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UFCD 4360 FISCALIDADE

Duração: 25 Horas
Local de realização: EASFORMA * LOBÃO

Início a: 21 Março 2012

Término a: 16 Abril 2012

4360 Fiscalidade

A - Enquadramento

Face às necessidades de qualificação de ativos empregados e desempregados e a


adoção de práticas e saberes, esta formação constitui uma ferramenta importante e
essencial para o formando que pretenda responder com eficiência e eficácia
profissional em contexto laboral.

A fiscalidade, o imposto e as propostas de Orçamento de estado. As alterações que


se tem vindo a verificar, tanto ao nível de taxas, deduções e o impacto no
contribuinte e no setor público.

Reconhecer que um determinado investimento ou a despesa no momento certo


poderão fazer a diferença entre pagar imposto ou receber um reembolso.

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B - Caracterização da ação de Formação

a) Objectivos
Gerais

Interpretar e aplicar os principais aspetos e conceitos da fiscalidade

Específicos

 Princípios de Fiscalidade
 Noção de Imposto
 Classificação de impostos
 Tipos de Impostos
 Imposto sobre Pessoas Singulares
 Imposto sobre Pessoas Coletivas
 Imposto sobre o Valor Acrescentado
 Imposto Municipal sobre Imóveis
 Imposto de Selo

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b) Identificação do público-alvo

Unidade de Formação de Curta Duração 4360 FISCALIDADE – destina-se a ativos


empregados e ou desempregados com idade igual ou superior a 18 anos.

Podem ser integrados em formações modulares formandos com menos de 18 anos,


desde que comprovadamente inseridos no mercado de trabalho.

Nível 4 – Habilitações literárias entre o 9º ano e o 12º ano de Escolaridade.

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c) Métodos e materiais pedagógicos

O método pedagógico a utilizar é o método expositivo, demonstrativo e ativo -


técnicas estudo de caso, trabalho de grupo.
Os métodos escolhidos, visam facilitar a aprendizagem, a aquisição de novos
conhecimentos.
Desta forma, os formandos terão a possibilidade de visualizar e executar diversas
tarefas ao longo da formação e repeti-las nos seus postos de trabalho.
A formadora acompanhará os trabalhos realizados, dando o apoio necessário
(individualizado) de modo a respeitar o ritmo de aprendizagem de cada formando(a).

Para esta formação, será necessário o seguinte material pedagógico:


-Fichas de trabalho produzidas para o efeito;
-Fotocópias ( Mod.3 e anexos – IRS)
- Manual de formação
- vídeoprojector
- Quadro branco

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d) Avaliação

A avaliação da formação será feita da seguinte forma:

Durante a Ação serão realizados vários casos práticos, de forma a acompanhar o


ritmo de aprendizagem e de evolução dos formandos(as).

Durante a formação será feita avaliação contínua, através da observação direta do


desempenho de cada formando tendo em conta os critérios definidos:
- Relacionamento interpessoal e sociabilidade;
- Capacidade de aprendizagem (aquisição e aplicação);
- Empenho, Motivação e Nível de Participação;
- Trabalho em Equipa;
- Assiduidade / Pontualidade;
- Mobilização de competências em novos contextos.

No final da Ação será realizado um teste de avaliação sumativa dos saberes


adquiridos.

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Princípios de Fiscalidade

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Princípios de Fiscalidade
A atividade financeira do Estado desdobra-se na obtenção dos meios necessários para
satisfazer as necessidades coletivas de satisfação passiva, na sua satisfação em concreto,
e na coordenação entre os meios e aquelas necessidades.

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Despesas Públicas e Receitas Públicas

As necessidades colectivas ( de instrução, de segurança, de saúde pública, de defesa


nacional, etc.) obrigam o Estado e outros entes públicos a suportarem avultadas despesas
– Despesas Públicas.

É através das receitas públicas que o Estado e os outros entes públicos fazem face às
despesas públicas.

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Receitas Públicas

Receitas voluntárias - São Receitas coactivas - São as fixadas pelo


aquelas em que o preço é Estado por via legislativa de forma
estabelecido por via negocial ou autoritária, como por exemplo as
contratual. Ex.: Receitas propinas cobradas aos alunos ou o
provenientes da venda da imposto sobre os rendimentos das
madeira das explorações pessoas singulares cobrado às pessoas
florestais do Estado. Estas que auferem rendimentos.
receitas denominam-se ainda
receitas patrimoniais por
derivarem do património do
Estado.

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Princípios de Fiscalidade

Não sendo o único tipo de receitas públicas ( além do imposto, refiram-se as taxas, as
multas e coimas, os empréstimos públicos e os proventos dos bens patrimoniais do Estado),
o imposto assume de entre os meios que suportam a atividade financeira do Estado,
primordial importância. Por duas razões fundamentais:

Quantitativamente, na medida em que numericamente reveste um significado decisivo no


conjunto de todas as receitas;

Qualitativamente, porque se revela um instrumento cujas funções excedem as meramente


fiscais. O imposto é um privilegiado meio de política económica (ex:medida deflacionárias,
política de incentivos fiscais, protecção a indústrias nacionais) e de política social (ex:o
efeito redistribuidor de riqueza).

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Relações com o Direito Constitucional

A Constituição da República define algumas normas de natureza fiscal. Essas normas


definem:
 garantias fundamentais dos cidadãos em matéria tributária

e orientam e limitam o legislador na sua competência fiscal.

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Constituição da República Portuguesa


Artigo 106.º
( Sistema Fiscal )
“ 1. O sistema fiscal visa a satisfação das necessidades financeiras do Estado e outras
entidades públicas e uma repartição justa dos rendimentos e da riqueza.

2.Os impostos são criados por lei, que determina a incidência, a taxa, os benefícios fiscais
e as garantias dos contribuintes.

3. Ninguém pode ser obrigado a pagar impostos que não hajam sido criados nos termos
da Constituição, que tenham natureza retroactiva ou cuja liquidação e cobrança se não
façam nas formas prescritas na lei.”

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Constituição da República Portuguesa
Artigo 107.º
Impostos

“ 1. O imposto sobre o rendimento pessoal visa a diminuição das desigualdades e será


único e progressivo, tendo em conta as necessidades e os rendimentos do agregado
familiar.

2. A tributação das empresas incide fundamentalmente sobre o seu rendimento real.

3. A tributação do património deve contribuir para a igualdade entre os cidadãos.

4. A tributação do consumo visa adaptar a estrutura do consumo à evolução das neces-


sidades do desenvolvimento económico e da justiça social,
devendo onerar os consumos de luxo.”

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Noção de imposto

O imposto é uma prestação patrimonial, definitiva, unilateral, estabelecida pela


lei, a favor de entidades que exerçam funções públicas, para satisfação de fins
públicos, que não constituiem sanção de um ato ilícito, nem depende de
qualquer vínculo anterior.

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Análise da definição IMPOSTO

a) Prestação patrimonial
O imposto poderá não ser uma prestação pecuniária, sendo no entanto, sempre
avaliável em dinheiro. Embora, tendencialmente, o imposto seja modernamente
uma prestação pecuniária, existem situações em que a desobrigação da dívida
de imposto se pode fazer mediante pagamento em espécie.

São exemplo:
- por dação de bens em pagamento
- pagamento de impostos com títulos de nacionalizações e expropriações..

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Análise dos elementos que compõem a definição IMPOSTO

b) Definitiva
Não tem o prestador do imposto direito a restituição ou reembolso do imposto
devido.

c) Unilateral
A natureza unilateral ou não sinalagmática do imposto reside na inexistência de
uma contrapartida individualizada por parte do credor do imposto (Estado ou
ente) para com o devedor (o contribuinte).
Afasta-se pois o imposto, da taxa(onde existe uma contrapartida individualizada)
e do empréstimo público (a contra prestação assume forma de juro).

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4360 Fiscalidade

Análise dos elementos que compõem a definição IMPOSTO

d) Estabelecida pela lei


A obrigação tributária decorre da verificação de um facto (conjugação de
pressupostos tributários) a que a lei e só ela, liga como consequência a sujeição
a imposto.

e) A favor de entidades que exercem funções públicas


Já no âmbito do elemento subjetivo do imposto, esta caraterística é uma
consequência direta do facto de o imposto ser inerente à atividade financeira:
uma atividade de natureza pública.

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Análise dos elementos que compõem a definição IMPOSTO

f) Para satisfação de fins públicos


No elemento teleológico do imposto compreendem-se, não apenas os
tradicionais fins financeiros do imposto ( financiamento das despesas públicas),
mas também as suas finalidades extra-fiscais.
São subsumíveis no conceito de imposto, finalidades que, como a repartição de
riqueza ou controlo da inflação, não se reconduzem exclusivamente ao
abastecimento de erário público.

g) Não constitui sanção de ato ilícito


O imposto não resulta de qualquer prévio vínculo de natureza contratual.
Contrariamente ao que ocorre com as prestações pecuniárias resultantes da
aplicação de multas e coimas, o imposto não representa uma reação da ordem
jurídica à prática de um facto ilícito.

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Fases do Imposto
São os momentos que cronologicamente se sucedem, desde a ocorrência do facto gerador
do imposto até à sua cobrança.

 Incidência
 Liquidação
 Cobrança
 Isenções, Penalidades e Fiscalização

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Fases do Imposto

 Incidência

O primeiro momento a considerar é o preenchimento dos pressupostos necessários à


geração do facto tributário.

 Liquidação
A liquidação da obrigação do imposto compreende: a determinação da matéria colectável; a
aplicação da taxa de imposto e as restantes operações destinadas ao apuramento da dívida
tributária

 Cobrança

Este é o momento terminal da obrigação de imposto, onde se compreendem as


operações necessárias à sua arrecadação por parte do credor tributário.

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Classificação de Impostos

 Impostos estaduais e não-estaduais


 Impostos diretos e indiretos
 Impostos sobre o rendimento, sobre a despesa
 Impostos reais e impostos pesssoais
 Impostos proporcionais, progressivos e regressivos
 Impostos periódicos e de obrigação única
 Impostos principais e acessórios

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Classificação de Impostos

 Impostos estaduais e não-estaduais


São estaduais os impostos em que o credor é o Estado.

Serão não-estaduais os impostos em que o credor do imposto não é o Estado, como o IMI e
o IMT.

 Impostos diretos e indireto


São diretos os impostos que tributam manifestações diretas ou imediatas de riqueza. Estas
Traduzem-se num «ter»(rendimento, capital, património). (exemplo o IRS, o IRC, o IMI e o IUC.

São indiretos os impostos que tributam manifestações indiretas ou mediatas de riqueza, as


quais se evidenciam através de um «fazer» (o acto de consumir).
Serão impostos indiretos o IVA e os impostos especiais sobre o consumo.

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Classificação de Impostos

 Impostos sobre o rendimento, sobre o património e sobre a despesa


Imposto sobre o rendimento:
qualificando como rendimento o produto imputável de modo regular e durante certo período,
a uma fonte durável, S
São imposto sobre o rendimento o IRS e o IRC

Imposto sobre o património:


incidem sobre a riqueza adquirida. São os impostos sobre o patrimónioo, o IMI, o IMT e o
IUC.

Impostos sobre o consumo ou despesa:


Caracterizam-se por tributar a riqueza despendida no momento da aquisição de bens ou
serviços.
Imposto sobre o consumo - o IVA
O imposto especial sobre o consumo de algumas bebidas alcoólicas, bem como o imposto
especial sobre o consumo de cerveja.

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Classificação de Impostos

 Impostos reais e impostos pessoais


Designam-se por impostos reais, aqueles impostos em que a tributação se efectiva
alheando-se das condições pessoais, económicas e familiares dos contribuintes.

Os impostos pessoais caracterizam-se por fazer relevar as características pessoais dos


contribuintes no momento da tributação.
Por imperativo constitucional (art.º104.º n.º1 da CRP) o IRS é um imposto pessoal.

 Impostos proporcionais, progressivos e regressivos


Impostos proporcionais - nestes impostos a taxa é fixa. O imposto aumenta
proporcionalmente à matéria colectável (ex.: o IMI).

Impostos progressivos – nestes impostos a taxa eleva-se à medida que aumenta a matéria
colectável (ex..IRS)

Impostos regressivos – caracterizam-se pela diminuição da taxa do imposto, à medida que


aumenta a matéria colectável.
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Classificação de Impostos

 Impostos periódico e de obrigação única


Nos impostos periódicos, a obrigação de imposto ocorre tendencialmente com uma
periocidade regular. São exemplo, o IRS, o IRC, eo IMI.

Os impostos de obrigação ùnica caracterizam-se pela não previsibilidade ou regularidade


da obrigação de imposto. São exemplo , o IMT eo IVA.

 Impostos principais e acessórios


São impostos principais, os impostos que gozam de autonomia face aos restantes.
Os impostos acessórios, não são autónomos e acrescem aos impostos principais, de que
dependem. Aqui se compreendem os adicionais e as derramas.

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Estrutura e Evolução das Receitas Fiscais

Impostos 1967 1972 1976 1980 OE/95 OE/2002 OE/2006 OE/2008 OE/2010 OE/2011 OE/2012

Diretos 55,1 53,5 51,4 49,8 37,2 42,1 37,4 40,5 42,9 41,1 40,6

Indiretos 44,9 46,5 48,6 50,2 62,8 57,9 62,6 59,5 57,1 58,9 59,4

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IRS

Rendimentos das Pessoas Singulares

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Caraterísticas do imposto

Direto

Estadual

Sobre o Rendimento

Pessoal

Periódico

Progressivo
IRS
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Base do Imposto
De acordo com o Art. 1.º do CIRS:

 “1- O imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) incide


sobre o valor anual de rendimentos das categorias seguintes, mesmo
quando provenientes de actos ilícitos, depois de efetuadas as
correspondentes deduções e abatimentos S”;

 “2 Os rendimentos, quer em dinheiro quer em espécie, ficam sujeitos a


tributação, seja qual for o local onde se obtenham, a moeda e a forma por
que sejam auferidos.»;
IRS
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IRS
Tipos de rendimentos:

Categoria A – rendimentos do trabalho dependente.


Categoria B – rendimentos empresariais e profissionais.
Categoria E – rendimentos de capitais.
Categoria F – rendimentos prediais.
Categoria G – incrementos patrimoniais.
Categoria H – pensões.

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Conceito de sujeito passivo de IRS:

-Pessoas singulares residentes no território nacional.

-Pessoas singulares não residentes que obtenham rendimentos no


território nacional.

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IRS
Conceito de agregado familiar:

- Os cônjuges não separados judicialmente e dependentes.


- Cada um dos cônjuges separados judicialmente e dependentes.
- Pessoa singular solteira e dependentes.
- Adoptante solteiro e dependentes.
- Pessoas singulares que vivam em união de facto e dependentes.
- Pessoa singular separada de facto.

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IRS
Conceito de dependente.

- Os filhos, os adoptados, enteados (apadrinhados), menores não


emancipados e menores sob tutela.

- Os filhos, os adoptados, enteados, maiores, com idade inferior a 25


anos, com rendimentos inferiores ao SMN, que frequentem 11º ou
mais do ensino oficial, ou serviço militar.

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República

Portuguesa

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IRS
Conceito de dependente.

- Os filhos, os adoptados, enteados, maiores, com rendimentos


inferiores ao SMN e inaptos para angariar meios de subsistência.

- Filhos menores com rendimentos por si administrados.

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IRS
Conceito de União de facto:
- Não serem portadores de doença indiciadora de demência.
- Não serem casados ou com casamento dissolvido.
- não ser parentes na linha recta ou no 2º grau da linha
colateral.
- não terem sido condenados criminalmente.
- A morada fiscal, nas finanças, seja a mesma (comum aos dois)
desde a últimas 2 declarações.

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IRS

Conceito de residência em território nacional:

- Permanência no território mais de 183 dias.


- Disponham em 31 de Dezembro habitação em condições que
indicie a situação de residência habitual.

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Portuguesa

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IRS
Conceito de residência em território nacional:

-Em 31 de Dezembro sejam tripulantes de navios ou aeronaves propriedade


de empresa nacional.

- Sejam empregados em unidades diplomáticas.

- Opção pela tributação segundo as regras de separação de facto.

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IRS
Contitularidade de rendimentos.

- Rendimentos pertencentes a várias pessoas em comum:

- Herança indivisa ( rendimentos de actividades comerciais,


industriais, agrícolas ou profissionais).

- Rendimentos provenientes de sociedades sujeitas ao regime


de transparência fiscal – imputação a cada um dos sócios das
matéria colectável.

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ESTRUTURA DO IRS Rendimento bruto de cada categoria

Deduções específicas
(custos com a obtenção do rendimento bruto)

Rendimento líquido de cada categoria

Deduções de perdas ( com limitações)

Rendimento global líquido

Rendimento coletável

Não casado No caso de contribuintes casados ou unidos por


facto, divisão do rendimento coletável por dois

Taxa

No caso de contribuintes casados ou unidos por


Não casado facto, multiplicação por dois

coleta

Deduçõe à coleta
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Imposto Portuguesa

4360 Fiscalidade
IRS

RENDIMENTOS DA CATEGORIA A
Rendimentos de Trabalho dependente

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4360 Fiscalidade
IRS
BASE DO IMPOSTO
(Art.º2.º e 26 do CIRS e art.º18.º do EBF)

Consideram-se rendimentos de trabalho dependente:


Remunerações:
 ordenados
 salários
 vencimentos
 pré-reforma
 pré-aposentação
 abonos de reserva

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4360 Fiscalidade
IRS
BASE DO IMPOSTO
(Art.º2.º e 26 do CIRS e art.º18.º do EBF)

Consideram-se rendimentos de trabalho dependente:


Subsídios ou Prémios:
 de residência
 de refeição (em parte)
 de férias
 de natal
 de estudo
 de doença ( em parte)
 prémios

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4360 Fiscalidade
IRS
BASE DO IMPOSTO
(Art.º2.º e 26 do CIRS e art.º18.º do EBF)

Consideram-se rendimentos de trabalho dependente:


Outros :
 gratificações  participação em multas

 percentagens  emolumentos

 comissões  abonos para falhas (em parte)

 participações  ajudas de custo (em parte)

 senhas de presença  benefícios e regalias

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República

Portuguesa

4360 Fiscalidade
TRABALHO POR • Contrato de Trabalho
• Contrato legalmente equiparado
CONTA DE • Contrato de aquisição de serviços
OUTREM • Função, serviços ou cargo público
• Pré-Reforma ou situação de reserva

• Remunerações, ordenados, salários


• Subsídios ou prémios Fixas ou variáveis
• Outros

EQUIPARADO • Remuneração dos membros de órgãos estatutários


• Remunerações acessórias
• Gratificações não atribuídas pela entidade patronal

• Ajudas de custo < ou = limite legal


• Subsídios de refeição < ou = 1,2 ou 1,6 (vales de refeição) do limite legal
• Abonos para falhas
< ou = 5%x Rem. fixas (sem diuturnidades) x14
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• Abono de família e prestações complementares
•Subsídio de desemprego
EXCLUSÕES •Subsídio de doença
•Indemnização por acidente de trabalho
•Importâncias recebidas por cessação do contrato de trabalho até: média das
remunerações regulares dos últimos 12 meses x nº anos ou fração de
antiguidade
IRS
•Transporte em automóvel próprio até €0,36 /km
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4360 Fiscalidade

IRS
RETENÇÃO NA FONTE
(Art.º 98.º a 100º e 119.º do CIRS e D.L. 42/91, de 22/1)

As entidades devedoras de rendimentos de trabalho dependente são


obrigadas a reter o imposto no momento do seu pagamento ou
colocação à disposição dos respectivos titulares S

DISPENSA DE RETENÇÃO
Estão dispensados de retenção os rendimentos de trabalho por
atividade exercidas no estrangeiro por residentes, sempre que tais
rendimentos sejam sujeitos a tributação efetiva no país da fonte em
imposto similar ao IRS.

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4360 Fiscalidade

IRS - RETENÇÃO NA FONTE


Não haverá lugar a retenção sobre as seguintes remunerações
acessórias, sem prejuízo da obrigação da sua inclusão no registo das
remunerações pagas e nas declarações a entregar ao titular dos
rendimentos e à AT (DGCI):
 Subsídios de residência;
 Empréstimos sem juros ou a taxa de juro inferior, concedidos pela entidade patronal;
 Ganhos derivados de planos de opções sobre valores mobiliários;
 Utilização pessoal de viatura de empresa;
 Aquisição de viatura que originou encargos para a empresa, por preço inferior ao valor de
mercado;
 Gratificações não atribuídas pela entidade patronal.

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IRS
Desportistas
(art.º12.º, nº5 do CIRS)

Não são tributados os seguintes rendimentos:


 Bolsas atribuídas a praticantes de alto rendimento desportivo,
pelos Comités Olímpicos e S;
 Bolsas de formação desportiva, reconhecida pelo Ministério
das Finanças e S até ao montante máximo anual
correspondente a 5 vezes o valor do IAS;
 Prémios atribuídos a praticantes de alto rendimento desportivo
e respetivos treinadores S ;
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IRS
TABELAS DE RETENÇÃO NA FONTE

 « Não casados »
 « Casados, único titular »
 « Casados, dois titulares »

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4360 Fiscalidade

IRS
ENTREGA DO IRS RETIDO
(art.º98.º do CIRS e art.º 13.º do D.L. 42/91, de 22/1)

As importâncias retidas deverão ser entregues nos cofres do Estado


até ao dia 20 do mês seguinte àquele em que foram deduzidas.

Lobão - 2012 50

4360 Fiscalidade

IRS
ORÇAMENTO DE ESTADO 2012

 Redução (ligeira) das receitas decorrentes do IRS


 Manutenção das taxas, escalões e limites
 Criação de uma taxa adicional (de solidariedade)
 Alargamento da base tributável
 Em resultado da renegociação do PAEF, o subsídio de desemprego,
o subsídio de doença, os abonos de família e outras prestações sociais
não serão sujeitos a tributação em sede de IRS

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República

Portuguesa

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4360 Fiscalidade

IRS
EXCLUSÕES:
Estão excluídos de tributação:
 As ajudas de custo até ao montantes a seguir referidos desde que
sejam observadas as condições previstas nos diplomas que
regulamentam a sua atribuição aos servidores do Estado:
CATEGORIAS PORTUGAL ESTRANGEIRO
Trabalhadores em geral € 50,20 € 119,13
Membros de órgãos sociais e trabalhadores
com funções e/ou remunerações não
€ 69,19 € 133,66
comparáveis às categorias dos funcionários
públicos

Lobão - 2012 Governo da


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República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

IRS
SUBSÍDIO DE REFEIÇÃO
 Se atribuído em dinheiro

2011 2012

€ 6,41 € 5,12

 Se atribuído em vales

2011 2012

€ 7,26 € 6,83
Artigo 2.º, n.º 3 alínea b), n.º 2 do Código do IRS
Lobão - 2012 53

4360 Fiscalidade

IRS
SUBSÍDIO DE REFEIÇÃO

 Supondo que a partir de 01 de Janeiro de 2012,


as empresas manterão o montante máximo de
subsídio de refeição atribuído em dinheiro em 2011
(€ 6,41), terão de sujeitar a tributação em sede de
IRS e a TSU € 1,29 por dia (€ 6,41 - € 5,12)

Lobão - 2012 54

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4360 Fiscalidade

IRS - SUBSÍDIO DE REFEIÇÃO


 Exemplo:
Se um trabalhador não casado e sem dependentes auferir
um salário base de € 580 e um subsídio de refeição diário
de € 6,41 (num mês com 22 dias de trabalho):
Ano 2011 2012

Salário Base 580,00


Subsídio de Refeição 141,02
Retenção na Fonte (IRS) 5,80 18,25
Segurança Social 63,80 66,92
Rendimento Líquido 651,42 635,85 -2,4%

Lobão - 2012 55
Governo da
República

4360 Fiscalidade

IRS
INDEMNIZAÇÃO POR CESSAÇÃO DE CONTRATO DE TRABALHO
 Redução do limite não sujeito a IRS

2011 2012

1,5 x valor médio das valor médio das


remunerações regulares dos remunerações regulares
últimos 12 meses multiplicado dos últimos 12 meses
pelo n.º anos/fracção de multiplicado pelo n.º
antiguidade anos/fracção de
antiguidade

-33,33%
Artigo 2.º, n.º 4 alínea b) do Código do IRS
Lobão - 2012 56

4360 Fiscalidade

IRS
Exemplo:
F trabalhou durante 10 anos e 6 meses na firma B,Lda., da qual saiu por
motivo de reforma. O contrato de trabalho estabelecia uma gratificação de
€20.000,00 que seria atribuída por cessação de contrato de trabalho, que
ele recebeu. As remunerações regulares dos últimos 12 meses foram de €
6 300,00. Cálculo do valor excluído da tributação:

2011 2012

1,5 x 11x €6 300,00 = € 8 662,5 1 x 11x €6 300,00 = € 5 775,00


12 12
Valor a tributar:
Valor a tributar:
€ 20 000,00 - € 8 662,50 = € 11 337,50
€ 20 000,00 - € 5 775,00 = € 14 225,00

Lobão - 2012 57

19
4360 Fiscalidade

IRS
Exemplo de remuneração em espécie:

Está sujeita a tributação : na atribuição para uso pessoal do carro,

o rendimento anual corresponde ao resultado da multiplicação de 0,75 do


custo da compra do carro, pelo nº de meses.

Terá de englobar nos seus rendimentos : € 25 000(€25 000x0,75%x12)

Lobão - 2012 58

4360 Fiscalidade

IRS
Exemplo de remuneração em espécie:

O mesmo automóvel foi vendido ao trabalhador, 4 anos depois por um


valor simbólico de € 1 000.

Como foi comprado pela empresa por € 25 000, tem um valor de mercado
de € 11 250 (€25 000 x 0,45) .

A diferença entre os € 11 250 e € 1 000 é considerado rendimento.

Porém como já teve € 9 000 sujeito a imposto (€2 250 x 4), o valor a
declarar é de € 1250 (€11 250 - €1 000 - € 9 000)

Lobão - 2012 59

4360 Fiscalidade

IRS
Obrigações acessórias:
(art.º 57.º a 63.º do CIRS)

O sujeito passivo deverá entregar a declaração de rendimentos, modelo 3


com o anexo A, nos prazos seguintes:
a) Rendimentos de trabalho dependente e pensões
em suporte de papel Durante o mês de Março
via internet Durante o mês de Abril

b) Rendimentos de trabalho dependente e pensões


conjuntamente com outros rendimentos
em suporte de papel Durante o mês de Abril
via internet Durante o mês de Maio
Lobão - 2012 60

20
4360 Fiscalidade

IRS
Quem tem de entregar declaração de IRS:

Todas as pessoas que obtenham rendimentos em território português,


mesmo que obtidos por não residentes, e todos os rendimentos obtidos por
residentes, mesmo que os rendimentos tenham sido obtidos fora do
território nacional.

Lobão - 2012 61

4360 Fiscalidade
IRS
Exemplo:
Em 2011, passei mais de 5 meses em Angola como trabalhador
dependente. Sou considerado residente em Portugal?

Sim . No anexo J, indique o valor dos rendimentos obtidos no estrangeiro ,


o imposto aí pago e o código do país.

Lobão - 2012 62

4360 Fiscalidade

IRS
Quem tem de entregar declaração de IRS:

Esta obrigatoriedade abrange o agregado familiar, mesmo que apenas um


dos elementos ou dos dependentes, que façam parte do agregado, aufiram
rendimentos.

Lobão - 2012 63

21
4360 Fiscalidade

IRS
Quem não tem de entregar declaração de IRS:

a) Rendimentos de taxa liberatórias;

b) Rendimentos de pensões de baixo valor;

c) Rendimentos de trabalho dependente de baixo valor.

Lobão - 2012 64

4360 Fiscalidade

IRS

a) Rendimentos de taxa liberatórias

Quem tiver (exclusivamente) rendimentos deste tipo, está dispensado de


apresentar declaração de rendimentos.

Exemplo:
- Juros de depósitos à ordem
- Juros de depósitos a prazo
- Juros de certificados de depósito
- Títulos de dívida
- Rendimentos de capitais

Lobão - 2012 65

4360 Fiscalidade

IRS

b) Rendimentos de pensões de baixo valor

Os reformados, com pensões abaixo dos € 6 000,00/ ano por cada titular
(ou € 12 000,00/ ano, caso seja um casal), estão dispensados de apresen
tar declaração de rendimentos.

Ou seja,

- se auferir abaixo de € 428,57/ mês


- se auferir abaixo de € 857,14/ mês (o casal).

Lobão - 2012 66

22
4360 Fiscalidade

IRS

b) Rendimentos de trabalho de baixo valor

As pessoas que tenham um rendimento anual, de trabalho dependente


abaixo de € 4 104 / ano, não são obrigados a apresentar declaração
de rendimentos.

Lobão - 2012 67

4360 Fiscalidade

IRS

Tem tudo o que necessita para a apresentação da declaração?

1) Vai entregar a declaração pela internet?


Verifique se as senhas de acesso estão a funcionar

2) Tem filhos?
- Despesas de saúde, escolares, etc.
- Nº Identificação Fiscal

Lobão - 2012 68

4360 Fiscalidade

IRS

3) Tem as declarações de rendimentos das empresas para


quem trabalha?

4) Tem rendimentos financeiros?

5) Alguns dos elementos do agregado familiar tem alguma


deficiência?

Lobão - 2012 69

23
4360 Fiscalidade

IRS
6) Vive em união de facto?
Certifique-se que a sua situação fiscal coincide com a situação real, caso
contrário, poderá não ser aceite.

7) NIB – transferência bancária


Verifique que o seu NIB está atualizado e se a conta bancária respetiva
está em nome de um dos cônjuges, já que, caso não esteja, o sistema
não permite que seja realizada a transferência, o que vai atrasar o reem
bolso (se for o caso).

Lobão - 2012 70

4360 Fiscalidade

IRS
8) Vai entregar em papel?

Tenha consigo as declarações e os respetivos anexos.

http://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/apoio_contribuinte/modelos_formulários/irs/

Lobão - 2012 71

4360 Fiscalidade

IRS
9) Tem mais-valias de alguma casa/ propriedade?

Informação necessária para o preenchimento da declaração :

 Data (ano e mês) de aquisição


 Data (ano e mês) de realização (venda)
 Os respectivos valores (aquisição e venda)
 O código da freguesia ( tipo U – urbano; tipo R – rústico; O – omisso)
 O artigo matricial
 Fracção e a quota parte

Lobão - 2012 72

24
4360 Fiscalidade

IRS
Manifestações de fortuna:
Exemplo Rendimento-padrão
Imóvel para habitação com valor de compra igual
20% do valor de compra
ou superior a € 250 000
Automóveis ligeiros de passageiros de valor igual 50% do valor no ano de matrícula
ou superior a € 50 000 e motociclos de valor igual com abatimento de 20% por cada
ou superior a € 10 000 um dos anos seguintes
Barcos de recreio de valor igual ou superior Valor no ano de registo com
a € 25 000 abatimento de 20% por cada um
Aeronaves de recreio dos anos seguintes

Suprimentos e empréstimos feitos à sociedade,


no ano em causa, pelo sócio de valor igual ou 50% do valor anual
superior a € 50 000
Lobão - 2012 73

4360 Fiscalidade

IRS

Se um contribuinte adquirir, no ano a que respeita o imposto, e não


entregar declaração de IRS ou entregar mas com rendimentos não
compatíveis com estas aquisições, o fisco faz, por iniciativa própria,
um “ ajuste de contas”.

Exemplo
 Contas do fisco para um imóvel comprado por € 350 000:
 Valor da cmp = € 350 000;
 Rendimento – padrão = 20% de € 350 000: Logo, o valor sujeito a
tributação de IRS é de € 70 000.

Lobão - 2012 74

4360 Fiscalidade

IRS
Quais os formulários a escolher?

A Mod. 3 é obrigatória para toda a gente, já que se trata da folha de rosto.

Deverá preencher também o anexo H-Benefícios Fiscais e Deduções, onde


serão inscritas as despesas de educação, de saúde, da casa, etc.

Depois, deverá incluir as declarações, conforme o tipo de rendimento que


auferiu:

Lobão - 2012 75

25
4360 Fiscalidade

IRS
Quais os formulários a escolher?

Mod. 3

Lobão - 2012 76

4360 Fiscalidade

IRS
Quais os formulários a escolher?

Anexo A Trabalho dependente e pensões


Anexo B Categoria B sem Contabilidade Organizada (inclui ato isolado)
Anexo C Categoria B com Contabilidade Organizada
Anexo D Transparência fiscal e herança indivisa
Anexo E Rendimentos de capitais
Anexo F Rendimentos prediais
Anexo G Mais-valias e outros incrementos patrimoniais
Anexo G1 Mais-valias não tributadas (ações detidas durante mais de 12 meses)
Anexo H Benefícios fiscais e deduções
Anexo I Herança indivisa ( só categoria B )
Anexo J Rendimentos obtidos no estrangeiro
Anexo L Residente não habitual
Lobão - 2012 77

4360 Fiscalidade

IRS
Sabe que pode doar parte do imposto que suporta ?

No Quadro 9 do anexo H

Lobão - 2012 78

26
4360 Fiscalidade

IRS
Deduções específicas:
(art.º 25.º a 27.º do CIRS)

As várias categorias de rendimento têm deduções específicas, que são


deduções aplicáveis apenas a cada tipo de rendimento ( para além das
deduções à coleta – que são deduções “ gerais ”, aplicáveis a todas as
categorias de rendimento).

Lobão - 2012 79

4360 Fiscalidade

IRS
Limite das deduções específicas :
(art.º 25.º a 27.º do CIRS)

LIMITES
DEDUÇÕES ESPECÍFICAS
2011
72% x 12 x 475,00 €4 104,00
Havendo despesas com quotas para ordens e formação
€ 4 275,00
profissional (75%x12x475,00)

Lobão - 2012 80

4360 Fiscalidade

IRS
PENSÕES
 Foi reduzida a dedução relativa a pensões (artigo 53.º):
2011 2012
€ 4 104
€ 6 000 (72% x 12 x IAS)

 Passamos agora a ter as seguintes deduções (2012)

Rendimento Dedução Específica


Até € 4 104 Igual ao rendimento
De € 4 104 a € 22 500 € 4 104
De € 22 500 a € 43 020 De € 4 104 a 0
Mais de € 43 020 0

Lobão - 2012 Governo da


81
República

Portuguesa

27
4360 Fiscalidade

IRS
Limite das deduções específicas :

LIMITES
DEDUÇÕES ESPECÍFICAS
2011
Contribuições obrigatórias
Mais de € 37 309,09
para Segurança Social
Indemnizações pagas pelo trabalhador por rescisão do
Sem limite
contrato de trabalho
Até 1% do rendimento bruto,
Quotizações sindicais
acrescido em 50%
Prémios de seguro (doença, acidentes pessoais, vida,
Sem limite
reforma e invalidez) nas profissões de desgaste rápido

Lobão - 2012 82

4360 Fiscalidade

IRS
DEDUÇÕES ESPECÍFICAS
CATEGORIA A

 Indemnização à minha entidade patronal, para me desvincular


 com recurso a tribunais ( não tem máximo fixado)
 “ acerto” entre a entidade o trabalhador e a empresa, a remuneração base não
pode exceder o montantes previstos na lei.

410

Lobão - 2012 83

4360 Fiscalidade

IRS
DEDUÇÕES ESPECÍFICAS
CATEGORIA A

 Os gestores, administradores ou gerentes não estão abrangidos por estas


isenções

Lobão - 2012 84

28
4360 Fiscalidade

IRS
 Sindicatos ( quotas)
 simples quota sindical ( 1% do rendimento bruto da categoria A)

Exemplo 1
Um sujeito passivo que em 2011 auferiu €20 000, de rendimentos de categoria
A , e pagou € 60 para quotas de sindicato:
 valor bruto de salário anual = € 20 000
 valor pago para quotas = € 60
 valor majorado com os 50% = € 90 ( € 60 + 50% ) = € 60 + € 30
 valor aceite pelo fisco = 1% de € 20 000 = € 200

Lobão - 2012 85

4360 Fiscalidade

IRS
 Sindicatos ( quotas)

Exemplo 2
Um sujeito passivo que em 2011 auferiu € 8 000, de rendimentos de categoria A
, e pagou € 60 para quotas de sindicato:
 valor bruto de salário anual = € 8 000
 valor pago para quotas = € 60
 valor majorado com os 50% = € 90 ( € 60 + 50% ) = € 60 + € 30
 valor aceite pelo fisco = 1% de € 8 000 = € 80

O valor aceite para dedução : € 80

409

Lobão - 2012 86

4360 Fiscalidade

IRS
 Quotas para ordens profissionais e/ou Formação profissional
 o valor máximo dedutível são de € 171

411

Lobão - 2012 87

29
4360 Fiscalidade

IRS
 Despesas de seguro de saúde, seguros de acidentes pessoais e seguros de
vida para as profissões de desgaste rápido (praticantes desportivos, mineiros e
pescadores)

413

Lobão - 2012 88

4360 Fiscalidade

IRS
PROFISSÕES DE DESGASTE RÁPIDO
(desportistas, mineiros e pescadores) – artigo 27.º

O regime de dedução ao rendimento de sujeitos passivos que desenvolvem


profissões de desgaste rápido na constituição de seguros de doença, de
acidentes profissionais, de vida, de invalidez e de reforma é objecto de
duas limitações:

 Limitação da dedução a cinco vezes o valor do IAS (ou seja, nesta altura, a
€ 2 096,10)

 Dedução limitada à concorrência do rendimento

Lobão - 2012 89

4360 Fiscalidade

IRS

RENDIMENTOS DA CATEGORIA B

Lobão - 2012 90

30
4360 Fiscalidade

IRS
BASE DO IMPOSTO
(Art.º 3.º , 4.º, 19.º e 20.º do CIRS e art.º 4.º do D.L.442-A/88, de 30/11)

Estão sujeitas a IRS os lucros de atividades de natureza comercial,


industrial, agrícola, silvícola e pecuária, bem como as prestações de
serviço, incluindo as de caráter científico, artístico ou técnico, quando
auferidos por pessoas singulares, e, ainda, os rendimentos imputados
por entidades sujeitas ao regime da transparência fiscal e heranças
indivisas.

Lobão - 2012 91

4360 Fiscalidade

IRS
... de forma simplista, poder–se- á dizer que engloba:

 os profissionais liberais;
 empresários em nome individual;
 trabalhadores independentes;
 atos únicos.

Lobão - 2012 92

4360 Fiscalidade

IRS
... abrir a atividade:

 dirigir-se à repartição de finanças, para declarar o início da atividade;


 indicar se opta pela contabilidade organizada;
 se não o fizer, pode ficar no regime simplificado durante 3 anos.

Lobão - 2012 93

31
4360 Fiscalidade

IRS
... Outras obrigações:
 está isento de IVA e de retenção de IRS, se não atingir um
rendimento anual de € 10 000;
 Se teve um rendimento anual, superior a € 150 000, durante dois
periodos, fica abrangido pelo regime de contabilidade organizada .
 ato isolado - Pressupõe sempre a cobrança de IVA. O IVA cobrado
deve ser liquidado até ao último dia do mês seguinte ao da conclusão
do serviço.

Lobão - 2012 94

4360 Fiscalidade

IRS
Exclusão:
São excluídos da tributação os rendimentos resultantes de atividades
agrícolas, silvícolas e pecuárias desde que:
- o rendimento bruto destas atividades não ultrapasse:
2011
2012
5 x Valor anual do
4,5 x Valor do IAS
SMN
€ 26 410,86
€ 33 950
(€ 419,22 x 14 x 4,5)
(€ 485 x 14 x 5)

- Sejam auferidos, para além destes, outros rendimentos desta


categoria, que no seu conjunto , não ultrapassem o referido valor.

Lobão - 2012 95

4360 Fiscalidade

IRS - categoria B
O rendimento líquido a englobar determina-se pela
aplicação dos seguintes coeficientes:

 0,20 a aplicar ao valor das vendas de mercadorias ou produtos


 0,20 sobre os rendimentos derivados do exercício de atividades
hoteleiras e similares, de restauração e bebidas;
0,20, sobre o subsídio de exploração;
0,70, sobre os restantes rendimentos.

Lobão - 2012 96

32
4360 Fiscalidade

IRS - categoria B
Optar pela categoria A
Os trabalhadores da categoria B, que prestaram serviços a uma única entidade
podem optar pela tributação dos rendimentos segundo as regras da categoria A:
 para quem tem rendimentos da categoria B inferiores a € 13 680, pode ser interessante
optar pelas regras da categoria A

Quadro 4 A do anexo B

Lobão - 2012 97

4360 Fiscalidade

IRS

DEDUÇÕES ESPECÍFICAS DA CATEGORIA F


Despesas de manutenção e conservação que incidam sobre prédio
arrendado:
 encargos com o condomínio
 encargos de conservação
 encargos de fruição (eletricidade/limpeza)
 outros que a lei obriga
 impostos pagos pelas rendas recebidas (IMI)

Lobão - 2012 98

4360 Fiscalidade

IRS

DESPESAS MAIS USUAIS ( nas deduções à coleta) SÃO:

 Pensões de alimentos;
 Despesas de saúde;
 Despesas de educação e formação;
 Encargos com lares;
 Encargos com imóveis;
 Encargos com seguros de vida;
 Benefícios fiscais.
Lobão - 2012 99

33
4360 Fiscalidade

IRS
DEDUÇÕES À COLETA (2011):
 Deduções pela composição do agregado familiar

Deduções por … Valor (€)


Contribuinte solteiro 261,25
Contribuinte casados ou unidos por facto 522,50 (261,25x2)
Contribuinte de uma família monoparental 380
Por cada dependente com mais de 3 anos 190
Por cada dependente com menos de 3 anos 380
Um ascendente a viver em economia comum com o 403,75
contribuinte
Dois ascendentes a viver em economia comum com o 522,50 (261,25x2)
contribuinte
Lobão - 2012 Governo da
100
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

IRS
DEDUÇÕES À COLETCA
 São drasticamente reduzidos os limites das deduções à colecta:
Escalão de rendimento colectável 2011 2012
Até 4 898 sem limite sem limite
De mais de 4 898 até 7 410 sem limite sem limite
De mais de 7 410 até 18 375 sem limite 1 250
De mais de 18 375 até 42 259 sem limite 1 200
De mais de 42 259 até 61 244 sem limite 1 150
De mais de 61 244 até 66 045 sem limite 1 100
De mais de 66 045 até 153 300 1,666% do rendimento colectável 0
com o limite de € 1 100
Superior a 153 300 € € 1 100 0
Lobão - 2012 101

4360 Fiscalidade

IRS
DEDUÇÕES À COLETCA ( 2012)
 Os limites previstos para rendimentos superiores a € 7 410 são majorados
em 10% por cada dependente ou afilhado civil que não seja sujeito passivo de
IRS

 Nos casos de divórcio, separação judicial de pessoas e bens, declaração de


nulidade ou anulação do casamento, em que os dependentes fiquem o cargo de
ambos os progenitores, a generalidade das deduções à colecta pode ser feita
em 50% por cada um destes.

Artigo 78.º do Código do IRS

Lobão - 2012 102

34
4360 Fiscalidade

IRS
DEDUÇÕES À COLETCA (artigo 82.º)

 Pensões de alimentos (artigo 83.º-A):


 A dedução reduz-se de:

2011 2012
2010
2,5X IAS 1X IAS
Sem limite
€ 1048,05 € 419,22

( -60%)

Lobão - 2012 103

4360 Fiscalidade

IRS

 Pensões de alimentos

A pensão de alimentos permitem uma dedução de 20% dos valores gastos.

Permite uma dedução de €12 576 por cada dependente, o que representa uma
despesa de € 62 883 para deduzir esse montante máximo.

Ex1: Um pai paga uma pensão de alimentos de € 250/mês, para a filha em


comum, poderá deduzir a sua carga fiscal em € 600
( €250x12 meses= € 3 000 x 20% = € 600)

Lobão - 2012 104

4360 Fiscalidade

IRS

 Preenchimento da declaração

Lobão - 2012 105

35
4360 Fiscalidade

IRS
DEDUÇÕES À COLETCA (artigo 82.º)

 Saúde:

2011
30% 2012
10%
Sem limite
limite: € 838,44

 Nos agregados com 3 ou mais dependentes a seu cargo o limite é elevado


em montante correspondente a 30% do valor do IAS (€ 125,77), por cada
dependente, caso existam, relativamente a todos eles, despesas de saúde (
para o ano 2012).

Lobão - 2012 Governo da


106
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

IRS - 2011

Temos dois tipos de despesas de saúde ( ambas dedutíveis apenas 30%)

 As que são isentas de IVA ou sujeitas à taxa reduzida ( sem limite máximo)

 As despesas com IVA a 23% e com prescrição médica ( dedução máxima de


€65)

Lobão - 2012 107

4360 Fiscalidade

IRS - 2011

Ex1.:
Um agregado familiar com € 600 de despesas isentas de IVA e € 500 de
despesas com 23% IVA (e receita médica)

 € 600 x 30% = € 180


 ( € 600 x 2,5% = € 15 )

 € 500 x 30% = €150


O limite das despesas com IVA a 23% é de €65

O valor dedutível no IRS é : € 180 + € 65 = € 180.

Lobão - 2012 108

36
4360 Fiscalidade

IRS - 2011

Ex2.:
Um agregado familiar com € 6 000 de despesas isentas de IVA e € 400 de
despesas com 23% IVA (e receita médica)

 € 6 000 x 30% = € 1 800


 ( € 6 000 x 2,5% = € 150 )

 O limite das despesas com IVA a 23% é de € 150

 € 400 x 30% = €120

O valor dedutível no IRS é : € 1 800 + € 120 = € 1 920.

Lobão - 2012 109

4360 Fiscalidade

IRS - 2011

DEDUÇÕES À COLETA

 Seguros de saúde

 São dedutíveis 30% dos prémios com o limite de € 85, acresce por
dependente € 43 ( para não casados )

 São dedutíveis 30% dos prémios com o limite de € 170, acresce por
dependente € 43 ( para casados )

Este limite só se aplica para rendimentos até ao 2º escalão de rendimento:

Lobão - 2012 110

4360 Fiscalidade

IRS - 2011

 VALORES MÁXIMOS A DEDUZIR NO IRS E VALOR MÁXIMO DE


INVESTIMENTO COM IMPACTO FISCAL
Agregado familiar de 1 pessoa ( s/ filhos e c/ 1 filho)

Escalões de Rendimentos de Máximo Investimento máximo c/


Rendimento categoria A dedutível impacto fiscal
s/filhos 1 filho s/filhos 1 filho
Até o 2.º Escalão Até € 11 500 € 85 €128 € 283 € 427
3.º Escalão De €11 500 até €22 400 € 85 €100 € 283 € 333
4.º Escalão De €22 400 até €46 000 € 80 € 267
5.º Escalão De €46 000 até €65 000 € 60 € 200
6.º Escalão e superior De € 65 001 € 50 € 167

Lobão - 2012 111

37
4360 Fiscalidade

IRS - 2011

 VALORES MÁXIMOS A DEDUZIR NO IRS E VALOR MÁXIMO DE


INVESTIMENTO COM IMPACTO FISCAL
Agregado familiar de 1 casal ( s/ filhos e c/ 1 filho)

Escalões de Rendimentos de Máximo Investimento máximo c/


Rendimento categoria A dedutível impacto fiscal
s/filhos 1 filho s/filhos 1 filho
Até o 2.º Escalão Até € 15 500 € 170 €213 € 567 € 710
3.º Escalão De €15 501 até €26 500 €100 € 333
4.º Escalão De €26 501 até €50 000 € 80 € 267
5.º Escalão De €50 001 até €69 000 € 60 € 200
6.º Escalão e superior Acima de € 69 000 € 50 € 167

Lobão - 2012 112

4360 Fiscalidade

IRS

As despesas com seguros de vida deixaram de ser aceites como dedução


de IRS ( exceto como dedução específica de Profissões de desgaste
rápido)

Lobão - 2012 113

4360 Fiscalidade

IRS
DEDUÇÕES À COLETCA (artigo 82.º)

 Encargos com imóveis (artigo 85.º):


 Redução para 15% da dedução referente a encargos com
imóveis (em vez de 30%), mantendo-se o limite de € 591

 Esta dedução será progressivamente reduzida até 2015,


deixando mesmo de ser dedutível a partir de 2016

 Deixam de ser dedutíveis as amortizações de dívidas

Lobão - 2012 114

38
4360 Fiscalidade

IRS
MODELO 3

 No caso de falecimento do sujeito passivo, incumbe apresentar a declaração


de rendimentos:

Casado: ao cônjuge sobrevivo (artigo 63.º, n.º 1)

 Não casado: ao administrador da herança, relativamente ao período


decorrido de 1 de Janeiro até à data do óbito (artigo 57.º, n.º 2)

Lobão - 2012 Governo da


115
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

IRS
Taxas (artigo 68.º-A)

 Foi criada uma taxa adicional de 2,5%, para rendimentos superiores a


€ 153 300, que faz, no fundo, com que tais rendimentos tenham uma
taxa de 49% (cfr. artigo 68.º-A do Código do IRS)

 Prevê-se que essa taxa seja aplicável apenas em relação aos


rendimentos de 2012 e 2013

Lobão - 2012 116

4360 Fiscalidade

IRS
Taxas (artigo 68.º-A)

 Cálculo da taxa adicional – sujeitos passivos casados

Rendim. Coletável - €153 300


2 x2,5% x2

Exemplo:
Sujeitos passivos casados com um rendimento colectável de
€ 586 600:

€ 586 600 - €153 300


2 x2,5% x2 = € 7 000

Lobão - 2012 117

39
4360 Fiscalidade

IRS
Obrigações Acessórias
( Art.ºs 57º, 58.º,112.º a 119.º do CIRS)

 Os profissionais e os empresários têm as seguintes obrigações:

 Declarativas;
 De escrituração;
 de registo do imposto retido.

Lobão - 2012 118

4360 Fiscalidade

IRS Obrigações acessórias

Declarativas Contabilísticas Outras

- de início
- de alteração
- de cessação
- rend. mod.3
- anual – IES
- mod.10
- mod. 30
- mod. 31

Lobão - 2012 119

4360 Fiscalidade
Obrigações acessórias
IRS

Contabilísticas Outras
Declarativas

Sem contabilidade Registo


Organizada
Organizada
- Rend. Sujeitos a
-L. compras
retenção
Lei comercial
-L. serv. Prestados - Retenções
Lei fiscal
SNC efetuadas
-L. vnd mercadorias e produtos

- Dossier fiscal
-L. de movimento de produtos e - Sistema RICA
de gado
-L. de imobilizações
Lobão - 2012 120

40
4360 Fiscalidade

IRS
Direitos e Garantias dos Contribuintes

 Reembolso do imposto pago a mais

 Reclamação contra liquidações

 Impugnação dos atos tributários

Lobão - 2012 121

4360 Fiscalidade

IRC

Imposto Rendimentos das Pessoas Coletivas

Lobão - 2012 Governo da


122
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

IRC
A tributação das sociedades

A tributação dos rendimentos das sociedades dispersa


pelos diversos impostos parcelares converteu-se, com a
Reforma Fiscal de 1989, numa tributação unitária.

Lobão - 2012 Governo da


123
República

Portuguesa

41
4360 Fiscalidade

IRC
Definição
Para efeitos de IRC considera-se titular de rendimentos
as pessoas coletivas sujeitas a este imposto que
apresentam rendimentos referentes à atividade
económica desenvolvida.

Lobão - 2012 Governo da


124
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

Caraterísticas do imposto

Direto (incide sobre o rendimento das pessoas coletivas)

Estadual ( é tributado pelo estado)

Periódico ( é apurado anualmente)

Proporcional ( é proporcional ao rendimentos tributados)

Real (incide sobre a atividade económica)

Lobão - 2012 Governo da


125
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

Incidência Subjetiva

Os artigos 1.º e 3.º do CIRC constituem as normas de incidência pois


definem os lucros e os rendimentos sujeitos a imposto quando obtidos
pelos sujeitos passivos: Entidades residentes e não residentes.

Lobão - 2012 Governo da


126
República

Portuguesa

42
4360 Fiscalidade

Incidência Objetiva

Entidades residentes
Se exercem a título principal atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola, a base do imposto é o lucro tributável,

Se não exercem a título principal de natureza comercial, industrial e agrícola,


a incidência é o rendimento global.

Lobão - 2012 Governo da


127
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

Incidência Objetiva

Entidades não residentes


Se dispõem de estabelecimento estável a incidência é o lucro imputável ao
estabelecimento estável,

Se não possuir estabelecimento estável a incidência é o rendimento global.

Lobão - 2012 Governo da


128
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

Periodização da tributação:

 Período do exercício económico coincidente com o ano civil.

Exceções:

- Exercício do início de atividade.


- Exercício de cessação de atividade.
- Primeiro exercício da adoção de período de tributação diferente do
ano civil.
- No caso do início e a cessação de atividade ocorrerem no mesmo
período de tributação.

Lobão - 2012 Governo da


129
República

Portuguesa

43
4360 Fiscalidade

Isenções:
( Art.º 9.º a 14.º do CIRC)

 Estado, Regiões Autónomas, Autarquias locais, institutos públicos;


 Associações de municípios e de freguesia que não exerçam atividade
comercial, industrial ou agrícola;
 Instituições de segurança social.

_ Pessoas Colectivas de Utilidade Pública Administrativa


_ Instituições Particulares de Solidariedade Social
_ Pessoas Colectivas de Utilidade Pública que prossigam fins científicos,
culturais, de assistência, beneficência, solidariedade social ou defesa do meio
ambiente, desde que reconhecida pelo Ministro das Finanças.

Lobão - 2012 Governo da


130
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade
Determinação do lucro tributável:
( Art.ºs 15.º a 17.º do CIRC)

De harmonia com o CIRC, o lucro tributável é constituído pela soma algébrica


do resultado líquido do período, e das variações patrimoniais positivas e
negativas, verificadas no mesmo período e não refletidas naquele resultado,
eventualmente corrigido nos termos do Código.

LUCRO TRIBUTÁVEL = R.L.E. + V.P.P. – V.P.N. +/- C.F.

R.L.E - Resultados Líquidos do Exercício


V.P.P. - Variações positivas patrimoniais
V.P.N - Variações patrimoniais Negativas
C.F - Correções fiscais

Lobão - 2012 Governo da


131
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

Aumento ou diminuição do património

Ex.: indemnizações auferidas, prémios de emissão de ações, impostos sobre o


rendimento

Lobão - 2012 Governo da


132
República

Portuguesa

44
4360 Fiscalidade

CORREÇÕES FISCAIS

Custos não aceites como custos fiscais

Ex.: prémios de seguro, multas

Lobão - 2012 Governo da


133
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

DERRAMA

Derrama municipal - as Câmaras podem lançar anualmente uma derrama


até ao limite de 10% sobre a coleta, isto é sobre o imposto ( IRC).

Derrama = Coleta x Taxa

Derrama estadual – incide sobre a parte do lucro tributável superior a


€ 2 000 000, sujeito e não isento de IRC, sendo a taxa de 2,5%

Lobão - 2012 Governo da


134
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA

Estão sujeitas a tributação autónoma as despesas e encargos que constam no


art.º 88.º do CIRC.

- Todas as taxas de tributação autónoma são elevadas em 10 pontos


percentuais para sujeitos passivos que apresentem prejuízo fiscal no período
de tributação . . .

Lobão - 2012 Governo da


135
República

Portuguesa

45
4360 Fiscalidade
Resultado Líquido do Exercício
Em síntese: +
Variações patrimoniais positivas não refletidas no resultado
-
Variações patrimoniais negativas não refletidas no resultado
+-
Correções fiscais
=
Lucro tributável
-
Prejuízos fiscais
-
Benefícios fiscais
=
Matéria coletável
x
Taxa
=
Lobão - 2012 Coleta do IRC Governo da
136
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

PAGAMENTO DO IMPOSTO

- O pagamento do imposto é feita pela apresentação da declaração periódica

-Pagamentos por conta:


70% repartida em 3 pagamentos V.negócios inferior ou igual a € 498 797,90
90% repartida em 3 pagamentos V.N. superior a € 498 797,90
( Não haverá lugar a pagamentos por conta < € 199,52 )

( Julho, Setembro e até 15 de Dezembro)

Lobão - 2012 Governo da


137
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

PAGAMENTO DO IMPOSTO

- Pagamento especial por conta

- Estão obrigados a efetuar o pagamento especial por conta durante o mês de


Março e Outubro.
- 1% do V.N. no mínimo de €1 000 e limite máximo de € 70 000.

Lobão - 2012 Governo da


138
República

Portuguesa

46
4360 Fiscalidade

IVA

Imposto sobre o Valor Acrescentado

Lobão - 2012 Governo da


139
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

IVA

O IVA é um imposto sobre o consumo de bens

e serviços, incidindo sobre o valor

acrescentado em cada uma das fases do

respetivo circuito de produção e distribuição.

Lobão - 2012 Governo da


140
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

Caraterísticas do imposto

Indireto

Geral

Plurifásico

Estadual

Principal

Quota variável

IVA
Lobão - 2012 Governo da
141
República

Portuguesa

47
4360 Fiscalidade

Sujeição do Imposto
IVA De acordo com o Art. 1.º do CIVA, estão sujeitas a imposto:

 “Transmissões de bens e prestações de serviços,


efectuadas em território nacional, por um agente
económico ou sujeito passivo”;
 “ Importações de bens”;

 “As aquisições intracomunitárias efetuadas no território


nacional”;

Nota: O Art.
Art. 2.º do CIVA define quem é o sujeito passivo:
- pessoas singulares ou coletivas que exerçam as atividades mencionadas
no art.º 1.º ou liquidem indevidamente o IVA nas suas faturas.

Lobão - 2012 Governo da


142
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

IVA Para os contribuintes que exerçam atividades que, pela sua natureza, não
estejam isentas de IVA, o seu volume de negócios (vendas e prestação de
serviços) determinará o seu enquadramento para efeitos de IVA, podendo
ocorrer uma das seguintes situações:
Volume Anual de Regime do
Negócios IVA

Até € 10.000,00 Regime especial de isenção;

Inferior a € 12.500,00 Isenção ( sendo retalhista );

Até € 50 000,00 Regime especial dos pequenos


retalhistas ;
Até €650.000,00 Regime normal trimestral;

Superior a €650.000,00 Regime normal mensal.


Lobão - 2012 Governo da
143
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

Isenções do Imposto
IVA
 Pode-se dizer que as isenções do IVA estão ligadas, em
determinadas situações, ao facto do sujeito ser ou não passivo de
IVA. Noutros casos devido, exclusivamente, ao tipo de operações.

Simples – O sujeito não liquida IVA, logo não deduz IVA das suas
aquisições

Ex: Seguros, Médico, outras profissões paramédicas;

Completa – O contribuinte não liquida IVA, mas tem direito a deduzir


o IVA suportado nas suas aquisições

Ex: Exportações

Lobão - 2012 Governo da


144
República

Portuguesa

48
4360 Fiscalidade

Isenções do Imposto
IVA
 Existem, ainda dois regimes especiais – Regime de Isenção e

Regime especial dos pequenos Retalhistas – nos quais

devido ao seu reduzido volume de negócios (não tenham

atingido no ano civil anterior um volume de compras superior a

€ 50 000, com exclusão do IVA),o sujeito passivo está isento

de imposto. Assim, não liquida IVA nas suas vendas, mas

também não poder deduzir o montante que suporta nas

aquisições.
Lobão - 2012 Governo da
145
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

Taxas em Vigor
IVA

Taxa reduzida – 6%

Taxa intermédia – 13%

Taxa normal – 23%

Lobão - 2012 Governo da


146
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade
Funcionamento do IVA - Exemplo: Taxa a 23 %
IVA
Venda Venda Venda

Produtor Emp.Ind. Retalhista Consumidor


Final

PVI = 500€
500€ PVI = 1000€
1000€ PVI = 1500€
1500€

IVA = 115€
115€ IVA = 230€
230€ IVA = 345€
345€

615€
615€ 1230€
1230€ 1845€
1845€

Entrega no Estado Entrega no Estado Entrega no Estado SUPORTA


115 Euros 230 - 115 Euros = 115 € 345- 230 Euros = 115 €
345 €
DE IVA

Lobão - 2012 Governo da


147
República

Portuguesa

49
4360 Fiscalidade
Obrigações relativas ao IVA
IVA
 São obrigações relativas ao IVA:

Declarar o início, alteração ou cessação de actividade;

Efetuar faturação;

Fazer manifestação periódica das operações efectuadas;

Possuir contabilidade adequada.

 A declaração de manifestação periódica tem por objectivos:

Apresentar as operações relativas ao período do imposto;

Apuramento do imposto.

Lobão - 2012 Governo da


148
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

IMI

Imposto Municipal sobre Imóveis

Lobão - 2012 Governo da


149
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

Caraterísticas do imposto

Real

Direto

Sobre o Património

Não - Estadual

Periódico

Proporcional

IMI
Lobão - 2012 Governo da
150
República

Portuguesa

50
4360 Fiscalidade

IMI
BASE DO IMPOSTO
(Art.º 1.º e 7.º do CIMI e art.º 15.º a 20.º do D.L.287/2003, de 12.11)

O IMI é um imposto municipal, em vigor desde 1 de Dezembro de 2003,


que incide sobre o valor patrimonial tributário dos prédios situados no
território português.

Lobão - 2012 151

4360 Fiscalidade

IMI
Classificação de prédios

Para efeitos de tributação do património, os prédios são classificados em:


 Prédios rústicos;
 Prédios urbanos;
 Prédios mistos.

Lobão - 2012 152

4360 Fiscalidade

IMI
Inscrição dos Prédios na Matriz

A inscrição dos prédios na matriz e a atualização desta é feita com base em


declarações do contribuinte no prazo de 60 dias no caso de transmissão
gratuita, até ao final do 3.º mês seguinte ao nascimento da obrigação tributária
( óbito/ doação . . . – art. 26.º I.S ) contados da ocorrência das circunstâncias
referidas (art.º13.º CIMI) nomeadamente:

Lobão - 2012 153

51
4360 Fiscalidade

IMI Inscrição dos Prédios na Matriz

 verificação de evento suscetível de alterar a classificação de um prédio


 modificação dos limites de um prédio
 conclusão das obras de edificação de melhoramento ou outras que possam
determinar variação do valor patrimonial tributário do prédio;
 verificação de alteração nas culturas praticadas num prédio rústico;
 conhecimento da não inscrição de um prédio na matriz;
 Ter-se verificado uma transmissão onerosa ou gratuita de um prédio ou parte
de prédio.

Lobão - 2012 154

4360 Fiscalidade

IMI Inscrição dos Prédios na Matriz


Documentos a entregar com a declaração
 Plantas das construções autenticadas;
 Plantas da responsabilidade do contribuinte para construções não licenciadas;
 Exceção: prédios construídos anteriormente a 7/8/51;
 Fotocópia do alvará de loteamento;
 Fotocópia do alvará de licença de construção, projeto e aprovado ou documento de
viabilidade construtiva.

o Licença de utilização;
o Escritura de propriedade horizontal;
o Planta de localização

Lobão - 2012 155

4360 Fiscalidade

IMI

Determinação do valor patrimonial tributável ( vt)

 valor dos prédios urbanos edificados ( habitação, comércio, indústria e


serviços)

Vt = Vc x A x Ca x Cl x Cq x Cv

Lobão - 2012 156

52
4360 Fiscalidade

IMI

Determinação do valor patrimonial tributável (Vt)

Vt valor patrimonial tributário;


Vc valor de base dos prédios edificados, que é igual ao valor médio de
construção por m2 + 25% deste valor;
A área bruta de construção mais a área excedente à área de implantação;
Ca coeficiente de afetação;
Cl coeficiente de localização;
Cq coeficiente de qualidade e conforto;
Cv coeficiente de vetustez

Lobão - 2012 157

4360 Fiscalidade

IMI
Determinação do valor patrimonial tributável (Vt)

 Determinação do valor base dos prédios edificados


Vt =Vc x A x Ca x Cl x Cq x Cv

Em 2011, o valor médio de construção por


m2 é de € 482,40, avigorar a partir de
01.01.2011
1. Custo médio de construção/m2
2. Valor do m2 do terreno de implantação
(fixado em 25% do custo médio de construção/m2)
€ 120,63

3. Vc para 2011 € 603,13

Lobão - 2012 158

4360 Fiscalidade

IMI
Determinação do valor patrimonial tributável (Vt)

 Determinação da Área bruta de construção mais a Área excedente à área de


implantação (do edificio ou fração)
Vt =Vc xA x Ca x Cl x Cq x Cv
A = Aa + Ab + Ac + Ad
Aa áreas brutas privadas (a que se aplica o coeficiente 1)
Ab áreas brutas dependentes ( a que se aplica o coeficiente 0,30 )
Ac área de terreno livre até duas vezes a área de implantação ( 0,025)
Ad área de terreno livre que excede o limite de duas vezes ( 0,005)

Lobão - 2012 159

53
4360 Fiscalidade

IMI Determinação do valor patrimonial tributável (Vt)

 Determinação da Área bruta de construção mais a Área excedente à área de implantação


(do edifício ou fração)

A = Aa + Ab + Ac + Ad
Aa áreas brutas privadas (a que se aplica o coeficiente 1)
É a superfície total, medida pelo perímetro exterior e eixos das paredes ou
outros elementos separadores do edifício ou fração, inclui varandas
privativas (fechadas), caves e sótãos privativos com utilização idêntica à do
edifício ou da fração.

Lobão - 2012 160

4360 Fiscalidade

IMI Determinação do valor patrimonial tributável (Vt)


 Determinação da Área bruta de construção mais a Área excedente à área de implantação (do edifício ou fração)
A = Aa + Ab + Ac + Ad
Ab áreas brutas dependentes

São áreas de uso exclusivo, ainda que constituam partes


comuns, mesmo que situadas no exterior do edifício ou da
fração, cujas utilizações são acessórias relativamente ao
uso a que se destina o edifício ou fração.

Para o efeito, consideram-se locais acessórios: garagens e


parqueamentos, arrecadações, instalações para animais, sótãos
ou caves acessíveis, desde que não integrados na Aa, e ainda
outros locais privados de função distinta das anteriores, como é o
caso das varandas não fechadas.
Têm uma utilização acessória
relativamente ao uso a que se
Lobão - 2012 destina o edifício ou fração 161

4360 Fiscalidade

IMI Determinação do valor patrimonial tributável (Vt)

 Determinação da Área bruta de construção mais a Área excedente à área de implantação


(do edificio ou fração)

A = Aa + Ab + Ac + Ad
Loja no centro comercial da Arrábida com 243 m2 de área bruta privativa, armazém de apoio na cave
com 100 m2, garagem privativa com 18 m2 e parqueamento com 12m2.

Aa = 243 x 1 = 243 m2
Ab = ( 100 + 18 + 12) x 0,3 = 39 m2
Ac e Ad = 0

A = 243 + 39 = 282 m2

Lobão - 2012 162

54
4360 Fiscalidade

IMI Determinação do valor patrimonial tributável (Vt)


 dos prédios urbanos edificados (habitação, comércio, indústria e serviços)
Vt =Vc xA x Ca x Cl x Cq x Cv
Ca aplicação do coeficiente de afetação
Tipos de utilização Coeficientes
Comércio 1,20
Serviços 1,10
Em função do tipo de
Habitação 1,00
utilização de determinado
prédio edificado, assim se Habitação social sujeita a regimes legais de custos controlados 0,70

aplica o respetivo Armazéns e atividade industrial 0,60


coeficiente de afetação Comércio e serviços em construção tipo industrial 0,80
Estacionamento coberto e fechado 0,40
Estacionamento coberto e não fechado 0,15
Estacionamento não coberto 0,08
Prédios não licenciados, em condições muito deficientes de
0,45
habitabilidade
Lobão - 2012 Arrecadação e arrumos 0,35163

4360 Fiscalidade

IMI Determinação do valor patrimonial tributável (Vt)


 dos prédios urbanos edificados (habitação, comércio, indústria e serviços)
Vt =Vc x A x Ca x Cl x Cq x Cv
Cl aplicação do coeficiente de localização

O coeficiente de localização varia entre 0,4 e 2,0 podendo ser reduzido para
0,35 em situações de habitação dispersa, frequente no meio rural, e ser
elevado até 3,0 em zonas de elevado valor de mercado imobiliário

Lobão - 2012 164

4360 Fiscalidade

IMI Determinação do valor patrimonial tributável (Vt)


 dos prédios urbanos edificados (habitação, comércio, indústria e serviços)
Vt =Vc x A x Ca x Cl x Cq x Cv
Cl aplicação do coeficiente de localização - Estudo comparativo

A – localização e caraterização do prédio urbano


A1 – Concelho de Lisboa A2 – Concelho dom Fundão
Apartamento ( 160 m2), Apartamento ( 155 m2)
Espaço em garagem coletiva (12 m2), de 1986, garagem privativa (25m2), novo
Na estrada da Luz no centro da cidade

B – determinação do valor patrimonial tributário


Valor base do prédio edificado (Vc) - € 600,00 Valor base do prédio edificado (Vc) - € 600,00

Área do prédio edificado (A) 163,6 Área do prédio edificado (A) – m2 162,50

Coeficiente de afetação (Ca) 1,00 Coeficiente de afetação (Ca) 1,00

Coeficiente de localização (Cl) 2,3 Coeficiente de localização (Cl) 1,4

Coeficiente de qualidade e conforto (Cq) 1,03 Coeficiente de qualidade e conforto (Cq) 1,04

Coeficiente de vetustez (Cv) 0,85 Coeficiente de vetustez (Cv) 1,00

Valor patrimonial tributário (Vt) - € 197 660,00 Valor patrimonial tributário (Vt) - € 141 960,00
Lobão - 2012 165

55
4360 Fiscalidade

IMI Determinação do valor patrimonial tributável (Vt)


 dos prédios urbanos edificados (habitação, comércio, indústria e serviços)
Vt =Vc x A x Ca x Cl x Cq x Cv
Cq aplicação do coeficiente de qualidade e conforto

O coeficiente de qualidade e conforto ( Cq ) é aplicado ao valor base do


prédio edificado, podendo ser majorado até 1,7 e minorado até 0,5.

Lobão - 2012 166

4360 Fiscalidade
Prédios urbanos destinados a habitação
IMI Adiciona à unidade Subtrai à unidade
Elementos de qualidade e conforto
Majorativos Coeficiente Minorativos Coeficiente

Moradias unifamiliares Até 0,20 Inexistência de cozinha 0,10

Localização em condomínio fechado 0,20 Inexistência de instalações sanitárias 0,10

Garagem individual 0,04 Inexistência de rede pública ou privada de água 0,08

Garagem coletiva 0,03 Inexistência de rede pública ou privada de 0,10


eletricidade
Piscina individual 0,06 Inexistência de rede pública ou privada de gás 0,02

Piscina coletiva 0,03 Inexistência de rede pública ou privada de 0,05


esgotos
Campo de ténis 0,03 Inexistência de ruas pavimentadas 0,03

Outros equipamentos de lazer 0,04


Existência de áreas inferiores ás
0,05
Qualidade construtiva Até 0,15 regulamentares

Localização excecional Até 0,10


Inexistência de elevador em edifícios com mais
0,02
Sistema central de climatização 0,03 de 3 pisos

Elevadores em edifícios de menos de 4 pisos 0,02 Estado deficiente de conservação Até 0,10

Lobão - 2012 167

4360 Fiscalidade

IMI Determinação do valor patrimonial tributável (Vt)


 dos prédios urbanos edificados (habitação, comércio, indústria e serviços)
Vt =Vc x A x Ca x Cl x Cq x Cv
Cv aplicação do coeficiente de vetustez Coeficiente de
Anos
Vetustez
Menos de 3 anos 1,00

3a5 0,98

É determinado em função do número 6 a 10 0,95

inteiro de anos decorridos desde a data 11 a 15 0,90


de emissão da licença de utilização, 16 a 20 0,85
caso exista, ou desde a data de 21 a 30 0,80
conclusão das obras de edificação 31 a 40 0,75

41 a 50 0,65

51 a 60 0,55

61 a 80 0,45

Mais de 80 0,35
Lobão - 2012 168

56
4360 Fiscalidade

IMI Determinação do valor patrimonial tributável (Vt)


 Exemplo de cálculo dos terrenos para construção

Terreno com 1000 m2 para implantação de moradia com 2 pisos, com área de implantação de 100 m2 e
área bruta de construção ponderada de 218 m2.

Vt = Vc x (Aa+Ab) x Cl x0,15 + (Ac+Ad) x Cl

Vt = 604 x(200+18) x 0,85 x 0,15 + 604 x (8+2,6) x 0,85

Vt = € 22 230,00

Lobão - 2012 169

4360 Fiscalidade

IS

Imposto de Selo

Lobão - 2012 Governo da


170
República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

IS
O Imposto de Selo é devido pela prática de determinados atos previstos
numa Tabela Geral, anexa ao Código do Imposto de Selo.

Este Imposto não é cumulativo com o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
Assim, todos os atos e/ou factos que paguem IVA, não pagam imposto de selo.

Nas transmissões gratuitas, o imposto é devido sempre que os bens estejam


situados em território nacional.

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República

Portuguesa

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4360 Fiscalidade

IS
Pagamento

O pagamento deste imposto compete a quem tenha interesse económico na


operação ou no ato realizado

O imposto a pagar deve ser descrito na declaração de retenção na fonte,


obrigatoriamente submetida por via eletrónica, até ao dia 20 do mês seguinte ao
da constituição da obrigação tributária.

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República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

IS
Liquidação e Cobrança

O apuramento do valor a pagar e a sua cobrança ao contribuinte, em


determinados atos, são da competência das seguintes entidades:

- notários, conservadores e outros organismos do estado, relativamente aos atos


e contratos em que sejam intervenientes ou que lhes sejam apresentados para
efeitos legais;

- entidades que concedem crédito, peticionárias da garantia ou credoras dos


juros, prémios, comissões e outras contra prestações;
- instituições financeiras …

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República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

IRS
Rendimentos das Pessoas Singulares
a sobre taxa de irs

 retenção do imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal

 imposto extraordinário de 3,5% sobre o rendimento coletável

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República

Portuguesa

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4360 Fiscalidade

IRS
Rendimentos das Pessoas Singulares
a sobre taxa de irs
 retenção do imposto extraordinário sobre o Subsídio de Natal
Cálculo:
A retenção do imposto extraordinário, no caso dos rendimentos de
trabalho por conta de outrem, incide sobre 50% do subsídio de Natal
líquido de IRS e TSU ( contribuições para regimes de proteção social).

Lobão - 2012 Governo da


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República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

IRS Rendimentos das Pessoas Singulares


a sobre taxa de irs

 imposto extraordinário de 3,5% sobre o rendimento coletável

Foi criado um imposto extraordinário de 3,5% que vai incidir sobre todos
os rendimentos obtidos em 2011:
 trabalho por conta de outrem
trabalho independente
prediais
pensões
mais-Valias

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República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

IRS Rendimentos das Pessoas Singulares


a sobre taxa de irs

 imposto extraordinário de 3,5% sobre o rendimento coletável

Por cada dependente existe uma dedução à coleta de €12, 13


= 2,5% x 485,00

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República

Portuguesa

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4360 Fiscalidade
Rendimentos das Pessoas Singulares
IRS a sobre taxa de irs
(€ 936,00-€485,00) X 50%

Rendimento Rendimento Sobre Tx IRS RETIDO RENDIMENTO


AGREGADO FAMILIAR
Ilíquido mensal Líquido mensal Sub.Natal 2011 BRUTO ANUAL
Sujeito passivo A ( Categoria A ) € 1 200,00 € 936,00 € 225,50 € 1848,00 € 16 800,00

Sujeito passivo B ( Categoria A ) € 1 000,00 € 800,00 € 157,50 € 1 260,00 € 14 000,00

TOTAL € 383,00 € 3 108,00 € 30 800,00

(€800,00-€485,00) X 50%

€1 000,00- ( 11% TSU+ 9% IRS)

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República

Portuguesa

4360 Fiscalidade
Cálculo do IRS( com a sobre taxa de IRS) AGREGADO FAMILIAR
Sobre Tx
Sub.Natal
IRS RETIDO
2011
RENDIMENTO
BRUTO ANUAL
BASE TX IMP. EXTR.
3,5% 3,5% TOTAL € 383,00 € 3 388,00 € 30 800,00

RENDIMENTOS BRUTOS € 30 800,00

DEDUÇÕES ESPECÍFICAS € 8 208,00 €22 592,00 – (485,00X(14X2))


RENDIMENTO COLETÁVEL € 22 592,00

Quociente conjugal 2
€9 012,00 X 3,5%
Rendimento coletável corrigido € 11 296,00 € 9 012,00 € 315,40

Taxa de Imposto 24,5%


(€1 867,06 X 2) + 315,40
Imposto € 2 767,52

Parcela a abater € 900,46

Apuramento € 1 867,06 €3 108,00 + 383,00


Quociente conjugal 2

Coleta Total € 4 049,52

Deduções à coleta € 522,50

Imposto liquidado € 3 527,02

Retenções e pagamentos por conta € 3 491,00

VALOR APURADO €36,08


Lobão - 2012 Governo da
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República

Portuguesa

4360 Fiscalidade

ABREVIATURAS
AT - Autoridade Tributária Aduaneira
CA - Contribuição Autárquica
CCA - Código da Contribuição Autárquica
CIMI - Código do Imposto Municipal sobre Imóveis
CIMT - Código do Imposto Municipal sobre as transmissões onerosas de Imóveis
CIRC - Código do Imposto sobre Rendimento de Pessoas Coletivas
CIRS - Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares
CIVA - Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado
CPT - Código do Processo Tributário
CIMSISD - Código do imposto Municipal de Sisa e do Imposto sobre as sucessões e Doações

Lobão - 2012 Governo da


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República

Portuguesa

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4360 Fiscalidade

ABREVIATURAS

CPPT - Código do Procedimento e do Processo Tributário


CRP - Constituição da República Portuguesa
DGCI - Direção Geral Contribuições e Impostos
DL - Decreto - Lei
DRAR - Decreto Regulamentar das Amortizações e Reintegrações
EBF - Estatuto dos Benefícios Fiscais
IAS - Indexante dos Apoios Sociais

Lobão - 2012 181

4360 Fiscalidade

ABREVIATURAS

IMI - Imposto Municipal sobre Imóveis


IMS - Imposto Municipal de Sisa
IMT - Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis
IRC - Imposto sobre o rendimento das Pessoas Coletivas
IRS - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
IS - Imposto de Selo
ISD - Imposto sobre as Sucessões e Doações
ISV - Imposto sobre Veículos

Lobão - 2012 182

4360 Fiscalidade

ABREVIATURAS
IUC - Imposto Único de Circulação

IVA - Imposto sobre o Valor acrescentado


LGT - Lei Geral Tributária
OE - Orçamento de Estado
RGIT - Regime Geral das Infrações Tributárias
RITI - Regime do IVA nas Aquisições Intracomunitárias
RJIFNA - Regime Jurídico das Infrações Fiscais não Aduaneiras
STA - Supremo Tribunal Administrativo
TCA - Tribunal Central Administrativo
TGIS - Tabela Geral do imposto do Selo

Lobão - 2012 183

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4360 Fiscalidade

Bibliografia/ Referências
Guia dos Impostos em Portugal – 2011, Quid Juris

Guia de Poupança Fiscal – IRS 2011, Vida Económica

Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares

Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas

Código do Impsto de Selo

Formadora : Encarnação Andrade

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República

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4360 Fiscalidade

Obrigada pela V/ participação

Formadora: Encarnação Andrade


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