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FOLHA PAGAMENTO

De acordo com a Lei 8212/91, da CLP – Consolidação da Legislação Previdenciária, a


utilização da folha de pagamento é obrigatória para o empregador esta obrigação está
prevista também na CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, pela Lei n.º 5.452/43.
A folha de pagamento pode ser feita de três formas: à mão, por processos de pontos
mecânicos ou pontos eletrônicos, onde os lançamentos dos apontamentos do cartão ponto
são automatizados, assim, contendo o registro mensal de todos os proventos e descontos
dos empregados.
Em geral, os empregadores efetuam os pagamentos aos funcionários no último dia do
mês, sendo que neste caso a folha de pagamento deve ser fechada com alguns dias de
antecedência, ganhando-se assim tempo para o cálculo dos proventos e descontos.
Outros empregadores preferem realizar os pagamentos no limite máximo instituído por lei
que é no quinto dia útil do mês subseqüente ao vencido, de acordo com o Art. 459, § 1.º
da CLT.
Os principais proventos na folha de pagamento são: salário, horas extras, adicional de
insalubridade, adicional de periculosidade, adicional noturno, salário-família, diárias para
viagem e ajuda de custo.
Já os principais descontos são: quota de previdência, imposto de renda, contribuição
sindical, seguros, adiantamentos, faltas e atrasos, vale-transporte.
O uso da Folha de Pagamento é obrigatório para o empregador e deve ficar à disposição
da fiscalização. Ela pode ser feita à mão, por processo mecânico ou eletrônico. Nela são
registrados mensalmente todos os valores referentes à remuneração dos empregados,
divididos em duas partes, proventos e descontos:

Salário

O salário é a importância fixa estipulada, dada como contraprestação mínima, devida e


paga pelo empregador, não podendo este fazer diferença de salários no que se refere o
exercício de funções, bem como, de critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor,
estado civil ou deficiência.
Existem vários tipos de salários: por mês (mensalista), por hora (horista), por comissão
(comissionado), dentre outros.
Além do valor do salário fazem parte da remuneração as comissões, percentagens,
gratificações, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. Porém não se
incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não
excedam de 50% do salário percebido pelo empregado.

Adiantamento Salarial
O pagamento de adiantamento é feito no dia 15 ou 20 de cada mês, varia de empresa para empresa, e
são 40% do salário do funcionário. Esse valor é descontado em folha de pagamento.

Existem empresas que optam por não fornecer o adiantamento.


Horas extras

De acordo com Martins (2010, pág. 251), “o adicional de horas extras é devido pelo
trabalho extraordinário à razão de pelo menos 50% sobre a hora normal”.
A jornada normal de trabalho do funcionário poderá ser acrescida em duas horas,
mediante acordo escrito entre empregado e empregador ou mediante acordo coletivo ou
convenção coletiva de trabalho, sendo essa jornada paga obrigatoriamente acrescida no
mínimo em 50% sobre o valor da hora normal pelo empregador.

Adicional de Insalubridade

O adicional de Insalubridade é devido aos funcionários, cuja atividade profissional esteja


exposta a agentes nocivos a sua saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão
da natureza, da intensidade do agente e do efeito.
De acordo com Martins (2010, pág. 253), “taxa de insalubridade é denominação incorreta,
pois taxa é tributo. Não se trata de taxa, mas de adicional, de algo que se acrescenta.
Insalubre é o prejudicial à saúde, que dá causa à doença”.

Adicional de periculosidade

O adicional de periculosidade é devido aos funcionários, que na forma da regulamentação


aprovada pelo Ministério do Trabalho, no exercício de suas atividades estejam em contato
permanente com inflamáveis, eletricidade ou explosivos em condições de risco.
O adicional de periculosidade é devido ao empregado que presta
serviços em contato permanente com elementos inflamáveis ou
explosivos. O contato permanente tem sido entendido como diário.
O adicional será de 30% sobre o salário do empregado, sem os
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações
nos lucros da empresa. (MARTINS, 2010 p. 257)

Adicional noturno

O adicional noturno é devido aos funcionários que trabalhem no horário compreendido


entre as 22:00 e as 05:00 da manhã do outro dia. A hora de serviço noturno é reduzida
para 52 minutos e 30 segundos. O percentual de Adicional Noturno é de no Mínimo de
20%.
Segundo Heméritas (1984, pág. 166), “considera-se noturno o trabalho executado entre às
22 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte”.

Salário-família

Segundo Heméritas (1984, pág. 166), “a cada filho cabe uma quota de salário-família, cujo
valor é de 5% do salário mínimo local. O seu pagamento é feito pelas próprias empresas
juntamente com os respectivos salários”.
O Salário Família é o valor fixado pela Previdência Social (INSS), proporcional aos dias
trabalhados nos meses de Admissão e Demissão.
Faz jus ao Salário Família, o funcionário cujo salário mensal, mais os adicionais, não
atinjam o limite estipulado, e esteja com a documentação exigida por lei em dia com o
departamento pessoal ouRH, será devido uma quota para cada filho, válida até 14 anos ou
osfilhos inválidos de qualquer idade.O valor do salário família é pago pelo INSS, em forma
de dedução da

Quebra de Caixa

A quebra de caixa pode ser definida como um adicional pago aos funcionários que
efetuam os recebimentosdos ativos do empregador, ou seja, trabalhando diretamente no
caixa da empresa. Caso haja uma diferença do valor a menor no caixa, o empregado
deverá prestar conta da quantia.

Principais descontos
São os valores que devem ser deduzidos do trabalhador referentes a:

Faltas, Atrasos e Saídas Antecipadas Injustificadas:

Os dias correspondentes às faltas serão computados para efeito de férias e 13º salário e
deverão ser lançados em dias. Já os atrasos e saídas antecipadas, deverão ser lançados
em horas e não serão computados para efeito de férias e 13º salário.
Segundo Heméritas (1984, pág. 171), “quando o empregado sem motivo justificado, faltar
ou chegar atrasado ao trabalho, o empregador pode descontar-lhe do salário quantia
correspondente á falta”.

Contribuição Sindical

A contribuição Sindical corresponde ao desconto de 1/30 sobre a remuneração do


funcionário, este desconto ocorre normalmente no mês de março de cada ano. Já o
recolhimento por parte da empresa será no mês de abril de cada ano.
Todo trabalhador, sócio ou não de sindicato, é obrigado a pagar a
contribuição sindical, que consiste em um dia de salário, qualquer
que seja a forma de remuneração. O desconto da contribuição é
feito pelos empregadores na folha de pagamento do mês de
março de cada ano, o desconto dos dias é feito assim:
 A importância de um trinta avos do salário combinado, se o empregado for
mensalista;
 A importância equivalente a um dia de trabalho, se o empregado for diarista;
 A importância equivalente a oito horas de trabalho, se o empregado for horista.
(HEMÉRITAS, 1984 p. 166)

INSS

Todos aqueles que trabalham são obrigados a contribuir para o INSS, por esse motivo que
todos têm direito de gozar os benefícios oferecidos, tanto o empregado e trabalhador
autônomo quanto o empregador. A contribuição é obrigatória e abrangem empregados,
empregadores, trabalhadores autônomos, segurados facultativos (membros de
congregação religiosa).
Contribuição devida a Previdência Social. Os percentuais variam conforme o salário de
contribuição, limitado a um teto máximo, podendo ser de 8%, 9% e 11%.

IRRF

O Imposto de Renda é a tributação devida sobre os rendimentos do trabalho assalariado,


tais como: salários, horas extras, adicionais eoutras receitas admitidas em lei pela Receita
Federal.

FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço


Foi criado em 1967 pelo Governo Federal para proteger o trabalhadordemitido sem justa
causa, mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho. Até o dia 07
de cada mês, as empresas depositam, em contas abertas na CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL – CEF em nome dos seus empregados, o valor correspondente a 8% da
remuneração de cada funcionário.

Férias

Encargo da empresa para com o empregado que consiste na remuneração sem a


correspondente força de trabalho e constitui-se num ônus às empresa, que deve ser
imputado aos custos à base de taxa sobre os salários, fundamentada na experiência de
períodos anteriores. (MANDARINO, 1981 p. 68)

Abono pecuniário
Direito previsto no artigo 143 da Consolidação de Leis do Trabalho (CLT), o abono pecuniário
é um benefício concedido aos empregados, referente a um terço do seu período de férias.
Não é considerado uma verba indenizatória e, por isso, o abono pecuniário não serve como
referência para cálculo de outros benefícios trabalhistas.

Para estar apto a receber este benefício, o trabalhador precisa solicitar o requerimento da
quantia quinze dias antes do término do período aquisitivo. Ou seja: se você começou a
trabalhar no dia 1 de janeiro deste ano, você poderá requerer o abono dia 15 de dezembro
do mesmo ano.

Por ser um direito, a escolha cabe ao empregado solicitar o recebimento dessa quantia
prevista. A empresa não pode interferir na decisão do empregado e, caso se oponha ao
recebimento, não há restrições do colaborador ter direito ao benefício. A única exceção é
quando o prazo é ultrapassado, no qual o empregador tem o direito de permitir o
requerimento do abono.

No ato do pagamento, o trabalhador recebe o valor calculado juntamente com a


remuneração das férias. Este pagamento pode ser feito pelo empregador em até dois dias
antes do início do recesso, sendo que o valor do abono pecuniário deve constar no recibo de
quitação da remuneração de férias.

Para quem é um trabalhador parcial (que trabalha até 25 horas semanais), o benefício não
será concedido. Quem trabalha como doméstica é uma exceção: caso o trabalho seja
executado em mais de três dias semanais, então o abono pecuniário é válido. Dentro desse
aspecto, o prazo para requerimento também é alterado: é necessário solicitar trinta dias
antes do período aquisitivo.

Outro ponto relevante à solicitação do abono pecuniário é o período de férias coletivas:


durante este momento, os pedidos individuais do benefício não são aceitos porque ocorre
proveito de todos os empregados na uniformidade da duração das férias.

Outras contribuições previdenciárias, como o FGTS e o recebimento do valor fornecido pelo


INSS, não se relacionam ao abono pecuniário. Porém, se o trabalhador agir de forma
irregular, o CLT pode puni-lo com multas que chegam até R$ 170 reais, de acordo com o tipo
de penalidade cometida.

Décimo Terceiro Salário

Décimo terceiro salário é uma gratificação, ela corresponde a um mês não trabalhado, está
previsto na Lei nº 4749/65 e instituído pela Lei n.º 4.090/62.

De acordo com Art. 1.º da Lei 4090/62, o empregado deve receber o décimo terceiro no
mês de dezembro de cada ano, independente da remuneração que lhe é de direito. "Art.
1.º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado ser á paga, pelo empregador,
uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus".
§ 1.º - A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração
devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente.
§ 2.º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho
será havida como mês integral para os efeitos do parágrafo
anterior.
§ 3.º - A gratificação será proporcional:
I na extinção dos contratos a prazo, entre estes incluídos os de
safra, ainda que a relação de emprego haja findado antes de
dezembro; e
II na cessação da relação de emprego resultante da aposentadoria
do trabalhador, ainda que verificada antes de dezembro. (Lei
4.090/62)
Heméritas (1984, pág. 170), diz que “o 13º salário deve ser pago em duas parcelas. A 1ª
entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano. A data limite para o pagamento da
1ª parcela é 30 de novembro. A 2ª parcela deve ser para até o dia 20 de dezembro”.

GRATIFICAÇÕES

A CLT - Consolidação das Leis do Trabalho determina, de forma clara e concisa, que,


além do salário pago pelo empregador ao funcionário, este também pode receber alguns
benefícios, como g. A gratificação nada mais é do que um meio de demonstrar ao
funcionário o reconhecimento por seu árduo trabalho. Da mesma forma, ela pode ser uma
forma de recompensar o bom funcionário pelo tempo de serviço prestado na empresa. A
gratificação pode ser concedida por vontade do empregador ou ajustada, entre o
empregador e o funcionário, conforme rege a lei. No entanto, a lei trabalhista não estipula
um valor fixo para a gratificações, nem estabelece como esta forma de pagamento será
efetuada. Já os prêmios concedidos ao funcionário, estes são devidos a ele por mérito
deste, ou por ser produtivo na empresa, ou por ser assíduo, por exemplo. Da mesma
forma, a legislação trabalhista não impõe regras fixas sobre a aquisição dos prêmios, mas
possibilita ao empregador escolher como ele será devido ao funcionário, se em forma de
dinheiro ou utilidade, por exemplo, computador, televisão, celular, entre outros.

Obrigações acessórias da Folha de Pagamento.

Mensal 

Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP)

É de entrega obrigatória para todas as pessoas físicas ou jurídicas sujeitas ao


recolhimento do FGTS ou às contribuições/informações à Previdência Social.

A GFIP deve ser entregue mensalmente, desde 1º de fevereiro de 1999, quando


houver:

 recolhimento ao FGTS e informações à Previdência Social;


 apenas recolhimento ao FGTS;
 apenas informações à Previdência Social.

A GFIP deverá ser entregue até o dia 7 do mês seguinte ao da competência. Caso
não haja expediente bancário no dia 7, a entrega deverá ser antecipada para o dia
de expediente bancário imediatamente anterior.
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)

É uma obrigação trabalhista preparada por todas as pessoas jurídicas e


equiparadas, mensalmente, por ocorrência de admissão, transferência ou
demissão de empregados.

Anual

Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) - parte folha de


pagamento

É a declaração feita pela FONTE PAGADORA, com o objetivo de informar à


Secretaria da Receita Federal do Brasil:

- Os rendimentos pagos a pessoas físicas domiciliadas no País, inclusive os


isentos e não tributáveis nas condições em que a legislação especifica;

- O valor do imposto sobre a renda e/ou contribuições retidos na fonte, dos


rendimentos pagos ou creditados para seus beneficiários;

- O pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a residentes ou


domiciliados no exterior, ainda que não tenha havido a retenção do imposto,
inclusive nos casos de isenção ou alíquota zero;

- Os pagamentos a planos de assistência à saúde – coletivo empresarial.

A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS)

É uma obrigação trabalhista preparada anualmente por todas as pessoas jurídicas


e equiparadas que possuam ou possuíram empregados.

As empresas que não têm funcionários também devem entregar a RAIS, que
nesse caso denomina-se RAIS NEGATIVA.

É utilizada para fins estatísticos pelo governo e no cálculo de crédito e pagamento


do abono anual do PIS aos empregados.

Informes De Rendimentos Das Pessoas Físicas

É o documento que deverá ser fornecido pela fonte pagadora, pessoa Física ou
Jurídica, que tenha pago à pessoa Física ou Jurídica rendimentos sujeitos à
retenção do imposto de renda na fonte.

Principais órgãos envolvidos nas obrigações.

Todas as obrigações e informações inerentes à folha de pagamento são trasmitidas para


determinado órgão federal conforme sua competência, entre eles:
1. Previdência social / INSS: administração das contribuições, aposentadorias e
benefícios previdenciários;
2. Caixa: administração do FGTS, PIS, Habitação popular e bolsa família;
3. FGTS: Fiscalização do recolhimento das contribuições ao FGTS;
4. MTE: Fiscalização e regulamentação das relações do trabalho;
5. Receita Federal: administração dos tributos federais e o controle aduaneiro,
além de atuar no combate à elisão fiscal, contrabando, descaminho, pirataria e
tráfico de drogas e animais.
Principais obrigações folha de pagamento

SALÁRIOS
CAGED
GRRF
REQUERIMENTO SEGURO DESEMPREGO
GFIP/SEFIP
RAIS
FGTS
13 SALÁRIO
DIRF
ASO
FÉRIAS
GPS
MANAD
CAT
IRRF
GRCS
PIS
Registro funcionários

 primeira providência que o empregador deve tomar é redigir um


contrato de trabalho. Existem duas opções durante o processo de
admissão:

1. Contrato de experiência: tempo que o empregado ficará em


experiência por um período determinado de 45 dias, podendo
ser prorrogado por mais 45 dias, somando-se 90 dias. Durante
os três meses de experiência, o colaborador tem direito a
salário. Caso após este período o empregador decida que não
ficará com seus serviços, o empregado irá receber da empresa
um quarto do 13º salário e as férias proporcionais. Via de
regra, não será obrigado a pagar ao colaborador aviso prévio
ou multa de 40% por motivo de rescisão, como geralmente
ocorre nos contratos de trabalho definitivos.
2. Caso o empregador tenha gostado dos serviços do colaborador
durante o contrato de experiência e não queira dispensá-lo,
automaticamente ele se torna um contrato de trabalho. É
preciso ficar atento após o encerramento do contrato de
experiência. Via de regra, o empregador tem 48 horas, ou dois
dias úteis, improrrogáveis, para fazer as anotações na carteira
de trabalho do novo funcionário. Caso isso não aconteça, a
empresa corre sérios riscos de ser autuada pela fiscalização,
sendo penalizada com multas bem ‘salgadas’.

3. 2º Requisite os documentos do empregado


4. Como é de responsabilidade do empregador a elaboração do
contrato de trabalho, é fundamental que ele exija alguns
documentos, como:
5. Carteira de Trabalho da Previdência Social – CTPS: o empregador
não poderá ficar de posse dela por mais de 48 horas. Deverão ser
anotadas na CTPS a data de admissão, a remuneração e condições
especiais, caso houver. Toda e qualquer alteração deverá ser
solicitado ao empregado sua carteira para registrar todos e
quaisquer eventos decorridos (férias, acidente de trabalho,
alteração de cargos e salários, etc.).
Certificado de alistamento militar: para colaboradores do sexo
masculino, maiores de 18 anos.
Exame admissional: uma exigência legal e obrigatória para todos
os empregadores, devendo ser concedido pela empresa. É através
deste exame que será analisado se o trabalhador está apto ao
serviço no momento em que for admitido.
Certidão de Nascimento/Casamento e declaração de dependentes:
é preciso que o empregador saiba quantos dependentes o
empregado tem, já que será preciso declarar estas informações no
seu Imposto de Renda ou para efeitos de outros benefícios, como
assistência médica e odontológica.
Requisição de vale-transporte: o empregador deverá oferecer o
benefício de vale-transporte e descontar uma pequena parcela do
salário do trabalhador. Quanto ao valor, poderá ser pago em
dinheiro ou com os próprios passes da empresa que presta
serviços de transporte.
Outros documentos:
6. Título de eleitor: exigido a partir dos 18 anos;
RG;
CPF;
Inscrição no PIS/PASEP;
Comprovante de residência;
Foto 3×4.
Obrigações do empregador
7. O recolhimento do INSS (uma parte da previdência deverá ser
paga pelo funcionário e a outra pela empresa), o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço – FGTS (integralmente pago pelo
empregador), além da Contribuição Sindical (paga pelo
empregado), devem ser recolhidos pelo empregador.
8. Alguns documentos que não podem ser exigidos no ato de
admissão do novo colaborador:
9. Certidão negativa do SERASA, SPC, cartórios de protestos ou
outros assemelhados;
Exame de HIV (Aids);
Testes, exames, laudos ou qualquer outro tipo de procedimento
que evidencie esterilização ou gravidez;
Certidão negativa de processo trabalhista ajuizado;
Informações sobre antecedentes criminais, salvo se a atividade
laboral não guardar relação com algum crime.

Admissão / Demissão 

   

Admissão / Demissão

 Admissão e anotação na carteira (Art. 29, 41 e 53 da CLT)

Ao apresentar a Carteira de Trabalho ao empregador, o trabalhador deve exigir da empresa um


contra recibo com data. A partir da entrega, a empresa tem 48 horas para fazer as anotações
na Carteira e devolvê-la ao empregado. Deve constar a função para qual foi contratado, o tipo
de remuneração e as alterações (salário, comissão, função, férias, etc.). 

 Contrato de experiência (Art. 445, parágrafo único, da CLT)

Não pode exceder 90 dias e dentro desse limite pode ser prorrogado apenas uma vez. O
contrato de experiência deve ser anotado na carteira no primeiro dia de trabalho. No fim desse
prazo, não havendo interesse por nenhuma das partes em sua rescisão, o contrato passa a ser
automaticamente por tempo indeterminado. Se ao contrário, alguma das partes resolva
rescindir o contrato antes do seu término, aquele que rescindiu deve pagar ao outro a metade
dos dias que faltam para vencer o contrato. Na rescisão do contrato de experiência o
empregado tem direito também ao FGTS, horas extras (se houver), férias proporcionais mais
um terço, abono e 13º salário proporcionais.

 Aviso prévio (Art. 487 e 488, da CLT)

Comunicado feito pela empresa ao funcionário, ou vice-versa, por escrito e em três vias (uma
do empregado). Esse aviso não pode ser assinado com data retroativa, ou seja, deve ser
datado com o dia em que realmente ocorreu a notificação. O período de duração do aviso
integra o tempo de serviço para todos os efeitos legais, como reajustes salarias, 13º salário,
férias e indenizações. O aviso pode ser trabalhado ou indenizado:
- Aviso trabalhado: se for rescisão sem justa causa, o empregado terá o seu horário normal de
serviço reduzido em duas horas durante esse período ou trabalhará no horário normal saindo
sete dias antes de completar o aviso. Durante o aviso, o empregado não poderá fazer horas
extras. O acerto das verbas rescisórias deve ser feito no prazo máximo de um dia útil após o
término do aviso.
- Aviso prévio indenizado: o funcionário não precisa trabalhar durante o aviso. O acerto deve
ser feito em até dez dias a contar do dia da notificação do aviso.
- Pedido de demissão: o funcionário tem a opção de cumprir ou não o aviso. Mas caso ele não
cumpra, o valor poderá ser descontado na hora da rescisão. Nesse caso de não cumprimento
do aviso, a empresa tem dez dias a contar da notificação para fazer o acerto. É importante que
o empregado faça o pedido por escrito, em duas vias, ficando com uma das vias protocolada e
datada pela empresa.
Para dar baixa na carteira de trabalho a empresa pode reter o documento por, no máximo, 48
horas.

 Aviso prévio proporcional (Cláusula 24ª da CCT do Comércio 2015/2017)

- No caso do desligamento sem justa causa, para cada ano completo trabalhado em uma
mesma empresa, o trabalhador tem direito a três dias adicionais de aviso prévio. Ou seja, para
quem tem um ano e um dia de trabalho até dois anos conta-se 33 dias de aviso; para aqueles
que trabalharam mais de dois anos a três, 36 dias de aviso, e assim por diante.
- Ao completar 15 dias de acréscimo, a empresa deve indenizar os reflexos de 13º salário,
férias, abono e FGTS.
- O prazo para homologação e pagamento das verbas rescisórias continua a ser o mesmo da
norma anterior a essa lei: um dia útil após o término do aviso trabalhado de 30 dias e em caso
de aviso indenizado dez dias a contar do dia posterior ao da notificação.
- O aviso prévio proporcional é válido apenas para a dispensa do empregado sem justa causa,
ou seja, para o caso de pedido de demissão continua a valer a mesma regra do aviso de 30
dias.
- As empresas do comércio devem obedecer a Lei 12.506/2011, a Nota Técnica Conjunta
SIT/SRT nº 01/2012, que regulamenta o Aviso Prévio Proporcional, ou outra norma mais
benéfica para o trabalhador.

 Demissão sem justa causa

O empregado tem direito a:


- Aviso prévio;
- 13º salário proporcional aos meses trabalhados, incluindo o aviso;
- Férias vencidas e ou proporcional;
- Adicional de 1/3 das férias;
- Comissões, DSR, horas extras, prêmios, gratificações, adicionais (quando houver);
- Saldo de salário;
- Abono proporcional aos meses trabalhados (para os comerciários);
- FGTS;
- Multa de 40% sobre o total do FGTS;
- Seguro-desemprego.
 

 Pedido de demissão

O empregado não tem direito ao Seguro Desemprego, não tem direito à multa de 40% sobre o
FGTS, o fundo de garantia fica retido. Se o empregado não trabalhar no aviso prévio, a
empresa poderá descontar o valor desse aviso na hora do acerto.
Tem direito a:
- 13º salário proporcional aos meses trabalhados, incluindo o aviso;
- Férias vencidas e ou proporcional;
- Adicional de 1/3 das férias;
- Comissões, DSR, horas extras, prêmios, gratificações, adicionais (quando houver);
- Saldo de salário.
- Abono proporcional aos meses trabalhados (para os comerciários).

Nesse caso de não cumprimento do aviso, a empresa tem dez dias a contar da notificação para
fazer o acerto. O empregado deve fazer o pedido por escrito, em três vias, ficando com uma
das vias protocolada e datada pela empresa

 Rescisão Indireta (Art. 483 da CLT)

No ato da admissão, empregados e empregadores assinam um contrato. Nesse documento


estão contidos deveres e regras daquela instituição. Ao descumprir alguma regra o funcionário
pode ser advertido e penalizado até com a demissão. Porém, não é só o trabalhador que tem
deveres. O empregador também possui uma série de regras a cumprir. Esses deveres podem
ser encontrados descritos na Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT e na Convenção
Coletiva do Comércio – CCT. Caso ocorra o descumprimento de um ou mais deveres, o
funcionário pode solicitar uma rescisão indireta ao empregador. Para que se caracterize a
rescisão indireta é preciso que o empregador tenha cometido falta grave.
Principais motivos que constituem uma justa causa contra o empregador:
a) forem exigidos do empregado serviços superiores às suas forças, contrários aos bons
costumes, ou alheios ao contrato;
b) quando o empregado for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com
rigor excessivo;
c) quando o empregado correr perigo manifesto de mal considerável; atraso recorrente de
pagamento, não recolhimento de FGTS; não recolhimento de INSS;
d) quando o empregador não cumprir as obrigações do contrato de trabalho;
e) quando o empregador praticar contra o empregado ou pessoas de sua família, ato lesivo da
honra e boa fama;
f) quando o empregado for ofendido fisicamente pelo empregador, salvo em caso de legítima
defesa própria ou de outrem;
g) quando o empregador reduzir o trabalho do empregado, sendo este por peça ou tarefa, de
forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.
Caso o juiz reconheça a rescisão indireta, o empregador terá que pagar ao ex-funcionário todas
as verbas rescisórias, da mesma forma como se o tivesse demitido sem justa causa, inclusive a
indenização de 40% sobre o FGTS. Isso porque, a rescisão teve origem em uma quebra de
contrato por parte do empregador. 

 Direitos rescisórios do trabalhador sem registro


Ao sair da empresa, esse trabalhador tem os mesmos direitos de um funcionário com carteira
assinada, inclusive os valores correspondentes ao seguro-desemprego e do FGTS não
depositado (devem ser cobrados da empresa). No entanto, o trabalhador sem registro é
prejudicado porque o tempo trabalhado não conta para a aposentadoria.  

 Homologação no SECI (Cláusula 23ª da CCT do Comércio 2015/2017)

Todas as rescisões de empregados no comércio acima de nove meses de serviço serão feitas


no Sindicato. Para isso, a contabilidade deve apresentar:

- TRCT em cinco vias, carimbadas e assinadas por extenso;


- Termo de Homologação em cinco vias, carimbadas e assinadas por extenso;
- Guia do Seguro Desemprego, carimbada e assinada por extenso;
- Aviso prévio em três vias, carimbadas e assinadas;
- Carta de preposto, contendo o nome do empregado desligado;
- Carta de apresentação do trabalhador;
- Comprovante de depósito da verba rescisória, quando depositadas;
- Extrato analítico ou de conta vinculada para fins rescisórios do FGTS atualizado;
- Seis últimas Guias de Recolhimento do FGTS (GRF) quitadas, acompanhadas da SEFIP;
- GRRF quitada e demonstrativo do trabalhador, com uma via para o empregado;
- CTPS atualizada e assinada;
- Exame demissional;
- Comprovante de recolhimento de contribuição sindical dos últimos dois anos e negocial/
assistencial dos últimos seis meses dos sindicatos signatários;
- Para homologações ocorridas até o dia 10, apresentar o contracheque do mês anterior;
- Para os comissionistas, os contracheques ou documentos similares dos últimos doze meses;
- Chave de identificação;
- Comprovante de contratação do plano de saúde com o nome do empregado ou a carta de
renúncia;
- Documentos da Previdência Social, caso o empregado tenha ficado afastado.
 

 Descontos nas rescisões (Art. 477 da CLT)

Sobre o valor das verbas rescisórias podem caber os seguintes descontos:


- INSS;
- INSS sobre o 13º;
- Vale refeição;
- Vale transporte;
- Aviso prévio (quando o empregado não cumpre);
- Débitos vencidos;
- Despesas do plano de saúde até o limite de 30% do valor líquido do TRCT;
- Adiantamento de salário.
* A soma dos vales não pode ultrapassar o valor de um mês de remuneração do empregado.
 

 Seguro-desemprego (Lei Federal  13.134/2015)

Os trabalhadores dispensados sem justa causa a partir do dia 17/06/2015 estão sujeitos às
novas regras do seguro-desemprego previstas na Lei 13.134/2015. Nesses casos, os requisitos
para receber o benefício são os seguintes:
 
SOLICITAÇÃO REQUISITO
1ª solicitação Será concedido ao trabalhador que tenha recebido salários por pelo
menos 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à
data de dispensa.
Terá direito o trabalhador que tenha recebido salários pelo menos
2ª solicitação nove meses nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data de
dispensa.
Será concedido ao trabalhador que tenha recebido salários por seis
3ª solicitação
meses imediatamente anteriores à data de dispensa.
 
 
O número de parcelas depende do tempo trabalhado:
 
SOLICITAÇÃO QUANTIDADE DE PARCELAS TEMPO DE TRABALHO
4 parcelas De 12 a 23 meses
1ª solicitação
5 parcelas Mais de 24 meses
3 parcelas De 09 a 11 meses
2ª solicitação 4 parcelas De 12 a 23 meses
5 parcelas Mais de 24 meses
3 parcela De 06 a 11 meses
3ª solicitação 4 parcelas De 12 a 23 meses
5 parcelas Mais de 24 meses
 

O requerimento para solicitar o benefício é fornecido na hora da rescisão. Para entregar esse
requerimento, é preciso agendar o pedido do benefício no site:
http://www.mg.gov.br/governomg/portal/v/governomg/43985-requerimento-do-seguro-
desemprego/0/5369 . Nesse site, após concluir o agendamento, aparecerá uma página
informando os documentos necessários para solicitar o seguro-desemprego. O trabalhador
deve então imprimir essa folha que contém essas informações, e levar os documentos no local,
na data e horário que foi agendado.

Outros requisitos: ter sido demitido sem justa causa, ainda não ter obtido novo emprego e
não estar em gozo de outro auxílio previdenciário, exceto auxílio-acidente de trabalho, o auxílio
suplementar, o abono de permanência no serviço e o contrato de experiência. A carência para
novo pedido de seguro-desemprego é de 16 meses a contar da data do desligamento anterior.

O prazo para entrar com o pedido de seguro-desemprego é de até 120 dias depois de ser
desligado da empresa. O trabalhador que, num período de dez anos, solicitar o benefício mais
de uma vez, a partir da segunda vez poderá ter que frequentar um curso de formação ou
qualificação profissional. O valor do benefício não poderá ser inferior ao valor do salário-
mínimo.

Os dispensados durante a vigência da MP 664 são sujeitos às regras dessa medida. Em caso
de dúvidas, ligue para o Sine: (31)3829-6646/6647 (31)3829-6648. 

 Indenização para empregados no comércio dispensados próximo à data-base (Lei


Federal 7.238/84)

Tem direito o trabalhador que for dispensado, sem justa causa, 30 dias antes da data-base (1º
de outubro), ou seja, que tem o aviso vencendo no mês de setembro. A multa é no valor do
salário mensal do funcionário. É prevista pelo artigo 9º da Lei Federal 7.238/84.

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