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Módulo IRC - Imposto sobre o Rendimento

das Pessoas Colectivas


1. O Código do IRC (CIRC) entrou em vigor em 01 de Janeiro de 1989.

2. O IRC é, tendencialmente, um imposto:

Sobre o rendimento, pois incide sobre o rendimento (lucro…) auferido


pelas pessoas coletivas (pessoas jurídicas, pessoas morais) – diferente
dos impostos sobre o património (IMT, IMI) e dos impostos sobre a
despesa ou sobre o consumo (IVA, IEC);

Direto, pois incide sobre manifestações diretas da capacidade


contributiva como é o caso do rendimento – por oposição aos
impostos indiretos como é o caso do IVA e dos IEC;
Real, na medida em que tem em conta exclusivamente a matéria
coletável, alheando-se das características pessoais dos
contribuintes –o IRS é um imposto de índole pessoal;
Estadual, pois constitui receita do Estado em sentido amplo (administração estadual
direta), sendo uma das principais fontes de receita do OE – o IMT e o IMI, por seu
turno, são impostos “locais ou municipais” pois constituem receita dos municípios
(estes são também impostos diretos, pois incidem sobre o património);

Periódico, no sentido de que o facto gerador é contínuo (de formação sucessiva),


sendo que as obrigações inerentes ao imposto (declarativas e de pagamento) se
renovam periodicamente (anualmente) – contrariamente aos impostos de obrigação
única, cujo facto gerador é instantâneo (IVA, IMT, ISV, IEC, etc.);

Global (Único), pois incide sobre a generalidade dos rendimentos auferidos pelas
pessoas coletivas;

Proporcional, pois adota uma taxa dual (PME) de 17% para os primeiros 15.000€ de
matéria coletável e de 21% para o remanescente – o IRS, por seu turno, é um
imposto progressivo na medida em que a coleta aumenta mais do que
proporcionalmente à matéria coletável, através da adoção de várias taxas
progressivas por escalões.
3. Uma referência ao disposto na CRP que, relativamente ao IRC, estipula no seu
art.º104º,n.º2:

“A tributação das empresas incidirá fundamentalmente sobre o seu lucro real.”

4. A designação conferida ao imposto, dá desde logo a ideia do seu âmbito de


aplicação pessoal, incidindo o IRC sobre todas as pessoas coletivas de direito público
ou privado com sede ou direção efetiva em território português (entidades residentes
– n.º 3, art.º 2º), constituindo o atributo da personalidade jurídica o ponto de partida
para a definição da incidência pessoal (al. a), n.º 1, art.º 2º).

Encontram-se também sujeitas a IRC aquelas entidades residentes que, embora


desprovidas de personalidade jurídica, obtêm rendimentos não tributados por outra
via – IRS. Desta forma, são também considerados sujeitos passivos de IRC
determinados entes de facto, designadamente os mencionados no n.º 2 do art.º 1º, tais
como heranças jacentes, pessoas coletivas declaradas inválidas, associações civis
sem personalidade jurídica e as sociedades comerciais em geral, anteriormente ao seu
registo definitivo – desta forma evita-se que a existência de tributação dependa da
regularidade do processo de formação e constituição das pessoas coletivas.
Por fim, para evitar vazios legais, são ainda considerados sujeitos passivos de
IRC todas as entidades, com ou sem personalidade jurídica, consideradas não
residentes (ou seja, entidades sem sede ou direção efetiva em território
português), mas que obtenham rendimentos no nosso território.

5. Ao nível da definição do rendimento sujeito a tributação (incidência real), é


importante que se proceda à distinção entre entidades residentes e entidades
não residentes, pois enquanto que as primeiras estão sujeitas por obrigação
pessoal, o que implica a inclusão na base tributável da totalidade dos
rendimentos incluindo os obtidos no estrangeiro (art.º 4º, n.º 1; worldwide
income principle ou princípio da tributação mundial), as segundas (não
residentes) estão sujeitas a IRC por obrigação real, implicando que a tributação
incida apenas sobre os rendimentos obtidos em território nacional
expressamente previstos no CIRC de acordo com o princípio da tipicidade em
matéria fiscal (art.º 4º, n.ºs 2 e 3; source principle ou princípio da fonte) – regime
idêntico ao previsto no art.º 15º do CIRS e, em geral, nas legislações
estrangeiras (a aplicação simultânea dos dois princípios, fonte e residência,
gera dupla tributação internacional, o que traduz uma situação de concurso de
normas).
Foi inevitável proceder a uma segunda distinção fundamental dentro
das duas categorias anteriores de sujeitos passivos, residentes e não
residentes (com / sem sede ou direção efetiva em território português,
respetivamente). Assim, conforme resulta do art.º 3º:

Relativamente às entidades residentes haverá que distinguir aquelas


que exercem a título principal uma atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola (operações económicas com carácter
empresarial), caso em que o IRC incide sobre o lucro proporcionado
pela contabilidade (eventualmente corrigido de acordo com critérios
fiscais), das restantes entidades, em que o IRC irá incidir sobre o
rendimento global, correspondendo este à soma algébrica dos
rendimentos líquidos das diversas categorias consideradas para
efeitos de IRS.
Quanto às entidades não residentes, a tributação difere consoante as mesmas
tenham ou não estabelecimento estável em Portugal – em caso afirmativo, o IRC
incide sobre o lucro imputável a esse estabelecimento estável; caso contrário, o
IRC incide sobre as várias categorias consideradas para efeitos de IRS dando-se
a tributação geralmente (exceto no caso de rendimentos de imóveis, mais-valias,
incrementos a título gratuito e de rendimentos imputáveis a estabelecimentos
estáveis) a título definitivo através do mecanismo de retenção na fonte (taxas
liberatórias).
Conforme referimos, a obrigação de imposto depende da localização da sede ou
direção efetiva do SP. Assim, enquanto que os residentes são tributados pela
globalidade dos seus rendimentos, independentemente do local onde são obtidos
(tributação mundial ilimitada), já os não residentes apenas serão tributados pelos
rendimentos obtidos em território nacional, pelo que, neste caso, assume
especial relevância precisar quando é que os rendimentos se consideram aqui
obtidos (daí vai depender a sua sujeição, ou não, a IRC). Com vista a tal objetivo,
o CIRC, no seu art.º 4º, n.º 3, estabelece os vários elementos de conexão
relevantes para esse efeito.
Para aferir sobre a residência das sociedades, os elementos de conexão
determinantes são o local da sede ou o local da direção efetiva (local da
“residência” da sociedade). No caso de sociedades não residentes, o
elemento de conexão será o local da fonte dos rendimentos, ou seja, em
geral, o Estado português só terá competência para tributar os
rendimentos obtidos por não residentes se aqui se localizar:
a fonte financeira, ou seja, no caso do devedor dos rendimentos ser
residente em território nacional (aplica-se à generalidade das situações
previstas no n.º 3, art. 4º, dando-se a tributação através de retenção na
fonte a título definitivo - taxa liberatória);
a fonte física – aplica-se aos rendimentos de imóveis (prediais e mais-
valias), logo, haverá tributação se o imóvel se situar em território nacional
(no caso de rendimentos prediais poderá haver retenção na fonte à taxa de
25%, mas com a natureza de pagamento por conta) devendo os não
residentes cumprir as obrigações declarativas;
o local da atividade (fonte económica) – aplica-se aos estabelecimentos
estáveis das sociedades não residentes, dando-se a tributação, em geral,
de acordo com as mesmas regras que são aplicáveis aos residentes (ver a
noção de estabelecimento estável no art.º 5º).
6. Quanto às situações de não sujeição, releva apenas o disposto no
art.º 7º, que refere expressamente que não se encontram sujeitos a IRC
os rendimentos diretamente resultantes do exercício de atividades
sujeitas ao imposto especial do jogo, concluindo-se pela grande
amplitude da incidência do IRC (onde se inclui o próprio Estado, sujeito
ativo da relação jurídico-tributária), sem prejuízo das isenções
previstas no Cap. II do código.

7. Ao nível da periodicidade do imposto esta coincide, em geral, com o


exercício económico, que coincide com o ano civil (art.º 8º, n.º 1), aliás,
em conformidade com as regras da contabilidade, obrigando à
existência de uma separação clara entre exercícios económicos
(princípio da especialização dos exercícios ou regime de periodização
económica – art.º 18º e SNC). Essa independência não obsta a que se
permita o reporte de prejuízos ocorridos em anos anteriores,
permitindo-se o reporte para a frente até um máximo de 12(PME)/6
exercícios, consagrando-se assim o princípio da solidariedade dos
exercícios (art.º 52º).
8. O Cap. II do CIRC trata das isenções, logo, das exceções às regras de
incidência. No que concerne a isenções pessoais, temos,

Isenções automáticas – Estado, Regiões Autónomas, Autarquias locais e


respetivos serviços, institutos públicos, associações e federações de
municípios, associações de freguesias, instituições de segurança social e
previdência (excluem-se as entidades públicas de natureza empresarial e
os rendimentos de capitais) (art.º 9º); Pessoas coletivas de utilidade
pública administrativa, IPSS e equiparadas (art.º 10º); Sociedades e outras
entidades abrangidas pelo regime da transparência fiscal (art.º 12º,
conjugado com o art.º 6º – isenção “técnica”).

Isenções a requerimento dos interessados – Pessoas coletivas de mera


utilidade pública que prossigam fins científicos, culturais, de caridade,
assistência, beneficência, solidariedade social ou defesa do meio
ambiente (art.º 10º).
Quanto a isenções reais:

Rendimentos diretamente derivados do exercício de atividades culturais,


recreativas e desportivas, desde que auferidos por associações
legalmente constituídas (isenção mista…), desde que não conexos com
atividades empresariais, nomeadamente com publicidade, direitos de
transmissão, jogo do bingo, bens imóveis, aplicações financeiras (art.º
11º), exceto se o seu valor global não ultrapassar 7.500€ (art.º 54º do EBF).

Lucros realizados por entidades de navegação marítima e aérea não


residentes provenientes da exploração de navios e aeronaves, desde que
haja reciprocidade de tratamento (art.º 13º).

Destacam-se ainda as isenções previstas no art.º 14º, designadamente a


consignada no seu n.º 3 relativa a lucros distribuídos por sociedades
residentes a sociedades não residentes com sede na UE (ou no EEE), os
quais estão isentos de retenção na fonte em Portugal se o nível de
participação for relevante e duradouro (≥10% e + 1 ano) –Diretiva mães e
filhas).
Finalmente, deverão ainda ter-se presentes as inúmeras isenções e outros
benefícios fiscais constantes do EBF e de legislação avulsa.

9. A definição da matéria colectável (Cap. III; art.º 15º) é feita em função na


natureza dos contribuintes de acordo com a distinção efetuada
anteriormente a propósito da definição de rendimento, ou seja, entidades
residentes (que exercem ou não a título principal atividades empresariais)
e entidades não residentes (que disponham ou não de um estabelecimento
estável em território nacional).

10. Uma matéria que assume particular interesse, são as regras atinentes à
determinação do lucro tributável das entidades residentes que exercem, a
título principal, atividades de carácter empresarial (ou de carácter
comercial, industrial ou agrícola), as quais constituem, evidentemente, o
núcleo central do CIRC (art.º 17º e seguintes – correções fiscais) e cuja
influência se projeta não só em contribuintes de IRC residentes, mas
também em contribuintes de IRC não residentes com estabelecimento
estável e em contribuintes da categoria B de IRS tributados pelo regime da
contabilidade.
Procura-se tributar o rendimento real, de acordo com os objetivos
constitucionalmente consagrados, privilegiando-se a declaração do
contribuinte (art.º 16º) a qual constitui a base da tributação, sem prejuízo
do seu controlo por parte da Administração Tributária. A aplicação de
Métodos Indiretos (presunções/estimativas que deverão conduzir ao
rendimento real presumido e não ao rendimento normal, ...) fica assim
circunscrita aos casos expressamente previstos na lei, a qual determina
os respetivos pressupostos de aplicação e os critérios a ter em conta na
fixação do rendimento (art.º 57º e segs. do CIRC e art.º 87º e segs. da LGT).

Ao nível da tributação por métodos indiretos, destaca-se o Regime


Simplificado de determinação da matéria coletável previsto nos art.º 86-A e
86º-B, tendo em vista pequenos contribuintes com os seguintes requisitos
exigidos simultaneamente:
• um montante anual ilíquido de rendimentos não superior a 200 000€;

• o total do seu balanço relativo ao período de tributação imediatamente


anterior não exceda € 500 000;

• não estejam legalmente obrigados à revisão legal das contas;

• o respetivo capital social não seja detido em mais de 20%, direta ou


indiretamente, nos termos do n.º 6 do artigo 69.º, por entidades que não
preencham alguma das condições previstas nas alíneas anteriores,
exceto quando sejam sociedades de capital de risco ou investidores de
capital de risco;

• adotem o regime de normalização contabilística para microentidades;

• não tenham renunciado à aplicação do regime nos três anos anteriores,


com referência à data em que se inicia a aplicação do regime.
Neste regime as sociedades não são tributadas de acordo com o seu lucro
real (ignoram-se os gastos contabilizados), mas de acordo com coeficientes:

➢ 0,04 das vendas de mercadorias e produtos, bem como das prestações de


serviços efetuadas no âmbito de atividades de restauração e bebidas e de
atividades hoteleiras e similares, com exceção daquelas que se
desenvolvam no âmbito da atividade de exploração de estabelecimentos de
alojamento local na modalidade de moradia ou apartamento;
➢ 0,75 dos rendimentos das atividades profissionais especificamente
previstas na tabela a que se refere o artigo 151.º do Código do IRS;
➢ 0,10 dos restantes rendimentos de prestações de serviços e subsídios
destinados à exploração;
➢ 0,30 dos subsídios não destinados à exploração;
➢ 0,95 dos rendimentos provenientes de contratos que tenham por objeto a
cessão ou utilização temporária da propriedade intelectual ou industrial ou
a prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida no
setor industrial, comercial ou científico, dos outros rendimentos de capitais,
do resultado positivo de rendimentos prediais, do saldo positivo das mais e
menos-valias e dos restantes incrementos patrimoniais;
➢ 1,00 do valor de aquisição dos incrementos patrimoniais obtidos a título
gratuito;
➢ 0,35 dos rendimentos da exploração de estabelecimentos de alojamento
local na modalidade de moradia ou apartamento.

11. Dado que a tributação incide fundamentalmente sobre o lucro, a


contabilidade, enquanto instrumento de medida dessa realidade, assume
uma grande relevância.

Assim, o Lucro Tributável (LT) é determinado (art.º 17º) em função do


Resultado Líquido do Exercício (RLE) constante da Demonstração dos
Resultados, depois de efetuados alguns ajustamentos (acréscimos e
deduções – Q 07 da dec. mod. 22), conseguindo-se por esta via conciliar a
contabilidade com a fiscalidade (critérios fiscais versus critérios
contabilísticos…).
12. Ao nível das taxas, vigora atualmente um sistema de taxas dual, para
além do benefício da interioridade – taxa de 12,5%, para os primeiros
15.000€ de matéria coletável). Quanto às entidades residentes que não
exercem, a título principal atividades empresariais a taxa é de 21% (n.º 5,
art.º 87º).

Relativamente aos não residentes que não disponham de estabelecimento


estável, a taxa geral é de 25%, com exceções (atualmente muito poucas)
em função dos rendimentos obtidos (n.º 4 do art.º 87º), dando-se a
tributação, geralmente, por retenção na fonte a título definitivo (sem
prejuízo do disposto nas CDT celebradas pelo Estado português, que
podem prever taxas inferiores, ou até mesmo a ausência de tributação).

13. A liquidação de IRC é feita pelo próprio contribuinte na dec. mod. 22 a


apresentar anualmente (art.º 89º), a qual deverá ser entregue até ao dia 31
de maio do ano seguinte ao da formação dos rendimentos (art.º 120º, n.º
1), dando-se aí a obrigação (final) de pagamento (al. b), n.º 1, art.º 104º).
Em todo o caso, para certos tipos de rendimentos, prevêem-se retenções
na fonte (efetuadas pela entidade pagadora no momento do pagamento -
substituição tributária), as quais, relativamente a residentes têm (quase)
sempre a natureza de imposto pago por conta, ou seja, são meros
adiantamentos (art.º 94º, n.º 3) e são efetuadas à taxa de 25% (art.º 94º, n.º
4;

Encontra-se também instituída a figura dos pagamentos por conta (al. a),
n.º 1, art.º 104º e art.º 105º) e o pagamento especial por conta (PEC; arts.
93º e 106º), efetuados pelo próprio sujeito passivo ao longo do ano da
formação dos rendimentos, traduzindo a preocupação de aproximar as
datas de pagamento do imposto e de obtenção dos rendimentos (tal como
sucede com as retenções na fonte), proporcionando uma antecipação da
receita ao Estado (e uma certa regularidade e previsibilidade na obtenção
de receitas) e gerando no contribuinte um efeito de certa forma
anestesiante.
Quanto ao PEC visa, sobretudo, impor um mínimo de tributação às
empresas que apresentam sistematicamente prejuízos.
Determinação do Imposto estimado para o período
Resultado Antes de Impostos = Rendimentos – Gastos (Resultado
Contabilístico)
Correcções e ajustamentos fiscais (Quadro 7 modelo 22)
Variações Patrimoniais Positivas (+)
Variações Patrimoniais Negativas (-)
Ajustamentos Fiscais a Acrescer (+)
Ajustamentos Fiscais a Deduzir (-) exemplo os Benefícios Fiscais que
operam por dedução ao rendimento (Q07C774M22 e Q04 Anexo D)
= Lucro Tributável
= Lucro Tributável ou Prejuízo para efeitos Fiscais
Se Prejuízo Fiscal prosseguir com o estudo das tributações autónomas
Se Lucro Tributável
- Prejuízos Fiscais (artigo 52.º CIRC)
= Matéria Coletável (apurada no quadro 9 modelo 22)
X taxa de IRC (artigo 87.º CIRC)
= COLETA (Q10 M22)
Deduções à coleta:
- Dupla tributação internacional (artigo 91.º e 91.º - A CIRC)
- Benefícios Fiscais (Q10 C355 e Q07 Anexo D)
- PEC (artigo 93.º CIRC) – não deduzir na estimativa
= IRC Liquidado (I)
+ Resultado da Liquidação (II) artigo 92.º CIRC
+ IRC de períodos anteriores (III)
+ Derrama (IV)
+ Tributações Autónomas (V) artigo 88.º CIRC
= Imposto Estimado para o período
= Imposto Estimado para o período
- Antecipações de IRC (pagamentos por conta / Retenções na fonte de
IRC
= Total a pagar ou total a recuperar
Taxas de Tributação Autónoma (artigo 88.º CIRC)
- encargos com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas (depreciações,
rendas ou alugueres, seguros, manutenção e conservação, combustíveis,
impostos incidentes sobre a sua posse ou utilização, aparcamentos,
portagens):
Viaturas ligeiras movidas exclusivamente a gasóleo ou gasolina:
Viaturas cujo valor de aquisição seja < a 25.000 € 10%
Viaturas cujo valor de aquisição seja >= a 25.000 € e < a 35.000€ 27,5%
Viaturas cujo valor de aquisição seja >= a 35.000 € 35%
Taxas de Tributação Autónoma (artigo 88.º CIRC)

Viaturas ligeiras de passageiros híbridas plug-in:


Viaturas cujo valor de aquisição seja < a 25.000 € 5%
Viaturas cujo valor de aquisição seja >= a 25.000 € e < a 35.000€ 10%
Viaturas cujo valor de aquisição seja >= a 35.000 € 17,5%
viaturas ligeiras de passageiros movidas a GPL ou GNV:
Viaturas cujo valor de aquisição seja < a 25.000 € 7,5%
Viaturas cujo valor de aquisição seja >= a 25.000 € e < a 35.000€ 15%
Viaturas cujo valor de aquisição seja >= a 35.000 € 27,5%
Taxas de Tributação Autónoma (artigo 88.º CIRC)
Exclusão:
- Viaturas movidas exclusivamente a energia elétrica;
- Viaturas em que foi celebrado acordo escrito com o trabalhador nos termos
do art.º 2.º do CIRS;
- Viaturas afetas à exploração de serviço público de transportes e destinadas
a aluguer.
Despesas de representação – taxa 10%
Despesas não documentadas – taxa 50% ou 70%
Pagamentos a entidades residentes em regime fiscal claramente mais
favorável – taxa 35% ou 55%
Taxas de Tributação Autónoma (artigo 88.º CIRC)
Ajudas de Custo e deslocações em viatura própria não faturadas a clientes
taxa = 5%
Gastos ou encargos relativos a indemnizações decorrentes da cessação
de funções de gestor, administrador e gerentes – taxa = 35%
Gastos ou encargos relativos a bónus e outras remunerações variáveis
pagas a gestores, administradores e gerentes – taxa = 35%
Lucros distribuídos a sujeitos passivos que beneficiem de isenção total ou
parcial de IRC – taxa 23%
As taxas de tributação autónoma referidas anteriormente são elevadas em
10 pontos percentuais quanto aos sujeitos passivos que apresentem
prejuízo fiscal no período.
Completar com a análise do artigo 88.º CIRC

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