Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
2 SUMÁRIO EXECUTIVO................................................................................................................... 4
3 NOTA INTRODUTÓRIA.................................................................................................................. 5
4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA.......................................................................................7
4.1 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA........................................................................7
Contactos...............................................................................................................................................7
4.2 PARTICIPANTES NO CAPITAL........................................................................................................7
4.2.1 Subscrição do capital social dos sócios...................................................................................8
4.3 INFRA-ESTRUTURAS.....................................................................................................................8
4.3.1 Estrutura funcional da empresa E103-Comércio de Óleo e outros Fluídos, Lda....................9
4.4 RECURSOS HUMANOS................................................................................................................10
4.4.1 Composição da E103- Comércio de óleo e outros fluidos, Lda.............................................12
4.5 REGIME DE LABORAÇÃO...........................................................................................................12
4.5.1 Férias dos colaboradores.......................................................................................................13
4.6 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS................................13
4.6.1 Processo de aquisição de mercadorias da E103- Comércio de Óleo e outros Fluídos, Lda.13
4.6.2 Fornecedores de outros produtos e serviços.........................................................................14
4.6.3 Fluxograma do processo de venda do oleo em garrafas da E103-Comércio de óleo e outros
fluidos, Lda..........................................................................................................................................16
4.6.4 Sistema de Gestão...................................................................................................................17
4.7 REFERÊNCIAS EXTERNAS..................................................................................................................18
5 DEFINIÇÃO DO CENÁRIO COMPETITIVO......................................................................................19
5.1 ANALISE CONTEXTUAL.....................................................................................................................19
5.1.1 Contexto económico...............................................................................................................19
5.2 CONTEXTO SÓCIO-CULTURAL............................................................................................................20
5.3 CONTEXTO POLITICO-LEGAL..............................................................................................................21
5.4 CONTEXTO TECNOLÓGICO................................................................................................................22
5.5 ANALISE TRANSACIONAL..................................................................................................................24
5.5.1 Clientes....................................................................................................................................24
5.5.2 Análise Interna da Empresa....................................................................................................31
5.6 ANÁLISE SWOT............................................................................................................................32
6 FORMULAÇÃO ESTRATÉGICA...................................................................................................... 33
6.1 VISÃO..........................................................................................................................................34
6.2 MISSÃO.......................................................................................................................................35
6.3 VALORES......................................................................................................................................35
6.4 OBJECTIVOS..................................................................................................................................35
6.5 POSICIONAMENTO..........................................................................................................................36
6.6 FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO.......................................................................................................37
6.7 ESTRATEGIA EMPRESARIAL...............................................................................................................37
6.8 ESTRATÉGIAS GENÉRICAS.................................................................................................................38
1
7 ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO................................................................................................... 38
7.1 MATRIZ PRODUTO-MERCADO..........................................................................................................39
7.2 ESTRATÉGIA DE INTEGRAÇÃO VERTICAL...............................................................................................39
7.3 ESTRATÉGIA DE INTEGRAÇÃO HORIZONTAL.........................................................................................39
7.4 ESTRATÉGIA DE DIVERSIFICAÇÃO.......................................................................................................39
8 ESTRATÉGIA DE GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS..................................40
8.1 PLANEAMENTO DE RECURSOS HUMANOS...........................................................................................41
8.2 RECRUTAMENTO E SELEÇÃO.............................................................................................................43
8.3 FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO.....................................................................................................44
8.3.1 Benefícios do treinamento nas organizações.........................................................................45
8.4 SISTEMAS DE RECOMPENSAS............................................................................................................45
8.5 GESTÃO DE CARREIRAS....................................................................................................................46
8.6 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO...........................................................................................................47
9 ESTRATÉGIA PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DA GESTÃO DA QUALIDADE E INOVAÇÃO 48
9.1 GESTÃO DE QUALIDADE..................................................................................................................48
9.2 CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS E OU SERVIÇOS......................................................................................48
9.3 VANTAGENS DA CERTIFICAÇÃO.........................................................................................................48
9.4 NORMALIZAÇÃO............................................................................................................................49
9.4.1 Objectivos da Normalização...................................................................................................49
9.5 NORMAS ISO................................................................................................................................49
9.5.1 ISO 9001..................................................................................................................................50
9.6 GESTÃO DE INOVAÇÃO DA E103......................................................................................................53
10 ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA............................................................................55
10.1 FONTE DE DADOS PARA ANÁLISE..............................................................................................56
10.2 METODOLOGIA..........................................................................................................................56
BREVE ANÁLISE E DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS...................................................................57
10.3........................................................................................................................................................ 57
Análise Horizontal (AH)...............................................................................................................57
10.3.1...................................................................................................................................................57
10.3.2 Análise vertical (AV)...........................................................................................................58
ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL........................................................................................................60
10.4........................................................................................................................................................60
Participação de terceiros.............................................................................................................60
10.4.1...................................................................................................................................................60
Composição do endividamento...................................................................................................61
10.4.2...................................................................................................................................................61
Imobilização do património líquido (PL).....................................................................................61
10.4.3...................................................................................................................................................61
Imobilização de recursos não correntes......................................................................................61
10.4.4...................................................................................................................................................61
10.5 ÍNDICES DE LIQUIDEZ......................................................................................................................62
10.5.1 Liquidez Corrente (LC).........................................................................................................62
10.5.2 Liquidez Imediata (LI).........................................................................................................63
2
10.5.3 Liquidez Seca (LS)...............................................................................................................63
10.5.4 Liquidez Geral (LG).............................................................................................................63
10.6 ÍNDICES DE RENTABILIDADE..............................................................................................................64
10.6.1 Giro do activo.....................................................................................................................64
10.6.2 Margem líquida..................................................................................................................65
10.6.3 Rentabilidade do activo (ROI).............................................................................................65
10.6.4 Rentabilidade do património líquido (ROE)........................................................................65
BREVE SÍNTESE DA SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA DA EMPRESA.........................................................66
10.7........................................................................................................................................................66
11 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS E PERSPECTIVA DE EVOLUÇÃO..............................69
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................... 71
13 DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS...................................................................75
13.1 BALANÇO..................................................................................................................................75
13.1.1 Previsional.........................................................................................................................76
13.2 MAPA DE DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS............................................................................79
13.2.1 Previsional.........................................................................................................................79
14 ANEXOS................................................................................................................................... 81
14.1 NOTAS EXPLICATIVAS................................................................................................................81
3
2 Sumário Executivo
O relatório de Projecto de Simulação Empresaria (PSE) é referente a empresa
E103, Comércio de Óleo e Outros Fluídos, Lda., uma sociedade por quotas de
capital privado que sita na rua Almeida Tristão nº 103 na cidade de Maputo,
Moçambique.
4
Esta empresa será conhecida como E103- Empresa de Comércio de Óleo e
Outros Fluídos, Lda., e num cenário de melhoria do mercado, atingirá a maior
parte da população moçambicana concretamente a população de classe média
baixa e alta.
3 Nota introdutória
Logo após a independência, seguido do programa das nacionalizações,
Moçambique passou integrar a lista dos Países dependentes de produtos
importados, por um lado, pelo facto de muita da sua mão-de-obra qualificada
existente no tempo colonial. Com a liberalização da economia nas décadas 1990
e, muito recentemente com a descoberta de mais recursos e início da exploração
e exportação dos recursos naturais e energéticos (caso específico do gás na
Bacia do Rovuma em Cabo Delgado e, em Inhambane) muitos aspectos
ocorreram. A nível do comércio muitos aspetos melhoraram, quer pelos
incentivos e promoção dos pequenos empresários por parte do Governo, quer
também pelo espírito empreendedor dos moçambicanos.
5
Sistema Integrado de Gestão e Administração- SIGA, de onde foram obtidos os
dados relevantes na elaboração das demonstrações financeiras.
6
4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
Contactos
Tel: 216103
Fax: 217103
Email: e103oleo@gmail.com
7
4.2.1 Subscrição do capital social dos sócios
4.3 Infra-estruturas
A E103-Comércio de Óleo e outros Fluídos, Lda., não possui instalações
próprias para o exercício das suas actividades, recorrendo assim ao aluguer de
um imóvel na F08-Empresa de Rendas e Alugueres, SARL, na rua Almeida
Tristão, n° 103 Maputo. Possui um imobilizado avaliado em 4,313,162.00 MZN.
8
4.3.1 Estrutura funcional da empresa E103-Comércio de Óleo e outros Fluídos, Lda.
Para permitir uma ótima operacionalização e reaproveitamento de sinergias na
realização das actividades, a empresa adoptou uma estrutura funcional simples
em que, as actividades correlacionadas estão organizadas em 4 Departamentos1:
Departamento Financeiro;
Departamento dos Recursos Humanos;
Departamento de Marketing;
Departamento de Logística.
Direção geral
Departamento de Departamento
Recursos Humanos Financeiro
Departamento Departamento de
de Logistica Marketing
1
Na concepção de Almeida (2016) o Departamento é uma unidade orgânica que agrega um conjunto de
tarefas semelhantes ou com uma grande coerência que justifiquem e tornem mais eficiente a sua
coordenação conjunta.
9
Direcção Geral: asseguram que os funcionários desempenhem as funções para
o alcance dos objectivos traçados. A Direcção Geral é responsável pela
formulação das políticas organizacionais, aprovação do orçamento geral,
elaboração do planeamento estratégico da organização, controle geral dos
resultados, aprovação dos demonstrativos financeiros, auditoria externa, relação
com autoridades públicas e organizações patronais. Em suma, é o sector que
representa a empresa em todas as acções com o exterior.
10
A nível técnico faz o recrutamento e a selecção de funcionários, treinamento e
capacitação, gestão do processo de avaliação de desempenho, remuneração e
demissão de funcionários. Resumindo, é o sector que garante a disponibilização
de Recursos Humanos capazes de cumprir com as metas estabelecidas pela
organização.
11
Chart Title
47%
53%
Masculino Femenino
12
4.5.1 Férias dos colaboradores
1 dia de férias por cada mês de trabalho efectivo: durante o primeiro ano de
trabalho;
2 dias de férias por cada mês de trabalho efetivo: durante o segundo ano de
trabalho;
30 dias de férias por cada ano de trabalho efetivo: a partir do terceiro ano.
13
fornecimento, com as quantidades mínimas mensais e prazos de entrega pré-
estabelecidos.
Estas compras são efectuadas mediante uma requisição directa dos produtos. O
seu fornecimento depende da existência de stock que este possa ter no seu
estabelecimento. Não existe nenhuma relação contratual escrita com estes
fornecedores. Abaixo a cadeia de aquisição do óleo lubrificante:
Venda Venda
Fornecedor Revendedor: E103 Clientes
14
aquisição de mercadorias e ou serviços. Para alguns, as relações comerciais são
geridas por contratos escritos de prestação de serviços pré-estabelecidos e,
outros não.
Serviços de
Terceiros Empresas
Prestação de serviço E101- Comércio de Combustível, Lda.
Prestação de serviço E102- Comércio de Óleo, Lda.
Prestação de serviço
15
Segmentação dos clientes da E103-Comércio de Óleo e outros Fluídos, Lda.
Clientes Empresas
Nacionais E101- Comercio de combustíveis, Lda;
corporativos E102- Comercio de Óleo, Lda;
E107- Comercio de ferramentas e utensílios
IV ,Lda;
E108- Comercio de ferramentas e utensílios V ,Lda;
E109- Comercio de ferramentas e utensílios
VI ,,Lda;
E113- Comercio de livros e documentação III;
E114- Comercio de livros e documentação IV;
E115- Comercio de livros e documentação V.
Nacionais individual F05
Estrangeiros F02- RSA, Import, Limited;
corporativos F03- PT, importacao limitada;
F04- USA, Import corporation.
2
Notar que a cliente F26-PT por questões da própria conjuntura do mercado Europeu emitiu um
comunicado a decretar falência no final do mês de Fevereiro.
16
Tabela 3 Segmentação dos clientes da E103.
17
Controlo das transaccões comerciais com os clientes internos e externos vs
fornecedores;
Usado para efeitos de controle de encomendas e existências em stock.
18
4.7 Referências externas
Os principais elementos que compõem as referências externas da E103-
Comércio de Óleo e outros Fluídos, Lda., são:
Fornecedores;
Clientes;
Agentes Consultores;
Auditores e revisores;
Bancos.
19
Figure 5 Definição do cenário competitivo
20
O surgimento dos insurgentes na provincia de Cabo-Delgado que assolam as
comunidades locais causando mortes e destruição de infra-estruturas que causam um
efeito negativo nas perpectivas de crescimento económico regional.
3
PROJECÇÕES ANUAIS DA POPULAÇÃO TOTAL, URBANA E RURAL, DOS DISTRITOS DA PROVÍNCIA
DE MAPUTO 2007 – 2040. Disponível em: www.ine.gov.mz
21
A globalização induz cada vez mais a aquisição de meios facilitadores em diferentes
áreas como por exemplo a indústria civil que usa máquinas bem como automóveis, a
indústria de mineração, automobilística, etc. Esses factores demonstram a
necessidade de aquisição de óleo lubrificante pelos seus fabricantes bem como os
seus consumidores.
22
Para garantir uma correcta operacionalização das actividades, acesso e exercício das
actividades num sistema justo, várias leis foram aprovadas pelo governo, tais como:
4
O termo varejista empregue no texto e, na maior parte da literatura brasileira refere-se ao retalhista.
23
controlar os custos de estoques, fazer pedidos aos seus fornecedores por via electrónia,
enfim, a tecnologia quando devidamente usada flexibiliza os processos e reduz os custos.
O (Cronomídia, sd) vai mais avante ao indicar algumas estratégias de como estas
tecnologias podem ser usadas. Relativamente à projeção da marca por exemplo, ele
refere que pode ser usado o Marketing digital, onde através das redes Sociais e Blogs, as
empresas podem fazer postagens dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas. No
relacionamento e fidelização dos clientes, algumas estratégias básicas podem ser usadas
para conseguir esse objectivo, recorrendo a um número de telemóvel da empresa com a
funcionalidade de whatsapp activa; ter uma página da empresa no Facebook e, e um
endereço eletrónico onde o cliente pode direccionar todas as preocupações, dúvidas,
necessidades e, etc.
No que toca à comercialização, (Freire, 1997) argumenta ainda que, não basta apenas
introduzir novos produtos, também é preciso saber melhorar os processos de fabrico e
comercialização da actual linha de produtos.
24
5.5 Analise transacional
O meio envolvente transacional é constituído por todos os agentes e factores que
interagem diretamente com a indústria em que a empresa atua e, o seu impacto no
desempenho económico dos vários concorrentes tende a ser por isso bastante acentuado
e rápido e, os principais elementos que interagem no meio envolvente transacional de
qualquer empresa são: Clientes; Concorrentes; fornecedores, Comunidade e Estado
(Freire, 1997).
5.5.1 Clientes
São os consumidores actuais e potenciais dos bens e serviços oferecidos pela indústria.
Normalmente as empresas são bombas de combustíveis, centros de manutenção
automobilística (oficinas), e clientes individuais com capacidade financeira de adquirir o
produto. Portanto, as empresas que operam os seus negócios procuram o seu público
alvo neste conjunto, tendo em conta as características, objectivos; necessidades e
padrões de consumo. Assim para um melhor fornecimento e gestão da carteira do seu
público alvo, as empresas devem segmentar os seus clientes, respondendo as seguintes
questões: quem são: porque compram; qual é a frequência de compras; quais as
quantidades compradas; com que finalidades compram. (Freire, 1997)
Porém, sendo a E103 uma empresa recentemente instalada e que tenciona crescer no
mercado moçambicano definiu para o seu negócio o seguinte público alvo:
25
5.5.1.1 Público alvo- Clientes individuais
Definição do público alvo para a E103- Comércio de Óleo e outros Fluídos, Lda.
Pessoa física
Factor Descrição
Geografia ( Pais; região; cidade; bairros) Residente nos Bairros periféricos de Maputo
( Distritos de Kamubukwana ; Kamavota e
Matola numa 1ª fase;
Demográficos (Sexo; idade; renda; educação) População na faixa etária dos 21 aos 65 anos
de idade; trabalhadores da classe média baixa
e média.
Psicográficos (Estilos de vida; atitudes) Uso diário de automóveis, exercitação física
no ginásio, e outros.
Comportamentos de compra Conservação e melhor performance de
(hábitos de consumo; Benefícios procurados; taxa de máquinas.
uso)
Tabela 4 Público-alvo Clientes individuais
26
( hábitos de consumo; Benefícios procurados; procuram melhor desempenho dos utensílios.
taxa de uso)
Tabela 5 Público-alvo Clientes Corporativos
5.5.1.3 Concorrentes
São os competidores atuais e potenciais, bem como os produtos substitutos, que
satisfazem as mesmas necessidades do mercado e, em conjunto constituem a indústria ou
oferta.Logo, estes podem ser directos e ou indirectos. (Freire, 1997)
A recolha da informação referente a eles, visa fazer uma comparação dos principais
indicadores de desempenho, nomeadamente: capacidades, objectivos, estratégias e
expectactivas. Também devem ser analisados aspectos referentes à forma de
distribuição; clientes e vantagem competitivas. (Freire, 1997). O (INFOTEC, 2018) por
sua vez diz que ao analisar a concorrência devemos para além dos aspectos mencionados
acima, focarmo-nos nos pontos fortes e fracos que incidem nos seguintes pontos:
Para a empresa E103, são concorrentes todos aqueles que operam no ramo da revenda de
óleo lubrificante normal e de tungsténio de 1 litro e 5 litros, incluindo aqueles que o
fornecem em outras quantidades como é o exemplo da Super Steel, Lda.
27
5.5.1.4 Fornecedores
Agentes económicos que prestam serviços ou vendem produtos a indústria. Estes
contribuem para o desenvolvimento da indústria através da prestação de serviços, venda
de materiais e componentes intermédias aos diferentes concorrentes da indústria. Na
escolha destes, alguns elementos chave devem ser observados tais como: capacidade de
fornecimento de produtos e seus acessórios, tendo em conta a tendência das indústrias.
(Freire, 1997)
Assim, partindo do pressuposto acima referenciado e por forma a não perder a sua
licença de actividade, a E103, deverá para os próximos períodos rever a sua carteira de
fornecedores nacionais e internacionais, bem como ajustar-se aos termos exigidos pela
lei moçambicana do sector, mais especificamente a observância dos artigos nº 4ª a 10ª do
Decreto lei nº 45/2012 de 28 de Dezembro. (BR, Decreto Lei nº42/45 de 28 de
Dezembro, 2012).
5.5.1.5 Comunidade
(Freire, 1997) refere que: “as actividades de qualquer empresa não podem ser analisadas
fora do contexto da comunidade em que se inserem. Por isso é também relavante
identificar as tendências gerais da localidade e País onde as operações ou vendas são
levadas a cabo de forma a atencipar o seu impacto no desempenho da organização.”
A tendência do uso dos óleos lubrificantes tende a crescer cada vez mais e um dos
factores e a visível ten
28
5.5.1.6 Estado
O Estado é um parceiro estratégico de negócio e, todas as ações desenvolvidas pela
empresa são em conformidade com legislação que vigora no território nacional. Sendo
assim, o estado deve garantir um bom ambiente de negócio através da promoção da paz,
segurança e tranquilidade económica, proporcionando várias oportunidades para os
investidores rentabilizarem as suas empresas. Neste âmbito, o governo através do seu
órgão de representação (Ministério da Energia) deve dentre várias atribuições adistritas
ao seu pelouro... “estabelecer e aprovar tarifas e preços de energia, gás e produtos
petrolíferos (...) e garantir a sua aplicação” (Nhamirre, Mapisse, & Fael, 2018)
5.5.1.7 Intermédios
No desenvolvimento da atividade, a E103. tem como seu único intermédio o F19-Banco
ISCTEM, SARL para a realização de suas transacções e operações bancárias. Facilita
deste modo os movimentos bancários referentes ao comércio nacional e internacional.
5.5.1.8 Sócios
A E103 é composta por 4 sócios, com quotas iguais de 25%. O seu objectivo principal é
o de maximizar os lucros e auxiliar o desenvolvimento da economia nacional.
29
No que toca à legislação, nota-se que em todos os processos para a abertura de novas
empresas, foram simplificados não carecendo de esperar muito tempo para a obtenção da
licença, porém para o sector do negócio em específico, nota-se que apesar desta
simplificação, o acesso ao mesmo não é para todos, o que dá vantagens aos
empreendedores de nacionalidade moçambicana. O Art. 7, nº 3 do Decreto Lei
nº45/2012, refere que: “é vedada a atribuição de uma licença a qualquer requerente que
não seja cidadão moçambicano, nem legalmente residente em Moçambique e, ou a
pessoas colectivas não registadas no território nacional.” (BR, Decreto Lei nº42/45 de 28
de Dezembro, 2012)
Outro aspecto está relacionado com o processo de comercialização. Nota-se que há
tendência por parte do regulador de limitar a existência de vários intervenientes no
processo, dando um impulso aos agentes locais, quando através do Art. 9, nº4 do Decreto
lei nº 45/2012 estipula o seguinte: “O retalhista deve adquirir produtos petrolíferos
exclusivamente de uma distribuidora licenciada com a qual tiver celebrado um contrato
de fornecimento” (BR, Decreto Lei nº42/45 de 28 de Dezembro, 2012)
No mesmo Decreto o legislador acrescenta que, o revendedor só poderá recorrer a outros
distribuidores estrangeiros, se o Ministério de energia não conseguir expandir a infra-
estrutura para cobrir todo o mercado nacional.
Podemos dizer que a dificuldade de acesso ou entrada é média, uma vez que pode ser
sanado com a questão da solicitação de nacionalidade e, ou registo. Por outro lado, a
legislação inibe a entrada neste sector de fornecedores de óleo não licenciados e também
a entrada de estrangeiros.
Face aos aspectos acima referidos (restrições vs protecionismo impostos pela Lei
nº45/2012 de 28 de Dezembro na componente da comercialização do óleo, e diversos)
associado ao facto da E103- Comércio de Óleo e outros Fluídos, Lda., ser uma empresa
regida pela legislação moçambicana, aventam-se vários cenários na actual realidade,
sobre os quais a Empresa deve readaptar-se e rever a sua estratégia na operacionalização
das suas actividades, como procurar internamente fornecedores licenciados pela
IMOPETRO.
30
5.5.1.11 O poder negocial dos fornecedores
(Freire, 1997) defende que, o poder negocial dos fornecedores mede a capacidade de os
fornecedores influenciarem os termos com que os seus produtos ou serviços são
vendidos à indústria. Quanto maior for o poder de negociação dos fornecedores, menor é
a rentabilidade estrutural do negócio.
Assim a E103 definirá seus actuais fornecedores recorrendo às seguintes características
distintivas: localização, disponibilidade de matérias primas, prazos de pagamento das
mercadorias, modalidades de entrega do produto, serviços técnicos disponibilizados e
experiência no sector e qualidade dos produtos entregues.
31
De acordo com os dados disponíveis numa pesquisa efectuada pelo (CIP, 2016) o País
tem actualmente cerca de 15 empresas distribuidoras de Combustíveis líquidos,
operando na sua maioria agregados à IMOPETRO, Lda, que é a operadora das
aquisições de combustíveis líquidos e, estão até o momento concedidas cerca de 28
licenças de distribuição de combustíveis. Para o caso de Moçambique os distribuidores
também podem ser concorrentes dos revendedores. (BR, Decreto Lei nº42/45 de 28 de
Dezembro, 2012).
32
Nível de desempenho dos funcionários distante do preconizado pelas necessidades
e expectativas dos clientes bem como pela Visão e Missão da empresa;
Políticas e processos de Gestão de Recursos Humanos não capazes de atrair e
manter quadros necessários.
33
Corpo directivo com conhecimentos da Mercado doméstico de consumo em expansão,
área de gestão; com o aumento da população e melhoria das
Existência de parcerias (fornecedores) condições de vida;
internas e externas; Surgimento de novas bombas de combustíveis,
Variedade do produto (óleo bem como estabelecimento de reparação e
lubrificante normal e de tungsténio). lavagem de viaturas;
A versatilidade na utilização do óleo
lubrificante
6 FORMULAÇÃO ESTRATÉGICA
Na concepção de (Freire, 1997) a estratégia pode ser definida como o conjunto de
decisões e acções da empresa que, de forma consistente proporcionam aos clientes mais
valor que o oferecido pela concorrência. Por sua vez, Learned et all citados por
(Mainardes, Ferreira, & Raposo, 2011) definem estratégia como “um conjunto de
objetivos, propostas, macrodiretrizes e planos para alcançar estes objetivos, e que
declara em qual caminho a empresa deve seguir, ou qual é o tipo de negócio da empresa,
ou ainda o que a empresa quer ser”.
34
Vasconcelos e Sá citados por (Santos, 2008), salientam que a determinação da estratégia
envolve a clarificação das áreas geográficas onde a organização irá apostar; a
determinação dentro de cada área geográfica das indústrias onde a organização irá se
posicionar e, a definição dentro de cada indústria e dentro de cada área geográfica dos
segmentos em que a organização irá apostar e não apostar. A seleção destes segmentos
de acordo com o autor, deve ser feito mediante a:
Desta forma, os factores de análise que devem ser considerados nesta elaboração são as
oportunidades, a indústria, as ameaças, os pontos fortes e fracos, os factores críticos de
sucesso e a concorrência.
6.1 Visão
Ser referência nacional na comercialização de óleo lubrificante normal e de tungsténio a
nível nacional e ganhar espaço no mercado onde actua através da inovação.
6.2 Missão
Venda de óleo lubrificante normal e de tungsténio de qualidade e garantia de segurança
no seu uso.
35
6.3 Valores
Lealdade;
Honestidade;
Valorização dos clientes;
Ética e responsabilidade;
Segurança;
Competência;
Qualidade;
Inovação.
6.4 Objectivos
Os objectivos estão relacionados com o que a empresa pretende alcançar em termos de
metas. Na sua elaboração, alguns requisitos devem ser observados tais como: a clareza e
objectividade, mensurabilidade e temporalidade.
36
Alcançar a notoriedade da marca pelos serviços prestados em 3 anos;
Inovação e qualidade;
Satisfação laboral.
Objectivos financeiros
6.5 Posicionamento
O posicionamento refere-se à forma como determinada empresa quer ser vista no
mercado pelos clientes por si segmentados para obter determinadas vantagens sobre seus
concorrentes. Existem diversas formas de se posicionar, de acordo com (Nogueira &
Sette, 2013) existem 3 formas de posicionamento, a saber: O posicionanemnto
estratégico; o posicionamento relacionado com o valor e o posiciomanento relacionado
com a marca.
Para criar este valor, recorre-se da estratégica do Marketing Mix e, foca para além dos
elementos como produto; praça; preço e promoção, aspectos como: qualidade; técnica;
serviço, inovação; posicionamento personalizado, etc. (Nogueira & Sette, 2013) e por
fim o posicionamento relacionado com a marca.
37
O posicionamento da marca trás vantagens para a empresa tais como: a valorização do
produto; a diferenciação com relação ao concorrente; o aumento da competitividade e
confiança. A marca é composta pelo nome a empresa e ou produto deseja ser
reconhecida no mercado, combinado ao seu logotipo com diversas cores e formas para
chamar a atenção do consumidor. (Nogueira & Sette, 2013)
A E103- Comércio de Óleo e outros Fluídos, Lda., definiu como factores críticos de
sucesso os seguintes:
Atendimento ao cliente;
Localização;
Rede de distribuição;
Qualidade do produto adquirido;
Diversidade de produtos;
Gestão;
Flexibilidade no método de pagamento.
38
6.8 Estratégias Genéricas
Porter et al. (1986 como cita Rebelo, 2004, p.16) afirma que existe um conjunto de
estrategias genéricas que a empresa pode usar para gerar e manter uma vantagem
competitiva que são nomeadamente:
Foco;
Liderança no custo;
Diferenciação.
A E103 adopta duas das estratégias citadas por Porter, nomeadamente: foco e
diferenciação, com o intuito de gerar um valor acrescentado a empresa de modo que
os clientes olhem para os produtos como os melhores do mercado, e estejam
dispostos a pagar pelo seu preço.
7 Estratégia de crescimento
As estratégias de crescimento das empresas mais bem-sucedidas são, na maioria das
vezes, pautadas na saúde financeira da organização. A intenção é fazer com que o
core-business se desenvolva de maneira segura e sustentável mitigando os riscos
que possam afectar o core-business da empresa.
Para Toledo & Anselmo (2003) a primeira dimensão da estratégia faz referência às
estratégias de crescimento. Este gênero de estratégia abarca a definição do escopo
de atuação da empresa, ou seja, seus negócios, produtos e mercados, e o escopo
vertical ou grau de integração na cadeia de valor da indústria. A estratégia de
crescimento também abrange as formas da empresa obter seus objetivos, podendo
ser via do desenvolvimento interno, aquisições e/ou fusões, e alianças estratégias
(TOLEDO; ANSELMO, 2003).
39
7.1 Matriz Produto-Mercado
40
Estratégia de diversificação concêntrica que ocorre quando a empresa sai
de sua cadeia de produção e busca acrescentar novas atividades
complementares às existentes no nível tecnológico ou comercial para
obter sinergismos em seus processos;
Estratégia de diversificação pura que se dá quando a empresa entra em
novas atividades sem se preocupar em relação as atividades habituais,
com intuito de diversificar seu portfolio de negócios (LAMBIN, 2000).
Redução de custos;
Maximização de resultados;
Melhoria da eficiência;
Maior controlo sobre os prazos de entrega;
Aumento do portfólio de produtos e serviços;
Redução das incertezas no mercado;
Aprimoramento da produção.
41
8.1 Planeamento de Recursos Humanos
Avanços significativos que conduzem as organizações a explorarem novas técnicas
de gestão vem sido observados nas últimas décadas, pois esses avanços surgem
com o objectivo de melhorar o desempenho e alcançar resultados que vao ao
encontro das necessidades dos clientes, garantindo boa competitividade no
mercado.
Para (Ana, 2014) (citando Gomes 2008), a gestão de Recursos Humanos refere-se
a políticas, práticas e sistemas que influenciam o comportamento e as actividades
dos membros das organizações, no sentido de elevar a competitividade da
organização.
42
proporcionar a satisfação e a realização das pessoas envolvidas. O sistema de
Recursos Humanos é composto basicamente pelas funções de recrutamento ou
captação, selecção, treinamento, desenvolvimento e retenção: remuneração e
benefícios.
43
maioritarimente jovens, que se situam numa faixa etária dos 21 aos 37 anos e
apenas 5 colaboradores na faixa etária dos 40 aos 50 anos. Boa parte dos
colaboradores da empresa estão alocados na parte técnica de venda e há falta de
técnicos informáticos e também e importante frisar que os mesmos auferem o
mesmo salário mesmo desempenhando actividades diferentes.
Para que se faça uma gestão eficiente da procura e satisfação dos requisitos dos
clientes a empresa garante a existência de profissionais competentes na área
comercial, logística e aprovisionamento.
O planeamento de RH divide-se em: recrutamento e seleção, avaliação de
desempenho, higiene e segurança no trabalho, treinamento e desenvolmento.
44
Vantagens Desvantagens
45
Qualquer esforço da empresa para estimular o aprendizado de seus membros.
Acrescenta a diferença existente entre treinamento e desenvolvimento, onde para o
primeiro (mais focalizado e orientado para questões concernentes a desempenho
no curto prazo) e desenvolvimento (mais orientado para ampliar as habilidades dos
indivíduos para futuras responsabilidades) treinamento e desenvolvimento para
indicar a combinação de actividades nas empresas que aumentam a base de
habilidades dos funcionários. (Bohlander, 2010).
46
8.4 Sistemas de Recompensas
De acordo com (Camara, 2010), sistema de recompensa é um conjunto de
instrumentos coerentes e alinhados com a estratégia da empresa, de natureza
material e imaterial, que constituem a contrapartida da contribuição prestada pelo
colaborador aos resultados do negócio, através do seu desempenho profissional e
se destinam a reforçar a sua motivação.
A E103 optou por usar os dois tipos de recompensas (financeira e não financeira),
onde na recompensa financeira, a E103 decidiu optar por três tipos nomeadamente:
Salário, Bónus e 13º salário. Nas recompensas não financeiras temos as promoções
que serão feitas de acordo com a avaliação do desempenho para os colaboradores.
47
8.6 Avaliação de Desempenho
A avaliação de desempenho está presente em todas as empresas, pois os
funcionários estão sendo avaliados a todo o momento, seja pelos seus superiores
ou até mesmo pelos colegas de trabalho, mesmo que não haja um programa
específico para isso.
48
9 Estratégia para Implementação do Programa da Gestão da
Qualidade e Inovação
9.1 Gestão de Qualidade
De acordo com o INNOQ, a implantação de um Sistema de Gestão da Qualidade
representa a obtenção de uma poderosa ferramenta que possibilita a optimização de
diversos processos dentro da organização. Além destes ganhos, fica evidenciada também
a preocupação com a melhoria contínua dos produtos e serviços fornecidos.
49
Apoia os utilizadores e os consumidores nas suas decisões de compra.
9.4 Normalização
Segundo o (INNOQ, 2016), é uma actividade destinada a estabelecer, face a
problemas reais ou potenciais, disposições destinadas a uma utilização comum e
repetida, visando a obtenção do grau óptimo de organização num dado domínio.
Consta fundamentalmente dos processos de formulação, publicação e
implementação das Normas.
50
uma das maiores organizações que desenvolve normas no mundo, e foi criada a
partir da União Internantional Federation of the National Stadardizing
Associations (ISA), e a United Nations Standards Coodinating Committee
(UNSCC). A ISO começou a funcionar oficialmente no de 1947.
ISO 9000- Sistema de Gestão da Qualidade, documento que contém todos os termos
utilizados no sistema;
51
Liderança: deve ter solidez e estar por dentro dos avanços do mercado da
empresa;
52
Os critérios e os métodos para assegurar a operação e controle dos processos de
distribuição e comercialização;
Portanto a E103 tende a definir a sua acção nos pontos acima, de acordo com os
procedimentos e regras necessárias para um processo de certificação futura.
53
A E103 define segundo a norma ISO 9001:2015 a política de qualidade que irá
adoptar na sua empresa. E a gestão de topo deve assegurar que política da qualidade:
Descrição Valores
Total 35 240,00 Mt
Tabela 8 SGQ
54
portal bem como o grupo de whatsaap se vão mostrar útil para a comunicação
segura no seio da organização.
Por meio desse portal, a equipe pode dar sugestões sobre os processos da empresa.
Além disso, todos os envolvidos em um projeto ficam a par do andamento das
tarefas e dialogam sobre os meios para atingir as metas estabelecidas pela E103.
55
10 Análise económica e financeira
Esta análise foi elaborada a fim de relatar a situação económica e financeira da
empresa E103 com base nas informações fornecidas pela mesma, durante o seu
período de actividade do ano de 2020.
Este relato teve como base os índices económicos e financeiros, que foram
extraídos das demonstrações financeiras levantadas na empresa E103.
56
metodologia de avaliação dos diversos aspetos do desempenho da empresa e
dividem-se em grupos homogéneos de análise que estão classificados em três
grandes grupos: estrutura de capital, liquidez e rentabilidade, desencadeando
assim a preocupação e o objectivo de saber:
10.2 Metodologia
Análise de documental;
Revisão Bibliográfica;
Pesquisa Acção - google académico.
57
10.3 Breve análise e demonstração dos resultados
10.3.1 Análise Horizontal (AH)
Nesta análise se considerou o período imediatamente anterior a este em que se
aplica o estudo que tornou a análise mais simples e eficiente. Segundo Assaf
Neto (2010), por esse critério a análise se torna mais dinâmica, possibilitando
constatar a evolução em menores períodos de tempo.
60,000,000.00 40.00%
35.00%
50,000,000.00
30.00%
40,000,000.00
Valores em meticais
25.00%
30,000,000.00 20.00%
15.00%
20,000,000.00
10.00%
10,000,000.00
5.00%
- 0.00%
Vendas Líquidas Lucro bruto Custos
Gráfico i: AH.
58
com 25.66% e o lucro bruto com 18.61%. O desempenho dos custos foi de 34%
do período anterior, mostrando-se no topo do gráfico.
30,000,000.00 80.00%
70.00%
25,000,000.00
60.00%
20,000,000.00
Resultado líquido
50.00%
15,000,000.00 40.00%
30.00%
10,000,000.00
20.00%
5,000,000.00
10.00%
- 0.00%
Custos Despesas Lucro Bruto
59
9,000,000.00 45.00%
8,000,000.00 40.00%
7,000,000.00 35.00%
6,000,000.00 30.00%
Resultado líquido
5,000,000.00 25.00%
4,000,000.00 20.00%
3,000,000.00 15.00%
2,000,000.00 10.00%
1,000,000.00 5.00%
- 0.00%
Custos Despesas Lucro Bruto
É possível denotar que embora a E103 tenha reduzido as suas actividades devido
a situação de pandemia, as despesas representam no mês de Fevereiro 24.42%
do lucro liquido e 41.96% em Março. Verifica-se ainda uma necessidade maior
de ajustar o volume das receitas de venda para cobertura de custos que no mês
de Fevereiro apresentou 71.73% e em Março 21.21%, afectando o lucro líquido
que representa sobre o lucro bruto 58.52% em Fevereiro e 32.20% em Março.
60
10.4 Índices de estrutura de capital
É importante frisar que quanto menor cada índice de estrutura de capital, mais
bem posicionada a empresa estará em relação à média do sector em que ela está
inserida.
Composição do endividamento
61
10.4.2 Composição do endividamento
Este indicador mostra que no mês de Fevereiro, 83.52% das obrigações da
empresa vencerão no curto prazo e no mês de Marco o quociente foi igual a 0%,
que demonstra que em termos de dívida a curto prazo a empresa não teve
qualquer obrigação a curto prazo por vencer.
62
10.5 Índices de Liquidez
NATALIA DINIZ (2015, pag118 cap4), diz que quanto maior forem os valores
dos índices de liquidez, melhor para a empresa, que possui recursos para pagar
suas dívidas. Em relação a essa afirmação, é importante ressaltar que
quocientes ou indicadores de liquidez muito altos podem denotar ineficiência
da empresa, pois ela estaria perdendo a chance de investir esses recursos
excedentes em outras opções.
Liquidez geral
Liquidez seca
Liquidez imediata
Liquidez corrente
- 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50 4.00 4.50 5.00
63
É de ressaltar que, mesmo com o indicador de LC maior que 1 para os dois
meses de actividade, a empresa pode não honrar os seus compromissos de curto
prazo (passivo circulante) se uma significante parte de seus direitos de curto
prazo (ativo circulante) for composto por estoque.
Esses quocientes são normalmente baixo pelo pouco interesse das empresas em
manter recursos monetários em caixa, sendo que dinheiro parado não tem
rentabilidade para ela.
64
10.6 Índices de Rentabilidade
NATALIA DINIZ (2015, pag124 cap4) afirma que os índices de rentabilidade
demonstram os resultados financeiros de determinada empresa, medindo dessa
forma, o retorno alcançado. A análise desses índices é muito importante, pois a
rentabilidade é vista amplamente como o principal objetivo de uma empresa.
Rentabilidade do Património
líquido (ROE)
Margem líquida
Giro do activo
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
65
10.6.2 Margem líquida
O indicador ilustra que a empresa obteve 32.23 meticais de lucro no mês de
Fevereiro e 12.86 meticais no mês de Março para cada 100 meticais vendidos.
66
10.7 Breve síntese da situação Económica e Financeira da empresa
O setor Petrolífero é um dos maiores e mais amplos empreendedores do mundo
e vem crescendo a cada ano, com novas tecnologias e novas perspetivas de
inovação. A E103-Comercio de Óleo e outros Fluido, Lda., é uma sociedade por
cota de participação de responsabilidade limitada, privada do sector terciário, no
ramo petrolífero, que se dedica a venda de óleo lubrificante de tungsténio de 1 e
5 litros além do óleo lubrificante normal de 1 litro. Esta empresa está situada na
rua Almeida Tristão, n° 103, Maputo-Moçambique, possui o NUIT 501000103 e
está registada na Conservatória de Registro de Entidades Legais de Maputo.
Este fruto foi o esperado e mesmo não ter sido negativo é preocupante porque
perspetiva um declínio na empresa tendo em conta a política comercial da
empresa que reduziu as vendas em cerca de 75% apesar de ter também ter
reduzido os custos em 66% originando assim uma redução nos resultados
operacionais (core business).
67
83.52% do endividamento no mês de Fevereiro que está acima do recomendável
(˂/= a 50%) pode-se concluir que as dívidas de curto prazo correspondem a mais
da metade do total das obrigações (capital de terceiros) no primeiro mês e sendo
que a E103 não contraiu nenhuma dívida no mês de Março não tem obrigações
por cumprir.
O ciclo de caixa da empresa foi o previsto e como mostra o giro do activo que
levou apenas 1 mês para cada período de actividade de 2020. Este indicador
ilustra que a política da empresa em reduzir os custos de stocagem não a
prejudica e ilustra também que a idade media de stock é de um mês.
Tendo levado apenas 1 mês a cobrar os seus clientes, a E103 também levou
apenas 1 mês para fazer os pagamentos referentes as suas dívidas. A E103 não
precisa de rever a sua política de venda a crédito podendo continuar com a
mesma, pois está passível para uma perspetiva mensal no que tange ao prazo
médio de recebimento, mas poderá eventualmente aumentar o prazo médio de
pagamento. Tal aumento faria com que a tesouraria melhorasse apesar de se
encontrar em óptimo estado.
68
43.77% no primeiro mês e 7.39% no segundo mês, que se olhamos para o seu
efeito na empresa é favorável.
Em suma, a E103 deve continuar com a sua política de gestão que está a
mostrar-se eficiente e eficaz, mas deve ter em consideração o ajuste da política
de pagamento como forma de aumentar o financiamento de seus investimentos a
curto e médio prazo afim de arrecadar mais receita para o desenvolvimento da
empresa como um todo.
69
11 Proposta de aplicação dos resultados e perspectiva de
evolução.
Tendo em vista a situação actual do mercado e de como vem afectando
directamente a economia internacional bem como nacional, o governo
moçambicano sente a necessidade de continuar a aliviar as medidas tomadas
mediante a pandemia do COVID-19, isso que vai ajudar as empresas que
estejam a beira de falência a revitalizarem as suas actividades e as que já tenham
decretado falência ou interrompido as suas actividades económicas a reabrirem.
No caso especifico da E103, a gestão fez uma previsão de acordo com os
resultados obtidos durante o estudo compreendendo a situação actual do
mercado tendo concluído que a previsão que não foi satisfatória pois as
probabilidades da empresa sobreviver no cenário actual do mercado considerado
péssimo são baixas porque a maior parte da receita da E103 provinha de seus
clientes estrangeiros corporativos e embora com as vendas e custos igual a zero,
os gastos administrativos conduziriam paulatinamente a empresa a falência, por
esse motivo a gestão recomenda que:
70
espera-se que o mercado apresente melhorias, reduzindo assim parte dos gastos
administrativos durante esse período;
Haja uma revisão na política comercial que embora seja boa pode melhorar e
tornar futuramente as relações comerciais com os clientes e fornecedores mais
dinâmica e lucrativa aumentando o PMP e mantendo o PMR;
A empresa deve continuar com a sua política imposta, e revê-las pelo menos 1
vez por mês, pois esta se mostrou eficiente face a incerteza que assolou o
mercado nacional bem como internacional.
71
12 Referências bibliográficas
BR. (2012). Decreto Lei nº42/45 de 28 de Dezembro. Em Aprova o regime a que ficam
sjeitos as actividades de produção; importação; Recepção; armazenamento;
manuseamento e destribuição de produtos petrolíferis. Maputo: Imprensa Nacional.
Chiavenato, I. (2015). Recursos humanos: O capital humano das organizações (Vol. 10ª
edição). Rio de Janeiro: Elsievier
72
CIP. (2016). Importação de combustíveisl líquidos: Quadro Institucuinal, processos,
riscos e perspectivas. Maputo: CIP. Acesso em 6 de Abril de 2019, disponível em
www.cipmoz.org.wp
DW. (2019). Moçambique: Renamo propõe negociação com insurgentes. DW. Acesso
em 12 de Julho de 2020, disponível em http://m.dw.com
73
Kotler, P. (2007). Princípios de Marketing. São Paulo: Elsiever.
Mainardes, E. W., Ferreira, J., & Raposo, M. (2011). Conceitos de estratégia e gestão
estratégica:Qual é o nível de conhecimentos adquiridos pelos estudantes de gestão.
Revista Facef. Acesso em 2 de Maio de 2019, disponível em
www.periodicos.unifacef.com.br
NATALIA. (2015). Análise das Demonstrações Financeiras (edição 1)0 pag.24, cap 4.
Rio de Janeiro: SESES. Acesso a 2 de Setembro de 2020
Nhamirre, B., Mapisse, I., & Fael, B. (2018). Corrupção e más práticas nos sectores de
combustíveise energia e seus efeitos para as famílias moçambicanas. Maputo: CIP.
Acesso em 12 de Abril de 2019, disponível em www.cipmoz.org/wp
74
Rebelo. (2004). Estratégia Competitiva de uma Empresa Fabricante de Equipamentos
de Transportes. São Paulo: Escola de Administracao de Empresas de São Paulo.
RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e análise de balanços fácil. 8. ed. São Paulo:
Saraiva, 2009.
Santos, A. J. (2008). Gestão estratégica: Conceitos, modelos e instrumentos. Lisboa:
Escolar Editora.
World Bank. (2020, Março 3). Moçambique: aspectos gerais. Acesso em 10 de Agosto
2020, disponível em: http://www.worldbank.org/pt/country/mozambique/overview
75
13 Documentos de prestação de contas
1.1 Balanço
Balanço
Notas Período N Período N+1
Activos não correntes
Activos tangíveis c) 4,241,269.91 4,241,269.91
Activos tangíveis de investimento c) - -
Activos intangíveis - -
Investimento financeiro - -
Outros investimentos - -
Activos correntes
Inventario b) 25,837,991.19 7,891,061.99
Clientes d) 5,257,878.03 9,125,850.50
Outro activos correntes 452,432.50 312,111.00
Caixa e banco a) 2,232,621.92 2,908,132.29
Total dos activos 38,022,193.55 24,478,425.69
Capital próprio e passivo
Capital próprio - -
Capital social e) 250,000.00 250,000.00
Resultado transitado - 16,642,296.09
Resultado líquido 16,642,296.09 1,704,478.71
Total do capital próprio 16,892,296.09 18,596,774.80
Passivo não corrente - -
Empréstimos obtidos - -
Outros passivos não correntes - -
Passivo corrente - -
Fornecedores d) 10,217,018.05 4,650,734.29
Empréstimos obtidos d) 2,500,000.00 -
Imposto a pagar d) 7,831,668.75 413,206.96
Outros passivos não correntes 581,210.66 817,709.64
Total do passivo 21,129,897.46 5,881,650.89
Total do capital próprio e passivo 38,022,193.55 24,478,425.69
76
1.1.1 Previsional
Balanço
Período N+2 Período N+3 Período N+4
Activos não correntes
Activos tangíveis 4,241,269.91 4,241,269.91 4,241,269.91
Activos tangíveis de investimento - - -
Activos intangíveis - - -
Investimento financeiro - - -
Outros investimentos - - -
Activos correntes
Inventário 7,891,061.99 7,891,061.99 7,891,061.99
Clientes - - -
Outro activos correntes 312,111.00 312,111.00 312,111.00
Caixa e banco 2,908,132.29 199,950.35 -
Total dos activos 15,352,575.19 12,644,393.25 12,444,442.90
Capital próprio e passivo
Capital próprio - - -
Capital social 500,000.00 500,000.00 500,000.00
Resultado transitado 18,346,774.80 14,284,865.55 11,125,683.61
Resultado líquido (4,061,909.25) (3,159,181.94) (251,049.65)
Total do capital próprio 14,784,865.55 11,625,683.61 11,374,633.96
Passivo não corrente - - -
Empréstimos obtidos - - -
Outros passivos não correntes - - -
Passivo corrente - - -
Fornecedores - - -
Empréstimos obtidos - - -
Imposto a pagar - - -
Outros passivos não correntes 567,709.64 1,018,709.64 1,069,808.94
Total do passivo 567,709.64 1,018,709.64 1,069,808.94
Total do capital próprio e passivo 15,352,575.19 12,644,393.25 12,444,442.90
77
13.1 Mapa de Demonstração de Resultados
1.1.2 Previsional
78
13.1.1 Fluxo de Caixa
79
14 Anexos
14.1 Notas explicativas
Base de preparação
As notas explicativas das df’s foram preparadas com base no Plano Geral de
Contabilidade das Normas Internacionais de Relato Financeiro (PGC-NIRF) que
foi aprovado pelo decreto 70/2009, de 22 de dezembro, onde consta uma
descrição do tipo de operação feita naquela rubrica bem como o seu saldo
operacional no fim de cada mês e o acumulado desses meses.
a) Meios financeiros
80
b) Inventários e activos biológicos
c) Investimento de capital
81
d) Contas a receber, contas a pagar, acréscimos e deferimento.
Clientes: são registados pelo valor faturado. O prazo médio de recebimento é de 30 dias;
Fornecedores: são registados nessa conta os valores a pagar aos fornecedores de bens ou
serviços;
Adiantamento a terceiros: registo das parcelas já pagas pelo direito a serviços a serem
recebidos por terceiros;
82
e) Capital social
f) Gastos e perdas
83
financeiros
Total MZM (27,263,949.60) (12,018,628.20)
Tabela xiv: Gastos e perdas. Fonte: E103
g) Rendimentos e ganhos
h) Despesas e receitas
Não se processou nenhuma ocorrência que afete ou que exijam divulgação nas
demonstrações financeiras da empresa.
84
Imobilizado
Equipamento de transporte
Equipamento Básico
PC C/ PIV 3 65070,00
Scanner 3 28689,00
Fotocopiadora 1 9 810,00
Fax 1 14007,00
Sub-total 414527,00
Mobiliário e Equipamento
administrativo
85
Sub-total 118084,00
Ferramentas e utensílios
Sub-total 7 808,00
86
Cronograma de Implementação do Sistema de Gestão de Qualidade ISO 9001:2015
Actividades
1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª
sem. sem. sem. sem. sem. sem. sem. sem. sem. sem.
Manifestação de
Interesse junto ao
INNOQ
Estudo da norma
ISO 9001:2015 e
os seus requisitos
Reunião com os
quadros da
empresa
Colecta e
Organização da
documentação
necessária
Análise dos
processos
estruturas e
organizacionais
Determinação de
Recursos
Sensibilização do
Pessoal
87
Treinamento do
Pessoal para o
ISSO
Elaboração do
Manual de
procedimentos
Implementação
de procedimentos
Monitoria e
Avaliação
Continua
Auditoria Externa
de Certificação
Melhoramento
contínuo
88
Cronograma de Implementação do Sistema de Gestão da Inovação
Determinação de recursos
Patenteamento
Desenvolvimento da Inovação
Implementação
Introdução no mercado
89