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Boletim Imposto de Renda n° 12 - Junho/2016 - 2ª Quinzena

Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das
alterações legais.

ASSUNTOS DIVERSOS

   
E-FINANCEIRA
Informações de Operações Financeiras

ROTEIRO

1. INTRODUÇÃO
2. APRESENTAÇÃO
3. PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS
   
3.1. Responsabilidade das informações
   
3.2. Exceção da responsabilidade para administrador
4. MÓDULO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS
   
4.1. Aplicação financeira
5. IDENTIFICAÇÃO DOS TITULARES
   
5.1. Instituições financeiras não participantes
6. VALORES A SEREM DECLARADOS
7. ASSINATURA
8. PRAZO
   
8.1. FATCA
9. FORMA DE APRESENTAÇÃO
10. PENALIDADES
11. RETIFICAÇÃO

1. INTRODUÇÃO 

Com a publicação da Instrução Normativa RFB n° 1.571, de 02 de julho de 2015 houve a obrigatoriedade de prestação
de informações relativas às operações financeiras de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) através
da e-Financeira para algumas entidades.

2. APRESENTAÇÃO 

A e-Financeira é composta por um conjunto de arquivos digitais referentes a cadastro, abertura, fechamento e auxiliares,
e pelo módulo de operações financeiras (Instrução Normativa RFB n° 1.571/2015, artigo 2°).

A mesma, deverá ser transmitida ao ambiente do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) pelas pessoas jurídicas
obrigadas a adotá-la, onde é emitida de forma eletrônica e assinada digitalmente pelo representante legal da empresa ou
procurador segundo a Instrução Normativa RFB n° 944, de 29 de maio de 2009, utilizando-se de certificado digital válido,
emitido por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a fim de garantir a
autoria do documento digital (Instrução Normativa RFB n° 1.571/2015, artigo 3°).

3. PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS 

Ficam obrigadas a apresentar a e-Financeira as seguintes pessoas jurídicas:

a) autorizadas a estruturar e comercializar planos de benefícios de previdência complementar; 

b) autorizadas a instituir e administrar Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapi);  

c) com atividade principal ou acessória a captação, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de
terceiros, incluídas as operações de consórcio, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia de valor de propriedade
de terceiros, ou seja, aquelas aqueles prestados diretamente ao investidor, com normas do Bacen e pela CVM. 

d) sociedades seguradoras autorizadas a estruturar e comercializar planos de seguros de pessoas, as quais devem
informar as operações decorrentes de planos com constituição de provisão matemática de benefícios a conceder ou da
compra de renda imediata por meio de pagamento único.

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A obrigatoriedade da apresentação alcançará entidades supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Bacen), pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e Superintendência
Nacional de Previdência Complementar (Previc) (Instrução Normativa RFB n° 1.571/2015, artigo 4°, § 1°).

Salienta-se que os serviços de custódia de valor de terceiros são aqueles prestados diretamente ao investidor, conforme
definição adotada pelo Bacen e pela CVM, em relação a ativos financeiros, títulos e valores mobiliários, inclusive no que
se refere à manutenção de posições em contratos derivativos.

Não é necessário enviar os arquivos da e-Financeira para períodos em que a entidade declarante não teve movimentos
de operações financeiras a serem entregues. Entretanto, nos casos em que a entidade declarante seja considerada
“patrocinadora” nos termos do FATCA, devem ser enviados os Cadastros de Patrocinado para todos os Fundos dos
quais ela é considerada “patrocinadora”, independentemente de ter havido ou não movimentação nesses Fundos.

3.1. Responsabilidade das informações 

De acordo com o § 3°, artigo 4° da Instrução Normativa RFB n° 1.571/2015, são responsáveis pela prestação de
serviços:

a) a instituição financeira depositária de contas de depósito, inclusive de poupança, em relação às informações de que
trata a letra “a” do item 4; 

b) a instituição custodiante das contas de custódia de ativos financeiros vinculadas às aplicações financeiras de que
tratam as letras “b” e “c” do item 4; 

c) o administrador, no caso de fundos e clubes de investimento cujas cotas estejam vinculadas às aplicações financeiras
de que tratam as letras “b” e “c” do item 4; 

d) o distribuidor de cotas de fundos de investimento distribuídos a terceiros por conta e ordem vinculadas às aplicações
financeiras de que tratam as letras “b” e “c” do item 4; 

e) a instituição intermediária, no caso de ações, derivativos, ou cotas de fundos de investimento negociadas em bolsa ou
que devam ser ou sejam registradas em balcão organizado vinculadas às aplicações financeiras de que tratam as letras
“b” e “c” do item 4; 

f) a instituição autorizada a realizar operações no mercado de câmbio para as operações de que tratam as letras “h” e “j”
do item 4;  

g) as pessoas jurídicas de que tratam as alíneas "a" e "b" do inciso I e o inciso II do artigo 4° da Instrução Normativa RFB
n° 1.571/2015, em relação às informações referidas nas letras “d” a “f” do item 4; 

h) a pessoa jurídica administradora de consórcios, conforme artigo 5° da


Lei n° 11.795, de 8 de outubro de 2008, para as
informações de que tratam as letras “k” e “l” do item 4;  

i) a instituição que detenha o relacionamento final com o cliente, nos demais casos, em relação às informações de que
trata o item 4.

3.2. Exceção da responsabilidade para administrador 

Fica dispensado pela prestação de informações o administrador de: 

a) fundos de investimento especialmente constituídos, destinados exclusivamente a acolher recursos de planos de


benefícios de previdência complementar ou de planos de seguros de pessoas; e 

b) fundos cujas cotas sejam negociadas em bolsa ou devam ser ou sejam registradas em balcão organizado. 

4. MÓDULO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS 

As entidades relacionadas no item 3 deverão prestar as seguintes informações referentes a operações financeiras dos
usuários de seus serviços no módulo de operações financeiras: 

a) saldo no último dia útil do ano de qualquer conta de depósito, de poupança, para quaisquer movimentações de
pagamentos em moeda corrente ou cheques, emissão de ordens de crédito ou documentos assemelhados, resgates à
vista e a prazo, neste caso mensurando o total do rendimento mensal, acumulados anualmente, mês a mês; 

b) saldo no último dia útil do ano de cada aplicação financeira com somatórios mensais a crédito e a débito de quaisquer
movimentos de investimentos, resgates, alienações, cessões ou liquidações das referidas aplicações havidas, mês a
mês no ano; 

c) rendimentos brutos, acumulados anualmente, mês a mês, por aplicações financeiras no decorrer do ano, estes
individualizados por tipo de rendimento de valores oriundos da venda ou resgate de ativos sob custódia e resgate de
fundos de investimento; 

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d) saldo no último dia útil do ano ou no dia de encerramento, de provisões matemáticas de benefícios a conceder
referente a cada plano de benefício de previdência complementar ou plano de seguros de pessoas, com total das
respectivas movimentações, a crédito e a débito, ocorridas no decorrer do ano; 

e) saldo no último dia útil do ano ou no dia de encerramento, de cada Fapi, e as correspondentes movimentações mês a
mês, ocorridas no decorrer do ano; 

f) valores de benefícios ou de capitais segurados, acumulados anualmente, mês a mês, pagos sob a forma de
pagamento único, ou forma de renda; 

g) lançamentos de transferência entre contas do mesmo titular realizadas entre contas de depósito à vista, contas de
poupança, contas de depósito à vista e de poupança; 

h) aquisições de moeda estrangeira; 

i) conversões de moeda estrangeira em moeda nacional; 

j) transferências de moeda e de outros valores para o exterior; 

k) total dos valores pagos até o último dia do ano, de valores dos lances que resultaram em contemplação, deduzido dos
valores de créditos disponibilizados ao cotista e as correspondentes movimentações do decorrer do ano, mês a mês, a
crédito e a débito com leiautes específicos conforme mencionado no item 12, por cota de consórcio;  

l) valor de créditos disponibilizados ao cotista, acumulados anualmente, mês a mês, por cota de consórcio, no decorrer
do ano. 

Serão informados nos últimos dias do ano-calendário, saldos de créditos em trânsito de valores aplicados ou resgatados
em aplicações financeiras quando convertidos em ativos financeiros e creditados em contas de depósito para o ano
subsequente (Instrução Normativa RFB n° 1.571/2015, artigo 5°, § 1°).

No caso de encerramento de contas ou de aplicações financeiras, deve-se informar o saldo do dia útil imediatamente
anterior ao do encerramento.

4.1. Aplicação financeira 

Consideram-se aplicações financeiras: 

a) qualquer operação de renda fixa ou a ela equiparada e as operações de swap; 

b) qualquer operação de renda variável; 

c) fundos e clubes de investimento de quaisquer espécies, exceto os fundos de investimento constituídos e aplicados
exclusivamente, a acolher recursos de planos de benefícios de previdência complementar ou de planos de seguros de
pessoas. 

Considera-se saldo do último dia útil do ano:  

a) em caso de contas de depósito, mesmo de poupança, sendo o valor disponível no último dia útil do ano, não aplicando
para depósitos a prazo para estes sendo considerado o valor original; 

b) no caso de fundos de investimentos:

b.1) cuja tributação ocorra somente no resgate das cotas ou na distribuição de lucros ou rendimentos, o valor de
aquisição das cotas; e

b.2) para os demais fundos de investimento:

1. se o beneficiário não houver adquirido ou resgatado cotas após a data em que houver a última incidência periódica do
imposto sobre a renda, o valor relativo ao saldo de cotas nessa data; e

2. se o beneficiário houver adquirido ou resgatado cotas após a data em que houver a última incidência periódica do
imposto sobre a renda, o valor relativo ao saldo de cotas nessa data (última incidência periódica) que remanescerem, em
caso de resgate, adicionado do valor de aquisição das cotas;

c) os valores originais de aquisição para demais aplicações financeiras de renda fixa; 

d) o valor atualizado considerando o preço de fechamento no último dia útil do ano, ou na data da última negociação para
ações, nesta impossibilidade será o valor declarado pelo proprietário da ação; 

e) no caso de provisões matemáticas de benefícios a conceder e de Fapi de que tratam as letras “d” e “e” do item 4 do
valor disponível no último dia útil do ano. 

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Considera-se rendimento todo e qualquer valor bruto auferido em decorrência das aplicações financeiras (Instrução
Normativa RFB n° 1.571/2015, artigo 5°, § 4°). 

5. IDENTIFICAÇÃO DOS TITULARES 

As informações de que tratam as letras “a” a “c” e “g” a “l” do item 4 deverão compreender: 

a) identificação dos titulares das operações financeiras e comitentes finais com nome, nacionalidade, residência fiscal,
endereço, número da conta ou equivalente, devendo ser individualizados por conta ou contrato na instituição declarante,
número de Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), Número de
Identificação Fiscal (NIF) no exterior, se houver nome empresarial com saldos e montantes globais mensalmente
movimentados e demais informações cadastrais; 

b) nome completo ou razão social, o correspondente número de inscrição no CPF ou no CNPJ, endereço de qualquer
pessoa autorizada a movimentar as contas a que se refere conforme item acima, sendo aplicado a todos os
representantes legais ou convencionais com disposições do Bacen. 

Para a pessoa jurídica não financeira titular das operações financeiras consideradas “passiva” no acordo entre o
Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para intercâmbio de
informações e melhoria da observância tributária e implementação do Foreign Account Tax Compliance Act (FATCA), as
informações serão prestada também em relação à pessoa física que a controle ou detenha pelo menos 10% de
participação direta ou indireta, sendo irrelevante a nacionalidade. 

As informações de que tratam as letras “d” a “f” do item 4 deverão compreender: 

a) identificação de clientes ou beneficiários dos recursos, mesmo na condição de morte do titular de plano de benefícios
de previdência complementar ou de seguro de pessoas, ou de Fapi, assim mensurando nome, nacionalidade, residência
fiscal, endereço, número de proposta e número do processo de aprovação do plano ou Fapi, individualizados por plano
ou Fapi na instituição declarante, número de inscrição no CPF, NIF no exterior e demais informações cadastrais. 

Devem ser identificados nos termos da regulamentação da CVM e do Conselho Monetário Nacional (CMN) o comitente
final e os investidores não residentes. 

Não é permitida a inclusão de elemento que permita identificar a origem ou o destino dos recursos utilizados nas
operações financeiras mencionadas. 

Para definição de informações a serem prestadas de forma isolada o montante global mensalmente movimentado
correspondendo o somatório: 

a) lançamentos a crédito e dos lançamentos a débito efetuados no mês, nas operações financeiras mencionadas nas
letras “a”, “b”, “e” e “g” do item 4. 

b) rendimentos brutos e valores oriundos de venda ou resgate, nas operações financeiras mencionadas nas letras “a” e
“c” do item 4. 

c) compras mencionadas na letra “h” do item 4, efetuadas no mês, em moeda nacional. 

d) vendas mencionadas na letra “i” do item 4, efetuadas no mês, em moeda nacional. 

e) crédito, dos valores pagos pelo cotista, tais como aqueles efetuados a título de lance ou de contribuição, e a débito,
dos valores disponibilizados ao cotista, tais como contemplações, para as operações mencionadas na letra “k” do item 4. 

f) moeda nacional, dos valores mencionados na letra “j” do item 4, transferidos no mês, contemplando todas as
modalidades, independente do mercado de câmbio em que se operem. 

Para montantes globais mensalmente movimentados mesmo lançamentos de origem, não serão considerados a débito
ou a crédito referente a estornos contábeis. 

Deverão ser prestadas individualizadamente por número de conta, sempre que a pessoa física ou jurídica seja titular de
mais de uma conta ou esteja relacionada a mais de uma conta em uma mesma instituição financeira. 

Para plano de benefícios de previdência complementar em uma mesma entidade quando mais de um plano a pessoa
física prestará informação de forma individualizada. 

Em relação a cada conta, as informações sobre os saldos anuais e sobre os montantes globais mensalmente
movimentados, inclusive em consórcios, deverão ser prestadas em nome de todas as pessoas a ela vinculadas,
individualmente. 

Mesmo em consórcios deverão ser prestadas em nome de todas as pessoas a ela vinculadas, individualmente.

Em relação ao disposto nas letras “h” a “j” do item 4, as aquisições, conversões e transferências independem da
operação financeira que as motive, alcançando a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). 

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Transferências entre contas de instituições financeiras diferentes identificarão a mesma titularidade através da
informação declarada pelo cliente no ato de cada operação. 

Para encerramento de grupo ou do contrato de consórcio, deve-se informar o valor total dos valores pagos até o último
dia do ano correspondendo na data imediatamente anterior à do encerramento. 

5.1. Instituições financeiras não participantes 

As pessoas jurídicas obrigadas a entregar a e-Financeira conforme item 3 prestarão por intermédio do módulo de
operações financeiras conforme item 4, também as informações dos pagamentos efetuados anualmente para Instituições
Financeiras Não Participantes, nos termos do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo
dos Estados Unidos da América para intercâmbio de informações e melhoria da observância tributária e implementação
do FATCA, para estes pagamentos anuais serão apenas àqueles efetuados nos anos de 2015 e 2016.

6. VALORES A SEREM DECLARADOS 

As pessoas jurídicas obrigadas a e-Financeira conforme item 3 apresentarão as informações relativas as operações
financeiras mencionadas nas letras “a”, “b” e “h” a “k” do item 4 quando o montante global movimentado mensal
superior: 

a) R$ 2.000,00 no caso de pessoas físicas;  

b) R$ 6.000,00 no caso de pessoas jurídicas. 

Sendo aplicado juntamente para todas as operações financeiras de um mesmo tipo mantidas na mesma instituição
financeira em relação a este limite. 

Para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), mencionado na Lei n° 8.036/1990, serão informados apenas
quando depósitos anuais sejam superiores a cem mil reais. 

As pessoas jurídicas obrigadas a e-Financeira conforme item 3 apresentarão as informações ativas relativas às
operações mencionadas nas letras “d” a “f’ do item 4 quando:  

a) saldo mensal da provisão matemática de benefícios ou do Fapi superior a R$ 50.000,00;  

b) montante global mensalmente movimentado de forma isolada quando somatório dos lançamentos a crédito e
lançamentos a débito e o valor de benefícios ou de capitais segurados, pagos sob a forma de pagamento único, ou sob a
forma de renda, for superior a R$ 5.000,00. 

Se ultrapassado os limites as entidades deverão prestar as informações relativas a todos os saldos e a todos os demais
montantes globais mensalmente movimentados, devendo contemplar todos os meses. 

7. ASSINATURA 

A e-Financeira será gerada em sistema próprio de responsabilidade do declarante, deverá ser assinada digitalmente e
transmitida ao ambiente do SPED com leiautes específicos conforme mencionado no item 12. 

Os declarantes ficarão obrigados a guarda dos documentos que deram origem às informações neles constantes, mesmo
posteriormente a geração, o armazenamento e o envio dos arquivos digitais. 

8. PRAZO

A e-Financeira é obrigatória para fatos ocorridos a partir de 1° de dezembro de 2015 e deverá ser transmitida
semestralmente nos seguintes prazos, observado disposições para pessoas definidas pelo acordo conforme item 8.1:

a) até o último dia útil do mês de fevereiro, contendo as informações relativas ao segundo semestre do ano anterior;  

b) até o último dia útil do mês de agosto, contendo as informações relativas ao primeiro semestre do ano em curso. 

Com a publicação da Instrução Normativa RFB n° 1.647, de 30 de maio de 2016, em caráter excepcional, fica prorrogado
o prazo de apresentação da e-Financeira, relativa aos fatos ocorridos em:

Até o dia
12 de
1° e 31 de dezembro de 2015
agosto de
2016
Janeiro e novembro de 2015 - Caso sejam identificados encerramentos de contas reportáveis das Até o dia
pessoas definidas pelo Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo 12 de
dos EUA para intercâmbio de informações e melhoria da observância tributária internacional e agosto de
implementação do Foreign Account Tax Compliance Act (FATCA). 2016
Primeiro semestre de 2016 Até o
último dia
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útil de
novembro
de 2016

Por opção, mediante prévio agendamento, a e-Financeira correspondente à 1° e 31 de dezembro de 2015 poderá ser
entregue em meio físico no Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), exclusivamente na unidade
Socorro, localizada na Rua Olívia Guedes Penteado, 941 - Bairro Capela do Socorro, na cidade de São Paulo/SP
(Instrução Normativa RFB n° 1.647/2016, artigo 2°)

O prazo para entrega da e-Financeira será encerrado às 23h59min59s, horário de Brasília, do dia fixado para sua
apresentação. 

8.1. FATCA

O módulo de operações financeiras da e-Financeira com informações e pessoas definidas pelo Acordo entre o Governo
da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para intercâmbio de informações e
melhoria da observância tributária internacional e implementação do FATCA (Foreign Account Tax Compliance Act)
deverá ser entregue, obrigatoriamente, com os fatos referentes aos meses de julho a dezembro do ano-calendário de
2014.

O Decreto n° 8.506, de 24 de agosto de 2015 dispõe sobre esse Acordo entre os Governos, firmado em Brasília, em
23.09.2014, com o intuito de trazer orientações com relação a melhoria da observância tributária internacional, definições
dos termos comuns entre Brasil e E.U.A, o período e modo de troca de informações além da coerência na aplicação do
FATCA e anexos.

A e-Financeira poderá conter apenas os arquivos conforme os leiautes definidos no inciso I do caput do
artigo 15 da
Instrução Normativa RFB n° 1.571/2015, necessários para o cumprimento do Acordo, com dados referentes ao último dia
útil do mês de dezembro de 2014 ou aos meses em que houve encerramento de alguma conta, plano de benefícios de
previdência complementar, Fapi ou seguro de pessoas, nos termos dos incisos I e
II do caput do
artigo 12, devendo ser
entregue até 31.08.2015.

Com relação ao ano-calendário de 2014, ocorrendo contas reportáveis identificadas em momento posterior ao envio das
informações trazidas pelo leiaute para cumprimento do Acordo, os dados mencionados deverão ser encaminhados à
RFB no prazo de até 20 dias, contado da data da identificação do fato.

9. FORMA DE APRESENTAÇÃO 

A forma de prestação das informações no módulo de operações financeiras conforme item 4 devem obedecer a seguinte
regra: 

a) para o ano-calendário de 2014 e às informações mencionadas nas letras “a”, “b” e “h” a “I” do item 4 com identificação
dos titulares das operações financeiras e comitentes finais, com nome, nacionalidade, residência fiscal, endereço,
número da conta ou equivalente, individualizados por conta ou contrato na instituição declarante, número de inscrição no
CPF ou no CNPJ, NIF no exterior, nome empresarial e os saldos de cada conta mencionadas nas letras “a” e "b” do item
4. 

b) em relação ao ano-calendário de 2014 e às informações mencionadas nas letras “d” e “e” do item 4, com identificação
de clientes ou beneficiários dos recursos, inclusive quando do seu pagamento no caso de morte do titular de plano de
benefícios de previdência complementar ou de seguro de pessoas, ou de Fapi, com nome, nacionalidade, residência
fiscal, endereço, número de proposta e número do processo de aprovação do plano, ou Fapi, pelo pertinente órgão
regulador, individualizados por plano ou Fapi com número de inscrição no CPF, NIF no exterior, os saldos de provisões
matemáticas de benefícios a conceder e saldo de Fapi. 

c) em relação aos fatos gerados a partir de 1° de dezembro de 2015 para informações relativas a todas as pessoas
usuárias dos serviços das entidades obrigadas a apresentar a e-Financeira declaradas no módulo de operações
financeiras, também a pessoa física que a controle ou detenha pelo menos 10% de participação direta ou indireta,
acrescidas das demais informações, exceto atuação na condição de entidade custodiante, neste caso devem ser
reportados a partir do ano-calendário de 2016. 

d) em relação ao ano-calendário de 2016 em diante para informações conforme item 4. 

10. PENALIDADES 

A não apresentação da e-Financeira nos prazos previstos ou apresentada com incorreções ou omissões acarretará
aplicação ao infrator das multas conforme: 

a) artigo 30 da
Lei n° 10.637/2002, quanto às informações abrangidas pela Lei Complementar n° 105/2001; neste caso: 

1) R$ 50,00 por grupo de cinco informações inexatas, incompletas ou omitidas; 

2) R$ 5.000,00 por mês-calendário ou fração, independente de sanção prevista no item 1 quando de atraso na entrega
da declaração que venha a ser instituída para o fim de apresentação das informações, aplicando também à declaração
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que não atenda às especificações que forem estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal, mesmo se exigida em
meio digital. 

As multas serão: 

1) apuradas considerando o período compreendido entre o dia seguinte ao término do prazo fixado para a entrega da
declaração até a data da efetiva entrega; 

2) majoradas em 100% na hipótese de lavratura de auto de infração. 

Na lavratura de auto de infração quando a pessoa jurídica não apresente a declaração serão lavrados autos de infração
complementares até a sua efetiva entrega. 

b) artigo 57 da
Medida Provisória n° 2.158-35/2001, quanto às demais informações. 

Conforme artigo 57 da
Medida Provisória n° 2.158-35/2001, dispõe sobre as penalidades por não cumprimento de
obrigações acessórias nos termos do artigo 16 da
Lei n° 9.779/1999, ou que cumprir com incorreções ou omitir
informações será intimado a cumpri-las ou para prestar esclarecimentos, nos prazos estipulados pela Secretaria da
Receita Federal do Brasil e sujeitar-se-á a multas. 

As multas serão cobradas, tanto pela apresentação extemporânea, como pela intimação feita pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil. 

A multa pela apresentação extemporânea será de: 

1) R$ 500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em início de atividade ou
que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido ou pelo
Simples Nacional, inclusive para as pessoas jurídicas de direito público; 

2) R$ 1.500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às demais pessoas jurídicas; 

3) R$ 100,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas físicas. 

As multas acima terão redução de 50% quando a obrigação for cumprida antes de qualquer procedimento de ofício.

A multa pela intimação será de: 

1) R$ 500,00 por mês-calendário, por não atendimento à intimação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, por não
cumprimento da obrigação acessória ou para prestar esclarecimentos, nos prazos estipulados pela autoridade fiscal,
inclusive para as pessoas jurídicas de direito público; 

2) para os casos de cumprir as obrigações acessórias com informações inexatas, incompletas ou omitidas, as
penalidades são as seguintes: 

3) 3%, não inferior a R$ 100,00, sobre o valor das transações comerciais ou de operações financeiras próprias da
pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário; 

4) 1,5%, não inferior a R$ 50,00, sobre o valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da
pessoa física ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, inclusive para as pessoas jurídicas de
direito público. 

11. RETIFICAÇÃO

A e-Financeira entregue poderá ser substituída, mediante transmissão de novo arquivo digital validado e assinado, para
inclusão, alteração ou exclusão de registros e de outras operações e informações (Instrução Normativa RFB n°
1.571/2015, artigo 14). 

ECONET EDITORA EMPRESARIAL LTDA


Autor: Redação

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


Nos termos da Lei n° 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de
apostilas a partir desta obra, por qualquer forma, meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos reprográficos, fotocópias ou gravações - sem
permissão por escrito, dos Autores. A reprodução não autorizada, além das sanções civis (apreensão e indenização), está sujeita as penalidades que trata
artigo 184 do Código Penal.
 

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