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RECURSOS HUMANOS
Podemos então concluir que a remuneração é conjunto de tudo o que é pago pelo empregador
ao trabalhador em troca da execução do seu trabalho, incluindo a sua retribuição, ou seja, a
retribuição é sempre remuneração, mas remuneração nem sempre é retribuição, então, tudo o
que é pago ao trabalhador para além da retribuição, faz parte da remuneração.
Fórmula para determinar o valor hora
Cálculo do valor hora = (Vencimento + Diuturnidades + Subsídios regulares) x 12____
52 x nº dias trabalho por semana x nº horas de trabalho por dia
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Centro De Emprego e Formação Profissional de Évora
Abonos
Abonos são sistemas de recompensa que consistem num conjunto de bens materiais ou
imateriais que as entidades empregadoras concedem aos trabalhadores, como forma de
recompensa tanto pelo desempenho do seu trabalho assim como pela qualidade e/ou dedicação
ao mesmo. Os abonos em causa podem estar sujeitos ou isentos à Taxa Social Única ou IRS.
Sendo que:
A Taxa Social Única (TSU) é um encargo das empresas que incide sobre o salário mensal
de cada trabalhador e que é encaminhado para a Segurança Social. Na prática, a Taxa
Social Única é o montante que as empresas e trabalhadores descontam mensalmente
para que a Segurança Social, para que esta possa pagar as reformas, de acordo com o
que cada funcionário ganha.
Valor da taxa social única em Portugal:
Sobre o trabalhador: 11%
Sobre as empresas com base no trabalhador: 23,75%
O Imposto sobre o Rendimento das pessoas singulares (IRS) é a sigla para Imposto sobre
o Rendimento das Pessoas Singulares. Por outras palavras, é o imposto que tributa o
rendimento dos cidadãos, salvo algumas exceções previstas na lei.
Valor isento
PORTUGAL ESTRANGEIRO
Trabalhadores em geral 50,20 € 89,35 €
Administradores/ gestores/ membros do 69,19 € 100,24 €
governo/ Quadros superiores
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FGCT e FCT
O Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) é um mecanismo que visa garantir ao
trabalhador o pagamento de uma parte das compensações (até 50%) a que ele tem
direito em caso de cessação do contrato de trabalho.
O Fundo de Compensação do Trabalho aplica-se aos novos contratos de trabalho,
celebrados após o dia 1 de outubro de 2013.
As empresas são obrigadas a aderir ao FCT e ao Fundo de Garantia de Compensação
do Trabalho (FGCT). A adesão ao primeiro fundo é feita na internet, sendo o segundo
fundo automaticamente iniciado, após a adesão ao primeiro.
Na adesão é pedida:
a identificação do trabalhador,
a data de produção de efeitos do respetivo contrato de trabalho,
a remuneração base,
a modalidade do contrato,
diuturnidades.
Depois da adesão é criada uma conta para o empregador, onde constam contas
individuais de trabalhadores, de saldo intransmissível e impenhorável. A empresa fica
obrigada a entregar mensalmente um desconto de 1% do salário base e
diuturnidades dos trabalhadores para estes fundos (0,925% para o FCT e 0,075% para o
FGCT).
Em alternativa ao FCT, a empresa pode optar pelo Mecanismo Equivalente - ME (lei
nº70/2013).
O FCT é administrado pelo Instituto de Gestão de Fundos de capitalização da
Segurança Social.
O FCT é acionado para pagamento de indemnizações por cessação do contrato de
trabalho a que o trabalhador tem direito em caso de:
despedimento coletivo,
extinção de posto de trabalho,
inadaptação
caducidade de contrato a termo
caducidade do contrato de trabalho temporário
morte de empregador, extinção de pessoa coletiva ou encerramento definitivo
de empresa.
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O empregador pagará a totalidade da indemnização, recorrendo depois ao FCT ou ME,
para obter o reembolso do saldo da conta do trabalhador em causa. Se o trabalhador
optar por deixar a empresa, o valor descontado para os fundos é devolvido à empresa.
O FCT encontra-se estipulado na portaria 294-A/2013.
Resumo:
Trabalho Suplementar
O trabalho suplementar refere-se ao trabalho prestado fora do horário de trabalho. O
empregador só pode exigir ao trabalhador a prestação de trabalho suplementar em caso de:
Acréscimo eventual e transitório de trabalho em que não se justifique para tal a admissão
de um trabalhador;
Motivo de força maior;
Quando seja indispensável para prevenir ou reparar prejuízo grave para a empresa ou para
a sua viabilidade.
Verificando-se uma das situações acima apresentadas, o trabalhador só pode recusar a
prestação caso haja motivos atendíveis e, desde que, solicite a sua dispensa do mesmo.
Limites anuais de duração do trabalho suplementar para as empresas
Micro empresas - o trabalho suplementar pode ascender até 175h anuais;
Média ou grande empresa - o trabalho suplementar pode ascender até 150h anuais. Estes
limites podem ser aumentados até 200h anuais, desde que previsto em instrumento de
regulamentação coletiva;
Por motivo de força maior ou quando seja indispensável para prevenir ou reparar prejuízo
grave para a empresa ou para a sua viabilidade, não se aplicam os limites acima
referenciados.
NOTA
Como já acontece com os subsídios de férias e Natal, a retenção na fonte do Trabalho
suplementar será autónoma, ou seja, os valores não vão ser somados ao salário-base para se
calcular a taxa de desconto do IRS.
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Desde janeiro de 2019 que os rendimentos do trabalho suplementar – incluindo horas
extraordinárias, feriados ou dias de folga pagos – deixam de ser adicionados ao salário na
retenção mensal de IRS.
Até aqui, quando as empresas pagavam as remunerações, as horas extraordinárias eram
somadas ao salário e, consequentemente, a retenção na fonte era feita sobre esse total. Isso
não só reduzia o valor líquido que os trabalhadores auferiam mensalmente, como fazia com que
muitos contribuintes subissem de escalão por terem o valor do trabalho suplementar anexado.
Com esta mudança, o salário e as horas extra e feriados com retenção na fonte serão separados,
o que traz vantagens sobretudo para quem está no limite para subir de escalão.
Diuturnidades
Diuturnidades são um complemento ao vencimento que premeia a estabilidade do trabalhador
na empresa, ou a sua permanência numa determinada categoria profissional sem possibilidade
de promoção.
Segundo o artigo nº 262 do Código do Trabalho, a diuturnidade é uma prestação de natureza
retributiva a que o trabalhador tem direito com fundamento na antiguidade.
As diuturnidades não são sempre devidas. Estas prestações estão dependentes do estipulado
pelo empregador no contrato de trabalho, por um Instrumento de Regulamentação Coletiva de
Trabalho (IRCT) ou Contrato Coletivo de Trabalho (CCT).
Para ter acesso às mesmas, o trabalhador tem de permanecer um determinado tempo na
mesma profissão ou categoria profissional (geralmente três anos) e esse tempo não pode
conferir a possibilidade de acesso automático à categoria superior.
Se o trabalhador estiver acima da tabela de vencimentos para a categoria, este pode não ter
direito às mesmas.
Direito a férias
De acordo com o Art.º 237.º, conjugado com o art.º 238, ambos do Código do Trabalho:
O trabalhador tem direito, em cada ano civil, a um período de férias retribuídas, que se
vence em 1 de janeiro;
O direito a férias, em regra, reporta-se ao trabalho prestado no ano civil anterior, mas
não está condicionado à assiduidade ou efetividade de serviço;
O direito a férias é irrenunciável e o seu gozo não pode ser substituído, ainda que com
o acordo do trabalhador, por qualquer compensação, económica ou outra…
O período anual de férias tem a duração mínima de 22 dias úteis;
Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana de segunda-feira a sexta-feira, com
exceção de feriados.
Feriados
De acordo com o art.º 236.º do Código do Trabalho:
Nos dias considerados como feriado obrigatório, têm de encerrar ou suspender a
laboração todas as atividades que não sejam permitidas aos domingos, quer isto dizer
que os trabalhadores nessas condições, têm direito à retribuição correspondente no
feriado, sem que o empregador a possa compensar com trabalho suplementar.
O trabalhador que presta trabalho normal em dia feriado em empresa não obrigada a
suspender o funcionamento nesse dia tem direito a descanso compensatório com
duração de metade do número de horas prestadas ou a acréscimo de 50 % da
retribuição correspondente, cabendo a escolha ao empregador.
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Não existe uma base legal para a definição do que é devido ao trabalhador nestes casos,
prevalecendo o estabelecido e acordado, por meio de documento escrito, por ambas as partes.
Sem direito a indemnização ficam naturalmente os trabalhadores despedidos com justa causa.
Despedimento ilícito
Os trabalhadores despedidos podem intentar uma ação judicial num Tribunal do Trabalho para
discutirem a cessação dos seus contratos de trabalho.
Em ambas situações, os trabalhadores terão direito a receber os salários que receberiam caso
não tivessem sido despedidos, e a uma eventual compensação por danos sofridos.
No caso de contrato de trabalho a termo, a denúncia pode ser feita com a antecedência mínima
de 30 ou 15 dias, consoante a duração do contrato seja de pelo menos 6 meses ou inferior.
Denúncia sem aviso prévio: o trabalhador que não cumpra, total ou parcialmente, o prazo de
aviso prévio deve pagar ao empregador uma indemnização de valor igual à retribuição base e
diuturnidades correspondentes ao período em falta, sem prejuízo de indemnização por danos
causados pela inobservância do prazo de aviso prévio ou de obrigação assumida em pacto de
permanência.
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Para contratos celebrados após 1 de outubro de 2013