Você está na página 1de 12

Nome do Estudante: Sérgio Fane Fernando

Tema do Trabalho:
Sistema Fiscal Moçambicano e suas Reformas Antes e Depois da Independência.

Licenciatura em Administração e Politicas Públicas


Direito Fiscal

Nome do Docente da Disciplina


Dr: Eusébio Lambo

Universidade Alberto Chipande 3º Ano


Beira/2023

1
Índice
Resumo...................................................................................................................................................................3

Introdução..............................................................................................................................................................4

1. Sistema Fiscal Moçambicano e suas Reformas Antes e Depois da Independência.......................................5

1.2. Periodização da reforma tributária em Moçambique.................................................................................6

1.3. Período de transição do sistema fiscal: 1975-1977....................................................................................6

1.4. Evolução do Sistema Fiscal em Moçambique...........................................................................................6

evolução do sistema fiscal moçambicano são:......................................................................................................6

-Primeira reforma de 1978;....................................................................................................................................6

-Segunda reforma de 1987 e ;................................................................................................................................6

-Terceira reforma de 1996......................................................................................................................................6

1.5. Pessoas Singulares:....................................................................................................................................7

1.6. Pessoas Colectivas :...................................................................................................................................7

1.7. Sujeitos passivos do IVA:..........................................................................................................................8

1.8. Sujeitos Passivos do ICE:..........................................................................................................................9

1.9. Direitos Aduaneiros:..................................................................................................................................9

2. Desafios de Expansão das Receitas Fiscais em Moçambique...........................................................................9

2.1. Mega Projectos................................................................................................................................................9

2.2. Fiscalidade.....................................................................................................................................................9

2.3. Auditoria.......................................................................................................................................................10

Conclusão.............................................................................................................................................................11

Referências bibliográficas....................................................................................................................................12

Resumo
O presente trabalho é da cadeira de Direito Fiscal e versa sobre Sistema Fiscal Moçambicano e suas

2
Reformas Antes e Depois da Independência.

Introdução

3
Na generalidade das doutrinas o termo Direito Fiscal é usado como sinónimo do Direito Tributário,
tratando-se do Direito relativo aos Impostos.
Sendo certo porém que o Direito Tributário para alguns autores mais ampla e abrangentes em relação
ao Direito Fiscal, sendo este último apenas relativo as receitas coactivas, e o Direito Tributário incluir
as taxas e outras categorias de Receitas Públicas.

Direito Fiscalé o conjunto de normas que disciplinam as relações que se estabelecem entre o Estado e
outros entes públicas por um lado, e com os particulares por outro, por via do Imposto.

1. Sistema Fiscal Moçambicano e suas Reformas Antes e Depois da Independência.

4
Sistema Fiscal é o conjunto coordenado e racional dos vários impostos visando a prossecução dos fins
públicos (Artº 103 da Constituição), a satisfação das necessidades financeiras do Estado (fim
financeiro) e outras entidades públicas e uma repartição justa dos rendimentos e riqueza (fim extra
financeiro).

Reforma Tributária é uma reformulação dos impostos e de suas formas de cobrança. Das propostas
que estão para votação, um ponto em comum é a unificação de diferentes impostos em uma só
contribuição. Entre os objectivos dessa mudança estão a simplificação da arrecadação e aumentar a
transparência desse processo.

O sistema fiscal moçambicano possui hoje uma estrutura equiparável aos mais modernos sistemas
fiscais, apresentando uma estrutura tripartida, através da qual se tributa, separadamente, o
rendimento, o consumo e o património. Em qualquer caso, a actual configuração do sistema fiscal
moçambicano é relativamente recente, derivando da reforma de 2002, altura em que foi totalmente
reformulado o sistema então vigente e que apresentava, ainda, uma relevante matriz da pré-
independência.

O novo sistema fiscal Moçambicano inclui já soluções adaptadas às novas realidades económicas,
quer através da diferenciação das regras aplicáveis em função dos tipos de contribuintes, quer através
das preocupações de integração internacional já reveladas, portanto a moeda oficial é o Metical (da
nova família) - MZN/MT.

A maioria das sociedades comerciais em Moçambique adopta a forma de sociedade anónima ou de


sociedade por quotas, mas é ainda possível a constituição de sociedades unipessoais. As empresas
estrangeiras que não pretendam estabelecer-se em Moçambique actuam, em regra, através da
constituição de uma sucursal.

As taxas de juro de referência são a taxa de facilidade permanente de depósito, actualmente fixada em
1,75%, e a taxa de facilidade permanente de cedência, actualmente fixada em 9,0%.
O ano fiscal coincide com o ano civil, embora as empresas possam utilizar outro ano contabilístico,
mediante autorização.

5
1.2. Periodização da reforma tributária em Moçambique

Após a Independência, Moçambique teve a necessidade de garantir, através do sistema fiscal, o nível
de receitas públicas adequado ao processo de desenvolvimento económico.
As receitas deviamcobrir as despesas públicas no âmbito do alargamento da educação e saúde. No
entanto os sistemas fiscais nem sempre se adequaram a evoluçãosocioeconómica, dai que várias
reformas, tenham sido implementadas.

1.3. Período de transição do sistema fiscal: 1975-1977

Nas vésperas da independência, o sistema tributário aplicado em Moçambique era basicamente


oentão vigente na metrópole resultante na reforma de 1959-1963 e da política de harmonização fiscal,
enquadrado no programa de integração económica na época chamado espaço Português.

O periodo pós- independencia foi caracterizado por uma saida do pais, em massa de quadros
qualificados, oque enfraqueceu a administracao fiscal, devido a complexidade da estrutura fiscal,
favorecendo a evasão ao fisco. O abandono e sabotagem das unidades económicos pelos seus
proprietários e o inicio da guerra em 1977, conduziram primeiro a redução da produção e como
consequencia, diminuiu o pontencial tributária colectavel, diminuindo o nivel de receitas fiscais.

Paralelamente a consolidação da auto-determinação do pais rece-nascido passava recessariamente


pelo desenho e implementacao de uma politica fiscal própria, oque veio a ocorrer em 1977.

1.4. Evolução do Sistema Fiscal em Moçambique

No presente trabalho de investigação que tem como tema a Evolução do Sistema fiscal moçambicano,
como pontapé de saída dizer que o sistema fiscal moçambicano conheceu importantes modificações
desde o ano em que o país tornou – se livre da dominação colonial, com a proclamação da
independência nacional em 25 de Junho de 1975. Existem três importantes momentos dessa evolução.
Os três momentos importantes da evolução do sistema fiscal moçambicano são:
-Primeira reforma de 1978;
-Segunda reforma de 1987 e ;
-Terceira reforma de 1996.

A tributação tem em vista a satisfação das necessidades financeiras do Estado e outras entidades
públicas e promove a justiça fiscal, igualdade de oportunidades e a necessária redistribuição da

6
riqueza e do rendimento, através do pagamento do imposto para o Orçamento Geral do Estado que
tem natureza unilateral e obrigatória.

O sistema tributário Moçambicano integra os impostos nacionais e autárquicos, tratados em


dispositivos legais diferentes. O imposto nacional actua a dois níveis:

 Directo (tributação dos rendimentos e riqueza), através do Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Colectivas- IRPC e do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares- IRPS;

 Indirecto (tributação das despesas), através do Imposto sobre o Valor Acrescentado- IVA;
Imposto sobre Consumos Específicos- ICE e os Direitos Aduaneiros.

Para além destes, que são os principais impostos, o sistema tributário moçambicano se completa com
outros impostos, nomeadamente: imposto do selo, imposto sobre as sucessões e doações, Sisa,
imposto especial sobre o jogo, imposto de reconstrução nacional, imposto sobre veículos e outros
impostos e taxas específicas estabelecidos em legislação própria.
Devem requerer o registo nas finanças, tanto pessoas singulares como colectivas, o património ou
organização de facto ou de direito, vinculados à prestação tributária.

1.5. Pessoas Singulares:

Considera-se, para efeitos tributários, residentes em Moçambique: quem haja nele permanecido mais
de 180 dias seguidos ou interpolados; que disponha de habitação em Moçambique, o que faz supor a
intenção de nele permanecer; desempenhe no estrangeiro funções ou comissões de carácter público ao
serviço da República de Moçambique, sejam tripulantes de navios ou aeronaves ao serviço de
entidades com residência, sede ou direcção efectiva em Moçambique.

1.6. Pessoas Colectivas :

Considera-se, para efeitos tributários, residentes em Moçambique: as entidades jurídicas com sede ou
direcção efectiva em território da República de Moçambique.
Sujeitos Passivos do IRPC (mesmo que o rendimento seja proveniente de actos ilícitos):

1. As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as cooperativas, as empresas públicas e


as demais pessoas colectivas de direito público ou privado com sede ou direcção efectiva no
território moçambicano;

7
2. As entidades desprovidas de personalidade jurídica, com sede ou direcção efectiva no território
moçambicano, cujos rendimentos não sejam tributados em IRPS ou IRPC na titularidade das
pessoas singulares ou colectivas que as integram;

3. As entidades, com ou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem direcção efectiva
no território moçambicano e cujos rendimentos nele obtidos não sejam sujeitos ao IRPS.

Sujeitos Passivos do IRPS (mesmo que o rendimento seja proveniente de actos ilícitos):
Todas as pessoas singulares residentes em Moçambique, ou, que nelas tenham rendimentos. O
rendimento é agrupado nas seguintes categorias:

 Primeira categoria: rendimentos do trabalho dependente;

 Segunda categoria: rendimentos empresariais e profissionais;

 Terceira categoria: rendimentos de capitais e das mais-valias;

 Quarta categoria: rendimentos prediais;

 Quinta categoria: outros rendimentos.

1.7. Sujeitos passivos do IVA:

Uma vez incidir sobre o valor das transmissões de bens e prestações de serviços realizadas no
território nacional, a título oneroso e sobre as importações de bens, o verdadeiro tributado é o
consumidor final. Cada participante económico suporta o IVA na medida do valor que acrescentou ao
bem ou serviço, podendo recuperá-lo (caso pontual) ou ser reembolsado (situação habitual) no mês
seguinte. São sujeitos passivos do IVA:

 Pessoas singulares ou colectivas, residentes ou com estabelecimento estável ou representação no


País;

 Pessoas singulares ou colectivas que, não exercendo uma actividade, realizam qualquer
operação tributável;

 Pessoas singulares ou colectivas não residentes e sem estabelecimento estável ou representação,


realizam qualquer operação tributável;

 Pessoas singulares ou colectivas que, segundo a legislação aduaneira, realizam importação de


bens;

8
 Pessoas singulares ou colectivas que, em factura ou documento equivalente, mencionem
indevidamente o IVA.

1.8. Sujeitos Passivos do ICE:

Incide sobre bem específicos, de uma só vez, sobre o produtor ou importador, depositário, operador,
detentor para fins comerciais, arrematante em venda judicial, consoante o caso.

1.9. Direitos Aduaneiros:

Incide sobre as mercadorias importadas e exportadas no território moçambicano.

2. Desafios de Expansão das Receitas Fiscais em Moçambique

As receitas fiscais representaram, no período de 1999 a 2008, cerca de 86% do total das receitas
internas do país, constituindo, no entanto, menos de metade do Orçamento do Estado. Como
proporção do PIB, as receitas fiscais atingiram o pico deste período em 2008, situando-se em 14.2%.
Apesar deste crescimento, as receitas mantêm-se a um nível baixo relativamente à média da África
Austral que ronda os 28% .

2.1. Mega Projectos

Com o mesmo minimizar a falta de informação sobre a industrialização em Moçambique, referenciar


como decorre este processo no país em via de desenvolvimento em que o grande objectivo é de
estimular o crescimento da economia do mesmo. Os conteúdos são explicados de uma maneira fácil,
ilustrada, com uma linguagem clara, objectiva, simples e sequência temática lógica. Como factor
característico de um país, em particular Moçambique, apresenta-se a formação de industrialização
como um instrumento benéfico.

2.2. Fiscalidade

Tendo em vista a satisfação das necessidades dos cidadãos. Falar da Fiscalidade em Moçambique
ésem dúvidas falar do Sistema Financeiro Moçambicano, pois estes elementos não se dissociam, dada
a sua natureza e forma.Esta actividade de arrecadação de receitas, é uma actividade meramente do

9
Estado, pois a este cabe traçar mecanismos e politicas de modo flexibilização desta actividade.
Entretanto, a actividade fiscal do Estado não é de hoje, ela vem desde os tempos remotos, pelo que,
foisendo este.

2.3. Auditoria

Moçambique está a sentir efeitos da crise financeira, a dimensão desse impacto está dependente da
forma como a União Europeia (UE) vai gerir a crise financeira que se vive neste momento, resultante
da dívida soberana do país.

Conclusão
Através do presente trabalho de pesquisa, foi possível ter conhecimentos sólidos da disciplina de
Direito Fiscal no geral, mas particularmente e mais com profundeza sobre Sistema Fiscal

10
Moçambicano e suas reformas antes e depois da independência, tendo concluído que o Sistema
Fiscal é o conjunto coordenado e racional dos vários impostos visando a prossecução dos fins
públicos, não só mas também o sistema fiscal moçambicano possui hoje uma estrutura equiparável
aos mais modernos sistemas fiscais internacionais, apresentando uma estrutura tripartida, através da
qual se tributa, separadamente, o rendimento, o consumo e o património.

Referências bibliográficas

Módulo de Direito Fiscalda UNIAC 3º Ano

11
https://www.trabalhosfeitos.com/document/78879085;

Sociedade de Advogados, Rl, Rogério Fernandes Ferreira & Associados.

Internet

12

Você também pode gostar