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PROCESSAMENTO DE SALÁRIOS
Fiscalidade
No que diz respeito à tributação deste abono, o artigo 2.º, n.º 3, c) do CIRS estabelece que se
consideram ainda rendimentos do trabalho de pendente “Os abonos para falhas devidos a quem,
no seu trabalho, tenha de movimentar numerário, na parte em que excedam 5 % da remuneração
mensal fixa”. Será assim tributada em IRS, a parcela do abono para falhas que exceder a
percentagem de 5 % sobre o vencimento mensal fixo, não abrangendo as diuturnidades.
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PROCESSAMENTO DE SALÁRIOS
Exemplo:
Mário é trabalhador da Entidade XYZ. Lda. Na sua atividade profissional Mário tem
responsabilidades pelo movimento do numerário do caixa, pelo que a sua Entidade patronal ao
consultar o Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) que se aplica à Classificação de Atividade
Económica (CAE) na qual a Empresa se enquadra, verificou a obrigatoriedade de pagar
mensalmente o valor de 85 euros a título de abono para falhas. Mário tem um vencimento mensal
base de 1200 euros e a sua antiguidade na Empresa determina um valor de 120 euros mensais
de diuturnidades.
Pedidos:
Quais os valores ilíquidos que deverão ser sujeitos a retenção de IRS e TSU?
A remuneração mensal base e as diuturnidades são rendimentos do trabalho dependente
(categoria A) integralmente sujeitos a IRS, pelo que mensalmente serão objeto de retenção na
fonte. Estes rendimentos constituem, igualmente, base de incidência da Segurança Social.
Em relação ao abono para falhas a parte a excluir de tributação em IRS e TSU corresponderá
ao valor até 5% x Remuneração mensal fixa (excluindo diuturnidades)
Entende-se como remuneração mensal fixa = 14 x remuneração fixa (sem diuturnidades) ÷ 12
Consideramos 14 porque incluímos o 13.º e 14.º meses (subsídio de férias e subsídio de Natal)
remuneração mensal fixa = 14 x 1.200 ÷ 12 = 1.400
parte a excluir de tributação em IRS e TSU = 5% x 1400 euros = 70 euros
Determina-se que dos 85 euros de abono para falhas, 70 euros estarão excluídos de tributação
e 15 euros estão sujeitos ao IRS e TSU.
Valores ilíquidos sujeitos a IRS e TSU = 1200 + 15 + 120 = 1335 euros
Valores não sujeitos a IRS e TSU = 70 euros
O valor 1335 euros será submetido à taxa de retenção na fonte que a Entidade Patronal aplicará
com base nas tabelas mensais de retenção para o trabalho dependente. Em termos de TSU, o
mesmo valor está sujeito a 11% de quotizações por parte do trabalhador e a 23,75% de
contribuições por parte da entidade patronal (total 34,75% de TSU).
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PROCESSAMENTO DE SALÁRIOS
Conteúdo elaborado por Miguel Fragoso, Contabilista Certificado (membro OCC n.º 29283),
Economista (membro OE Cédula Profissional n.º 15129), Diretor-Geral e Formador da
CERTFORM
Referências Bibliográficas
REIS, P. Cálculo e Processamento Salarial, 5.ª Edição, Lidel
SILVA, A.S., LEITÃO, S.S., (2020), Leis do Trabalho, Tudo o que precisa de saber, 5.ª Edição,
Porto Editora
FALCÃO, D., TENREIRO, S.T., (2019), Lições de Direito do Trabalho, 6ª Edição, Almedina
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