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Fiscalidade official

1.INTRODUÇÃO

Os impostos são a principal fonte de arrecadação de receitas nos estados modernos, o


presente trabalho visa abordar um dos principais impostos do sistema fiscal Moçambicano
nomeadamente o imposto sobre rendimento de pessoas colectivas (IRPC)

A par de outros tipos de receitas O IRPC contribui significativamente para a satisfação


dasnecessidades públicas, e para que os objectivos traçados tenham o fim desejado "é
necessário que o sistema em si esteja também organizado.

Devido a natural complexidade do tema, que requer maior tempo de pesquisa para
umconhecimento profundo não nos esgotaremos em abordar o tema na sua plenitude, o
que não obsta com que apresentemos no presente trabalho uma plataforma para ilustrar
como este imposto se comporta no sistema fiscal moçambicano.

Destacaremos as nossas atençoes definindo alguns conceitos básicos como: IRPC, sujeito
passivo e ativo, incidência objectiva e subjectiva, período de tributação fiscal, da isenção
fiscal, bem como a determinação da matéria colectável, uma introdução em relação a teoria
geral do IRPC, assim como apresentaremos as formulas de determinação da matéria
colectável mediante cálculos.

A base da nossa investigação centrou-se na escassa fonte doutrinária que esteve a nossa
disposição com a vasta matéria legal que regulamenta o IRPC, desde a sua introdução no
ssistema Moçambicano até aos dias que correm.
1.2 OBEJECTIVOS

1.2.1 Objectivo geral

Discorrer sobre o imposto sobre rendimento de pessoas colectivas

1.2.2 Objetivos específicos

Abordar aspectos como quem são os su!eitos passivos do IRPC, incidencia, periodo de

tributação, e determinação da materia colectável

1.3 METODOLOGIA

Para a realização deste trabalho baseou-se na lei número 34/2007, de 31 de dezembro, que
aprova o Código do IRPC, outros tipos de consultas bibliografias assim como discussão em
grupo.
2.Imposto sobre rendimento de pessoas coletivas
O imposto sobre rendimento de pessoas coletivas aplica-se:
-Às sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, às cooperativas, às empresas
públicas e as demais pessoas colectivas de direito público ou privado com sede ou direcção
efectiva em território moçambicano;
-Às entidades desprovidas de personalidade jurídica, com sede ou direcção efectiva em
território moçambicano, cujos rendimentos não sejam tributáveis em Imposto sobre o
Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS) ou em Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Colectivas (IRPC) directamente na titularidade de pessoas singulares ou colectivas, incluindo
as heranças jacentes, as pessoas colectivas em relação às quais seja declarada a invalidade,
as associações e sociedades civis sem personalidade jurídica e as sociedades comerciais ou
civis sob forma comercial, anteriormente ao registo definitivo;
-Às entidades, com ou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem direcção
efectiva em território moçambicano, cujos rendimentos nele obtidos não estejam sujeitos a
IRPS.
Incidência real
O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas – IRPC, incide sobre os rendimentos
obtidos, mesmo quando provenientes de actos ilícitos, no período de tributação, pelos
respectivos sujeitos passivos, nos termos do Código do IRPC, (Art.4).

Isencões do IRPC
De acordo com o (art.9) do código do IRPC ,
(Estado, Autarquias Locais e Instituições de segurança social)
1. Ficam isentos deste imposto:
a) o Estado;
b) as autarquias locais e as associações ou federações de
municípios, quando exerçam actividades cujo objecto
não Vise a obtenção dolucro;
c) as instituições de segurança social legalmente reconhe-
cidas e bem assim as instituições de previdência social.

A isenção referida nas alíneas a) e b) do n•1 não abrange as empresas públicas e estatais, as
quais são sujeitas a imposto nos termos regulados neste Código.
Taxas
A taxa do imposto fixada no Código do IRPC, (Art. 61) é de 32%, excepto nos seguintes
casos:
1• caso- 10% para a actividade agrícola e pecuária, até 31 de Dezembro de 2010;
2• caso- 35% para os encargos não devidamente documentados e as despesas de carácter
confidencial ou ilícito tributados autonomamente, conforme dispõe o n.º 4 do artigo 61 do
Código do IRPC.

O imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas - IRPC


De acordo com o código do imposto sobre o rendimento de pessoas coletivas aprovado pea
Lei n• 34/2007, de 31 de Dezembro define como sendo o imposto directo que incide sobre
os rendimentos obtidos, mesmo quando provenientes de actos ilícitos, no período de
tributação, pelos respectivos sujeitos passivos.

Sujeito Activo
Segundo Suzana a prestação tributaria é estabelecida a favor de uma pessoa colectiva de
direito Público, isto é, o sujeito activo da relação jurídica tributária , que tanto pode ser o
Estado como uma Autarquia local ou qualquer outra pessoa colectiva de direito publico que
a lei designe como titular do respectivo credito.

Sujeito passivo
Por sujeito passivo da relação jurídica tributária ou seja, sujeito passivo do imposto,
entende-se quem nos termos da legislação tributária esteja obrigado ao cumprimento de
uma prestação tributária de natureza material ou formal seja uma pessoa singular ou
colectiva, uma entidade constituída observando ou não os requisitos legais, um património,
uma organização de facto ou outro agrupamento de pessoas.
Para efeitos do presente trabalho estão definidos os sujeitos passivos do IRPC n•2do Codigo
do IRPC.
Os sujeitos passivos do IRPC podem agrupar-se segundo dois critérios a saber:
Residência
considerando-se residentes os sujeitos passivos com sede ou direcção
efectiva no território nacional;
Personalidade jurídica
Consiste na susceptibilidade de ser titular de relações jurídicas, para o presente caso
entende-se a suscetibilidade de ser sujeito de relações jurídicas tributárias.
Sendo assim são sujeitos passivos do IRPC com residência e personalidade jurídica as
pessoas colectivas descriminadas nos termos da alínea a) do n•2 do art 2 do Código do IRPC.
E são sujeitos passivos residentes sem personalidade jurídica do IRPC as pessoas colectivas
previstas na alínea b) do Art n•2 do CIRPC.
E Com ou sem personalidade jurídica e não residentes em Moçambique que obtenham em
território moçambicano rendimentos não sujeitos a IRPS, nas condições previstas nos
artigos 4 e 5 do CIRPC.

Incidência

Segundo IBRAIMO, 2002. incidência refere-se ao termo acima o que é passível de imposto e
quem é sujeito a imposto, sendo deste modo a definição geral e abstrata feita pela lei dos
actos ou situações sujeitas a imposto e das pessoas sobre o qual recai o dever de o prestar.

Quando falamos de incidência deparamo-nos com duas realidades distintas a saber:

-Incidência pessoal ou subjectiva;

-Incidência real ou objectiva.

Incidência pessoal ou subjectiva

Estamos perante a incidência pessoal ou subjectiva quando é em função do sujeito do


imposto, isto e, são pessoas singulares ou colectivas sujeitas a imposto, neste âmbito são
pessoas colectivas do IRPC os sujeitos previstos no art 2, do CIRPC.
Incidência real ou objectiva

A incidência real ou objectiva vai ser em relação ao objecto do imposto ou seja, está-se
diante da matéria colectável ou por outra ,de rendimentos ou lucros

provindas de uma actividade comercial, segundo o plasmado no art2 do CIRPC.

O que concerne ao IRPC a incidência vai ser determinada segundo a base do imposto, e a
base do imposto varia consoante o sujeito passivo segundo os seguintes critérios:

-Residência- localização da sede ou direcção efectiva e a existência do estabelecimento

estável ;

-Exercício a título principal ou não, de uma actividade de natureza comercial, industrial ou


agrícola.

Assim, de acordo com esses critérios agrupam-se os sujeitos passivos, identificando-se a


base de imposto aplicável.

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