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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Conselho Monetário Nacional – Organização Interna e Objetivos


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CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL –


ORGANIZAÇÃO INTERNA E OBJETIVOS
Do Conselho Monetário Nacional, é necessário saber sobre:

• A organização Interna;
• Os objetivos;
• As atribuições.

Isso vale também para o Banco Central do Brasil. É necessário saber sobre sua organi-
zação interna, seus objetivos e suas atribuições. Nesse sentido, é importante considerar
o estudo comparativo entre as atribuições do Banco Central e do CMN.

CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL


O Conselho Monetário Nacional, criado pela Lei n. 4595/1964, é o principal órgão nor-
mativo (o mais importante) do sistema financeiro nacional atuando como um conselho
de política econômica, não desempenhando nenhuma atividade executiva.
Atentar-se ao fato de que não há hierarquia entre os conselhos citados, o que existe
é a importância de cada um – a depender da situação.
A criação do Conselho Monetário Nacional (CNM) foi em 1964, pela Lei n.4595/1964,
substituindo o Conselho da SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito).
Sua responsabilidade é: coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária,
fiscal e da dívida pública, interna e externa.
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Atualmente, a composição é formada por 3 membros:

• Ministro da Fazenda, que é o presidente do Conselho;


• Ministro do Planejamento; e
• Presidente do Banco Central.

O CMN atua não como um órgão institucional específico, mas em reuniões. É comum
que ocorram no prédio do Banco Central.

1.1 DAS REUNIÕES DO CONSELHO:


a. Quanto a sua Natureza:

Podem ser ordinárias ou extraordinárias. Quando ordinárias, são mensais. As


extraordinárias ocorrem sempre que se julgar necessário.

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b. Das deliberações:

O conselho deliberará mediante resoluções, por maioria de votos, cabendo ao presi-


dente a prerrogativa de deliberar, nos casos de urgência e relevante interesse, ad refe-
rendum dos demais membros.
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Em outras palavras, o CMN delibera sobre temas previamente agendados, e qualquer
votação ocorrerá por meio da vitória de maioria absoluta (no caso, dois dos três inte-
grantes) – ainda que idealmente uma decisão devesse ser tomada com unanimidade.
Além disso, é rotineiro que tais reuniões ocorram com participação de representan-
tes dos setores econômicos brasileiros.
Por fim, caso seja necessário, é possível (em lei) que o presidente do CMN delibere
uma ação sozinho. Entretanto, na reunião subsequente, o normativo que foi elaborado
sozinho deverá ser submetido à apreciação dos demais membros.

c. Dinâmica da Reunião:

O conselho se reúne uma vez por mês ordinariamente para deliberação sobre assun-
tos relacionados com a sua competência, a data, a hora e o local de cada reunião serão
determinados pelo presidente do conselho.

d. Das Decisões:

As decisões de natureza normativa serão divulgadas mediante resoluções assinadas


pelo Presidente do Banco Central, veiculadas pelo Sistema de Informações Banco Cen-
tral (Sisbacen – Sistema Eletrônico - Site) e publicadas no Diário Oficial da União.
15m
Na prática, a assinatura do Presidente do Banco Central se deu como regra por conta
da infraestrutura que tal instituição dispõe. Dessa maneira, tanto confirmar quanto
barrar normativos, seria uma ação viabilizada em todo o território nacional.

Nem todas as reuniões do CMN geram uma resolução. Em suma, elas são um debate de um
tema previamente estabelecido.

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e. Das Atas:

Serão confeccionadas em folhas soltas e receberão autenticação da Secretaria-Exe-


cutiva do CMN e assinaturas do presidente e dos demais conselheiros presentes à reu-
nião. Após assinadas por todos os conselheiros, extratos das atas serão publicados no
Diário Oficial da União, excluídos os assuntos de caráter confidencial.

Obs.: em outras palavras, nem toda ata será publicada no diário oficial, mas sim
seus extratos.

Já foi cobrado em bancas anteriores se o caderno de brochuras é confeccionado em folhas


soltas ou não. Além disso, no que tange às reuniões virtuais, não há nenhuma lei barrando
ou legalizando tal ação, portanto, ela é possível.
20m

1.2 Comissão de Assessoramento Técnico

Junto ao CMN funciona a COMOC – Comissão Técnica da Moeda e do Crédito Com-


petências: A Lei n. 9069/1995, art. 10 prevê que Compete à COMOC:
1º - propor a regulamentação das matérias de competência do Conselho Monetário Nacional;
2º - manifestar-se, previamente, sobre as matérias de competência do Conselho
Monetário Nacional, especialmente aquelas constantes da Lei n. 4.595/1964; 3º - reali-
zar outras atribuições que lhe forem cometidas pelo Conselho Monetário Nacional.

Obs.: em síntese, é a COMOC quem propõe as pautas das reuniões da CMN.

Composição da COMOC:
I – Presidente e quatro Diretores do Banco Central do Brasil;
II – Presidente da CVM;
III – Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda;
IV – Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda;
V – Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda;
A Comissão será coordenada pelo Presidente do Banco Central do Brasil.
O regimento interno da Comissão Técnica da Moeda e do Crédito será aprovado por
decreto do Presidente da República.
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Atualmente, são objetivos do Conselho Monetário Nacional: (O-P-Z-C).
Eles estão dispostos no Art. 2º da Lei 4595/64:

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Fica extinto o Conselho da atual Superintendência da Moeda e do Crédito, e criado


em substituição, o Conselho Monetário Nacional, com a finalidade de formular a polí-
tica da moeda e do crédito como previsto nesta lei, objetivando o progresso econô-
mico e social do País.

• Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas ou privadas


para propiciar condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da econo-
mia nacional.

Obs.: a “aplicação dos recursos das instituições” nada mais é do que a distribuição das
verbas da União.

• Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com


vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos;
• Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;

Obs.: “Liquidez” é a capacidade de pagar dívidas a curto prazo com o dinheiro disponível.
Por sua vez, a “solvência” é quando a soma do patrimônio é capaz de zerar todas
as dívidas.
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• Coordenar as políticas monetária (oferta de dinheiro), creditícia (financiamentos),


orçamentária (como o poder executivo irá gastar e se utilizar da moeda do país),
fiscal (impostos) e da dívida pública, interna e externa.

Obs.: atente-se ao fato de que os objetivos da sigla OPZC são específicos e, juntos,
constituem as ações para um objetivo maior que é o progresso econômico e
social do país.
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Não é mais objetivo do CMN:

• Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacio-


nal e a seu processo de desenvolvimento;
• Regular o valor interno e externo da moeda.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Mario Roberto Fernandes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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