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E GESTÃOADMINISTRATIVA
FORMADORA: SARA PINHEIRO
VILA DO CONDE / 2019
MÓDULO X – IRS
Imposto sobre os rendimentos das Pessoas
Singulares
FORMADORA: SARA PINHEIRO
VILA DO CONDE / 2019
INCIDÊNCIA PESSOAL
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O QUE É O IRS?
O IRS é a sigla para Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares. Por outras
palavras, é o imposto que tributa o rendimento dos cidadãos.
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O QUE É O IRS?
Pessoal: Tem em conta a situação económica e social do contribuinte e do seu
agregado familiar. Por exemplo, o cálculo do imposto é afetado pelo estado civil, número
de dependentes, património, grau de deficiência (se existir), entre outros fatores.
Periódico: Tem uma natureza anual, uma vez que incide sobre o valor dos rendimentos
obtidos entre 1 de janeiro e 31 de dezembro,
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INCIDÊNCIA REAL E PESSOAL
O valor anual dos rendimentos mesmo provenientes de atos ilícitos enquadráveis nas
diversas categorias que o integram, após efetuarmos as respetivas deduções
específicas.
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BASE DE INCIDÊNCIA
Pessoas abrangidas Tributação
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RESIDÊNCIA
Regra - Artigo 16º CIRS
> 183 dias, seguidos ou interpolados
< 183 dias, mas disponha a 31/12 de habitação com carácter de permanência
Outras regras aplicáveis a tripulantes de navios ou que exerça funções públicas no
estrangeiro
Nacional português que deslocalize a sua residência fiscal para off-shore (+4)
Importante: Basta que um cônjuge (a quem incumbe a direção do AF) seja considerado
residente fiscal para que todo o agregado familiar o seja
Contudo, um dos cônjuges pode ser tratado como não residente em Portugal, caso não
detenha uma ligação entre a maior parte das suas atividades económicas e o território
português e o comprove. O outro cônjuge, enquanto residente em território nacional, deverá
entregar a sua declaração de IRS como separado de facto
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RESIDÊNCIA
Residência nas regiões autónomas - Artigo 17º CIRS
Aí tenham o seu centro de interesses – n.º 3 do artigo 17º (obtenção da maior parte dos
rendimentos)
familiar
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RESIDÊNCIA
Residência fiscal parcial
No ano da vinda para Portugal, o sujeito passivo é residente desde o primeiro dia do
período de permanência em território português até final do ano. Salvo se tiver sido
residente em qualquer dia do ano anterior, caso em que é residente todo o ano.
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CASOS PRÁTICOS
EXEMPLO 1
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CASOS PRÁTICOS
EXEMPLO 2
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CASOS PRÁTICOS
EXEMPLO 3
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TRIBUTAÇAO SEPARADA/CONJUNTA
Regime Regra
Tributação Separada – artº 13 nº 2 CIRS
Imposto apurado individualmente em relação a cada conjugue/unido de facto
Cada conjugue entrega uma declaração
50% dos rendimentos dos dependentes
50% do índice do quociente familiar aplicável ao número de dependentes
50% das deduções pessoais fixas por dependente
50% das deduções à coleta determinadas para o agregado familiar
Regime Facultativo
Opção pela tributação conjunta
Imposto apurado pela soma dos rendimentos das pessoas que compõem o agregado
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familiar
AGREGADO FAMILIAR
Art.º 13º CIRS
Se maiores:
< 25 anos
Não auferido rendimentos anuais > à RMMG mais elevada
Frequentem o 11º ou 12º ano, estabelecimento de ensino médio ou superior
Se maiores:
Sejam inaptos para o trabalho e para angariar meios de subsistência
Não auferido rendimentos anuais > ao SMN mais elevado
Regime legal:
Independentemente do sexo
Regime fiscal:
Verificação das regras legais
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CASOS PRÁTICOS
EXEMPLO 1
António e Berta são casados e têm 2 filhos, Carlos (3anos) e Daniela (10anos). Com
eles vive ainda Eva, mãe de António. Identifique o agregado familiar.
EXEMPLO 2
EXEMPLO 2
Natália, viúva, vive em união de facto com Alberto há 5 anos. Com eles vivem Madalena
(24anos) filha de Natália, terminou a licenciatura no ano anterior e não tem rendimentos;
Carlos (27anos) filho de Alberto e desempregado; Gisela, mãe de Natália, aufere uma
pensão de sobrevivência SMN; Bento, irmão de Alberto, inapto ao trabalho. Identifique o
agregado familiar.
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CATEGORIAS DE RENDIMENTOS
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CATEGORIA DE RENDIMENTOS
Categoria H - Pensões
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Rendimentos de
categoria A
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Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Incidência real – Categoria A - artigo 2º
Regra geral
Excepções
A * RM (12 meses)
A - Antiguidade (ano ou fracção)
RM - valor médio das remunerações regulares sujeitas a IRS dos últimos 12
meses
Passos:
Mas se:
Rendimento tributável
Utilização Pessoal
Aquisição de viatura
• Portugal
• Estrangeiro
Regimes a atender:
- Artigos 99º a 101º do CIRS
- Decreto-Lei n.º 42/91, de 22 de Janeiro
Regras gerais:
- As entidades que paguem rendimentos desta categoria são obrigada a efectuar
retenção na fonte de IRS
- Subsídios de residência
- Aquisição de viatura
- Gratificações não atribuídas pela entidade patronal (mas por opção pode ser sujeito a
retenção)
- Caso os dados não sejam conhecidos, o trabalhador será tratado como “não casado e
sem dependentes”
- Não haverá lugar a retenção na fonte se, não sendo possível estimar o rendimento
anual, se aufiram rendimentos inferiores a 5.269 Euros
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Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Incidência real – Categoria B - artigo 3º
Sujeitos a tributação desde o momento em que, para efeitos de IVA, seja obrigatória a
emissão de factura ou documento equivalente (até 5 dias úteis após a prestação do
serviço – art. 36º CIVA); ou
• Compra e venda
• Fabricação
• Pesca
• Explorações mineiras
• Construção civil
• Actividades hoteleiras
• Artesanato
• Etc.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Regras de retenção na fonte - Categoria B
Regimes a atender:
Regras especiais:
- Prestações de serviços / artigo 151º do CIRS – 21,5% (ver Portaria n.º 1011/2001, de 21 de Agosto)
- Quando o rendimento anual espectável seja inferior a 10.000 Euros (ver artigo 53º do CIVA e
art.º 9º DL 42/91), mas:
- Transportes
- Actividades hoteleiras e similares
- Restauração e bebidas
- Agências de viagens e turismo
- Construção civil, desde que o sujeito passivo detenha certificado válido
- Mais-valias
- Indemnizações
- Cessão temporária de exploração de estabelecimento
- Subsídios ou subvenções relacionadas com vendas
- Actos isolados relativos a vendas
Rendimentos de
categoria E
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Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Incidência real - Categoria E - artigo 5º
Rendimentos de capital
Importante:
• Presumem-se:
• Remunerados os mútuos e as aberturas de crédito – os juros começam-se a vencer-se a partir
da data do contrato e nas aberturas de crédito da data da sua utilização
reconhecimento da DGCI
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Retenção na fonte - Categoria E
- Regra geral artigo 71º – 25% (seja o beneficiário residente ou não residente em território português)
- Outros rendimentos de capitais não mencionados no artigo 71º - 16,6% (alínea a) do n.º 1 do
artigo 101º do CIRS)
Regras especiais
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Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Incidência real - Categoria F - artigo 8º
Rendimentos prediais
• Rendas dos prédios rústicos, urbanos e mistos pagas ou colocadas à disposição dos
respectivos titulares, nomeadamente:
- Quando o rendimento anual espectável seja inferior a 10.000 Euros (ver artigo 53º do CIVA),
mas:
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Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Incidência real - Categoria G - artigo 9º
• mais-valias
• indemnizações por lucros cessantes e danos emergentes não comprovados
• pactos de não concorrência
• acréscimos patrimoniais não justificados
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Incidência real - Categoria G – Mais-valias (artigo 10º)
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Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Incidência real - Categoria H – artigo 11º
Rendimentos de Pensões
• Pensões de aposentação, reforma, velhice, invalidez, entre outras
• As prestações a cargo de companhias de seguros, fundo de pensões ou quaisquer
outras entidades, devidas no âmbito de regimes complementares de Segurança Social
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Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Delimitação negativa da incidência de IRS
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TAXA DE IRS
Qual o meu escalão? Calcular o rendimento coletável
Porque é que há duas taxas para cada escalão, a taxa normal e a taxa média? A verdade
é que o rendimento não é todo tributado à mesma taxa.
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TAXA DE IRS - EXEMPLO
O rendimento coletável é € 12.000. O maior limite de escalão que cabe em € 12.000 é o
limite máximo do 2.º escalão (€ 10.700). Assim sendo, o rendimento coletável divide-se
em duas partes com os seguintes valores:
1ª parte: € 10.700
À 1ª parte dos € 12000 aplica-se a taxa média do 2.º escalão, que é 17,367%
À 2ª parte dos € 12.000 aplica-se a taxa normal do 3.º escalão, que é 28,50%
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TAXA DE IRS
Os escalões de IRS contêm as taxas gerais de IRS que são aplicadas ao rendimento
salário mensalmente. É por essa razão que quando se entrega a declaração de IRS tem
de se pagar ou receber imposto. Se tiver retido na fonte mais IRS do que o montante de
imposto apurado por aplicação das taxas dos escalões de IRS, tem direito a ser
reembolsado. Se tiver retido menos (ou mesmo nada) terá IRS a entregar ao Estado.
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TAXA ADICIONAL DE SOLIDARIEDADE
Os contribuintes com rendimentos superiores a € 80000 anuais estão sujeitos ao
pagamento de uma taxa adicional de solidariedade no valor de 2,5%, que incide sobre o
rendimento coletável entre 80 mil euros e 250 mil euros. Se o contribuinte tiver
rendimentos superiores a 250 mil euros, a parte que exceda esse valor é tributada com
uma taxa adicional de 5%.
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RETENÇÃO NA FONTE – CAT. A e H
A retenção na fonte é uma taxa que as Finanças aplicam aos rendimentos dos
pensionistas e aos salários dos contribuintes que trabalham por conta de outrem. Essa
taxa é paga logo no momento em que o recibo é emitido, ou seja, os trabalhadores
nunca chegam a ver o dinheiro: ele vai direto do cofre do empregador para o cofre do
Ministério das Finanças. É por isso que se chama retenção na fonte: porque ela fica
“presa” logo no início do processo de remuneração. (Ver Tabelas de Retenção na Fonte)
Tal como acontece com outros impostos, a taxa de retenção na fonte varia consoante
o enquadramento financeiro e familiar do contribuinte, crescendo proporcionalmente
à sua capacidade de pagar.
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RETENÇÃO NA FONTE – CAT. A e H
As novas regras de retenção na fonte vão fazer com que os rendimentos obtidos através
de trabalho suplementar (horas extra, domingos, feriados, etc) sejam objeto de
retenção autónoma e deixem de ser adicionados à remuneração mensal.
Esta medida faz com que os contribuintes vejam menos dos seus rendimentos retidos
mensalmente, que não “subam” de escalão de IRS e, consequentemente, que paguem
menos impostos anualmente.
Prevê-se que, como vai ser retido menos dinheiro todos os meses – a retenção na fonte
é frequentemente feita por excesso – os contribuintes tenham que pagar acertos ao
entregar as declarações de IRS, ao invés de os receberem.
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RETENÇÃO NA FONTE – CAT. B
As entidades com contabilidade organizada estão obrigadas a reter parte do rendimento
que pagam aos trabalhadores independentes. Estas são as taxas de retenção na fonte
aplicáveis aos trabalhadores independentes (art. 101.º do CIRS):
25% para os rendimentos previstos na tabela de atividades profissionais prevista no
artigo 151.º do CIRS, como médicos, advogados ou arquitetos.
20% para rendimentos auferidos por residentes não habituais em território português,
através de atividades de elevado valor acrescentado, com carácter científico, artístico ou
técnico, definidas na Portaria n.º 12/2010.
16,5% para os rendimentos provenientes de propriedade intelectual (escritores, por
exemplo), industrial ou de prestação de informação sobre experiência nos setores
comercial, industrial ou científico;
11,5% para os trabalhadores independentes que não estão previstos na tabela de
atividades profissionais do artigo 151.º do CIRS, e sobre os rendimentos derivados de
atos isolados e subsídios ou subvenções, auferidos no exercício, por conta própria, de
qualquer atividade de prestação de serviços.
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RETENÇÃO NA FONTE – CAT. B
Isenção de retenção na fonte
o Pode optar por pedir à empresa que lhe paga para continuar a reter IRS, para que o IRS
não custe tanto a pagar no ano seguinte. É que apesar de estar dispensado de fazer
retenção na fonte (por não atingir o limite máximo de € 10000) não significa que não tem
de pagar IRS no ano seguinte. Todos os rendimentos têm de ser declarados na
declaração anual de IRS, sendo tributados posteriormente.
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RETENÇÃO NA FONTE CAPITAIS – CAT. E
Art.º 71 CIRS Nº1 – Taxa Liberatória (28% com opção pelo englobamento)
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RETENÇÃO NA FONTE PREDIAS – CAT. F
1. Inquilino e senhorio são ambos particulares: o inquilino não tem de fazer retenção na
fonte sobre as rendas. Todos os meses, o inquilino paga a renda ao senhorio por inteiro.
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RETENÇÃO NA FONTE PREDIAS – CAT. F
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RETENÇÃO NA FONTE PREDIAS – CAT. F
Para beneficiar da dispensa de retenção na fonte, o senhorio até pode ter um rendimento
anual global superior a € 10.000, mas não pode exceder os € 10.000 dentro da categoria F,
referente aos rendimentos prediais (art. 101.º-B, al. a) do CIRS e 53.º do CIVA).
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ENGLOBAMENTO
Englobar rendimentos no IRS é juntar vários rendimentos num mesmo bolo para serem
tributados à mesma taxa.
O CIRS determina que quase todos os rendimentos obtidos por um contribuinte sejam
englobados no mesmo “bolo”. Depois de somar estes valores, determina-se a taxa de
IRS e apura-se a coleta total. Mas há alguns rendimentos que não são automaticamente
englobados e são taxados de forma autónoma. É o caso dos:
o Rendimentos prediais;
Outra situação em que pode ser preferível englobar é quando existe um saldo negativo
entre as mais-valias e as menos-valias, ou seja, quando a diferença entre o valor de
venda e o de compra é negativa. Se englobar, pode reportar, nos cinco anos seguintes,
esse saldo negativo aos rendimentos da categoria G (mais-valias).
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EXEMPLO 1
João Silva, 35 anos, solteiro e sem filhos, trabalhador por conta de outrem (10 000 euros
brutos/anuais) e aufere rendimentos prediais (6 000 euros/ano). Em 2017, fez obras na
casa no valor de 1 000 euros, que podem ser deduzidas aos rendimentos prediais. Para
apurar o seu rendimento coletável é necessário subtrair a dedução específica aos
rendimentos dependentes (4 104 euros) e os 1 000 euros que teve em despesas.
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EXEMPLO 2
Maria Pereira, 40 anos, solteira e sem filhos, trabalhadora por conta de outrem (25 000
euros brutos/anuais), aufere rendimentos prediais (6 000 euros/ano). Em 2017, fez obras
na casa no valor de 1 000 euros, que podem ser deduzidas aos rendimentos prediais.
Para apurar o seu rendimento coletável é necessário subtrair a dedução específica aos
rendimentos dependentes (4 104 euros) e os 1 000 euros que teve em despesas.
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EXEMPLO 3
A Matilde e o António, 25 e 28 anos, são casados e não têm filhos. São trabalhadores por
conta de outrem e cada um aufere 10 000 euros brutos por ano (20 000 euros
brutos/anuais). Recebem, ainda, rendimentos prediais (6 000 euros/ano). Em 2017,
fizeram obras na casa no valor de 1 000 euros, que podem ser deduzidas aos
rendimentos prediais. Para apurar o seu rendimento coletável é necessário subtrair a
dedução específica aos rendimentos dependentes (4 104 euros por cada um) e os 1 000
euros que tiveram em despesas. Nesta declaração de IRS, vão optar pela tributação
conjunta.
79
EXEMPLO 3
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EXEMPLO 4
A Sofia e o Francisco, 38 e 40 anos, são casados, sem filhos e trabalham por conta de
outrem. A Sofia recebe, por ano, 18 000 euros brutos e o António aufere 12 000 (30 000
euros brutos/anuais). Recebem, ainda, rendimentos prediais (6 000 euros/ano). Em
2017, fizeram obras na casa no valor de 1 000 euros, que podem ser deduzidas aos
rendimentos prediais. Para apurar o seu rendimento coletável é necessário subtrair a
dedução específica aos rendimentos dependentes (4 104 euros por cada um) e os 1 000
euros que tiveram em despesas. Nesta declaração de IRS, vão optar pela tributação
conjunta.
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EXEMPLO 4
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DEDUÇÕES ESPECÍFICAS
CATEGORIA A
€ 4.104 ou, quando superior, o valor total das contribuições obrigatórias para regimes de
proteção social;
Este valor pode ser elevado para € 4.275 se a diferença resultar de quotas para
associações profissionais indispensáveis ao exercício de atividade profissional por conta
de outrem;
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DEDUÇÕES ESPECÍFICAS
CATEGORIA B
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DEDUÇÕES ESPECÍFICAS
CATEGORIA B
O rendimento tributável desta categoria no regime simplificado será dado pela aplicação
dos seguintes coeficientes ao rendimento bruto obtido:
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DEDUÇÕES ESPECÍFICAS
CATEGORIA F
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DEDUÇÕES ESPECÍFICAS
CATEGORIA G
venda de imóveis (com exceção dos que tenham beneficiado de apoio não reembolsável
concedido pelo Estado ou outras entidades públicas, mediante determinadas condições);
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DEDUÇÕES ESPECÍFICAS
CATEGORIA H
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DEDUÇÕES À COLECTA
Existe um conjunto mais ou menos extenso de despesas que poderão ser deduzidas ao
rendimento. Podemos chamar-lhes de “benefícios fiscais”. Poderão ser:
Despesas de saúde
Despesas de habitação
Despesas de educação
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DEDUÇÕES À COLECTA
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92
DEDUÇÕES À COLECTA
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DEDUÇÕES À COLECTA
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DEDUÇÕES À COLECTA
95
DEDUÇÕES À COLECTA
96
DEDUÇÕES À COLECTA
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DEDUÇÕES À COLECTA
98
DEDUÇÕES À COLECTA
99
LIMITES À DEDUÇÃO À COLECTA
(9) Inclui despesas de saúde e com seguros de saúde, educação e formação, à exigência de fatura, encargos com lares,
encargos com imóveis, pensões de alimentos e benefícios fiscais. Nos agregados com três ou mais dependentes a cargo, estes
limites são majorados em 5% por cada dependente ou afilhado civil que não seja sujeito passivo.
100
BENEFÍCIOS FISCAIS
101
(2) O valor de alguns donativos poderá ser objeto de majoração, para efeitos
deste cálculo (20%, 30%, 40% ou 50%).
BENEFÍCIOS FISCAIS
102
CÁLCULO IRS
103
EXEMPLO
Rendimentos, retenções e descontos:
Cônjuge 1
Cônjuge 2
104
EXEMPLO
Despesas dedutíveis à coleta:
Cônjuge 1
Despesas gerais familiares: 7 000 euros
Saúde: 100 euros
Cônjuge 2
Despesas gerais familiares: 5 000 euros
Saúde: 900 euros
Filhos
Saúde: 200 euros
Educação: 6 500 euros
Tributação: Conjunta
105
EXEMPLO
1.º passo: calcular o rendimento anual bruto do casal
Para se determinar o rendimento anual bruto do casal, somam-se os rendimentos brutos
anuais de ambos os cônjuges.
35 000 euros + 18 200 euros = 53 200 euros
106
EXEMPLO
3.º passo: calcular o rendimento que determina o escalão e a taxa
O rendimento que serve para determinar o escalão e a respetiva taxa de IRS e sobre o qual
vai incidir o imposto obtém-se dividindo o rendimento coletável pelo quociente familiar (cada
cônjuge vale um). Como o casal fictício pretende ser tributado em conjunto, o quociente
familiar é igual a dois. Ou seja, o rendimento coletável é dividido por dois.
44 992 euros : 2 = 22 496 euros
Nota: no caso da tributação separada, o rendimento que determina o escalão e a
respetiva taxa de IRS e que está sujeito a imposto corresponde ao rendimento coletável
(calculado no passo 2). Isto porque, neste regime de tributação, o quociente familiar é
igual a 1.
107
EXEMPLO
O rendimento de 22 496 euros enquadra-se no 4.º escalão (de mais de 20 261 euros até
25 000 euros), ao qual corresponde uma taxa normal de IRS de 35%.
Mas atenção: como mostramos no passo seguinte, esta taxa não incide sobre todo o
rendimento sujeito a imposto (22 496 euros).
Rendimento sujeito
Escalão Taxa normal Taxa média
a imposto
De mais de 7 091€
2.º 23% 17,367%
até 10 700€
De mais de 10 700€
3.º 28,5% 22,621%
até 20 261€
De mais de 20 261€
4.º 35% 24,967%
até 25 000€
De mais de 25 000€
5.º 37% 28,838%
até 36 856€
De mais de 36 856€
6.º 45% 37,613%
até 80 640€
MÉTODO 1
Neste primeiro método, distribui-se o rendimento sujeito a imposto pelos vários escalões até
ao escalão em que ficou enquadrado (ver passo anterior) e aplicam-se as taxas
correspondentes, com base na tabela das taxas gerais de IRS. Depois, somam-se as várias
parcelas e multiplica-se o resultado pelo quociente familiar, ou seja, dois.
109
EXEMPLO
1.º escalão
Vai até 7 091 euros. Por isso, é este o valor que é encaixado neste escalão. Ficam a
sobrar 15 405 euros (22 496 euros – 7 091 euros).
2.º escalão
Vai desde mais de 7 091 euros até 10 700 euros. Aqui, só cabem 3 609 euros (10 700
euros – 7 091 euros). Faltam encaixar 11 796 euros (15 405 euros – 3 609 euros).
3.º escalão
Vai desde mais de 10 700 euros até 20 261 euros. Ou seja, é possível colocar 9 561
euros (20 261 euros – 10 700 euros). Mesmo assim, ainda restam 2 235 euros para
perfazer os 22 496 euros.
4.º escalão
Vai desde mais de 20 261 euros até 25 000 euros. Cabem, portanto, 4 739 euros. Mas só é
necessário inserir 2 235 euros.
110
EXEMPLO
Aplicação das taxas
Multiplica-se o rendimento sujeito a imposto que coube em cada escalão pela taxa normal
correspondente.
111
EXEMPLO
Soma dos valores dos escalões
De seguida, somam-se os valores obtidos para cada escalão.
1 028,19 euros + 830,07 euros + 2 724,88 euros + 782,25 euros = 5 365,39 euros
Valor da coleta
A coleta totaliza 10 730,78 euros
112
EXEMPLO
MÉTODO 2
Existe outra forma de apurar a coleta. Aqui, utiliza-se também a tabela das taxas gerais de
IRS, mas o método de distribuição do rendimento sujeito a imposto e a aplicação das taxas
são diferentes (não se faz escalão a escalão).
113
EXEMPLO
Aplicação das taxas
À primeira parcela aplica-se a taxa média correspondente ao penúltimo escalão (3.º escalão)
e à segunda a taxa normal respeitante ao último escalão (4.º escalão)
Primeira parcela
20 261 euros x 22,621% = 4 583,24 euros
Segunda parcela
2 235 euros x 35% = 782,25 euros
Valor da coleta
A coleta totaliza 10 730,98 euros.
115
EXEMPLO
Método 3
A coleta pode ainda ser calculada através da chamada tabela prática de IRS (ver abaixo),
que é construída a partir da tabela das taxas gerais do IRS. Normalmente, é disponibilizada
nos sites das consultoras. Este método é o que envolve menos contas e o que é utilizado
pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).
Rendimento
Escalão Taxa normal Parcela a abater
sujeito a imposto
1.º Até 7 091€ 14,5% 0,00€
De mais de 7 091€
2.º 23% 602,74€
até 10 700€
De mais de 10
3.º 28,5% 1 191,24€
700€ até 20 261€
De mais de 20
4.º 35% 2 508,20€
261€ até 25 000€
De mais de 25
5.º 37% 3 008,20€
000€ até 36 856€
De mais de 36
6.º 45% 5 956,68€
856€ até 80 640€
116
No total, este casal pode deduzir à sua coleta a importância de 2 680 euros.
119
EXEMPLO
7.º passo: calcular a coleta líquida
A coleta líquida obtém-se subtraindo à coleta as deduções aplicáveis.
10 730 euros – 2 680 euros = 8 050 euros
Este é efetivamente o imposto devido pelo casal relativo aos rendimentos obtidos em 2018.
120
EXEMPLO
A retenção mensal na fonte do casal em 2018 atingiu 11 046 euros (8 638 euros + 2 408
euros). Como o valor é superior à coleta líquida (8 050 euros), há lugar a reembolso. O
casal tem assim a receber 2 996 euros (11 046 euros – 8 050 euros)
121