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INSTITUTO POLIVALENTE EDICK RAMON – IPER

ENSINO PARTICULAR
ÁREA DE FORMAÇÃO ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS
CURSO TÉCNICO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

TEMA: OS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL


ANGOLANO

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INSTITUTO POLIVALENTE EDICK RAMON – IPER
ENSINO PARTICULAR
ÁREA DE FORMAÇÃO ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS
CURSO TÉCNICO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

TEMA: OS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL


ANGOLANO

Professor: Marcos Graciano


12ª Classe

III. GRUPO
Integrantes:

1. Fernanda Campos
2. Juleide Madaleno
3. Neide Diogo
4. Robvaldo Ribaia
5. Vanda Simosa

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AGRADECIMENTO

Agradecemos, primeiramente, à DEUS, por ter nos guiado até aqui, que nos deu energia,
coragem, paciência e sabedoria. Aos nossos pais pelo apoio que nos têm dado durante esta
caminhada. Um apreço elevado aos nossos professores e amigos que ao longo desta
caminhada contribuíram de forma directa ou indirecta para o nosso conhecimento e ter
permitido que o trabalho fosse realizado.

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EPÍGRAFE

Conhecimento não é aquilo que você sabe, mas o que


você faz com aquilo que você sabe. “Aldous Huxley”

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RESUMO

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ABSTRACT

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Introdução
Em Angola, após o fim da guerra civil, em 4 de Abril de 2002, o país passou por uma
fase de reorganização das diferentes áreas, marcando uma portunidade para alavancar e
desenvolver a sua económia, chegando a ganhar o título de um dos países que mais cresceu
nos últimos anos, registando uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na
ordem dos 10,5%, (FMI 2012) e o título de one of the world’s fastest economies, with a GDP
growth rate of 20.6% in 2005, 18.6% in 2006 and nearly 27% in 2007 (OCDE 2010) devido
ao modelo económico adoptado na altura. Porém este crescimento económico foi distorcido
uma vez que baseava-se na extração de recursos naturais, tendo como sua maior receita a
exportação do petróleo bruto o que repesentou 91% das exportações angolanas em 2008 e
92% em 2012, o que internamente, representa 80% das receitas ficais públicas (Liberato
2015). Esta dependência, colocou o país em uma posição de exposição a uma possível crise.
Deste modo, em meados de 2013 e 2014, quando o preço do petroléo nos mercados
internacionais teve uma queda, veriando entre 105,10 e os 60,70 dólares americanos, a
economia do país teve uma queda significativa, o que resultou em uma crise económica que
afetou milhares de angolanose a sua qualidade de vida no país.
Face a está problemática, o governo viu-se obrigado a diversificar a sua economia.
Um dos projectos implentados para tal foi o Projecto do Executivo para a Reforma Tributária,
que estava a ser analisado desde 2009. Segundo a ministra das finanças Vera Daves de Sousa,
a sociedade vai percebendo “a necessidade de sermos um Estado Fiscal, em que o suporte
financeiro do Estado Social resida, essencialmente, nos impostos e nas demais receitas
tributárias”. Segundo afirmou, o objectivo da reforma fiscal, nas suas mais variadas vertentes,
passa por facilitar, simplificar e dinamizar o processo de diálogo entre o contribuinte e a
administração fiscal.

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Conceitos e classificações do imposto

O imposto, nos dias de hoje, é considerado como a principal fonte de receita a favor
do Estado, uma vez que este para satisfazer as suas necessidades públicas recorre aos meios
fiscais para a satisfação das suas necessidades coletivas.

Ora, por que o Estado precisa desses meios? O Estado precisa desses meios para
poder desempenhar as tarefas que lhe estão constitucionalmente atribuídas; necessita de
recursos financeiros suficientes.

Partindo dos conceitos já elaboradas pela doutrina e porque não se pretende gerar uma
discussão especial em torno do assunto, e formar um novo conceito de imposto, procura
analisar-se definições já existentes.

A doutrina é ampla no que tange ao conceito de imposto, o Prof. José Casalta NABAIS,
escreveu que para a definição do conceito de imposto é necessário ter-se em conta três
elementos a saber:

● Um elemento objetivo
● Um elemento subjetivo
● Um elemento teológico (ou finalista)

Objetivamente, o imposto é uma prestação pecuniária unilateral definitiva e coativa.


Subjetivamente, o imposto é uma prestação com as características objetivas exigida a
detentores de capacidade contributiva a favor de entidades que exerçam funções ou tarefas
públicas.

E em termos teológicos o imposto é exigido pelas entidades que exerçam funções


públicas para a realização dessas funções e que não tenha caráter sancionatório.

Segundo Ana Paula Dourado, o conceito de imposto refere-se a tributos de caráter


unilateral, ao contrário das taxas, (porque as taxas são um tributo sinalagmático ou bilateral)
com prestações pecuniárias cuja finalidade é arrecadação de receitas públicas e que não
tenham como fim um caráter sancionatório.

De acordo com Sérgio Vasques, que não foge da ideia dos outros autores, o imposto
é uma prestação pecuniária, coactiva e unilateral, exigida por lei com fim de arrecadação de
receitas.

No ordenamento jurídico angolano a definição de imposto está plasmada na C.R.A


que vem dizer no nº 01 do art.102, que os impostos só podem ser criados por lei. Quer dizer
que só a lei é que tem competência para a criação do imposto.

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A doutrina tem vindo a reconhecer, em face da finalidade mais financeira de certos impostos
e da finalidade mais voltada para fins de outra natureza que apontam para um sentido mais
instrumental (ao serviço das Tarefas económicas e sociais do Estado), a existência de
impostos fiscais e de impostos extrafiscais

i) Natureza patrimonial

Grande parte da doutrina fiscalista tende a identificar o imposto como uma prestação
pecuniária (Teixeira Ribeiro, Armindo Monteiro, Ingrosso, Cocivera, Benedetto). Geralmente
a obrigação de imposto apresenta natureza pecuniária, no entanto tal natureza não lhe é
essencial.
A obrigação de imposto pode consistir numa actividade ou num facto, podendo ainda
a sua cobrança efectuar-se em espécie. Por isso, é preferível definir o imposto como prestação
patrimonial, já que se trata de um conceito mais amplo, que permite abarcar todas as formas
passadas e presentes de imposto.
Actualmente, continua a haver impostos que podem deixar de ser pagos em dinheiro
— imposto sucessório, imposto de selo (cuja prestação consiste numa actividade, o
pagamento por meio de estampilhas fiscais.A obrigação de imposto só é cumprida quando se
inutiliza a estampilha fiscal, e não quando se compra a estampilha).

ii) Prestação definitiva

A prestação de imposto tem carácter definitivo, uma vez que o sujeito passivo (o
contribuinte) não tem direito a exigir qualquer reembolso (como no empréstimo) ou
retribuição (como na requisição administrativa). Só existe retribuição, quando tenha ocorrido
tributação indevida ou quando por erro na liquidação, tenha sido exigido ao contribuinte,
imposto superior ao efectivamente devido.

iii) Prestação unilateral

O pagamento do imposto não confere ao contribuinte o direito a qualquer


contrapartida específica.
O Estado, ao cobrar impostos, cria e mantém os serviços públicos, satisfazendo
necessidades colectivas. Mas quando o faz, beneficia indistintamente todos os cidadãos, quer
os que pagam, quer os que não pagam impostos. Não existe, por isso, qualquer relação entre o
imposto pago por um contribuinte e as vantagens que possa retirar dos serviços públicos.

iv) Estabelecida por lei

A obrigação de imposto é exigida por lei. Significa isto que a relação jurídica de
imposto nasce com a verificação dos pressupostos objectivos e subjectivos, previstos na
norma de incidência, independentemente da vontade do sujeito passivo.
É a lei que define os pressupostos de facto, que fixa o conteúdo da obrigação nos
termos do respectivo cumprimento. A lei é a única fonte da obrigação fiscal.

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v) Carácter não sancionatório

O seu pagamento não constitui sanção de um acto ilícito. O imposto distingue-se, com
esta característica, da multa que visa sancionar condutas ilícitas, tuteladas pela exigência de
certas quantias em dinheiro àqueles que violam a lei.

vi) Sujeito activo: entidade pública

O imposto é uma prestação patrimonial estabelecida a favor de uma pessoa colectiva


de direito público, que tanto pode ser o Estado, uma autarquia local ou qualquer outra pessoa
colectiva de Direito público que a lei designe como titular do respectivo crédito de imposto.

vii) Realização de fins públicos

A finalidade normal e clássica do imposto consiste na atribuição patrimonial a uma


pessoa colectiva de direito público dos meios necessários à prossecução de fins públicos.

Regime de Tributação

Existem dois tipo de Regimes de tributação em Angola, que são:


➔ O regime geral;
➔ O regime especial.

O Regime geral está relacionado com a tributação das actividades comerciais,


excluindo as actividades comerciais da indústria mineira e petrolífera.

O Regime especial abrange unicamente a tributação das actividades comerciais da


indústria mineira e petrolífera.

Tipos de impostos que existem em Angola

Na vertente da tributação do Sistema Fiscal Angolano, existem diversos impostos:


Imposto sobre Rendimento, Consumo e Despesa, Património, Actividades mineiras e
Actividades Petrolíferas.

Rendimentos: A tributação de rendimento abrange o Imposto sobre Rendimento de


Pessoas Singular, Imposto Industrial, e o Imposto sobre a Aplicação de Capitais.

A tributação do Consumo e Despesa está dividida em Imposto de Consumo e


Imposto de Selo.

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No que concerne à tributação do património, está dividida em Imposto Predial
Urbano(IPU), Imposto de Sucessões e Doações e Sisa sobre as Transmissões de Imobiliários
a Título Oneroso. As actividades mineiras e petrolíferas, são também objecto de tributação.

Órgãos de Fiscalização Externa

São dois órgãos de fiscalização externa, Tribunal de Contas que é o órgão supremo
de fiscalização e da legalidade das finanças públicas e de julgamento das contas que perante a
lei está sujeita a sua jurisdição e o Ministério das Finanças que tem a função de conduzir,
propor a formulação, executar e avaliar a política financeira do Estado Angolano,
promovendo a gestão racional dos recursos e patrimoniais público.

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Conclusão

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Referências bibliográficas

Angola, U. C. (2017). Relatório Económico de Angola 2016. Luanda: Universidade


Católica de Angola.
António, N. M. (2015). Fiscalidade angolana, Âmbito da Reforma Fiscal.
LuandaAngola: WhereAngola Book Publisher. Obtido em 28 de Outubri de 2017.
Elisa Rangel Nunes. Lições de FINANÇAS PÚBLICAS E DE DIREITO
FINANCEIRO, luanda 2015
Ermelinda Liberato. O antes, o agora e o depois: Angola 40 anos depois, Luanda 5 de
Outubro de 2015

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