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art.104º/1 CRP: este imposto “visa a diminuição das desigualdades e será único e
progressivo, tendo em conta as necessidades e os rendimentos do agregado
familiar”
O IRS incide sobre o valor anual dos rendimentos líquidos auferidos nas diferentes
categorias (art.1º - art-11º CIRS). Estas categorias são:
São sujeitos passivos de IRS quer os residentes em Portugal, quer os não residentes
que aufiram de rendimentos em território português, art.15º CIRS.
Trata-se de taxas progressivas, pois o seu valor aumenta conforme aumenta o nível de
rendimento, organizadas por escalões de rendimento (atualmente existem 7 escalões).
Por imposição constitucional, este é um imposto progressivo, mas para além das taxas
gerais, progressivas, estão também consagradas na lei taxas proporcionais, que são taxas
fixas cujo valor percentual não varia consoante o montante de rendimento auferido, são
estas:
Taxas liberatórias
Taxas especiais
Taxas de tributação autónoma (sobre determinadas despesas – art.71º, 72º, 73º
CIRS)
Os Rendimentos das Pessoas Singulares estão sujeitos a englobamento (art.22º CIRS), com
exceção dos rendimentos consagrados nos art.71º, 72º, na qual só há opção de
englobamento para os residentes.
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Ainda que o sujeito passivo de IRS seja o contribuinte individualmente considerado, o IRS
tem em conta o agregado familiar, seja quando postula a possibilidade de tributação
conjunta dos casados ou unidos de facto, art.13º/3/4, seja quando prevê, para os
residentes, deduções à colecta relativas aos dependentes do agregado familiar e aos
ascendentes que vivam em comunhão de habitação com o sujeito passivo, bem como
relativas a despesas gerais familiares, despesas de educação e formação, art.78º CIRS.
Como o IRS, este é um imposto direto, pois incide imediatamente sobre a capacidade
contributiva do sujeito passivo, neste caso, sobre o rendimento das Pessoas Coletivas,
art.104º/2 CRP. Aqui destaca-se princípio da tributação do rendimento real/rendimento
acréscimo, segundo este princípio estruturante, o imposto deve ter por objeto o
rendimento líquido – o lucro – auferido pelo sujeito passivo, não o rendimento
presumido/rendimento normal.
Associado a este princípio está a regra geral da avaliação direta da matéria tributável
(art.81º Lei Geral Tributária), possível através da autoliquidação – é ao sujeito passivo que
cabe liquidar o imposto na declaração periódica dos rendimentos – e da contabilidade
organizada.
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O art.23º prevê um elenco de possíveis deduções à matéria tributável, consiste em todos
os gastos e perdas suportados pelo sujeito passivo para obter/garantir os rendimentos
sujeitos a IRC.
Outra característica: incide sobre todas as fases do processo produtivo, operando através
do “método subtrativo indireto”, mas também das faturas e do crédito imposto.
Quanto à incidência subjetiva (art.2º CIVA), determina como sujeitos passivos do imposto:
Pessoas Singulares/Coletivas que exerçam uma atividade empresarial
As que pratiquem um ato empresarial isolado dentro/fora de território nacional
As que realizem importações de bens, etc...
IABA ISP IT
Imposto sobre o álcool, Imposto sobre os produtos Imposto sobre o tabaco.
bebidas alcoólicas e bebidas petrolíferos e energéticos.
adicionadas de açúcar ou
outros edulcorantes.
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Isto está associado às externalidades negativas causadas por certas substâncias, visa
sobrecarregar os contribuintes na medida dos custos que estes provocam no ambiente e
saúde pública, em concretização de uma regra geral de igualdade tributária.
São sujeitos passivos do IEC, as pessoas indicadas no art.4º Código dos IEC. Ainda que a
finalidade fiscal (arrecadação de receita) esteja presente como em quaisquer impostos,
ressaltam nestes as finalidades extra-fiscais de índole social, ambiental e de orientação de
comportamentos. Contudo, estão isentos destes impostos os produtos destinados a serem
utilizados/consumidos nas situações previstas no art.6º.
Aqui este enquadra-se nos impostos sobre o património, consagrado no art.103º/4 CRP
(associado ao princípio de igualdade, que é princípio estruturante do sistema fiscal), ao
contrário de todos os outros que são sobre o consumo.
Em Portugal, não existe um imposto único sobre o património, mas impostos parcelares
sobre diferentes dimensões do património com finalidades distintas. Neste caso o IMI, tem
de ter tido em atenção de acordo com o art.1º Código do IMI.
Para efeitos deste imposto entende-se por prédio tudo o que está previsto do art.2º CIMI.
Os prédios podem ser classificados como rústicos, urbanos ou mistos.
O adicional ao IMI (AIMI), art.1º/2 e art.135º-A CIMI, incide sobre a soma dos valores
patrimoniais tributários de imóveis destinados à habitação, situados em território
português, pertencentes a particulares e empresas, com valor superior a 600.000€.
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Este imposto incide sobre as transmissões, contrariamente ao IMI. Estas transmissões
deveram ser onerosas e respeitar ao direito de propriedade/figuras parcelares desse
direito, sobre imóveis situados no território nacional (art.1º/2º Código do IMT). Também
se verifica existência de transmissão de bens imóveis, para efeitos de aplicação do IMT,
quanto a outras situações jurídicas: promessas de aquisição e de alienação
(art.2º/2/alínea a e seg.).
É sujeito passivo de IMT, o adquirente do imóvel, salvo as regras especiais previstas na lei
(art.4º), estando as isenções previstas no art.6º. O valor tributável é o constante do
ato/do contrato/o valor patrimonial tributário dos imóveis, consoante o que for maior
(art.12º).
A lei consagra diversas isenções de IMT: Para além das previstas no Código do IMI para as
pessoas coletivas públicas, estão isentos também os Estados estrangeiros pela aquisição
de edifícios para o exercício de missão diplomática, as instituições particulares de
solidariedade social, entre outros (art.6º - art.9º).
Os impostos constituem, a forma essencial pela qual os Estados obtêm parcelas de riqueza
privada para financiar finalidade públicas, para tanto utilizando poderes de autoridades,
sendo normal falar-se numa classificação tripartida das receitas tributárias:
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Impostos Taxas Contribuições especiais
2) Taxas
As taxas são outra forma de receita tributária, que servem para dar cobertura de despesas
originadas por contribuintes concretos, em cuja esferas jurídicas se vão repercutir
unicamente.
Diferente dos impostos, estamos aqui perante uma receita associada a uma
contraprestação. Em comparação com os impostos, nas taxas faz-se sentir de um modo
muito aligeirado o princípio da legalidade, dado que se nos primeiros se exige a aprovação
por lei/decreto-lei convenientemente autorizado, enquanto a CRP se limita a exigir uma
lei-quadro de taxas que até agora se cingiu só às taxas locais.
3) Contribuições especiais
Há, porém, uma grande dificuldade na construção de um regime jurídico próprio, devido
às realidades abrangidas. Estas, por isso, equiparam-se e seguem o regime jurídico dos
impostos, algo confirmado pelo art.4º/3 Lei Geral Tributária.
4) Impostos e Taxas
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Crescente importância de figuras semelhantes aos impostos, mas classificadas como taxas.
Isto porque, há uma preocupação de não tornar necessário o pleno respeito pelo princípio
da legalidade e favorecer as comparações internacionais de carga fiscal.
Está aqui em causa as regras jurídicas que regulam a relação tributária entre Estado e o
contribuinte. Os sistemas fiscais (expressão que designa conjunto de impostos) ajudam-
nos a compreender melhor a sociedade em que vivemos e as suas escolhas.
Rendimento Fiscal
Generalidades
Os impostos devem atingir todos os residentes num determinado Estado, sem que haja
lugar a exceções resultantes da pertença a qualquer estrato social, filiação religiosa, outros
aspetos que não encontrem uma motivação adequada.
Isto não significa que este requisito deve ser lido de modo a permitir que deixe de pagar
quem não dispões de meios e antes precisa de apoio social, mas ainda aí haverá quase
sempre lugar para a cobrança de impostos indiretos sobre o consumo.
O que é preocupante são as formas de evasão fiscais que permitem que o grosso dos
rendimentos fiscais possa não ser sujeito a imposto.
Benefícios Fiscais
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Legalidade Fiscal
A problemática dos contratos fiscais, pauta-se por esses contratos terem efeitos
pesados sobre o princípio da igualdade, podendo falsear a concorrência. Mas, uma
forma de salvar a constitucionalidade desses contratos é celebrá-los nos termos de
legislação genérica aprovada em termos abstratos. Esse eventual conflito está
regulado através do Código Fiscal do Investimento, negociado com a Comissão
Europeia por forma a adequá-lo à disciplina dos auxílios do Estado (art.1º e art.2º)
Capacidade contributiva
Faz sentido que se recorra a um princípio da capacidade contributiva por forma a ajustar
um sistema fiscal caracterizado pela igualdade.
Eficiência
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Outros aspetos