente;
c) Cisão parcial com versão de parte do patrimônio para empresas
já existentes;
d) Cisão parcial com versão de todo o patrimônio para a mesma
sociedade;
e) Cisão total com versão do patrimônio para empresas já
existentes.

6) Com relação às reorganizações societárias mediante os processos de


incorporações, fusões ou cisões, podemos afirmar que todas as opções
abaixo são corretas, exceto:

80
a) Uma companhia emissora de debêntures em circulação ficará
sempre obrigada à prévia autorização dos debenturistas sob
pena de nulidade da incorporação, fusão ou cisão;
b) Incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades
são absorvidas por outra, que a sucede em todos os direitos e
obrigações;
c) Cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas
do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas
para esse fim, ou já existentes, extinguindo-se a companhia
cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, e dividindo-
se o seu capital, se parcial a versão;
d) Interesses de natureza societária entre quotistas ou acionistas
são fatores importantes a serem contemplados no processo de
reorganização;
e) Fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais
sociedades para formar sociedade nova, que as sucederá em
todos os direitos e obrigações.

7) O procedimento que deve ser observado no processo de fusão da


sociedade é:

a) Nomeação de peritos que avaliarão os patrimônios das


sociedades deve ser feita apenas pela Assembleia Geral de
Acionistas de uma das companhias fundidas;
b) A exigência de entrega pela entidade que será fundida dos
Balanços Patrimoniais e das Demonstrações de Resultados de
Exercícios dos últimos cinco anos;
c) A nomeação dos peritos que avaliarão os patrimônios das
sociedades feita apenas pela Assembleia Geral de Acionistas
da companhia adquirente do patrimônio;
d) A exigência de entrega pela entidade que será fundida dos
Balanços Patrimoniais e das Demonstrações das Mutações
Patrimoniais dos últimos cinco anos;
e) A nomeação dos peritos que avaliarão os patrimônios das
sociedades envolvidas deve ser feita pela Assembleia Geral
que aprovar o protocolo da operação da fusão.

81
8) Leia os enunciados a seguir e decida se estão ou não de acordo com a
legislação societária (Lei 6.404/76 e 9.457/97)

I- Nos processos de incorporação, uma das preocupações legais é


garantir uma participação justa dos acionistas tanto da
incorporadora quando da quando da incorporada no novo
Patrimônio Líquido que surge;
II - Relação de substituição: é a relação entre os direitos de sócio
existentes antes e depois da operação. Em geral, busca-se o
equilíbrio patrimonial dessa relação, ou seja, os sócios devem
manter o mesmo patrimônio que tinham antes da operação;
III - Incorporação, fusão ou cisão podem ser efetuadas entre
sociedades de tipos iguais ou diferentes e deverão ser deliberadas
na forma prevista para a alteração dos respectivos estatutos ou
contratos sociais;
IV - Se a incorporação, fusão ou cisão envolverem companhia aberta
deficitárias, com poucas ações negociadas em Bolsa de Valores, as
sociedades que a sucederem poderão ter as características de
capital fechado, se for de conveniência de controlador, para efeito
de redução de custos com divulgação e auditoria.

a) O enunciado IV não está de acordo com a legislação societária;


b) Os enunciados II e IV não estão de acordo com a legislação
societária;
c) Nenhum dos enunciados está de acordo com a legislação
societária;
d) Todos os enunciados estão de acordo com a legislação societária;
e) Os enunciados II e III não estão de acordo com a legislação
societária

82
9) As empresas A, B e C encerraram as suas atividades através de uma
fusão, transferindo seu Patrimônio Líquido para a formação de uma nova
empresa denominada “D”. A relação de substituição foi efetuada de
acordo com os valores contábeis do Patrimônio Líquido.
Cada uma das empresa possui quatro sócios (são 12, no total) com igual
participação (mesmo percentual) no capital social de cada empresa. O
Patrimônio Líquido de cada empresa antes da fusão era de $:

Patrimônio Líquido A B C
Capital Social 760 520 2.400
Lucros (prejuízos) 200 120 (80)
acumulados
Reservas de Lucros 140 240 100

Todas as empresas aumentaram seu capital social antes da fusão,


utilizando os saldos de Lucros Acumulados e Reservas de Lucro. A
participação individual dos sócios da antiga empresa B na nova empresa
D, criada após a fusão, será o equivalente a:

a) 5% do total da empresa D
b) 25% do total da empresa D
c) 10% do total da empresa D
d) 12,5 % do total da empresa D
e) 7,5 % do total da empresa D

Resposta:
Nova composição do capital social após aumento do capital social
Patrimônio Líquido A B C D

83
10)Julgue os itens abaixo, relativos à legislação envolvendo os casos de
incorporação, cisão e fusão.
I- Na incorporação de uma sociedade anônima por outra já
existente, constará de protocolo firmado pelos órgãos de
administração ou pelos sócios de sociedade interessadas,
entre outras coisas, o valor do aumento ou redução do capital
social da sociedade incorporadora;
II - Na incorporação de uma sociedade anônima pela sua
controladora, a justificação apresentada à Assembleia geral da
controlada deverá conter, além de outras informações, o
cálculo das relações de substituição das ações dos acionistas
não controladores da controlada com base no valor do
Patrimônio Líquido das ações da controladora e da controlada.
Esses dois patrimônios deverão ser avaliados seguindo os
mesmos critérios e na mesma data, a preços de mercado;
III - Na fusão de duas empresas Alfa e Beta sob controle comum
de Celta, sem que haja participação das fusionadas, o
acionista controlador de Celta e seus minoritários com
participação preponderante em Alfa ou Beta passam a ser os
únicos acionistas da nova empresa, perdendo as suas
participações os acionistas minoritários de Alga e Beta cujas
participações
IV- Em uma operação de cisão parcial, com versão de parcelas
patrimoniais para múltiplas empresas criadas, é permitido pela
Lei das Sociedades Anônimas que os acionistas da empresa
cindida sejam mantidos em todas as empresas resultantes do
processo, com a mesma participação acionária que detinham
na empresa objeto de cisão, com base em patrimônios
líquidos de cada sociedade definidos no protocolo e na
justificação de cisão.

Com base na legislação atual, assinale a alternativa correta:

a) São verdadeiros os itens I, II e


III;
b) São verdadeiros os itens II e IV;
c) Todos os itens são verdadeiros
d) Todos os itens são falsos;
e) São verdadeiros os itens I, IV.

84
11) Fusão, incorporação e cisão são modalidades de reorganização de
sociedades, previstas em lei, que permitem às empresas, a qualquer
tempo, promover as reformulações que forem apropriadas, atendendo a
diversos objetivos. Acerca desse assunto, julgue os itens abaixo.

I- Um processo de incorporação, fusão ou cisão, antes de se


efetivar, requer que os órgãos da administração ou sócios das
sociedades interessadas firmem um protocolo, que incluirá os
critérios e as principais bases de efetivação da modalidade de
reorganização a ser implementada.
II - Até 30 dias após publicados os atos relativos à incorporação
ou fusão, o credor por ela prejudicado poderá pleitear
judicialmente a anulação da operação. Transcorrido este
prazo, o credor habilitado judicialmente terá mais 60 dias para
o exercício desse direito.
III - As ações integralizadas com parcelas do patrimônio da
campanha cindida serão atribuídas a seus titulares, em
substituição às extintas, na proporção das que possuíam; a
atribuição em proporção diferente requer aprovação de todos
os titulares, inclusive das ações sem direito a voto.
IV - Na incorporação, fusão ou cisão, a contabilidade pode adotar
o critério de avaliação dos ativos e valores de saída, na base
de liquidação forçada, decaindo os princípios de contabilidade,
a menos que se trate de companhia aberta, com ações
negociadas em bolsa de valores.

a) Estão corretos apenas os itens


II e IV;
b) Estão corretos apenas os itens I
n e III;
c) Todos os itens estão corretos;
d) Está correto apenas o item IV;
e) Todos os itens estão incorretos.

85
12) A Cia. Alternativa emitiu debêntures em 2007, que ainda estavam em
circulação em 2009, ano em que essa empresa passa por um processo
de cisão. Com relação à integridade dos direitos dos debenturistas,
pode-se afirmar que:

a) Os sócios dissidentes do processo de cisão responderão pelo


prazo de cinco anos pelo valor de resgate de debêntures;
b) A responsabilidade pelo resgate dos debêntures somente
poderá ser repassada aos acionistas ordinários que
permanecem nas novas sociedades;
c) Os sócios dissidentes responderão pelo prazo de dez anos
pelo valor de resgate das debêntures;
d) Tanto a sociedade cindida quanto aquelas que absorvem
parcelas de seu patrimônio respondem solidariamente pelo
resgate das debêntures;
e) Apenas as novas sociedades surgidas do processo de cisão
serão responsáveis pelo resgate das debêntures na proporção
registrada em seus passivos.

13) É fator condicional para a efetivação das condições aprovadas, de


operação de fusão se os peritos nomeados determinarem que o valor
dos patrimônios líquidos vertidos para a formação do novo capital social
seja:

a) Inferior a 20% do capital preferencial das empresas


envolvidas;
b) Pelo menos, igual ao montante do capital a realizar;
c) no máximo 50% do capital ordinário anterior de cada uma das
empresas;
d) Inferior ao total do capital preferencial anterior de cada uma
das empresas;
e) Totalmente integralizado e superior a 50% do capital ordinário.

86
14) Na verificação de participação recíproca em operações de
incorporação, o procedimento exigido pela Lei nº 6.404/76, atualizada
pela lei nº 9.457/97, será:

a) A empresa incorporada deverá alienar, no período de seis


meses, a parcela de ações de quotas que não excedem o
valor dos lucros e reservas;
b) Somente a empresa incorporadora deverá publicar o fato em
jornal de grande circulação no local onde estiver sediada,
justificando a natureza e o valor da operação;
c) Mencionar o fato nos relatórios e demonstração financeira de
ambas as sociedades e eliminar esse tipo de participação no
prazo máximo de um ano;
d) Mencionar esse fato apenas no relatório da administração,
justificando a necessidade da operação e indicando as classes
e valor nominal das ações envolvidas;
e) Alienar, no período de seis meses, a parcela de ações ou
quotas que não excederem o valor dos lucros acumulados da
incorporação.

15) A companhia aberta Itaqui S.A., em setembro de 2001, incorpora sua


controladora Cia Tupinambá. Nessa operação, o valor contábil dos bens
da incorporada era R$ 90 milhões; se o valor de mercado desses
mesmos bens fosse de R$ 105 milhões, a diferença de R$ 15 milhões
apurada entre o valor contábil e o valor de mercado deve ser registrada
em uma:

a) Subconta do capital social para imediatamente ser incorporada


ao Capital;
b) Conta provisão para variação do custo ou mercado, dos dois o
menor;
c) Conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial no Patrimônio
Líquido;
d) Provisão contingencial de ágio m incorporação de controlada;
e) Conta de reserva de lucros e realizar.

87
16) Julgue os itens a seguir, quanto às reestruturações societárias de fusão,
cisão e incorporação de empresas:

I- A cisão é a operação pela qual a companhia transfere


parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades,
constituídas para esse fim ou já existentes, sem extinguir a
companhia cindida, mesmo se houver versão de todo o seu
patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão;
II - A fusão é a operação pela qual uma empresa assume todo o
patrimônio de uma ou mais empresas, assumindo também o
passivo fiscal e outras contingências contabilizadas ou não;
III - Na incorporação de uma sociedade controlada, os acionistas
não controladores da empresa que será extinta passam a ser
acionistas da incorporadora, se não exercerem o direito de
dissidência ou retirada;
IV- Caso haja o exercício do direito de retirada por parte de
acionistas, as ações assim adquiridas pela incorporadora não
poderão permanecer em tesouraria.

Assinale a alternativa correta:

a) Estão corretos os itens II e IV;


b) Todos os itens estão corretos;
c) Estão corretos os itens I e II;
d) Todos os itens estão incorretos;
e) Está correto apenas o item III.

88
17) Os processos de reestruturações societárias representam modernas
maneiras de aglutinação de forças, redução de custos administrativos e
podem ser orientados por motivos estratégicos. Com relação aos atuais
aspectos legais de incorporação, cisão e fusão de empresas assinale a
alternativa correta:

a) Na incorporação de uma sociedade anônima fechada por sua


controladora, também fechada, os acionistas não
controladores da controlada não tem o direito de retirar-se
dela;
b) As ações integralizadas com parcelas de patrimônio da
companhia cindida serão atribuídas a seus titulares, em
substituição às extintas, na proporção das que possuíam;
c) Se envolver companhia aberta, as sociedades que a sucedem,
no caso de cisão total, não serão, obrigatoriamente, abertas;
d) Os processos de incorporação, fusão ou cisão não podem ser
efetuadas entre sociedades de tipos diferentes, mesmo que
haja deliberação na forma prevista para a alteração dos
respectivos estatutos;
e) No balanço base para fins de cisão da companhia aberta, a
participação dos acionistas não controladores no patrimônio
líquido e no lucro do exercício será destacado,
respectivamente, no balanço patrimonial e na demonstração
do resultado do exercício.

18)Todos os ativos e passivos de uma sociedade são transferidos para uma


sociedade já existente:

a) Incorporação;
b) Fusão;
c) Cisão;
d) Consolidação de demonstrações financeiras

19)Ativos e passivos de sociedade controlada e controladora são somados


e feitas as eliminações das operações entre as companhias, que
continuam a existir juridicamente:

a) Incorporação;
b) Fusão;
c) Cisão;
d) Consolidação de demonstrações financeiras
20)Parcela dos ativos e passivos de uma sociedade é transferida para
constituir uma nova sociedade:
89
a) Incorporação;
b) Fusão;
c) Cisão;
d) Consolidação de demonstrações financeiras

21)Todos os ativos e passivos de uma sociedade e todos os ativos e


passivos de outra sociedade são utilizados para constituir uma nova
entidade:

a) Incorporação;
b) Fusão;
c) Cisão;
d) Consolidação de demonstrações financeiras

22)Alfa e Beta estão sob controle comum. Alfa não tem participação em
Beta. Os acionistas decidem que Alfa incorpore Beta. O aumento do
capital social em Alfa representará:

a) O montante do acervo líquido de Alfa a valor contábil;


b) O montante do acervo líquido de Beta a valor contábil;
c) O montante do acervo líquido de Alfa a valor justo;
d) O montante do acerto líquido de Beta a valor justo.

23)Alta tem 100% de participação no capital social de Beta. Os acionistas


decidem que Alfa incorpore Beta. Os acionistas decidem que Alfa
incorpore Beta. O Aumento do capital social em Alfa representará:

a) O montante do acervo líquido de Alfa a valor contábil;


b) O montante do acervo líquido de Beta a valor contábil;
c) O montante do acervo líquido de Alfa a valor justo;
d) Não haverá aumento de capital social em Alfa

24)Procedimento contábil adotado na sociedade incorporada em um


processo de incorporação:

a) Avaliação de todos os passivos a valor justo


b) Avaliação de todos os ativos a valor justo
c) Encerramento das contas de resultado
d) Distribuição do resultado em curso para os acionistas na forma de

90
dividendos

25)Alfa tem 100% de participação no capital social de Beta. Os acionistas


decidem que Alfa e Beta farão uma fusão, constituindo uma nova
sociedade denominada Gama. O capital social de Gama representará:
a) O montante do acervo liquido de Alfa a valor contábil
b) O montante do somatório dos acervos
c) O montante do acervo líquido de Alfa a valor justo
d) O montante do acerto líquido de Beta a valor contábil

26)Parte do acerto líquido de Alfa é cindida para constituir uma nova


sociedade. Critério de baixa dos ativos e passivos cindidos dos registros
da contabilidade de Alfa:

a) Pelo valor justo;


b) Pelo valor contábil;
c) Pelo valor de mercado;
d) Pelo valor de realização

91
27)Alfa é proprietária de 70% das ações do capital social de Beta, sendo o
investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial, de
acordo com o CPC 18 e CPC 36. Em 30/09/20X1, os acionistas de
ambas as sociedades decidiram que Alfa incorporaria Beta, com o
acervo líquido de Beta avaliado pelo valor contábil.
Balanços Patrimoniais de Alfa e de Beta em 30/09/20X1:
Alfa Beta
ATIVOS 798 450
Investimentos em Beta 210
Outros Ativos 588 450
PASSIVOS E PATRIMÔNIO 798 450
LÍQUIDO
Passivos 170 150
Capital social 330 200
Reservas de lucros 190 170
Lucro de 01/01/20X1 a 30/09/20X1 108
Prejuízo de 01/01/20X1 a (70)
30/09/20X1

A sua tarefa é efetuar os lançamentos contábeis em Alfa e em Beta da


incorporação e prepara o Balanço Patrimonial de Alfa após a incorporação
de Beta.

92
28)Os acionistas da Holding S.A. e da Subsidiária S.A. decidiram que as
duas sociedades fariam uma fusão, em 30/09/20X1, criando uma nova
sociedade denominada Alfa S.A.. Essa operação de fusão será realizada
a valor contábil tendo em vista que ambas estão sob o mesmo controle.

Conta Holding S.A Subsidiária


Ativos 2000 740
Passivos 600 140
Capital Social
Patrimônio Líquido 1400 600
2000 740

Efetue o lançamento contábil:


- encerramento das contas da Holding S.A;
- encerramento das contas da Subsidiária S.A;
- lançamentos de constituição da Alfa S.A;
- balanço da Alfa S.A.

93
29)Os acionistas da Holding S.A e da Subsidiária S.A. decidiram que as
duas sociedades fariam uma fusão, em 30/09/20X1, criando uma nova
sociedade denominada Alfa S.A. Essa operação foi efetuada entre
partes não relacionadas com a efetiva transferência do controle. Os
acionistas da Holding S.A e de Subsidiária S.A passaram a participar de
Alfa S.A. Os antigos acionistas da Holding S.A, passaram a controlar
Alfa S.A. Logo, a Subsidiária S.A é a sociedade adquirida e o seu acervo
líquido deve ser avaliado a valor justo (CPC 15).

Conta Holding S.A Subsidiária


Ativos 2000 740
Passivos 600 140
Capital Social
Patrimônio Líquido 1400 600
2000 740

Acervo líquido da Subsidiária S.A com o valor justo

Acervo líquido da Subsidiária com o valor justo


Conta valor contábil valor justo Valor líquido
Ativos 740 940 200
Passivos (140) (140)
600 800

Apuração do ágio
Valor justo dos instrumentos de capital (ações)
Emitidos por Alfa S.A. para acionistas da subsidiária S.A 870
Valor justo do acervo líquido da Subsidiária S.A (800)
Valor do ágio 70

Efetue:
- lançamento de encerramento da Holding S.A;
- lançamento de encerramento da Subsidiária S.A;
- lançamento de constituição de Alfa S.A;

94
95
30)Os acionistas da Holding S.A e da Subsidiária S.A decidiram que as
duas sociedades fariam uma fusão, em 30/09/20X1, criando uma nova
sociedade denominada Alfa S.A. A Holding S.A. detém 100% das ações
do capital social da Subsidiária S.A. e o investimento é avaliado pelo
método da equivalência patrimonial. Observe que essa fusão
obrigatoriamente terá que ser realizada a valor contábil, tendo em vista
que a Holding S.A. controla a Subsidiária S.A. O investimento está
avaliado pela Equivalência Patrimonial

Conta Holding S.A Subsidiária S.A


Investimento na subsidiária S.A 540
Outros Ativos 1460 740
2000 740
Passivos 600 200
Patrimônio Líquido 1400 540
2000 740

Efetue:
- lançamento de encerramento da Holding S.A;
- lançamento de encerramento da Subsidiária S.A;
- constituição da Alfa S.A.

96
97
31)Os acionistas da Holding S.A e da Subsidiária S.A decidiram que a
primeira incorporaria a segunda, em 30/09/X1, com base no acervo
líquido avaliado pelo valor contábil, já que ambas as sociedades estão
sob o mesmo controle.

98
32)Os acionistas da Holding S.A e da Subsidiária S.A. decidiram que a
primeira incorporaria a segunda, em 30/09/20X1, com base no acervo
avaliado pelo valor contábil, já que as sociedades estão sob o mesmo
controle. A Holding S.A .detém 100% das ações do capital social da
Subsidiária S.A. e o investimento é avaliado pelo método da
equivalência patrimonial.

Conta Holding S.A Subsidiária S.A


Investimentos na Subsidiaria S.A 270
Outros Ativos 730 370
Total Ativo 1000 370
Passivos 300 100
Capital Social 500 190
Lucros Acumulados 150 65
Lucro de 1/01/X1 a 30/09/X1 50 15
1000 370

Efetue:
- lançamento de encerramento da Subsidiária S.A;
- lançamento da incorporação na Holding S.A;
- balanço da Holding após incorporação.

Respostas:

99
33)Os acionistas da Holding S.A e da Subsidiária decidiram que a primeira
incorporaria a segunda em 30/09/20X1, com base no acervo líquido
avaliado pelo valor contábil, tendo em vista que, as sociedades
envolvidas nesse processo de reestruturação societária estão sob o
mesmo controle. A Holding S.A detém 60% das ações do capital social
de Subsidiária S.A e o investimento é avaliado pelo método de
equivalência patrimonial.
Conta Holding S.A Subsidiária S.A
Investimentos na Subsidiaria S.A 162
Outros Ativos 838 370
Total Ativo 1000 370
Passivos 300 100
Capital Social 500 190
Lucros Acumulados 150 65
Lucro de 1/01/X1 a 30/09/X1 50 15
1000 370

Efetue:
- lançamento contábil de encerramento da Subsidiária S.A;
- lançamento contábil da incorporação da Holding S.A;
- balanço da Holding S.A após incorporação.

100
34)A Cia Alvo vai incorporar a Cia Bio, as sociedades estão sob controle
comum, portanto a operação é realizada pelo valor contábil.
De acordo com o protocolo de intenções os valores relativos a capital,
lucros e reservas da empresa BIO constituição capital na ALVO.

Com base nos dados abaixo efetue.


- lançamentos de incorporação da Cia Bio;
- registros contábeis na empresa ALVO;
- balanço da Cia Alvo após incorporação

Contas ALVO BIO


ATIVO 300.000,00 80.000,00
ATIVO CIRCULANTE 92.000,00 24.000,00
Caixa e equivalentes 20.000,00 8.000,00
Duplicatas a Receber 40.000,00 12.000,00
Estoques 32.000,00 4.000,00
ATIVO NÃO CIRCULANTE 208.000,00 56.000,00
Realizável a Longo Prazo 108.000,00 12.000,00
Contas a Receber 108.000,00 12.000,00
Imobilizado 100.000,00 44.000,00
Terrenos 60.000,00 24.000,00
Veículos 40.000,00 20.000,00

PASSIVO 300.000,00 80.000,00


PASSIVO CIRCULANTE 32.000,00 16.000,00
Fornecedores 15.000,00 8.000,00
Obrigações fiscais 5.000,00 5.000,00
Obrigações trabalhistas 12.000,00 3.000,00
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 20.000,00 12.000,00
Contas a pagar 20.000,00 12.000,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 248.000,00 52.000,00
Capital 180.000,00 30.000,00
Lucros 48.000,00 16.000,00
Reservas 20.000,00 6.000,00
- -

101
35)Os acionistas da Holding S.A. , decidiram em 31/12/20X1 proceder a
cisão parcial de seu patrimônio para criação de duas novas sociedades,
denominadas Empresa A e empresa B. Os acionistas da Holding S.A.
serão também os mesmos acionistas das Empresas A e B. Logo, essa
operação será efetuada a valor contábil, já que as entidades continuarão
sob o mesmo controle.
Balanço patrimonial da Holding S.A. antes da cisão parcial.

Ativos 1320 Passivos 1320


Disponível 250 fornecedores 180
Terreno 350 Contas a pagar 50
Móveis e Utensílios 400 empréstimos 290
Depreciação acumulada mov utens (80) Patrimônio Líquido
Instalações 500 capital social 600
Depreciação acumulada instalações (100) Lucros acumulados 200

Os acionistas também deliberam pela seguinte transferência de bens e


obrigações da Holding S.A. para criação da Empresa A e Empresa B.

Empresa A Empresa B
Disponível 40 55
Terreno 350
Móveis e Utensílios 400
Depreciação acumulada mov utens (80)
fornecedores (35) (65)
empréstimos (115)
Valor acervo líquido 240 310

a) Efetue os lançamentos contábeis da cisão da Holding S.A.


b) Apure o balanço patrimonial da Holding S.A.
c) Efetue os lançamentos contábeis de constituição da Empresa A;
d) Apure o balanço patrimonial da empresa A
e) Efetue os lançamentos contábeis da empresa B
f) Apure o balanço patrimonial B.

Para ajudar no processo, efetue os razão T.

102
103
36)Os acionistas da Holding S.A. , decidiram em 31/12/20X1 proceder a
cisão parcial de seu patrimônio para criação de duas novas sociedades,
denominadas Empresa A e empresa B. Os acionistas da Holding S.A.
serão também os mesmos acionistas das Empresas A e B. Logo, essa
operação será efetuada a valor contábil, já que as entidades continuarão
sob o mesmo controle.
Balanço patrimonial da Holding S.A. antes da cisão parcial em
30.11.20X1.

Os acionistas também deliberam pela seguinte transferência de bens e


obrigações da Holding S.A. para criação da Empresa A e Empresa B.

Pede-se:
a) Efetuar os lançamentos contábeis da cisão;
b) Levantar o balanço de cada empresa.

104
105
106
37)Os acionistas da UCS decidiram em 31/12/20X1 proceder à cisão com
transferência de parte de seu patrimônio para a Empresa Melara. A
empresa Melara pertence aos mesmos acionistas de UCS, portanto,
esta operação será efetuada a valor contábil.

Balanço Patrimonial da UCS antes da cisão:

Ativo 1320 Passivo + PL 1.320


Disponível 340 fornecedores 180
Estoques 310 Contas a pagar 50
Terrenos 350 empréstimos 290
Móveis e utensilios 400 Patrimônio Líquido 800
Depreciação acumulada moveis e utens (80) capital social 600
Lucros acumulados 200

Os acionistas também deliberam pela seguinte transferência de bens e


passivos para a Empresa Melara.
Empresa UCS
Disponível 55
Estoques 145
Móveis e Utensílios 400
Depreciação acumulada mov utens (80)
empréstimos (270)
Valor acervo líquido 250

Balanço Patrimonial da Empresa Melara antes da cisão:

Ativo 960 Passivo + PL 960


Disponível 157 fornecedores 65
Estoques 515 Contas a pagar 105
Veículos 360
Depreciação acumulada veículos (72) Patrimônio Líquido 790
capital social 500
Lucros acumulados 290

Efetue:
- os lançamentos contábeis da cisão da empresa UCS;
- o balanço patrimonial da UCS após a cisão;
- os lançamentos contábeis da cisão na empresa Melara;
- o balanço patrimonial da empresa Melara após a cisão.

107
5 Consolidação das demonstrações contábeis

A consolidação das demonstrações contábeis é uma técnica contábil que


consiste na unificação das demonstrações contábeis da entidade controladora
e de suas controladas, visando apresentar a situação patrimonial, econômica e
financeira de todo o grupo como se fosse uma única entidade econômica.

A lei prevê que a companhia aberta que tiver mais de 30% do valor do seu
patrimônio líquido representado por investimentos em sociedades controladas
deverá elaborar e divulgar, juntamente com suas demonstrações financeiras,
demonstrações consolidadas (Art. 250 e 275 da lei 6.404/76).

No caso de grupo de sociedades, a sociedade de comando estará sempre


obrigada a elaboração de demonstrações consolidadas, independentemente de
ser sociedade anônima ou outro tipo societário.

Por meio da consolidação das demonstrações financeiras podemos


conhecer a efetiva posição financeira da empresa controladora juntamente com
as suas controladas e sociedades dependentes e também a posição dos
acionistas minoritários no grupo ou na empresa.

Efeitos fiscais e sociais na consolidação

Como a demonstração consolidada não pertence a uma pessoa jurídica ela


não gera nenhum efeito fiscal ou societário, pois:

I – os efeitos do imposto de renda e demais tributos são calculados


individualmente em cada empresa pertencentes do grupo societário.

Assim, mesmo que determinada empresa pertencente ao grupo tenha


prejuízo contábil ou fiscal não poderá compensá-lo com o lucro de outra e vice-
versa.

II – em termos societários, os dividendos são calculados sobre o lucro


de cada empresa e não sobre o lucro consolidado do grupo. Compete a

108
cada uma das empresas individualmente satisfazer ou suprir os
acionistas dos dividendos a que fazem jus.

Interesse dos investidores na consolidação

Os investidores e credores podem utilizar a consolidação para efetuar


uma análise detalhada de suas garantias e possibilidade de rendimentos, pois
podem, por meio da consolidação, visualizar a geração de resultados, tanto por
empresa quanto pelo grupo.

A consolidação e a gestão empresarial

Gera benefício administrativo e gerencial, visto que evidencia a aplicação


dos recursos financeiros e econômicos gerados pelo grupo.

Possibilita a análise do desempenho de cada uma das empresas


participantes do grupo empresarial, bem como do grupo consolidado.

Procedimentos de consolidação

O procedimento consiste basicamente na soma de linha a linha das


demonstrações contábeis. Este é o procedimento básico que deverá ser
adotado para todas as contas do Balanço.

1) Uniformidade de critérios contábeis:


É necessário que os critérios de registro e de avaliação adotados por
todas as empresas do grupo sejam uniformes.

109
2) Eliminações de consolidação:
Para uma conciliação consistente, é preciso que sejam eliminados os
saldos existentes ou transações realizadas entre as empresas do grupo.

Do balanço patrimonial deve ser excluído o lucro não realizado que


esteja incluído no resultado ou no patrimônio líquido da controladora e
correspondido por inclusão no balanço patrimonial da controlada.

Do Resultado do exercício devem ser excluídas ou eliminados os


encargos de tributos correspondentes ao lucro não realizado, apresentando-os
no ativo circulante ou ativo não circulante realizável a longo prazo – tributos
diferidos, no balanço patrimonial consolidado.

Duplicatas a receber

Quando uma empresa faz vendas à outra, ela registrará este fato em
conta de Duplicatas a Receber. A compradora irá registrar em Duplicatas a
Pagar.

O procedimento de exclusão consiste em debitar a conta representativa


do obrigação (Duplicatas a pagar) e creditar a conta representativa do direito
(Duplicatas a receber).

Por exemplo: O Cia. Eduardo S/A vendeu mercadorias para a Cia.


Monica S/A no valor de 20.000,00.
D – Duplicatas a pagar – Cia Monica
C – Duplicatas a receber – Cia Eduardo..... 20.000,00

Investimentos

Os investimentos na participação do capital de outras sociedades


participantes do grupo econômico não representam, para o grupo, recursos
externos, logo devem ser eliminados contra contas do patrimônio líquido da
sociedade investida.

Como as demonstrações financeiras da investidora que serão usadas na


consolidação terão os seus investimentos contabilizados pelo método da

110
equivalência patrimonial, a sua eliminação será feita conta as contas do PL da
sociedade investida.

Eliminações na DRE

Vendas intercompanhias

As transações entre as companhias do mesmo grupo econômico, são


eliminados da seguinte maneira:

D – Venda (empresa A)
C – Custo dos produtos vendidos (empresa B)

Comissões sobre vendas, juros e outros

São eliminados conforme o seguinte lançamento:

D – receitas: comissões e juros (Empresa A)


C – Despesas: comissões e juros (Empresa B)
Pois o que representa receita em uma, representa despesa na outra.

Comissões sobre vendas, juros e outros

São eliminados conforme o seguinte lançamento:

D – receitas: comissões e juros (Empresa A)


C – Despesas: comissões e juros (Empresa B)
Pois o que representa receita em uma, representa despesa na outra.

Transações entre empresas do grupo

Com o objetivo de efetuar a eliminação das operações realizadas entre


as empresas do grupo no momento da consolidação, é necessário que essas
transações e os saldos Inter companhias sejam controlados em registro extra

111
contábeis, para permitir a apuração dos valores de vendas, juros, comissões e
outras receitas ocorridas durante o exercício que devem ser eliminados.

Registros da consolidação

O processo de consolidação deve ser documentado em papeis de trabalho,


que são documentos extra contábeis e devem ser guardados pelo período de
três anos ou mais para fins de auditoria, visto que as demonstrações
consolidadas são passíveis de auditoria.

Os procedimentos que são de responsabilidade da empresa controladora


do conjunto, podem ser registrados por processo manual, eletrônico ou outro,
em livros contábeis como Diário e Razão, devidamente segregados da escrita
contábil regular da empresa responsável pela consolidação ou em Papéis de
Trabalho adequadamente reservados para esse fim.

Papéis de trabalho

Não existem modelos oficiais de papeis de trabalho para a consolidação.


Vamos apresentar exemplos, que podem ser mudados de acordo com as
necessidades de cada empresa.

Mapa 1 - Consolidação do Ativo


Controladora A e Controladas
Consolidação do Balanço - ATIVO
Saldos de Balanço (b) Eliminações ( c ) Saldos (d)
Contas (a) Controladora A Controlada B L Débito Crédito Consolidados

O mapa 1 contém quatro colunas principais:


a) Destinada, aos títulos das contas, bem como dos grupos e subgrupos do
Ativo;
b) Destinada, aos saldos das contas, conforme constarem no Balanço
Patrimonial. Esta coluna está subdividida em duas: Controladora A e

112
Controlada B. Havendo mais empresas no conjunto, esse quadro dever
conter mais colunas, um para cada empresa;

c) destinada, aos lançamentos das eliminações. Está dividida em três:


uma, destinada ao número do lançamento de Diário que gerou o
respectivo ajuste (débito ou crédito); outra para os lançamentos a débito
e outra para os lançamentos a crédito;
d) Destinada aos saldos consolidados.

Mapa 2 - Consolidação do Passivo


Controladora A e Controladas
Consolidação do Balanço - PASSIVO
Saldos de Balanço Eliminações Saldos
Contas Controladora A Controlada B L Débito Crédito Consolidados

Mapa 3 - Consolidação da DRE


Controladora A e Controladas
Consolidação da Demonstração do Resultado do Exercício
Saldos da DRE Eliminações Saldos
Contas Controladora A Controlada B L Débito Crédito Consolidados

Normas Técnicas de Consolidação

Primeiramente deve-se consolidar a Demonstração do Resultado do


Exercício, procedendo a somas e eliminações de saldos de Contas entre as
diversas DREs das empresas que participam do conjunto

Em seguida, deve-se efetuar o mesmo procedimento com os Balanços e


finalmente efetuar a consolidação da Demonstração dos Fluxos de Caixa do
Valor Adicionado.

113
Para consolidar a DFC e a DVA, é preferível elaborá-las a partir do
Balanço e da DRE consolidada, em vez de consolidá-las a partir das diversas
DFCs e DVAs das empresas em conjunto.

Tratamento dos não controladores

A participação de não controladores é a parcela do capital, reservas e


resultados pertencentes a acionistas ou sócios minoritários. No balanço
patrimonial, essa participação deve ser destacada em grupo isolado dentro do
patrimônio líquido.

A participação de não controladores no lucro ou prejuízo do exercício, das


controladas deve ser destacada e apresentada, como dedução ou adição ao
lucro ou prejuízo consolidado, na Demonstração Consolidada do Resultado do
Exercício.

Notas explicativas

As demonstrações contábeis consolidadas devem ser complementadas


por notas explicativas.

114
5.1 Exercícios

1) Assinale a alternativa correta:


a A consolidação das demonstrações financeiras consiste em somar
) os valores correspondentes a elementos contábeis semelhantes
sem qualquer ajuste;
b As demonstrações financeiras consolidadas substituem as
) demonstrações financeira originais das empresas envolvidas na
consolidação;
c) As demonstrações financeiras consolidadas podem ser publicadas
como informação adicional às demonstrações financeiras das
empresas envolvidas na consolidação, ficando a critério da
Holding tal decisão;
d As demonstrações financeiras consolidadas possibilitam uma
) visão econômica integrada das atividades do grupo empresarial ou
das empresas envolvidas na consolidação;
e As alternativas A e B estão corretas
)

2) É incorreto afirmar que nas demonstrações financeiras consolidadas,


serão excluídas:
a As participações de uma sociedade em outra;
)
b Os saldos de quaisquer contas entre as sociedades;
)
c) As parcelas dos resultados do período, dos lucros acumulados e
do custo de estoques ou do Ativo Não Circulante que
corresponderem a resultados, ainda não realizados, de negócios
entre as sociedades;
d As contas a receber de uma sociedade que representem contas a
) pagar de outra;
e Outros valores determinados pela controladora, tais como as
) participações societárias, que cada sociedade possua, de
empresas não controladas e não pertencentes ao grupo

115
3) O Comitê de pronunciamentos Contábeis apresenta diversas definições
em seu CPC 36 Demonstrações Consolidadas. Assinale a alternativa
que contém uma definição que não faz parte do mencionado CPC36:

a Demonstrações separadas são aquelas apresentadas por


) controladora, investidor em coligada ou empreendedor em
entidade controlada em conjunto, as quais os investimentos são
contabilizados om base no valor do interesse direto no patrimônio
(direct equity interest) das investidas, em vez de nos resultados
divulgados e nos valores contábeis dos ativos líquidos das
investidas;
b Controle é o poder de governar as políticas financeiras e
) operacionais da entidade de forma a obter benefício das suas
atividades e grupo econômico é a controladora e todas as suas
controladas;
c) Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de
um conjunto de entidades (grupo econômico), apresentadas como
se fossem as de uma única entidade econômica;
d Participação do controlador é a parte do Patrimônio Líquido da
) controladora não atribuível, direta ou indiretamente, à controlada;
e Controlada é a entidade, incluindo aquela não constituída sob a
) forma de sociedade tal como uma parceria, na qual a
controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é
titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo
permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder
de eleger a maioria dos administradores

116
4) A teoria envolvendo a metodologia, aspectos contábeis e relatórios
gerenciais relacionados às demonstrações contábeis consolidadas está
incorreta no seguinte aspecto:
a Quanto à utilidade das demonstrações contábeis consolidadas
) para finalidade fiscal, pode-se afirmar que não há influência fiscal,
visto que o Imposto de Renda e demais tributos são calculados
individualmente. Em outras palavras, as mencionadas
demonstrações não servem para fins fiscais;
b As demonstrações contábeis consolidadas da investidora e suas
) controladas não devem ser utilizadas para as finalidades
gerenciais de obtenção de dados adicionais para análise, tais
como: índices de liquidez e endividamento do grupo, índices de
lucratividade por empresa e global, potencial do grupo de geração
de recurso etc.;
c) Demonstrações contábeis consolidadas, a princípio, são o
resultado da somatória das demonstrações contábeis da
controladora e das várias empresas controladas, pertencentes a
um mesmo grupo econômico, excluídos os saldos e os resultados
de operações entre essas empresas;
d O objetivo da consolidação de demonstrações contábeis é refletir
) o resultado das operações e verdadeira situação econômica,
patrimonial e financeira de todo o grupo de empresas sob um
único comando, como se fosse uma única empresa e apresentar o
resultado das operações do grupo de empresas;
e O posicionamento das diversas entidades internacionais de
) Contabilidade e Auditoria é claro no sentido de reconhecer que as
Demonstrações Contábeis Consolidadas fornecem maiores e
melhores informações de natureza financeira e econômica a
respeito da empresa controladora – e/ou de um grupo empresarial
– do que as diversas demonstrações individuais.

117
5) De acordo com a atual legislação societária e instruções da CVM, não
estão obrigadas a elaborar demonstrações contábeis consolidadas:

a Sociedade de comando de grupo de sociedade;


)
b Sociedade de grande porte, ou seja, aquelas sociedades ou
) conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no
exercício social anterior, ativo total superior a R$
240.000.000,00(duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita
bruta anual superior a R$ 300.000.000,00(trezentos milhões de
reais) que tenham participações em sociedades controladas;
c) Sociedade de capital aberto de grande porte, cujas participações
societárias ocorram somente em empresas coligadas;
d Sociedades limitadas ou sociedades por ações de capital fechado
) enquadradas como “grande porte” que tenham participações em
sociedades controladas;
f) A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do
valor do seu Patrimônio Líquido representado por investimentos
em sociedades controladas.

6) Com relação à data-base e período de abrangência das demonstrações


contábeis para consolidação, assinale a afirmativa que está em
desacordo com a legislação societária:

a A consolidação deve ter como base as demonstrações contábeis


) da investidora e suas controladas encerradas na mesma data;
b Admite-se utilização de demonstrações contábeis das controladas
) levantadas com um período máximo de defasagem de 60 dias da
data das demonstrações contábeis da controladora;
c) Não há necessidade de divulgar em notas explicativas os eventos
significativos ocorridos no período intermediário, caso as
demonstrações contábeis da controlada não sejam encerradas na
mesma data do encerramento das demonstrações contábeis da
controladora;
d O período de abrangência das demonstrações contábeis da
) investidora deve ser idêntico aos das controladas,
independentemente das respectivas datas de encerramento;
e Admite-se utilização de períodos não idênticos, nos casos em que
) este fato representar melhoria na qualidade da informação
produzida desde que haja divulgação, em nota explicativa, dessa
mudança.

118
7) No processo de elaboração da consolidação das demonstrações não
são excluídos os(as):

a lucros não realizados decorrentes de operações de venda de


) ativos entre a controladora e suas empresas controladas;
b receitas de serviços realizadas entre a empresa controladora e as
) empresas de simples coligação;
c) vendas de quaisquer tipos de ativos(estoques, imobilizado etc.)
realizadas entre as empresas controladas e sua controladora;
d receitas auferidas por conta de juros cobrados em contrato de
) mútuo realizado entre as empresas controladas do grupo;
e receitas de serviços a vista realizadas entre a empresa
) controladora e suas controladas.

8) A Lei nº 11.638/07 atualizou os dispositivos da Lei nº 6.404/76 – Lei das


Sociedades por Ações. De acordo com tais textos legais, a elaboração
das demonstrações contábeis:

a) É obrigatória para as empresas de capital aberto e também às


sociedades de grande porte, mesmo que não constituídas sob a
forma da sociedade por ações;
b) É obrigatória apenas para as sociedades de grande porte de
capital aberto, ou seja, as que tem ações negociadas em Bolsa
de Valores;
c) É de competência da equipe de auditores e não precisa ser
publicada;
d) Tem a finalidade exclusiva de atender à fiscalização da equipe
de auditores da CVM e não segue nenhuma metodologia;
e) Tem como único objetivo demonstrar o nível de endividamento
das empresas deum determinado grupo, sendo uma ferramenta
de grande importância para a concessão de empréstimos
bancários.

119
9) Para que os procedimentos da Consolidação das Demonstrações
Contábeis dos conglomerados reflitam tecnicamente a relação do grupo
para com terceiros, é importante seja mantida a uniformidade:

a) De políticas de captação de recursos, de formação dos estoques


e mantidos os mesmos credores;
b) De fornecedores, de estocagem de produtos e utilizarem os
mesmos órgãos financiadores;
c) De critérios e procedimentos contábeis entre as empresas
consolidadas;
d) De políticas de compra e venda de produtos, de estocagem de
produtos e mantidos os mesmos sistemas de produção e
credores;
e) Diretiva em todas as empresas do conglomerado com os
mesmos diretores nas empresas.

10)Em relação ao processo de consolidação das demonstrações contábeis,


considere as afirmações contidas nos textos abaixo:
I) A consolidação das Demonstrações Contábeis de um
conglomerado é elaborada com base no somatório simples dos
saldos das demonstrações de cada uma das empresas do grupo;
II) A controladora deve consolidar as demonstrações contábeis das
entidades controladas a partir da data em que assume seu
controle, individual ou em conjunto;
III) De acordo com a Lei nº 6.404/76, atualizada pela lei nº11.638/07,
as sociedades controladas, cujo exercício social termine mais de
60(sessenta) dias antes da data do encerramento do exercício da
companhia, elaboração, com observância das normas desta Lei,
demonstrações financeiras extraordinárias em data compreendida
nesse prazo;
De acordo com a legislação societária, comitê de pronunciamentos
contábeis e Instruções da CVM, assinale a alternativa correta
a) Estão corretos todos os textos;
b) Estão corretos os textos II, III e IV;
c) Estão incorretos todos os textos;
d) Está correto apenas o texto IV;
e) Estão corretos apenas os textos II e IV.

120
11)De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, as
participações de acionistas não controladores ou não pertencentes aos
controladores, quando da consolidação, deverão ser:

a) Deduzidas do valor do investimento do Ativo Não Circulante –


Investimentos;
b) Acrescidas ao valor do investimento no Ativo Circulante;
c) Deduzidas com conta específica no Passivo Não Circulante;
d) Consolidadas sem qualquer referência especial;
e) Segregadas em conta específica no balanço patrimonial
consolidado dentro do Patrimônio Líquido, separadamente do
Patrimônio Líquido dos proprietários da controladora.

12)A controladora do grupo Irmãos Cruze santos adquiriu, em 03-01-2009,


uma participação de 80% no capital social da empresa Rio Negro de
Goiás, pagando $480.000. O Patrimônio Líquido da investida era $
500.000 na data da aquisição, sendo que o fundamento para o ágio foi a
expectativa de resultados futuros da controlada.
Em 31-12-2009, a controladora preparou as demonstrações contábeis
de acordo com a lei, sendo que a empresa Rio Negro de Goiás é a única
controlada.
No balanço consolidado de 31-12-2009, o saldo do ágio deve:

a) Ser adicionado ao saldo de investimentos em controlada, no


grupo investimentos-Ativo Não Circulante;
b) Ser divulgado em item destacado no patrimônio Líquido, no
balanço consolidado;
c) Ser a demonstração no grupo Resultados de Exercícios Futuros,
na conta de ágio pago na Aquisição de Participação Societária;
d) Ser divulgado em item destacado no Ativo Intangível no balanço
consolidado;
e) Ser deduzido ao total do Ativo Não Permanente, no balanço
consolidado.

121
13)Na consolidação de Demonstrações Financeiras, o ágio oriundo de
investimentos de controladora em controlada avaliado pelo método da
equivalência patrimonial e justificado como expectativa de resultados
futuros, deverá ser:

a) Eliminado na consolidação não aparecendo na demonstração


consolidada.
b) Mantido na consolidação e aparecendo na demonstração
consolidada em conta específica;
c) Eliminado proporcionalmente à participação da controladora na
controlada;
d) Transferido para conta de receita no resultado da controladora;
e) Transferido para os resultados no Balanço consolidado.

14)Determinada companhia investidora, obrigada legalmente a elaborar


demonstrações financeiras consolidadas, adquiriu participação em outra
entidade, que passa a ser sua controlada. O valor deste investimento é
de $ 54.000, correspondente a uma participação de 80% na controlada.
Indique a classificação no balanço patrimonial consolidado e o
correspondente valor devido aos acionistas não controladores.

a) O valor de $13.500 deverá ser destacado como capital a pagar


aos acionistas não controladores, conta integrante do patrimônio
Líquido;
b) O valor de $10.800 deverá ser destacado em conta específica no
balanço patrimonial líquido, separadamente do patrimônio
líquidos dos proprietários da controladora;
c) O valor de $13.500 deverá ser destacado em Obrigações com
Participação de Acionistas Não Controladores, conta integrante
do passivo não circulante;
d) O valor de $ 13.500 deverá ser destacado em conta específica
no balanço patrimonial consolidado dentro do patrimônio líquido,
separadamente do Patrimônio Líquido dos proprietários da
controladora;
e) O valor de $ 10.800 deverá ser registrado como Obrigação com
Acionistas Não Controladores, conta integrante do grupo:
Resultados de Exercícios Futuros.

122
15)A companhia investidora AB, obrigada legalmente a elaborar
demonstrações financeiras consolidadas, possui a seguinte participação
societária nas seguintes controladas e coligadas:
Investida % de participação Patrimônio Líquido da
da investidora AB investida, em 31-12-
2009 -$
Controlada XT 90 500.000
Controlada ZB 80 300.000
Coligada DR 10 400.000

De acordo com o comitê de pronunciamentos contábeis, no balanço


consolidado a ser preparada pela companhia investidora AB em 31-12-
2009, o montante e a classificação das participações de acionistas não
controladores deverão ser:

a) Segregados na conta integrante do patrimônio líquido: capital a pagar a


minoritários, no total de $ 470.000;
b) Segregados em conta específica no balanço patrimonial consolidado
dentro do Patrimônio Líquido, separadamente do Patrimônio Líquido
dos proprietários da controladora, no total de $ 110.000;
c) Segregados em conta específica no balanço patrimonial consolidado
dentro do Patrimônio Líquido, separadamente do patrimônio líquido dos
proprietários da controladora, no total de $ 470.000;
d) Segregados em conta especifica no balanço patrimonial consolidada
dentro do grupo resultado de exercícios futuros, separadamente do
patrimônio líquido dos proprietários da controladora, no total de $
110.000;
e) Segregado em conta específica no balanço patrimonial consolidado,
dentro do grupo passivo não circulante, na conta obrigações com
participações de minoritários, no total de $110.000.

123
16)Para atender os atuais aspectos legais, técnicos e operacionais, a
elaboração das demonstrações contábeis consolidadas deve atender as
seguintes exigências:
a) deve ser elaborada pelas empresas controladoras e controladas,
com a inclusão de todos os saldos da controladora e suas
controladas e coligadas, no Brasil ou no exterior, bem como os
saldos de receita e despesas entre essas empresas;
b) deve ser elaborada pela empresa controladora, com a inclusão
de todos os saldos da controladora e suas controladas e
coligadas, no Brasil ou no exterior, com o objetivo de refletir o
resultado das operações e a verdadeira situação econômica,
patrimonial e financeira de todo o grupo de empresas sob um
único comando, como se fosse uma única empresa e apresentar
o resultado das operações do grupo de empresas;
c) deve ser elaborada pela empresa controladora, com a inclusão
de todos os seus saldos contábeis, somados os saldos das
controladas, no brasil ou no exterior, com a inclusão dos saldos
das contas de ativo e passivo entre as empresas incluídas do
processo de consolidação, bem como dos saldos de receitas e
despesas entre essas empresas. Se houver lucro não realizado
decorrente de operações entre as controladas e sua
controladora, este deve ser objeto de ajuste;
d) deve ser elaborada apenas pelas empresas controladoras de
capital estrangeiro, de acordo com as práticas contábeis
internacionais;
e) deve ser elaborada apenas pelas empresas controladoras de
grande porte, de capital fechado, e incluir os saldos contábeis de
todas as controladas, no Brasil ou no exterior;

124
17)A empresa de capital aberto Sociedade Alfa participa com mais de 50%
do capital social da empresa Beta, com a qual também mantem
operações comerciais, formando o grupo AB. Em 31 de dezembro de
cada ano, a sociedade alfa elabora e publica as demonstrações
contábeis consolidadas. Essas demonstrações contábeis consolidadas:

a) Servem para o cálculo e pagamento do imposto de renda e


demais tributos, os quais devem ser recolhidos individualmente;
b) Não tem personalidade jurídica, apenas papeis de trabalho de
consolidação e registros contábeis;
c) Servem para o cálculo e pagamento dos dividendos a serem
distribuídos aos sócios de cada empresa;
d) Podem ser utilizadas para fins de compensação do lucro de
uma empresa com o prejuízo da outra;
e) Podem ser utilizadas para a obtenção do lucro consolidado e
cálculo do recolhimento do imposto de renda e demais tributos
do grupo empresarial, sendo que tal tributos devem ser
recolhidos individualmente.

18)Na consolidação dos balanços de controladora e controlada, todos os


itens abaixo devem ser excluídos, exceto:

a) Lucro não realizado nas transações de mercadoria entre


controladora e controlada;
b) Lucro na venda de ativos imobilizados entre controladora e
controlada;
c) Investimento permanente da controladora na controlada;
d) Contas a receber que representam contas a pagar na
controlada;
e) Participações societárias de empresas não controladas e não
pertencentes ao grupo.

125
19)Para a elaboração das demonstrações contábeis consolidadas, a
investidora deve:

a) Em nenhuma hipótese utilizar períodos contábeis não idênticos,


mesmo que este fato represente melhoria na qualidade da
informação produzida;
b) Utilizar demonstrações contábeis e do patrimônio líquido das
investidas apuradas na mesma data das demonstrações
contábeis da investidora;
c) Compensar quaisquer ativos ou passivos pela dedução de outros
ativos ou passivos mesmo na inexistência de direito de
compensação;
d) Utilizar demonstrações contábeis de coligadas e controladas
elaboradas até 90 dias antes da data das demonstrações
contábeis da investidora;
e) Eliminar saldos de quaisquer contas de ativas e passivas
resultante de transações das sociedades não incluídas na
consolidação.

20)Dos procedimentos listados a seguir, indique aquele que não


corresponde ao processo contábil de elaboração das demonstrações
consolidadas.

a) Eliminar as despesas e receitas de variação cambial efetuadas


com instituições financeiras indicadas pela controladora;
b) Excluir os saldos de ativos e passivos em aberto de operações
realizadas entre controlada e controladora;
c) Excluir os valores de despesas e receitas de prestação de
serviços realizados entre empresas do grupo, cujas
demonstrações estão sendo consolidadas;
d) Excluir do resultado consolidado, os valores dos resultados
não realizados existentes nos ativos decorrentes de operações
de compra e venda de ativos intercompanhias, cujas
demonstrações estão sendo consolidadas;
e) Somar os saldos das contas ativas e passivas em aberto de
operações realizadas entre empresas cujas demonstrações
não estão sendo consolidadas.

126
21)O imposto de renda oriundo de lucro ainda não realizado, referente as
operações efetuadas entre as empresas cujos balanços estejam sendo
consolidados, deverá ser:

a) Considerado e pago quando for o caso;


b) Eliminado para posterior tributação;
c) Apresentado no balanço consolidado na conta tributos diferidos,
no ativo circulante ou realizável a longo prazo;
d) Deduzido do total dos estoques, no balanço consolidado, quando
proveniente de transações de mercadorias que não foram ainda
revendidas para terceiros;
e) Lançado contra impostos a compensar no passivo circulante, se
for de curto prazo, ou contra impostos a compensar no passivo
não circulante, se for de longo prazo.

127
22)Considerando os dispositivos da Lei nº 6.404/76, atualizada pela Lei nº
11.638/07, do CPC36 – Demonstrações Consolidadas, do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis e, ainda, com base na instrução CVM nº
247/96, leia atentamente os textos a seguir:
i) Para atender a metodologia da consolidação das demonstrações
contábeis, deve-se eliminar do resultado os encargos de tributos
correspondentes ao lucro não realizado, apresentando-os no ativo
circulante/realizável a longo prazo-tributos diferidos, no balanço
patrimonial consolidado;
ii) A lei nº 11.638/07 estendeu a aplicação da Lei nº 6.404/76, para
fins de elaboração das demonstrações contábeis, as sociedades
de grande porte, mesmo que não constituídas sob a forma de
sociedade por ações;
iii) A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do
valor do seu patrimônio líquido representado por investimentos
em sociedades controladas deverá elaborar e divulgar,
juntamente com suas demonstrações financeiras, demonstrações
contábeis consolidadas;
iv) A sociedade de comando deverá publicar demonstrações
financeiras consolidadas. As demonstrações consolidadas de
grupo de sociedades que inclua companhia aberta serão
obrigatoriamente auditadas por auditores independentes
registrados na Comissão de Valores Mobiliários, e observarão as
normas expedidas por essa comissão.

Assinale a alternativa correta:

a) Todos os textos estão corretos;


b) Estão corretos somente os textos III e IV;
c) Estão incorretos todos os textos;
d) Estão corretos somente os textos I e II;
e) Estão corretos somente os textos II e IV

128
23)As notas explicativas que acompanham as demonstrações contábeis
consolidadas devem conter informações precisas das controladas. Não
faz parte do elenco de notas explicativas relacionadas na instrução da
CVM:

a) eventos que ocasionaram diferenças entre os montantes do


patrimônio líquido e lucro líquido e ou, prejuízo da investidora
em confronto com os correspondentes montantes do patrimônio
líquido e do lucro líquido ou prejuízo consolidados;
b) planos de investimentos e captação de recursos no Brasil e no
exterior, com criteriosas justificativas em caso de pagamentos
de taxas anormais no mercado de capitais, que possam
descapitalizar o grupo empresarial a curto ou longo prazo;
c) critérios adotados na consolidação e as razões pelas quais foi
realizada a exclusão de determinada controlada;
d) efeitos, nos elementos do patrimônio e resultado consolidados,
da aquisição ou venda de sociedade controlada, no transcorrer
do exercício social, assim como da inserção da controlada no
processo de consolidação, para fins da comparabilidade das
demonstrações contábeis;
e) eventos subsequentes a data de encerramento do exercício
social que tenham, ou possam a vir a ter, efeitos relevante
sobre a situação financeira e resultados futuros consolidados.

24)Não devem integrar os demonstrativos consolidados os patrimônios de


empresas controladas nas quais:

a) o controle seja apenas temporário;


b) o controle ocorra de forma integral;
c) ocorra total dependência tecnológica;
d) ocorra dependência financeira integral;
f) o controle seja permanente e total.

129
25)Em 02/01/20X0, a Cia A adquire 100% das ações da Cia B por R$
600.000,00.

Balanços Patrimoniais em 02/01/X0

Elementos Cia A Cia B


Ativo Circulante 1.640.000,00 240.000,00
Ativo não Circulante
Investimentos em B 600.000,00
Imobilizado 580.000,00 420.000,00
Total do Ativo 2.820.000,00 660.000,00
Passivo 700.000,00 60.000,00
Patrimonio liquido
Capital 1.600.000,00 400.000,00
Reservas 520.000,00 200.000,00
Total Passivo + PL 2.820.000,00 660.000,00

Efetue a consolidação dos balanços

130
26)A Cia A, além e deter 100% da Companhia B, adquire 70% da Cia. C ,
por 210.000,00. O Patrimônio Líquido (PL) de C era de R$ 300.000,00.

Elementos Cia A Cia B Cia C


Ativo Circulante 1.640.000,00 240.000,00 380.000,00
Ativo não Circulante
Investimentos em B 600.000,00
Investimentos em C 210.000,00
Imobilizado 580.000,00 420.000,00 220.000,00
Total do Ativo 3.030.000,00 660.000,00 600.000,00
Passivo 700.000,00 60.000,00 300.000,00
Patrimonio liquido
Capital 1.810.000,00 400.000,00 120.000,00
Reservas 520.000,00 200.000,00 180.000,00
Total Passivo + PL 3.030.000,00 660.000,00 600.000,00

Efetue a consolidação dos balanços

131
132
27)Efetue a consolidação dos balanços abaixo.

Contas Empresa Controladora Empresa Controlada


ATIVO 100.000,00 75.000,00
Caixa 5.000,00 2.500,00
Contas a Receber 10.000,00 -
Clientes 15.000,00
Mercadorias 20.000,00 12.500,00
Participações Societárias 32.500,00 -
Terrenos 20.500,00 15.000,00
Móveis 12.000,00 6.000,00
Máquinas 24.000,00
PASSIVO 100.000,00 75.000,00
Fornecedores 15.000,00 7.500,00
Impostos a recolher 25.000,00
Contas a pagar 10.000,00
Empréstimo 15.000,00
Capital Social 40.000,00 30.000,00
Lucros Acumulados 20.000,00 12.500,00

Informações adicionais
a) a controladora detém 100% do capital da controlada e o investimento
é avaliado pela equivalência patrimonial;
b) a controlada tem a pagar à controladora a importância de R$
10.000,00, registrada em contas a pagar;
c) toda a produção da controlada se destina à venda pela controladora,
que somente adquire produtos da controlada e sempre pelo dobro do
custo de produção.

133
6 Transações com partes relacionadas

Trata das relações entre pessoas físicas ou jurídicas com as quais uma
entidade tenha possibilidade de contratar em condições que não sejam as de
comutatividade e independência.
Tratado pelo CPC 05 (R1) – Divulgação sobre Partes Relacionadas, e
Resolução CFC n 1.224/2009.
O objetivo do CPC 05 (R1) é assegurar que as demonstrações contábeis
contenham as divulgações necessárias para chamar a atenção dos usuários
para a possibilidade do balanço e demonstração de resultado estarem afetados
pela existência de partes relacionadas e por saldos e transações, incluindo
compromisso com estas partes.
O CPC 05 (R1) deve ser aplicado:
- (a) na identificação de relacionamentos e transações com partes
relacionadas;
(b) na identificação de saldos existentes, incluindo compromissos, entre a
entidade que reporta a informação e suas partes relacionadas;
(c) na identificação de circunstâncias sob as quais a divulgação dos itens (a) e
(b) é exigida; e
d) na determinação das divulgações a serem feitas acerca desses itens.
De acordo com o CPC as transações com partes relacionadas e saldos
existentes com outras entidades de grupo econômico devem ser divulgados
nas demonstrações contábeis da entidade. As transações e os saldos
intercompanhias existentes com partes relacionadas são eliminados, exceto em
relação àqueles entre entidade de investimento e suas controladas
mensuradas ao valor justo por meio do resultado, na elaboração das
demonstrações contábeis consolidadas do grupo econômico.

Propósito de divulgação
Os relacionamentos com partes relacionadas são uma característica
normal do comércio e dos negócios. Por exemplo, as entidades realizam
frequentemente parte das suas atividades por meio de controladas,
empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) e coligadas. Nessas
circunstâncias, a entidade tem a capacidade de afetar as políticas financeiras e
operacionais da investida por meio de controle pleno, controle compartilhado
ou influência significativa.
O relacionamento com partes relacionadas pode ter efeito na
demonstração do resultado e no balanço patrimonial da entidade. As partes

134
relacionadas podem levar a efeito transações que partes não relacionadas não
realizariam. Por exemplo, a entidade que venda bens à sua controladora pelo
custo pode não vender nessas condições a outro cliente. Além disso, as
transações entre partes relacionadas podem não ser feitas pelos mesmos
montantes que seriam entre partes não relacionadas.
O conhecimento das transações, dos saldos existentes, incluindo
compromissos, e dos relacionamentos da entidade com partes relacionadas
pode afetar as avaliações de suas operações por parte dos usuários das
demonstrações contábeis, inclusive as avaliações dos riscos e das
oportunidades com os quais a entidade se depara.

Definições
Parte relacionada é a pessoa ou a entidade que está relacionada com a
entidade que está elaborando suas demonstrações contábeis (neste
Pronunciamento Técnico, tratada como “entidade que reporta a informação”).
(a) Uma pessoa, ou um membro próximo de sua família, está relacionada com
a entidade que reporta a informação se:
(i) tiver o controle pleno ou compartilhado da entidade que reporta a
informação;
(ii) tiver influência significativa sobre a entidade que reporta a informação; ou
(iii) for membro do pessoal chave da administração da entidade que reporta
a informação ou da controladora da entidade que reporta a informação.
(b) Uma entidade está relacionada com a entidade que reporta a informação se
qualquer das condições abaixo for observada:
(i) a entidade e a entidade que reporta a informação são membros do mesmo
grupo econômico (o que significa dizer que a controladora e cada controlada
são interrelacionadas, bem como as entidades sob controle comum são
relacionadas entre si);
(ii) a entidade é coligada ou controlada em conjunto (joint venture) de outra
entidade (ou coligada ou controlada em conjunto de entidade membro de grupo
econômico do qual a outra entidade é membro);
(iii) ambas as entidades estão sob o controle conjunto (joint ventures) de uma
terceira entidade;
(iv) uma entidade está sob o controle conjunto (joint venture) de uma terceira
entidade e a outra entidade for coligada dessa terceira entidade;
(v) a entidade é um plano de benefício pós-emprego cujos beneficiários são
os empregados de ambas as entidades, a que reporta a informação e a que
está relacionada com a que reporta a informação. Se a entidade que reporta a
informação for ela própria um plano de benefício pós-emprego, os empregados

135
que contribuem com a mesma serão também considerados partes relacionadas
com a entidade que reporta a informação.
Transação com parte relacionada é a transferência de recursos, serviços ou
obrigações entre uma entidade que reporta a informação e uma parte
relacionada, independentemente de ser cobrado um preço em contrapartida.
Membros próximos da família de uma pessoa são aqueles membros da família
dos quais se pode esperar que exerçam influência ou sejam influenciados pela
pessoa nos negócios desses membros com a entidade e incluem:
(a) os filhos da pessoa, cônjuge ou companheiro(a);
(b) os filhos do cônjuge da pessoa ou de companheiro(a); e
(c) dependentes da pessoa, de seu cônjuge ou companheiro(a). R
Remuneração inclui todos os benefícios a empregados e administradores
(conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a
Empregados), inclusive os benefícios dentro do alcance do Pronunciamento
Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações. Os benefícios a
empregados são todas as formas de contrapartida paga, a pagar, ou
proporcionada pela entidade, ou em nome dela, em troca de serviços que lhes
são prestados. Também inclui a contrapartida paga em nome da controladora
da entidade em relação à entidade.

Controle é o poder de direcionar as políticas financeiras e operacionais da


entidade de forma a obter benefícios das suas atividades.
Controle conjunto é a partilha do controle sobre uma atividade econômica
acordada contratualmente.
Pessoal chave da administração são as pessoas eu tem autoridade e
responsabilidade pelo planejamento, direção e controle das atividades de
maneira direta ou indireta, incluindo qualquer administrador (executivo ou
outro).
Influência significativa é o poder de participar nas decisões financeiras ou
operacionais, mas que não caracterize o controle sobre essas políticas. Pode
ser obtida por meio de participação societária, disposições estatutárias ou
acordo de acionistas.
Estado refere-se ao governo no seu sentido lato, agências de governo e
organizações similares, sejam elas municipais, estaduais, federais, nacionais
ou internacionais.
Entidade relacionada com o Estado é a entidade que é controlada, de modo
pleno ou em conjunto, ou sofre influência significativa do Estado.

136
Não são partes relacionadas:
(a) duas entidades simplesmente por terem administrador ou outro
membro do pessoal chave da administração em comum, ou porque um
membro do pessoal chave da administração da entidade exerce influência
significativa sobre a outra entidade;
(b) dois investidores simplesmente por compartilharem o controle
conjunto sobre um empreendimento controlado em conjunto (joint venture);
(b) dois empreendedores em conjunto simplesmente por compartilharem
o controle conjunto sobre um empreendimento controlado em conjunto (joint
venture); (Alterada pela Revisão CPC 03)
(c) (i) entidades que proporcionam financiamentos; (ii) sindicatos; (iii)
entidades prestadoras de serviços públicos; e (iv) departamentos e agências de
Estado que não controlam, de modo pleno ou em conjunto, ou exercem
influência significativa sobre a entidade que reporta a informação,
simplesmente em virtude dos seus negócios normais com a entidade (mesmo
que possam afetar a liberdade de ação da entidade ou participar no seu
processo de tomada de decisões);
(d) cliente, fornecedor, franqueador, concessionário, distribuidor ou
agente geral com quem a entidade mantém volume significativo de negócios,
meramente em razão da resultante dependência econômica.
Na definição de parte relacionada, uma coligada inclui controladas dessa
coligada e uma entidade sob controle conjunto (joint venture) inclui controladas
de entidade sob controle compartilhado (joint venture). Portanto, por exemplo, a
controlada de uma coligada e o investidor que exerce influência significativa
sobre a coligada são partes relacionadas um com o outro.

Divulgação
Para possibilitar que os usuários de demonstrações contábeis formem
uma visão acerca dos efeitos dos relacionamentos entre partes relacionadas na
entidade, é apropriado divulgar o relacionamento entre partes relacionadas
quando existir controle, tendo havido ou não transações entre as partes
relacionadas.
A entidade deve divulgar a remuneração do pessoal chave da
administração no total e para cada uma das seguintes categorias:
(a) benefícios de curto prazo a empregados e administradores;
(b) benefícios pós-emprego;
(c) outros benefícios de longo prazo;
(d) benefícios de rescisão de contrato de trabalho;
137
e (e) remuneração baseada em ações.
Se a entidade tiver realizado transações entre partes relacionadas
durante os períodos cobertos pelas demonstrações contábeis, a entidade deve
divulgar a natureza do relacionamento entre as partes relacionadas, assim
como as informações sobre as transações e saldos existentes, incluindo
compromissos, necessárias para a compreensão dos usuários do potencial
efeito desse relacionamento nas demonstrações contábeis.
Esses requisitos de divulgação são adicionais aos referidos no item 17.
No mínimo, as divulgações devem incluir:
(a) montante das transações;
(b) montante dos saldos existentes, incluindo compromissos, e:
(i) seus prazos e condições, incluindo eventuais garantias, e a natureza
da contrapartida a ser utilizada na liquidação; e
(ii) detalhes de quaisquer garantias dadas ou recebidas;
(c) provisão para créditos de liquidação duvidosa relacionada com o
montante dos saldos existentes; e
(d) despesa reconhecida durante o período relacionada a dívidas
incobráveis ou de liquidação duvidosa de partes relacionadas.

As divulgações requeridas devem ser feitas separadamente para cada


uma das seguintes categorias:
(a) controladora;
(b) entidades com controle conjunto ou influência significativa sobre a
entidade que reporta a informação;
(b) entidades com controle conjunto da entidade ou influência
significativa sobre a entidade que reporta a informação;
(c) controladas;
(d) coligadas;
(e) empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) nos quais
a entidade invista;
(e) empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) em que a
entidade seja investidor conjunto;
(f) pessoal chave da administração da entidade ou de sua controladora;
e (g) outras partes relacionadas.

138
Exemplos de transações que devem ser divulgadas, se feitas com parte
relacionada:
(a) compras ou vendas de bens (acabados ou não acabados);
b) compras ou vendas de propriedades e outros ativos;
(c) prestação ou recebimento de serviços;
(d) arrendamentos;
(e) transferências de pesquisa e desenvolvimento;
(f) transferências mediante acordos de licença;
(g) transferências de natureza financeira (incluindo empréstimos e
contribuições para capital em dinheiro ou equivalente);
(h) fornecimento de garantias, avais ou fianças;
(i) assunção de compromissos para fazer alguma coisa para o caso de um
evento particular ocorrer ou não no futuro, incluindo contratos a executar
(reconhecidos ou não); e
(j) liquidação de passivos em nome da entidade ou pela entidade em nome de
parte relacionada.
A participação de controladora ou controlada em plano de benefícios
definidos que compartilha riscos entre entidades de grupo econômico é
considerada uma transação entre partes relacionadas
Para quaisquer transações entre partes relacionadas, faz-se necessária
a divulgação das condições em que as mesmas transações foram efetuadas.
Transações atípicas com partes relacionadas após o encerramento do
exercício ou período também devem ser divulgadas.
As divulgações de que as transações com partes relacionadas foram
realizadas em termos equivalentes aos que prevalecem nas transações com
partes independentes são feitas apenas se esses termos puderem ser
efetivamente comprovados.
Os itens de natureza similar podem ser divulgados de forma agregada,
exceto quando a divulgação em separado for necessária para a compreensão
dos efeitos das transações com partes relacionadas nas demonstrações
contábeis da entidade.

139
Entidades relacionadas com o Estado.

A entidade que reporta a informação está isenta das exigências de


divulgação do item 18 no tocante a transações e saldos mantidos com partes
relacionadas, incluindo compromissos, quando a parte for:
(a) um ente estatal que tenha controle, controle conjunto ou que exerça
influência significativa sobre a entidade que reporta a informação; e
(b) outra entidade que seja parte relacionada, pelo fato de o mesmo ente
estatal deter o controle ou o controle conjunto, ou exercer influência
significativa, sobre ambas as partes (a entidade que reporta a
informação e a outra entidade).

140
6.1 Exercícios

1) (Auditor/Receita Federal/Esaf) A evidenciação de operações realizadas


entre partes relacionadas é necessária para atender
a) Um item da legislação fiscal, o controlador e os financistas;
b) Principalmente o acionista minoritário e o usuário externo;
c) O acionista majoritário, os credores atuais e o usuário interno;
d) O mercado consumidor, o acionista minoritário e o usuário
interno;
e) O usuário externo e os atuais acionistas da empresa.

2) (Ferreira,2019) O balanço consolidado deve evidenciar, em subgrupo


próprio, as contas a receber e as contas a pagar resultantes das
transações entre a controladora e suas controladas.

Certo
Errado

3) (Ferreira, 2019) A companhia X controla as Companhias Z e Y. Por sua


vez, a Companhia Z controla a Companhia K.
Assim, é incorreto afirmar que:
a) A Companhia Z é parte relacionada de X;
b) A Companhia Y é parte relacionada de X;
c) A Companhia K é parte relacionada de X;
d) A Companhia K é parte relacionada de Z;
e) A Companhia K não é parte relacionada de Y.

4) (Contador Junior/Petrobras/Cesgranrio/2010) Segundo o Comitê de


Pronunciamentos Contábeis, é considerada transação com parte
relacionada a transferência de recursos, serviços ou obrigações entre
partes relacionadas, independentemente de ser cobrado um preço em
contrapartida.
Certo

141
Errado

5) Assinale a alternativa correta:

a) A divulgação das transações com partes relacionadas tem


como objetivo ocultar informações entre empresas vinculadas;
b) Considera partes relacionadas as operações de compra e
venda com fornecedores e clientes;
c) Partes relacionadas são entidades físicas ou jurídicas, com as
quais uma companhia tenha a possibilidade de contratar, no
sentido lato, em condições que não sejam as de comutatividade
e independência.
d) Como transações com partes relacionadas, somente considera
empréstimos concedidos e obtidos;
e) Não devem ser divulgadas as transações com partes
relacionadas

6) A evidenciação de operações realizadas entre partes relacionadas é


necessária para atender:
a) Um item da legislação fiscal, o controlador e os financistas;
b) Principalmente, o acionista minoritário e o usuário externo;
c) O acionista majoritário, os credores atuais e o usuário interno;
d) O mercado consumidor, o acionista minoritário e o usuário
interno;
e) O usuário externo e os atuais acionistas da empresa.

7) Não estão inseridos no contexto de partes relacionadas:


a) Compra e venda de produtos ou serviços que constituem o objeto
social da empresa;
b) Direitos de preferência à subscrição de valores mobiliários;
c) Novação, perdão ou outras formas pouco usuais de
cancelamento de dívidas.
d) Limitações mercadológicas e tecnológicas;
e) Venda à vista de valor não significativo, de forma esporádica nas
mesmas condições do livre mercado.

142
8) O objetivo da divulgação das transações entre as partes relacionadas
está vinculado com:
a) As informações aos acionistas, principalmente, os não
controladores, sobre a forma e o valor das transações com
pessoas vinculadas a qualquer título;
b) As informações ao fisco, no sentido de denunciar a evasão
fiscal;
c) Informações aos sócios majoritários sobre as transações com
partes vinculadas;
d) Informações a respeito da fidedignidade dos demonstrativos
contábeis;
e) Todas as anteriores estão corretas.

9) Com relação à divulgação das transações entre as partes relacionadas,


podemos afirmar que:
a) As transações com partes relacionadas foram feitas com o
objetivo de cometer fraudes, por isso, devem ser divulgadas;
b) A divulgação somente pode ser feita dentro da estrutura
estabelecida pela legislação, mas nunca no corpo das
demonstrações contábeis ou notas explicativas;
c) Não devem ser divulgadas, serve somente como controle interno
administrativo;
d) Podem ser divulgadas no corpo das demonstrações financeiras
ou em notas explicativas e deve ser informado se as transações
foram feitas a prazos usuais e valores de mercado;
e) Os avais, as fianças, as hipotecas, os depósitos, os penhores ou
quaisquer outras formas de garantia, quando efetuados com
pessoas vinculadas, não devem ser divulgados.

10) a) Uma pessoa, ou um membro próximo de sua família, está


relacionada com a entidade que reporta a informação se:
- tiver o controle pleno ou compartilhado da entidade que reporta a
informação;
- tiver influência significativa sobre a entidade que reporta a informação;
ou
- for membro do pessoal chave da administração da entidade que
reporta a informação ou da controladora da entidade que reporta a
informação.

143
b) uma entidade está relacionada com a entidade que reporta a
informação se qualquer das condições abaixo for observada:
- a entidade e a entidade que reporta a informação são membros do
mesmo grupo econômico (o que significa dizer que a controladora e cada
controlada são inter-relacionadas, bem como as entidades sob controle comum
são relacionadas entre si);
Não são partes relacionadas:
a) Uma pessoa ou membro de família que tiver controle pleno ou
compartilhado da entidade que reporta a informação;
b) Uma pessoa ou membro próximo que tiver influência significativa
sobre a entidade que reporta a informação;
c) A operações com controladas;
d) As operações com coligadas;
e) Cliente, fornecedor, franqueador, concessionário, distribuidor ou
agente geral com quem a entidade mantém volume significativo de
negócios, meramente em razão da resultante dependência econômica.

144
7 Mudanças nas taxas de câmbio e conversão das
demonstrações contábeis.

As empresas podem manter atividades em moeda estrangeira de duas


maneiras:

a) Possuir transações em moedas estrangeiras;

b) Ter operações no exterior, como manter filiais, sucursais, etc.

c) O pronunciamento aplicável é o CPC 02 – Efeitos das mudanças nas


taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis.

d) O mesmo deve ser aplicado:

a) na contabilização de transações e saldo em moeda estrangeira, exceto


para aquelas alcançadas pelo CPC 48 – Instrumentos Financeiros.

b) na conversão de resultados e posição financeira de operações no


exterior que são incluídas nas demonstrações contábeis da entidade por meio
de consolidação ou pela aplicação do método da equivalência patrimonial; e

c) na conversão de resultados e posição financeira de uma entidade para


uma moeda de apresentação.

Moeda funcional

É a moeda do ambiente funcional principal no qual a entidade opera, sendo


normalmente aquele em que principalmente ocorre a geração de caixa: entrada
e saídas de caixa. Alguns fatores primários devem considerados para
determinar a moeda funcional, como:

a) A moeda que mais influencia os preços de venda dos bens e serviços


(geralmente é a qual os preços de venda para seus bens e serviços estão
expressos e são liquidados.

145
b) A moeda do país cujas forças competitivas e regulações mais influenciam
na determinação dos preços de venda para seus bens e serviços.

c) A moeda que mais influência fatores como mão de obra, matéria-prima e


outros custos para o fornecimento de bens ou serviços (geralmente é a moeda
na qual tais custos estão expressos e são liquidados).

Como fatores secundários podemos considerar:

a) A moeda por meio do qual são originados recursos das atividades de


financiamento (emissão de títulos de dívida ou ações);

b) A moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades


operacionais são usualmente acumulados.

Uma vez determinada a moeda funcional, não deverá haver alterações,


salvo se houver mudanças nos elementos que a determinaram. Por regra a
entidade deve seguir a moeda corrente do mesmo, mas poderá ter como
moeda funcional a de outro país.

Moeda

A moeda é uma unidade legal de pagamento em vigor em determinado


país. Temos então:

Moeda local: é a moeda nacional do país em que a entidade está situada.

Moeda estrangeira: é qualquer moeda diferente da moeda funcional da


entidade.

Moeda funcional: moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade


opera.

Moeda de apresentação: moeda na qual as demonstrações são


apresentadas.

Apresentação de transação em moeda estrangeira na moeda


funcional

As transações em moeda estrangeira são originadas quando:

146
a) Compra ou venda de bens ou serviços cujo preço é fixado em moeda
estrangeira;

b) Obtém ou concede empréstimos, quando os valores a pagar ou a


receber são fixados em moeda estrangeira; ou

c) De alguma forma, adquire ou desfaz-se de ativos, ou assume ou liquida


passivos fixados em moeda estrangeira.

d) Esta transação deve ser reconhecida no momento inicial, pela moeda


funcional, mediante a aplicação da taxa de cambio à vista entre a moeda
funcional e a moeda estrangeira, na data da transação, sobre o
montante em moeda estrangeira.

e) A data da transação é a data a partir da qual a negociação se qualifica


para fins de reconhecimento, de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil.

Taxa de Cambio

É a relação de troca em duas moedas de países distintos. A taxa a ser utilizada


é divulgada pelo Banco Central, e pode ser:

Taxa histórica: taxa vigente na data da transação.

Taxa corrente: vigente no dia da operação. Na data de encerramento do


exercício social, é também chamada de taxa de fechamento.

Taxa média: obtida da média aritmética ponderada das taxas de câmbio


vigentes durante um determinado período, normalmente uma semana ou um
mês, com o objetivo de melhor representar a evolução das taxas de câmbio no
período.

Taxa de fechamento: taxa de câmbio a vista vigente no encerramento do


balanço patrimonial.

A taxa de câmbio usualmente adotada que se aproxima da taxa vigente na


da de negociação e a taxa de câmbio média semanal ou mensal e pode ser
aplicada a todas as negociações, em cada moeda estrangeira ocorrida. No

147
entanto, se as taxas flutuarem significativamente, a adoção da taxa de câmbio
média para o período não é apropriada.

Moeda funcional de investimentos avaliados pelo MEP

Os investimentos avaliados pelo MEP no exterior, devem levar em conta


os seguintes indicadores adicionais, e também servir de base para avaliar se a
moeda funcional dessas investidas no exterior é a mesma utilizada por sua
investidora:

a) se as atividades das investidas no exterior são executadas como


extensão da investidora, como, por exemplo, quando a investida no exterior
somente vende bens que são importados da investidora e remete para esta o
resultado obtido;

b) se as transações com o as investidoras ocorrem em uma proporção


alta ou baixa das atividades das investidas no exterior;

c) se os fluxos de caixa advindos das atividades das investidas no


exterior afetam diretamente os fluxos de caixa da investidora e estão
prontamente disponíveis para remessa à investidora;

d) se os fluxos de caixa advindos das atividades das investidas no


exterior são suficientes para pagamento de juros e demais compromissos,
existentes e esperados, normalmente presentes em títulos de dívida, sem que
seja necessário que a investidora disponibilize recursos para servir a tal
propósito.

Apresentação das transações no encerramento do exercício


social

No encerramento:

- Os itens monetários devem ser convertidos, usando-se a taxa de câmbio


de fechamento.

148
- Os itens não monetários que são mensurados pelo custo histórico em
moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-se a taxa de cambio
vigente na data de negociação;

- Os itens não monetários que são mensurados pelo valor justo em


moeda estrangeira devem ser convertidos , usando-se as taxas de
câmbio vigente nas datas em que o valor justo tiver sido mensurado.

Métodos de conversão

Existem três métodos de conversão:

1) Método histórico ou método monetário e não monetário: as contas


patrimoniais que compõem o balanço patrimonial, as receitas e despesa,
são classificados em três categorias:

1.1.1) Itens Monetários: são compostos pelas unidades de moeda mantida em


caixa, ativos a serem recebidos em unidades de moeda e passivos a serem
pagos em unidade de moeda, e encontram-se divididos em itens monetários
expostos e itens monetários protegidos.

Itens monetários expostos geram saídas e entradas imediatas ou futuras


em moeda local.

Itens monetários protegidos geram saídas e entradas imediatas ou


futuras em moeda estrangeira.

1.1.2) Itens não Monetários: compreendem os ativos, passivos e patrimônio


líquido que serão realizados ou liquidados em bens e serviços.

Não geram ganhos ou perdas de conversão e nem receitas ou despesas


de variação cambial, pois geralmente são convertidos pela taxa histórica.
Exemplo: custo de mercadoria vendida, apropriação das despesas antecipadas
de seguros, depreciação, apropriação de receitas antecipadas.
149
2) Método temporal: é uma adaptação dos métodos da taxa corrente e
histórico, sendo o de maior aceite profissional.

3) Método da taxa corrente: método adotado pelo CPC 02 de conversão


das demonstrações contábeis e tem por base a aplicação das seguintes taxas
de conversão:

Itens monetários em São convertidos pela taxa fechamento


moeda estrangeira ⇨
Itens não monetários São convertidos pela taxa vigente na data
⇨ da transação
Itens não monetários São convertidos pela taxa vigente na data
em moeda estrangeira ⇨ da mensuração do valor justo
mensurados pelo valor
justo

As variações cambiais decorrentes da liquidação de itens monetários ou


não monetários ou da conversão de destes itens diferentes daquelas pelas
quais foram convertidas quando da mensuração inicial, durante o período ou
em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas na
demonstração do resultado do período em que surgirem.

Na conversão de itens não monetários mensurados ao custo histórico, a


entidade utiliza a taxa de câmbio vigente na data da transação.

Grupo do Balanço Taxa de conversão pelo


Patrimonial método da taxa corrente
AC e AÑC Taxa de fechamento

PC e PÑC Taxa de fechamento

PL Taxa histórica

Lucros Acumulados Taxa média

150
7.1 Exercícios

1) Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a


entidade opera.

Certo
Errado

2) A moeda funcional a ser adotada por determinada entidade para efeito


de conversão das demonstrações contábeis é aquela correspondente ao
principal ambiente econômico em que ela opere, independentemente da
localização da sede da entidade.

Certo
Errado

3) Com relação à contabilidade fiscal, julgue os itens seguintes.


Se determinada empresa adotar moeda funcional diferente da moeda
nacional, será obrigada a elaborar escrituração contábil com base em
moeda nacional, cujos valores servirão de base para a tributação da
contribuição para o financiamento da seguridade social.

Certo
Errado

151
4) Considerando os efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e
conversão de demonstrações contábeis das empresas e de suas filiais,
agências, sucursais ou dependências no exterior, assinale a opção
correta.

a) Ao final de cada exercício financeiro, os itens não monetários


dos investimentos mensurados pelo custo histórico não serão
convertidos da moeda estrangeira para a moeda funcional, a
não ser quando o investimento for descontinuado.
b) Se a Cia. brasileira K detém 85% do capital da Cia. D, que
opera no exterior e utiliza as mesmas práticas contábeis da
investidora, os ganhos cambiais da Cia. K em relação à
investida, após a avaliação pela equivalência patrimonial,
serão reconhecidos, proporcionalmente ao investimento, na
demonstração do resultado do exercício da Cia.
K.
c) Os métodos de avaliação de investimentos permanentes no
exterior permitidos pela legislação brasileira incluem a
equivalência patrimonial, o método do custo e o valor justo.
d) Na norma brasileira, não há regulação específica para a
contabilização de investimentos no exterior.
e) Quando uma investidora recebe reembolso de capital de
investimento no exterior, a variação cambial deve ser
reconhecida diretamente no seu patrimônio líquido, para não
provocar efeito no resultado do período

5) Há fatores que podem impactar diretamente na contabilidade, ainda que


não sejam puramente de mercado. Neste contexto, uma das definições
trazidas pelo CPC 02, refere-se a um conceito de vital importância para
o dia a dia de um contador e que pode ter correlação com variáveis que
não sejam de mercado (por exemplo: instabilidade política). A definição
ora citada é a “diferença resultante da conversão de um número
específico de unidades em uma moeda para outra moeda, a diferentes
taxas cambiais”. Esta diferença é denominada:

a) Inflação;
b) Depreciação;
c) Juros de mora;
d) Variação cambial.

152
6) Considerando o processo de conversão de demonstrações contábeis em
moedas estrangeiras, o método de conversão adotado pelo CPC 02,
inspirado na IAS 21, é o método da taxa corrente. A conversão será
realizada a partir de demonstrações na moeda estrangeira, já ajustadas
aos critérios brasileiros. Acerca desse assunto, julgue os itens
subsequentes. Os ativos e passivos são convertidos utilizando-se a taxa
de abertura (denominada taxa flutuante) na data do respectivo balanço.

Certo
Errado

7) Determinada empresa agrícola de grande porte exporta a totalidade de


sua produção para clientes localizados na China. Num contexto como
esse, o significado de moeda funcional é de grande importância. Esse
conceito corresponde:

a) À relação de troca entre duas moedas.


b) À moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade
opera;
c) À taxa de câmbio normalmente utilizada para liquidação
imediata das operações de câmbio
d) Às unidades de moeda mantidas em caixa e ativos e passivos
a serem recebidos ou pagos em um número fixo ou
determinado de unidades de moeda.

8) Tendo como referência as disponibilidades, as características, os


critérios de contabilização e os reflexos nas demonstrações contábeis
das empresas, julgue os itens seguintes. Os fluxos de caixa anuais de
uma controlada no exterior devem ser convertidos para a moeda
funcional da controladora utilizando-se a taxa cambial na data de
fechamento de cada mês.

Certo
Errado

153
9) Na data do levantamento das demonstrações contábeis de
encerramento do exercício social, uma entidade tem, em seus registros
contábeis, itens monetários em moeda diferente da funcional.

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2), aprovado pela


Deliberação CVM no 640/2010, sobre os efeitos das mudanças nas taxas
de câmbio e conversão de demonstrações, essa entidade deverá
proceder à conversão desses itens para a moeda funcional com a
utilização da taxa de câmbio

a) De abertura;
b) De fechamento;
c) Do dia da aquisição dos itens;
d) Média do período de reporte.

10)Com base na NBC TG – 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de


Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis, complete a seguinte
afirmativa: Ao término de períodos de reporte posteriores ao
reconhecimento inicial

a) De um item monetário em moeda estrangeira, o elemento deve


ser convertido, usando-se a taxa de cambio de fechamento;
b) De um item não monetário em moeda estrangeira, o elemento
deve ser convertido, usando-se a taxa de câmbio de fechamento;
c) De um item monetário em moeda estrangeira, o elemento deve
ser convertido, usando-se a taxa de câmbio vigente na data da
transação;
d) Tanto de um item monetário como de um item não monetário, em
moeda estrangeira, o elemento deve ser convertido, usando-se a
taxa de câmbio de fechamento.

154
11) Os conceitos de moeda funcional são apresentados pelo
Pronunciamento Técnico CPC 02. A esse respeito, assinale a alternativa
incorreta.

a) O ambiente econômico principal no qual a entidade opera é


normalmente aquele em que principalmente ela gera e
despende caixa.
b) A moeda do país cujas forças competitivas e regulações mais
influenciam na determinação dos preços de venda para seus
bens e serviços é um fator a ser considerado na determinação
da moeda funcional.
c) A moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades
de financiamento são usualmente acumulados é um fator a ser
considerado na determinação da moeda funcional.
d) A moeda que mais influencia fatores como mão de obra,
matéria-prima e outros custos para o fornecimento de bens ou
serviços é um fator a ser considerado na determinação da
moeda funcional.

12)Os saldos em moeda estrangeira, que devem ser apresentados no


Balanço Patrimonial, quando a empresa possui contas em unidades
bancárias em outros países, devem ser apresentados pelo valor
a) Histórico, considerando a taxa de venda da moeda estrangeira;
b) Histórico, visto que a representação é feita com a moeda do país;
c) Ajustado para a moeda nacional pela taxa de venda na data do
balanço;
d) Ajustado para a moeda nacional pela taxa de compra na data do
balanço.

13)Desconsiderando economia hiperinflacionária, em relação ao processo


de conversão das demonstrações contábeis, é correto afirmar que

a) O balanço patrimonial e a demonstração de resultados são


convertidos à taxa de câmbio de fechamento na data da
respectiva demonstração;
b) As receitas e as despesas devem ser convertidas à taxa de
câmbio de fechamento na data da respectiva demonstração;
c) Os ativos e os passivos devem ser convertidos às taxas de
câmbio históricas nas datas das respectivas operações

155
d) Os ativos e os passivos devem ser convertidos à taxa de
câmbio de fechamento na data do respectivo balanço;
e) Os aumentos de capital devem ser convertidos à taxa média
anual em que a operação foi realizada.

14) Realize a conversão das demonstrações contábeis da empresa UCS. Os


dados são os seguintes:

Demonstração de Resultado
Receitas 35.000,00
( - ) Custos (16.000,00)
( = ) Lucro Bruto 19.000,00
( - ) Despesas operacionais (5.000,00)
( = ) Lucro antes dos impostos 14.000,00
( - ) Impostos (3.360,00)
( = ) Lucro Líquido 10.640,00

Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE 35.640,00 CIRCULANTE 80.000,00
Disponibilidades 20.640,00 Fornecedores 80.000,00
Clientes 15.000,00

NÃO CIRCULANTE 285.000,00 NÃO CIRCULANTE 30.000,00


Realizável a longo prazo 5.000,00 Financiamentos 30.000,00
Imobilizado 130.000,00
Intangíveis 150.000,00 PATRIMONIO LÍQUIDO 210.640,00
Capital Social 200.000,00
Lucros Acumulados 10.640,00

Total do Ativo 320.640,00 Total do Passivo 320.640,00

156
O desdobramento das receitas, dos custos e das despesas por mês, foi o seguinte:
em dólares
Mês Receitas Custos Despesas
Janeiro 3.500,00 900,00 400,00
Fevereiro 3.000,00 800,00 500,00
Março 2.200,00 800,00 300,00
Abril 5.300,00 1.500,00 300,00
Maio 500,00 1.500,00 400,00
Junho 3.000,00 1.500,00 400,00
Julho 2.500,00 1.500,00 400,00
Agosto 3.600,00 1.500,00 400,00
Setembro 2.000,00 1.500,00 400,00
Outubro 2.900,00 1.500,00 500,00
Novembro 3.000,00 1.500,00 500,00
Dezembro 3.500,00 1.500,00 500,00
Total 35.000,00 16.000,00 5.000,00

As taxas de câmbio são as seguintes:


Mês Taxa média mensal
Janeiro 1,80
Fevereiro 2,00
Março 1,79
Abril 1,92
Maio 2,02
Junho 2,10
Julho 2,12
Agosto 2,06
Setembro 2,15
Outubro 2,30
Novembro 2,35
Dezembro 2,50
Total 2,09

O capital foi constituido quando a taxa do dólar era de 1,72 e a taxa de


fechamento de 2,35

Respostas

157
158
15)A empresa RM apresentou os seguintes dados em sua DRE, em USD$
Balanço Patrimonial
ATIVO   PASSIVO  
CIRCULANTE 238.000,00 CIRCULANTE 136.400,00
Disponibilidades 160.000,00 Fornecedores 50.000,00
Clientes 78.000,00 Impostos a recolher 86.400,00
       
NÃO CIRCULANTE 357.000,00 NÃO CIRCULANTE 35.000,00
Realizável a longo prazo 15.000,00 Financiamentos 35.000,00
Imobilizado 342.000,00    
    PATRIMONIO LÍQUIDO 423.600,00
    Capital Social 150.000,00
    Lucros Acumulados 273.600,00
       
       
Total do Ativo 595.000,00 Total do Passivo 595.000,00

Mês Receitas Despesas Taxa


80.000,0 50.000,0 2,0
Janeiro 0 0 5
90.000,0 65.000,0 2,1
Fevereiro 0 0 5
90.000,0 62.000,0 2,2
Março 0 0 5
85.000,0 68.000,0 2,2
Abril 0 0 5
95.000,0 72.000,0 2,1
Maio 0 0 5
115.000,0 85.000,0 2,1
Junho 0 0 0
135.000,0 102.000,0 2,3
Julho 0 0 0
145.000,0 110.000,0 2,3
Agosto 0 0 0
165.000,0 125.000,0 2,2
Setembro 0 0 8
180.000,0 145.000,0 2,2
Outubro 0 0 6
190.000,0 158.000,0 2,3
Novembro 0 0 2
215.000,0 183.000,0 2,3
Dezembro 0 0 5
1.585.000,0 1.225.000,0 2,2
Total 0 0 3

159
Outras informações                
Taxa na constituição do capital social 1,85
Taxa de fechamento 2,35
Alíquota de IR 15%
Alíquota de CSLL 9%

Deverão ser realizados os cálculos dos impostos e a conversão da DRE e do balanço


patrimonial.

Com base nessas informações responda qual será o valor do ajuste acumualdo do conversão
que deverá constar no balanço patrimonial em reais.

160
161
Exercícios de fixação I

1) São métodos que uma empresa investidora pode utilizar para avaliação
dos investimentos em Participações Societárias em outras empresas:
a) Método de Custo ou Custo ou Mercado, dos dois o menor;
b) Método do Valor Presente ou Equivalência Patrimonial;
c) Método do Valor de Realização ou Valor Presente Equivalência
Patrimonial;
d) Método do Valor de Realização ou Custo Histórico;
e) Método do Custo Histórico (MCH) ou pelo Método da
Equivalência Patrimonial (MEP)

2) O Pronunciamento Técnico CPC 18 – Investimento em Coligada e em


Controlada, apresenta vários conceitos básicos relacionados à definição
do método de equivalência patrimonial, conceito de coligada e
controlada, controle e influência significativa. Assinale a alternativa que
contem uma exceção aos conceitos ou definições do texto do CPC 18:
a) Influência significativa é o poder de participar nas decisões
financeiras e operacionais da investida, sem controlar de
forma individual ou conjunta essas políticas;
b) Método de equivalência patrimonial é o método de
contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente
reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado pelo
reconhecimento da participação atribuída ao investidor nas
alterações dos ativos líquidos da investida;
c) Na adoção do método de equivalência patrimonial para
registro dos investimentos em participação societária, o
resultado do período do investidor deve incluir a parte que lhe
cabe nos resultados gerados pela investida;
d) Controlada é a entidade, incluindo aquela não constituída sob
a forma de sociedade tal como uma parceira, na qual a
controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é
titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo
permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder
de eleger a maioria dos administradores.
e) Toda as participações societárias permanentes em outras
sociedades devem ser avaliadas pelo método da equivalência
patrimonial, exceto quando a participação da investidora for
suficiente para lhe assegurar o poder de participar nas
decisões financeiras e operacionais da investida, sem
controlar de forma individual ou conjunta essas políticas;

162
3) A legislação societária conceitua como empresas coligadas as
sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa, sendo
que a CVM, por meio da Instrução n 247/96, sugeriu diversas evidências
de influência na administração da coligada. Não se caracteriza como
uma evidência de influência significativa na administração de outra
empresa o fato de a investidora exercer a atividade de:
a) Participar nas suas deliberações sociais tomadas por outra
empresa, inclusive com a existência de administradores
comuns;
b) Deter o poder de eleger ou destituir um ou mais dos
administradores da outra empresa;
c) Conceder empréstimos de acordo com as condições usuais de
mercado, com a prática de juros e prazos habituais
semelhantes às negociações com as demais empresas;
d) Manter um volume relevante de transações, inclusive com o
fornecimento de assistência técnica ou informações técnicas
essenciais para as atividades da investidora;
e) Recebimento, pela empresa investidora, de informações
contábeis detalhadas da investida, bem como dos seus planos
de investimentos, de uma forma permanente.

163
4) O Método da equivalência patrimonial foi adotado pela atual legislação
societária para avaliar e contabilizar as aplicações em determinadas
participações no capital de outras empresas. Tal metodologia:

a) Não deve ser adotada para avaliação de investidas nas quais


a investidora detém em conjunto com outras investidoras, o
controle conjunto, ou seja, o controle e compartilhado;
b) Deve ser adotada para avaliação de investimentos em todas
as coligadas, mesmo que a participação seja menos de 10%
(dez por cento) e que a investidora não exerça influência
significativa;
c) Deve ser adotada também para os casos de investimentos em
controladas indiretas, que são aquelas investidas nas quais a
controladora, através de outras controladas, é titular de
direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a
maioria dos administradores;
d) Não reconhece a participação da investidora no resultado do
exercício das investidas;
e) É utilizado apenas para a avaliação dos investimentos na
participação societária nas empresas controladas, diretas ou
indiretamente.

5) As empresas sujeitas à avaliação de investimentos pelo método de


equivalência patrimonial têm que manter a uniformidade de critérios
contábeis. Assinale a alternativa que não corresponde à uma das
obrigações citadas no texto legal:
a) Fazer no balanço ou balancete da coligada ou controlada os
ajustes necessários para eliminar as diferenças relevantes,
decorrentes de diversidade de critérios contábeis em relação
aos adotados pela investidora;
b) Ajustar o balanço ou balancete da coligada ou controlada,
levantado em data anterior à do balanço da investidora
(diferença máxima de dois meses), para registrar os efeitos
relevantes de fatos extraordinários ocorridos no período;
c) Avaliar ativos e passivos pelos mesmo critérios;
d) Considerar como resultado do exercício apenas a diferença
entre o valor do investimento e do Patrimônio Líquido das
investidas, que decorrer de lucro ou prejuízo apurado na
coligada ou controlada ou que corresponder,
comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivas. Assim,
deverá ser observado o tratamento específico quando as
investidas fizerem ajustes ao valor justo de ativos
e) Distribuir nos primeiros meses do exercício subsequente os
dividendos apurados e calculados de acordo com as normas

164
legais;

6) Assinale a alternativa que está em desacordo com a atual legislação


societária que disciplina as normas legais dos investimentos efetuados
pelas investidoras no capital de outras empresas.
a) Entende-se por controlada como sendo aquela empresa na
qual a investidora detêm participação societária que não lhe
assegure, de forma permanente, direta ou indiretamente,
preponderância em suas deliberações sociais e nem as
condições para eleger a maioria de seus administradores;
b) Sociedade controlada é aquela em que a investidora,
diretamente ou por meio de outras controladas, for titular de
direitos de sócios que lhes assegurem, de modo,
permanente, preponderância nas deliberações sociais e o
poder de eleger a maioria dos administradores;
c) Coligada é a entidade sobre a qual a investidora mantém
influência significativa, sem chegar a controlá-la;
d) Influência significativa, no caso das coligadas, significa
existência do poder de participar nas decisões financeiras e
operacionais da investida. É presumido que exista influência
significativa quando a entidade possui 20% ou mais do poder
de voto da investida.
e) São controladas as sociedades nas quais haja participação
da investidora que corresponda a mais de 50% no capital
votante da investida.

165
7) Com relação à avaliação de investimentos em coligadas e controladas, a
Lei 11.638/07, nos arts. 243 e 248, deu nova redação à Lei 6.404/76.
Assinale a alternativa incorreta (após a nova redação da Lei 11638/07)

a) Foi alterado o conceito de coligadas;


b) Os investimentos relevantes em coligadas sobre cuja administração
tenha influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por
cento) ou mais do capital social, em controladas e em outras
sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob
controle comum serão avaliados pelo método da equivalência
patrimonial.
c) Não foi alterado o conceito de controlada que esteja sob controle
comum ou cujo controle é compartilhado pelas controladoras;
d) Para se caracterizar como empresa controlada, a participação da
investidora deve ser maior do que 50% do capital votante da
investida.
e) Os investimentos em coligadas sobre cuja administração tenha
influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por cento)
ou mais do capital votante, em controladas e em outras sociedades
que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle
comum não serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial.

8) O método da equivalência patrimonial reconhece, na investidora, as


alterações ocorridas nas empresas investidas quando estas afetarem:

a) O Patrimônio Líquido das empresas investidas.


b) O Ativo Não Circulante das Controladas e Coligadas;
c) O grupo Ativo Não Circulante – Investimentos ou o Ativo
Permanente das empresas Controladoras;
d) Os ativos não circulantes das companhias investidas;
e) O Passivo Circulante de Longo Prazo das investidas.

166
9) A Cia. Tijuana detém 90% do total do capital social da Cia. Bras. Por
ocasião do recebimento de dividendos em conta bancária, deverá ser
registrada a contrapartida dessa transação pela Cia. Tijuana
(lançamento a crédito) na seguinte conta contábil:
a) Lucros Acumulados;
b) Receitas não operacionais: Resultado da Equivalência
Patrimonial;
c) Investimentos em Participações Societárias – Avaliadas pelo
Método de Custo Histórico;
d) Dividendos Recebidos.
e) Investimentos em Participações Societárias – Avaliados pelo
Método da Equivalência Patrimonial;

10)Considerando as disposições da atual legislação societária, Instrução


CVM 247/96 e Pronunciamento CPC 18, assinale a alternativa correta:
a) O poder de eleger ou de destituir um ou mais administradores
não serve como exemplo de evidência de influência na
administração da coligada;
b) Na adoção do método pelo MCH (Método do Custo Histórico) ,
o lucro anual da investida deve ser ajustado pelo lucro ou
prejuízo não realizado;
c) O método de avaliação MCH (Método do Custo Histórico) deve
ser utilizado para avaliação dos investimentos em participações
nas controladas em conjunto;
d) Se o investimento não se enquadrar dentro das condições
legais para se caracterizar uma controlada, a investida deve ser
avaliada pelo Método do Custo Histórico.
e) Dependendo das circunstâncias, os investimentos em
participações societárias poderão ser avaliados pelo MCH
(Método do Custo Histórico) ou pelo MEP (Método da
Equivalência Patrimonial)

167
11)Considerando as disposições da Lei 6.404/76 e alterações posteriores,
assinale a opção INCORRETA:
a) É presumida influência significativa quando a investidora for
titular de 20% ou mais do capital votante da investida, sem
controlá-la;
b) Considera-se que há influência significativa quando a
investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões
das políticas, financeira ou operacional da investida, sem
controla-la;
c) É avaliada pelo Método da Equivalência Patrimonial a
participação em sociedade na qual a investidora tenha
participação de 30% no capital sem direito a voto e não exerce
influência significativa;
d) Na data de encerramento das demonstrações contábeis de
31/12/2009, o valor do Patrimônio Líquido da empresa X era de
$ 3.000.000. A investidora SP detém a posse de 90% dessas
ações, devendo reconhecer em seu Ativo Não Circulante o total
de $ 2.700.000.
e) No exercício de 2009, a empresa X apurou um lucro contábil de
$ 200.000. A investidora Azul detém a posse de 30% dessas
ações. Se o investimento for avaliado pelo MEP e não houver
lucro não realizado, a investidora Azul deve registrar em 2009
uma receita de MEP de $ 60.000.

12)Em relação ao controle e à coligação, é correto afirmar que:


a) O controle ocorre somente quando a investidora possui mais de
50% das ações com direito a voto da investida;
b) Duas sociedades são consideradas coligadas quando a
investidora tem pelo menos 20% do capital, votante ou não
votante, da investida;
c) Se uma sociedade tem pelo menos 10% do capital de outra, as
duas são consideradas coligadas;
d) Somente haverá controle e coligação se o montante das
participações societárias da investidora for pelo menos igual a
15% de seu patrimônio líquido;
e) Se a Companhia A controla diretamente a companhia B e esta,
por sua vez, controla diretamente a companhia C, então A tem
o controle indireto de C.

168
13)Na determinação da equivalência patrimonial, os lucros não realizados,
referentes a negócios entre coligada ou controlada com a investidora,
deverão ser:

a) Incluídos no Resultado da equivalência patrimonial;


b) Incluídos no Patrimônio Líquido da investidora;
c) Incluídos do Patrimônio da investida e excluídos no Patrimônio
Líquido da investidora;
d) Excluídos do Patrimônio Líquido da investida e incluídos no
Patrimônio Líquido da investidora.
e) Excluídos no Resultado da equivalência patrimonial;

169
14)Assinale a alternativa incorreta:

a) Sociedades coligadas são as sociedades em que, sem haver


controle, a investidora tem influência significativa na
administração da investida;
b) Sociedade controladora é a investidora que detiver, direta ou
indiretamente, mais de 50% do capital votante de outra
sociedade, chamada de investida;
c) Deverão ser excluídos do Patrimônio Líquido da investida,
para fins de determinação da equivalência patrimonial, os
lucros não realizados em negócios desta com a investidora;
d) Na contabilização do recebimento de lucros ou dividendos da
investimentos avaliados pelo Patrimônio Líquido, o crédito
deverá ser efetuado na própria conta que registrar a
participação societária;
e) São avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial os
investimentos realizados em sociedades mesmo que não
sejam controladas pela, ou que não sejam coligadas da
investidora, bastando que sejam relevantes.

15)Os dividendos recebidos de investimentos avaliados pelo Patrimônio


Líquido são contabilizados como:
a) Receita não operacional;
b) Débito na conta investimentos;
c) Receitas operacionais;
d) Crédito na conta investimentos;
e) Receita de vendas.

16)Em qual das situações a seguir pode-se dizer que uma companhia é
controlada?
a) Quando a investidora elege um dos membros de Conselho
de Administração;
b) Quando investidora e investida atuam no mesmo mercado,
fabricando o mesmo produto;
c) Quando investida e investidora pertencem ao mesmo grupo
empresarial;
d) Quando a investidora é dona da patente da tecnologia
explorada pela investida;

170
e) Quando um dos acionistas da empresa possui 10% da capital
preferencial.

17)De acordo com a Lei das S/A, n. 6.404/76, art. 243 e art 248, o
investimento em participações societárias permanentes será avaliado
pelo método da equivalência patrimonial, o investimento:

a) Em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor


contábil é igual ou superior a 10% do valor do patrimônio
líquido da companhia investidora;
b) No conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o
valor corrente é igual ou superior a 20% do valor do
patrimônio líquido da companhia investidora;
c) Em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor de
realização é igual ou superior a 15% do valor do patrimônio
líquido da companhia investidora;
d) No conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o
valor de mercado é igual ou superior a 25% do valor do
patrimônio líquido da companhia investidora;
e) Em sociedade controlada e nas sociedades coligadas. Deve
ser considerado sociedade coligada qualquer sociedade
onde exista influência significativa. É presunção de influência
participação de 20% no capital votante sem controle.

18)A Cia. Continental é uma empresa de capital aberto com investimentos


em quatro outras empresas, sendo o valor contábil de seus
investimentos, em 31/12/19X7, o seguinte:
Na Cia. A $ 50.000 – representa 8% do capital da empresa “A”;
Na Cia B $ 100.000 – representa 35% do capital da empresa “B”;
Na Cia C $ 150.000 – representa 25% do capital da empresa “C”;
Na Cia D $ 500.000 – representa 40% do capital da empresa “D”.
O patrimônio líquido da Cia. Continental na mesma data é $ 5.000.000.
As participações societárias que deverão ser avaliadas pelo método da
equivalência patrimonial são as da Cias:
a) C, D;
b) B, C, D;
c) A, B, C;
d) A, C, D;
e) A, B, C, D.

171
19)Duas sociedades são consideradas coligadas quando a investidora:
a) Possui, pelo menos, 10% do capital votante da investida;
b) Possui, pelo menos, 10% do capital, votante ou não, da
investida;
c) Possui, pelo menos, 20% do capital, votante ou não, da
investida;
d) Tem influência significativa na administração da investida;
e) Tem influência significativa na administração da investida e
pelo menos 20% de seu capital votante.

20)A companhia de Alimentos Nova Prata, para efeito da aplicação do


método de equivalência patrimonial em sua controlada Indústria de
Laticínios Veranópolis, procedeu à eliminação do lucro não realizado na
controlada de transações efetuadas entre elas. A seguir, encontram-se
demonstrados os valores da data de 30 de dezembro de 2009:
Patrimônio Líquido 9.600
Lucro não realizado 800
Valor contábil do investimento antes da 6.800
equivalência
Percentual da participação no capital 80%
Com base nos dados anteriormente mencionados e levando-se em
consideração a Instrução CVM 247/96, determine o novo valor contábil
do investimento da companhia Nova Prata após a aplicação do método
da equivalência patrimonial.
a) $ 7.680
b) $ 6.880
c) $ 7.040
d) $ 7.168
e) $ 6.800

Cálculo para expurgar os lucros não realizados:


6. Patrimônio líquido da sociedade investida (controlada)
7. ( x) % de participação
8. ( - ) valor inicial (parcial) do investimento
9. ( - ) lucros não realizados
10. ( = ) igual valor do investimento a ser acrescido ao valor inicial.

172
173
21)A empresa ABC adquiriu, em 2 de janeiro de 2009, 80% de participação
da Cia. Real, pagando a vista $ 900.000. Em 31 de dezembro de 2008, o
Patrimônio Líquido contábil da investida era de $ 1.000.000. O ágio de $
100.000 foi fundamentado na mais-valia de bens do ativo imobilizado.
No período pós-aquisição, e até 31 de dezembro de 2009, houve as
seguintes movimentações no Patrimônio Líquido da Cia. Real.
- Lucro Líquido do exercício: $ 200.000
- Provisão para distribuição de dividendos: $ 80.000
Com base nos dados acima, qual o valor apurado pela aplicação do
MEP a ser reconhecido no resultado do exercício de 2009 da empresa
ABC, como resultado da equivalência patrimonial, supondo que havia
uma parcela de % 50.000 de lucro não realizado decorrente de vendas
de mercadorias da Cia. Real para a empresa ABC?
a) $ 160.000
b) $ 200.000
c) $ 120.000
d) $ 110.000
e) $ 180.000

Lembrem -se a investidora poderá optar em contabilizar a parte


referente aos dividendos a débito da própria conta que registra o
Investimento, ou a débito da conta Dividendos a Receber, do Ativo
Circulante, uma vez que já se conhece o valor distribuído.

Segundo disposição contida no artigo 13 da IN CVM 247/96, o custo


de aquisição de investimentos em coligadas e controladas deve ser
desdobrado em subcontas que evidenciem a valor do investimento
avaliado pela equivalência patrimonial, e o ágio ou o deságio
decorrente da aquisição. O critério para amortização do ágio ou
deságio está contido também na IN CVM 247/96 e CPC 18.

174
22)A Companhia Rondonia S.A., para efeito da aplicação do método de
equivalência patrimonial em sua controlada, procedeu à eliminação do
lucro não realizado de transações efetuadas entre a controlada e a
controladora.
Demonstram-se a seguir os valores envolvidos na data de 31 de
dezembro de 2009.
- Patrimônio Líquido da controlada: $ 6.000
- lucro não realizado na controlada: $ 400
- valor contábil do investimento antes da equivalência patrimonial: $
2000
- percentual de participação no capital: 60%

Com base nos dados acima, assinale a resposta correta relacionada ao


resultado do MEP contabilizado em 2009 considerando que a única
operação que afetou o Patrimônio Líquido da controlada foi o lucro do
exercício.

a) $ 1.600
b) $ 1.360
c) $ 1.840
d) $ 3.600
e) $ 1.200

23)

175
24)A Cia. Santo Amaro possui 80% das ações com direito a voto de sua
controlada, a Cia. Santa Maria, que representam 40% do total do capital
social da investida. NO exercício de 2009, a Cia Santa Maria vendou um
lote de mercadorias para a investidora, por $ 400.000, auferindo um
lucro de $ 100.000 na transação. Sabendo-se que, em 31/12/2009, o
Patrimônio Líquido da controlada era de $ 750.000 e que a investidora
mantinha integralmente o referido lote de mercadorias em seus
estoques, a participação societária, avaliada pelo método da
equivalência patrimonial na contabilidade da Cia. Santo Amaro
corresponderá a:

a) $ 175.000
b) $ 400.000
c) $ 260.000
d) $ 200.000
e) $ 520.000

25)No início o exercício, a Cia. Investidora adquiriu 30% do Patrimônio


Líquido da Cia. Investida, que era representado unicamente pela Conta
Capital, no valor de R$ 300 mil. Sabendo-se:
d) A aquisição foi realizada por R$ 90.000,00;
e) Que a Cia. Investida é coligada da Investidora;
f) Que o lucro líquido do período da Investida foi de R$ 100.000,00.

25.1) Pede-se indicar por quanto estará avaliado o investimento no


Balanço Patrimonial da Cia. Investidora, no final do período (em R$
mil);
a) 150.000,00;
b) 120.000,00;
c) 90.000,00;
d) 60.000,00;
e) 30.000,00

176
25.2) Na Demonstração do Resultado do Exercício da Cia.
Investidora, aparecerá, como Resultado de Equivalência Patrimonial,
uma receita de:
a) 30.000,00
b) 60.000,00
c) 100.000,00
d) 200.000,00
e) 120.000,00

25.3) Se, após os lançamentos contábeis de ajustes do Investimento


na Cia Investidora, a Cia. Investida distribuir R$ 50.000,00 de
dividendos, a Investidora fará o seguinte lançamento contábil:
a) Caixa
a Dividendos 15.000,00
b) Caixa
a Receita 15.000,00
c) Caixa
a Investimento 15.000,00
d) Caixa
a lucro 15.000,00
e) Dividendos
A Investimento 15.000,00

Resolução:
Credita-se o investimento na Cia Investidora, pois o patrimônio da
Cia Investidora diminuiu com a distribuição de lucros.

177
26)A Cia. Sergipe vendeu um lote de mercadorias à Cia. Paraná, sua
controladora, por R$ 250.000,00, cujo custo de aquisição tinha sido de
R$ 175.000,00. No final do exercício remanesciam nos estoques da
controladora 60% do referido lote, por não terem sido vendidos a
terceiros. A Cia. Paraná tem 40% do capital da Cia. Sergipe, cujo
patrimônio líquido no final do mesmo exercício montava a R$
850.000,00. Na contabilidade da investidora, o investimento avaliado
pela equivalência patrimonial apresentará o valor, em R$ de:

a) 340.000,00;
b) 325.000,00;
c) 310.000,00;
d) 295.000,00;
e) 290.000,00

178
27)Em 31/12/X4, os balancetes finais das Cias. Pará e Sergipe eram os
seguintes:

Contas Cia. Pará Cia. Sergipe


Ativo Circulante 12.000,00 5.000,00
Ativo Realizável a Longo Prazo 18.000,00 ----
Ativo Investimentos 30.000,00 ---
Ativo Imobilizado Líquido 110.000,00 49.000,00
Passivo Circulante 25.000,00 15.000,00
Passivo não Circulante 15.000,00 5.000,00
Capital 80.000,00 50.000,00
Reservas de Capital 30.000,00 1.000,00
Prejuízos Acumulados - (14.000,00)
Despesas Operacionais 60.000,00 45.000,00
Receitas Operacionais 80.000,00 42.000,00

Outras informações:
I – para a apuração dos resultados de X4, das empresas, falta apenas a
avalição dos Investimentos Permanentes;
II – A Cia. Pará detinha 60% do capital da Cia. Sergipe e constituía-se
na única participação societária da empresa;
III – A inflação no período foi zero;
IV – até o exercício contábil de X3, os investimentos não eram avaliados
pela equivalência patrimonial.

Com base nas informações anteriores, identifique a resposta correta


para as questões abaixo:

27.1) aplicando-se o método pela equivalência patrimonial, o valor


correto dos Investimentos Permanentes na Cia. Pará será:
a) R$ 30.000,00;
b) R$ 20.400,00
c) R$ 9.600,00
d) R$ 22.200,00
e) R$ 1.800,00

179
27.2) o resultado apurado na aplicação da equivalência patrimonial
deveria ser lançado pela Cia. Pará como:

a) Lucros/Prejuizos Acumulados 7.800,00


Resultado da Equivalência Patrimonial 1.800,00
a Investimentos 9.600,00
b) Perdas em investimentos 9.600,00
a Outras Receitas 7.800,00
a Investimentos 1.800,00
c) Lucros/Prejuízos Acumulados 1.800,00
Outras Despesas 7.800,00
a Investimentos 9.600,00
d) Ganhos/perdas com alienação de 7.800,00
investimentos
Outras Despesas 1.800,00
a Investimentos 9.600,00
e) Investimentos 1.800,00
Outras Despesas 7.800,00
a Ganhos e Perdas c/Investimentos 9.600,00

27.3) Considerando o valor apurado na equivalência patrimonial, o


Resultado do Exercício de X4 da Cia Pará é:
a) R$ 24.200,00;
b) R$ 10.400,00
c) R$ 12.200,00
d) R$ 22.200,00
e) R$ 18.200,00

180
28)Em 31/12/20X1, os balancetes finais das Cias Alpha e Beta eram os
seguintes antes do enceramento das contas de resultado:
Cia Alpha Cia. Beta
Contas Saldos Contas Saldos
Ajustados Ajustados
Ativo Circulante (AC) 24.000,00 Ativo Circulante 10.000,00
Ativo Realizável a longo 36.000,00 Ativo Realizável a longo
prazo (ANC) prazo
Ativo Permanente Ativo Permanente
- Investimentos 60.000,00 - Investimentos ----
- Imobilizado Liquido 220.000,0 - Imobilizado Liquido 98.000,00
0
Passivo Circulante (PC) 50.000,00 Passivo Circulante 30.000,00
Passivo Exigível a Longo Passivo Exigível a
Prazo (PNC) 30.000,00 Longo Prazo 10.000,00
Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido
- Capital 160.000,0 - Capital 100.000,00
- Reservas 0 - Reservas 2.000,00
- Lucros/Prejuízos 20.000,00 - Lucros/Prejuízos (28.000,00)
Acumulados 40.000,00 Acumulados
Despesas Operacionais 120.000,0 Despesas Operacionais 90.000,00
0
Receitas Operacionais 160.000,0 Receitas Operacionais 84.000,00
0

Outras informações:
I – para apuração dos resultados de 20X1 das empresas, falta apenas a
avaliação dos Investimentos Permanentes;
II – a Cia. Alpha detinha 60% do capital da Cia. Beta e essa era a única
participação societária da empresa;
III – até o exercício contábil de 20X0, os investimentos não eram
avaliados pela equivalência patrimonial.

28.1) aplicando o método da equivalência patrimonial, o valor correto


dos investimentos permanentes na Cia. Alpha será, em R$:
a) 40.800,00;
b) 60.000,00
c) 19.200,00
d) 44.400,00
e) 3.600,00

181
28.2) O Resultado apurado na aplicação da equivalência patrimonial
deveria ser lançado pela Cia Alpha como:
a) Lucros/Prejuizos Acumulados – Ajustes de Exercício Anterior -
15.600.00
Outras Despesas Operacionais – Lucros e prejuízos em outras
companhias - 3.600,00
a Investimentos - 19.200,00
b) Provisão para perdas com investimentos Permanentes –
Despesas não operacionais – 19.200,00
a Ganhos com Investimentos – 15.600,00
a Investimentos – 3.600,00
c) Lucros/prejuízos Acumulados – Ajuste de Exercício Anteriores –
3.600,00
Outras Despesas Operacionais – Lucros ou Prejuizos de
Participações em outras Companhias – 15.600,00
a Investimentos – 19.200,00
d) Ganhos/Perdas com Alienação Investimentos - 15.600,00
Despesas não operacionais em outras companhias – 3.600,00
a Investimentos – 19.200,00
e) Investimentos – 3.600,00
Despesas não operacionais – Lucros e Prejuízos de
Participações em Outras Companhias – 15.600,00
a Ganhos e Perdas com Investimentos – 19.200,00

182
29) Na Cia. Clélia, cujo exercício social coincide como ano-calendário, o Balancete
de verificação em 31.12.20X1, antes da avaliação dos investimentos relevantes
e influentes, apresentava, entre outros, os seguinte saldos:

Investimentos Relevantes em Controladas R$


Companhia Isa 180.000,00
Companhia Claudia 120.000,00

Os patrimônios líquidos das empresa controladas, cujos exercícios sociais


também coincidem com o ano-calendário, totalizavam, nos Balanços Patrimoniais
levantados em 31.12.20X1, respectivamente R$ 350.000,00 e R$ 200.000,00,
ambos positivos.

Informações adicionais:
- as empresas controladas não distribuíram dividendos no ano-base de 20X1;
- os saldos indicados no Balancete de Verificação citado são idênticos ao do
Balanço Patrimonial de 31.12.20X0;
- participações da investidora no capital das controladas em 31.12.20X0 e
31.12.20X1:

Companhia Isa 60%


Companhia Claudia 70%

A contabilização correta, a ser efetuada em 31.12.20X1, pela investidora é:

a) Resultado Positivo na Equivalência Patrimonial...... 50.000,00


a Diversos
a Participação na Cia Isa...............................................................
30.000,00
a Participação na Cia. Claudia........................................................
20.000,00
b) a Resultado Negativo em Participações societárias........................
250.000,00
Participação na Cia. ISA.............................................. 170.000,00
Participação na Cia. Claudia........................................ 80.000,00
c) a Resultado Positivo em Participações societárias............................
50.000,00
Participação na Cia. ISA................................................ 30.000,00
Participação na Cia. Claudia......................................... 20.000,00
d) a Resultado Negativo em Participações societárias............................
50.000,00
Participação na Cia. ISA................................................ 30.000,00
Participação na Cia. Claudia......................................... 20.000,00
e) Resultado Positivo em investimentos pelo método de custo...... 50.000,00
a Diversos
a Participação na Cia Isa...............................................................
30.000,00

183
a Participação na Cia. Claudia........................................................
20.000,00

30)Admita que a Cia. Beethoven (Investidora), cujo Patrimônio Líquido é de


R$ 160.000.000,00 invista no capital das seguintes empresas:
Investidas Valor Contábil Capital das Participaçõe Categoria da
do Investidas s no Capital Investida
Investimento
Cia. 4.000.000,00 16.000.000.00 25% Coligadas
Mozart
Cia. Bach 9.000.000,00 100.000.000,00 9% Nem coligada
nem
controlada
Cia. Lizst 900.000,00 1.000.000,00 90% Controlada
Cia. 2.100.000,00 300.000.000,00 0,7% Nem coligada
Brahms nem
controlada
Cia. 20.000.000,00 160.000.000,00 12,5% Coligadas
Strauss
36.000.000,00

As ações dessas companhias possuem o valor nominal de R$ 1,00 cada


uma. Indique para quais empresas a Cia. Beethoven teria que usar o
Método da Equivalência Patrimonial na avaliação destes investimentos
no grupo Ativo Permanente:

a) Em todas as companhias;
b) Na Cia. Mozart, Cia Lizst e Cia. Strauss;
c) Em nenhuma destas companhias;
d) Apenas na Cia. Strauss;
e) Na Cia. Mozart e na Cia. Strauss.

184
31)A Cia. Gama avaliará seu Investimento me sua Controlada, a Cia. Delta,
pelo Método da Equivalência Patrimonial. A sua participação no capital
da Cia Delta é de 20%:

Cia. Gama Cia. Delta


Ativo Patrimônio líquido
Investimento (ANC) Capital 800.000,00
Participação na Cia Delta Reserva de Capital 200.000.00
200.000,00

Momento 1 : A Cia. Delta obteve um Lucro Líquido de R$ 650.000,00


Momento 2: A Cia Delta distribuiu R$ 100.000,00 em Dividendos;
Momento 3: A Cia Delta faz um ajuste de avaliação patrimonial positivo
de R$ 50.000,00
Momento 4: A Cia Delta aumenta seu capital com reservas em R$
400.000,00.

A conta investimento/participação na Cia Delta, da Cia. Gama no


momento 4, será, em R$:

a) R$ 420.000,00;
b) R$ 400.000,00;
c) R$ 340.000,00;
d) R$ 320.000,00;
e) R$ 280.000,00

185
32)A controladora Cia. Andressa possui 60% do capital de uma empresa
controlada. O investimento está registrado na contabilidade da
investidora por R$ 3.000,00. Se o Patrimônio Líquido da investida estiver
representado por:
Capital Social R$ 3.000,00
Reservas R$ 2.000,00
Prejuízos Acumulados R$ (1.000,00)
Total R$ 4.000,00

O lançamento contábil da Equivalência patrimonial na investidora será:


a Investimentos em Coligadas e Controladas
) a Ganhos de investimento................................................. 600,00
b Resultado negativo na equivalência patrimonial
) a Investimentos em coligadas e controladas.......................... 600,00
c) Investimentos em Coligadas e Controladas
a Perdas de investimento........................................................
600,00
d Despesas Financeiras
) a investimento.................................................................... 600,00
e Investimentos em Coligadas e Controladas
) a Resultado Positivo na equivalência
patrimonial................................. 600,00

186
33)Em cada círculo está inscrito o nome de uma empresa. A seta indica
participação de uma empresa no capital de outra. No retângulo está o
percentual de cada participação.

Alfa
80% 90%

Beta Gama
10%
90%
10%

Lamina Omega

Assinale a opção correta:


a) A empresa Alfa controla indiretamente a empresa Omega;
b) A empresa Alfa controla indiretamente a empresa Lamina;
c) A empresa Beta controla a empresa Lamina;
d) A empresa Beta controla a empresa Omega;
e) A empresa Gama controla a empresa Beta.

187
34)A empresa Alfa, sociedade anônima de capital aberto, possui 30% de
participação no capital social de uma empresa coligada (empresa
Gama). Durante o exercício financeiro de X1, a investida obteve lucro
líquido de R$ 100.000,00, distribuiu Dividendos no valor de R$
20.000.Em decorrência deste investimento, a empresa Alfa, em X1,
a) Manteve o valor do investimento avaliado pelo custo de aquisição;
b) Teve uma variação no saldo da conta investimento em coligadas
referente à empresa Gama de R$ 24.000,00;
c) Reconheceu receita de dividendos no valor de R$ 6.000,00;
d) Teve seu patrimônio líquido aumentado em R$ 30.000,00;
e) Reconheceu receita de equivalência patrimonial no valor de R$
30.000,00

35)A Cia. Porto Feliz detém a propriedade de 20% das ações com direito a
voto da Cia. Porto União. No final do exercício de 2011, a investida
propôs o pagamento de dividendos no valor de R$ 100.000,00 aos
acionistas. A contrapartida do reconhecimento, no Ativo Circulante, dos
dividendos a receber pela companhia investidora deve ser registrada
a) Como uma receita financeira;
b) A crédito de conta de resultado positivo da equivalência
patrimonial;
c) Como receita de dividendos;
d) A crédito da conta que registra a própria participação societária;
e) A crédito de uma conta de resultado não operacional.

188
36)A empresa Controladora S/A , companhia de capital aberto, apura um
resultado negativo de equivalência patrimonial que ultrapassa o valor
total de seu investimento na Empresa Adquirida S/A, em R$ 400.000,00.
A empresa Controladora S/A, não pode deixar de aplicar recursos na
investida, uma vez que ela é a única fornecedora de matéria-prima
estratégica para seu negócio. Dessa forma, deve a investidora registrar
o valor da equivalência

a) A crédito do investimento, ainda que o valor ultrapasse o total


do investimento efetuado;
b) A crédito de uma provisão no passivo, para reconhecer a perda
do investimento
c) A crédito de uma provisão no ativo, redutora do investimento;
d) A débito do investimento, ainda que o valor ultrapasse o total do
investimento efetuado;
e) A débito de uma reserva de capital, gerando uma cobertura
para as perdas.

37)A Cia. Santo Amaro possui 80% das ações com direito a voto de sua
controlada, a Cia Santa Maria, que representam 40% do total do capital
social da investida. No exercício de 2005, a Cia. Santa Maria vendeu um
lote de mercadorias para o investidora por R$ 400.000,00, auferindo um
lucro de R$ 100.000,00 na transação. Sabendo-se que, em 31/12/2005,
o Patrimônio Líquido da controlada era de R$ 950.000,00 e que a
investidora mantinha integralmente o referido lote de mercadorias em
seus estoques, a participação societária, avaliada pelo método da
equivalência patrimonial na contabilidade da Cia. Santo Amaro,
corresponderá a, em R$.
a) 165.000,00;
b) 200.000,00;
c) 280.000,00;
d) 400.000,00;
e) 550.000,00

189
38)A Cia. Equity possuía um único investimento societário em sociedade
controlada e dispunha, em 31/12/X1, das seguintes informações para
fins de cálculo da equivalência patrimonial:
Patrimônio Líquido da controlada (já incluído o Lucro $
Líquido do exercício 3.000,00
% participação do capital social da controlada 80%
Lucro líquido do exercício auferido pela controlada $ 500,00
Lucros não realizados integrantes do lucro líquido do $ 200,00
exercício da controlada
Valor contábil do investimento avaliado pelo método da $
equivalência patrimonial 2.000,00

Considerando o instrução 247/96 da CVM, o valor a ser registrado pela


controladora como Resultado da Equivalência Patrimonial do exercício
de 19X1 é:
a) R$ 240,00;
b) R$ 200,00;
c) R$ 400,00;
d) R$ 100,00;
e) R$ 300,00,

190
39)A Cia. Mirassol é detentora de 60% das ações com direito a voto da Cia.
Hortolândia. Essas ações correspondem a 30% do capital total da
controlada. No exercício de 2011, a controlada auferiu um lucro de R$
150.000,00. Na contabilidade da controladora, esse fato acarreta um
lançamento, em R$, de

a) 45.000,00 como receita financeira;


b) 45.000,00 como resultado de equivalência patrimonial;
c) 60.000,00 como receitas não operacionais;
d) 90.000,00 como outras receitas operacionais;
e) 90.000,00 como receitas de dividendos.

40)O método da equivalência patrimonial reconhece, na investidora, as


alterações ocorridas nas empresas investidas quando estas afetarem:
a) O Ativo Circulante das Controladas e Coligadas;
b) O Ativo Não Circulante das empresas Controladas;
c) Os Ativos não circulantes das companhias Investidas;
d) O Patrimônio Líquido das empresas Investidas;
e) O Passivo Não Circulante das Investidas.

191
Exercícios Fixação II

1) A Cia. Mirassol é detentora de 60% das ações com direito a voto da Cia
Hortolândia. Essas ações correspondem a 30% do capital total da
controlada. No exercício de 2011, a controlada auferiu um lucro de F$
150.000,00. Na contabilidade da controladora, esse fato acarreta um
lançamento, em R$, de:
a) 45.000,00 como receitas financeiras;
b) 45.000,00 como resultado positivo da equivalência patrimonial;
c) 60.000,00 como receitas não operacionais;
d) 90.000,00 como outras receitas operacionais;
e) 90.000,00 como receita de dividendos

2) A Cia. Porto Feliz detém a propriedade de 20% das ações com direito a
voto da Cia. Porto União. No final do exercício de 2011, a investida
propôs o pagamento de dividendos no valor de R$ 100.000,00 aos
acionistas. A contrapartida do reconhecimento, no Ativo Circulante dos
dividendos a receber pela companhia investidora deve ser registrada:
a) Como uma receita financeira;
b) A crédito de conta de resultado positivo da equivalência
patrimonial;
c) Como receita de dividendos;
d) A crédito da conta que registra a própria participação societária;
e) A crédito de uma conta de resultado não operacional.

192
3) Uma das alternativas abaixo faz referência à possibilidade de
investimentos em coligadas. Identifique-a:
a) É preciso que o investimento seja considerado relevante;
b) É necessária a existência de 20% ou mais de participação no
capital votante;
c) O investidor tem de exercer influência sobre a investida;
d) É necessário investimento em ações preferenciais;
e) É necessária a existência de 20% ou mais de participação no
capital social.

4) Determinada empresa investidora, recebe a informação de que foram


declarados dividendos para seus investimentos avaliado pelo método da
equivalência patrimonial. Qual das alternativas disponibilizadas
apresenta a correta contabilização desses dividendos, na empresa
investidora?

a) Débito de investimentos – crédito de receita;


b) Débito de investimentos – crédito de patrimônio líquido;
c) Débito de dividendos a receber – crédito de receita;
d) Débito de dividendos a receber – crédito de investimento;
e) Débito de caixa – crédito de receita

5) A Cia. Brasileira adquiriu 80% das ações da Cia. Espanhola por R$


8.000.000,00 e assumiu o seu controle. Na data da aquisição, o
Patrimônio Líquido da Cia. Espanhola era de R$ 5.000.000,00 e o valo
justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Cia., era de R$
7.000.000,00. A participação dos Não Controladores foi avaliada pela
parte que lhes cabe no valor justo líquido dos ativos e passivos
identificáveis da adquirida. O valor reconhecido no ativo da Cia.
Brasileira, no grupo Investimentos, foi:
a) R$ 8.000.000,00;
b) R$ 6.400.000,00;
c) R$ 7.000.000,00;
d) R$ 4.000.000,00;
e) R$ 5.600.000,00.

193
6) Em relação a investimentos permanentes e temporários, o correto
afirmar que:
a) Os temporários são avaliados pelo método da equivalência
patrimonial;
b) Os permanentes podem ser avaliados pelo custo de aquisição
ou pelo método da equivalência patrimonial, dependendo da
sua natureza;
c) É exemplo de um investimento temporário a aquisição de
participação societária numa empresa que será controlada
pela investidora;
d) Todos os permanentes são avaliados pelo custo de aquisição,
deduzido de provisão para adequá-los ao valor de mercado;
e) Os permanentes não podem ser alienados pela pessoa
jurídica investidora, salvo em caso de operações de fusão,
incorporação ou cisão.

7) Na determinação da equivalência patrimonial, os lucros não realizados,


referentes a negócios entre coligada ou controlada com a investidora,
deverão ser:
a) Incluídos no PL da investida;
b) Incluídos no PL da investida e investidora;
c) Excluídos após a aplicação do percentual de participação no
capital social sobre o PL da investida;
d) Incluídos no Ativo da investida;
e) Excluídos do Passivo da investidora.

194
8) A Cia. InvestX possuía investimentos em coligadas e controladas no
valor de R$ 2.000.000.00. Sendo que, R$ 1.500.000,00 referiam-se a
investimentos avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP)
e o restante avaliado pelo Custo. O quadro abaixo sintetiza as
informações necessárias para o cálculo do MEP.

Investida Valor do Percentual Influência Resultado


Investimento de administrativa das
participação investidas
no fim do
exercício
Alpha 800.000,00 51% Presumida 500.000,00
Beta 250.000,00 40% Part. na (200.000,00)
gestão
Gama 450.000,00 15% Part. na 100.000,00
gestão

A partir do quadro acima, assinale a informação correta que representa


a ação a ser realizada pela Cia. InvestX ao final do exercício.
Considerando as informações desse quadro, a INvestX deverá
contabilizar um resultado de equivalência patrimonial total de

a) R$ 575.000,00;
b) R$ 300.000,00;
c) R$ 270.000,00;
d) R$ 190.000,00;
e) R$ 80.000,00

9) Quanto ao Método de Equivalência Patrimonial (MEP), é correto afirmar:


a) A distribuição de dividendos pode afetar a receita de
equivalência patrimonial;
b) Os lucros são reconhecidos no momento de sua geração pela
investida;
c) Os dividendos distribuídos e recebidos pela Controladora não
afetam o valor dos investimentos;
d) O investimento é determinado mediante a aplicação, sobre o
valor de cada mutação do patrimônio líquido da investida, de
percentagem de participação em seu patrimônio líquido;
e) Os investimentos aumentam de acordo com as receitas ou
diminuem de acordo com as despesas das Controladas.

195
10)Com respeito aso investimentos permanentes em ações de outas
companhias, é correto afirmar:
a) Se uma empresa for obrigada a mudar a avaliação de seu
investimento do “Método do Custo” para o “Método da
Equivalência Patrimonial” quando o saldo do investimento
contabilizado pelo custo for maior que o avaliado pela
Equivalência Patrimonial, a diferença será contabilizada como
deságio;
b) Consideram-se coligadas as sociedades quando uma participa
com 20% ou mais do capital da outra, sem controla-lá;
c) Se uma empresa for obrigada a mudar a avaliação de seu
investimento do “Método da Equivalência Patrimonial” para o
“Método do Custo”, a mudança não propiciará nenhum ajuste;
d) Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora é
titular de direitos de sócios que lhe assegurem, mesmo que de
modo provisório, o poder de eleger a maioria dos
administradores;
e) Se uma empresa for obrigada a mudar a avaliação de seu
investimento do “Método do Custo” para o “Método da
Equivalência Patrimonial” quando o saldo do investimento
contabilizado pelo custo for menor que o avaliado pela
Equivalência Patrimonial, a diferença será contabilizada como
ágio.

11)De acordo com a Lei das S.A., n 6.404/1976, art. 247, considera-se
relevante o investimento:
a) Em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é
igual a 5% do valor do patrimônio líquido da companhia
investidora;
b) No conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor
corrente é igual ou superior a 20% do valor do patrimônio
líquido da companhia investidora;
c) Em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é
igual ou superior a 10% do valor do patrimônio líquido da
companhia investidora;
d) No conjunto das sociedades coligada e controladas, se o valor
de mercado é igual ou superior a 25% do valor do patrimônio
líquido da companhia investidora;
e) Em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor de
196
realização é igual ou superior a 15% do valor do patrimônio
líquido da companhia investidora.

12)A Cia. Controladora adquiriu 70% das ações da Cia. Controlada por R$
100.000,00 à vista em 31/12/2011. Durante o ano de 2012, a Cia.
Controlada apurou um lucro de R$ 30.000,00. Desse lucro, distribuiu e
pagou R$ 20.000,00 como dividendos. Sabendo que o investimento é
avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial, ao contabilizar o
recebimento dos dividendos, a Cia. Controladora debitou Caixa e
creditou:
a) Receita de dividendos, no valor de R$ 14.000,00;
b) Investimentos, no valor de R$ 14.000,00;
c) Outras receitas Operacionais, no valor de R$ 21.000,00;
d) Receita Eventual, no valor de R$ 21.000,00;
e) Receita de Equivalência Patrimonial, no valor de R$ 14.000,00

13)A operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra,
que lhes sucede me todos os direitos e obrigações, é chamada de:
a) Fusão;
b) Consórcio;
c) Incorporação;
d) Cisão;
e) monopólio

197
14)No processo de incorporação, uma das preocupações é garantir uma
participação justa dos acionistas tanto da incorporadora quanto da
incorporada no novo Patrimônio Líquido que surge. As opções abaixo
representam procedimentos que garantirão esta justa participação,
exceto:
a) Proceder ao levantamento do Balanço Patrimonial contábil na
mesma data base e com os mesmos critérios contábeis para
ambas as empresas;
b) Proceder à incorporação pelos valores contábeis originais da
data-base;
c) O aumento de capital na incorporadora tomará por base um
preço de emissão das ações igual ao valor contábil;
d) Proceder à contabilização das diferenças oriundas das
avaliações;
e) Proceder, através de peritos, à avaliação patrimonial de
ambas as empresas aos seus valores de mercado, com base
nos mesmos critérios de avaliação dos Ativos e Passivos.

15)Indique a alternativa na qual o conceito da “Fusão de Empresas” está


descrito corretamente:

a) É a operação pela qual uma ou mais sociedades são


absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e
obrigações;
b) É a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para
formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos
e obrigações;
c) É a operação pela qual uma ou mais sociedades são
absorvidas por outra, criando uma nova sociedade com direitos
e obrigações distintos;
d) É a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para
formar sociedade nova, sem lhes suceder em direitos e
obrigações;
e) É a operação pela qual uma ou mais sociedades são
absorvidas por outra, sem extinguir seus direitos e obrigações.

198
16)A deliberação sobre a transformação, fusão, incorporação e cisão da
companhia, compete privativamente:
a) À Assembleia Geral;
b) Ao conselho fiscal;
c) À presidência da sociedade;
d) Ao conselho de Administração;
e) À diretoria da empresa.

17)Indique, nas opções abaixo, aquela que não guarda relação quanto à
dissolução de uma companhia:
a) Quando provado que não pode preencher o seu fim, em ação
proposta por acionistas que representem 1% do capital social.
b) Quando anulada a sua constituição, em ação proposta por
qualquer acionista;
c) Em caso de falência, na forma prevista na respectiva lei;
d) Pelo término do prazo de duração estabelecido para suas
atividades;
e) Nos casos previstos no estatuto.

18)Os ajustes de avaliação patrimonial, transferidos por ocasião da


incorporação, fusão ou cisão, terá na sucessora o seguinte tratamento:
a) Ser desconsiderada na incorporação, fusão, encampação ou
cisão;
b) Ser considerada realizada, totalmente, na apuração do lucro
real;
c) Mesmo tratamento tributário que teria na sucedida;
d) Somente os bens comuns às duas sociedades deverão ser
reconhecidos como realizados;
e) Na fusão deve ser incluída na apuração do lucro real; na cisão e
incorporação, não.

199
19)Nos processos de fusão, cisão ou incorporação envolvendo companhias
abertas a divulgação das condições de negociações deve ser feita:
a) Apenas aos acionistas minoritários, à Comissão de Valores
Mobiliários, aos principais credores e às bolsas de valores 30
dias após a data da realização da assembleia geral que irá
deliberar sobre o protocolo;
b) Nos jornais utilizados habitualmente pela companhia e
comunicada 10 dias antes da assembleia geral aos acionistas
minoritários, ao Ministério da Fazenda e aos principais
credores das companhias envolvidas;
c) Apenas aos acionistas ordinários, ao Banco Central , aos
principais credores e a todas as bolsas de valores, na data da
realização da assembleia geral que irá deliberar sobre o
protocolo de intenções;
d) Dando destaque entre outros itens aos benefícios esperados
de natureza patrimonial, empresarial, legal e financeira de
demais efeitos positivos da operação bem como os eventuais
fatores de risco envolvidos;
e) Dando destaque apenas aos itens de natureza patrimonial,
financeira e legal, no prazo de 30 dias após a realização da
assembleia geral e publicando 90 dias após a assembleia.

200
20)Em casos de liquidação de sociedades não é dado poder ao liquidante,
sem a expressa autorização de assembleia, de:
a) Alienar bens móveis e imóveis da empresa em liquidação;
b) Receber e dar quitação em recebíveis da empresa em
liquidação;
c) Convocar assembleia geral a cada 6 meses para prestar
contas das operações praticadas;
d) Representar a companhia e praticar todos os atos
necessários à liquidação;
e) Prosseguir na atividade social, ainda que, para facilitar o
processo de liquidação, sem a expressa autorização da
assembleia geral.

21)A empresa Alfa, detentora de 50% do controle acionário da empresa


Beta, e a empresa Beta aprovaram a incorporação da segunda pela
primeira e os laudos dos peritos, ratificando a avaliação das empresas
pelos valores contábeis dos respectivos Balanços.
Os Balanços patrimoniais das duas empresas, antes da incorporação
eram os seguintes:

Em reais
Itens ALFA BETA
Circulante 8.000,00 5.000,00
Não Circulante 62.000,00 16.000,00
TOTAL DO ATIVO 80.000,00 21.0000,00
Circulante 8.000,00 4.000,00
Passivo Não Circulante 5.000,00 3.000,00
Patrimônio Líquido 67.000,00 14.000,00
TOTAL DO PASSIVO 80.000,00 21.000,00

Considerando-se apenas as informações e a boa técnica contábil, no


Balanço patrimonial da Empresa Alfa, após a incorporação, a valor do
patrimônio líquido, em reais, será:
a) R$ 101.000,00;
b) R$ 81.000,00;
c) R$ 77.500,00
d) R$ 74.000,00
e) R$ 47.500,00

201
22)Quando a sociedade A é absorvida pela sociedade B, que a sucede em
todos os direitos e obrigações, e quando as sociedades F, G, e H se
unem para formar uma nova sociedade, que também as sucederá em
todos os direitos e obrigações, é correto afirmar que ocorreram,
respectivamente, operação de:
a) Cisão e incorporação;
b) Incorporação e fusão;
c) Fusão e cisão;
d) Fusão e incorporação;
e) Incorporação e reversão.

23)É fator condicional para a efetivação das condições aprovadas, de


operação de fusão se os peritos nomeados determinarem que o valor
dos patrimônios líquidos vertidos para a formação do novo capital social
seja:
a) Inferior a 20% do capital preferencial das empresas
envolvidas;
b) Pelo menos, igual ao montante do capital a realizar;
c) No máximo 50% do capital ordinário anterior de cada uma das
empresas;
d) Inferior ao total do capital preferencial anterior de cada uma
das empresas;
e) Totalmente integralizado e superior a 50% do capital ordinário.

202
Exercícios de Fixação III

1) A empresa de capital aberto Sociedade Alfa participa com mais de 50%


do capital social da Empresa Beta, com a qual também mantém
operações comerciais, formando o Grupo AB. Em 31 de dezembro de
cada ano, a Sociedade Alfa elabora e publica as demonstrações
contábeis consolidadas. Essas demonstrações contábeis consolidadas:
a) Servem para o cálculo e pagamento do imposto de renda e
demais tributos, os quais devem ser recolhidos individualmente;
b) Não tem personalidade jurídica ou registros contábeis, apenas
papeis de trabalho de consolidação;
c) Servem para o cálculo e pagamento dos dividendos a serem
distribuídos aos sócios de cada empresa;
d) Podem ser utilizadas para fins de compensação do lucro de
uma empresa com o prejuízo de outra;
e) Podem ser utilizadas para a obtenção do lucro consolidado e
cálculo do recolhimento do Imposto de Renda e demais tributos
do grupo empresarial, sendo que tais tributos devem ser
recolhidos individualmente.

2) Na consolidação dos Balanços de controladora e controlada, todos os


itens abaixo deverão ser excluídos, exceto:

a) Lucro não realizado nas transações de mercadorias entre


controladora e controlada;
b) Lucro na venda de Ativos Imobilizados entre controladora e
controlada;
c) Investimento permanente da controladora na controlada;
d) Contas a receber que representam contas a pagar na
controlada;
e) Participações societárias de empresas não controladas e não
pertencentes ao grupo.

203
3) Para a elaboração das Demonstrações Contábeis Consolidadas, a
investidora deve:
a) Em nenhuma hipótese utilizar períodos contábeis não
idênticos, mesmo que este fato represente melhoria na
qualidade da informação produzida;
b) Utilizar demonstrações contábeis e de Patrimônio Líquido das
investidas apuradas na mesma data das demonstrações
contábeis da investidora;
c) Compensar quaisquer ativos ou passivos pela dedução de
outros ativos ou passivos mesmo na inexistência de direito de
compensação;
d) Utilizar demonstrações contábeis de coligadas e controladas
elaboradas até 90 dias antes das demonstrações contábeis da
investidora;
e) Eliminar saldos de quaisquer contas de ativas e passivas
resultantes de transações das sociedades não incluídas na
consolidação.

204
4) Considerando os dispositivos da Lei 6.404/76, atualizada pela Lei
11.638/07 do CPC 36 (R3) – Demonstrações Consolidadas -, do Comitê
de Pronunciamentos Contábeis e, ainda, com base na Instrução CVM n
247/96, leia atentamente os textos a seguir:
I – para atender a metodologia da consolidação das demonstrações
contábeis, deve-se eliminar do resultado os encargos de tributos
correspondentes ao lucro não realizado, apresentando-os no ativo
circulante/realizável a longo prazo – tributos diferidos, no balanço
patrimonial consolidado;
II – a Lei 11638/07 estendeu a aplicação da Lei n 6.404/76, para fins de
elaboração das demonstrações contábeis, às sociedades de grande
porte, mesmo que não constituídas sob a forma de sociedade por ações;
III – a companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor
do seu patrimônio líquido representado por investimentos em
sociedades controladas deverá elaborar e divulgar, juntamente com
suas demonstrações financeiras, demonstrações contábeis
consolidadas;
IV – a sociedade de comando deverá publicar demonstrações
financeiras consolidadas As demonstrações consolidadas de grupo de
sociedade que inclua companhia aberta serão obrigatoriamente
auditadas por auditores independentes registrados na Comissão de
Valores Mobiliários, e observarão as normas expedidas por essa
comissão.
Assinale a alternativa correta:

a) Todos os textos estão corretos;


b) Estão corretos somente os textos III e IV;
c) Estão incorretos todos os textos;
d) Estão corretos somente os textos I e II;
e) Estão corretos somente os textos II e IV.

5) É considerada incorporação a operação pela qual:


a) Uma Cia. adquire o controle acionário de outra, comprando
mais de 50% das ações com direito a voto;
b) Uma Cia. constrói um prédio para outra, num terreno
previamente cedido por esta última;
c) Uma Cia. transfere a totalidade de seu patrimônio para outra,
que lhe sucede em seus direitos e obrigações;
d) Uma Cia. une seu patrimônio ao de uma outra, para que ambas
constituam uma nova sociedade;
e) Uma Cia. passa a ter acionistas comuns a uma outra Cia.

205
6) Assinale a alternativa correta:
a) Nos processos de incorporação, fusão ou cisão, a sociedade a
ser extinta (total ou parcialmente) pode ter seus ativos
avaliados a preço de mercado, uma vez que, nesse caso, não
ocorreria o fato gerado do Imposto de Renda das Pessoas
Jurídicas;
b) A fusão é a operação pela qual uma Cia. transfere parcelas de
seu patrimônio para uma ou mais empresas já existentes ou
criadas para tal fim;
c) A apresentação da DIPJ da sociedade transformada em outra
deve se dar até o último dia do mês seguinte ao da ocorrência
do evento;
d) Nos processos de incorporação, fusão ou cisão (total ou
parcial), as sucessoras poderão compensar o prejuízo fiscal,
controlado na parte do B do LALUR, da(s) sucedida(s);
e) A responsabilidade tributária das pessoas jurídicas sucessoras
de sociedades incorporadas, fusionadas, cindidas ou
transformadas alcança, inclusive, créditos tributários
constituídos por autos de infração decorrentes de não
cumprimento da obrigação tributária por parte da sucedida,
relativos a eventos ocorridos em data anterior à sucessão.

206
7) A empresa Nevisil funde-se à empresa ABC para constituir a empresa
Neva em maio de 20X2. A empresa ABC tem prejuízo fiscal
compensável, relativo ao ano-calendário de 20X1, no valor de R$
20.000,00. A empresa Nevisil, por sua vez, tem um prejuízo fiscal a
compensar relativo ao período de apuração encerrado em 20X2, no
valor de R$ 10.400,00. Isto posto:
a) A empresa Neva não poderá, em tempo algum, compensar o
prejuízo da Nevisil, em virtude da fusão, mas poderá
compensar o prejuízo fiscal relativo à ABC;
b) A empresa Neva poderá, dentro do prazo legalmente
previsto, compensar tanto o prejuízo fiscal da Nevisil quanto
da Neva, uma vez que se trata da sucessora universal de
ambas;
c) A empresa Neva poderá compensar o prejuízo fiscal de
ambas as empresas sucedidas, propiciar o aumento da
produtividade de ambas no processo de fabricação;
d) A empresa Neva não poderá compensar o prejuízo de
nenhuma das empresas sucedidas, apesar de ser sucessora
universal de ambas, por haver vedação legal expressa
especifica para tal procedimento;
e) A compensação do prejuízo fiscal da empresa ABC poderia
ter sido feita, se esta tivesse sido incorporada pela empresa
Nevisil

8) A empresa Moda Vestuários S/A efetuou uma cisão parcial, operação na


qual transferiu 40% do seu Patrimônio Líquido para a empresa Moda
Comércio de Confecções Ltda. Sabendo-se que a sociedade cindida
tinha prejuízo fiscal a compensar, relativo ao ano-calendário anterior ao
do evento, no valor de R$ 60.000,00, assinale a alternativa que
contenha o prejuízo fiscal total que Moda Vestuários S/A poderá
compensar com o lucro real apurado no período de apuração do evento
(em R$);
a) R$ 24.000,00;
b) R$ 60.000,00;
c) R$ 36.000,00;
d) R$ 30.000,00;
e) Zero, uma vez que a sociedade cindida perde o direito de
compensar prejuízos.

207
9) A empresa Ypsilon fundiu-se, em 08.07.20X3, à empresa Zeta para
formar a Cia Teta. No período de apuração correspondente à sua
Declaração de EFD final Ypsilon apresentou os seguintes fatos
contábeis e fiscais:
Dados R$
Lucro Líquido antes do IR 100.000,00
Excesso de contribuições e doações 33.000,00
Multas Indedutíveis 9.000,00
Reserva legal 14.000,00
Prejuízo fiscal de 20X2 12.000,00

Logo, o lucro real apurado pela Ypsilon nesta declaração foi de (em R$);
a) R$ 134.000,00;
b) R$ 142.000,00
c) R$ 130.000,00
d) R$ 136.000,00
e) R$ 140.000,00

208
10)A sociedade A (incorporada) encera o seu balanço em 30.09.20X5, e a
sociedade B (incorporadora) encerra o exercício social em 30.09.20X5.
Data da incorporação: 30 de setembro de 20X5.

Balanço para fins de incorporação – Sociedade A


ATIVO R$ PASSIVO E PL R$
Ativo Circulante 1.575,00 Passivo Circulante 435,00
Ativo Realizável a 350,00 Passivo não 230,00
Longo prazo circulante
Ativo Imobilizado 525,00 Capital Social 1.785,00
Total do Ativo 2.450,00 Total Passivo 2.450,00

Balanço para fins de incorporação – Sociedade B


ATIVO R$ PASSIVO E PL R$
Ativo Circulante 2.700,00 Passivo Circulante 1.400,00
Ativo Realizável a 600,00 Passivo não 100,00
Longo prazo circulante
Ativo Imobilizado 1.000,00 Capital Social 2.800,00
Total do Ativo 4.300,00 Total Passivo 4.3000,00

10.1) Após a incorporação, o valor do Ativo Circulante da sociedade B


será em (R$):
a) 4.275,00;
b) 950,00;
c) 1.525,00;
d) 1.835,00;
e) 330,00

10.2) Após a incorporação, o valor do Patrimônio Líquido da sociedade


B será (R$):
a) 4.275,00;
b) 4.585,00;
c) 3.300,00;
d) 10.000,00;
e) 2.450,00.

209
10.3) Após a incorporação, o valor do Ativo Imobilizado da sociedade B
será (R$):
a) 330,00;
b) 950,00;
c) 1.525,00;
d) 1.835,00;
e) 1.000,00

210
11)As sociedades Silêncio Ltda., Bagunça Ltda., e a empresa Pancada
Ltda., encerram suas atividades através de uma fusão, transferindo seu
patrimônio para uma nova sociedade denominada Metralha Ltda.

Balanço – Sociedade Silêncio Ltda.


Sócios:
A) João da Silva – participação 50%
B) Olavo de Albuquerque - participação 50%

ATIVO R$ PASSIVO E PL R$
Caixa 50,00 Títulos a pagar 170,00
Duplicatas a 100,00 Capital 380,00
Receber
Mercadorias em 200,00 Lucros Acumulados 100,00
Estoque
Títulos a receber 100,00
Aplicações de Curto 150,00
Prazo
Moveis e Utensílios 50,00
Total do Ativo 650,00 Total Passivo 650,00

Balanço – Sociedade Bagunça Ltda.


Sócios:
A) Rui Marques – participação 50%
B) José de Almeida - participação 50%

ATIVO R$ PASSIVO E PL R$
Caixa 120,00 Duplicatas a pagar 200,00
Bancos 80,00 Capital 360,00
Veículos 100,00 Reserva de Lucros 120,00
Depreciação (40,00)
Acumulada
Duplicatas a 80,00
Receber
Títulos a receber 20,00
Mercadorias em 150,00
Estoque
Aplicações em RDB 50,00
Aplicações de Curto 120,00
Prazo
Total do Ativo 680,00 Total Passivo 680,00

211
Balanço – Sociedade Pancada Ltda.
Sócios:
A) Carlos Pancada – participação 50%
B) João Pancada - participação 50%

ATIVO R$ PASSIVO E PL R$
Caixa 200,00 Fornecedores 80,00
Duplicatas a 300,00 Capital 1.440,00
Receber
Títulos a receber 50,00
Mercadorias em 350,00
Estoque
Aplicações de Curto 150,00
Prazo
Móveis e Utensílios 470,00
Total do Ativo 1.520,00 Total Passivo 1.520,00

A empresa Silêncio Ltda e Bagunça Ltda, aumentaram o valor do seu


capital social mediante transferência do saldo das contas de lucros
acumulados e reservas de lucros antes da fusão.

11.1) Efetue a escrituração contábil de encerramento de cada empresa e


de constituição da empresa Metralha Ltda, bem como o balanço de nova
sociedade.

11.2) o valor total do ativo da empresa Metralha Ltda. após a fusão


soma ( em R$):

a) 2.270,00;
b) 2.400,00;
c) 1.330,00;
d) 2.850,00;
e) 3.000,00.

11.2) O valor do Patrimônio Líquido da empresa Metrada Ltda., após a


fusão soma ( em R$):
a) 2.400,00;
b) 2.850.00;

212
c) 2.000,00;
d) 220,00;
e) 2.180,00.

11.3) o valor do Ativo Circulante da empresa Metrada Ltda., após a


fusão soma ( em R$):
a) 580,00;
b) 450,00;
c) 2.400,00;
d) 3.000,00;
e) 2.270,00

11.4) o valor do capital social da empresa Metrada Ltda., após a fusão


soma ( em R$):
a) 2.180,00;
b) 2.400,00;
c) 3.000,00;
d) 220,00;
e) 2.850,00.

11.5) Após a fusão, o valor da participação no capital social do sócio


Carlos Pancada é de (R$):
a) 10%;
b) 50%
c) 30%
d) 20%
e) 40%

11.6) Após a fusão, o valor da participação no capital social do sócio


Olavo Albuquerque é de (R$):
a) 480,00;
b) 190,00;
c) 180,00;

213
d) 240,00;
e) 720,00.

11.7) Após a fusão, o percentual da participação dos sócios Carlos


Pancada e João Pancada no capital social é de idêntico valor. Quanto
aos demais sócios, podemos dizer que sua participação no capital é
equivalente a:
a) R$ 720,00 para cada um;
b) R$ 190,00 e R$ 680,00
cada um;
c) 50% do total;
d) 30% do total;
e) 10% do total.

214
Exercícios de Fixação IV

Para responder as questões de número 1 e 2, considere as informações


abaixo:
A Cia. Europeia adquiriu 40% das ações das Cia. Sem Cheiro por R$
5.500.000,00. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido a Cia. Sem Cheiro
era de R$ 6.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos
identificáveis da Cia. Sem Cheiro era de R$ 9.000.000,00
1) Sabendo que a Cia. Europeia passou a ter influência significativa na Cia.
Sem Cheiro, o valor reconhecido no ativo da Cia. Europeia, em
Investimentos foi, em reais:

a) 2.400.000,00;
b) 3.600.000,00
c) 5.500.000,00
d) 3.000.000,00
e) 3.100.000,00

2) Sabendo que a Cia. Sem Cheiro, em 2013, apurou um lucro líquido de


R$ 800.000,00 e distribuiu e pagou dividendos no valor de R$
300.000,00, a Cia. Europeia reconheceu, em 2013, receita de:
a) Equivalência patrimonial de R$ 200.000,00
b) Dividendos de R$ 120.000,00
c) Equivalência patrimonial de R$ 320.000,00
d) Equivalência patrimonial de R$ 200.000,00 e receita de
dividendos de R$ 120.000,00
e) Equivalência patrimonial de R$ 320.000,00 e receita de
dividendos de R$ 120.000,00

3) Um dos procedimentos apresentados nas alternativas abaixo NÂO é


consistente com o processo de consolidação das demonstrações
contábeis. Identifique-o:

a) Investimentos em empresas controladas;


b) Eliminação dos lucros não realizados no MEP;
c) Investimentos em empresas coligadas;
d) Eliminação de todas as transações entre as empresas

215
consolidadas;
e) Registro dos tributos diferidos

4) Aplicações em Investimentos Temporários que apresentem


características de liquidez imediata são classificadas no Ativo como:
a) Valores realizáveis;
b) Investimentos;
c) Não circulante;
d) Permanente;
e) Disponível

5) As participações em outras sociedades que não se destinam à venda


são classificadas em:
a) Aplicações financeiras;
b) Investimentos;
c) Realizável a longo prazo;
d) Patrimônio líquido;
e) Resultado de exercícios futuros

6) Determine o valor que uma empresa deverá registrar contabilmente, a


título de Resultado de Equivalência Patrimonial, para uma operação com
as características a seguir:
PL da investida R$ 300.000,00
Participação da Investidora 40%
Valor do investimento R$ 80.000,00

a) R$ 48.000,00;
b) R$ 120.000,00;
c) R$ 32.000,00;
d) R$ 112.000,00;
e) R$ 40.000,00

216
7) Na elaboração do balanço consolidado, todos os itens a seguir devem
ser excluídos, exceto:
a) Lucro na alienação de investimentos avaliados pela
equivalência patrimonial;
b) Débitos e créditos de igual valor decorrente de operações
com empresa fora do grupo;
c) Tributos recuperáveis ou não recuperáveis incidentes sobre
os resultados não realizados;
d) Receitas e despesas decorrentes de negócios entre a
investidora e as respectivas controladas;
e) Débitos e créditos decorrentes de empréstimos entre a
controladora e as controladas.

8) De acordo com a lei 6.404/76 e suas alterações, é considerada


controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através
de outras controladas, é titular de direitos de sócios que lhe assegurem
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger

a) Alguns administradores de modo eventual;


b) A maioria dos administradores de modo permanente;
c) No mínimo três membros do conselho de administração de
modo permanente;
d) No mínimo dois membros do conselho de administração de
modo permanente;
e) Até dois membros do conselho de administração.

217
9) A cia. Serrana tem 60% das ações de sua controlada, a Cia. Caldense.
Em 31.12.X0, sabe-se que:
a) Nos estoques da controladora, existem mercadorias que lhe foram
vendidas pela controlada com um lucro de R$ 100.000,00;
b) O Patrimônio Líquido da controlada perfazia R$ 900.000,00.
Na escrituração da investidora, a participação societária na Cia.
Caldense, avaliada pelo método da equivalência patrimonial,
conforme o disposto no art. 9 da Instrução CVM n. 247/1996 será:

a) R$ 60.000,00;
b) R$ 260.000,00;
c) R$ 440.000,00;
d) R$ 480.000,00;
e) R$ 540.000,00

10)Representa uma aplicação classificável no subgrupo investimentos do


ativo não circulante:
a) Certificado de depósito bancário;
b) Fundo de renda variável;
c) Participações de natureza transitória;
d) Participações em coligadas ou controladas;
e) Participações em companhias abertas.

11)Quanto à data-base e o período de abrangência das demonstrações


contábeis a serem consolidadas, só não podemos afirmar que:
a) Os dados para consolidação serão determinados com base
nas demonstrações contábeis levantadas na mesma data pela
controladora e pela(s) controlada (s);
b) Se for impossível o levantamento na mesma data, admite-se
a utilização de demonstrações contábeis da controlada em um
período máximo de desafagem de até 60 dias antes da data
das demonstrações contábeis da controladora;
c) O período de abrangência das demonstrações contábeis da(s)
controlada(s) deverá ser idêntico ao da controladora,
independentemente das respectivas datas de encerramento;
d) É admitida a utilização de períodos não idênticos, nos casos
em que esse fato representar melhoria na qualidade da
informação produzida;

218
e) A admissão de períodos não idênticos deve ser evidenciada
em notas explicativas.

12)Quanto à caracterização de uma sociedade como “coligada” ou


“controlada”, é falsa a seguinte afirmação:
a) Consideram-se coligadas as sociedades em que uma delas
participa com 20% ou mais do capital social da outra, sem
controla-la;
b) Consideram-se equiparadas às coligadas as sociedades em
que uma participa indiretamente com 10% ou mais do capital
votante da outra, sem controla-la;
c) Considera-se controlada a sociedade na qual a investidora,
direta ou indiretamente, seja titular de direitos de sócio que lhe
assegurem a preponderância nas deliberações sociais e o
poder de eleger ou destituir a maioria dos administradores;
d) Consideram-se equiparadas às coligadas as sociedades em
que uma participa diretamente com 10% ou mais do capital
votante da outra, independentemente do percentual da
participação no capital total;
e) Considera-se como controlada a subsidiária integral, tendo a
investidora como única acionista.

13)Qual das evidencias a seguir indica influência significativa de uma


companhia na outra:
a) Poder de eleger ou destituir um ou mais de seus
administradores;
b) O valor contábil dos investimentos em controladas e coligadas
for igual a 10% do patrimônio líquido da investidora;
c) O valor contábil do investimento em cada coligada for igual a
15% do patrimônio líquido da investidora;
d) Uma empresa participa com 10% do capital da outra, sem
controla-la;
e) Quando tenha um volume irrelevante de transações entre elas.

219
14)Em 31/12/20X1, os balancetes finais das Cias Alpha e Beta eram os
seguintes antes do enceramento das contas de resultado:
Cia Alpha Cia. Beta
Contas Saldos Contas Saldos
Ajustados Ajustados
Ativo Circulante (AC) 24.000,00 Ativo Circulante 10.000,00
Ativo Realizável a longo 36.000,00 Ativo Realizável a longo
prazo (ANC) prazo
Ativo Permanente Ativo Permanente
- Investimentos 60.000,00 - Investimentos ----
- Imobilizado Liquido 220.000,0 - Imobilizado Liquido 98.000,00
0
Passivo Circulante (PC) 50.000,00 Passivo Circulante 30.000,00
Passivo Exigível a Longo Passivo Exigível a
Prazo (PNC) 30.000,00 Longo Prazo 10.000,00
Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido
- Capital 160.000,0 - Capital 100.000,00
- Reservas 0 - Reservas 2.000,00
- Lucros/Prejuízos 20.000,00 - Lucros/Prejuízos (28.000,00
Acumulados 40.000,00 Acumulados
Despesas Operacionais 120.000,0 Despesas Operacionais 90.000,00
0
Receitas Operacionais 160.000,0 Receitas Operacionais 84.000,00
0

Outras informações:
I – para apuração dos resultados de 20X1 das empresas, falta apenas a
avaliação dos Investimentos Permanentes;
II – a Cia. Alpha detinha 60% do capital da Cia. Beta e essa era a única
participação societária da empresa;
III – até o exercício contábil de 20X0, os investimentos não eram
avaliados pela equivalência patrimonial.

12.1) aplicando o método da equivalência patrimonial, o valor correto


dos investimentos permanentes na Cia. Alpha será, em R$:
a) 40.800,00;
b) 60.000,00
c) 19.200,00
d) 44.400,00
e) 3.600,00

220
14.2) O Resultado apurado na aplicação da equivalência patrimonial
deveria ser lançado pela Cia Alpha como:
a) Lucros/Prejuizos Acumulados – Ajustes de Exercício Anterior -
15.600.00
Outras Despesas Operacionais – Lucros e prejuízos em outras
companhias - 3.600,00
a Investimentos - 19.200,00
b) Provisão para perdas com investimentos Permanentes –
Despesas não operacionais – 19.200,00
a Ganhos com Investimentos – 15.600,00
a Investimentos – 3.600,00
c) Lucros/prejuízos Acumulados – Ajuste de Exercício Anteriores –
3.600,00
Outras Despesas Operacionais – Lucros ou Prejuizos de
Participações em outras Companhias – 15.600,00
a Investimentos – 19.200,00
d) Ganhos/Perdas com Alienação Investimentos - 15.600,00
Despesas não operacionais em outras companhias – 3.600,00
a Investimentos – 19.200,00
e) Investimentos – 3.600,00
Despesas não operacionais – Lucros e Prejuízos de
Participações em Outras Companhias – 15.600,00
a Ganhos e Perdas com Investimentos – 19.200,00

221
15)A Cia. Gama avaliará seu Investimento me sua Controlada, a Cia. Delta,
pelo Método da Equivalência Patrimonial. A sua participação no capital
da Cia Delta é de 20%:

Cia. Gama Cia. Delta


Ativo Patrimônio líquido
Investimento (ANC) Capital 800.000,00
Participação na Cia Delta Reserva de Capital 200.000.00
200.000,00

Momento 1 : A Cia. Delta obteve um Lucro Líquido de R$ 650.000,00


Momento 2: A Cia Delta distribuiu R$ 100.000,00 em Dividendos;
Momento 3: A Cia Delta faz um ajuste de avaliação patrimonial positivo
de R$ 50.000,00
Momento 4: A Cia Delta aumenta seu capital com reservas em R$
400.000,00.

A conta investimento/participação na Cia Delta, da Cia. Gama no


momento 4, será, em R$:

a) R$ 420.000,00;
b) R$ 400.000,00;
c) R$ 340.000,00;
d) R$ 320.000,00;
e) R$ 280.000,00

222
16)A legislação societária conceitua como empresas coligadas as
sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa, sendo
que a CVM, por meio da Instrução n 247/96, sugeriu diversas evidências
de influência na administração da coligada. Não se caracteriza como
uma evidência de influência significativa na administração de outra
empresa o fato de a investidora exercer a atividade de:
a) Participar nas suas deliberações sociais tomadas por outra
empresa, inclusive com a existência de administradores
comuns;
b) Deter o poder de eleger ou destituir um ou mais dos
administradores da outra empresa;
c) Conceder empréstimos de acordo com as condições usuais de
mercado, com a prática de juros e prazos habituais
semelhantes às negociações com as demais empresas;
d) Manter um volume relevante de transações, inclusive com o
fornecimento de assistência técnica ou informações técnicas
essenciais para as atividades da investidora;
e) Recebimento, pela empresa investidora, de informações
contábeis detalhadas da investida, bem como dos seus planos
de investimentos, de uma forma permanente.

17)São operações que afetam o patrimônio líquido:


a) Transferência das contas de reservas para a conta capital;
b) Transferência da conta lucros acumulados para a conta
capital;
c) Transferência da conta lucros acumulados para as contas de
reservas de lucros;
d) Reversão de reservas de lucros para a conta lucros
acumulados;
e) Distribuição de lucros para sócios – dividendos ou retiradas.

18)São operações que não afetam o patrimônio líquido:


a) Transferência das contas de reservas para a conta capital;
b) Aumento da conta capital com a integralização de bens ou
dinheiro;
c) Entrada de novas reservas de capital – doações, ágio, etc.;
d) Distribuição de lucros para os sócios – dividendos ou

223
retiradas;
e) Ajustes de exercícios anteriores.

19)Ocorrendo, na investida, uma entrada de reservas de capital, tal fato


provocará, na investidora, a contabilização de um valor proporcional ao
seu percentual de participação:
a) A débito da conta que registra o investimento;
b) A crédito de uma conta de receita operacional;
c) A crédito de uma conta de reserva de capital;
d) Diretamente a crédito de lucros acumulados;
e) A crédito da conta que registra o investimento.

20)Se uma determinada companhia possui investimento permanente em


outra, em que não exista influência significativa nem controle, como
deve ser avaliado este investimento:
a) Pelo método da equivalência patrimonial;
b) Pelo método de custo, sujeito ao teste de recuperabilidade;
c) Pelo método do valor justo;
d) Pelo método do valor presente;
e) Pelo método de amortização.

21)O patrimônio da Empresa A é transferido para a Empresa B. A empresa


A é encerrada. Trata-se de um processo de:
a) Fusão;
b) Incorporação;
c) Cisão parcial;
d) Cisão total;
e) Consolidação de balanços.

224
22)Na cisão, as sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da
empresa cindida:
a) Não terão nenhuma responsabilidade pelas dívidas da cindida,
mesmo as que lhes forem transferidas no ato da cisão;
b) No caso de cisão total, responderão pelas dívidas da cindida
proporcionalmente à parcela do patrimônio que cada uma
absorver;
c) No caso de cisão parcial, não tem nenhuma responsabilidade
pelas dívidas anteriores ao processo de cisão, mesmo em
relação às que lhes forme transferidas;
d) No caso de cisão parcial, caso não haja manifestação
contrária dos credores, serão responsáveis apenas pelas
obrigações que lhes forem transferidas, sem nenhuma
solidariedade entre si ou em relação à empresa cindida;
e) Na cisão total, responderão solidariamente com a companhia
cindida pelas dividas desta última.

23)A empresa A transfere 50% do seu patrimônio para a Empresa B e 30%


para a Empresa C. Nessas condições:
a) Trata-se de um processo de fusão de empresas;
b) A Empresa A é extinta;
c) As Empresas B e C podem ser empresas novas ou já
existentes;
d) Trata-se de um processo de cisão total;
e) Trata-se de um processo de incorporação.

24)A companhia só não pode ser dissolvida:


a) Pelo término do prazo de duração;
b) Por deliberação da assembleia geral;
c) Quando anulada a sua constituição, em ação proposta por
qualquer acionista;
d) Pela decretação da falência;
e) Pelo deferimento da concordata preventiva.

225
25)As empresas A, B e C apresentavam os seguintes dados no
levantamento dos respectivos balanços:
A B C
Participação de A em 800.00 - -
B
Capital realizado 2.600,00 1.700,00 1.100,00
Reserva de lucros 600,00

Considerando que a Firma A está incorporando as Firmas B e C, só não


podemos afirmar que:
a) A participação dos ex-acionistas de B no novo PL de A será
de 17,3%;
b) Todo o patrimônio de B e C será transferido para A;
c) As Firmas B e C serão extintas;
d) Encerrada a incorporação, o PL de A será de $ 6 mil;
e) No ato da incorporação, a participação de A em B será
eliminada.

26)Qual destes é um dos requisitos para elaboração da consolidação das


demonstrações contábeis?
a) A participação dos minoritários deverá ser destacada no
balanço consolidado, em item separado do passivo;
b) A participação dos minoritários deverá ser destacada no
balanço consolidado, em item anterior ao patrimônio líquido;
c) A participação dos minoritários não deve ser destacada;
d) Consolidar com políticas contábeis diversas entre a
controladora e as controladas;
e) Uniformidade das políticas contábeis adotadas entre a
controladora e as controladas.

27)Extingue-se a companhia:
a) Pela incorporação ou fusão.
b) Pela cisão parcial de seu patrimônio em outras sociedades;
c) Pelo término do prazo de duração;

226
d) Nos casos previstos nos estatutos;
e) Quando anulada a sua constituição, em ação proposta por
qualquer acionista.

28)Provocará contabilização na investidora como “outras receitas e


despesas operacionais”:
a) O aumento ou a diminuição do patrimônio líquido da coligada e
controlada em decorrência da apuração de lucro líquido ou
prejuízo no período;
b) As bonificações recebidas sem custo, quer seja por emissão de
novas ações, quer seja pelo aumento do valor nominal das
ações;
c) A diferença provocada no patrimônio líquido das investidas,
decorrente de ajustes de exercícios anteriores;
d) O ganho ou a perda resultante da variação da porcentagem de
participação no capital social da coligada e controlada;
e) O ganho ou a perda relativo à variação cambial de investimento
em coligada ou controlada no exterior.

29)A Cia. X tinha uma participação na Cia. Y avaliada pelo método da


equivalência patrimonial por R$ 40 mil (40% = porcentagem de
participação no PL de Y). No final do ano, o patrimônio líquido de Y
tornou-se negativo em R$ 20 mil. Na investidora X, ocorrerá um crédito
na conta de investimentos em Y no valor de :
a) $ 20 mil;
b) $ 8 mil;
c) $ 60 mil;
d) $ 48 mil;
e) $ 40 mil.

227
30)Sobre as exclusões de sociedades nos balanços consolidados, só não é
correto afirmar que:
a) Não será considerada justificável a exclusão, nas
demonstrações contábeis consolidadas, de sociedade
controlada cujas operações sejam de natureza diversa das
operações da investidora ou das demais controladas;
b) No balanço patrimonial consolidado, o valor contábil do
investimento, na sociedade controlada excluída da
consolidação, deverá ser avaliado pelo método da
equivalência patrimonial;
c) A CVM tem poderes para autorizar, em casos especiais, a
exclusão de uma ou mais sociedades controladas;
d) Mediante prévia autorização da CVM, poderão ser excluídas
das demonstrações contábeis consolidadas as sociedades
controladas que se encontrem com efetivas e claras
evidências de perda de continuidade;
e) Em casos especiais justificados, poderão ainda ser excluídas
da consolidação, mediante prévia autorização da CVM, as
sociedades controladas cuja inclusão, a critério da CVM, não
represente alteração relevante na unidade econômica
consolidada ou que venha a distorcer essas unidade
econômica.

228

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