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Tributação em IRS dos Residentes
BASE DO IMPOSTO
O imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) incide sobre o valor anual dos
rendimentos das categorias seguintes, mesmo quando provenientes de atos ilícitos, depois de
efetuadas as correspondentes deduções e abatimentos:
Categoria H - Pensões.
b) As remunerações dos membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas e outras
entidades, devidas por entidades que nele tenham residência, sede, direção efetiva ou
estabelecimento estável a que deva imputar-se o pagamento;
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g) Outros rendimentos de aplicação de capitais devidos por entidades que nele tenham
residência, sede, direção efetiva ou estabelecimento estável a que deva imputar-se o
pagamento;
j) As mais-valias resultantes da alienação dos bens referidos na alínea c) do n.º 1 do artigo 10.º,
quando nele tenha sido feito o registo ou praticada formalidade equivalente;
l) As pensões devidas por entidade que nele tenha residência, sede, direção efetiva ou
estabelecimento estável a que deva imputar-se o pagamento;
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Critério da permanência
São residentes em território português as pessoas que, no ano a que respeitam os rendimentos:
a) Hajam nele permanecido mais de 183 dias, seguidos ou interpolados, em qualquer período
de 12 meses com início ou fim no ano em causa;
b) Tendo permanecido por menos tempo, aí disponham, num qualquer dia do período referido
na alínea anterior, de habitação em condições que façam supor intenção atual de a manter e
ocupar como residência habitual;
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Considera-se como dia de presença em território português qualquer dia, completo ou parcial,
que inclua dormida no mesmo.
Como regra geral, os sujeitos passivos são considerados residentes sempre que tenha havido a
permanência, no território português, durante mais de 183 dias, contados em qualquer período
de 12 meses começando ou terminando no ano em questão, considerando-se igualmente dias
parciais. Tendo permanecido por menos tempo, poderão considerar-se residentes se, em
qualquer período de 12 meses, começando ou terminado no ano em causa, dispuserem de
habitação em condições que façam supor a intenção de a manter e ocupar como residência
habitual (artigo 16.º do CIRS).
Residência parcial: em relação ao não residente que vem para território português, um
sujeito passivo que se torne residente pelos critérios da permanência, nesse ano, pode
ser considerado como não residente de 1 de janeiro até ao dia anterior à sua chegada e
como residente desde o dia da sua chegada até 31 de dezembro (residência fiscal
parcial), salvo quando tenha sido considerado como residente em qualquer dia do ano
anterior, caso em que é residente desde o primeiro dia do ano.
1 - Para efeitos do CIRS, considera-se que no ano a que respeitam os rendimentos as pessoas
residentes no território português são residentes numa região autónoma quando permaneçam
no respetivo território por mais de 183 dias.
2 - Para que se considere que um residente em território português permanece numa região
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autónoma, para efeitos do número anterior, é necessário que nesta se situe a sua residência
habitual e aí esteja registado para efeitos fiscais.
3 - Quando não for possível determinar a permanência a que se referem os números anteriores,
são considerados residentes no território de uma região autónoma os residentes no território
português que ali tenham o seu principal centro de interesses, considerando-se como tal o local
onde se obtenha a maior parte da base tributável, determinada nos seguintes termos:
4 – São havidas como residentes no território de uma região autónoma as pessoas que
constituem o agregado familiar, desde que aí se situe o principal centro de interesses, nos termos
definidos no número anterior.
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― Mas se parte dos rendimentos englobados vierem a ser tributados a 14,5% e outra
parte em escalões com taxas superiores, tudo dependerá da conjugação da poupança
conseguida na tributação à taxa do primeiro escalão com o agravamento verificado na
tributação à taxa de 28,5% e, eventualmente, de 37%.
11. RENDIMENTOS SUJEITOS A TAXAS ESPECIAIS, as taxas especiais de IRS estão
previstas no artigo 72.º do Código. São taxas proporcionais que se aplicam sobre
rendimentos de declaração obrigatória na modelo 3 de IRS. Alguns destes até podem ter
sido sujeitos a retenção na fonte, mas esta é feita a título provisório. Nunca a título
definitivo.
12. Há que distinguir bem taxas liberatórias de taxas especiais: taxas liberatórias são
taxas de retenção na fonte, que se aplicam aquando do pagamento dos rendimentos
para os tributar, em princípio, a título definitivo, ficando por isso dispensados de inclusão
na declaração de IRS; as taxas especiais são aplicadas apenas no momento da
liquidação do IRS feita pela AT, sobre rendimentos de declaração obrigatória.
13. Consultando o artigo 72.º do CIRS verificamos quais os rendimentos sujeitos a taxas
especiais e, por isso, dispensados de englobamento. Estes rendimentos, se obtidos por
sujeitos passivos residentes, podem ser englobados por opção dos mesmos, com
exceção das gratificações auferidas pela prestação ou em razão da prestação de
trabalho, quando não atribuídas pela entidade patronal nem por entidade que com esta
mantenha relações de grupo, domínio ou simples participação, independentemente da
respetiva localização geográfica.
14. Na opção de englobamento de rendimentos sujeitos a taxas especiais aplica-se a
regra já referida que obriga ao englobamento de todos os rendimentos da mesma
categoria. Daqui resulta que atualmente a opção faz-se categoria a categoria.
15. Um sujeito passivo pode perfeitamente optar por englobar rendimentos de lucros (que
foram sujeitos a retenção a taxa liberatória) e não englobar rendimentos prediais ou de
mais-valias (sujeitos a taxas especiais) que tenha obtido no mesmo ano.
16. Na opção de englobamento de rendimentos referidos no artigo 72.º (Taxas
Especiais) o valor a englobar será sempre o mesmo que está sujeito às taxas
especiais, pelo que a análise da vantagem ou desvantagem do exercício da opção deve
fazer-se atendendo aos cenários equivalentes já explicados.
17. Mas deve ser tido em conta um fator adicional e pouco conhecido. O IRS resultante
da aplicação das taxas especiais não é considerado coleta, pelo que não beneficia das
deduções à coleta previstas no artigo 78.º do CIRS, exceto as relativas a retenções na
fonte.
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18. Em sujeitos passivos que só obtenham rendimentos sujeitos a taxas especiais, pode
ser vantajoso englobá-los, mesmo que tributados por exemplo a 37%, pois dependendo
do montante de deduções à coleta existentes o valor final de IRS apurado pode ser
inferior.
19. Mesmo em sujeitos passivos que tenham algum rendimento de englobamento
obrigatório, este efeito positivo também pode verificar-se no caso de a coleta gerada por
estes ser inferior ao montante de deduções potenciais.
20. RENDIMENTOS DE ENGLOBAMENTO OBRIGATÓRIO: O CIRS não nos indica
explicitamente quais os rendimentos de englobamento obrigatório. Como referimos, a
regra geral é que o rendimento coletável em IRS é o que resulta do englobamento dos
rendimentos das várias categorias auferidas em cada ano. Mas depois é apresentada a
exclusão desta regra geral de englobamento para os rendimentos referidos nos artigos
71.º e 72.º.
21. Por isso, a forma de perceber quais são os rendimentos de englobamento obrigatório
passa por identificar quais os que estão sujeitos a taxas liberatórias e a taxas especiais
para, por exclusão, concluir quais os que não estão afastados de englobamento,
precisamente por não serem referidos nos artigos 71.º e 72.º. Assim, serão de
englobamento obrigatório todos os rendimentos previstos no CIRC desde que não
mencionados nestes dois artigos.
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Tributação em IRS dos Residentes
= Coleta (1)
= IRS relativo a taxas especiais (2)
Bibliografia
RICARDO, Joaquim, Direito Tributário Anotado e Remissivo, 24.ª Edição, 2021, VidaEconómica
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