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• Dentre outros.
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Órgãos que compõem o Sistema Financeiro Nacional
São eles:
CMN- Conselho Monetário Nacional
BCB ou Bacen- Banco Central do Brasil
CVM- Comissão De Valores Mobiliários
Dentre outros.
O que é o CMN
O sistema financeiro é composto por diversas siglas e conceitos que podem gerar
dúvidas nas pessoas. Uma delas é a sigla CMN, que referência o Conselho Monetário
Nacional, órgão importantíssimo para o funcionamento do sistema financeiro brasileiro.
O CMN é o órgão que está no topo do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ou seja, ele
tem poder sobre todas as outras instituições. Para garantir o bom funcionamento do
sistema, desenvolvimento econômico e estabilidade da economia, o Conselho controla
a política de moeda e crédito no Brasil.
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História da CMN...
O Conselho Monetário Nacional foi criado no dia 31 de dezembro de 1964, durante a
ditadura militar. Porém, só começou a funcionar de fato no ano seguinte, em março de
1965.
Ao longo de sua existência, passou por várias mudanças em sua composição. Já
participaram do CMN ministérios, representantes da iniciativa privada e bancos
federais.
Curiosidade...
Mas a formação do CMN não foi sempre assim. Em grande parte de sua história, ele foi
formado pelo presidente do Bacen, ministro da Fazenda e o ministro do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão.
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Utilizar recursos estrangeiros de forma adequada, equilibrando o valor externo da
moeda nacional;
Encaminhar os recursos financeiros para instituições, tanto públicas quanto privadas,
em diferentes regiões do país, garantindo desenvolvimento social e econômico;
Cuidar da liquidez – ou seja, a capacidade transformar um ativo em dinheiro – e
solvência – ou seja, a capacidade de pagar as contas no prazo – das instituições do
sistema financeiro;
Autorizar, em conjunto com o Banco Central, a emissão de papel moeda;
Aprovar alterações e orçamentos solicitados pelo Banco Central;
Regulamentar operações de redesconto, descontos, comissões e taxa de juros.
Por ter o papel de regulamentar todas as instituições financeiras, ele está acima de
outros órgãos, como o Banco Central.
Por conta dessa atuação regulatória em relação aos bancos e às instituições financeiras,
o Bacen é popularmente chamado de “banco dos bancos”. Sem a sua atuação, as
relações econômicas entre bancos e a população não seriam viabilizadas.
Por exemplo, os bancos têm liberdade para ofertar seus produtos, mas devem seguir
regras rígidas de como operar no mercado. Assim, a população fica “protegida” de
abusos por parte das instituições financeiras.
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O mesmo acontece com as corretoras de valores, como a XP Investimentos. Elas
também são fiscalizadas pelo Bacen, garantindo que o cliente final tenha direitos e
condições estáveis para investir o dinheiro com segurança.
Os Estados Unidos, por exemplo, possuem o Federal Reserve (Fed), considerado o Banco
Central mais poderoso do mundo.
A Inglaterra tem o BC mais antigo do mundo, o BoE (Bank of England); a União Europeia
(UE) criou em 1998 o Banco Central Europeu (BCE) e outras diversas nações também
possuem essa instituição para monitorar o sistema financeiro.
História do Bacen...
Foi então que em 1964 foi criado o Banco Central do Brasil, no governo do presidente
Castello Branco, em pleno início de regime militar, para unificar as atividades.
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Qual a diferença do Conselho Monetário Nacional (CMN) para o
Banco Central?
O Conselho Monetário Nacional (CMN) trabalha em conjunto com o Banco Central. O
CMN é o órgão responsável por criar e regulamentar as normas e diretrizes de
funcionamento do Sistema Financeiro Nacional.
Nesta aula vamos falar sobre as diversas tarefas a cardo do Banco Central, e a
importância de cada uma delas.
Inflação baixa e estável: manter a inflação sob controle, ao redor da meta, é objetivo
fundamental do BC. A estabilidade dos preços preserva o valor do dinheiro, mantendo
o poder de compra da moeda. Para alcançar esse objetivo, o BC utiliza a política
monetária, política que se refere às ações do BC que visam afetar o custo do dinheiro
(taxas de juros) e a quantidade de dinheiro (condições de liquidez) na economia.
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Banco dos bancos: As instituições financeiras precisam manter contas no BC. Essas
contas são monitoradas para que as transações financeiras aconteçam com fluidez e
para que as próprias contas não fechem o dia com saldo negativo.
Emissor do dinheiro: O BC gerencia o meio circulante, que nada mais é do que garantir,
para a população, o fornecimento adequado de dinheiro em espécie.
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Formalmente, as competências do Copom são definir a meta da Taxa Selic e divulgar o
Relatório de Inflação. A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa
Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados
no Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre
reuniões ordinárias do Comitê.
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Quando são divulgadas as decisões das reuniões?
Os comunicados das decisões do Copom são divulgados após o término da segunda
sessão da reunião ordinária, a partir das 18h. As atas do Copom, em português, são
divulgadas às 8h00 da terça-feira da semana posterior a cada reunião, dentro do prazo
regulamentar de seis dias úteis. Já as apresentações técnicas de conjuntura referentes
ao primeiro e segundo dia de reunião são disponibilizadas, respectivamente, após 4 e 8
anos.
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O colegiado conta ainda com o suporte direto da Chefia de Gabinete, da Assessoria de
Comunicação Social, da Assessoria de Análise e Pesquisa, da Auditoria Interna, da
Procuradoria Federal Especializada, da Superintendência Geral e da Superintendência
Administrativa-Financeira.
A estrutura executiva da CVM é completada pela Superintendência Regional de Brasília
e a Coordenação Administrativa Regional de São Paulo.
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Atribuições
São atribuições do Conselho de Recursos: julgar em segunda e última instância
administrativa os recursos interpostos das decisões relativas às penalidades
administrativas aplicadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores
Mobiliários e pela Secretaria de Comércio Exterior; nas infrações previstas na legislação.
O Conselho tem ainda como finalidade julgar os recursos de ofício, interpostos pelos
órgãos de primeira instância, das decisões que concluírem pela não aplicação das
penalidades previstas no item anterior.
Estrutura
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é constituído por oito
Conselheiros, possuidores de conhecimentos especializados em assuntos relativos aos
mercados financeiro, de câmbio, de capitais, e de crédito rural e industrial, observada a
seguinte composição:
➢ um representante do Ministério da Fazenda (Minifaz);
➢ um representante do Banco Central do Brasil (Bacen);
➢ um representante da Secretaria de Comércio Exterior (MIDIC);
➢ um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
➢ quatro representantes das entidades de classe dos mercados afins, por estas
indicados em lista tríplice.
Tanto os Conselheiros Titulares, como os seus respectivos suplentes, são nomeados pelo
Ministro da Fazenda, com mandatos de dois anos, podendo ser reconduzidos uma única
vez.
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Fazem ainda parte do Conselho de Recursos dois Procuradores da Fazenda Nacional,
designados pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela
fiel observância da legislação aplicável, e um Secretário-Executivo, nomeado pelo
Ministério da Fazenda, responsável pela execução e coordenação dos trabalhos
administrativos. Para tanto, o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários
e a Secretaria de Comércio Exterior proporcionam o respectivo apoio técnico e
administrativo. O representante do Ministério da Fazenda é o presidente do Conselho e
o vice-presidente é o representante designado pelo Ministério da Fazenda dentre os
quatro representantes das entidades de classe que integram o Conselho.
Os bancos são supervisionados pelo Banco Central (BC), que trabalha para que as regras
e regulações do Sistema Financeiro Nacional (SFN) sejam seguidas por eles.
A manutenção da estabilidade e da solidez do SFN e, consequentemente, da economia
de um país, passa por um sistema bancário eficiente e seguidor das regras determinadas
pelo regulador.
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Os bancos podem ser classificados como Bancos de Investimento, Bancos
Comerciais e Bancos Múltiplos.
Estes bancos vendem os produtos bancários – dentre outras funções.
Independentemente da classificação, a função primordial de um banco é a
intermediação da transferência de recursos entre os agentes superavitários
(investidores) e os agentes deficitários (tomadores de recursos ou empréstimos).
Para tornar possível esta operação, os bancos pagam juros aos investidores e cobram
juros dos tomadores de recursos. Nesta operação, entretanto, os juros pagos aos
investidores são menores que os juros cobrados dos tomadores de empréstimo. Assim
se origina o lucro bancário, conhecido também como Spread Bancário.
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Depósito à vista (Conta Corrente)
A conta de depósitos à vista, mais conhecida como conta corrente, é aquela em que o
cliente do banco paga uma tarifa mensal para poder movimentar livremente os recursos
através de saques e depósitos.
Cada instituição financeira oferece variados pacotes de tarifas, cada um com uma gama
de produtos inclusa. Aqui, variam do número de saques e extratos, a inclusão de folhas
de cheque ou mesmo transferências interbancárias como TED.
Previdência Privada
A Previdência Privada também é chamada de Previdência Complementar. Esta é uma
forma de seguro contratada para garantir uma renda ao comprador ou seu beneficiário.
O valor do prêmio é aplicado pela entidade gestora, que, com base em cálculos atuariais,
determina o valor do benefício. No Brasil, as previdências privadas podem ser do tipo
aberta ou fechada. A aberta pode ser contratada por qualquer pessoa, enquanto a
fechada é destinada a grupos, como funcionários de uma empresa, por exemplo.
Caderneta de Poupança
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É por meio dos bancos que se abre uma caderneta de poupança. Todavia, não é
necessário ser correntista para tê-la. Basta comparecer a uma agência bancária –
portando CPF, documento de identidade e comprovantes de renda e residência – e
solicitar a abertura.
Capitalização
Um título de capitalização é um produto no qual um percentual dos valores pagos é
utilizado para o acúmulo de dinheiro. Este, por sua vez, é devolvido ao contratante –
com ou sem correção – após o prazo combinado.
Já o restante do valor é utilizado para a manutenção dos custos de sorteio e pagamento
de prêmios.
Investimentos
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O cartão de débito é utilizado para compras à vista. Para a sua utilização, é necessário
que haja saldo em conta. Já o cartão de crédito, como o próprio nome já nos deixa
implícito, funciona a crédito. Ou seja, é utilizado um valor de crédito liberado pela
operadora do cartão após uma análise prévia.
Consórcios
Um consórcio funciona com base em sorteios, que são chamados de contemplação.
Enquanto você não for contemplado, você vai pagando as parcelas sem ter a posse do
bem. Todavia, tome cuidado, pois um consórcio não é um investimento e não pode ser
vendido como tal. Ademais, eu não recomendo que uma pessoa faça um, porque
quando este for finalmente contemplado, o mecanismo do consórcio se assemelha a um
financiamento normal.
Financiamentos
Conceitualmente, um financiamento é uma operação financeira na qual um agente
superavitário (geralmente através do intermédio de uma instituição financeira)
empresta recursos a um agente deficitário, cobrando para isso juros.
Esta é a operação mais importante para um banco. Afinal, é onde ele aplica seus
recursos.
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Cooperativas de Crédito
As cooperativas de crédito funcionam como uma espécie de instituição financeira, mas
em que não existe correntista e sim um cooperado. Elas atuam também como forma de
financiar a produção, seja produtores rurais ou negócios urbanos. Os cooperados podem
fazer empréstimos a taxas menores do que os bancos oferecem, e fazem investimentos
que retornarão valorizados devido aos ganhos da cooperativa.
Cooperativas de Trabalho
Cooperativas de Produção
As cooperativas de consumo são o tipo mais antigo de cooperativas, e funciona por meio
da contribuição dos cooperados para a compra de artigos de consumo - originalmente
para alimentação. São realizadas compras em grandes quantidades, direto com os
produtores, e então repassadas à cooperativa, que oferece aos cooperados a preços
melhores do que o mercado tradicional.
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O que é um Cheque?
O cheque nada mais é que uma ordem de pagamento para efetuar uma compra ou até
mesmo realizar o pagamento para uma pessoa.
Antes mesmo das contas bancárias se digitalizarem, era muito comum empregadores
efetuarem o pagamento com o uso de cheque, que deveria ser compensado no banco.
Com isso, a pessoa que recebia o cheque (ou seja, o favorecido) tinha a ordem de sacar
o valor descrito pelo emitente e, assim, ter à disposição o valor em dinheiro em espécie.
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Emitente ou emissor: é a pessoa que coloca o cheque em circulação, ou seja, o
responsável por emitir o cheque;
Favorecido: é a empresa ou pessoa física que será favorecida com o cheque, ou seja, o
beneficiário;
Sacado: é o banco em que está depositado o dinheiro do emitente.
Tipos de cheque
Embora o talão de cheques seja utilizado para diversas finalidades, existem diferentes
tipos de cheque, que iremos explicar a seguir.
Cheque portador
Quando uma pessoa emite um cheque portador, não indica nenhum beneficiário em sua
folha.
Isso significa que esse cheque pode ser sacado por qualquer pessoa no banco.
Por conta do risco que pode representar, as instituições financeiras só aceitam a
emissão desse tipo de cheque para valores de até R$ 100. Caso queira pagar alguém por
um serviço prestado, é preciso mencionar o beneficiário, que é característica do cheque
nominal.
No cheque nominal consta o nome do favorecido, ou seja, a pessoa a quem o valor
descrito é destinado para o saque.
Para uso do cheque nominal, é preciso indicar a pessoa que fará o saque. Caso o
beneficiário queira transferir o cheque para que outra pessoa faça o depósito ou saque
o dinheiro, o documento precisa ser endossado com a assinatura do beneficiário na
parte de trás da folha
Para uso do cheque nominal, é preciso indicar a pessoa que fará o saque. Caso o
beneficiário queira transferir o cheque para que outra pessoa faça o depósito ou saque
o dinheiro, o documento precisa ser endossado com a assinatura do beneficiário na
parte de trás da folha
O emissor do cheque nominal tem o direito de impedir que o favorecido transfira o valor
do cheque para um terceiro. Para isso, basta escrever “não à ordem” após o nome do
beneficiário.
Quem já recebeu um cheque certamente já se deparou com duas linhas paralelas feitas
à caneta pelo emissor. Isso significa que o valor desse tipo de cheque não pode ser
sacado na boca do caixa.
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Para utilizar um cheque cruzado, é preciso fazer o depósito na conta do beneficiário. É
possível fazer essa transação pelo próprio caixa eletrônico. Muitos estabelecimentos
exigem que os emissores cruzem o cheque, para evitar casos de furto ou roubo do
cheque.
Quando acontece algum tipo de problema com cheques que não foram cruzados, o
emissor precisa de um tempo maior para sustar o cheque, ou seja, comprovar que o
valor não foi destinado corretamente ao beneficiário. Por isso mesmo, a utilização do
cheque cruzado é bastante comum como medida protetiva para o emissor. Quanto ao
beneficiário, porém, precisa ter uma conta corrente ou conta poupança para que o
dinheiro seja transferido.
Além disso, o cheque permite o parcelamento de uma compra sem ter que usar o limite
do cartão de crédito, por exemplo. Ou seja, para compras de alto valores, não é
necessário ter um alto limite, geralmente restrito a quem possui um alto score no banco,
por exemplo.
Muitos empreendedores aproveitam a vantagem de não ter que arcar com as taxas do
cheque para fazer o pagamento de fornecedores ou até mesmo como parte de seu fluxo
de caixa. Por isso mesmo, é comum o cheque ser sacado por quem não é o próprio
beneficiário.
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Desvantagens do uso do cheque
Apesar do benefício de não ter que usar o limite do cartão ou depender de um bom
score para o parcelamento de determinadas compras, o cheque ainda desperta muitos
receios, principalmente por parte dos beneficiários.
O maior medo de quem recebe é se deparar com um cheque sem fundo. Isso significa
que o beneficiário tentou sacar ou transferir o dinheiro para o seu nome, mas, por falta
de recursos do emissor, a transação acabou sendo cancelada.
Pode acontecer de haver uma devolução do cheque ao emissor. Nesse caso, é preciso
certificar de que possui o valor necessário para que o valor seja sacado pelo beneficiário.
Caso o cheque seja devolvido novamente, o emitente tem seu nome incluído no
Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) e pode ficar com o nome sujo ou
com o CPF restrito.
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preenchidos para oficializá-la e que elas podem, então, ser comerciais, cruzadas ou em
cheque.
Ordem comercial
Basicamente, trata-se de um cheque para saque do montante, mas emitido
exclusivamente por pessoas jurídicas e para envio de dinheiro a contas bancárias no
exterior.
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O que preciso saber sobre taxas e prazos de uma ordem de pagamento?
Para começar, é fundamental reforçarmos que os prazos são diferentes quando as
transações acontecem em território nacional e quando acontecem de um país para o
outro.
Taxas de emissão para esse tipo de documento costumam girar entre R$ 25 e R$ 30 e
são pagas por quem envia o montante a outra pessoa. Assim como os prazos, para
conhecê-las com certeza e descobrir como pagá-las, recomendamos a consulta junto à
instituição bancária responsável.
A Selic tem esse nome por conta do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, um
sistema administrado pelo Banco Central em que são negociados títulos públicos
federais. A taxa média registrada nas operações feitas diariamente nesse sistema
equivale à taxa Selic.
Mas de que tipo de operações estamos falando? São empréstimos de curtíssimo prazo
– com vencimento em apenas um dia – realizados entre as instituições financeiras, que
têm títulos públicos federais dados como garantia.
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O objetivo é assegurar a estabilidade da economia e evitar descontroles de preço como
os que o país já viveu em décadas passadas, que causam a perda do poder de compra
da moeda.
É aí que entra a Selic. Ela é a principal ferramenta que o Banco Central para controlar o
volume de recursos em circulação. Por isso, quando a economia está aquecida e os
preços começam a subir a ponto de minar a meta de inflação, a Selic é elevada. Com
juros mais altos, fica mais caro tomar crédito
A medida oposta é tomada em períodos em que a inflação está controlada ou abaixo da
meta. Quando há espaço, a Selic diminui, o que estimula o consumo e ajuda a aquecer
a economia.
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Como investir com a Selic baixa e alta?
Os movimentos da Selic têm impacto sobre a remuneração que os investidores
encontram nas aplicações financeiras de modo geral.
Em alguns casos, o impacto é imediato. É o caso dos investimentos de renda fixa. Esses
papéis, na prática, representam títulos de crédito. Assim, quando você compra um CDB
de um banco, na verdade “empresta” dinheiro a ele, por um determinado prazo, em
troca de uma remuneração – ou seja, juros.
O que é CETIP?
A CETIP ou Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos foi criada em 1984
pelas instituições financeiras do Brasil. O intuito era tornar todas as transações
financeiras mais eficientes. Isso porque, naquela época, tudo era feito em papel e, por
isso, levava-se muito tempo para ser realizado todos os registros.
No entanto, as atividades da CETIP tiveram início somente em 1986. Já no ano de 2008,
ela passou a ser uma empresa de capital aberto. E, finalmente, em 2017, ela se uniu à
BM&FBovespa, gerando assim a B3, a quinta maior bolsa de valores do mundo.
Apesar desta união, a CETIP continuou operando de forma independente, mantendo
toda a infraestrutura e tecnologia necessárias para que o mercado financeiro
continuasse funcionando. Isso porque ela é a responsável pela intermediação de
investimentos e negociações entre instituições financeiras
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Para conseguir manter o mercado financeiro funcionando bem, a CETIP possui uma
grande diversidade de funções, como por exemplo:
Disponibilizar uma plataforma online que permita a realização de negociações e
operações em tempo real;
Manter registros de todas as operações financeiras realizadas no mercado;
Efetuar a custódia escritural de contratos, ativos e títulos.
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Se houver diferença entre os dados do banco, agência, conta e CPF ou CNPJ, o
cancelamento é automático. A TED é devolvida no mesmo dia. E o DOC pode levar até 2
dias para retornar.
Se o erro for apenas no valor da transferência, o DOC ou a TED será realizado. Nesse
caso, você terá que conversar diretamente com o dono da conta para que ele devolva o
valor a mais.
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Além disso, as taxas também variam de acordo com a instituição. Se comparadas com
outros ativos de renda fixa, as LCs costumam oferecer rentabilidade próxima de 100%
do CDI.
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Uma ação, ou papel, é um pedaço de uma empresa. Logo, quem possui uma ação, é
sócio de uma empresa, sendo chamado de acionista. As empresas com acionistas são
chamadas de sociedades anônimas (S.A.) e elas podem ser de capital aberto ou de
capital fechado. As ações de uma S.A. de capital fechado não são comercializadas em
uma bolsa de valores. Já as ações de uma S.A. de capital aberto, são.
As ações são comercializadas livremente nas bolsas de valores. Elas podem ser
compradas da empresa que as emitiu ou de outros investidores. Ao comprar uma ação
de uma empresa, o investidor dá a ela dinheiro, em troca de se tornar dono de um
“pedaço” dela. Esse dinheiro pode ser usado para comprar equipamentos, pagar
funcionários, fazer pesquisas, entre outras coisas.
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Os índices são medidores do desempenho de uma bolsa de valores. O principal da bolsa
brasileira é o IBOVESPA, também abreviado como IBOV, que soma o desempenho das
empresas mais importantes que estão na bolsa. Há o IEE (Índice de Energia Elétrica), que
mede o desempenho de empresas do setor da energia elétrica; o SMLL (Índice Small
Cap), que mede o desempenho das empresas de pequeno porte; o INDX (Índice do Setor
Industrial), etc.
Existem ações emitidas pela bolsa que refletem índices, que são “espelhos” deles. O
BOVA11 é o espelho do IBOVESPA. Essa ação pode ser comprada e vendida livremente,
mas não rende um dividendo, pois nem todas as empresas da bolsa pagam dividendos.
Quando uma empresa ou instituição, que pode ser privada ou não, está precisando de
dinheiro ela pode emitir títulos de dívida, com um valor, uma taxa de juros e um prazo
definido. Quem compra o título, está emprestando dinheiro a quem o emitiu. Quando
esses títulos são emitidos pelo governo, eles são chamados de títulos da dívida pública.
Os mais conhecidos e seguros são os do governo federal, emitidos pelo Tesouro
Nacional.
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As bolsas pelo mundo
A maioria dos países tem apenas uma bolsa de valores, enquanto os Estados Unidos têm
duas: a NYSE e a NASDAQ, ambas na cidade de Nova Iorque. Já a República Popular da
China tem três: a de Shenzen, a de Shanghai e a de Hong Kong.
Algumas dezenas de países não possuem nenhuma bolsa de valores, como Mônaco e
Vaticano — dois microestados —, Cuba — um país socialista e de economia fechada —,
a República Democrática do Congo, a Etiópia, o Iêmen e o Tajiquistão.
Circuit breaker
O circuit breaker (do Inglês “quebrador de circuito”) é uma paralisação da bolsa de
valores, uma interrupção das negociações. Caso a bolsa brasileira acumule uma queda
de 10% em relação ao dia anterior, ela ficará paralisada por 30 minutos. Em caso de
queda de 15%, por 1 hora, mas em caso de 20%, o tempo de parada é indeterminado,
cabendo a bolsa definir um prazo de reabertura.
“Isso evita que negócios sejam realizados no desespero e aconteça uma queda
descontrolada nos preços dos ativos” e a bolsa “permite que os investidores tenham
tempo para se planejar em um momento de estresse do mercado”
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Ressalta-se que todo país necessita de capital e de investimentos de risco para poder se
desenvolver. E, desse modo, o mecanismo proporcionado pelo mercado de capitais é
fundamental para viabilizar o direcionamento dos recursos na economia.
Apesar de ser confundido com o mercado de ações, ele também permite a negociação
de outros valores mobiliários. Alguns deles são:
Debêntures;
Derivativos;
Títulos públicos;
Títulos de crédito privado;
Direitos e recibos de subscrição.
Nesse sentido, por conta da competição por preço entre as corretoras, algumas delas
zeraram as taxas de corretagem para a negociação de diversos ativos do mercado de
capitais. Por exemplo, para a compra de ações, fundos imobiliários e de minicontratos.
Além disso, o acesso à títulos públicos e privados por meio dessas corretoras se tornou
bastante facilitado nos últimos anos.
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Ativos negociados no Mercado de Capitais
O mercado de capitais é composto por bolsas de valores, sociedades corretoras e outras
instituições financeiras autorizadas pelos órgãos reguladores do setor. Essas instituições
negociam os principais títulos mobiliários do mercado de capitais
As ações são títulos emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor
fração do capital da empresa emitente. Então, o investidor em ações pode ser
considerado sócio de uma empresa da qual é acionista.
Por isso, esses investidores possuem direitos, tais como o recebimento de dividendos
oriundos da geração de caixa da companhia.
As debêntures são títulos emitidos também por companhias. Sendo que os recursos
captados através do lançamento de debêntures geralmente são destinados para o
capital fixo de empresas. A contrapartida é que os detentores desses títulos são
remunerados através de juros, participações nos lucros etc.
Os commercial papers nada mais são do que notas promissórias de curto prazo, utilizado
pelas empresas para financiar o seu capital de giro. Esses títulos são emitidos quando as
empresas necessitam de capital com urgência e querem fugir dos altos juros de
instituições financeiras.
Além disso, destaca-se que esses títulos normalmente possuem uma rentabilidade
maior do que aqueles oferecidos por bancos. Isso porque possuem maior risco em
relação aos grandes bancos, justamente por serem empresas de menor porte.
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A maior diferença entre as financeiras e os bancos é que a primeira não possui, por
exemplo, conta corrente ou caderneta de poupança.
Bolsa de Valores
A bolsa de valores é, de fato, o veículo que permite as negociações e as trocas dos
valores mobiliários. É por meio dela que as empresas podem fazer o IPO, passando a ser
companhias de capital aberto.
Além disso, é por meio da bolsa que o investidor pode adquirir e negociar ações, opções,
cotas de fundos e direitos. Por isso, ela é fundamental para o bom funcionamento do
mercado.
Além disso, é possível que o investidor tenha acesso à títulos privados e fundos de
investimentos por meio dessas corretoras. Sendo que esses títulos e fundos podem ser,
inclusive, oferecidos pela própria corretora.
Ao oferecer esses serviços, as distribuidoras cobram taxas de corretagem e de
administração. Por isso, é preciso que o investidor se atente se os produtos oferecidos
por elas são realmente rentáveis e vantajosos.
Instituições Reguladoras
Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
Anbima
Ancord
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A estrutura do mercado de capitais muitas vezes é confundida com o mercado de bolsa
de valores, por onde investidores compram e vendem ações. Contudo, existe uma
grande variedade de mercados que compõem toda a estrutura do mercado de capitais.
Mercado à vista
O mercado à vista talvez seja o mais conhecido e utilizado entre os componentes do
mercado de capitais. A sua principal característica é não ter uma data de vencimento
para as operações. Isto é, elas ocorrem no momento do ato, sendo de fato uma troca
entre valores mobiliários.
Mercado a termo
Diferente do mercado à vista, as operações do mercado a termo possuem uma data
futura, ou seja, um prazo pré-determinado para ocorrerem. Além disso, essas operações
possuem um preço fixado que depende da cotação no mercado à vista e de uma taxa de
juros.
Mercado futuro
O mercado futuro é, muitas vezes, confundido com o mercado a termo, por conta da
semelhança entre eles. De fato, no mercado futuro os ativos também são negociados de
forma que os participantes assumem o compromisso de comprar ou vender um ativo
por determinado preço no futuro.
Contudo, a diferença é que, no mercado a termo, os desembolsos acontecem apenas na
data de vencimento da operação. Por outro lado, no mercado futuro as variações de
preços são apuradas todos os dias. Isto é, a operação é ajustada diariamente pela bolsa
de valores.
Mercado de opções
O mercado de opções é o responsável pela negociação de direitos (e não obrigação) de
compra ou de venda de determinado ativo em uma data futura. Contudo, para deter
esse direito, a parte compradora deve pagar um prêmio para a parte vendedora no
instante que a operação inicia.
Mercado de derivativos
Por fim, o mercado de derivativos é o responsável por englobar todas as operações de
ativos que advém de outros ativos. Isto é, são operações “derivadas” de outros ativos.
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Esse tipo de operação é utilizado por diversos agentes de mercado como Hedge de
carteiras de investimento. Isso porque os derivativos são mecanismos de vender o risco
que se enxerga em determinado ativo.
O Mercado Primário:
O Mercado Primário refere-se à primeira emissão dos títulos ou valores mobiliários por
uma empresa, ou seja, quando uma empresa abre seu capital e lança suas ações na Bolsa
de Valores essa negociação acontece no mercado primário.
Essas emissões têm como meta a captação de recursos para a empresa e sua utilização
é realizada para novas aquisições, implantação de projetos internos, pagar suas dívidas
etc.
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Tesouro Direto
O Tesouro Direto tem emissão de títulos pelo Governo Federal, onde os investidores
podem realizar a compra desses títulos no Tesouro Nacional. Esses títulos possuem um
prazo determinado e rentabilidades diferentes.
Alguns títulos possuem ganhos com base na inflação ou na taxa Selic. Já os títulos
prefixados possibilitam ganhos com base nas taxas de juros.
Já no mercado secundário as negociações são realizadas entre os investidores e não
possuem garantias de rendimentos ou proteções. Esses investimentos possuem
variações conforme a oferta e a demanda.
Sendo assim, quando ocorre uma grande demanda pelos ativos, o seu valor irá
aumentar. Mas, se não ocorrer esse cenário o valor irá diminuir.
Fundos Imobiliários
Os Fundos Imobiliários são disponibilizados através dos cotistas que queiram vender o
ativo. Este tipo de ativo também pode ser negociado no mercado primário, mas, a sua
negociação é realizada de forma direta com o Fundo.
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Quais os ativos são negociados?
Uma série de títulos e ativos são negociados no mercado de balcão organizado: Ações
de Companhias Abertas: desde que registradas para a negociação em mercado de
balcão organizado; Debêntures: de emissão de companhia abertas; Bônus de Subscrição
Índices representativos de carteira de ações; Opções de compra e venda de valores
mobiliários; Direitos de Subscrição; Recibos de Subscrição; Quotas de fundos fechados
de investimento; etc.
Ordem On-Stop: é aquela que especifica o nível de preço a partir do qual a ordem deve
ser executada. Uma ordem on-stop de compra deve ser executada a partir do momento
em que, no caso de alta de preço, ocorra um negócio a preço igual ou superior ao preço
especificado.
Ordem Casada: é aquela constituída por uma ordem de venda de determinado ativo e
uma ordem de compra de outro, que só pode ser efetivada se ambas as transações
puderem ser executadas.
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A estrutura do Sistema de Pagamentos Brasileiro está ligada ao Banco Central do Brasil
(BC), o qual regulamenta e supervisiona os sistemas de compensação e liquidação,
arranjos e instituições de pagamento
Quaisquer operações financeiras de pagamento ou transferência - desde boletos, TEDs
e DOCs, pagamentos com cartão, compensação de cheques etc. - feitas entre pessoas
físicas, pessoas jurídicas, entidades governamentais ou demais instituições, são
processadas e liquidadas com mediação do SPB.
Estrutura do SPB
O SPB compreende as entidades operadoras de Infraestruturas do Mercado Financeiro
(IMF), além dos arranjos e as instituições de pagamento
Todos os entes que compõem o Sistema de Pagamentos Brasileiro são interconectados,
não tendo uma hierarquia definida entre eles. Ainda assim, todos estão subordinados à
vigilância do Banco Central e à regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que
está de acordo com as normas do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Os principais entes que integram o SPB são:
Instituições financeiras (Bancos e corretoras)
Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP)
Câmara de Ações e Renda Fixa Privada
Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP)
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC)
Câmara de Registro e Liquidação de Operações de Ativos BM&F, de Câmbio BM&F e de
Operações de Derivativos BM&F
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Compensar e liquidar operações com títulos e valores mobiliários, além de operações
realizadas em bolsas de mercadorias, de futuros e demais entidades;
Checar as transações para prevenir quaisquer tipos de fraudes;
Possibilitar a compensação de cheques;
Gerenciar riscos por meio de câmaras de liquidação;
Compensar e liquidar transações.
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Com a nova organização do sistema, o risco passou a recair sobre os próprios bancos,
que devem agora fornecer garantias para suas operações.
O Sistema de Pagamentos Brasileiro organiza essas transações bancárias feitas no país,
fazendo com que elas levem menos tempo para serem liquidadas e tenham
procedimentos mais eficazes, e diminuindo o risco de fraudes e problemas para os
agentes econômicos.
Com o SPB atuando para reduzir riscos sistêmicos, o país fica mais protegido contra a
possibilidade de problemas financeiros no cenário macroeconômico.
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O que é política cambial?
A política cambial refere-se ao governo buscando evitar variações muito bruscas na taxa
de câmbio, que no Brasil é flutuante. Um exemplo é o BACEN comprando e vendendo
dólares na busca de controlar a volatilidade da moeda no mercado.
Assim como nas outras políticas, a política cambial gera impactos em outros fatores
macroeconômicos. Sendo assim, uma expansão das exportações pode conduzir a um
acréscimo acentuado na quantidade moedas na economia. Isso levando em conta a
conversão para moeda local. Consequentemente, há uma pressão na inflação, o que
também prejudica o controle dos juros.
Em outras palavras, mudanças na forma de conduzir a política cambial, com o fim de
favorecer exportações, por exemplo, no fim do processo pode impactar numa maior
inflação.
O Banco Central (BC) é responsável por controlar a quantidade de moeda que circula na
economia por meio do Comitê de Política Monetária (COPOM). Sendo assim, as medidas
de Política Monetária adotadas visam o equilíbrio da economia, alterando a oferta de
moeda e definindo as taxas de juros. Definições importantes para conter e superar
crises, bem como manter a inflação sob controle.
Para conter a inflação, o Governo estabelece um regime de metas de inflação, que são
fixadas no início de cada ano. Sendo assim, o Bacen atua utilizando os instrumentos de
política monetária para cumprir tais metas.
Além disso, existe uma margem de tolerância. Por exemplo, se a meta da inflação em
determinado ano for de 4,5%, com uma tolerância de 1,5% para mais ou para menos,
caso ela fique entre 3% e 6% a meta será considerada cumprida.
Os principais mecanismos:
Os instrumentos da política monetária podem promover o aumento ou a redução da
quantidade de moeda em circulação. No Brasil, alguns desses instrumentos que estão à
disposição do Governo são:
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Recolhimento compulsório
Taxa de Redesconto
A taxa de juros
Recolhimento compulsório:
O recolhimento (ou depósito) compulsório funciona como uma forma de restringir a
moeda em circulação do país, tirando-a diretamente dos bancos e, assim, não chegando
à população.
Podemos dizer que o recolhimento compulsório é uma taxa que os bancos pagam ao
Banco Central, que pode ser feito em moeda ou em títulos públicos federais. Essa taxa
percentual é cobrada em transações relacionadas aos produtos bancários e é definida
pelo próprio Bacen, de acordo com a conveniência.
Ou seja, quando é preciso reduzir a atividade econômica no país, o Bacen eleva essas
taxas. Desta forma, os bancos têm menos recursos disponíveis para emprestar para a
população, atendendo assim a necessidade econômica de diminuir a quantidade de
moeda em circulação.
Por outro lado, quando é necessário que se tenha mais moedas circulando, a taxa
obrigatória é reduzida pelo Bacen, o que faz com que os bancos tenham mais recursos
para o oferecimento de crédito.
Taxa de Redesconto:
Outro instrumento da política monetária é a taxa de redesconto, que é uma taxa de
juros cobrada pelo Bacen nos empréstimos feitos aos bancos comerciais. É por esse
motivo que o Banco Central é chamado de “banco dos bancos”.
Essa é uma forma de controle monetário porque, quanto maiores as taxas pagas pelos
bancos, também serão altas as taxas cobradas dos clientes, dificultando esses
empréstimos e diminuindo a moeda em circulação.
A taxa de juros:
Outro dos principais mecanismos da política monetária no Brasil é a alteração da taxa
básica de juros (a taxa Selic).
Aqui, podemos dizer que quando a taxa Selic é elevada, as taxas cobradas pelos bancos
também se elevam. Sendo assim, a decisão para o aumento ou diminuição da taxa básica
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de juros é tomada de acordo com os interesses do Bacen de reduzir, ou impulsionar a
inflação.
Como o país se encontra em situação de superávit é muito mais simples elevar os gastos
e reduzir tributos. Afinal, isso não resultará em agravamento do endividamento do
governo.
Por outro lado, se um país se encontra em situação de déficit fiscal, adentrar em uma
política expansionista pode ser perigoso.
Isto porque, se o país já gasta mais do que arrecada e, ainda assim, eleva os seus gastos
e reduz a sua receita, isto pode agravar o déficit público.
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Quais são os riscos de uma política fiscal expansionista?
Como foi visto, uma política expansionista pode causar déficits públicos. Pode se tornar
um imenso problema se estes déficits saírem do controle. Quando um país começa a
acumular muitas dívidas, os credores passam a exigir um juro maior para emprestar os
seus recursos. Quando estes juros sobem o custo da dívida aumenta. Isso, por sua vez,
torna o orçamento do governo ainda mais deficitário, pois ele precisa incorrer em mais
gastos.
Muitos países tiverem sérios problemas por conta de políticas de gastos excessivamente
frouxas. Ao fim, o que o país precisa fazer é realizar uma política fiscal contracionista
para equalizar os gastos.
Open Market:
O open market é conhecido como o mercado aberto de títulos. Através deste mercado
o Banco Central pode comprar e vender títulos.
Dessa forma, a autoridade monetária influencia na quantidade de moeda disponível da
economia.
Na política monetária restritiva o objetivo é reduzir a liquidez disponível. Portanto, o
Banco Central vende títulos para as instituições financeiras.
Ao vender esses títulos o Bacen está retirando moeda da economia e inserindo títulos.
Dessa forma ele está reduzindo a liquidez da economia.
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Depósito compulsório:
O depósito compulsório é um saldo que os bancos comerciais precisam manter
depositado no Banco Central.
Este saldo serve para garantir que nem todos os recursos depositados nos bancos serão
disponibilizados como empréstimo.
Durante a política fiscal restritiva o Bacen eleva a taxa exigida do depósito compulsório.
Isto faz com que os bancos tenham menos recursos para emprestar. Dessa forma, a
atividade econômica é reduzida, bem como as expectativas de inflação.
Redesconto:
O redesconto se trata de um empréstimo do Bacen para bancos comerciais. Tipicamente
esses empréstimos detém um caráter punitivo, por isso são cobradas altas taxas.
Isto serve para punir as instituições que ficam com falta de recursos.
Durante a política fiscal contracionista o Banco Central eleva a taxa exigida pelo
redesconto. Dessa forma se reduz o risco que as instituições financeiras estão dispostas
a correr.
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