Você está na página 1de 9

Breve apresentação do sistema fiscal português

1) Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS)

 art.104º/1 CRP: este imposto “visa a diminuição das desigualdades e será único e
progressivo, tendo em conta as necessidades e os rendimentos do agregado
familiar”

O IRS incide sobre o valor anual dos rendimentos líquidos auferidos nas diferentes
categorias (art.1º - art-11º CIRS). Estas categorias são:

Categoria A Categoria B Categoria E Categoria F Categoria G Categoria H

Rendimentos do Rendimentos Rendimentos de Rendimentos Incrementos Pensões


trabalho empresariais e capitais prediais patrimoniais
dependente profissionais

Trata-se da incidência real/objetiva do IRS, ou seja, das diferentes formas de rendimento


atingidas pelo imposto. A incidência pessoal/subjetiva diz respeito aos sujeitos abrangidos
pela obrigação de contribuir, art.13º e seg. CIRS.

São sujeitos passivos de IRS quer os residentes em Portugal, quer os não residentes
que aufiram de rendimentos em território português, art.15º CIRS.

Taxas Gerais de IRS situam-se


(art.68º CIRS):
Quanto à taxa normal: Quanto à taxa média:
14,5% e os 48% 14,5% e os 37,613%

Trata-se de taxas progressivas, pois o seu valor aumenta conforme aumenta o nível de
rendimento, organizadas por escalões de rendimento (atualmente existem 7 escalões).

Por imposição constitucional, este é um imposto progressivo, mas para além das taxas
gerais, progressivas, estão também consagradas na lei taxas proporcionais, que são taxas
fixas cujo valor percentual não varia consoante o montante de rendimento auferido, são
estas:

 Taxas liberatórias
 Taxas especiais
 Taxas de tributação autónoma (sobre determinadas despesas – art.71º, 72º, 73º
CIRS)

Os Rendimentos das Pessoas Singulares estão sujeitos a englobamento (art.22º CIRS), com
exceção dos rendimentos consagrados nos art.71º, 72º, na qual só há opção de
englobamento para os residentes.

1
Ainda que o sujeito passivo de IRS seja o contribuinte individualmente considerado, o IRS
tem em conta o agregado familiar, seja quando postula a possibilidade de tributação
conjunta dos casados ou unidos de facto, art.13º/3/4, seja quando prevê, para os
residentes, deduções à colecta relativas aos dependentes do agregado familiar e aos
ascendentes que vivam em comunhão de habitação com o sujeito passivo, bem como
relativas a despesas gerais familiares, despesas de educação e formação, art.78º CIRS.

2) Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC)

Como o IRS, este é um imposto direto, pois incide imediatamente sobre a capacidade
contributiva do sujeito passivo, neste caso, sobre o rendimento das Pessoas Coletivas,
art.104º/2 CRP. Aqui destaca-se princípio da tributação do rendimento real/rendimento
acréscimo, segundo este princípio estruturante, o imposto deve ter por objeto o
rendimento líquido – o lucro – auferido pelo sujeito passivo, não o rendimento
presumido/rendimento normal.

Associado a este princípio está a regra geral da avaliação direta da matéria tributável
(art.81º Lei Geral Tributária), possível através da autoliquidação – é ao sujeito passivo que
cabe liquidar o imposto na declaração periódica dos rendimentos – e da contabilidade
organizada.

A avaliação indireta, operada pela Autoridade Tributária, sendo subsidiária da avaliação


direta (art.85º LGT), constitui uma exceção ao princípio da tributação do rendimento real
(art.104º/2 CRP), podendo apenas ser realizada nos casos previstos na lei (art.87º LGT).

São sujeitos passivos de IRC (art.2º CIRC):


 as pessoas coletivas, públicas ou privadas com sede/direção efetiva em território
português
 as entidades sem personalidade jurídica, com sede/direção efetiva em Portugal
não tributáveis em sede de IRS ou em IRC diretamente na titularidade de pessoas
singulares/coletivas (entidades sem transparência fiscal, como é o caso das
sociedades antes do registo definitivo)
 as entidades que não tenham sede nem direção efetiva em território português e
cujos rendimentos aí obtidos não estejam sujeitos a IRS.

Quanto à incidência objetiva (art.3º CIRC),


tem por objeto o lucro tributável (diferença património líquido no fim e no início do período
de tributação – Nº2):
No que diz respeito aos residentes Quanto aos não residentes, o objeto é o
(sede/direção território português) que se lucro, caso tenham estabelecimento estável
dediquem a atividades empresariais (de em território português, caso isto não se
natureza comercial/industrial/agrícola). verifique, serão tributados os rendimentos
das diferentes categorias do IRS.

Aos residentes que não exerçam a título


principal a atividade empresarial será
tributado o seu rendimento global (soma
dos rendimentos das diversas categorias de
IRS).

2
O art.23º prevê um elenco de possíveis deduções à matéria tributável, consiste em todos
os gastos e perdas suportados pelo sujeito passivo para obter/garantir os rendimentos
sujeitos a IRC.

art.23º-A recorta negativamente a possibilidade de dedutibilidade, determinando


as despesas, que não são dedutíveis para efeitos de determinação do lucro
tributável.
Quanto às taxas de imposto (art.87º e seg. CIRC), a regra geral em vigor é de 21%
sobre o rendimento líquido. Porém a lei contempla 2 supressões:
 art.87º/2 CIRC, desagravamento consistente na aplicação da taxa de 17% aos
primeiros 15.000€ de matéria coletável de pequenas e médias empresas
 Aplicação de diferentes taxas (25% regra geral e 35% restantes casos), variáveis
consoante tipo de rendimento e residência das entidades.

3) Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)

Trata-se de um imposto indireto que incide sobre uma manifestação mediata de


riqueza/da capacidade contributiva do sujeito passivo, o consumo. O IVA é um imposto
geral sobre o consumo, estando previsto no art.104º/4 CRP, que dita as finalidades gerais
deste tributo (em conjunto com o art.1º Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado).

Outra característica: incide sobre todas as fases do processo produtivo, operando através
do “método subtrativo indireto”, mas também das faturas e do crédito imposto.

Quanto à incidência subjetiva (art.2º CIVA), determina como sujeitos passivos do imposto:
 Pessoas Singulares/Coletivas que exerçam uma atividade empresarial
 As que pratiquem um ato empresarial isolado dentro/fora de território nacional
 As que realizem importações de bens, etc...

São ③ as taxas de IVA adotadas em Portugal Continental:


Taxa reduzida de 6%, Taxa intermédia de 13%, Taxa normal de 23%,
aplicada a determinados aplicada a bens alimentares, aplicada aos restantes bens,
bens e serviços considerados combustíveis, utensílios, serviços e importações.
essenciais. máquinas agrícolas,
instrumentos musicais, entre
outros.
Crítica: Com este regime de taxas diferenciadas pode haver possibilidade de estimular
práticas indesejáveis como planeamento, abuso, fraude fiscais.

4) Impostos especiais de Consumo (IEC)

Dentro da categoria genérica de impostos sobre o consumo, destacamos esta categoria


dos especiais, distinguindo-se dentro destes (que recaem sobre o consumo de substâncias
nefasta/socialmente reprováveis):

IABA ISP IT
Imposto sobre o álcool, Imposto sobre os produtos Imposto sobre o tabaco.
bebidas alcoólicas e bebidas petrolíferos e energéticos.
adicionadas de açúcar ou
outros edulcorantes.

3
Isto está associado às externalidades negativas causadas por certas substâncias, visa
sobrecarregar os contribuintes na medida dos custos que estes provocam no ambiente e
saúde pública, em concretização de uma regra geral de igualdade tributária.

São sujeitos passivos do IEC, as pessoas indicadas no art.4º Código dos IEC. Ainda que a
finalidade fiscal (arrecadação de receita) esteja presente como em quaisquer impostos,
ressaltam nestes as finalidades extra-fiscais de índole social, ambiental e de orientação de
comportamentos. Contudo, estão isentos destes impostos os produtos destinados a serem
utilizados/consumidos nas situações previstas no art.6º.

5) Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)

Aqui este enquadra-se nos impostos sobre o património, consagrado no art.103º/4 CRP
(associado ao princípio de igualdade, que é princípio estruturante do sistema fiscal), ao
contrário de todos os outros que são sobre o consumo.

Em Portugal, não existe um imposto único sobre o património, mas impostos parcelares
sobre diferentes dimensões do património com finalidades distintas. Neste caso o IMI, tem
de ter tido em atenção de acordo com o art.1º Código do IMI.

Quanto a classificações, este é um imposto direto e mais especificamente, um imposto


sobre o património de caráter estático, pois recai sobre a mera detenção/propriedade (ou
direitos de usufruto e de superfície) e é periódico (obrigação anual de liquidação e
pagamento, em 1 ou mais prestações).

Tratando-se de um imposto, ainda que municipal, este tem de obedecer ao princípio da


legalidade (art.103º/2 CRP), bem como à reserva relativa de competência da Assembleia
da República.

Para efeitos deste imposto entende-se por prédio tudo o que está previsto do art.2º CIMI.
Os prédios podem ser classificados como rústicos, urbanos ou mistos.

Prédios Rústicos Prédios Urbanos


Há taxa fixa de 0,8%. Os municípios/freguesias podem fixar o
concreto valor a aplicar dentro de um
intervalo 0,3% aos 0,45%.
Isentos de IMI: Estado, Regiões Autónomas e qualquer dos seus serviços, estabelecimentos
e organismos, exceto se forem de caráter empresarial (exceção desta exceção, que beneficia
da isenção, são hospitais e unidades de saúde sob forma de entidade pública empresarial –
E.P.E). Outros que podem beneficiar desta isenção são os que estão previstos no art.11º-A
CIMI.

O adicional ao IMI (AIMI), art.1º/2 e art.135º-A CIMI, incide sobre a soma dos valores
patrimoniais tributários de imóveis destinados à habitação, situados em território
português, pertencentes a particulares e empresas, com valor superior a 600.000€.

6) Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT)

4
Este imposto incide sobre as transmissões, contrariamente ao IMI. Estas transmissões
deveram ser onerosas e respeitar ao direito de propriedade/figuras parcelares desse
direito, sobre imóveis situados no território nacional (art.1º/2º Código do IMT). Também
se verifica existência de transmissão de bens imóveis, para efeitos de aplicação do IMT,
quanto a outras situações jurídicas: promessas de aquisição e de alienação
(art.2º/2/alínea a e seg.).

É sujeito passivo de IMT, o adquirente do imóvel, salvo as regras especiais previstas na lei
(art.4º), estando as isenções previstas no art.6º. O valor tributável é o constante do
ato/do contrato/o valor patrimonial tributário dos imóveis, consoante o que for maior
(art.12º).

A lei consagra diversas isenções de IMT: Para além das previstas no Código do IMI para as
pessoas coletivas públicas, estão isentos também os Estados estrangeiros pela aquisição
de edifícios para o exercício de missão diplomática, as instituições particulares de
solidariedade social, entre outros (art.6º - art.9º).

As taxas do IMT estão previstas no art.17º;

Prédios Urbanos Prédios Rústicos


Em caso de aquisição destes, destinados a A estes é aplicável uma taxa única de 5%, e
habitação, aplicam-se taxas progressivas, pela aquisição de outros prédios urbanos e
existindo 6 escalões, correspondente ao outras aquisições onerosas não referidas na
valor em €, sobre o que incide o IMT. lei aplica-se a taxa de 6,5%.

Com isenção para os prédios destinados


exclusivamente a habitação própria e
permanente até 92 407€.

7) Imposto do Selo (IS)

Incidência Objetiva Sujeitos Passivos Isenções Taxas


art.2º Código IS
Este imposto visa todos Nas transmissões Isenções subjetivas As taxas deste imposto
os elementos gratuitas, o imposto é (art.6º) encontram-se numa
enquadrados no art.1º devido pelas pessoas tabela anexa, organizada
Código do Imposto do singulares para quem se por categorias, de acordo
Selo. transmitam os bens. com a natureza do facto
tributável. As
Regras especiais, quanto Outras isenções (art.7º)
percentagens são
às sucessões por morte
variáveis sendo a mais
(art.2º/2/a).
elevada, de 35%.

Outras Receitas Tributárias

Os impostos constituem, a forma essencial pela qual os Estados obtêm parcelas de riqueza
privada para financiar finalidade públicas, para tanto utilizando poderes de autoridades,
sendo normal falar-se numa classificação tripartida das receitas tributárias:

5
Impostos Taxas Contribuições especiais

1) Impostos, Receitas Tributárias por excelência

O imposto é uma prestação de natureza patrimonial, quase sempre assegurada em


dinheiro. É, também, uma prestação coativa, resultante da verificação na esfera jurídica de
um cidadão de um pressuposto definido de forma abstrata pela lei, uma prestação
unilateral, à qual não corresponde qualquer contraprestação específica do Estado e até
mesmo uma prestação a título definitivo, não havendo lugar a qualquer
pagamento/reembolso.

Este não tem um caráter de sanção e é devido ao Estado/quaisquer outras entidades


públicas.
Em conclusão, o imposto destina-se a assegurar a cobertura de encargos públicos, ou até
mesmo, em realização de fins públicos para dar cobertura a objetivos extrafiscais.

2) Taxas

As taxas são outra forma de receita tributária, que servem para dar cobertura de despesas
originadas por contribuintes concretos, em cuja esferas jurídicas se vão repercutir
unicamente.

Diferente dos impostos, estamos aqui perante uma receita associada a uma
contraprestação. Em comparação com os impostos, nas taxas faz-se sentir de um modo
muito aligeirado o princípio da legalidade, dado que se nos primeiros se exige a aprovação
por lei/decreto-lei convenientemente autorizado, enquanto a CRP se limita a exigir uma
lei-quadro de taxas que até agora se cingiu só às taxas locais.

Quando há lugar ao pagamento de taxas?


art.4º/2 Lei Geral Tributária
Prestação de um serviço Utilização dos bens de Remoção de um limite
público domínio público para jurídico à atividade de
benefício individual/coletivo particulares, sob forma de
licenças (ex: detenção e
compra de armas)

3) Contribuições especiais

Esta 3ª categoria de receitas tributárias tem uma base económica, correspondendo a


situações em que alguém beneficia individualmente de uma obra pública que se não
destina a favorecê-la ou provoca maiores despesas por um uso anormal do domínio
público.

Há, porém, uma grande dificuldade na construção de um regime jurídico próprio, devido
às realidades abrangidas. Estas, por isso, equiparam-se e seguem o regime jurídico dos
impostos, algo confirmado pelo art.4º/3 Lei Geral Tributária.

4) Impostos e Taxas

6
Crescente importância de figuras semelhantes aos impostos, mas classificadas como taxas.
Isto porque, há uma preocupação de não tornar necessário o pleno respeito pelo princípio
da legalidade e favorecer as comparações internacionais de carga fiscal.

O sistema fiscal Ideal?

Está aqui em causa as regras jurídicas que regulam a relação tributária entre Estado e o
contribuinte. Os sistemas fiscais (expressão que designa conjunto de impostos) ajudam-
nos a compreender melhor a sociedade em que vivemos e as suas escolhas.

Para a determinação do estabelecimento de determinados sistemas fiscais,


aponta-se para determinados objetivos/funções, que podem ser considerados
como definidores do sistema fiscal ideal. Podemos apontar como elementos-
síntese determinantes de um sistema fiscal moderno:
 Justiça
 Rendimento
 Generalidade
 Eficiência

Rendimento Fiscal

A obtenção de um conjunto de receitas suficientemente vasto para permitir a prossecução


de finalidades públicas, é o objetivo apreciado pelas administrações fiscais.

O rendimento fiscal está assim condicionado pela obtenção de um equilíbrio adequado


entre Estado e cidadãos que assenta também na medida em que os particulares sentem
que os seus objetivos e ideias estão a ser levados em conta.

Generalidades

Os impostos devem atingir todos os residentes num determinado Estado, sem que haja
lugar a exceções resultantes da pertença a qualquer estrato social, filiação religiosa, outros
aspetos que não encontrem uma motivação adequada.

Isto não significa que este requisito deve ser lido de modo a permitir que deixe de pagar
quem não dispões de meios e antes precisa de apoio social, mas ainda aí haverá quase
sempre lugar para a cobrança de impostos indiretos sobre o consumo.

O que é preocupante são as formas de evasão fiscais que permitem que o grosso dos
rendimentos fiscais possa não ser sujeito a imposto.

Benefícios Fiscais

Os benefícios fiscais surgem como exceções ao princípio da igualdade tributária. São


instrumentos que o Estado lançará mão movido por razões de natureza económico-social
que justifiquem essa derrogação do princípio-regra (ex: para a proteção de determinadas
situações económicas muito baixas, ou para estimular determinadas atividades ou auxiliar
no combate a outras).

7
Legalidade Fiscal

A exigência de legalidade fiscal é um princípio estruturante. A legalidade, porém, pode ser


objeto de interpretações mais ou menos restritivas. Precisamos de ter em conta o
art.103º/2/3 CRP. Contudo, a preocupação dos constituintes com a legalidade e a
proteção que a mesma assegura, leva aos casos de expressa legitimação do direito de
resistência, art.13º CRP.

Na CRP, o princípio da legalidade corre em paralelo com a possibilidade de delegação da


Assembleia no Governo, nos termos que constem expressamente do decreto de
autorização, art.165º/1/alínea i e art.165º/2. Este princípio por vezes é posto em causa
pelo direito internacional com a possibilidade de este se sobrepor ao direito nacional.

Mais complexa no domínio da legalidade fiscal é a existência de contratos fiscais


celebrados entre Estado e particulares. Tais contratos, na medida em que não atinjam
elementos essenciais dos impostos, não levantam questões especiais.

A problemática dos contratos fiscais, pauta-se por esses contratos terem efeitos
pesados sobre o princípio da igualdade, podendo falsear a concorrência. Mas, uma
forma de salvar a constitucionalidade desses contratos é celebrá-los nos termos de
legislação genérica aprovada em termos abstratos. Esse eventual conflito está
regulado através do Código Fiscal do Investimento, negociado com a Comissão
Europeia por forma a adequá-lo à disciplina dos auxílios do Estado (art.1º e art.2º)

Capacidade contributiva

Faz sentido que se recorra a um princípio da capacidade contributiva por forma a ajustar
um sistema fiscal caracterizado pela igualdade.

Eficiência

Este é o último objetivo estruturante do sistema fiscal e pressupõe duas perspetivas


opostas:

Perspetiva Clássica Perspetiva Intervencionista


O sistema responderá à capacidade de não A eficiência será medida pela forma como os
influenciar ou influenciar de forma mínima a impostos se revelaram adequados a
atividade económica privada. assegurar os resultados económicos
pretendidos e que vão para além da simples
arrecadação de receitas.

8
Outros aspetos

Todos estes aspetos evidenciam a dificuldade de construir um sistema fiscal ideal. Se os


requisitos já apresentados são importantes, há que juntar outros de natureza muito
consensual, ou seja, que pressupõem definições de política e política económica.

Simplicidade Transparência Não-discriminação Territorialidade


Característica de todos os Permite um conhecimento Pauta-se pela recusa de Os rendimentos são
instrumentos financeiros geral do sistema fiscal (feita existência de benefícios imputados ao espaço fiscal
que facilita o diálogo entre através da inscrição ligados a classe. onde foram gerados, no
o Estado e os seus orçamental da totalidade caso da residência, ao
contribuintes, permitindo dos impostos). Estado onde se encontra o
uma melhor perceção do domicílio fiscal/sede do
encargo que sobre eles contribuinte. No caso da
recai. nacionalidade, os sujeitos
passivos dos impostos são
definidos pela cidadania de
um dado Estado.

Você também pode gostar