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Conselho Monetário Nacional - CMN

O Conselho Monetário Nacional – CMN

Criado pela Lei 4.595/1964 em substituição ao Conselho da SUMOC, o


Conselho Monetário Nacional é o órgão normativo máximo do Sistema
Financeiro Nacional, sendo também o organismo responsável
pela fixação das diretrizes das políticas monetária, de crédito e
cambial do país.

É o órgão superior máximo do Sistema Financeiro Nacional e tem a


responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito,
CMN
objetivando a estabilidade da moeda e o desenvolvimento
econômico e social do País.

O CMN sendo órgão normativo, NÃO TEM FUNÇÃO EXECUTIVA, ou seja,


tem função REGULADORA(só manda). Os órgãos que
executam/fiscalizam o sistema financeiro são o Banco Central e a CVM.
A atuação de cada um é delimitada pelo tipo de mercado. Olha só:
O Bacen também atua no mercado de capitais. O CMN definirá as
atividades da Comissão de Valores Mobiliários que devem ser
exercidas em coordenação com o Banco Central do Brasil.

O CMN é composto por 3 MEMBROS, 7 COMISSÕES CONSULTIVAS e


o COMOC. Já caiu em provas, por isso quero que você desde já
memorize os números atinentes a cada um:

1. Membros
O Conselho Monetário Nacional é integrado por 3 membros. O
presidente do CMN será o Ministro da Fazenda.

Todos os conselhos que tiver como integrante o Ministro da


Fazenda, este será o presidente. Além disso, no caso dos membros
do CMN, estes devem ser a própria pessoa indicada, não podendo
se fazer presente por meio de representante.
Antes do Plano Real, o CMN chegou a ter mais de 20 membros. Era
composto por representantes de vários setores da economia. Após o
plano real o CMN foi reestruturado e passou a contar com 3 membros.
Como o CMN é um órgão normativo, suas decisões impactam nos
diversos setores, por isso a quantidade maior de membros era
interessante. Hodiernamente o CMN conta com comissões consultivas
com representantes de diversos setores que o prestam assessoria.

2. Comissões Consultivas
Compete às Comissões Consultivas, dentre outras atribuições, por
solicitação do CMN ou da COMOC, apreciar matérias atinentes às suas
finalidades.
São comissões consultivas:
I - de Normas e Organização do Sistema Financeiro;
II - de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros;
III - de Crédito Rural;
IV - de Crédito Industrial;
V - de Crédito Habitacional, e para Saneamento e Infraestrutura
Urbana;
VI - de Endividamento Público;
VII - de Política Monetária e Cambial."

2.1. Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (COMOC):


Funcionará como órgão de assessoramento técnico para o CMN, na
formulação da política da moeda e do crédito do País e examinará
requerimentos de vantagens fiscais e correlatas cuja concessão dependa
do CMN. Tem 10 membros:
Todos os membros da COMOC terão suplentes, indicados pelos
respectivos Ministros de Estado ou, no caso da Comissão de Valores
Mobiliários, pelo seu Presidente, com direito a voz e voto nas sessões da
Comissão, em caso de ausência dos titulares.
A COMOC reunir-se-á ordinariamente uma vez por
mês e extraordinariamente a qualquer tempo, por convocação do seu
coordenador ou pela maioria de seus membros. Suas reuniões serão
reservadas (não abertas ao público). O quórum para que haja as
reuniões é de, no mínimo, metade mais um de seus membros. Caso o
coordenador esteja ausente, a reunião será conduzida por membro
escolhido pelo colegiado na abertura dos trabalhos.
3. Reuniões
O Conselho realiza reuniões ordinárias uma vez por mês e delibera
mediante resoluções, por maioria de votos, cabendo ao Presidente a
prerrogativa de deliberar, nos casos de urgência e relevante
interesse, ad referendum dos demais membros. Ad referendum quer
dizer que o Presidente do Conselho pode, nos casos de urgência e
relevante interesse, decidir em nome do CMN e, posteriormente, essa
decisão será submetida a apreciação dos demais membros do Conselho
na primeira reunião que se seguir àquela deliberação.
As resoluções aprovadas pelo CMN são normativos de caráter público,
sempre divulgado no Diário Oficial da União (DOU) e na página de
normativos do Banco Central do Brasil (BACEN).

Dizer que o Conselho delibera mediante maioria dos votos é


sinônimo de que o CMN é um órgão colegiado, ou seja, as
decisões são tomadas em conjunto [por maioria dos votos].

4. Objetivos do Conselho Monetário


Os objetivos da política fiscal do CMN deve ser coordenada com a
política de investimentos do Governo Federal.

As questões de prova tendem, em regra, tratar objetivos e


competências como sendo tudo a mesma coisa. Apesar de não
estar correto, não somos nós que iremos discutir com a banca.

Quando nós tratamos dos objetivos, competências e atribuições,


devemos nos basear na lei 4595/64. Então vamos fazer assim. Vamos
apresentar o texto de lei e em seguida tecer os comentários
necessários.
I - Adaptar o volume dos meios de pagamento as reais
necessidades da economia nacional e seu processo de
desenvolvimento;

Um exemplo ajuda a entender: imagine que neste ano você queira


comprar um carro novo e uma casa nova e, para que isto ocorra, a
primeira pergunta que se deve fazer é, terei aumento em minha renda
para aumentar meu patrimônio? Volume dos meios de pagamento não é
necessariamente o dinheiro. Pode ser que as “contas regulares” por si
só já o ensejem. Então, em uma economia dinâmica, cabe ao CMN
ajustar os meios de financiamento da economia as reais necessidades ao
seu processo de desenvolvimento.

Nós veremos vários objetivos e competências. Pela infinidade, é bem provável que você
esqueça. Então, saiba que o CMN não tem função executiva, apenas estabelece as
normas as diretrizes. Por isso preste atenção ao verbo. Se o verbo é de quem é regular,
adaptar, orientar (ou verbos nesse sentido), está ligado ao CMN. Se o verbo de execução,
não é do CMN. Ou é do Bacen ou do CVM. Aí, caro aluno, para diferenciar entre estes,
se for uma atribuição ligada ao mercado de valores mobiliários, é da CVM.

II - Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo


ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de
origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros
desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais;
Imagine que todo mês você vai ao mercado com R$ 300,00. E todo mês
você consegue com essa mesma quantia comprar menos mercadorias.
Nesse contexto, os preços subiram, ou seja, a moeda vale menos, o
poder de compra desse dinheiro está menor. Cabe ao CMN definir
quanto o dinheiro vale, tomando decisões relativas ao comportamento
da inflação.
O CMN define um intervalo para o comportamento da inflação. O
método utilizado é o sistema de metas de inflação, criado em 1999. Sua
importância está em fornecer uma forma de medição de tal forma a
corrigir o capital da desvalorização e os salários da perda de poder
aquisitivo. O funcionamento do sistema de Metas é simples. O governo
escolhe um índice oficial de preços para ser seu balizador, no nosso
caso o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e depois estipula a
meta ou nível de inflação a ser perseguida com um intervalo de
tolerância, ou uma folga para ajustamento.
PRESTA BASTANTE ATENÇÃO!
O regime de metas para a inflação é um regime monetário no qual o banco central se
compromete a atuar de forma a garantir que a inflação efetiva esteja em linha com uma
meta pré-estabelecida, anunciada publicamente.

Quando a meta é dada, o Banco Central passa a trabalhar em função de


atingi-la e utiliza a taxa de juros como ferramenta de condução. Caso a
meta não seja alcançada, o Banco Central é obrigado a se desculpar
com o Ministro da Fazenda, mediante carta aberta que precisa
apresentar o motivo de não tê-la atingido, que providências irá tomar
para cumprir seu objetivo e em quanto tempo pretende realizar estas
práticas
Desde 2005 a meta para a inflação anual é de 4,5% com intervalo de
tolerância de menos 2% para cima ou para cima ou para baixo. Esse
controle da quantidade de moeda na sociedade é extremamente
importante. Se não for controlado, ocorrem surtos inflacionários ou
deflacionários.
Ocorre quando há excesso de dinheiro na sociedade. Efeitos:
INFLAÇÃO
desvalorização da moeda e alta geral de preços
Ocorre quando há falta de dinheiro na sociedade.
DEFLAÇÃO
Efeitos: supervalorização da moeda e por baixa geral de preços.

A depressão econômica é a estagnação da economia, diminuindo a


circulação da riqueza e acarretando em desemprego. Os desequilíbrios
oriundos de fenômenos conjunturais é, por exemplo, a operação Laja
Jato que vem ocorrendo no país. Essa operação desmascarou uma
corrupção sistêmica em várias escalas do governo de modo que a
confiança do investidor diminuiu, rebaixando o “grau de investimento”
no Brasil.

III - Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço


de pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização dos
recursos em moeda estrangeira;
Quando falamos em valor externo não estamos falando da taxa de
câmbio, pois esta é definida pelo mercado [adota-se no Brasil o regime
flutuante de câmbio]. Regular o valor externo da moeda é uma
estratégia para garantir o balanço de pagamentos. Em linhas gerais,
Balanço de Pagamentos é o registro sistemático das transações
econômicas, durante um dado período de tempo, entre os seus
residentes e os residentes do resto do mundo.
No Brasil, o responsável pela elaboração do Balanço de Pagamento (PB)
é o Banco Central do Brasil (BCB). Esse cálculo é feito com base em
duas grandes contas: a conta de Transações Correntes (também
conhecida como Conta Corrente) e a conta Capital e Financeira. A conta
Transações Correntes está dividida em quatro subcontas: Balança
Comercial, Serviços, Rendas e Transferências Unilaterais Correntes. A
conta Capital e Financeira está dividida em duas subcontas: conta
Capital e conta Financeira, sendo a última subdividida em Investimento
Direto, Investimentos em Carteira, Derivativos e Outros Investimentos.
TRANSAÇÕES CORRENTES
Balança comercial é um termo econômico
que representa as importações e exportações
de bens entre os países.

Dizemos que a balança comercial de um


determinado país está favorável, quando
este exporta (vende para outros países) mais
do que importa (compra de outros países).
BalançaComercial Do contrário, dizemos que a balança
comercial é negativa ou desfavorável.

A balança comercial favorável apresenta


vantagens para um país, pois atrai moeda
estrangeira, além de gerar empregos dentro
do país exportador.

Conta do Balanço de Pagamentos de um


país onde são registradas determinadas
transações com o exterior.
É dividida em Serviços de Fatores - onde
são contabilizados os pagamentos efetuados
e recebidos do exterior derivados dos
Serviços fatores de produção, como lucros, salários,
juros e dividendos -, e Serviços de Não
Fatores - onde são levados em conta os
pagamentos e recebimentos de fretes e
seguros dos produtos importados, gastos
com viagens internacionais, royalties,
direitos autorais e serviços governamentais.
Salários e ordenados: pagamentos
(despesas) a empregados não-residentes que
Rendas
prestam serviços no país e recebimentos
(receitas) de empregados residentes que
prestam serviços no resto do mundo.
Renda de investimentos: remessas
(despesas) de rendas de capitais
estrangeiros e recebimentos (receitas)
auferidas por capitais nacionais no resto do
mundo.
Donativos e subsídios, ou seja, pagamentos
e recebimentos que não têm contrapartida
de compra e venda de bens ou serviços.
Destacam-se: recursos destinados a
reparações de guerra, transferências de
legados e heranças, doações particulares e
Transferências governamentais em bens ou dinheiro,
Unilaterais pagamentos de pensões a cidadãos
nacionais residindo no exterior, ajudas de
indivíduos, de entidades filantrópicas e de
governos a populações afetadas por
calamidades naturais (ajuda humanitária), e
remessas enviadas por migrantes que
trabalham no exterior.

CONTA CAPITAL E FINANCEIRA


Reflete um interesse duradouro de um residente
de uma economia (investidor direto) em uma
entidade residente em outra economia (empresa
de investimento direto). Quando uma empresa
Investimento
estrangeira decide se instalar no Brasil, ela faz
Direto
investimentos diretos construindo uma fábrica
nova. Portanto, a expectativa de lucro, o vigor da
economia brasileira e as oportunidades de novos
negócios atraem esse tipo de investimentos.
Os investimentos em carteira referem-se às
transações com títulos de crédito que ocorrem
Investimento comumente em mercados secundários. Dividem-
se, grosso modo, em títulos de participação no
Financeiro capital e títulos de dívida, negociados ou
negociáveis em mercados organizados e outros
mercados financeiros. Exemplos: ações
negociadas em bolsas de valores, operações de
troca de dívidas, derivativos financeiros.

Em síntese, um balanço de pagamentos é a expressão, tanto de


condições conjunturais quanto estruturais, de uma economia nacional e
está fortemente associado ao nível de desempenho da economia como
um todo, à forma com que os recursos produtivos de uma nação são
utilizados e ao comportamento de seus consumidores, de seus agentes
produtivos e do governo (FEIJO et al., 2003, p. 141).
Em síntese, guarde os conceitos chave:
A atuação do CMN é no sentido de manter o equilíbrio dessas contas,
nem demais, nem de menos. Estando o balanço de pagamentos
superavitários (saldo positivo) esse dinheiro vai para a RESERVA CAMBIAL
(atualmente o país tem aproximadamente 350 bilhões de dólares em
reserva).
Essa reserva é importante principalmente em cenário de crise,
pois ter dólares em reserva deixa o país independente (não
depende de outros países) para saldar os compromissos no
exterior. Por exemplo, quando há necessidade de troca de Reais
por Dólares é necessário que haja dólares disponíveis para a troca.
Apesar de ser essencial ao país manter essa reserva cambial
representa custo. O Banco Central compra os dólares pagando a
taxa de juros do mercado, que hoje está em torno de 14% ao ano.
Ocorre que as reservas do país estão em uma parte em euro, um
pouco em ouro e a maior parte em dólares e, essa parcela de
dólares está investido em títulos do tesouro americano e são
remuneradas a base de 3% ao ano.

Já o controle externo é certa harmonia entre a moeda nacional e as


estrangeiras. Isto nos remete à política cambial. Existe uma influência
reciproca da política monetária e política cambial, pois não se pode
conceber a valorização interna da moeda e sua desvalorização quanto às
externas.
IV - Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras,
quer públicas, quer privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes
regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da
economia nacional;
O Conselho Monetário Nacional incentiva as instituições financeiras
privadas a conceder crédito para determinados setores (ou mesmo
regiões) a fim de fomentar o desenvolvimento nacional. Observe que o
CMN orienta, não é uma determinação.
Já no caso das empresas públicas (CEF, BB, BNDES etc.) essa orientação
é mais uma determinação, pois é o próprio governo que é controlador
dessas instituições.

V - Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos


financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e
de mobilização de recursos;
Vimos recentemente a crise econômica na Grécia. Durante as tentativas
de acordo com as instituições internacional e com a comunidade
europeia, os bancos ficaram fechados. No Brasil também já vivenciamos
isso. Depois da década de 80 tivemos diversos planos econômicos (plano
verão, plano Bresser, plano Collor etc) e, sempre na véspera de seu
anúncio, decretavam recesso bancário.
E por que isso? Com o medo de perder o dinheiro, havia uma corrida aos
bancos para sacar o dinheiro. Como já vimos, a moeda em circulação é
muito maior do que a existente (multiplicador bancário). Então,
nenhum sistema financeiro no mundo comporta um saque simultâneo
por todas as pessoas. Além de quebrar o banco, quebra a economia.
Mas onde quero chegar? Antigamente o meio de pagamento era feito
pela troca. Já foi usado o sal, gado e também os metais (ouro, prata
etc). Tínhamos aí vários problemas: imagine você carregar por aí um
lingote de ouro...além de pesado, o risco de roubo é muito grande.
Antigamente também era assim, e então foram criadas as CASAS DE
DEPÓSITO. Lá você depositava e recebia um Certificado, que depois foi
transformado em papel moeda. Esse papel em si não tinha valor,
somente valeria se tinha o respectivo lastro em metais lá nas casas de
depósito.
Na segunda guerra mundial o governo americano, em virtude da grande
necessidade de moeda, restringiu esse lastro, ou seja, não precisava
mais dessa conversibilidade. Os governos passaram a garantir os
depósitos (la garantia soy yo).
Hodiernamente também não existe esse lastro. Se pegarmos todos os
valores depositados nos bancos e for comparar o que tem de papel
moeda nos cofres, essa quantidade não é suficiente para todos os
saldos. Hoje trabalha-se com a reserva fracionada (só tem em papel
moeda uma fração do saldo em conta). Esse é um dos motivos do porque
existe tanto incentivo para o uso dos cartões, seja débito ou crédito,
pagamentos online, pagamentos no caixa eletrônico etc.
É nesse sentido que age o CMN aperfeiçoando as instituições e os
instrumentos de pagamento. Criando novos e mais confiáveis
instrumentos financeiro de remessas de valor, de liquidação de
operações, de registro, de transferência, de pagamento de contas, de
controles internos etc. O objetivo é propiciar mais eficiência no sistema
financeiro.

VI - Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;


As instituições financeiras devem ter dinheiro para cumprir suas
obrigações [liquidas], e terem mais ativos que passivos [solvência].
Disponibilidade de dinheiro (honrar
LIQUIDEZ
saques)
Refere-se à saúde da instituição. O
SOLVÊNCIA
patrimônio da empresa

VII - Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal


e da dívida pública, interna e externa.
Em virtude de seu envolvimento no cenário econômico, atribuições,
atuação e também pela sua composição, o CMN transformou-se num
verdadeiro conselho de política econômica.
Dependendo da situação. A política creditícia poderá ser:
 RESTRITIVA: Desestímulo à concessão de crédito. Há também aumento
das taxas de juros. Ocorre quando há necessidade de combater a
inflação.
 EXPANSIVA: Promoção à concessão de crédito. Redução das taxas de
juros. Ocorre quando não há ameaças de inflação e busca-se
crescimento econômico.
Outro ponto importante é a diferença entre resultado primário e
resultado nominal. O resultado das contas públicas é a diferença entre
a arrecadação e o gasto público. Resultado primário exclui das despesas
as obrigações com juros da dívida pública, enquanto o resultado
nominal inclui o gasto com juros. A dívida pública existe porque o
resultado nominal (total da arrecadação menos total das despesas) é
deficitário há muitos anos.
Memorize isso porque pode ser muito útil na prova:

Segundo NEWLANDS, “o objetivo da atual política fiscal, orçamentária e


da dívida pública, consolidada desde o governo Fernando Henrique e
mantido nos dois mandatos do governo Lula e Dilma, é a obtenção de
superávit primário, ou seja, resultado primário positivo. Esta filosofia
parte do pressuposto de que, se o Estado arrecadar mais do que gasta
com suas despesas correntes e de investimento (excluindo os juros da
dívida), o saldo positivo deverá ser utilizado no pagamento dos juros e
até do principal da dívida pública. Com isso, o Estado reduz a
necessidade de refinanciar sua dívida, podendo até reduzi-la no longo
prazo”[1].

Agora vamos dar uma olhada nas competências do CMN. As bancas


invertem os conceitos. Geralmente trocam as competências com as do
Banco Central! Também, fique tranquilo se não entender alguns
conceitos. No decorrer das aulas, todos eles serão, no momento certo,
abordados. Vamos às competências:
Art. 4º Compete ao Conselho Monetário Nacional, segundo diretrizes
estabelecidas pelo Presidente da República:
III - Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central
da República do Brasil, por meio dos quais se estimarão as necessidades
globais de moeda e crédito;
Apesar do Bacen ser uma autarquia e ter autonomia administrativa,
financeira e organizacional, o orçamento relativo ao controle da moeda
tem que ser submetido ao CMN.
V - Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto à
compra e venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de
Saque e em moeda estrangeira.
O Direito Especial de Saque (DES) é composto por uma cesta de moedas
que inclui o dólar, o euro, a libra e o iene. É um ativo de reserva
internacional emitido pelo Fundo Monetário Internacional. O DES pode
complementar as reservas oficiais dos países-membros. Esses países
também podem efetuar entre si trocas voluntárias de DES por moedas.

VI - Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações


creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e
prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras;
O CMN, órgão máximo do SFN, estabelece as diretrizes para as
operações de todo tipo crédito no Brasil. Um exemplo é quando o
cidadão, apesar de já ter emprego fixo, renda etc., não consegue um
empréstimo devido ao teto estabelecido pelo CMN, que atualmente é de
30% da renda. Ou mesmo os prazos de concessão de empréstimos.

VIII - Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que


exercerem atividades subordinadas a esta lei, bem como a aplicação das
penalidades previstas;
Para a criação de uma nova instituição financeira é imposto uma série
de documentos. São de diversas naturezas, abrangendo aspectos
jurídicos societários, aspectos mercadológicos, aspectos de gestão
organizacional e aspectos técnicos da regulamentação vigente, que
disciplina as atividades de todas as instituições do SFN.
Mas cuidado, não é o CMN que fiscaliza e aplica penalidades. Isso
compete as instituições de supervisão, BACEN e CVM. Assim, o CMN vai
baixar as normas e os órgãos de fiscalização irão fazer cumprir.
Imagine que um grupo de investidores queira montar uma corretora.
Bem, corretora atua no ramos de ações, então estará subordinada a
CVM.
Como funciona então para que essa empresa possa ser constituída? Os
investidores juntam a documentação e entregam onde? Direto na CMN?
Não... então, na CVM? Também não. Para toda e qualquer instituição
financeira a ser constituída no país, a porta de entrada é o Banco
Central que vai autorizar a constituição. Agora, o exercício da atividade
vai depender de autorização da CVM.
O Conselho Monetário Nacional, no exercício das atribuições previstas
neste inciso, poderá determinar que o Banco Central da República do
Brasil recuse autorização para o funcionamento de novas instituições
financeiras, em função de conveniências de ordem geral.

IX - Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos,


comissões e qualquer outra forma de remuneração de operações e
serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco
Central da República do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos
financiamentos que se destinem a promover:
Recuperação e fertilização do solo; reflorestamento; combate a
epizootias e pragas, nas atividades rurais; eletrificação rural;
mecanização; irrigação; investimentos indispensáveis às atividades
agropecuárias;
Lembre-se: o CMN coordena as políticas monetária e creditícia. Essa
mesma política inclui a promoção de alguns setores essenciais, como
visto acima o setor agropecuário. Porém, pode também limitar essas
condições a outros setores da economia.

X - Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições


financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de
empresas;
Isso é até uma questão lógica: Destinar recursos a um único cliente gera
um risco muito grande ao Sistema Financeiro. Por exemplo, os grandes
volumes de empréstimos destinados as empreiteiras ligadas a Operação
Laja Jato. Essas empreiteiras prestavam serviços a Petrobrás. Com as
investigações, as obras foram suspensas e as empreiteiras deixaram de
receber e, consequentemente, deixaram de honrar seus compromissos.
Por isso a pulverização do recursos é essencial. Diminui o risco.
XII - Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem
observadas pelas instituições financeiras;
Até 1987 cada instituição seguia um tipo de contabilidade, ou seja, era
uma bagunça geral, pois não havia uma padronização para os
integrantes do SFN. Visando organizar a casa, o Banco Central baixou a
Circular 1.273 unificando os planos contábeis a fim de uniformizar os
registros e demonstrações financeiras das instituições. É o famoso
COSIF: Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional.
As normas consubstanciadas Plano Contábil do COSIF têm por objetivo
uniformizar os registros contábeis dos atos e fatos administrativos
praticados, racionalizar a utilização de contas, estabelecer regras,
critérios e procedimentos necessários à obtenção e divulgação de
dados, possibilitar o acompanhamento do sistema financeiro, bem como
a análise, a avaliação do desempenho e o controle, de modo que as
demonstrações financeiras elaboradas, expressem, com fidedignidade e
clareza, a real situação econômico–financeira da instituição e
conglomerados financeiros.
As normas do COSIF aplicam–se aos bancos comerciais, bancos de
desenvolvimento, bancos de investimento, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de arrendamento mercantil,
sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, sociedades de crédito
imobiliário, associações de poupança e empréstimo, caixas econômicas
e cooperativas de crédito

Professor, acho que o senhor está enganado. Acabou de dizer que


é competência do CMN, e agora fala que o Bacen baixou uma
norma regularizando? Isso mesmo! Em 1978 essa competência foi
delegada ao BACEN, porém o inciso contínua vigente na Lei
4.595/64, ou seja, quando o CMN delegou não perdeu essa
competência.

XI - Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes,


mobilizações e outras relações patrimoniais a serem observadas pelas
instituições financeiras;
XIII - Delimitar, com PERIODICIDADE NÃO INFERIOR A DOIS
ANOS o capital mínimo das instituições financeiras privadas, levando
em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e
agências ou filiais;
Isso faz parte da regulação sistêmica e prudencial no setor bancário.
Basicamente é o risco operacional no sentido que o banco não corra o
risco de falência, seja pelo curso normal de suas atividades, seja por
fraude.

XIV - Determinar recolhimento de até 60% do total dos depósitos e/ou


outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de
subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional ou compra de
títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em
espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, na
forma e condições que o Conselho Monetário Nacional determinar.
Aqui temos o Recolhimento Compulsório. Observe que é ATÉ 60% de
qualquer depósito. Cada banco tem uma conta no Banco Central. Por
exemplo, o Banco do Brasil é o 001, a Caixa é o 104 e assim vai. Essa
conta é chamada de reserva bancária e funciona como uma conta
corrente. Quando há muito dinheiro no mercado, o CMN pode reter uma
parcela desse dinheiro, com o objetivo de reduzir a velocidade de
criação da moeda escritural e evitar surto inflacionário.
O recolhimento compulsório é um instrumento da Política Monetária. E
cabe a quem a execução da Política Monetária? Isso mesmo, ao BACEN.
Por isso o CMN delegou ao BACEN definir a taxa de recolhimento
compulsório até 100% dos depósitos à vista. Temos então duas entidades
com a mesma competência. OK?
Na hora da prova isso é valioso, pois, a depender do percentual, ou é
CMN ou é BACEN.

O CMN pode ainda adotar percentuais diferentes ou então até o não


recolhimento. Vejamos as hipóteses:
Adotar percentuais diferentes em função
 Das regiões geoeconômicas;
 Das prioridades que atribuir às aplicações;
 Da natureza das instituições financeiras;
Determinar percentuais que não serão recolhidos
 Desde que tenham sido reaplicados em financiamentos à agricultura,
sob juros favorecidos e outras condições fixadas pelo CMN.
XVII - Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as
operações de redesconto e de empréstimo, efetuadas com quaisquer
instituições financeiras públicas e privadas de natureza bancária;
Redesconto é a operação de concessão de um empréstimo por parte de
um Banco Central a um banco comercial, para resolver situações de
dificuldades de caixa a curtíssimo prazo.
Os bancos captam dinheiro dos agentes superavitários e empresta ao
agentes deficitários. Essas operações acontecem diariamente.
Suponhamos que em certo dia o banco captou e não conseguiu
emprestar esse dinheiro a um cliente. O banco central então capta esse
montante, porém paga uma taxa muito menor do que se o banco
emprestasse a um cliente. É quase como uma taxa punitiva.
Agora, digamos que um banco vai efetuar um empréstimo a um cliente
mas não tem dinheiro em caixa. O que ele vai fazer é tentar,
primeiramente, realizar um empréstimo com outro banco que tem
dinheiro em caixa. Essa operação chama-se de interbancária. Isso é bom
para os dois bancos, pois, no SFN existe o sistema de “zeragem
automática”. Se o banco não emprestar na rede, o banco central capta
e pagar a juros muito menores e o banco que está com déficit de caixa
vai pagar um juro menor do que se pegar do Bacen.
Bem, se o banco não conseguir captar na rede ou realizar uma operação
interbancária, aí então entra o Banco Central e realiza o empréstimo de
liquidez, também chamada de redesconto, que serve para que o banco
honre os pagamentos daquele dia.
A operação de redesconto gera um risco ao Banco Central, pois digamos
que em uma situação extrema o banco que tomou o recurso quebre de
um dia para o outro. O banco central “perde” esse dinheiro. Por isso,
desde 2001 com a lei de responsabilidade fiscal (LC 101/2000) existe
uma RECOMENDAÇÃO que o Bacen evite de fazer, mas não significa que
está impedido de fazer.

XVIII - Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o monopólio das


operações de câmbio quando ocorrer grave desequilíbrio no balanço de
pagamentos ou houver sérias razões para prever a iminência de tal
situação;
Cuidado com esse inciso. Inclusive já foi cobrado em prova. Entregar o
monopólio ao BACEN pelo CMN é uma faculdade, não uma obrigação do
CMN. Não confundamos o termo "outorgar" com a obrigação de
efetivamente ele agir dessa forma. A expressão "outorgar" significa que,
caso o CMN deseje agir dessa forma, o BACEN não poderá se opor.
No caso em voga, o BACEN será o único que poderá exercer operações
de compra e venda de moeda internacional no caso de desiquilíbrio
REAL ou POTENCIAL na entrada e saída de dólares. Isso não significa que
o Bacen vai negociar moeda com pessoa física. O Bacen agiria
discricionariamente, definindo parâmetros para as negociações nesse
ínterim.

XIX - Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central da


República do Brasil em suas transações com títulos públicos e de
entidades de que participe o Estado;
Título Público Federal são exclusivamente os títulos emitidos pelo
Tesouro Nacional e pelo Bacen. O tesouro emite como instrumento de
política fiscal. Já o Bacen emite títulos como instrumento da política
monetárias.
Do ponto de vista da política monetária, a emissão de títulos visa gerir a
própria política monetária. Do ponto de vista da política fiscal, o
tesouro emite títulos é uma forma de captar recursos devido a déficits
orçamentários.

CAIU EM PROVA!
O Bacen, apesar da legislação autorizar a emissão de títulos
públicos de responsabilidade própria, desde a lei de
responsabilidade fiscal (2002), não pode mais emitir títulos.
Então presta atenção. Apesar de não emitir mais títulos, o Bacen
ainda tem essa competência. Atualmente “só o Tesouro Nacional
emite títulos públicos”.
Agora presta mais atenção ainda: Ainda podem existir títulos do
Banco Central negociáveis no mercado.

E como esse título chega ao mercado?


O título só chega ao mercado através do Bacen. O Tesouro emite,
autorizado pelo Ministério da Fazenda, e o banco central, através de
leilão, vende as instituições.

XXI - Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de


fundos públicos;
Cabe ao CMN disciplinar as atividades de mercado de capitais e das
instituições auxiliares.

XXII - Estatuir normas para as operações das instituições financeiras


públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos
objetivos desta lei;
Para que? Sendo públicas, agem como um braço do governo. Então, o
CMN age “limitando” as atividades para preservar a liquidez destas
instituições.

XXXII - regular os depósitos a prazo de instituições financeiras e demais


sociedades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil,
inclusive entre aquelas sujeitas ao mesmo controle acionário ou
coligadas.
As aplicações mais comuns no mercado financeiro são a Poupança, o
Certificado de Depósito Bancário (CDB), o Recibo de Depósito Bancário
(RDB) e os Fundos de Investimento.

XXXI - Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive


swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras condições.
O Conselho Monetário Nacional baixa normas regulamentares ao
mercado de câmbio, porém quem atua diretamente no mercado é o
Banco Central. O que acontece então? As resoluções editadas pelo CMN
são “genéricas”. O Bacen então, dentro do que foi baixado nessa
resolução edita cartas-circulares, que também é uma atividade
reguladora. Temos então dois órgãos que regulam. Então é o seguinte: o
CMN Regula. O Bacen, regula e fiscaliza.
Swap é a concessão de empréstimos recíprocos entre bancos, em
moedas diferentes e com taxas de câmbio idênticas, frequentemente
usada para antecipar recebimentos em divisas estrangeiras. O swap de
câmbio é o contrato em que se troca o principal e os juros em uma
moeda pelo principal mais os juros em outra moeda.
I - Autorizar as emissões de papel-moeda as quais ficarão na prévia
dependência de autorização legislativa quando se destinarem ao
financiamento direto pelo Banco Central do Brasil, das operações
de crédito com o Tesouro Nacional.
O Conselho Monetário Nacional pode ainda autorizar o Banco
Central do Brasil a emitir, anualmente, até o limite de 10% dos
meios de pagamentos existentes a 31 de dezembro do ano anterior,
para atender as exigências das atividades produtivas e da circulação
da riqueza do País, devendo, porém, solicitar autorização do Poder
Legislativo, mediante Mensagem do Presidente da República, para
as emissões que, justificadamente, se tornarem necessárias além
daquele limite.
Quando necessidades urgentes e imprevistas para o financiamento
dessas atividades o determinarem, pode o Conselho Monetário
Nacional autorizar as emissões que se fizerem indispensáveis,
solicitando imediatamente, através de Mensagem do Presidente da
República, homologação do Poder Legislativo para as emissões
assim realizadas;
II - Estabelecer condições para que o Banco Central da República do
Brasil emita moeda-papel de curso forçado, nos termos e limites
decorrentes desta Lei, bem como as normas reguladoras do meio
circulante;
IV - Determinar as características gerais das cédulas e das moedas;
§ 3º As emissões de moeda metálica serão feitas sempre contra
recolhimento de igual montante em cédulas.
Tome cuidado aqui! O CMN autoriza a emissão, mas quem emite
moeda é o Banco Central. Anualmente, o CMN pode autorizar o BACEN
a emitir 10% a mais de meios de pagamento do que havia no fim do ano
anterior, mas para isso precisa pedir autorização ao Congresso
(Senadores e Deputados Federais).
Dizer que o papel-moeda é de curso forçado, é dizer que o mesmo não
pode ser recusado como forma de pagamento, ou seja, é dinheiro vivo.
Existem diversos locais que não aceitam cheque, nem mesmo cartão de
crédito, pois estes são o que chamamos de “formas de pagamento não
obrigatória” (não forçada). Agora, quando temos dinheiro em mãos,
esse tipo de moeda não pode ser recusado como forma de pagamento. É
de curso forçado!
O CMN é também quem define as características do dinheiro. Se
decidirem colocar a foto da presidente Dilma, assim o farão.
XXVIII - Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País
as mesmas vedações ou restrições equivalentes, que vigorem nas
praças de suas matrizes, em relação a bancos brasileiros ali
instalados ou que nelas desejem estabelecer-se;
Funciona assim: Caso um bancos brasileiros instalados na Europa tenham
sua atividade limitada ou operações vedadas, o CMN aplicará os mesmos
limites e vedação aos bancos europeus aqui instalados.
Existem também algumas outras competências do CMN. Estas delimitam
mais a parte de organização do CMN e do BACEN. Vejamos:
XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, até o último dia
do mês subsequente, relatório e mapas demonstrativos da aplicação
dos recolhimentos compulsórios,
XXIV - Decidir de sua própria organização; elaborando seu regimento
interno no prazo máximo de trinta (30) dias;
XXV - Decidir da estrutura técnica e administrativa do Banco Central
da República do Brasil e fixar seu quadro de pessoal, bem como
estabelecer os vencimentos e vantagens de seus funcionários, servidores
e diretores, cabendo ao Presidente deste apresentar as respectivas
propostas;
XXVI - Conhecer dos recursos de decisões do Banco Central da República
do Brasil;
XXVII - Aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central do
Brasil e decidir sobre seu orçamento e sobre seus sistemas de
contabilidade, bem como sobre a forma e prazo de transferência de
seus resultados para o Tesouro Nacional, sem prejuízo da competência
do Tribunal de Contas da União.
XXIX - Colaborar com o Senado Federal, na instrução dos processos de
empréstimos externos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
para cumprimento do disposto no art. 63, nº II, da Constituição Federal;
§ 6º O Conselho Monetário Nacional encaminhará ao Congresso Nacional,
até 31 de março de cada ano, relatório da evolução da situação
monetária e creditícia do País no ano anterior, no qual descreverá,
minudentemente as providências adotadas para cumprimento dos
objetivos estabelecidos nesta lei, justificando destacadamente os
montantes das emissões de papel-moeda que tenham sido feitas para
atendimento das atividades produtivas.
Art. 5º As deliberações do Conselho Monetário Nacional entendem-se de
responsabilidade de seu Presidente para os efeitos do art. 104, nº I,
letra "b", da Constituição Federal[mandado de segurança e habeas
data processado e julgado pelo STJ] e obrigarão também os órgãos
oficiais, inclusive autarquias e sociedades de economia mista, nas
atividades que afetem o mercado financeiro e o de capitais.

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