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Enquadramento das

Ajudas de Custo e das


Despesas de Transporte
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Processamento de Salários

Enquadramento das Ajudas de Custo e das Despesas de Transporte

As ajudas de custo destinam-se a compensar os trabalhadores dependentes e os membros dos


órgãos sociais das despesas por si suportadas quando deslocados do seu domicílio profissional
ao serviço da Entidade Patronal.
As ajudas de custo são consideradas um abono aplicável quando o trabalhador se ausenta para
fora do seu local de trabalho, são pagas pela entidade empregadora ao colaborador, sempre
que o mesmo tem de suportar despesas relacionadas com a respetiva atividade profissional,
dentro ou fora de Portugal.
O abono de ajudas de custo apenas será efetuado, quando a alimentação e o alojamento não
sejam fornecidos em espécie, ou seja, caso a alimentação e o alojamento sejam fornecidos não
há direito ao pagamento da respetiva ajuda de custo. No dia em que o trabalhador tiver ajudas
de custo, não terá direito ao subsídio de alimentação.
O setor privado não se encontra regulamentado por uma lei especifica para as ajudas de custo,
sendo regido pelos mesmos valores e limites da Função Pública (que possui legislação definida).
As ajudas de custos têm limites máximos que são excluídos da aplicação das taxas de IRS e
Segurança Social, no entanto, se estes limites forem ultrapassados, ao valor da diferença serão
aplicadas as taxas legais em vigor.
Base Legal: A matéria em apreço rege-se pelo Decreto-Lei n.º 106/98, de 24 de abril, alterado
pelo Decreto-Lei n.º 137/2010, de 28 de dezembro, pela Portaria 1553-D/2008 de 31 de
dezembro, pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de
dezembro, no que concerne às deslocações em território nacional e pelo Decreto-Lei n.º 192/95,
de 28 de julho, no que respeita às deslocações ao e no estrangeiro. Em específico sobre ajudas
de custo, sugerimos a consulta da Portaria 1553-D/2008 de 31 de dezembro, Decreto-Lei
137/2010, de 28 de dezembro e Decreto-Lei n.º 106/98, de 24 de abril, onde este regime se
encontra devidamente enquadrado.

As deslocações em território nacional classificam-se em diárias e por dias sucessivos:


As Ajudas de Custo aplicam-se em deslocações diárias para além de 20 Km do domicílio - Se a
distância for superior a 20 Km do domicílio necessário, não ultrapassar um período de 24 horas
e não implicar a necessidade de alojamento, denominam-se por deslocações diárias;
Em deslocações por dias sucessivos consideram-se ajudas de custo em deslocações superiores
a 50 Km do domicílio - Se a distância for superior a 50 Km e se realizar num período superior a
24 horas, denominam-se por deslocações por dias sucessivos.

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As distâncias são contadas da periferia da localidade onde o trabalhador tem o seu domicílio,
até ao ponto mais próximo do local de destino.
Por “domicílio necessário” entende-se a localidade onde se situa o centro da atividade funcional
do trabalhador, já que é aí que o mesmo se apresenta diariamente para desempenhar as suas
tarefas.

Limites das Ajudas de Custo


As ajudas de custos têm limites máximos que são excluídos da aplicação das taxas de
IRS e Segurança Social, no entanto se estes limites forem ultrapassados, ao valor da
diferença serão aplicadas as taxas legais em vigor.
Ajudas de custo pagas aos Órgãos Sociais deslocações em Portugal: 69,19 € por dia
Ajudas de custo pagas aos Órgãos Sociais deslocações no Estrangeiro: 100,24 € por dia
Ajudas de Custo pagas aos trabalhadores por deslocações em Portugal com remuneração
superior a 1360,03 €: 50,20 € por dia
Ajudas de Custo pagas aos trabalhadores por deslocações no estrangeiro com remuneração
superior a 1360,03 €: 89,35 por dia
Ajudas de Custo pagas aos trabalhadores por deslocações em Portugal com remuneração
compreendida entre 895,21€ e 1360,03€: 43,39 € por dia
Ajudas de Custo pagas aos trabalhadores por deslocações no Estrangeiro com remuneração
compreendida entre 895,21 € e 1360,03 €: 85,50 € por dia
Ajudas de Custo pagas aos trabalhadores por deslocações em Portugal com remuneração
inferior a 895,21 €: 39,83 € por dia
Ajudas de Custo pagas aos trabalhadores por deslocações no Estrangeiro com remuneração
inferior a 895,21 €: 72,72 € por dia
IAS – Indexante dos Apoios Sociais = 438,81 euros
SMN – Salário Mínimo Nacional (2021) = 665 euros
Nível 18 – Tabela remuneratória função pública = 1360,03 (2020 …) / 1355,96 (até 2019)
Nível 9 - Tabela remuneratória função pública = 895,21 (2020 …) / 892,53 (até 2019)

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Quadro1 - síntese dos valores diários isentos de IRS e TSU

Remuneração base (referência nos níveis 9 e 18 Função Pública)


Até 895,21 Entre 895,22 e Superior a Órgãos Sociais
1360,03 1360,03 Gerentes
Deslocação 39,83 43,39 50,20 69,19
País
Deslocação 72,72 85,50 89,35 100,24
Estrangeiro

Nível 18 – Tabela remuneratória função pública = 1360,03 (desde 2020 …) / 1355,96 (…até
2019)
Nível 9 - Tabela remuneratória função pública = 895,21 (desde 2020 …) / 892,53 (…até
2019)

O cálculo das ajudas de custo em território nacional processa-se pelas seguintes


percentagens diárias:
Deslocações Diárias:
Se a deslocação abranger, ainda que parcialmente, o período compreendido entre as 13h00 e
as 14h00 (inclusive) – 25% (para fazer face às despesas com o almoço);
Se a deslocação abranger, ainda que parcialmente, o período compreendido entre as 20h00 e
as 21h00 (inclusive) – 25% (para fazer face às despesas com o jantar);
- Se não for possível o regresso à sua residência até às 22h00 – 50% (para fazer face às
despesas com o alojamento).

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Quadro 2 – percentagens aplicadas às ajudas de custo em deslocações diárias

Partida Regresso % de Ajudas de Direito ao subsídio


Custo a atribuir de alimentação
9h 13h (mesmo dia) 0% Sim
14h 20h (mesmo dia) 0% Sim
9h 14h (mesmo dia) 25% Não
9h 20h (mesmo dia) 25% Não
14h 21h (mesmo dia) 25% Sim
13h 21h (mesmo dia) 25% + 25% Não
14h 13h (dia seguinte) 25% + 50% Sim
13h 13h (dia seguinte) 25%+25%+50% Não
14h 20h (dia seguinte) 25%+50%+25% Sim

Nota: O valor correspondente ao abono diário do subsídio de refeição é deduzido nas ajudas de
custo, quando as despesas sujeitas a compensação incluírem o custo do almoço.

Deslocações por dias sucessivos:


No dia da partida, se a mesma ocorrer:
Até às 13h00 (inclusive) – 100%;
Entre as 13h00 e as 21h00 (inclusive) – 75%;
Depois das 21h00 – 50%.

Quadro 3 – percentagens aplicadas às ajudas de custo nas deslocações por dias sucessivos

Partida Regresso % de Ajudas de Custo a


atribuir
Até às 13h 100%
Entre as 13h e as 21h 75%
Depois das 21h 50%
Até às 13h 0%
Entre as 13h e as 20h 25%
Depois das 20h 50%
Dias completos deslocado 100%

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Deslocações ao estrangeiro e no estrangeiro


Os trabalhadores que se desloquem ao estrangeiro e no estrangeiro, por motivos de serviço
público, têm direito, em alternativa e de acordo com a sua vontade, a uma das seguintes
prestações:
- Abono de ajuda de custo diária, em todos os dias da deslocação (100%);
- Alojamento em estabelecimento hoteleiro de três estrelas ou equivalente e abono de ajuda de
custo no valor de 70% da ajuda de custo diária em todos os dias de deslocação;
- No caso de, na deslocação, ser incluído o fornecimento de uma ou de ambas as refeições
diárias, deverá ser efetuada a dedução de 30% da ajuda de custo, por cada refeição, não
podendo a ajuda de custo a abonar ser de valor inferior a 20% do montante previsto na tabela
em vigor.

Deslocações transfronteiriças (Espanha)


As deslocações diárias ao estrangeiro, nomeadamente ao território espanhol, que não impliquem
uma permanência superior a um dia são reguladas pelo Oficio-Circular nº 1/2003 da Direção
Geral do Orçamento e Direção Geral da Administração Pública e são abonadas de acordo com
os seguintes critérios:
- Se a deslocação abranger, ainda que parcialmente, o período compreendido entre as 13 e as
14 horas – 30%;
- Se a deslocação abranger, ainda que parcialmente, o período compreendido entre as 20 e as
21 horas - 30%;
- Se a deslocação implicar alojamento - 100% (Nas deslocações diárias, as despesas com
alojamento só poderão ser consideradas se o trabalhador não dispuser de meios de transporte
que lhe permitam regressar até às 22h).
Se a deslocação não abranger nenhum dos períodos atrás mencionados (entre as 13 e as 14
horas ou entre as 20 e as 21 horas), ou se as refeições (almoço e jantar) forem fornecidas em
espécie, deverá ser abonado ao funcionário 20% do montante das ajudas de custo previsto na
tabela em vigor.

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Quadro 4 – montantes das ajudas de custo (parte não sujeita)

Ajudas de custo em território nacional 100% 75% 50% 25%


Com remuneração base superiores a 1 360,03€ 50,20€ 37,65€ 25,10€ 12,55€
Com remuneração base entre 1 360,03€ e 895,21€ 43,39€ 32,54€ 21,70€ 10,85€
Com remuneração base inferior a 895,21€ 39,83€ 29,87€ 19,92€ 9,96€
Ajudas de custo no Estrangeiro 100% 75% 50% 25%
Com remuneração base superiores a 1 360,03€ 89,35€ 62,55€ 35,74€ 17,87€
Com remuneração base entre 1 360,03€ e 895,21€ 85,50€ 59,85€ 34,20€ 17,10€
Com remuneração base inferior a 895,21€ 72,72€ 50,90€ 29,09€ 14,54€
Ajudas de custo Transfronteiriças 100% 75% 50% 25%
Com remuneração base superiores a 1 360,03€ 89,35€ 53,61€ 26,81€ 17,87€
Com remuneração base entre 1 360,03€ e 895,21€ 85,50€ 51,30€ 25,65€ 17,10€
Com remuneração base inferior a 895,21€ 72,72€ 43,63€ 21,82€ 14,54€

Despesas de transporte
Os trabalhadores que se desloquem em território nacional podem beneficiar do direito ao
transporte.
As despesas de transporte devem corresponder ao montante efetivamente despendido,
podendo o pagamento ser efetuado da seguinte forma:
- Através de requisição de passagens diretamente às empresas transportadoras;
- Através de reembolso feito ao trabalhador;
- Atribuição de subsídio por quilometro percorrido:
Transporte em automóvel próprio - €0,36 por Km;
Transporte em veículos adstritos a carreiras de serviço público – €0,11 por Km

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Mapa de Ajudas de Custo ou Boletim Itinerário


Sempre que o abono de Ajudas de Custo seja aplicado é obrigatório que exista um mapa com
todas as deslocações efetuadas, deve incluir as datas e horas de partida e chegada, local onde
se deslocou e o motivo dessa deslocação (visita a clientes, fornecedores, etc.). Deste mapa
deverá também constar o valor diário e total que se recebeu deste abono. Devem ser sempre
apresentadas os comprovativos de todas as despesas (faturas).
Para efeitos de pagamento de abono de ajudas de custo e de transporte deverá ser preenchido
e entregue o Mapa de Ajudas de Custo ou Boletim Itinerário;
O Mapa de Ajudas de Custo ou boletim itinerário deverá ser acompanhado de toda a
documentação de despesa na sua forma legal e original (ex. fatura datada em nome da Entidade
e NIF da mesma, títulos de transporte com data e valor ou talão comprovativo da compra).
O boletim itinerário deve ser entregue com as deslocações feitas nesse mês, ou seja, deverá ser
preenchido um boletim por mês.

Implicações em sede de IRC nas Empresas

Em termos de IRC, estabelece o artigo 23.ª A, n.1, alínea h) do Código do IRC, que não
serão dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável:
As ajudas de custo e os encargos com compensação pela deslocação em viatura própria do
trabalhador, ao serviço da entidade patronal, não faturados a clientes, escriturados a qualquer
título, sempre que a entidade patronal não possua, por cada pagamento efetuado, um mapa
através do qual seja possível efetuar o controlo das deslocações a que se referem aqueles
encargos, designadamente os respetivos locais, tempo de permanência, objetivo e, no caso de
deslocação em viatura própria do trabalhador, identificação da viatura e do respetivo proprietário,
bem como o número de quilómetros percorridos, exceto na parte em que haja lugar a tributação
em sede de IRS na esfera do respetivo beneficiário.
Tributações Autónomas: Em conformidade com o artigo 88.º, n.º 9, do Código do IRC — São
ainda tributados autonomamente, à taxa de 5 %, os encargos efetuados ou suportados
relativos a ajudas de custo e à compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador,
ao serviço da entidade patronal, não faturados a clientes, escriturados a qualquer título, exceto
na parte em que haja lugar a tributação em sede de IRS na esfera do respetivo beneficiário.
Estabelece o artigo 88.º nos 14 e 15, do CIRC — As taxas de tributação autónoma previstas no
artigo 88.º do Código do IRC são elevadas em 10 pontos percentuais quanto aos sujeitos
passivos que apresentem prejuízo fiscal no período a que respeitem quaisquer dos factos

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tributários referidos nos números anteriores relacionados com o exercício de uma atividade de
natureza comercial, industrial ou agrícola não isenta de IRC.
O disposto no parágrafo anterior não é aplicável no período de tributação de início de atividade
e no seguinte.

Exemplo:

Alexandre Fonseca é Chefe de Secção da Empresa XYZ, Lda. Em maio a sua remuneração
mensal fixa foi de 1400 euros. De acordo com o IRCT que regula o sector de atividade da Empresa
e com fundamento na antiguidade ao serviço da Empresa, recebe mensalmente 80 euros de
diuturnidades. O subsídio de alimentação corresponde a 5,34 euros por dia. Por deslocação ao
serviço da Empresa, recebeu dois dias de ajudas de custo com diária completa (100%) no valor
diário de 80 euros (deslocação em Portugal). Foram processadas comissões no valor de 390
euros. Alexandre Fonseca é casado, dois titulares e tem dois dependentes. Um dos dependentes
possui um grau de deficiência com incapacidade permanente superior a 60%. Foi admitido a
02/02/2012.

A remuneração mensal de 1.400 euros está integralmente sujeita a IRS e a Segurança Social.

A diuturnidade de 80 euros está integralmente sujeita a IRS e a Segurança Social.

O Subsídio de alimentação será dividido em parte não sujeita e parte sujeita a IRS e a Segurança
Social:

Parte não sujeita = 4,77 euros x 18 dias = 85,86 euros

Parte sujeita = (5,34 euros – 4,77 euros) x 18 dias = 10,26 euros

Apenas foram considerados 18 dias de subsídio de alimentação, uma vez que o trabalhador em
maio recebe dois dias completos de ajudas de custo. No mesmo dia, não haverá pagamento

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simultâneo de subsídio de alimentação e de ajudas de custo. Consideramos que o mês de maio


teve 20 dias úteis de trabalho efetivo.

As ajudas de custo serão divididas em parte não sujeita e parte sujeita a IRS e a Segurança
Social:

Parte não sujeita = 50,20 euros x 2 dias = 100,40 euros

Parte sujeita = (80 euros - 50,20 euros) x 2 dias = 59,60 euros

A comissão de 390 euros está integralmente sujeita a IRS e a Segurança Social.

Valores ilíquidos sujeitos a IRS e Segurança Social = 1.400 euros + 80 euros + 10,26 euros +
59,60 euros + 390 euros = 1.939,86 euros

Valores não sujeitos a IRS e Segurança Social = 85,86 euros + 100,40 euros = 186,26 euros

IRS retido na fonte (Tabela III) = 14,6% x 1.939,86 euros = 283,22 euros = 283 euros
“Artigo 99.º-E - Mecanismo de retenção nos rendimentos das categorias A e H - 1 - A importância
apurada mediante aplicação das taxas de retenção é arredondada para a unidade de euros inferior.”

“ Despacho n.º 785/2020 - 2 — As tabelas de retenção a que se refere o número anterior aplicam -se
aos rendimentos a que se reportam, pagos ou colocados à disposição de titulares residentes em território
português, com exceção das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, devendo ainda observar -se
o seguinte: a) Cada dependente com grau de incapacidade permanente igual ou superior a 60 %
equivale, para efeitos de retenção na fonte, a cinco dependentes não deficientes; b) Na situação de
“casado único titular”, o cônjuge que não auferindo rendimentos das categorias A ou H, seja portador de
deficiência que lhe confira um grau de incapacidade permanente igual ou superior a 60 %, equivale, para
efeitos de retenção na fonte sobre rendimentos de trabalho dependente auferidos pelo outro cônjuge, a
cinco dependentes não deficientes;”

Segurança Social (parte do trabalhador) = 11 % x 1.939,86 euros = 213,38 euros


Rendimento Líquido do Trabalho dependente a pagar ao Manuel Silva =
= 1400 euros + 80 euros + 85,86 euros + 10,26 + 100,40 euros + 59,60 euros + 390 euros -
283 euros (IRS) - 213,38 euros (TSU) = 1.629,74 euros

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Encargos por parte da Entidade Patronal (Empresa XYZ, Lda.)

Segurança Social = 23,75% x 1.939,86 euros = 460,72 euros

O Manuel Silva foi admitido em data anterior a 1 de outubro de 2013 - foi admitido em 02/02/2012,
pelo que não haverá lugar a FCT e FGCT.

Para a Empresa e na perspetiva do IRC, o valor das ajudas de custo não sujeito ao IRS na
esfera pessoal do trabalhador, será objeto de tributação autónoma em IRC à taxa de 5%, ou seja,
5% x 100,40 euros = 5,02 euros.

Considerando que existe boletim itinerário devidamente preenchido o valor das ajudas de custo,
reconhecidas como gasto do período, são encargos fiscalmente dedutíveis.

Miguel Fragoso, Economista, Contabilista Certificado, Formador Certificado

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Referências Bibliográficas

RICARDO, J., Direito Tributário – Anotado e Remissivo, 24.ª Edição, 2021, VidaEconómica

Sistema Remuneratório da Administração Pública (2020) - dgaep

Cursos relacionados ministrados pela CERTFORM:

Curso Prático de Direito do Trabalho (e-learning)


Curso Prático de Contabilidade e Fiscalidade c/ Informática Aplicada – Módulo de
Processamento de Salários (e-learning)
Curso Prático de Processamento de Salários, IRS e Segurança Social com Informática Aplicada
(e-learning)
Curso Técnico de Contabilidade e Administração Empresarial com Informática Aplicada (e-
learning)
Curso Prático de Gestão Fiscal – IRS, TSU, IVA, IRC, Impostos Diferidos (e-learning)

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