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O que é o Sistema Financeiro Nacional?

O sistema financeiro é o conjunto de instituições, mercados e recursos de um


determinado país, cujo principal objetivo e finalidade, é de canalizar a poupança gerada
pelos credores para os devedores.
Então, o trabalho acima mencionado de intermediação, é realizado por essas
instituições que integram o sistema financeiro e são consideradas como primordiais
para realizar a transformação de ativos financeiros que emitem os investidores em
ativos financeiros indiretos.

Sistema financeiro nacional


O sistema financeiro compreende os ativos financeiros, bem como as instituições, os
intermediários e os mercados financeiros.
A missão do Sistema Financeiro de uma economia de mercado, é o de captar aquele
excedente dos poupadores e canalizá-lo para os mutuários, sejam eles públicos ou
privados.

O que são ativos financeiros?


Os ativos financeiros são aqueles títulos ou lançamentos contábeis que emitem os
custos das unidades econômicas e que de certa maneira se constituem no meio para
manter a riqueza de quem tem e para aqueles que geram um passivo.
As características desses ativos são: a liquidez, o risco e a rentabilidade.

Função do Sistema Financeiro Nacional


Com o objetivo de exercer a função de controlador dentro do sistema financeiro existem
aqueles que chamamos de órgãos reguladores do sistema financeiro
São eles:

• CMN- Conselho Monetário Nacional

• BCB ou Bacen- Banco Central do Brasil

• CVM- Comissão De Valores Mobiliários

• Dentre outros.

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Órgãos que compõem o Sistema Financeiro Nacional
São eles:
CMN- Conselho Monetário Nacional
BCB ou Bacen- Banco Central do Brasil
CVM- Comissão De Valores Mobiliários
Dentre outros.

O que é o CMN
O sistema financeiro é composto por diversas siglas e conceitos que podem gerar
dúvidas nas pessoas. Uma delas é a sigla CMN, que referência o Conselho Monetário
Nacional, órgão importantíssimo para o funcionamento do sistema financeiro brasileiro.
O CMN é o órgão que está no topo do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ou seja, ele
tem poder sobre todas as outras instituições. Para garantir o bom funcionamento do
sistema, desenvolvimento econômico e estabilidade da economia, o Conselho controla
a política de moeda e crédito no Brasil.

Simplificando o que é a CMN


É mais simples do que parece. Imagine que o CMN é um(a) chefe de família, portanto a
pessoa responsável por organizar a vida financeira da família inteira. É ele(a) que faz a
divisão dos gastos, paga as contas, compra os insumos necessários e escolhe os
investimentos para todos. Aos outros membros da casa, cabe a função de colocar em
prática o que foi decidido pelo(a) chefe.

Qual seu objetivo?


O CMN tem como objetivo estabilizar a moeda nacional e manter o desenvolvimento
socioeconômico do país. Ele divulga as regras gerais que todas as empresas e instituições
que atuam no sistema financeiro devem cumprir.
Importante saber que ele não intervém diretamente – delegando esse papel a outros
órgãos. Mas é o grande divulgador de todas as regras do sistema financeiro.

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História da CMN...
O Conselho Monetário Nacional foi criado no dia 31 de dezembro de 1964, durante a
ditadura militar. Porém, só começou a funcionar de fato no ano seguinte, em março de
1965.
Ao longo de sua existência, passou por várias mudanças em sua composição. Já
participaram do CMN ministérios, representantes da iniciativa privada e bancos
federais.

Quem faz parte do CMN?


Em 2019, a composição do CMN foi reorganizada. Após essa mudança, fazem parte do
Conselho Monetário Nacional:
Ministro da Economia
Presidente do Bacen
Secretário especial da Fazenda

Curiosidade...
Mas a formação do CMN não foi sempre assim. Em grande parte de sua história, ele foi
formado pelo presidente do Bacen, ministro da Fazenda e o ministro do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão.

O que faz o Conselho Monetário Nacional?


O CMN é responsável por criar e regulamentar as diretrizes de funcionamento de todo
o Sistema Financeiro Nacional (SFN). Em conjunto com outros órgãos, ele garante que o
sistema tenha regras bem definidas.
Todas as instituições financeiras do Brasil devem cumprir as regras do CMN para poder
funcionar.
Dentre as funções que exerce, uma das principais é determinar as metas de inflação a
serem seguidas pelo Banco Central.
Existem também outras atribuições que são de responsabilidade desse órgão:
Fazer com que os meios de pagamento (a quantidade de moeda que o poder público
tem) estejam de acordo com as necessidades da economia;

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Utilizar recursos estrangeiros de forma adequada, equilibrando o valor externo da
moeda nacional;
Encaminhar os recursos financeiros para instituições, tanto públicas quanto privadas,
em diferentes regiões do país, garantindo desenvolvimento social e econômico;
Cuidar da liquidez – ou seja, a capacidade transformar um ativo em dinheiro – e
solvência – ou seja, a capacidade de pagar as contas no prazo – das instituições do
sistema financeiro;
Autorizar, em conjunto com o Banco Central, a emissão de papel moeda;
Aprovar alterações e orçamentos solicitados pelo Banco Central;
Regulamentar operações de redesconto, descontos, comissões e taxa de juros.
Por ter o papel de regulamentar todas as instituições financeiras, ele está acima de
outros órgãos, como o Banco Central.

O que é o Banco Central do Brasil e o que ele faz?


O Banco Central do Brasil é uma autarquia federal autônoma, o que significa que ele
tem autonomia perante a outros órgãos do poder público. Ou seja, ele não está
subordinado a nenhum outro órgão, mas opera com a supervisão do governo federal e
está ligado ao Ministério da Economia.

O Bacen tem o intuito de garantir a estabilidade do poder de compra da moeda nacional


no país e tem a responsabilidade de regulamentar o sistema financeiro.
Sendo o responsável pela regulamentação, ele controla as instituições financeiras que
podem ou não operar no Brasil. Toda e qualquer instituição do mercado financeiro está
sujeita às fiscalizações do Bacen e precisam de sua autorização para operar.

Por conta dessa atuação regulatória em relação aos bancos e às instituições financeiras,
o Bacen é popularmente chamado de “banco dos bancos”. Sem a sua atuação, as
relações econômicas entre bancos e a população não seriam viabilizadas.

Por exemplo, os bancos têm liberdade para ofertar seus produtos, mas devem seguir
regras rígidas de como operar no mercado. Assim, a população fica “protegida” de
abusos por parte das instituições financeiras.

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O mesmo acontece com as corretoras de valores, como a XP Investimentos. Elas
também são fiscalizadas pelo Bacen, garantindo que o cliente final tenha direitos e
condições estáveis para investir o dinheiro com segurança.

O Banco Central existe apenas no Brasil?


O Banco central não é uma entidade que existe apenas em solo brasileiro. Um Banco
Central pode ter um caráter de maior independência, ou seja, não sofrer interferência
direta do governo. A independência dos bancos centrais ao redor do mundo, depende
da dinâmica de cada país dentro do cenário global, como a realidade da sua moeda e do
objetivo final de cada instituição. Os principais países do mundo adotam o modelo do
Banco Central em seu sistema de governo. Os Estados Unidos, por exemplo, possuem o
Federal Reserve (Fed), considerado o Banco Central mais poderoso do mundo.

Os Estados Unidos, por exemplo, possuem o Federal Reserve (Fed), considerado o Banco
Central mais poderoso do mundo.
A Inglaterra tem o BC mais antigo do mundo, o BoE (Bank of England); a União Europeia
(UE) criou em 1998 o Banco Central Europeu (BCE) e outras diversas nações também
possuem essa instituição para monitorar o sistema financeiro.

História do Bacen...

O Bacen foi criado em 31 de dezembro de 1964 e começou a operar, de fato, em 1965.


Mas antes disso, existiu uma instituição que era o projeto para a sua criação.
Até 1945, a autoridade monetária do país era o Banco do Brasil. Era ele quem tentava
controlar as atividades financeiras. Porém, como um banco, tinha sua atuação limitada.

Para ampliar o campo de monitoramento do sistema financeiro do Brasil foi criada,


durante o governo de Getúlio Vargas, a Superintendência da Moeda e do Crédito, a
Sumoc. Ela recebeu a tarefa de controlar o mercado financeiro e a inflação, funções que
são o que mais definem a atuação do Banco Central como o conhecemos atualmente.
Portanto, as funções que hoje são de encargo do Banco Central, na época foram
divididas entre a Sumoc e o Banco do Brasil.

Foi então que em 1964 foi criado o Banco Central do Brasil, no governo do presidente
Castello Branco, em pleno início de regime militar, para unificar as atividades.

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Qual a diferença do Conselho Monetário Nacional (CMN) para o
Banco Central?
O Conselho Monetário Nacional (CMN) trabalha em conjunto com o Banco Central. O
CMN é o órgão responsável por criar e regulamentar as normas e diretrizes de
funcionamento do Sistema Financeiro Nacional.

Ou seja, é o CMN – em apoio ao BC – que determina as regras para todas as instituições


financeiras do Brasil.
Já o Banco Central é a instituição que mais vai executar e fiscalizar essas regras
determinadas, garantindo que as instituições financeiras atuem de acordo com a lei.
Basicamente, os dois órgãos trabalham em conjunto para garantir um bom
funcionamento do sistema financeiro.

Uma das principais funções do CMN é determinar anualmente as metas de inflação a


serem seguidas pelo BC. O comitê, desde 2019, é formado pelo presidente do BC, pelo
ministro da Economia e pelo secretário especial de Fazenda.

Bacen- Banco Central do Brasil

Nesta aula vamos falar sobre as diversas tarefas a cardo do Banco Central, e a
importância de cada uma delas.
Inflação baixa e estável: manter a inflação sob controle, ao redor da meta, é objetivo
fundamental do BC. A estabilidade dos preços preserva o valor do dinheiro, mantendo
o poder de compra da moeda. Para alcançar esse objetivo, o BC utiliza a política
monetária, política que se refere às ações do BC que visam afetar o custo do dinheiro
(taxas de juros) e a quantidade de dinheiro (condições de liquidez) na economia.

Sistema financeiro seguro e eficiente: Faz parte da missão do BC assegurar que o


sistema financeiro seja sólido (tenha capital suficiente para arcar com seus
compromissos) e eficiente.
Banco do governo: O BC detém as contas mais importantes do governo e é o depositório
das reservas internacionais do país.

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Banco dos bancos: As instituições financeiras precisam manter contas no BC. Essas
contas são monitoradas para que as transações financeiras aconteçam com fluidez e
para que as próprias contas não fechem o dia com saldo negativo.
Emissor do dinheiro: O BC gerencia o meio circulante, que nada mais é do que garantir,
para a população, o fornecimento adequado de dinheiro em espécie.

Serviços oferecidos pelo Bacen:


Além das funções que já falamos aqui, o Banco Central também oferece alguns serviços
que podem ser bastante úteis. Ele pode ser uma boa fonte de informação sobre assuntos
diretamente ligados às nossas finanças, como a cotação do dólar ou a taxa de juros dos
bancos.
Cotação de outras moedas: é possível ver os valores de outras moedas em relação ao
Real.
Boletins informativos sobre moedas do mundo inteiro.
O valor de taxas prefixadas relativas a operações de compra e venda de vens e veículos,
cartão de crédito, crédito pessoal e outros serviços bancários.
Dados importantes sobre tarifas bancárias, comparando as tarifas de diferentes bancos.
Simular a rentabilidade da poupança.
Dentre outros...

O que é como surgiu o COPOM?


O Comitê de Política Monetária (Copom) foi instituído em 20 de junho de 1996, com o
objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros. A
criação do Comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao
processo decisório, a exemplo do que já era adotado pelo Federal Open Market
Committee (FOMC), do Banco Central dos Estados Unidos, e pelo Central Bank Council,
do Banco Central da Alemanha.

Em junho de 1998, o Banco da Inglaterra também instituiu o seu Monetary Policy


Committee (MPC), assim como o Banco Central Europeu, desde a criação da moeda
única em janeiro de 1999. Atualmente, uma vasta gama de autoridades monetárias em
todo o mundo adota prática semelhante, facilitando o processo decisório, a
transparência e a comunicação com o público em geral.

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Formalmente, as competências do Copom são definir a meta da Taxa Selic e divulgar o
Relatório de Inflação. A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa
Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados
no Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre
reuniões ordinárias do Comitê.

Como ocorrem as reuniões do COPOM?


As reuniões ordinárias do Copom dividem-se em duas sessões, sendo a primeira sessão
reservada às apresentações técnicas de conjuntura econômica e a segunda destinada à
decisão da meta da Taxa Selic

Quem participa dessas reuniões?


Além do Presidente e dos Diretores do Banco Central, membros do Comitê, participam
da primeira sessão da reunião os chefes dos seguintes departamentos do Banco Central:
Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban),
Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab), Departamento Econômico
(Depec), Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), Departamento das Reservas
Internacionais (Depin) e Departamento de Assuntos Internacionais (Derin). A primeira
sessão dos trabalhos poderá contar, ainda, com a presença de outros servidores do
Banco Central, quando autorizados pelo Presidente.

O que acontece no primeiro dia de reuniões?


No primeiro dia das reuniões, os chefes de departamento apresentam uma análise
técnica de conjuntura abrangendo inflação, nível de atividade, evolução dos agregados
monetários, finanças públicas, balanço de pagamentos, economia internacional,
mercado de câmbio, reservas internacionais, mercado monetário, operações de
mercado aberto e expectativas gerais para variáveis macroeconômicas.

O que acontece no segundo dia de reuniões?


Já no segundo dia da reunião, além dos membros do Copom, participa, sem direito a
voto, o chefe do Depep, que realiza apresentação técnica contendo avaliação
prospectiva da inflação. Em seguida, os membros do Copom, com base na avaliação do
cenário macroeconômico e dos principais riscos associados, deliberam, por maioria
simples de votos, a meta da Taxa Selic.

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Quando são divulgadas as decisões das reuniões?
Os comunicados das decisões do Copom são divulgados após o término da segunda
sessão da reunião ordinária, a partir das 18h. As atas do Copom, em português, são
divulgadas às 8h00 da terça-feira da semana posterior a cada reunião, dentro do prazo
regulamentar de seis dias úteis. Já as apresentações técnicas de conjuntura referentes
ao primeiro e segundo dia de reunião são disponibilizadas, respectivamente, após 4 e 8
anos.

Como saber do dia das reuniões do COPOM


O calendário anual das reuniões ordinárias será divulgado mediante Comunicado do
Diretor de Política Monetária até o fim do mês de junho do ano anterior, admitindo-se
ajustes até o último dia do ano de sua divulgação.
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica
o documento "Relatório de Inflação", que analisa detalhadamente a conjuntura
econômica e financeira do País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de
inflação.

O que é a Comissão dos Valores Mobiliários-CVM?


A comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma entidade autárquica, em regime
especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, criada pela Lei nº 6.385, de 07 de
dezembro de 1976, com a finalidade de disciplinar, fiscalizar e desenvolver o mercado
de valores mobiliários.

A autarquia, com sede na cidade do Rio de Janeiro, é administrada por um Presidente e


quatro Diretores nomeados pelo Presidente da República. O Presidente e a Diretoria
constituem o Colegiado, que define políticas e estabelece práticas a serem implantadas
e desenvolvidas pelo corpo de Superintendentes, a instância executiva da CVM.

O Superintendente Geral acompanha e coordena as atividades executivas da Comissão


auxiliado pelos demais Superintendentes, pelos Gerentes a eles subordinados e pelo
Corpo Funcional.
Esses trabalhos são orientados, especificamente, para atividades relacionadas às
empresas, aos intermediários financeiros, aos investidores, à fiscalização externa, à
normatização contábil e de auditoria, aos assuntos jurídicos, ao desenvolvimento de
mercado, à internacionalização, à informática e à administração.

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O colegiado conta ainda com o suporte direto da Chefia de Gabinete, da Assessoria de
Comunicação Social, da Assessoria de Análise e Pesquisa, da Auditoria Interna, da
Procuradoria Federal Especializada, da Superintendência Geral e da Superintendência
Administrativa-Financeira.
A estrutura executiva da CVM é completada pela Superintendência Regional de Brasília
e a Coordenação Administrativa Regional de São Paulo.

Quais são as atribuições da CVM?


Nos termos da legislação, o exercício das atribuições da CVM tem como objetivo:
Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários;
Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e
estimular as aplicações permanentes em ações do capital social de companhias abertas
sob controle de capitais privados nacionais;

Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão;


Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra:
Emissões irregulares de valores mobiliários;
Atos ilegais de administradores e acionistas das companhias abertas, ou de
administradores de carteira de valores mobiliários;
O uso de informação relevante não divulgada no mercado de valores mobiliários.

Assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e


as companhias que os tenham emitido;
Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores
mobiliários; e
Assegurar a observância no mercado, das condições de utilização de crédito fixadas pelo
Conselho Monetário Nacional.

O que é e como surgiu o CRSFN


O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional - CRSFN foi criado pelo Decreto
n° 91.152, de 15.03.85. Transferiu-se do Conselho Monetário Nacional - CMN para o
CRSFN a competência para julgar, em segunda e última instância administrativa, os
recursos interpostos das decisões relativas à aplicação das penalidades administrativas.

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Atribuições
São atribuições do Conselho de Recursos: julgar em segunda e última instância
administrativa os recursos interpostos das decisões relativas às penalidades
administrativas aplicadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores
Mobiliários e pela Secretaria de Comércio Exterior; nas infrações previstas na legislação.

O Conselho tem ainda como finalidade julgar os recursos de ofício, interpostos pelos
órgãos de primeira instância, das decisões que concluírem pela não aplicação das
penalidades previstas no item anterior.

Estrutura
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é constituído por oito
Conselheiros, possuidores de conhecimentos especializados em assuntos relativos aos
mercados financeiro, de câmbio, de capitais, e de crédito rural e industrial, observada a
seguinte composição:
➢ um representante do Ministério da Fazenda (Minifaz);
➢ um representante do Banco Central do Brasil (Bacen);
➢ um representante da Secretaria de Comércio Exterior (MIDIC);
➢ um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
➢ quatro representantes das entidades de classe dos mercados afins, por estas
indicados em lista tríplice.

Quais as entidades que integram o CRSFN?


As entidades de classe que integram o CRSFN são as seguintes: Abrasca (Associação
Brasileira das Companhias Abertas), Anbid (Associação Nacional dos Bancos de
Investimento), CNBV (Comissão de Bolsas de Valores), Febraban (Federação Brasileira
das Associações de Bancos), Abel (Associação Brasileira das Empresas de Leasing),
Adeval (Associação das Empresas Distribuidoras de Valores), AEB (Associação de
Comércio Exterior do Brasil), sendo que os representantes das quatro primeiras
entidades têm assento no Conselho como membros-titulares e os demais, como
suplentes.

Tanto os Conselheiros Titulares, como os seus respectivos suplentes, são nomeados pelo
Ministro da Fazenda, com mandatos de dois anos, podendo ser reconduzidos uma única
vez.

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Fazem ainda parte do Conselho de Recursos dois Procuradores da Fazenda Nacional,
designados pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela
fiel observância da legislação aplicável, e um Secretário-Executivo, nomeado pelo
Ministério da Fazenda, responsável pela execução e coordenação dos trabalhos
administrativos. Para tanto, o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários
e a Secretaria de Comércio Exterior proporcionam o respectivo apoio técnico e
administrativo. O representante do Ministério da Fazenda é o presidente do Conselho e
o vice-presidente é o representante designado pelo Ministério da Fazenda dentre os
quatro representantes das entidades de classe que integram o Conselho.

O que são Bancos?


Banco é a instituição financeira especializada em intermediar o dinheiro entre
poupadores e aqueles que precisam de empréstimos, além de custodiar (guardar) esse
dinheiro. Ele providencia serviços financeiros para os clientes (saques, empréstimos,
investimentos, entre outros).

Os bancos são supervisionados pelo Banco Central (BC), que trabalha para que as regras
e regulações do Sistema Financeiro Nacional (SFN) sejam seguidas por eles.
A manutenção da estabilidade e da solidez do SFN e, consequentemente, da economia
de um país, passa por um sistema bancário eficiente e seguidor das regras determinadas
pelo regulador.

O que são Caixas Econômicas?


Caixas econômicas são empresas públicas que exercem atividades típicas de banco
comercial, com prioridade institucional para concessão de empréstimos e
financiamentos de programas e projetos de natureza social.
Atualmente, a única instituição desse segmento em atividade é a Caixa Econômica
Federal (CEF), vinculada ao Ministério da Fazenda

A CEF integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), é gestora dos


recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e de outros fundos do
Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Também é responsável pelo Programa de
Integração Social (PIS) e pelo Seguro-Desemprego e detém o monopólio de venda da
loteria federal. A CEF prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos de
programas e projetos nas áreas de assistência social, saúde, educação, trabalho e
esporte.

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Os bancos podem ser classificados como Bancos de Investimento, Bancos
Comerciais e Bancos Múltiplos.
Estes bancos vendem os produtos bancários – dentre outras funções.
Independentemente da classificação, a função primordial de um banco é a
intermediação da transferência de recursos entre os agentes superavitários
(investidores) e os agentes deficitários (tomadores de recursos ou empréstimos).

Para tornar possível esta operação, os bancos pagam juros aos investidores e cobram
juros dos tomadores de recursos. Nesta operação, entretanto, os juros pagos aos
investidores são menores que os juros cobrados dos tomadores de empréstimo. Assim
se origina o lucro bancário, conhecido também como Spread Bancário.

Qual é a função de um banco?


Um banco é uma instituição pertencente ao Sistema Financeiro Nacional, regulado
pelo BACEN e que cumpre as seguintes funções:
Rentabiliza as economias e poupanças das pessoas e empresas através do pagamento
de juros;
Financia o consumo e o investimento das pessoas e empresas cobrando juros e
comissões;
Realiza serviços de pagamentos e recebimentos também para seus clientes, sejam eles
pessoas físicas ou jurídicas – além de cobrar tarifas.

Quais os produtos bancários mais comuns?


➢ Depósito à vista (Conta Corrente)
➢ Previdência Privada
➢ Depósito a prazo (CDB)
➢ Caderneta de Poupança
➢ Cheque – Produtos Bancários
➢ Capitalização
➢ Investimentos
➢ Cartões de Crédito e Débito
➢ Consórcios
➢ Financiamentos

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Depósito à vista (Conta Corrente)
A conta de depósitos à vista, mais conhecida como conta corrente, é aquela em que o
cliente do banco paga uma tarifa mensal para poder movimentar livremente os recursos
através de saques e depósitos.
Cada instituição financeira oferece variados pacotes de tarifas, cada um com uma gama
de produtos inclusa. Aqui, variam do número de saques e extratos, a inclusão de folhas
de cheque ou mesmo transferências interbancárias como TED.

Previdência Privada
A Previdência Privada também é chamada de Previdência Complementar. Esta é uma
forma de seguro contratada para garantir uma renda ao comprador ou seu beneficiário.
O valor do prêmio é aplicado pela entidade gestora, que, com base em cálculos atuariais,
determina o valor do benefício. No Brasil, as previdências privadas podem ser do tipo
aberta ou fechada. A aberta pode ser contratada por qualquer pessoa, enquanto a
fechada é destinada a grupos, como funcionários de uma empresa, por exemplo.

Depósito a prazo (CDB)


Uma das principais funções dos bancos é o que se chama de intermediação financeira.
De uma forma mais simples e contextualizada, significa estabelecer pontes entre
poupadores e tomadores de recursos.
Os tomadores de recursos tomam empréstimos a prazos definidos e, como
compensação, pagam juros sobre esses valores.
Os poupadores, por sua vez, buscam obter ganhos na forma de juros ao deixar seus
recursos em aplicações financeiras, como fundos de investimento, cadernetas de
poupança ou Certificados de Depósito Bancário (CDB).

Caderneta de Poupança

A caderneta de poupança, ou simplesmente poupança, é um dos investimentos mais


tradicionais, conservadores e populares do Brasil.
É tradicional porque existe há mais de 140 anos. Conservador, pois seus rendimentos
não são tão vultosos, ao mesmo tempo em que não oferecem muitos riscos. E, por fim,
popular porque o aporte inicial sequer existe, o que a torna acessível à população de
baixa renda

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É por meio dos bancos que se abre uma caderneta de poupança. Todavia, não é
necessário ser correntista para tê-la. Basta comparecer a uma agência bancária –
portando CPF, documento de identidade e comprovantes de renda e residência – e
solicitar a abertura.

Cheque – Produtos Bancários


O cheque é uma ordem de pagamento à vista. Já os cheques pré-datados são apenas
uma convenção e ele pode ser nominal ou ao portador.
Um cheque nominal é aquele que preenchemos com os dados de quem se destina o
cheque. Para o saque dele, é necessária a apresentação do documento. Já um cheque
ao portador é aquele em que não é preenchido como nominal.

Capitalização
Um título de capitalização é um produto no qual um percentual dos valores pagos é
utilizado para o acúmulo de dinheiro. Este, por sua vez, é devolvido ao contratante –
com ou sem correção – após o prazo combinado.
Já o restante do valor é utilizado para a manutenção dos custos de sorteio e pagamento
de prêmios.

Investimentos

Um investimento nada mais é do que um capital que se aplica com a intenção de


multiplicação no decorrer do tempo.
Uma aplicação pode ser de renda fixa ou de renda variável. Para a renda fixa, temos o
Tesouro Selic como um exemplo. A renda variável, por sua vez, é sempre lembrada pelas
ações.

Cartões de Crédito e Débito

Um dos produtos bancários mais populares é o cartão de crédito. Apesar da semelhança


física, os cartões de crédito e débito têm funções muito diferentes.
O cartão de débito é ligado diretamente à conta corrente. Ou seja, quando você faz a
utilização dele, o valor é descontado imediatamente da sua conta.

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O cartão de débito é utilizado para compras à vista. Para a sua utilização, é necessário
que haja saldo em conta. Já o cartão de crédito, como o próprio nome já nos deixa
implícito, funciona a crédito. Ou seja, é utilizado um valor de crédito liberado pela
operadora do cartão após uma análise prévia.

Consórcios
Um consórcio funciona com base em sorteios, que são chamados de contemplação.
Enquanto você não for contemplado, você vai pagando as parcelas sem ter a posse do
bem. Todavia, tome cuidado, pois um consórcio não é um investimento e não pode ser
vendido como tal. Ademais, eu não recomendo que uma pessoa faça um, porque
quando este for finalmente contemplado, o mecanismo do consórcio se assemelha a um
financiamento normal.

Financiamentos
Conceitualmente, um financiamento é uma operação financeira na qual um agente
superavitário (geralmente através do intermédio de uma instituição financeira)
empresta recursos a um agente deficitário, cobrando para isso juros.
Esta é a operação mais importante para um banco. Afinal, é onde ele aplica seus
recursos.

O que são cooperativas?


Cooperativa é uma forma de associação entre indivíduos que tem como objetivo uma
atividade comum, e que seja trabalhada de forma a gerar benefícios iguais a todos os
membros, os chamados cooperados.
A base do funcionamento de uma cooperativa é a ação mútua, em cooperação. O
investimento para todas as partes é o mesmo e o retorno também.

Quais são os tipos de cooperativas?


Cooperativas de Crédito
Cooperativas de Trabalho
Cooperativas de Produção
Cooperativas de Consumo
Cooperativas Habitacionais

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Cooperativas de Crédito
As cooperativas de crédito funcionam como uma espécie de instituição financeira, mas
em que não existe correntista e sim um cooperado. Elas atuam também como forma de
financiar a produção, seja produtores rurais ou negócios urbanos. Os cooperados podem
fazer empréstimos a taxas menores do que os bancos oferecem, e fazem investimentos
que retornarão valorizados devido aos ganhos da cooperativa.

Cooperativas de Trabalho

Na cooperativa de trabalho os indivíduos reúnem-se sob o cooperativismo de forma a


conseguirem melhores condições gerais de trabalho, qualificação ou maior renda. Como
por exemplo os taxistas. As cooperativas de trabalho podem tanto ser de produção,
quando se reúne os produtos de cada trabalhador, ou de serviço, quando os cooperados
oferecem serviços a serem realizados e não produtos a serem vendidos.

Cooperativas de Produção

As cooperativas de produção são aquelas geralmente associadas ao setor primário da


economia, sendo um exemplo delas as cooperativas agrícolas. Essas organizações
processam e vendem a produção de grãos, por exemplo, para pequenos produtores.

As cooperativas de consumo são o tipo mais antigo de cooperativas, e funciona por meio
da contribuição dos cooperados para a compra de artigos de consumo - originalmente
para alimentação. São realizadas compras em grandes quantidades, direto com os
produtores, e então repassadas à cooperativa, que oferece aos cooperados a preços
melhores do que o mercado tradicional.

As cooperativas habitacionais podem ser para a construção de casas para os


cooperados, em regime de mutirão, formadas por profissionais da construção civil com
o objetivo de construir casas para eles e/ou outros, e ainda as cooperativas que
financiam as casas para os cooperados.

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O que é um Cheque?

O cheque nada mais é que uma ordem de pagamento para efetuar uma compra ou até
mesmo realizar o pagamento para uma pessoa.
Antes mesmo das contas bancárias se digitalizarem, era muito comum empregadores
efetuarem o pagamento com o uso de cheque, que deveria ser compensado no banco.
Com isso, a pessoa que recebia o cheque (ou seja, o favorecido) tinha a ordem de sacar
o valor descrito pelo emitente e, assim, ter à disposição o valor em dinheiro em espécie.

Como o cheque pode ser usado?


O cheque pode ser utilizado tanto à vista como a prazo. Ou seja, digamos que você
queira fazer um curso de idiomas e pretende fechar um semestre de pagamento. Com
o cheque, é possível usar o talão com seis folhas, uma para cada mês, e deixar registrado
o dia em que os valores serão compensados.
O cheque é um talão com diversas folhas, que servem para compensar diferentes tipos
de pagamento. Geralmente são emitidos pelo seu banco, integrado a um tipo de serviço
oferecido pela instituição financeira.
Na verdade, trata-se de um título de crédito da pessoa tida como beneficiária e, por
outro lado, um reconhecimento de que a pessoa emitente precisa ter saldo o suficiente
para pagar o valor descrito a ele.
Quando uma pessoa tida como beneficiária recebe um cheque, tem o direito de ir ao
banco mencionado e fazer o saque deste valor. Então, a instituição financeira verifica a
conta do emissor do cheque e faz o saque em benefício do favorecido.
O cheque pode ser utilizado para uma compra à vista ou até mesmo parcelar a compra.
Embora seja um meio de pagamento muito conhecido pelo brasileiro, nem todos os
lugares aceitam o seu uso.
Quando isso acontece, a pessoa responsável pelo cheque não tem o valor suficiente
para efetuar o pagamento
Justamente para evitar esse tipo de situação, muitos estabelecimentos não trabalham
com cheque.
Para saber como realmente funciona o cheque, é necessário entender os seguintes
termos:

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Emitente ou emissor: é a pessoa que coloca o cheque em circulação, ou seja, o
responsável por emitir o cheque;
Favorecido: é a empresa ou pessoa física que será favorecida com o cheque, ou seja, o
beneficiário;
Sacado: é o banco em que está depositado o dinheiro do emitente.

Tipos de cheque
Embora o talão de cheques seja utilizado para diversas finalidades, existem diferentes
tipos de cheque, que iremos explicar a seguir.
Cheque portador
Quando uma pessoa emite um cheque portador, não indica nenhum beneficiário em sua
folha.
Isso significa que esse cheque pode ser sacado por qualquer pessoa no banco.
Por conta do risco que pode representar, as instituições financeiras só aceitam a
emissão desse tipo de cheque para valores de até R$ 100. Caso queira pagar alguém por
um serviço prestado, é preciso mencionar o beneficiário, que é característica do cheque
nominal.
No cheque nominal consta o nome do favorecido, ou seja, a pessoa a quem o valor
descrito é destinado para o saque.

Para uso do cheque nominal, é preciso indicar a pessoa que fará o saque. Caso o
beneficiário queira transferir o cheque para que outra pessoa faça o depósito ou saque
o dinheiro, o documento precisa ser endossado com a assinatura do beneficiário na
parte de trás da folha
Para uso do cheque nominal, é preciso indicar a pessoa que fará o saque. Caso o
beneficiário queira transferir o cheque para que outra pessoa faça o depósito ou saque
o dinheiro, o documento precisa ser endossado com a assinatura do beneficiário na
parte de trás da folha

O emissor do cheque nominal tem o direito de impedir que o favorecido transfira o valor
do cheque para um terceiro. Para isso, basta escrever “não à ordem” após o nome do
beneficiário.
Quem já recebeu um cheque certamente já se deparou com duas linhas paralelas feitas
à caneta pelo emissor. Isso significa que o valor desse tipo de cheque não pode ser
sacado na boca do caixa.

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Para utilizar um cheque cruzado, é preciso fazer o depósito na conta do beneficiário. É
possível fazer essa transação pelo próprio caixa eletrônico. Muitos estabelecimentos
exigem que os emissores cruzem o cheque, para evitar casos de furto ou roubo do
cheque.

Quando acontece algum tipo de problema com cheques que não foram cruzados, o
emissor precisa de um tempo maior para sustar o cheque, ou seja, comprovar que o
valor não foi destinado corretamente ao beneficiário. Por isso mesmo, a utilização do
cheque cruzado é bastante comum como medida protetiva para o emissor. Quanto ao
beneficiário, porém, precisa ter uma conta corrente ou conta poupança para que o
dinheiro seja transferido.

Por que as pessoas ainda usam o cheque


Apesar de ser um meio de pagamento muito conhecido dos brasileiros, uma pesquisa
do Banco Central revelou que apenas 7% dos consumidores costumam utilizar o cheque
em suas transações. Esse é um número que tem caído cada vez mais. No ano de 2019,
por exemplo, foram realizadas cerca de 550 milhões de transações bancárias com o
cheque - uma queda comparada ao ano anterior, 2018, quando 633 milhões de
operações com cheque haviam sido computadas.

As instituições financeiras tradicionais ainda utilizam o cheque como opção de


pagamento, por mais que poucos clientes ainda desfrutem desse tipo de benefício.
Por mais que pessoas físicas tenham aderido à modelos digitais de pagamento, o cheque
ainda é bastante utilizado principalmente por microempresários. Isso porque ele
funciona bem como uma moeda corrente e, diferentemente dos cartões de crédito e de
débito, não têm cobrança de taxa.

Além disso, o cheque permite o parcelamento de uma compra sem ter que usar o limite
do cartão de crédito, por exemplo. Ou seja, para compras de alto valores, não é
necessário ter um alto limite, geralmente restrito a quem possui um alto score no banco,
por exemplo.
Muitos empreendedores aproveitam a vantagem de não ter que arcar com as taxas do
cheque para fazer o pagamento de fornecedores ou até mesmo como parte de seu fluxo
de caixa. Por isso mesmo, é comum o cheque ser sacado por quem não é o próprio
beneficiário.

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Desvantagens do uso do cheque

Apesar do benefício de não ter que usar o limite do cartão ou depender de um bom
score para o parcelamento de determinadas compras, o cheque ainda desperta muitos
receios, principalmente por parte dos beneficiários.
O maior medo de quem recebe é se deparar com um cheque sem fundo. Isso significa
que o beneficiário tentou sacar ou transferir o dinheiro para o seu nome, mas, por falta
de recursos do emissor, a transação acabou sendo cancelada.

Por conta disso, muitos estabelecimentos comerciais deixaram de aceitar o cheque


como opção de pagamento, ou só oferecem essa opção para clientes habituais.
É importante lembrar que a emissão de cheques sem fundo é considerada crime de
estelionato. Portanto, o emissor precisa tomar cuidado para não ter o valor de sua conta
comprometido na hora de emitir um cheque.

Pode acontecer de haver uma devolução do cheque ao emissor. Nesse caso, é preciso
certificar de que possui o valor necessário para que o valor seja sacado pelo beneficiário.
Caso o cheque seja devolvido novamente, o emitente tem seu nome incluído no
Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) e pode ficar com o nome sujo ou
com o CPF restrito.

Para que serve?


De forma geral, uma ordem de pagamento (ORPAG) é um formulário de autorização
preenchido por alguém - pessoa física ou jurídica - para que outra pessoa retire
determinada quantia em uma agência de determinada instituição bancária, mesmo se
não tiver conta cadastrada nesse banco ou em qualquer outro.
Esse documento também é usado para envio de remessas ao exterior e pode servir ainda
para que ex-funcionários recebam verbas rescisórias pagas pela área financeira da
empresa onde trabalharam.
Além disso, também serve para reembolsos e para o pagamento de serviços a
prestadores que não têm conta bancária.

Quais os tipos de ordens de pagamento?


Levando em consideração que a ORPAG pode ser usada para diversas finalidades, é
importante ressaltarmos que existem três diferentes tipos de formulários a serem

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preenchidos para oficializá-la e que elas podem, então, ser comerciais, cruzadas ou em
cheque.

Ordem comercial
Basicamente, trata-se de um cheque para saque do montante, mas emitido
exclusivamente por pessoas jurídicas e para envio de dinheiro a contas bancárias no
exterior.

Ordem de pagamento cruzada


Este modelo é específico para quem realiza transferências que devem “cair”
diretamente em contas bancárias e não podem ser sacadas.

Cheque de ordem de pagamento


Este é o formato mais comum. Ele é emitido pela instituição financeira de quem paga
determinado valor devido a outra pessoa e é enviado diretamente a quem retira esse
montante.
A moeda usada para o preenchimento de cheques de ordens de pagamentos sacados
no Brasil é o real (R$). Saques em outros países precisarão de cheques preenchidos em
dólar americano (USD), canadense (CAD) ou australiano (AUD); em euro (EUR) ou em
libra esterlina (GBP).
O funcionamento da ordem de pagamento é mais simples do que parece, mas não tão
simples quanto o de outros formatos mais conhecidos e utilizados atualmente. Veja
como utilizar!

Como funciona a ordem de pagamento?


Quando preenchida adequadamente por quem envia o valor em dinheiro e oficializada
pela instituição bancária vinculada à transferência, a ordem de pagamento funciona
como um documento oficial, uma autorização de transação.

Como receber por ordem de pagamento?


Basta que o beneficiário verifique no informativo da transferência como e onde retirar
seu dinheiro. Uma vez no local físico da retirada, ele poderá sacar a quantia ou recebê-
la em cheque, desde que apresente documento oficial de identificação com foto.

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O que preciso saber sobre taxas e prazos de uma ordem de pagamento?
Para começar, é fundamental reforçarmos que os prazos são diferentes quando as
transações acontecem em território nacional e quando acontecem de um país para o
outro.
Taxas de emissão para esse tipo de documento costumam girar entre R$ 25 e R$ 30 e
são pagas por quem envia o montante a outra pessoa. Assim como os prazos, para
conhecê-las com certeza e descobrir como pagá-las, recomendamos a consulta junto à
instituição bancária responsável.

Qual o prazo para sacar uma ordem de pagamento?


Saques de ordens de pagamento feitos no Brasil podem acontecer no mesmo dia da
transferência ou em até 48 horas após a sua realização. É raro, mas existem transações
que demoram até 7 dias úteis para serem disponibilizadas ao beneficiário.
No exterior esse prazo pode chegar até 45 dias para serem liberados.

O que é taxa Selic?


A taxa Selic representa os juros básicos da economia brasileira. Os movimentos da Selic
influenciam todas as taxas de juros praticadas no país – sejam as que um banco cobra
ao conceder um empréstimo, sejam as que um investidor recebe ao realizar uma
aplicação financeira.

A Selic tem esse nome por conta do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, um
sistema administrado pelo Banco Central em que são negociados títulos públicos
federais. A taxa média registrada nas operações feitas diariamente nesse sistema
equivale à taxa Selic.
Mas de que tipo de operações estamos falando? São empréstimos de curtíssimo prazo
– com vencimento em apenas um dia – realizados entre as instituições financeiras, que
têm títulos públicos federais dados como garantia.

Para que serve e como impacta a economia?


A Selic é um dos elementos centrais da estratégia de política monetária no Brasil, que
está baseada em um sistema de metas de inflação.
Criado em 1999, ele estabelece o compromisso do país em adotar medidas para manter
a inflação dentro de uma faixa fixada periodicamente pelo Conselho Monetário Nacional
(CMN).

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O objetivo é assegurar a estabilidade da economia e evitar descontroles de preço como
os que o país já viveu em décadas passadas, que causam a perda do poder de compra
da moeda.

O que o governo faz para tentar manter a inflação nesse patamar?


A principal estratégia de política monetária é influenciar a quantidade de dinheiro que
circula na economia. Não é difícil entender a lógica: quanto mais recursos estiverem
disponíveis, maior a tendência de as pessoas consumirem. E quando elas aumentam a
demanda por produtos e serviços, é natural que os preços subam. O contrário também
é verdadeiro.

É aí que entra a Selic. Ela é a principal ferramenta que o Banco Central para controlar o
volume de recursos em circulação. Por isso, quando a economia está aquecida e os
preços começam a subir a ponto de minar a meta de inflação, a Selic é elevada. Com
juros mais altos, fica mais caro tomar crédito
A medida oposta é tomada em períodos em que a inflação está controlada ou abaixo da
meta. Quando há espaço, a Selic diminui, o que estimula o consumo e ajuda a aquecer
a economia.

Quando e como é definida a Selic?


A taxa Selic “meta” é definida e anunciada pelo Comitê de Política Econômica (Copom),
um órgão do Banco Central formado pelo seu presidente e por alguns diretores
O Copom se reúne a cada 45 dias para decidir que Selic “meta” vai vigorar no próximo
mês e meio. As reuniões seguem um calendário definido no ano anterior e, em geral,
duram dois dias. Normalmente, segundo o Banco Central, em cada um desses encontros
os participantes assistem a apresentações técnicas, discutem sobre as perspectivas para
a economia brasileira e global, avaliam as condições de liquidez e ainda, o
comportamento dos mercados.

O que faz a Selic subir e cair?


Na prática, depois de estabelecer uma meta para a Selic, o Banco Central precisa agir
para que a taxa efetiva se mantenha naquele patamar. Não basta o anúncio – por si só,
ele não garante que os juros permaneçam no nível esperado.
A atuação do Banco Central acontece no que se chama de “mercado aberto”.
Basicamente, o que ele faz é comprar e vender títulos públicos federais, todos os dias,
aumentando ou diminuindo a oferta deles, de modo que a manter os juros próximos do
valor definido pelo Copom.

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Como investir com a Selic baixa e alta?
Os movimentos da Selic têm impacto sobre a remuneração que os investidores
encontram nas aplicações financeiras de modo geral.
Em alguns casos, o impacto é imediato. É o caso dos investimentos de renda fixa. Esses
papéis, na prática, representam títulos de crédito. Assim, quando você compra um CDB
de um banco, na verdade “empresta” dinheiro a ele, por um determinado prazo, em
troca de uma remuneração – ou seja, juros.

O que é CETIP?
A CETIP ou Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos foi criada em 1984
pelas instituições financeiras do Brasil. O intuito era tornar todas as transações
financeiras mais eficientes. Isso porque, naquela época, tudo era feito em papel e, por
isso, levava-se muito tempo para ser realizado todos os registros.
No entanto, as atividades da CETIP tiveram início somente em 1986. Já no ano de 2008,
ela passou a ser uma empresa de capital aberto. E, finalmente, em 2017, ela se uniu à
BM&FBovespa, gerando assim a B3, a quinta maior bolsa de valores do mundo.
Apesar desta união, a CETIP continuou operando de forma independente, mantendo
toda a infraestrutura e tecnologia necessárias para que o mercado financeiro
continuasse funcionando. Isso porque ela é a responsável pela intermediação de
investimentos e negociações entre instituições financeiras

Títulos trabalhados pela CETIP


Desde o início da sua atuação, a CETIP se estabeleceu como uma central depositária,
capaz de oferecer soluções para registros, depósitos e negociações de ativos.
Os principais deles estavam ligados à renda fixa. Entre os títulos que estão sob
responsabilidade da CETIP é possível citar: CDB (Certificado de Depósito Bancário), RDB
(Recibo de Depósito Bancários), Letras Hipotecárias, Debêntures, Swaps,
TED(Transferência Eletrônica Disponível), DOC (Documento de Crédito), Títulos de renda
fixa públicos, Certificados Financeiros do Tesouro Nacional, Crédito Securitizado da
União, Títulos De Dívida do Agronegócio.

O principal objetivo da CETIP é garantir que todas as transações de ativos e títulos


privados sejam negociados de forma confiável e rápida. É nela que estão centralizadas
e registradas todas as operações financeiras.
Todas as atividades da CETIP são regulamentadas pela CVM (Comissão de Valores
Mobiliários), que é vinculada ao Ministério da Fazenda.

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Para conseguir manter o mercado financeiro funcionando bem, a CETIP possui uma
grande diversidade de funções, como por exemplo:
Disponibilizar uma plataforma online que permita a realização de negociações e
operações em tempo real;
Manter registros de todas as operações financeiras realizadas no mercado;
Efetuar a custódia escritural de contratos, ativos e títulos.

O QUE É DOC e TED?


O Documento de Crédito (DOC) é uma transferência bancária limitada a R$ 4.999,99. Só
pode ser feita por instituições autorizadas pelo Banco Central.
A Transferência Eletrônica Disponível (TED) foi criada pelo Banco Central em 2002. Antes
havia limite mínimo de transferência, mas desde janeiro de 2016 o cliente pode enviar
qualquer valor.

Qual chega antes na conta?


A TED é mais rápida. Se você estiver com pressa, ela é a mais indicada. O valor cai na
conta do beneficiário poucos minutos após a autorização, se a transferência for feita
antes das 17h. Se você fizer o agendamento depois desse horário, o valor só aparecerá
na conta do beneficiado no dia seguinte.
Já o valor transferido por DOC só é efetivado no dia útil seguinte, para transações feitas
até as 21h59. Depois desse horário, o dinheiro só vai cair na conta do beneficiário no
segundo dia útil.

Qual tem o maior custo?


Não existe um valor fixo das transações para todos os bancos. Cada um deles pode
cobrar um valor. Além disso, a depender do pacote que você possui, as taxas podem ser
abatidas. Existem até pacotes que não cobram por esses serviços, e o cliente pode fazer
quantas transferências quiser.

Posso agendar e cancelar?


Para agendamento de DOC e TED, existem bancos que agendam o pagamento para as
duas modalidades. Você pode entrar em contato com a sua agência para saber se esse
serviço está disponível para a sua conta e se existe diferença na tarifa.
Já o cancelamento é feito nas seguintes situações:

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Se houver diferença entre os dados do banco, agência, conta e CPF ou CNPJ, o
cancelamento é automático. A TED é devolvida no mesmo dia. E o DOC pode levar até 2
dias para retornar.
Se o erro for apenas no valor da transferência, o DOC ou a TED será realizado. Nesse
caso, você terá que conversar diretamente com o dono da conta para que ele devolva o
valor a mais.

O que é Letra de Câmbio?


Letra de Câmbio, ou simplesmente LC, é um título de crédito emitido por instituições
financeiras que representa uma ordem de pagamento. O ativo faz parte da renda fixa e
é muito semelhante ao CDB (Certificado de Depósito Bancário) emitido pelos bancos.
A LC é considerada uma opção segura e com boa rentabilidade, podendo ser atrelada
ao CDI ou combinada com uma taxa fixa mais a inflação (por exemplo, 105 % do CDI ou
3,5% + IPCA). Além disso, é uma alternativa aos produtos tradicionais de renda fixa como
CDBs, LCIs e LCAs.
O prazo do investimento nas Letras de Câmbio varia bastante, mas costuma girar em
torno de dois anos e pode chegar até sete anos. O ideal, no caso, é manter o ativo
durante todo o período previsto, para aumentar os rendimentos no vencimento do
título.
Para os investidores de perfil mais conservados, a Letra de Câmbio é interessante para
diversificar as aplicações e buscar resultados melhores na carteira. Para os mais
arrojados, é uma forma de proteger parte do patrimônio com uma rentabilidade
superior a outros ativos do mercado.

Quem emite a letra de câmbio?


A Letra de Câmbio é emitida por sociedades de crédito, financiamento e investimentos
— ou seja: instituições financeiras de modo geral. Ao comprar uma Letra de Câmbio,
você está “emprestando” dinheiro à financeira que emitiu o título e, em troca, receberá
o valor acrescido de juros e correção monetária.
Na prática, a LC é uma ordem de pagamento, no qual o sacador emite a ordem para que
o sacado pague e o tomador se beneficie. Assim, o saque autoriza o tomador a procurar
o sacado para receber a quantia acordada no título, desde que cumpra as condições do
contrato.
A rentabilidade da Letra de Câmbio depende do tipo de título escolhido, pois há opções
prefixadas, pós-fixadas e híbridas

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Além disso, as taxas também variam de acordo com a instituição. Se comparadas com
outros ativos de renda fixa, as LCs costumam oferecer rentabilidade próxima de 100%
do CDI.

Quais os tipos de ativos LC?


LC prefixada
LC pós-fixada
LC híbrida
A Letra de Câmbio prefixada possui juros fixos e permite saber quanto será pago no
vencimento do título no ato da compra. É vantajosa caso os juros caiam dentro do prazo
de investimento, mas terá um rendimento abaixo do real se os juros subirem.
A Letra de Câmbio pós-fixada tem sua rentabilidade atrelada a indicadores como o CDI.
Dessa forma, para saber quanto o título vai render no final, é preciso acompanhar as
variações do indexador.
A Letra de Câmbio híbrida combina uma taxa prefixada e outra pós-fixada, como no
exemplo do CDI fixo atrelado à variação da inflação (IPCA). Por isso, é o tipo mais
indicado para quem deseja manter o poder de compra e obter ganhos reais sobre a
inflação — especialmente em objetivos de médio e longo prazo.

Letra de Câmbio tem proteção do FGC?


O FGC (Fundo Garantidor de Créditos) é uma instituição privada sem fins lucrativos que
protege os investidores brasileiros e previne o risco de uma crise bancária em nível
nacional. Ele é formado pelos recursos depositados periodicamente por instituições
como a Caixa Econômica Federal, bancos de desenvolvimentos e sociedades de crédito.
Assim, todas as modalidades de investimentos protegidas pelo FGC dão direito a uma
cobertura de R$ 250 mil (teto por CPF/CNPJ) em caso de falência da instituição
financeira. Felizmente, a Letra de Câmbio entra na lista de investimentos segurados,
dando mais tranquilidade para o investidor que escolhe esse título. Outros
investimentos cobertos pelo FGC são os CDBs, LCIs, LCAs, RDBs e LHs.

O que é uma bolsa de valores?


Uma bolsa de valores é um ambiente de negociações financeiras. Nela, negociam-se
ações, títulos de dívida, contratos futuros, commodities, entre outros. Mais abaixo
explicarei o que são esses ativos.

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Uma ação, ou papel, é um pedaço de uma empresa. Logo, quem possui uma ação, é
sócio de uma empresa, sendo chamado de acionista. As empresas com acionistas são
chamadas de sociedades anônimas (S.A.) e elas podem ser de capital aberto ou de
capital fechado. As ações de uma S.A. de capital fechado não são comercializadas em
uma bolsa de valores. Já as ações de uma S.A. de capital aberto, são.

As ações são comercializadas livremente nas bolsas de valores. Elas podem ser
compradas da empresa que as emitiu ou de outros investidores. Ao comprar uma ação
de uma empresa, o investidor dá a ela dinheiro, em troca de se tornar dono de um
“pedaço” dela. Esse dinheiro pode ser usado para comprar equipamentos, pagar
funcionários, fazer pesquisas, entre outras coisas.

Existem dois tipos de ações na bolsa brasileira: as ordinárias e as preferenciais. Quem


possui ações ordinárias tem direito a voto nas assembleias da empresa, em oposição às
ações preferenciais, com as quais o investidor não tem direito a voto nas assembleias e
recebe um dividendo maior, ou adiantado.

O dividendo é uma espécie de “salário” do acionista. É um valor pago pela empresa


periodicamente ao acionista, por cada ação que ele possui. Elas podem ser pagas a cada
3 meses, 6 meses, 1 ano, etc.
O dividendo é uma forma de lucro do acionista, mas ele também pode lucrar vendendo
a ação quando ela estiver mais valorizada do que quando ele comprou.

Commodities (do Inglês: mercadorias) são “insumos pouco processados em estado


bruto que possuem características semelhantes independente do produtor”, podendo
assim ter um preço padrão, em todo o mundo. Esse é o caso do petróleo bruto, da saca
de café, do ouro, etc.

As commodities podem ser classificadas assim:


Financeiras: títulos de dívida, créditos de carbono e moedas, como o dólar;
Agrícolas: soja, café arábica, milho, arroz e açúcar;
Minerais: ferro, ouro, petróleo e gás natural.
Esta é uma forma de classificá-las e esses são alguns exemplos de commodities.

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Os índices são medidores do desempenho de uma bolsa de valores. O principal da bolsa
brasileira é o IBOVESPA, também abreviado como IBOV, que soma o desempenho das
empresas mais importantes que estão na bolsa. Há o IEE (Índice de Energia Elétrica), que
mede o desempenho de empresas do setor da energia elétrica; o SMLL (Índice Small
Cap), que mede o desempenho das empresas de pequeno porte; o INDX (Índice do Setor
Industrial), etc.

Existem ações emitidas pela bolsa que refletem índices, que são “espelhos” deles. O
BOVA11 é o espelho do IBOVESPA. Essa ação pode ser comprada e vendida livremente,
mas não rende um dividendo, pois nem todas as empresas da bolsa pagam dividendos.

O que é home broker?


O home broker é um sistema eletrônico, ou seja, um programa de computador, que
reúne as cotações, as ações que o investidor já possui, entre outras coisas. Esse
sistema reúne muitas informações importantes e ainda permite que o investidor dê
ordens, de compra e venda, por exemplo, diretamente e em tempo real, sem ter que
fazer uma ligação telefônica à bolsa de valores, como era antigamente.

O que são Corretoras?


As corretoras são empresas que fazem a mediação das negociações na bolsa. Não é
possível investir na bolsa de valores sem ter uma corretora. As corretoras também
fornecem outros serviços e produtos, como orientações de investimento, o próprio
home broker, relatórios etc.

Quando uma empresa ou instituição, que pode ser privada ou não, está precisando de
dinheiro ela pode emitir títulos de dívida, com um valor, uma taxa de juros e um prazo
definido. Quem compra o título, está emprestando dinheiro a quem o emitiu. Quando
esses títulos são emitidos pelo governo, eles são chamados de títulos da dívida pública.
Os mais conhecidos e seguros são os do governo federal, emitidos pelo Tesouro
Nacional.

Um contrato futuro é um acordo de compra e venda a ser realizado no futuro, em uma


data estipulada com um preço determinado. Por exemplo, daqui 3 meses você comprará
1 tonelada de ferro, a um preço X, de um determinado vendedor. Isso permite que o
comprador e o vendedor da commodity não fiquem sujeitos às variações de preço, pois
não se sabe com certeza qual será o preço daquele produto na data estipulada.

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As bolsas pelo mundo
A maioria dos países tem apenas uma bolsa de valores, enquanto os Estados Unidos têm
duas: a NYSE e a NASDAQ, ambas na cidade de Nova Iorque. Já a República Popular da
China tem três: a de Shenzen, a de Shanghai e a de Hong Kong.
Algumas dezenas de países não possuem nenhuma bolsa de valores, como Mônaco e
Vaticano — dois microestados —, Cuba — um país socialista e de economia fechada —,
a República Democrática do Congo, a Etiópia, o Iêmen e o Tajiquistão.

Circuit breaker
O circuit breaker (do Inglês “quebrador de circuito”) é uma paralisação da bolsa de
valores, uma interrupção das negociações. Caso a bolsa brasileira acumule uma queda
de 10% em relação ao dia anterior, ela ficará paralisada por 30 minutos. Em caso de
queda de 15%, por 1 hora, mas em caso de 20%, o tempo de parada é indeterminado,
cabendo a bolsa definir um prazo de reabertura.
“Isso evita que negócios sejam realizados no desespero e aconteça uma queda
descontrolada nos preços dos ativos” e a bolsa “permite que os investidores tenham
tempo para se planejar em um momento de estresse do mercado”

A bolsa de valores brasileira


O Brasil também tem uma bolsa de valores, a B3, sigla para “Brasil, Bolsa, Balcão“. Ela
também é chamada de Bolsa de Valores de São Paulo, BOVESPA e BM&FBOVESPA. Estes
são nomes históricos dela. Nosso país também já teve a Bolsa de Valores do Rio Janeiro,
de 1820 a 2002, quando ela foi vendida e fundida com a bolsa de São Paulo.
Uma bolsa de valores funciona durante o horário comercial de seu país. A B3 começa a
operar às 09:30 e fecha às 18:00, no horário de Brasília. Enquanto uma bolsa de valores
está operando, é possível fazer negociações e os preços dos ativos variam.
Mas de quem é a bolsa de valores? Ela pertence ao governo? Ela é classificada como
uma empresa? A B3 é, sim, uma empresa, de capital aberto, uma sociedade anônima
(S.A.), ou seja: ela pertence aos seus acionistas. E é assistida pela CVM.

O que é mercado de capitais?


O mercado de capitais é um mecanismo de distribuição de valores mobiliários que existe
para dar liquidez a títulos emitidos por empresas em suas captações de recursos. Sua
estrutura é constituída pelas bolsas de valores, corretoras e demais instituição
financeiras.

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Ressalta-se que todo país necessita de capital e de investimentos de risco para poder se
desenvolver. E, desse modo, o mecanismo proporcionado pelo mercado de capitais é
fundamental para viabilizar o direcionamento dos recursos na economia.
Apesar de ser confundido com o mercado de ações, ele também permite a negociação
de outros valores mobiliários. Alguns deles são:
Debêntures;
Derivativos;
Títulos públicos;
Títulos de crédito privado;
Direitos e recibos de subscrição.

Todos esses valores mobiliários são de fundamental importância na economia. E é por


meio do mercado de capitais que eles podem ser transacionados, estimulado o mercado
de investimentos
Caso essa negociação não fosse possível, a demanda por valores mobiliários por
investidores seria menor, o que atrasaria o desenvolvimento econômico.
Destaca-se ainda que esse mercado faz parte do sistema financeiro, juntamente com o
mercado monetário e de crédito.

Mercado de capitais brasileiro:


No Brasil, o mercado financeiro ainda é, infelizmente, muito pouco desenvolvido. Essa
falta de avanço é observada sobretudo quando comparada aos países desenvolvidos e
até com os seus pares emergentes.
No entanto, essa baixa penetração contrasta com a fácil acessibilidade que os
investidores têm para iniciar suas operações nesse mercado. Isso porque não há tanta
burocracia para abrir uma conta em uma corretora e os custos com corretagem estão
cada vez menores.

Nesse sentido, por conta da competição por preço entre as corretoras, algumas delas
zeraram as taxas de corretagem para a negociação de diversos ativos do mercado de
capitais. Por exemplo, para a compra de ações, fundos imobiliários e de minicontratos.
Além disso, o acesso à títulos públicos e privados por meio dessas corretoras se tornou
bastante facilitado nos últimos anos.

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Ativos negociados no Mercado de Capitais
O mercado de capitais é composto por bolsas de valores, sociedades corretoras e outras
instituições financeiras autorizadas pelos órgãos reguladores do setor. Essas instituições
negociam os principais títulos mobiliários do mercado de capitais
As ações são títulos emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor
fração do capital da empresa emitente. Então, o investidor em ações pode ser
considerado sócio de uma empresa da qual é acionista.

Por isso, esses investidores possuem direitos, tais como o recebimento de dividendos
oriundos da geração de caixa da companhia.
As debêntures são títulos emitidos também por companhias. Sendo que os recursos
captados através do lançamento de debêntures geralmente são destinados para o
capital fixo de empresas. A contrapartida é que os detentores desses títulos são
remunerados através de juros, participações nos lucros etc.

Os commercial papers nada mais são do que notas promissórias de curto prazo, utilizado
pelas empresas para financiar o seu capital de giro. Esses títulos são emitidos quando as
empresas necessitam de capital com urgência e querem fugir dos altos juros de
instituições financeiras.

Estrutura do Mercado de Capitais


O mercado de capitais funciona de acordo com uma estrutura que permite o seu bom
funcionamento. Cada um dos componentes do mercado possui uma função específica,
por exemplo, de auxiliar na negociação ou de fiscalizar a negociação dos ativos.

Outro agente fundamental na estrutura do mercado de capitais são as instituições


financeiras. Essas instituições possuem papel fundamental no Sistema Financeiro
Nacional, visto que otimizam a alocação e giro de capital no mercado por meio de
empréstimos e financiamentos.
Ressalta-se que as financeiras, apesar de serem diferentes dos bancos, possuem
algumas semelhanças e similaridades. Por exemplo, também são responsáveis por
emitir investimentos, isto é, por “fabricar” novos títulos privados.

Além disso, destaca-se que esses títulos normalmente possuem uma rentabilidade
maior do que aqueles oferecidos por bancos. Isso porque possuem maior risco em
relação aos grandes bancos, justamente por serem empresas de menor porte.

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A maior diferença entre as financeiras e os bancos é que a primeira não possui, por
exemplo, conta corrente ou caderneta de poupança.

Bolsa de Valores
A bolsa de valores é, de fato, o veículo que permite as negociações e as trocas dos
valores mobiliários. É por meio dela que as empresas podem fazer o IPO, passando a ser
companhias de capital aberto.
Além disso, é por meio da bolsa que o investidor pode adquirir e negociar ações, opções,
cotas de fundos e direitos. Por isso, ela é fundamental para o bom funcionamento do
mercado.

Sociedades corretoras e distribuidoras


As sociedades corretoras e distribuidoras são as responsáveis por intermediar o
processo de compra e venda de títulos e valores mobiliários. Ou seja, elas são as
responsáveis por interpor as operações envolvendo, por exemplo, ações, títulos
públicos, derivativos e câmbio.
É por isso que uma das ferramentas oferecida ao investidor por essas corretoras é o
Home Broker. Sendo que é por ele que investidores podem adquirir e trocar valores
mobiliários entre si.

Além disso, é possível que o investidor tenha acesso à títulos privados e fundos de
investimentos por meio dessas corretoras. Sendo que esses títulos e fundos podem ser,
inclusive, oferecidos pela própria corretora.
Ao oferecer esses serviços, as distribuidoras cobram taxas de corretagem e de
administração. Por isso, é preciso que o investidor se atente se os produtos oferecidos
por elas são realmente rentáveis e vantajosos.

Instituições Reguladoras
Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
Anbima
Ancord

Essas instituições têm o dever de fiscalizar e garantir todo o bom funcionamento do


Mercado de Capitais.

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A estrutura do mercado de capitais muitas vezes é confundida com o mercado de bolsa
de valores, por onde investidores compram e vendem ações. Contudo, existe uma
grande variedade de mercados que compõem toda a estrutura do mercado de capitais.

Mercado à vista
O mercado à vista talvez seja o mais conhecido e utilizado entre os componentes do
mercado de capitais. A sua principal característica é não ter uma data de vencimento
para as operações. Isto é, elas ocorrem no momento do ato, sendo de fato uma troca
entre valores mobiliários.

Mercado a termo
Diferente do mercado à vista, as operações do mercado a termo possuem uma data
futura, ou seja, um prazo pré-determinado para ocorrerem. Além disso, essas operações
possuem um preço fixado que depende da cotação no mercado à vista e de uma taxa de
juros.

Mercado futuro
O mercado futuro é, muitas vezes, confundido com o mercado a termo, por conta da
semelhança entre eles. De fato, no mercado futuro os ativos também são negociados de
forma que os participantes assumem o compromisso de comprar ou vender um ativo
por determinado preço no futuro.
Contudo, a diferença é que, no mercado a termo, os desembolsos acontecem apenas na
data de vencimento da operação. Por outro lado, no mercado futuro as variações de
preços são apuradas todos os dias. Isto é, a operação é ajustada diariamente pela bolsa
de valores.

Mercado de opções
O mercado de opções é o responsável pela negociação de direitos (e não obrigação) de
compra ou de venda de determinado ativo em uma data futura. Contudo, para deter
esse direito, a parte compradora deve pagar um prêmio para a parte vendedora no
instante que a operação inicia.

Mercado de derivativos
Por fim, o mercado de derivativos é o responsável por englobar todas as operações de
ativos que advém de outros ativos. Isto é, são operações “derivadas” de outros ativos.

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Esse tipo de operação é utilizado por diversos agentes de mercado como Hedge de
carteiras de investimento. Isso porque os derivativos são mecanismos de vender o risco
que se enxerga em determinado ativo.

O Mercado Primário:
O Mercado Primário refere-se à primeira emissão dos títulos ou valores mobiliários por
uma empresa, ou seja, quando uma empresa abre seu capital e lança suas ações na Bolsa
de Valores essa negociação acontece no mercado primário.
Essas emissões têm como meta a captação de recursos para a empresa e sua utilização
é realizada para novas aquisições, implantação de projetos internos, pagar suas dívidas
etc.

Já o Mercado Secundário refere-se ao ambiente onde os investidores realizam compras


e vendas dos ativos que são emitidos por empresas. Mas, neste modelo de mercado a
empresa não participa das negociações, ou seja, só acontece a transferência de
propriedade e capital entre investidores.

Quais ativos são negociados no mercado primário e secundário?


O mercado primário possibilita que as empresas negociem com investidores com a meta
de arrecadar dinheiro para realizar aplicações para o desenvolvimento da empresa.
Vamos conhecer algumas opções de ativos que são negociados neste mercado:
Ações
Para que uma empresa comece a negociar no mercado de ações, ela precisará fazer um
IPO (Oferta Inicial Pública). Depois, a empresa precisará emitir uma quantidade de
papéis e realizar as negociações de forma direta com os investidores.
Esse método ocorre com a venda de lotes que possuem 100 ações na Bolsa de Valores.
Quando um investidor compra estas ações o valor vai para a empresa realizar aplicações
do melhor modo que preferir.
CDBs e Debêntures
Os CDBs e Debêntures também são negociados no mercado primário, ou seja, os ativos
de renda fixa também podem ser negociados neste mercado.
Os CDBs são títulos de dívidas que são emitidos por instituições financeiras para a
captação de novos recursos. Esse modelo de títulos possui um prazo estabelecido para
ser resgatado.
Já as debêntures são emitidas por empresas que desejam captar recursos para investir
em novas máquinas, pagar dívidas etc.

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Tesouro Direto
O Tesouro Direto tem emissão de títulos pelo Governo Federal, onde os investidores
podem realizar a compra desses títulos no Tesouro Nacional. Esses títulos possuem um
prazo determinado e rentabilidades diferentes.
Alguns títulos possuem ganhos com base na inflação ou na taxa Selic. Já os títulos
prefixados possibilitam ganhos com base nas taxas de juros.
Já no mercado secundário as negociações são realizadas entre os investidores e não
possuem garantias de rendimentos ou proteções. Esses investimentos possuem
variações conforme a oferta e a demanda.
Sendo assim, quando ocorre uma grande demanda pelos ativos, o seu valor irá
aumentar. Mas, se não ocorrer esse cenário o valor irá diminuir.
Fundos Imobiliários
Os Fundos Imobiliários são disponibilizados através dos cotistas que queiram vender o
ativo. Este tipo de ativo também pode ser negociado no mercado primário, mas, a sua
negociação é realizada de forma direta com o Fundo.

O que é o Mercado de Balcão Organizado?


O mercado de balcão organizado é um ambiente com sistemas informatizados e regras
para a negociação de títulos e valores mobiliários (ações, cotas de Fundo, e outros
ativos). Este ambiente é administrado por instituições autorizadas a funcionar pela CVM
e por ela supervisionadas. São as chamadas instituições autorreguladoras, entre elas
corretoras, bancos etc.
Basicamente, todas as instituições integrantes do sistema de distribuição de valores
mobiliários: as corretoras de valores, as distribuidoras e os bancos de investimento.
Desde que atendam aos requisitos impostos pela CVM (Comissão de Valores
Monetários) e pelo Banco Central. Para se tornar membro do mercado de balcão
organizado é necessário cumprir todos os requisitos impostos pela entidade
administradora, pela CVM e pelo Banco Central do Brasil.

Como operar no Mercado de Balcão?


Os investidores devem ser orientados pela instituição de que é cliente (corretoras), e
esta irá lhe informar:
1. As regras de operação do mercado de balcão organizado,
2. Todos os detalhes dos negócios executados em nome do investidor

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Quais os ativos são negociados?
Uma série de títulos e ativos são negociados no mercado de balcão organizado: Ações
de Companhias Abertas: desde que registradas para a negociação em mercado de
balcão organizado; Debêntures: de emissão de companhia abertas; Bônus de Subscrição
Índices representativos de carteira de ações; Opções de compra e venda de valores
mobiliários; Direitos de Subscrição; Recibos de Subscrição; Quotas de fundos fechados
de investimento; etc.

Tipos de Operações no Mercado de Balcão:


Podem ser realizadas operações de diferentes tipos no mercado de balcão, os mais
comuns são:
Ordem a Mercado: é aquela que especifica somente a quantidade e as características
dos ativos a serem comprados ou vendidos, devendo ser executada a partir do momento
em que for recebida pelo intermediário.
Ordem Limitada: é aquela que deve ser executada somente a preço igual ou melhor do
que o especificado pelo cliente.
Ordem Administrada: é aquela que especifica somente a quantidade e as características
dos ativos a serem comprados ou vendidos, ficando a critério do intermediário o melhor
momento para execução.

Ordem On-Stop: é aquela que especifica o nível de preço a partir do qual a ordem deve
ser executada. Uma ordem on-stop de compra deve ser executada a partir do momento
em que, no caso de alta de preço, ocorra um negócio a preço igual ou superior ao preço
especificado.
Ordem Casada: é aquela constituída por uma ordem de venda de determinado ativo e
uma ordem de compra de outro, que só pode ser efetivada se ambas as transações
puderem ser executadas.

O que é o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)?


O Sistema de Pagamentos Brasileiro, também chamado pela sigla SPB, é uma estrutura
que abrange uma série de entidades, operações e instituições integradas, as quais
viabilizam a realização de transações financeiras pelos mais diversos agentes
econômicos do Brasil.
Dessa forma, pode-se dizer que o objetivo principal do SPB é possibilitar a liquidação de
operações e a transferência de recursos e ativos financeiros em território brasileiro, seja
em moeda nacional ou estrangeira.

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A estrutura do Sistema de Pagamentos Brasileiro está ligada ao Banco Central do Brasil
(BC), o qual regulamenta e supervisiona os sistemas de compensação e liquidação,
arranjos e instituições de pagamento
Quaisquer operações financeiras de pagamento ou transferência - desde boletos, TEDs
e DOCs, pagamentos com cartão, compensação de cheques etc. - feitas entre pessoas
físicas, pessoas jurídicas, entidades governamentais ou demais instituições, são
processadas e liquidadas com mediação do SPB.

Estrutura do SPB
O SPB compreende as entidades operadoras de Infraestruturas do Mercado Financeiro
(IMF), além dos arranjos e as instituições de pagamento
Todos os entes que compõem o Sistema de Pagamentos Brasileiro são interconectados,
não tendo uma hierarquia definida entre eles. Ainda assim, todos estão subordinados à
vigilância do Banco Central e à regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que
está de acordo com as normas do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Os principais entes que integram o SPB são:
Instituições financeiras (Bancos e corretoras)
Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP)
Câmara de Ações e Renda Fixa Privada
Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP)
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC)
Câmara de Registro e Liquidação de Operações de Ativos BM&F, de Câmbio BM&F e de
Operações de Derivativos BM&F

Quais são os objetivos do SPB?


Como você já deve ter percebido, o Sistema de Pagamentos Brasileiro é de extrema
importância para o funcionamento do mercado financeiro do país. Entre as principais
diretrizes do SPB, é possível citar:
Otimizar as transações para reduzir o tempo de compensação;
Facilitar a comunicação com entidades públicas e privadas;
Realizar a conexão com instituições financeiras;

Possibilitar a transferência de fundos e outros ativos financeiros;

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Compensar e liquidar operações com títulos e valores mobiliários, além de operações
realizadas em bolsas de mercadorias, de futuros e demais entidades;
Checar as transações para prevenir quaisquer tipos de fraudes;
Possibilitar a compensação de cheques;
Gerenciar riscos por meio de câmaras de liquidação;
Compensar e liquidar transações.

Como funciona o Sistema de Pagamentos Brasileiro?


O SPB está amplamente presente em nosso dia a dia, uma simples transferência
rotineira é transpassada por várias entidades até se concretizar a operação em si.
Em 2002, o Banco Central reestruturou o SPB, criando sistemas, instituições e meios de
pagamento; além disso, atualizou e consolidou as leis que regem o sistema de
pagamentos.
Assim, o foco dessa estrutura passou a ser de regulamentar e coordenar, visando à
segurança, à transparência e ao sigilo de todos os pagamentos realizados em território
brasileiro.

A relação do SPB com o Pix:


Mais recentemente, o SPB passou por uma nova evolução, com a chegada do Pix, o
Sistema de Pagamento Instantâneo, que movimentou cerca de R$ 83,4 bilhões, em um
total de 92,5 milhões de transações em território nacional, após um mês da liberação,
de acordo com o Banco Central. Isso mostra sua força e a importância para o consumidor
brasileiro, já que é um recurso em que as transferências financeiras ocorrem em tempo
real e sem restrições de horário ou dia da semana. Por isso, implementar esse meio de
pagamento em seu negócio facilitará o seu dia a dia e poderá melhorar a experiência de
compra de seus consumidores. Você pode contar com essa solução na infraestrutura de
pagamentos que a iugu oferece.

O Sistema Brasileiro de Pagamentos e os riscos sobre o BACEN:


Outro ponto importante na evolução do SPB foi a questão dos riscos sobre o Banco
Central. Antes da reestruturação, havia margem para que as instituições financeiras
realizassem transferências para as quais não tinham recursos disponíveis no momento.
Assim, caso a conte de reservas bancárias de um banco não tivesse saldo suficiente ao
final do dia, o risco de não pagamento das transações era do Banco Central, pois era sua
a responsabilidade de efetivação da transferência.

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Com a nova organização do sistema, o risco passou a recair sobre os próprios bancos,
que devem agora fornecer garantias para suas operações.
O Sistema de Pagamentos Brasileiro organiza essas transações bancárias feitas no país,
fazendo com que elas levem menos tempo para serem liquidadas e tenham
procedimentos mais eficazes, e diminuindo o risco de fraudes e problemas para os
agentes econômicos.
Com o SPB atuando para reduzir riscos sistêmicos, o país fica mais protegido contra a
possibilidade de problemas financeiros no cenário macroeconômico.

O que é política econômica?


Política econômica se refere a uma série de ações tomadas pelo governo na gestão da
economia, cujo foco é alcançar objetivos sociais e macroeconômicos, atendendo às
necessidades de bens e serviços da sociedade. O governo pode atuar por meio da
política fiscal, monetária e cambial.
As políticas econômicas podem ser divididas em:
Política monetária: controle da quantidade de moeda na economia;
Política fiscal: manter o equilíbrio entre receitas (arrecadações) e gastos públicos;
Política cambial: administrar as taxas de câmbio.

A política monetária refere-se ao controle da quantidade de moeda disponível na


economia. A política monetária está fortemente vinculada à inflação – aumento geral
dos preços. Mais moeda disponível gera mais inflação.
O controle da taxa básica de juros da economia (no Brasil é a taxa SELIC) pode ser
utilizada como forma de retrair (quando é aumentada) ou de incentivar (quando é
reduzida) o consumo.

O que é política fiscal?


A política fiscal trata da busca de equilíbrio entre receitas e despesas públicas. Ou seja,
é uma política econômica que busca um balanço entre as arrecadações do Estado e os
gastos públicos.
O aumento das receitas públicas normalmente vem via impostos, o que acaba onerando
o contribuinte. Por outro lado, o controle das despesas pode ser feito por meio de
reformas administrativas, buscando enxugar a máquina pública.

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O que é política cambial?
A política cambial refere-se ao governo buscando evitar variações muito bruscas na taxa
de câmbio, que no Brasil é flutuante. Um exemplo é o BACEN comprando e vendendo
dólares na busca de controlar a volatilidade da moeda no mercado.
Assim como nas outras políticas, a política cambial gera impactos em outros fatores
macroeconômicos. Sendo assim, uma expansão das exportações pode conduzir a um
acréscimo acentuado na quantidade moedas na economia. Isso levando em conta a
conversão para moeda local. Consequentemente, há uma pressão na inflação, o que
também prejudica o controle dos juros.
Em outras palavras, mudanças na forma de conduzir a política cambial, com o fim de
favorecer exportações, por exemplo, no fim do processo pode impactar numa maior
inflação.

O que é política monetária?


A Política Monetária é um conjunto de medidas adotadas para promover o controle da
quantidade de moeda em circulação na economia. As medidas impactam diretamente
na inflação e na taxa de juros do país, estimulando ou retraindo a economia dependendo
do cenário que se apresenta.

O Banco Central (BC) é responsável por controlar a quantidade de moeda que circula na
economia por meio do Comitê de Política Monetária (COPOM). Sendo assim, as medidas
de Política Monetária adotadas visam o equilíbrio da economia, alterando a oferta de
moeda e definindo as taxas de juros. Definições importantes para conter e superar
crises, bem como manter a inflação sob controle.

Para conter a inflação, o Governo estabelece um regime de metas de inflação, que são
fixadas no início de cada ano. Sendo assim, o Bacen atua utilizando os instrumentos de
política monetária para cumprir tais metas.
Além disso, existe uma margem de tolerância. Por exemplo, se a meta da inflação em
determinado ano for de 4,5%, com uma tolerância de 1,5% para mais ou para menos,
caso ela fique entre 3% e 6% a meta será considerada cumprida.

Os principais mecanismos:
Os instrumentos da política monetária podem promover o aumento ou a redução da
quantidade de moeda em circulação. No Brasil, alguns desses instrumentos que estão à
disposição do Governo são:

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Recolhimento compulsório
Taxa de Redesconto
A taxa de juros

Recolhimento compulsório:
O recolhimento (ou depósito) compulsório funciona como uma forma de restringir a
moeda em circulação do país, tirando-a diretamente dos bancos e, assim, não chegando
à população.
Podemos dizer que o recolhimento compulsório é uma taxa que os bancos pagam ao
Banco Central, que pode ser feito em moeda ou em títulos públicos federais. Essa taxa
percentual é cobrada em transações relacionadas aos produtos bancários e é definida
pelo próprio Bacen, de acordo com a conveniência.

Ou seja, quando é preciso reduzir a atividade econômica no país, o Bacen eleva essas
taxas. Desta forma, os bancos têm menos recursos disponíveis para emprestar para a
população, atendendo assim a necessidade econômica de diminuir a quantidade de
moeda em circulação.
Por outro lado, quando é necessário que se tenha mais moedas circulando, a taxa
obrigatória é reduzida pelo Bacen, o que faz com que os bancos tenham mais recursos
para o oferecimento de crédito.

Taxa de Redesconto:
Outro instrumento da política monetária é a taxa de redesconto, que é uma taxa de
juros cobrada pelo Bacen nos empréstimos feitos aos bancos comerciais. É por esse
motivo que o Banco Central é chamado de “banco dos bancos”.
Essa é uma forma de controle monetário porque, quanto maiores as taxas pagas pelos
bancos, também serão altas as taxas cobradas dos clientes, dificultando esses
empréstimos e diminuindo a moeda em circulação.

A taxa de juros:
Outro dos principais mecanismos da política monetária no Brasil é a alteração da taxa
básica de juros (a taxa Selic).
Aqui, podemos dizer que quando a taxa Selic é elevada, as taxas cobradas pelos bancos
também se elevam. Sendo assim, a decisão para o aumento ou diminuição da taxa básica

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de juros é tomada de acordo com os interesses do Bacen de reduzir, ou impulsionar a
inflação.

O que é uma política fiscal expansionista?


Política fiscal expansionista é o nome que se dá para quando o governo exerce uma
política de gastos focada em reduzir tributos e aumentar os gastos.

Como funciona a política fiscal expansionista?


É importante frisar que o orçamento governamental funciona de maneira não muito
diferente de um orçamento pessoal. O governo, assim como as pessoas, possui uma
fonte de renda e obrigações para pagar.
A fonte de renda do governo advém dos tributos pagos pela população que trabalha,
através do imposto de renda, e pelas empresas.
Já os gastos do governo envolvem uma série de fatores, desde obrigações como o
pagamento da dívida pública até investimentos em saúde e educação.

A política fiscal expansionista busca aumentar os gastos do governo e reduzir os


impostos para contribuir com o avanço da economia.
Alguns economistas recomendam este tipo de política de gastos para que um país vença
recessões. Porém, esta é uma recomendação controversa.
A política expansionista é menos controversa para países que se encontram com as
finanças públicas saudáveis.
Isto é, países que arrecadam mais do que gastam. Ou seja, os países que estão em
condição de superávit.

Como o país se encontra em situação de superávit é muito mais simples elevar os gastos
e reduzir tributos. Afinal, isso não resultará em agravamento do endividamento do
governo.
Por outro lado, se um país se encontra em situação de déficit fiscal, adentrar em uma
política expansionista pode ser perigoso.
Isto porque, se o país já gasta mais do que arrecada e, ainda assim, eleva os seus gastos
e reduz a sua receita, isto pode agravar o déficit público.

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Quais são os riscos de uma política fiscal expansionista?
Como foi visto, uma política expansionista pode causar déficits públicos. Pode se tornar
um imenso problema se estes déficits saírem do controle. Quando um país começa a
acumular muitas dívidas, os credores passam a exigir um juro maior para emprestar os
seus recursos. Quando estes juros sobem o custo da dívida aumenta. Isso, por sua vez,
torna o orçamento do governo ainda mais deficitário, pois ele precisa incorrer em mais
gastos.
Muitos países tiverem sérios problemas por conta de políticas de gastos excessivamente
frouxas. Ao fim, o que o país precisa fazer é realizar uma política fiscal contracionista
para equalizar os gastos.

O que é política monetária contracionista?


Política monetária contracionista é o conjunto de políticas que tem como objetivo
principal conter o avanço da inflação, através do uso dos instrumentos de política
monetária que o Banco Central utiliza para aumentar a taxa de juros, resultando em
uma ancoragem da inflação.

Como funciona a política monetária contracionista?


A política monetária restritiva se utiliza dos instrumentos de política monetária para
elevar os juros.
Os 3 principais instrumentos de política monetária são:
Open market
Depósito compulsório
Redesconto

Open Market:
O open market é conhecido como o mercado aberto de títulos. Através deste mercado
o Banco Central pode comprar e vender títulos.
Dessa forma, a autoridade monetária influencia na quantidade de moeda disponível da
economia.
Na política monetária restritiva o objetivo é reduzir a liquidez disponível. Portanto, o
Banco Central vende títulos para as instituições financeiras.
Ao vender esses títulos o Bacen está retirando moeda da economia e inserindo títulos.
Dessa forma ele está reduzindo a liquidez da economia.

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Depósito compulsório:
O depósito compulsório é um saldo que os bancos comerciais precisam manter
depositado no Banco Central.
Este saldo serve para garantir que nem todos os recursos depositados nos bancos serão
disponibilizados como empréstimo.
Durante a política fiscal restritiva o Bacen eleva a taxa exigida do depósito compulsório.
Isto faz com que os bancos tenham menos recursos para emprestar. Dessa forma, a
atividade econômica é reduzida, bem como as expectativas de inflação.

Redesconto:
O redesconto se trata de um empréstimo do Bacen para bancos comerciais. Tipicamente
esses empréstimos detém um caráter punitivo, por isso são cobradas altas taxas.
Isto serve para punir as instituições que ficam com falta de recursos.
Durante a política fiscal contracionista o Banco Central eleva a taxa exigida pelo
redesconto. Dessa forma se reduz o risco que as instituições financeiras estão dispostas
a correr.

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