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15/02/2023 08:59 IR - DECLARAÇÕES FISCAIS - DIRF

Informativo 0 - Página 0 - Ano 2023

DIRF 2023

OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO

Por meio da Dirf (Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte), as pessoas físicas e jurídicas
informam à Receita Federal os rendimentos que pagaram ou creditaram no ano-calendário anterior, por si ou
como representantes de terceiros, os respectivos beneficiários, o valor do Imposto de Renda e das
contribuições retidos na fonte, incidentes sobre os rendimentos pagos ou creditados, bem como os
pagamentos a planos de assistência à saúde, coletivo empresarial. Essas informações são cruzadas com o
informado pelo beneficiário em sua declaração.

Estão obrigadas a apresentar a Dirf 2023 as seguintes pessoas que pagaram ou creditaram rendimentos
com retenção do Imposto de Renda na fonte, ainda que em um único mês, no ano-calendário de 2022:
a) estabelecimentos matrizes de pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no Brasil, inclusive as
imunes ou isentas;
b) pessoas jurídicas de direito público, inclusive os fundos especiais referidos no artigo 71 da Lei 4.320/64,
constituído do produto de receitas especificadas que por lei se vinculam à realização de determinados
objetivos ou serviços;
c) filiais, sucursais ou representações de pessoas jurídicas com sede no exterior;
d) empresas individuais;
e) caixas, associações e organizações sindicais de empregados e empregadores;
f) titulares de serviços notariais e de registro;
g) condomínios de edifícios;
h) pessoas físicas;
i) instituições administradoras ou intermediadoras de fundos ou clubes de investimentos; e
j) órgãos gestores de mão de obra do trabalho portuário.
Também estão obrigados à apresentação da Dirf 2023 os candidatos a cargos eletivos, inclusive vices e
suplentes e as pessoas físicas e jurídicas na condição de sócio ostensivo de sociedade em conta de
participação, ainda que os rendimentos pagos não tenham sofrido retenção do imposto.

(Decreto 9.580/2018 – Regulamento do Imposto de Renda – Arts. 974 e 979; Instrução Normativa
1.990 RFB/2020 – Art. 2º, Incisos I, e II, alíneas “b” e “d”.)

Retenção de Contribuições
Ficam também obrigadas à apresentação da Dirf as pessoas jurídicas que tenham efetuado retenção, ainda
que em um único mês do ano-calendário a que se referir a Declaração, da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido, da Cofins e do PIS/Pasep sobre pagamentos efetuados a outras pessoas jurídicas de direito
privado, na forma dos artigos 30, 33 e 34 da Lei 10.833/2003.

Da mesma forma, deverão apresentar a Dirf, as pessoas jurídicas fabricantes de máquinas, implementos e
veículos classificados nos códigos 73.09, 7310.29, 7612.90.12, 8424.81, 84.29, 8430.69.90, 84.32, 84.33,
84.34, 84.35, 84.36, 84.37, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05, 87.06 e 8716.20.00 da Tipi, bem como as
fabricantes de peças, componentes ou conjuntos destinados a estes produtos, que efetuaram a retenção na
fonte do PIS/Pasep e da Cofins nos pagamentos à pessoa jurídica pela aquisição das autopeças constantes
dos Anexos I e II da Lei 10.485/2002 (exceto pneumáticos).

(Decreto 9.580/2018 – Regulamento do Imposto de Renda – Arts. 974 e 979; Instrução Normativa
1.990 RFB/2020 – Art. 2º, § 4º.)

Beneficiários Domiciliados no Exterior


Também estão obrigadas à entrega da Dirf as pessoas físicas e jurídicas residentes e domiciliadas no País
que efetuarem pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa à pessoa física ou jurídica residente ou
domiciliada no exterior, ainda que não tenha havido a retenção do imposto, de valores referentes a:
a) aplicações em fundos de investimento de conversão de débitos externos;
b) royalties, serviços técnicos e de assistência técnica;
c) juros e comissões em geral;
d) juros sobre o capital próprio;
e) aluguel e arrendamento;

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f) aplicações financeiras em fundos ou em entidades de investimento coletivo;
g) carteiras de valores mobiliários e mercados de renda fixa ou renda variável;
h) fretes internacionais;
i) previdência complementar e Fapi;
j) remuneração de direitos;
k) obras audiovisuais, cinematográficas e videofônicas;
l) lucros e dividendos distribuídos;
m) cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes no País, em viagens de turismo,
negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais;
n) rendimentos de que trata o artigo 1º do Decreto 6.761/2009, que tiveram a alíquota do Imposto de Renda
reduzida a zero, relativos a:

despesas com pesquisas de mercado, bem como com aluguéis e arrendamentos de estandes e
locais para exposições, feiras e conclaves semelhantes, no exterior, inclusive promoção e
propaganda no âmbito desses eventos, para produtos e serviços brasileiros e para promoção de
destinos turísticos brasileiros;

contratação de serviços destinados à promoção do Brasil no exterior por órgãos do Poder Executivo
Federal;

comissões pagas por exportadores a seus agentes no exterior;

despesas de armazenagem, movimentação e transporte de carga e de emissão de documentos,


realizadas no exterior;

operações de cobertura de riscos de variações, no mercado internacional, de taxas de juros, de


paridade entre moedas e de preços de mercadorias (hedge);

juros de desconto, no exterior, de cambiais de exportação e as comissões de banqueiros inerentes a


essas cambiais;

juros e comissões relativos a créditos obtidos no exterior e destinados ao financiamento de


exportações; e

outros rendimentos pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos a residentes ou


domiciliados no exterior, com alíquota do Imposto de Renda reduzida a zero;

o) demais rendimentos considerados como renda e proventos de qualquer natureza, na forma da legislação
específica.
A obrigatoriedade examinada neste tópico aplica-se, inclusive, aos casos de isenção ou alíquota zero.

(Decreto 9.580/2018 – Regulamento do Imposto de Renda – Arts. 974 e 979; Instrução Normativa 1.990
RFB/2020 – Art. 2º, Inciso II, alínea “c”, §§ 1º e 2º.)

Apresentação por Órgãos ou Entidades Federais


No caso de órgãos da administração pública federal direta, autarquias e fundações da administração pública
federal, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades de cujo capital social sujeito
a voto, a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria, e que recebam recursos do Tesouro Nacional e
estejam obrigadas a registrar a sua execução orçamentária e financeira no Siafi (Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal), também deverão ser incluídas na Dirf informações sobre a
retenção do IR e contribuições efetuada nos pagamentos feitos a pessoas jurídicas, pelo fornecimento de
bens ou prestação de serviços, inclusive quando se tratar de pagamentos a instituições de educação ou de
assistência social que prestem os serviços para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da
população em geral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos (imunes) e
instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os
serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se
destinam, sem fins lucrativos (isentas).

(Decreto 9.580/2018 – Regulamento do Imposto de Renda – Arts. 974 e 979; Instrução Normativa
1.990 RFB/2020 – Art. 3º).

Serviços Notariais e de Registros


No caso de serviços notariais e de registros (cartórios), a Dirf deverá ser apresentada:
a) em nome e mediante o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) da fonte pagadora, no caso dos
serviços mantidos diretamente pelo Estado; e
b) nos nomes e respectivos CPF (Cadastro de Pessoas Físicas), pelos notários, tabeliães ou oficiais de
registro, nos demais casos.

(Decreto 9.580/2018 – Regulamento do Imposto de Renda – Arts. 974 e 979; Instrução Normativa
1.990 RFB/2020 – Art. 2º, § 3º.)
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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Decreto 9.580, de 22-11-2018 – Regulamento do Imposto de Renda –


artigos 974 e 979; Instrução Normativa 1.990 RFB, de 18-11-2020 - artigps 2º e 3º.

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